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Grupo Escoteiro Cerro da Raposa - 39/RS Taila Matias Franciozi Tatieli Menezes Ribeiro DÓ RÉ MI CIENTÍFICO Arroio dos Ratos - RS 2017

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Grupo Escoteiro Cerro da Raposa - 39/RS

Taila Matias Franciozi Tatieli Menezes Ribeiro

DÓ RÉ MI CIENTÍFICO

Arroio dos Ratos - RS

2017

Taila Matias Franciozi Tatieli Menezes Ribeiro

DÓ RÉ MI CIENTÍFICO

Relatório apresentado como requisito para participação do projeto Mensageiros da Paz. Orientador: Jackson Gamalho Coorientador: Nadia Abreu

Arroio dos Ratos - RS 2017

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo avaliar os benefícios da música para crianças de 6 a 10 anos de idade com baixo rendimento escolar. A avaliação teve início com a observação direta de aulas de violão ministradas a 10 alunos do Ensino Fundamental do Instituto Estadual Couto de Magalhães, todos selecionados pelo serviço de Supervisão Escolar. Notou-se no decorrer de um mês que as mesmas apresentaram avanços como: segurança emocional, concentração, coordenação motora, autoestima, comunicação e desenvoltura em trabalhos grupais. Foram utilizados, além dos violões, instrumentos de sopro e percussão, jogos pedagógicos como Tangram, quebra-cabeça, jogo da memória, etc. Nosso trabalho foi constituído por três partes fundamentais. No primeiro momento, avaliando o tempo que cada criança demorava para montar os jogos pedagógicos individualmente, e logo após os avaliamos em grupo. No segundo momento, foram ministradas aulas de violão durante um mês para essas crianças, que ensaiaram dois acordes básicos A (lá maior) D#m (ré sustenido menor). No terceiro momento, re-fizemos a mesma avaliação da primeira etapa, anotando novamente os tempos. Notou-se melhora significativa em todas as 10 crianças avaliadas. Nossa hipótese de que a música traz inúmeros benefícios às crianças foi comprovada. Pois quando se começa a aprender algum instrumento, neste caso o violão, comandos são enviados ao cérebro fazendo com que a percepção, memória (arquivamento de acordes e ritmo), concentração, coordenação sejam desenvolvidas. Com a ajuda dos professores dessas crianças tivemos contato com o rendimento escolar das mesmas. Durante as avaliações corriqueiras de aula, os professores notaram diferença comportamental, disciplinar e de concentração. A partir disso, podemos dizer que atividades envolvendo música melhoram a vida de crianças em vários aspectos. Palavras - Chave: Música; Crianças; Rendimento Escolar

ABSTRACT

The present study aimed to evaluate the benefits of music for children from 6 to 10 years of age with low school performance. The evaluation began with the direct observation of guitar lessons taught to 10 students of Elementary School of the State Institute Couto de Magalhães, all selected by the School Supervision service. It was observed during the month that they presented advances such as: emotional security, concentration, motor coordination, self-esteem, communication and resourcefulness in group work. In addition to the guitars, instruments of blow and percussion, pedagogical games like Tangram, puzzle, memory game, etc. were used. Our work consisted of three fundamental parts. In the first moment, evaluating the time that each child took to set up the pedagogical games individually, and soon after we evaluated them in group. In the second moment, one-month guitar lessons were given to these children, who rehearsed two basic chords A (major) D # m (smallest). In the third moment, we re-did the same evaluation of the first stage, noting the times again. There was a significant improvement in all 10 children evaluated. Our hypothesis that music brings countless benefits to children has been proven. For when one begins to learn some instrument, in this case the guitar, commands are sent to the brain causing the perception, memory (chord filing and rhythm), concentration, coordination to be developed. With the help of the teachers of these children we had contact with their school performance. During regular classroom assessments, teachers noted behavioral, disciplinary, and concentration differences. From this we can say that activities involving music improve the lives of children in several aspects. Key words: Music; Children; School performance

SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….6 2- CONCEITO DE MÚSICA……………………………………………………….7 2.1 Música no Mundo………………………………………………………………...7 2.2 Música no Brasil………………………………………………………………….8 3- MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO……………………………...9 3.1 Primeiro contato com o universo sonoro……………………………………….10 4- MÚSICA NA PEDAGOGIA……………………………………………………..10 4.1 Leis que regularizam a música na educação infantil……………………….....11 4.2 Ensino da música nas universidades……………………………………………11 5- MÚSICA NA PSICOLOGIA…………………………………………………......12 5.1 Atuação em transtornos de aprendizagem………………………………….......12 5.2 Atividades culturais e o luto infantil…………………………………………….13 5.3 Musicoterapia e a família………………………………………………………...13 6-A IMPORTÂNCIA DA CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS….14 6.1 Brincadeiras com música que incentivam o aprendizado………………....…..15 7-DÓ RÉ MI CIENTÍFICO……………………………………………………….... 15 8-METODOLOGIA………………………………………………………………….16 9-RESULTADOS……………………………………………………………………..17 10-CONCLUSÃO…………………………………………………………………….19 11-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………..21 12- ANEXOS………………………………………………………………………….24

1-INTRODUÇÃO

O projeto mostra durante um mês, a evolução de crianças ao terem contato direto com aulas de musicalização, na Instituição de Ensino Couto de Magalhães, onde foi pretendido mostrar como a educação brasileira deixa a desejar quando tratasse do ensino da arte nas escolas públicas, robotizando crianças e tirando a capacidade das mesmas de se tornarem seres humanos altruístas. Veremos também a opinião de grandes escritores, psicólogas e psicopedagogas, que dão ideias para professoras desenvolverem com os alunos de forma geral a cultura, usando os mais variados materiais. Tem como objetivo mostrar como a arte é capaz de transformar a vida de crianças em vários aspectos, visando principalmente os psicológicos, pretendendo integrar crianças com alguma dificuldade de concentração, coordenação motora, entre outros. Embora o trabalho seja sobre música na educação infantil veremos também o contexto histórico da música, a importância da família e as leis que defendem o ensino das artes na pedagogia , o relatório consiste em em capítulos curtos porém sempre tendo a criança como foco principal.

2- CONCEITO DE MÚSICA

A muitos anos a música vem sendo discutida, mas afinal o que é música? Resumindo a

música e um conjunto organizado de sons e silêncio que é composto por, melodia, harmonia e ritmo. Com origem no grego meloidia, a melodia é uma sucessão rítmica de tons em diferentes intervalos, e que é regida pelo ritmo que tem origem no grego rhythmos e que designa a sucessão regular dos tempos fortes e fracos em uma frase musical, indicando o valor das notas, de acordo com a intensidade e o tempo. Já a harmonia significa “ajustamento” ou “combinação” , é ela quem estabelece o equilíbrio entre as notas e os acordes.

Como iremos ver segundo os historiadores a música só surge com a criação das primeiros tribos pré- históricas, mas se formos parar para pensar a música inicia-se desde a explosão do Big Bang, pois a organização entre a expansão e o silêncio do universo, também pode ser considerado música, como as ondas dos mares, e assim por diante.

O Planeta Terra por ter diversos continentes e países, torna-se rico em cultura musical, e esse fator também está associado a economia e acesso às artes e instrumentos. Como por exemplo na África surgiu o “Bombo Long” ( tambor) feito de couro de animais , onde as tribos usavam para os rituais sagrados, já na Europa tínhamos o cravo que com novos arranjos e o pedal tornou-se o piano, isto mostra que quando a investimento o instrumento vai se aprimorando e criando novas aparências. 2.1. MÚSICA NO MUNDO

Segundo Roy Bennett na obra Uma Breve História da Música (1986 p.11 - 12) , o processo de criação do estilo musical foi lenta e gradual, tendo seu início na pré- história e conforme foi se desenvolvendo, foi capaz não só de criar instrumentos como também a usar a própria voz, até tentando imitar os sons da natureza, que ouviam frequentemente, porém afirma que a que a música tenha ganhado mais importância na Grécia antiga, pois a palavra música Mousikē é um conceito grego que significa “a arte das musas”, as musas eram seres celestes ou divindades que inspiraram as artes e as ciências e tinham Orfeu, filho de Apolo, como seu deus. Orfeu foi, na mitologia grega,o deus da música. Já Luis Ellmerich na obra História da Música diz que:

os romanos não alcançaram grande desenvolvimento nas artes em virtude de sua tendência guerreira e de constantes preocupações nas lutas de conquista. Assim o florescimento artístico romano começa com subjugação da Grécia em 146 a.C. (ELLMERICH, 1973, p. 26-27)

Sendo assim a Grécia pode ser considerada o berço da música como das outras artes também, mas mesmo com tanto aprimoramento, somente no século IX que o monge italiano Guido d’Arezzo (992 – 1050), criou a escrita musical, mais conhecido como partitura ou tetragrama.

A igreja católica sentia necessidade naquele momento histórico de sistematizar os ritos religiosos, para não haver desintegração mesmo nas regiões mais distantes. A música Gregoriana era simbólica, ou seja, usava de símbolos quando cantada nos cerimoniais da igreja Romana.Os fiéis cantavam uma mesma melodia aguda e bem alta ,que simbolizava o encontro com Deus. Já a Igreja Luterana após a “Reforma Protestante” usava a música para seu progresso e agregando novas cantigas não gregorianas.

Após o século XVII a música barroca dominou a cena européia até cerca de 1750, os ritmos, que até então eram tocados nas orquestras, ganharam novos recursos,acrescentaram-se outros modos, nessa época que a música toma grandes proporções e atinge a igualdade a partir da influência da música barroca, um novo gênero nasceu: um drama cantado, mais conhecido como ópera.

O romantismo coloca a força da expressão substituindo o refinamento que faltava em suas obras. Muitos compositores importantes surgiram neste momento histórico: Beethoven e Mozart, que apesar de serem mestres das formas clássicas, afastam-se delas, deixando suas músicas mais populares. Esse período sofre uma mudança em toda a Europa, pois esse momento histórico acontece logo após a revolução francesa. Normalmente a música era diretamente ligada a religião e política, e não tinha nenhuma ligação com o ensino escolar. 2.2. MÚSICA NO BRASIL

Segundo Marcos Napolitano - História e Música (2002 p.27 ) o surgimento da música

brasileira tem início nos ritos indígenas, e com a chegada dos jesuítas, a música católica começa a fazer parte da nossa cultura, como forma de atrair os índios para serem catequizados e aderirem a nova religião. Porém com a instalação da corte no Rio de Janeiro a cidade passa a ser conhecida como uma usina musical, com a variedade de gêneros, muitos estrangeiros chegavam ao Brasil na época, principalmente os africanos , essa mistura fez com que criássemos ritmos únicos como : Frevo; Maracatu; Samba; Forró; Chula; Baião; Xote; Coco; Lundu; Maxixe; Pagode; Bossa Nova; MPB; Axé; Calango; Carimbó; Fricote; Gafieira; entre outros.

Napolitano (2002) ainda diz que existem três fases cruciais na formação da música brasileira, resumidamente : 1) Os anos 20/30— A consolidação do “samba” como gênero nacional, como(corrente musical principal) a orientar a organização das possibilidades de criação e escuta da música popular brasileira. 2) Os anos 1959-1968— A mudança radical do lugar social e do conceito de música popular brasileira que, mesmo incorporando o convencional , ampliou os materiais e as técnicas

musicais e interpretativas, além de consolidar a canção como veículo fundamental de projetos culturais e ideológicos mais ambiciosos, dentro de uma perspectiva de engajamento típico de uma cultura política “nacional-popular”. 3) E a importância de outro momento histórico, menos estudado ainda, responsável pela invenção do conceito de “velha guarda” e “era de ouro” da História & Música 33 música brasileira. Podendo, arbitrariamente, situar este outro momento, entre o final dos anos 40 (1947 , que seria uma data válida, pois foi o ano em que Almirante publicou “No tempo de Noel Rosa”) e meados dos anos 50. O biênio 1954-56 representava o ápice desta operação cultural.

Nos dias atuais a música brasileira sofreu diversas alterações, obtendo batidas

eletrônicas e composições informais como: Funk; Sertanejo Universitário, Hip-Hop; Pop Rock e Gospel todos abordando assuntos cotidianos e sentimentos humanos e ainda a religião. 3-MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Ouvir música não é só um entretenimento, é uma medida para acalmar e relaxar – ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física. Segundo a pediatra Ana Escobar :

Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparadores físicos como tratamento de diversos problemas – e tem trazido ótimos resultados. (ESCOBAR, 06/06/201 - Bem- Estar- G1 )

A educação tem como meta estimular em cada indivíduo sua capacidade, porém, sem a utilização da música não é possível atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir tal como a música atinge a mobilidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som.

A melodia tem o poder de afeta as emoções, pois as pessoas vivem mergulhadas em uma enorme dimensão de sons, sendo ouvida faz com que as pessoas sintam algo diferente,pois proporciona sentimentos como a alegria, melancolia, violência, sensualidade, calma e assim por diante,pois são experiências da vida que constituem um fator importantíssimo na formação do caráter do indivíduo.

Segundo o artigo do site MINHA VIDA, uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, analisou 10 mil voluntários fumantes e sem problemas de saúde. Entre outras atividades, os cientistas

pediram aos pacientes voluntários que escolhessem uma canção que os fizesse se sentir bem e outra que aumentasse a ansiedade. Após a pesquisa, os cientistas perceberam que os vasos sanguíneos dos braços dos voluntários se dilataram em 26% após ouvirem uma música alegre, enquanto as canções que lembravam tristeza e causavam ansiedade provocaram uma redução de 6% no fluxo sanguíneo.

Esses são alguns benefícios de “ouvir” música, porém para quem se dispõe a aprender a tocar um instrumento os benefícios têm maiores impactos, pois o site SAÚDE MELHOR, afirma que além de fazer bem para o coração, também tem influência na coordenação, raciocínio, sistema respiratório, habilidades de leitura e escuta, redução do estresse, da pressão arterial até a prevenção da demência , depressão e alzheimer, sendo assim um remédio natural para as pessoas. 3.1.PRIMEIRO CONTATO COM O UNIVERSO SONORO

A identificação dos recém - nascidos com a música começa a partir da 21ª semana de gestação, como explica a pediatra Ana Escobar:

Isso porque, na 20ª semana, o aparelho auditivo do bebê, apesar de já estar pronto para receber vibrações sonoras, ainda tem o conduto auditivo externo bloqueado por um tecido de células que protege o desenvolvimento do tímpano. A partir da 21ª semana, essa parede se rompe, o tímpano entra em contato com o líquido amniótico e começa a receber e processar vibrações, fazendo com o que o bebê comece a ouvir. (ESCOBAR, 06/06/2013, Bem Estar - G1 )

Os primeiros sons que os fetos ouvem segundo o site ABC DO BEBÊ (22/10/2016) são: O músculo cardíaco que produz a pulsação rítmica, circulação sanguínea, os órgãos ocos (estômago e intestinos principalmente) que produzem inúmeros sons, alguns audíveis até fora do corpo, os sons da digestão e das articulações do esqueleto. Depois do nascimento esse campo se expande e o bebê começa a ter contato com novos sons sendo o mais significativo a voz humana, que irá criar vínculos entre os membros da família.

Com a evolução a fala ou “grunhidos” passam a ter acesso ao desenvolvimento vocal do indivíduo, pois as habilidades linguísticas das crianças não refletem apenas suas capacidades cognitivas, mas também as oportunidades de ouvir e usar a linguagem que seus ambientes lhes proporcionaram fazendo os mesmos criarem seu gosto musical e estilo único. 4-MÚSICA NA PEDAGOGIA

Historicamente a música só era ensinada aos gênios e pessoas de grande posse, hoje em dia depois da criação de leis específicas, as escolas passaram a utilizar mais esse benefício chamado “música”. Na obra de BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro (Educação Musical e Pedagogia- 2014, p.7 ) a autora revela que a música sempre esteve presente nas escolas, porque a música é trazida pelos alunos, em seus momentos de lazer como no recreio ou em

outras iniciativas, ou ainda nas práticas das professoras unidocentes muitas vezes guiadas pela “tradição” das escolas, a música pode ser usada para acompanhar atividades diárias ou em função de outros conteúdos ou ainda do calendário de datas comemorativas da escola. Tudo isso, muitas vezes, sem qualquer preocupação com os conteúdos propriamente musicais ou o desenvolvimento de habilidades específicas. O ensino da música apesar de existir nas escolas, é ainda muito precário, pois robotizam as crianças e é pouco utilizado, as professoras preferem desenvolver pintura, e outras artes.

A prática da música nas séries iniciais é de suma importância para o desenvolvimento, além de ser uma forma atrativa de aprendizagem, também é um estímulo para conhecer outras culturas, germinando a diversidade entre os alunos. 4.1 LEIS QUE REGULARIZAM A EDUCAÇÃO INFANTIL NAS ESCOLAS

No ano de 2012 todas as escolas do Brasil foram obrigadas a incluir no currículo o ensino da música, a lei nº 11.769 foi criada no dia 18 de agosto de 2008, porém como manda o artigo § 6º onde a música não é um componente exclusivo e sim um complemento. o Mec investe em capacitação para os pedagogos, sendo que antes a música só era usada para acompanhar atividades diárias, e agora como um exercício de cidadania cultural, fortalecendo a transformação social dos grupos e indivíduos. Mas foi em 20 de dezembro de 1996, que a constituição dava espaço para o ensino das artes com a criação da lei nº 9.394, onde a base estava ligada aos princípios de liberdade, cidadania, respeito, pluralismo de ideias, valorização dos profissionais de ensino, apreço à tolerância, e consideração com a diversidade étnico- racial. A lei também priorizava que os educandos com deficiência tivessem ensino especializado a fins de desenvolvolver altas habilidades ou superdotação. Com a lei sancionada em 2008 alguns artigos foram removidos para dar espaço a um ensino com maior acessibilidade.

4.2 ENSINO DA MÚSICA NAS UNIVERSIDADES

No ano de 1980, os cursos de pedagogia foram reformulados, no entanto o ensino da disciplina de artes não era oferecido, somente no ano de 1996 a disciplina de artes foi inserida.

A presença da música ainda continua inexpressiva, sendo que as faculdades somente teorizam a disciplina, não dando espaço para a prática. Segundo a Professora Daiane Medeiros Rocha, em entrevista ao Projeto Dó Ré Mi Científico, declarou no dia 16 de maio de 2017 na EMEI Recanto do Saber que :

A faculdade oferece a cadeira de artes, porém no período em que frequentei, falava-se somente o que podia ser feito em salas de aula mas a prática não foi priorizada, hoje em dia a gente já pode aprimorar, e a reciclagem é uma grande ajudante, e eles gostam

muito, principalmente pra fazer instrumentos musicais! (ROCHA,16/05/2017- Entrevista )

As professoras do turno da tarde, em entrevista ao Projeto Dó Ré Mi Científico no dia 16 de maio de 2017, na Ong Ebenézer, relataram que utilizavam mais as músicas como forma de recreação como ensinam nas faculdades. Isso só mostra que o Brasil apesar de ser um país com o maior número de gêneros musicais, mostra-se atrasado com relação ao ensino dos profissionais da área de pedagogia. 5- MÚSICA NA PSICOLOGIA

Segundo o artigo do site A MENTE É MARAVILHOSA ( 16/03/2015), a música é uma excelente ferramenta para melhorar o estado emocional, e muito profissionais da área utilizam nas terapias. A música tem a capacidade de gerar emoções específicas, isso porque a melodia e a harmonia podem acelerar ou desacelerar os batimentos cardíacos . A Dr. Cláudia Madeira Pereira relata que :

Ao nível de desenvolvimento social importa destacar que a música exerce uma forte influência no campo de maturação social da criança, uma vez que a insere na sua própria cultura e ritos comunitários ( celebrações de aniversário, acontecimentos religiosos, festividades, etc. (PEREIRA, Consultório de Psicologia Clínica e Saúde, 2017, p. 2)

Foi somente no século XVIII com as pesquisas do Dr. Brocklesby, que os médicos deram início ao uso da música como terapia. Passou-se a acreditar que a música nos permitiu sair da realidade para obter perspectivas positivamente diferentes. É muito importante saber o gosto do paciente e isso normalmente é denominado pela classe social e aspectos geográficos, pois ajuda o profissional a escolher melhor a maneira de desenvolver expressão corporal, comunicativa e de integração. 5.1. ATUAÇÃO EM TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Segundo a psicóloga Drª. Patricia Alexandra Mattos Ramos em entrevista ao Projeto Dó Ré Mi Científico, no dia 02 de junho de 2017( sexta-feira) afirmou que, o psicólogo tem uma visão ampla das necessidades do indivíduo, ele detecta as necessidades especiais de apoio psicológico, pedagógico, neurológico, psiquiátrico, e de inclusão social, e a partir das pesquisas ele traça sua metodologia de trabalho, esclarecendo os direitos das crianças incluídas como autistas e outras patologias. Normalmente os psicólogos auxiliam os educadores para fortalecer a atuação dos mesmos em sala de aula para detectar alterações de comportamento, etc.

Segundo o site NEURO SABER (09/12/2016), entre 40 e 50 % das crianças brasileiras apresentam dificuldades de aprendizagem escolar. Desde cedo é importante saber que esta

dificuldade inicia-se desde o pré-natal, por isso a importância de estímulos para prevenção, como melhorar o nível educacional das mães e cuidadoras, disponibilizar desde cedo o acesso a leitura, prevenir doenças que podem acarretar em um atraso de aprendizagem devido às sequelas como a meningite, conviver em espaços estimuladores onde pode-se ( brincar, socializar e se alimentar), detectar e intervir atrasos motores sempre com a ajuda de um especialista.Segundo o psiquiatra Dr. Daniel Barros em entrevista ao site BEM ESTAR (03/05/2013), relatou que “Essa dificuldade de concentração é um problema catalogado pela medicina e tem nome Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade” (BARROS, 03/05/2014- Bem-Estar- G1). O mesmo disse que para controlar o indivíduo é usado remédio a base de metilfenidato que deve ser usado continuamente, pois o problema pode ser amenizado e não curado. 5.2. ATIVIDADES COM ÂMBITO CULTURAL E O LUTO INFANTIL

A Drª Patrícia Ramos afirma que as ações pedagógicas são específicas do pedagogo, porém o psicólogo utiliza-se de algumas técnicas como ludoterapia que analisa ( memória, atenção, concentração, escrita, linguagem, intelecto e motricidade. Durante as terapias vários testes projetivos são realizados ( baseando-se na interpretação do desenho), onde usa-se ( lápis, borracha, folha A4, tinta, entre outros). Dependendo do resultado os psicólogos darão orientação aos pais e professores, para melhor esclarecer o papel de cada um na aprendizagem da criança. A psicóloga alega também que uma criança que está passando por um luto pode demonstrar sentimentos de menos valia, fadiga, baixa estima e falta de desejo para aprender, e que naquele momento necessitava de um apoio psicológico, pois a dificuldade de aprendizagem pode se decorrer por diversos fatores. 5.3. A MUSICOTERAPIA E A FAMÍLIA

O Brasil só passou a ter contato com a musicoterapia a partir de 1969 com a chegada do Dr. Rolando Benenzon, ele queria analisar os efeitos da terapia em outros povos. Segundo o site TUA VIDA a musicoterapia não forma músicos, e sim é uma forma de possibilitar a expressividade através dos sons, este tipo de técnica também serve para reduzir a ansiedade , melhorar o humor, aliviar dores e melhorar os distúrbios de comportamento, isso tudo ocorre porque ao ouvirmos música a produção de endorfina aumenta, gerando a sensação de felicidade. A Drª Patrícia Ramos também alega que :

A musicoterapia é benéfica para qualquer sujeito, seja qual for sua patologia, deve-se saber o momento e a técnica correta para empregá-la com precisão cada grupo ou indivíduo que for trabalhar. (RAMOS, 02/06/2017- Entrevista ao projeto)

A música como material terapêutico deve ser apresentada ao indivíduo na medida certa, sem pressa, trazendo benefícios e não sofrimento, compete aos profissionais terem claramente esta visão.

Já a família é o primeiro grupo que a criança tem contato, é ela quem vai oportunizar o conhecimento, os valores, as crenças, sua cultura, através de seus ensinamentos. E é de suma importância, porque a família serve de referência e base que passa de gerações as histórias, os rituais e todo o seu aprendizado no que se refere trajetória cultural.- 6- A IMPORTÂNCIA DA CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS

Os instrumentos servem como estimuladores para o desenvolvimento das crianças, ao criá-lo elas podem colocar em prática sua criatividade coordenação motora e criatividade. A o tocá-lo a criança desenvolve ritmo e tera mais facilidade para concentrar-se e tornar-se mais ágil. Para afirmar essa proposta Bueno diz que:

Há várias formas de se trabalhar a música na escola, por exemplo, de forma lúdica e coletiva. Utilizando jogos, brincadeiras de roda e confecção de instrumentos. A imaginação é uma grande aliada nesse quesito, lembrando que a musicalidade está dentro de cada pessoa. (BUENO, 2011, p.23)

É muito importante a criança conhecer todos os tipos de instrumentos, suas formas, etc, mesmo não sendo comum em sua região, é essa pluralidade que formará pessoas abertas a conhecer novas culturas. E dessa forma uma criança pode ter mais facilidade para socializar e trabalhar em grupo, cada um respeitando seu espaço. O professor tem grande importância nesse processo, pois servirá de pilar para auxiliar os alunos no que precisarem. 6.1. BRINCADEIRAS COM MÚSICA QUE INCENTIVAM O APRENDIZADO

Há várias maneiras de se trabalhar música nas escolas, e até mesmo em casa, nos

tempos de hoje temos muitos recursos que possibilitam aprimorar nossas ideias e expandir o conhecimento, alguns sites como BAGAGEM DE MÃE (10/04/2015), MÚSICA E MOVIMENTO (2012) e PORTAL DO PROFESSOR (07/12/2009), mostram algumas atividades simples e com recursos baratos.

Algumas como a dança do jornal que é de fácil acesso onde o aluno deve dançar em cima de uma folha de jornal variando os ritmos sem rasgá-lo, ajuda na coordenação motora e o entrosamento: a velha dança das cadeiras que contribui paro o raciocínio e agilidade física; a dança da laranja onde a dupla deve danças com uma laranja na testa com as mãos para trás sem deixar a laranja cair; a música da coordenação corporal conhecida com CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ, onde os alunos de acordo com a canção devem indicar as partes do corpo, aumentando cada vez mais a velocidade; mamãe da rua musical, também é uma brincadeira divertida e que exige raciocínio rápido é um conhecimento cultural, pois consiste em um pegador no meio da quadra, onde o mesmo deve falar o nome de um cantor, as crianças para não serem pegas devem cantar uma música referente ao cantor indicado pelo pegador, caso a criança não saiba a música , o pegador contara até dez e haverá desclassificação da mesma.

Outras ideias também consistem em materiais recicláveis como bambolê de cano de PVC para desenvoltura de movimentos, tubos coloridos que podem servir como percussão melódica, o quique de bolas para desenvolver ritmo e o piscar das lanternas para auxiliar como instrumento corporal. O uso da música pode servir para identificar sentimentos, como as caretas de acordo com a letra da música, as coreografias também auxiliam nesse processo assim como as brincadeiras de roda.

A criação de instrumentos além de ser importante para desenvolver criatividade , também auxilia o meio ambiente, o site RECICLAGEM NO MEIO AMBIENTE, mostra como criar instrumentos como: tambor com lata de alumínio,balão,elástico e palito de churrasco; pandeiro de vaso de flor, tampinha de garrafa e arame; flauta de carcaça de canetinha; bateria com latas e baldes, violão de latão e nylon; chocalho de garrafa pet, com feijão,milho ou arroz; teclado de isopor; e xilofone de garrafa com água tingida. Todas essas ideias podem ser utilizadas, porém sempre com a supervisão de um adulto, pois alguns materiais podem causar ferimentos sérios não sabendo ser manuseados. corretamente. 7- DÓ RÉ MI CIENTÍFICO

O projeto surgiu com a leitura do livro Olhai os Lírios do Campo de Érico Veríssimo, onde Eugenio Fontes se entrega ao voluntariado seguindo os ensinamentos de Olivia, que era muito católica e acreditava que o mundo somente seria um lugar bom de viver quando um amasse e olhasse o próximo da mesma forma, o ajudando. Então surgiu a grande dúvida: como usar a mensagem que o livro passa ao leitor na prática?

Durante um mês a aluna Tatieli Menezes Ribeiro se disponibilizou todas as quartas-feiras a analisar crianças com dificuldade aprendizagem na instituição de ensino Couto de Magalhães em Arroio dos Ratos, o principal instrumento de análise foi a música , pela qual a mesma já estava habituada.

Neste processo não só a música foi aliada, a dança também serviu como base para analisar as mudanças comportamentais dos alunos, as atividades envolvidas foram as mais diversas sempre com âmbito de descontrair as crianças positivamente

A reciclagem foi uma das formas de atrair a criatividade das assim como as brincadeiras envolvendo música. O final da pesquisa juntamente com a psicopedagoga Magali Vieiras, analisamos todos os pontos positivos, em que a professora e os pais puderam notar, cerca de 80% foi influenciada positivamente tendo mudanças comportamentais notáveis, enquanto os 20% talvez pela curta duração do projeto não puderam mostrar melhora significativa.

Ao observar as atividades em sala de aula, notou-se a dificuldade que as professoras unidocentes tem para desenvolver especificamente a música, um dos fatores que acarretam essa dificuldade, é o grande número de alunos, onde fica difícil organizar todos, de forma em que possam se divertir coletivamente sem sérios problemas.

As entrevistas com psicólogas e pedagogas também revelaram que nas universidades a dificuldade em desenvolver a música é comum, sendo que teorizam muito a matéria dificultando a prática em sala de aula. Esse fator ocorre pois o Brasil é um país onde não priorizam a cultura e sim outras áreas de conhecimento como exatas e linguagens, não dando espaço para o altruísmo e linguagem corporal. 8-METODOLOGIA

O método de pesquisa utilizado foi aplicada, usando materiais e alunos que foram disponibilizados pelo colégio I.E. Couto de Magalhães, como teclado, violões, trompetes,tambores, violinos, materiais pedagógicos e recicláveis, com objetivo de gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à solução de problemas específicos envolvendo verdades e interesses locais e quantitativa com 10 professoras da rede pública de educação e ensino de Arroio dos Ratos. A pesquisa aplicada foi realizada entre os dias 15 de março 2017 a 05 de abril de 2017, a pesquisa quantitativa foi realizada no dia 16 de maio de 2017. Foi elaborado um questionário com 6 perguntas objetivas, sendo assim apresentado: 1- Já participou de algum curso de capacitação, na qual ajudou para trabalhar musicalização com os alunos? ( ) Sim ( ) Não 2- Tem o hábito de usar música em sala de aula diariamente? ( ) Sim ( ) Não 3- A escola oferece materiais para trabalhar música? ( ) Sim ( ) Não 4- Considera a música um recurso pedagógico para auxiliar os professores no desenvolvimento da criança? ( ) Sim ( ) Não

5-Tem alguma dificuldade para trabalhar música com crianças? ( ) Sim ( ) Não 6-Na sua opinião, a música contribui para o processo de socialização dos alunos? ( ) Sim ( ) Não 9-RESULTADOS

A pergunta nº 1, era sobre a participação em cursos de capacitação para ajudar a trabalhar musicalização nas salas de aula. Foi possível observar que somente ⅓ das participantes já participaram de cursos com objetivo de capacitar para musicalização em sala de aula.

A pergunta nº 2, era sobre se as professoras tinham o hábito de usar música em sala de aula diariamente, nesta pergunta não estava incluso músicas para hora da merenda, mais da metade das entrevistadas relataram usar músicas ou na hora do recreio, ou em datas comemorativas,para acalmar as crianças.

Pergunta nº 3, era se a escola em que as professoras trabalhavam, ofereciam materiais para as mesmas trabalharem música com as crianças, mais da metade das entrevistadas afirmaram que as escolas disponibilizam vários materiais, para que possam fazer atividades pedagógicas envolvendo música .

Pergunta nº 4, pedia a opinião das professoras, se elas consideravam a música como recurso pedagógico para auxiliar os professores no desenvolvimento da criança, somente uma professora julgou não saber pois não tinha o hábito de usar a música com frequência.

Pergunta nº 5, era sobre se as professoras tinham alguma dificuldade de trabalhar música com as crianças, boa parte das entrevistadas revelaram não ter problemas em trabalhar música na educação infantil.

Pergunta nº 6, pedia a opinião das professoras se elas achavam se a de música contribuia para o processo de socialização dos alunos, 100% das professoras concordam que a música contribui para a socialização entre as crianças.

10-CONCLUSÃO

Com esta pesquisa podemos concluir que ainda há muito o que fazer no que se refere à música nas escolas brasileiras, principalmente naquela que nos serviu de referência. Esse deve ser um esforço tanto da parte do governo como dos profissionais de ensino. Notou-se também que a música possui forte envolvimento com os seres humanos, mesmo antes do nascimento. É esse fator que vai influenciar no desenvolvimento saudável do indivíduo.

No âmbito psicológico, notou-se que a música é uma grande aliada nas terapias, sendo capaz de ajudar a minimizar traumas e expor sentimentos através da expressão corporal. Não há desculpa para não trabalhar música nas escolas de forma coletiva e divertida. O projeto mostrou várias atividades que podem ser realizadas dentro e fora da sala de aula, mesmo os professores sendo unidocentes.

O projeto Dó Ré Mi Científico somente consolida o que grandes psicopedagogas já tinham afirmado: que a música é capaz de transformar a vida de crianças positivamente, independente de sua patologia, sem falar na importância do voluntariado para benefício pessoal. O projeto além de passar a visão de que a música é benéfica em todos os setores, também mostra os aspectos históricos e ainda que temos que evoluir em todos os tipos de artes, pois somente a cultura é capaz de formar uma geração pluralizada e despreconceituosa.

11- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A Mente é Maravilhosa. A psicologia da música. 16 de março de 2015. Disponível em: >https://amenteemaravilhosa.com.br/psicologia-da-musica/< Acesso em: 25 de maio de 2017. BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro; GARBOSA, Luciane Wilke Freitas. A educação musical e pedagogia. Campinas/SP: Editora Mercado das Letras, Junho 2014 p.7. Disponível em: >http://www.mercado-de-letras.com.br/resumos/pdf-08-07-14-15-39-36.pdf< Acesso em 20 de maio de 2017. BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1986.p.11 - 12. Disponível em: > https://pt.slideshare.net/leandrodelgado54379/uma-breve-historia-da-msica< Acesso em : 02 de maio de 2017. BEREZUTCHI, Loreta. 5 Brincadeiras musicais para fazer com as crianças. Site Bagagem de Mãe, 10/04/2015. Disponível em: >http://www.bagagemdemae.com.br/5-brincadeiras-musicais-para-fazer-com-as-criancas/< Acesso em: 03 de agosto de 2017 BRASIL, Presidência da República. LEI Nº 11.769, de 18 de agosto de 2008. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: >http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm< Acesso em : 20 de maio de 2017

BRASIL, Presidência da República. LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: >http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm< Acesso em: 20 de maio de 2017. BUENO, José Geraldo Silveira. Educação Especial Brasileira. São Paulo/ SP: Editora Educ 2011 p. 23. ELLMERICH, Luis. História da Música. Campinas / SP: Editora Boa Leitura. 1973, p. 26-27. ESCOBAR, Ana.Música acalma, estimula a memória, alivia dores e ajuda no exercício físico. São Paulo: Editora Globo 06/06/2013. Disponível em: >http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/06/musica-acalma-ajuda-na-atividade-fisica-e-tambem-pode-aliviar-dores.html< Acesso: em 15 de maio de 2017. MIQUEIAS, Thiago. Oficinas de jogos musicais. Site Música e Movimento 2012. Disponível em:>http://www.musicaemovimento.com.br/oficinas-e-cursos/oficinas-jogos-musicais< Acesso em 07 de agosto de 2017.

NAPOLITANO, Marcos. História e Música. Belo Horizonte/ MG: Editora Autêntica. 2002 p.27. Disponível em: >https://pt.slideshare.net/fabiowilke/historia-musica-marcos-napolitano< Acesso em: 04 de maio de 2017. Neuro Saber. Como estimular crianças com Dificuldades de Aprendizagem?. 09 de dezembro de 2016. Disponivel em : >https://neurosaber.com.br/artigos/como-estimular-criancas-com-dificuldades-de-aprendizagem/< Acesso em: 05 de abril de 2017. PEREIRA, Cláudia Madeira. A música e o desenvolvimento infantil. Moscavide, Lisboa, Portugal 2017. Disponível em: >http://www.claudiamadeirapereira.com/a-musica-e-o-desenvolvimento-infantil/< Acesso em: 25 de maio de 2017. PEREIRA, Fernando de Oliveira. A audição do feto – desde quando e o que ouve o feto?. Site ABC Do Bebê,22/10/2016. Disponível em: >https://www.abcdobebe.com/gravidez/evolucao-do-feto/audicao-do-feto/< Acesso em 15 de maio de 2017. RAMOS, Daniel. Dificuldade de aprendizado pode ser algum transtorno do cérebro. São Paulo: Editora Globo, 02/05/2013 10h33 - Atualizado em 03/05/2013 07h35. Disponível em:>http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/dificuldade-de-aprendizado-pode-ser-algum-transtorno-do-cerebro.html< Acesso em: 05 de abril de 2017. Reciclagem no Meio Ambiente. Instrumentos musicais feitos de reciclagem. Disponível em:>https://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/instrumentos-musicais-feitos-de-reciclagem/< Acesso em: 15 de agosto de 2017. ROCHA, Ricardo Lucas; LACERDA, José Luiz. Brincadeiras com música. 07/12/2009. Disponível em: >http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14827 <Acesso em: 07 de agosto de 2017.

Saúde Melhor. Musicoterapia: benefícios para a saúde! . Disponível em: >https://www.saudemelhor.com/musicoterapia-beneficios-para-saude/< Acesso em 16 de maio de 2017

Tua Vida. Benefícios da Musicoterapia. 17/07/2017. Disponivel em: >https://www.tuasaude.com/beneficios-da-musicoterapia/< Acesso em : 03 de agosto de 2017

VALE, Natalia. Música faz bem à saúde do coração e proporciona alegria e bem-estar. Redação Minha Vida 30/06/2019. Disponível em: >http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/11512-musica-faz-bem-a-saude-do-coracao-e-proporciona-alegria-e-bem-estar< Acesso em 15 de maio de 2017.

VERÍSSIMO, Érico. Olhai os Lírios do Campo. São Paulo/SP: Editora SCHWARCZ LTDA, 2005.

12- ANEXOS ANEXO 1 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. TÍTULO I Da Educação

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte

e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos

sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº

12.796, de 2013) TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; II - universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei

nº 12.061, de 2009) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação

dada pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades

especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;

IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e

modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;

VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.

Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União:

§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;

I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - fazer-lhes a chamada pública; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar

o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais.

§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.

§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.

§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.

Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.

Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)

Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de

ensino; II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da

Constituição Federal.

ANEXO 2 LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.

Art. 1o O art. 26 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar

acrescido do seguinte § 6o: § 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente

curricular de que trata o § 2o deste artigo.” (NR)

Art. 2o (VETADO) Art. 3o Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às

exigências estabelecidas nos arts. 1o e 2o desta Lei. Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 18 de agosto de 2008; 187o da Independência e 120o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

ANEXO 3

Logo oficial do projeto Dó Ré Mí Científico criado no site https://www.freelogoservices.com/ no dia 03/03/2017.