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Page 1: Empreendedor 099

Inovação e Valor aos NegóciosAno 8 • Nº 99

Janeiro 2003

R$ 6,00

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Empresária Ester Macedo,que ao lado do marido e do filhocomanda a Frangos Macedo

No concorrido mercado do frango, a MACEDOaposta na regionalização e na exportaçãocomo estratégias de crescimento

BRIGA DEBRIGA DEIS

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GIGANTESGIGANTES

BOB WOLLHEIM: INCENTIVO E AUTO-ESTIMA AOS EMPREENDEDORESBOB WOLLHEIM: INCENTIVO E AUTO-ESTIMA AOS EMPREENDEDORES

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e d i t o r i a l

A Revista Empreendedor é uma publicação da Editora Empreendedor Diretor-Editor: Acari Amorim [[email protected]]

Diretor de Comercialização e Marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]

Redação Editor-Executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – Repórteres: Ana Paula Meurer, Bea-trice Gonçalves, Cléia Schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – Edição de Arte: Gustavo Cabral Vaz – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreende-dor, Carlos Pereira e Shutterstock – Foto da capa: Shut-terstock – Revisão: Lu Coelho

Sedes

São Paulo Diretor: Fernando Sant’Anna Borba – Executivo de Contas: Osmar Escada Jr – Rua Pamplona, 1.465 – Conj. 74 – CEP 01405-002 – Jardim Paulista – Fone/Fax: (11) 3887-2193 [[email protected]]

Florianópolis

Executiva de Atendimento: Joana Amorim [[email protected]] – Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 – Santo Antônio de Lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666

Central de Comunicação – Rua Anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [[email protected]]

Escritórios Regionais

Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – Rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910

Brasília Ulysses Comunicação Ltda. [[email protected]] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – Condo-mínio Ville de Montagne, Q.01 – CS 81 – Lago Sul – 71680-357 – Brasília – Distrito Federal

Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR – Fone: (41) 3079-4666

Rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [[email protected]] e Renato Zimmermann [[email protected]] – Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RS – Fone: (51) 3327-3700

Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda – Hamilton Marcondes [[email protected]] – Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem – 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384

Minas Gerais SBF Representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – Av. Getúlio Var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – Belo Horizonte – MG – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927

Assinaturas Serviço de Atendimento ao Assinante – [[email protected]] – O valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de R$ 118,80 à vista. Re-novação de Assinatura R$ 112,86 à vista. Estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Produção Gráfica Impressão e Acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – Distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações Ltda – São Paulo

Empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br Editora: Carla Kempinski – Repórter: Raquel Rezende

Na última década, a cons-trução civil conseguiu superar definitivamente a sofrida estagnação nos anos 1980 e 1990. As con-

dições econômicas favoráveis do País – especialmente o baixo índi-ce de desemprego e o aumento da renda da população – e a disponi-bilidade de crédito imobiliário, com prazos mais longos e juros menores, além de programas públicos como o “Minha Casa Minha Vida” permitiram que muitos brasileiros realizassem o sonho da casa própria. Em 2011, o volume dos financiamentos para aquisição e construção de imóveis cresceu 42%, índice que representa novo recorde histórico.

São milhões de unidades resi-denciais e comerciais entregues e em construção, que consolidam o crescimento do setor. Tudo isso fez com que o número de trabalhadores com carteira assinada na constru-ção civil dobrasse nos últimos cinco anos. No desempenho geral, o incre-mento foi de 11,6% em 2010 – ano excepcional, marco da recuperação – e de cerca de 5% em 2011, o que demonstra não um arrefecimento simples do ritmo, mas sim uma aco-modação natural das atividades para se chegar a um ponto de equilíbrio sustentável do crescimento setorial.

E o bom momento deve durar, pois o déficit habitacional no País ainda é alto – superior a 8 milhões de moradias, segundo a Abecip – e a aquisição de imóveis tem se mostrado um excelente investimento. Com crescimento acima da média mundial, os preços mais do que dobraram nos últimos cinco anos, atingindo valo-rização de 24,7% em 2011, índice superado apenas pela Índia. Além disso, há uma larga margem para o crédito imobiliário crescer. Hoje ele repre-senta 4,7% do PIB total do País e a perspectiva é de que essa participação atinja 6% em 2012 e chegue a 10% em 2014.

Com o mercado aquecido, as empresas da área têm se utilizado de diferentes estratégias para conquistar clientes. Entre as principais tendências estão a transformação de condomínios em verdadeiros complexos de lazer, a adoção de tecnologias sustentáveis, a aquisição e fusão de empresas para aumentar a presença no território nacional, a utilização da internet como ferramenta de vendas e inovação, além de projetos especialmente criados para atender públicos específicos. Não deixe de conferir as oportunidades na matéria de capa e demais reportagens desta edição.

Alexsandro Vanin

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GUIA DO EMPREENDEDOR 69Produtos e Serviços ................... 56

Do Lado da Lei ........................... 58

Leitura ........................................ 60

Análise Setorial ......................... 64

Indicadores ................................. 65

Agenda ....................................... 66

55

Bob Wollheim, um dos pioneirosda internet brasileira, fala sobrea vocação do brasileiro para oempreendedorismo.Recentemente, ele co-escreveuum livro de entrevistas sobre oassunto, no qual procurou identificar se as característicasempreendedores são inatas ou não.

Entrevista

Nestaedição

RedaçãoEditor-Executivo: Alexandre Gonçalves[[email protected]]Editor: Carlos CastilhoRepórteres: Lúcio Lambranho, Fábio Mayer eSara CaprarioEditor de Arte: Gustavo Cabral VazFotografia: Lauro Maeda e Arquivo EmpreendedorProdução e Arquivo: Ivone ZanattaIlustrações: Clóvis GeyerRevisão: José Renato de Faria/Ponto FinalCoordenador de Web: Flaviano da Cunha JúniorSedes

São PauloDiretor de Marketinge Comercialização: José LamonicaExecutivos de Contas: Paula Araújo Speda,Ariovaldo Florian e Edson RamãoRua Sabará, 566, 9º andar, cj. 92Fones: (11) 3214-5938/3257-4667/3214-609301239-010 - São Paulo - SP[[email protected]]FlorianópolisExecutivo de Atendimento: Cleiton Correa WeissAv. Osmar Cunha, 183, Ceisa Center, bl. C,9º andar - Fone: (48) 224-444188015-900 - Florianópolis - SCRepresentante

Dinâmica Promoções e EventosCarlos Hamilton Martins FeltrinRua Turiassu, 127, cj. 12/13 - PerdizesFone/Fax: (11) 3822-041205005-001 - São Paulo - SP[[email protected]]Escritórios regionais

Rio de Janeiro [[email protected]]Milla de SouzaRua México, 31, grupo 1404 - CentroFone/fax: (21) 2533-3121/2524-2757/2533-160120031-144 - Rio de Janeiro - RJBrasília [[email protected]]Ulysses C. B. CavaSETVS - Quadra 701 - Centro EmpresarialBloco C, cj. 330Fone: (61) 314-154170140-907 - Brasília - DFParaná [[email protected]]Ricardo TakigutiRua Joaquim da Costa Ribeiro, 507 A - AtubaFone: (41) 367-438882840-190 - Curitiba - PRRio Grande do Sul [[email protected]]Marcelo GuedesAv. Iguaçu, 525, cj. 305 - PetrópolisFone: (51) 3334-4054 - Fax: (51) 3334-231790470-430 - Porto Alegre - RSCeará [[email protected]]Dilermando PortelaAv. Luciano Carneiro, 99 - Bairro FátimaFones: (85) 433-3989/9969-731260410-690 - Fortaleza - CEPernambuco [[email protected]]Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111, cj. 605 - Boa ViagemFone: (81) 3327-3384/3327-943051021-310 - Recife - PEMinas Gerais [[email protected]]Sérgio Bernardes de FariaAv. Getúlio Vargas, 1300, 17º andar, cj. 1704Fone: (31) 3261-270030112-021 - Belo Horizonte - MG

AssinaturasServiço de atendimento ao assinanteDiretora: Clementina P. da SilvaGerente: Luzia Correa WeissFone: 0800 48 0004[[email protected]]

Produção gráfica

Impressão e acabamento: Coan Gráfica Editora CtPDistribuição: Fernando Chinaglia S.A. (São Paulo)

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Diretor-EditorAcari Amorim [[email protected]]

ANER

Diretor de Marketing e ComercializaçãoJosé Lamonica

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A revista Empreendedor éuma publicação da Editora

Empreendedor

20CapaEntrar e ganhar uma fatia no competitivo mercado defrangos não é uma tarefa das mais fáceis. Mas nessa briga degigantes acabam se destacando empresas como a FrangosMacedo, de Santa Catarina, que, comandada por pai, mãe efilho, garante sua competitividade com uma estratégiamuito simples: manter um olho no mercado catarinense eoutro nas exportações para Europa, Ásia e Oriente Médio.

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LEIA TAMBÉMCartas ................................. 6Empreendedores ........................ 14Não Durma no Ponto ..................... 18Via Digital ............................ 56

Saiba por que o segmento de decoração é um dosque mais crescem entre as redes de franquias.

Também nesta edição,as notícias do mundodo franchising, e naseção FrancoFranquia eleresponde o que fazerquando aconcorrência caprichanas promoções.Confira ainda o espaçoda ABF, com tudosobre os destaques dofranchising em 2002.

FRANQUIA TOTALSuplementoSuplemento

Pesquisa recém-divulgada nos EstadosUnidos mostra que as newsletterscorporativas ganham das páginas da Webem matéria de fidelização do cliente.

INFO

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O efeito manadaA avalancha informativa atual estálevando os empresários a tomardecisões muito parecidas, o que éconsiderado perigoso para os negócios.

Diretoaoalvo

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Dez em cada dez empreendedores estãoconvencidos de que a expansão é a metasuprema de qualquer empresa. Mas muitagente já se arrependeu de ter ficado maior.

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IA Crescer ounão crescer

49

Dois ícones do capitalismo mundialengrossaram no final de 2002 a lista dasmegaempresas que entraram em crise,justamente quando tudo apontava parauma era de ouro das multinacionais.

A era dosdinossauroscorporativos

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Novos empreendimentostentam aquecer oturismo, mas ainda épreciso muito trabalhopara transformar o queestá por trás daspaisagens: falta deprofissionalismo e depreparo para receberbem os visitantes.

Brasil 42

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Cartas

66666Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

do Editor

ob Wollheim é um nome bastan-te conhecido do público quando

o assunto é internet e apoio a novosempreendedores. Afinal, sua carreira temsido pautado por participações impor-tantes nesses dois segmentos e, por issomesmo, costuma ser uma das boas fon-tes para os jornalistas. Aproveitamos olançamento do livro de entrevistas comempreendedores que Bob elaborou e pro-duzimos uma entrevista exclusiva como autor. O resultado, que vocês poderãocomprovar a partir da página 10, é nomínimo instigante, sobretudo pelasidéias que Bob defende quanto ao de-senvolvimento do empreendedorismo.

Seguindo a mesma linha, a reporta-gem de capa mostra o desempenho daFrangos Macedo Koerich, uma empresaque atua em um dos segmentos maiscompetitivos do Brasil, o de aves e deri-vados. Mantendo uma estrutura comfortes traços familiares (pai, mãe e filhocomandam a empresa), a Macedo Koe-rich é um exemplo não só de empreen-dedorismo, mas também de como umaempresa que define e segue seu foco écapaz de alcançar o sucesso. Vale res-saltar ainda o fato de que, além da par-ticipação efetiva do casal de fundadores,José e Ester Macedo, a empresa contacom o trabalho de um jovem executivo,Jóster, de 29 anos (um ano mais jovemque a empresa). Acompanhe a trajetóriae as estratégias da Macedo Koerich apartir da página 20.

E, para encerrar, uma reportagem es-pecial mostra alguns dos problemas queestão por trás da paisagem do turismobrasileiro. O repórter Lúcio Lambranhoouviu de seus entrevistados (empreende-dores e especialistas) muito do que ain-da precisa ser feito para que o turismodeslanche para valer no Brasil. Mais doque uma reportagem sobre problemas,é uma reportagem sobre oportunidades,ações e negócios que ainda não foramdevidamente explorados. É ler para con-ferir. A partir da página 42.

BBBBBArtigos

Sou graduando do curso de Eco-nomia da Unicamp, faço estágio naFundação CPqD de Campinas.Gostaria de saber se a Empreendedorpublica artigos que não sejam doseditores da revista , ou seja, se háalgum tipo de espaço para envio de ar-tigos para análise e possível publicação.

Rogério Ceron de OliveiraCampinas – SP

Rogério,Publicamos artigos de opinião na

revista Empreendedor, na seção SuaOpinião. Esses artigos, além, é claro, detemática ligada a Economia e Negócios,

Parceiros da vida

Ao chegar de viagem no últimodia 4 de dezembro, observei que asminhas caixas de voz – de casa eda Parceiros da Vida – estavamcom a capacidade esgotada. Penseique se tratava de votos de boas-festas, algo normal nesta época doano. Algumas até eram,mas a maioria foi dei-xada como cumprimen-to pela “matéria na re-vista”. Confesso quenão entendi nada. Emseguida, ao acessar ainternet e abrir meus e-mails, descobri do quese tratava. Em meio àsmensagens que rotinei-ramente recebo, me de-parei com exatas 53 arespeito da entrevista publicada naedição de dezembro da revista Em-preendedor.

Corri à banca da qual sou clien-te – talvez a principal de São Paulo,localizada no centro da cidade – enova surpresa: assim que me viu,o gerente apanhou um exemplar daEmpreendedor e passou a gesticu-

lar para os demais clientes que lá seencontravam, afirmando que eles es-tavam diante de uma personalidade.Sendo sincero, a despeito da qualida-de da revista – da qual sou leitor as-síduo, por considerá-la disparado amelhor do gênero no país –, não tinha

idéia de como ela eralida e bem recebida pe-lo mercado.

Com relação à en-trevista, nada tenho afazer a não ser cum-primentá-lo. Raríssi-mas foram as vezesque as minhas idéias eopiniões foram tradu-zidas com semelhantefidelidade por um jor-nalista, como fez o re-

pórter Fábio Mayer. Você está de pa-rabéns! A revista idem, por contar emseus quadros com profissional tãodigno e de competência ímpar.

Em virtude do grande interesseque a entrevista motivou, gostaria depedir-lhes autorização no sentido deenviar o texto para algumas listas dediscussão as quais administro e/ou

devem respeitar um tamanho-padrão (emtorno de 3.500 caracteres). Os textosdevem ser enviados para o [email protected], aoscuidados do editor-executivo AlexandreGonçalves.

CorreçãoNa edição de dezembro, no

quadro sobre a Accor (página 23),o faturamento correto é R$ 5,8bilhões. No quadro do Angeloni(página 35), o número de funcio-nários da rede é 5.156.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro77777

2003

AssinaturasPara assinar a revista Empreendedor ousolicitar os serviços ao assinante, ligue0800 48 0004. O valor da assinatura anual(12 edições mensais) é de R$ 72. Aproveitea promoção especial e receba um desconto de16,7%, pagando somente R$ 60. Estamos à suadisposição de segunda a sexta-feira, das8 às 18h30min. Se preferir, faça suasolicitação de assinatura pela internet.O endereço é www.empreendedor.com.br oupelo e-mail [email protected].

CorrespondênciaAs cartas para as revistas Empreendedor,Jovem Empreendedor, Dirigente Lojista,Cartaz, Guia Empreendedor Rural e Guia deFranquias, publicações da EditoraEmpreendedor, podem ser enviadas paraqualquer um dos endereços abaixo:São Paulo: Rua Sabará, 566 - cj. 92CEP 01239-010 - São Paulo - SPRio de Janeiro: Rua México, 31 - cj.1404CEP 20031-144 - Rio de Janeiro - RJBrasília: SETVS - Quadra 701 - CentroEmpresarial - Bloco C - cj. 330CEP 70140-907 - Brasília - DFRio Grande do Sul: Av. Iguaçu, 525/305 -CEP 90470-430 - Porto Alegre - RSSanta Catarina: Av. Osmar Cunha, 183 -Bloco C - cj. 902CEP 88015-900 - Florianópolis - SCParaná: Rua Joaquim da Costa Ribeiro,507 A, AtubaCEP 82840-190 - Curitiba - PRCeará: Av. Luciano Carneiro, 99 - BairroFátima - 60410-690 - Fortaleza - CEPernambuco: Rua Ribeiro Brito, 1111,cj. 605 - Boa ViagemCEP 51021-310 - Recife - PEMinas Gerais: Av. Getúlio Vargas, 1300,17º andar, cj. 1704CEP 30112-021 - Belo Horizonte- MG

Os artigos deverão conter nome completo,assinatura, telefone e RG do autor, eestarão sujeitos, em função do espaço,aos ajustes que os editores julgaremnecessários.

AnúnciosPara anunciar em qualquer publicação daEditora Empreendedor ligue:São Paulo: (11) 3214-5938/3822-0412Rio de Janeiro: (21) 2533-3121/2524-2757Brasília: (61) 314-1541Curitiba: (41)356-8139/[email protected] Alegre: (51) 3334-4054Florianópolis: (48) 224-4441Fortaleza: (85) 433-3989Recife: (81) 3327-9430

Reprints editoriaisÉ possível solicitar reimpressões dereportagens das revistas da EditoraEmpreendedor (mínimo de 1.000 unidades)

InternetAnote nossos endereços na grande rede:http://[email protected]

de EmpreendedorparaEmpreendedor

participo, além de divulgá-lo para onosso mailing, composto por cercade 12 mil membros. Caso concordem,pediria que me enviassem a matériana extensão .jpg como, também, otexto em separado, no formato .doc,haja vista que a maioria das listas nãoaceita a extensão html.

Aproveitando a oportunidade,acredito que poderíamos estreitar ain-da mais as relações entre a Revista ea Parceiros da Vida. Se concordarem,passaremos a divulgar em nosso site– que deverá estar publicado até o mêsde fevereiro –, nas newsletters e emtodos os materiais, peças e projetosda entidade o conteúdo de cada edi-ção, com respectivo link para o siteda Empreendedor.

Caso se interessem em estabeleceruma parceria, sugeriria também quea revista abrisse um espaço mensalpara o terceiro setor e a responsabili-dade social. Da mesma forma quefazemos com outros veículos da mí-dia impressa e de internet, podería-mos encaminhar, todos os meses, ar-tigos a respeito desses temas. Conta-mos, atualmente, na diretoria e no

CEDOCO Centro de Documentação (CEDOC) da Editora Empreendedordisponibiliza aos interessados fotos e ilustrações que compõem o nosso bancode dados. Para mais informações, favor entrar contato com Ivone Zanatta,pelos telefones (48) 224-4441 e 0800 48 0004, ou por e-mail[[email protected]].

CARTAS PARA A REDAÇÃOCorrespondências por e-mail devem ser enviadas [email protected], aos cuidados do editor AlexandreGonçalves. Solicitamos aos leitores que utilizam correio eletrônico colocarem emsuas mensagens se autorizam ou não a publicação de seus respectivos e-mails.Também pedimos que sejam acrescentados o nome da cidade e o do estado deonde está escrevendo.

Conselho de Direção da entidade,com alguns dos principais nomesda área, a exemplo de Christina eJoão Carvalho Pinto – Grupo FullJazz de Comunicação –, Engel Pas-choal – o principal colunista de res-ponsabilidade social do país –, Ju-liana Raposo – jornalista que estru-turou a área de comunicação doInstituto Ethos de Responsabilida-de Social Empresarial – e outros deigual renome e prestígio – que seincorporarão à Parceiros neste mêsde janeiro –, cujos nomes divulga-remos assim que estiverem confir-mados.

Fernando Credidio

Presidente da ONG Parceiros da [email protected]

www.parceirosdavida.org

Caro Fernando,Em nome de todos os colegas darevista Empreendedor, agradecemosimensamente o relato enviado porvocê sobre a repercussão da entrevistapublicada em nossa edição nº 98.Quanto às suas solicitações, veremosde que forma poderemos atendê-las.

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1010101010Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

por Lúcio Lambranho

2003

EntrEvistA

com BobWollheim

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Bob Wollheim foi um dos pioneirosda internet brasileira. Antes mesmode dar seus primeiros cliques na Web,montou na garagem de sua casa, em1987, sua primeira empresa. A Publi/3 chegou a atender empresas comoAmerican Express, Ac-cor Brasil e Las Leñas.Quando a Web gerou osprimeiros negócios em1995, ele fundou aYes!Design, voltada pa-ra produção na internet.Começou a ter notorie-dade quando entrou paraa StarMedia em 1998.Em menos de dois anosse tornou o presidenteda empresa no Brasil.Depois dessas experiências, Bobfundou em 2000, com mais trêssócios, a Ideia.com e trouxe para oBrasil o conceito de Strategic Eco-nomic Network para projetos deinternet e tecnologia. Nesta entrevistaele diz que, mesmo depois do estou-ro da bolha dos negócios ponto.com,ainda há futuro nos negócios na rede.“O futuro da internet é maravilhoso.Não me restam dúvidas disso. Os ne-

gócios na internet continuarão, poroutro lado, sendo muito duros por umbom tempo”, adverte.

Para matar a sua própria curio-sidade e mostrar sua paixão pelo em-preendedorismo, Wollheim acaba de

lançar o livro EmpreenderNão é Brincadeira (Ne-gócio Editora). Junto comPyr Marcondes, jornalis-ta, publicitário e fundadorda Digital Strategy, eledesvenda o perfil de 18empreendedores bem co-nhecidos do público: Alek-sander Mandic (Mandic),Ana Lúcia Serra (AGE),Caio Túlio Costa (UOL),Marcelo Lacerda (Zaz/

Terra), Marcos Weittreich (PortaliBest), Sandra Chemin (Ogilvy Inte-ractive), Matinas Suzuki (iG), Osval-do Barbosa (MSN/Microsoft), PauloHumberg (Vírgula e fundador doLokau), Sérgio Kulikovsky (PatagonBrasil), Rodrigo Baggio (CDI), An-tonio Bonchristiano (GP Investimen-tos), Fábio Fernandes (F/NazcaS&S), Gustavo Viberti (Cadê?), JoanaWoo (Editora Símbolo), Júlio Hungria

(Blue Bus), Nizan Guanaes (publi-citário e fundador do iG) e Paulo Lima(Editora Trip).

Wollheim lembra que a idéia deescrever um livro sobre o assunto sur-giu para contar seus anos de expe-riência no mercado de internet. “Per-cebemos, no entanto, que a Web aindaé um segmento muito novo no país eresolvemos abranger o tema, con-tando um pouco da história do em-preendedorismo no Brasil”, diz. Bobconta ainda que, ao finalizar essetrabalho, conseguiu responder a umapergunta que sempre teve em mente:o empreendedorismo está no DNA dapessoa ou ela pode aprender a se tor-nar um empreendedor com suasexperiências no dia-a-dia? Para o au-tor, essa característica está, sim, nosgenes dos indivíduos, mas ele tam-bém acredita que ela possa estar pre-sente em muito mais gente do que seimagina. “Os brasileiros, dadas todasas adversidades, têm muito DNA.Faltam uma cultura mais propícia, umpouco mais de incentivo e auto-esti-ma”, acredita.

Empreendedor – Depois das en-

Bob Wollheim acredita que a capacidade de gerar novos negócios temorigem genética, mas defende a necessidade de que as pessoas sejammotivadas para desenvolver suas características empreendedoras

“Faltam incentivoe auto-estima”

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro1111111111

)(Fundador daIdeia.com

2003

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trevistas com empreendedores eda publicação do livro Empreen-der Não é Bricadeira, qual é aprimeira dica que você daria paraquem quer ser empreendedor noBrasil?

Bob Wollheim – Se você temvontade, faça! Não existe momentoideal. Todos os cenários sempre es-tarão contra. Se você esperar a eco-nomia melhorar, talvez você não te-nha mais a energia ou o capital neces-sário. Se esperar o mercado amadu-recer, talvez quandovocê resolver já exis-tam players demais eassim por diante.

Empreendedor – Nasua opinião, quaissão as principaiscaracterísticas dosempreendedoresbrasileiros?

Wollheim – Semdúvida nenhuma, cria-tividade. Só para pegarum exemplo bem sim-ples: não existe nomundo nenhum proje-to de acesso gratuitobem-sucedido. No li-vro entrevistamos doisempreendedores quenos mostraram comocriatividade é importante: MatinasSuzuki Jr., do IG, e Marcos Wett-reich, do Ibest.

Empreendedor – Em que áreas deformação os jovens empreende-dores devem ingressar para faci-litar o desenvolvimento do chama-

do espírito empreendedor? Exis-tem carreiras mais ligadas ao de-senvolvimento de negócios?

Wollheim – Eu recomendaria umaformação o mais eclética possível. Seradvogado e arquiteto, jornalista e ad-ministrador de empresas, e assim pordiante. Isso, na maior parte das vezes,não é possível pela falta de tempo ede recursos. Ficamos numa sinuca debico terrível. A resposta certa é queo que existe no mundo acadêmicoatualmente não ajuda muito o em-

preendedor. Está faltando um novomodelo.

Empreendedor – Na abertura doseu livro você diz que “vivemosnum país com muitas neces-sidades não atendidas”. Você con-seguiria apontar quais são essasnecessidades e onde os empre-endedores podem tentar inovaratualmente?

Wollheim – Precisamos de muitacoisa em nosso país, mas especifi-

“Se você tem

vontade,

faça! Não

existe

momento

ideal. Todos

os cenários

estarão

sempre

contra”

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1212121212Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

por Lúcio Lambranho

2003

EntrEvistA

com BobWollheim

camente no quesito empreendedo-rismo a maior necessidade, e a maisdifícil de se obter também, é cultural:ver o empreendedorismo como agrande alavanca do desenvolvimentosocial. Ainda temos a imagem doempreendedor como “ovelha negra”ou “safado”. Isso é muito ruim, des-motiva e, mais importante, não refletea realidade. Empreendedorismo é ca-da vez mais uma opção profissionaldas pessoas, e o tempo em que em-preender no Brasil era quase ser sóciodo governo (o que criou essa visãode “safadeza”) já é passado longín-quo. No nosso livro, por exemplo, ne-nhum dos empreendedores teve qual-quer proximidade (o que dizer entãode dependência ou relação incestuo-sa) com qualquer governo. Mesmo oRodrigo Baggio, que é um empreen-dedor social, não dependeu nunca deações governamentais.

Empreendedor – Qual é o futuroda internet no país? Quais são asprincipais metas da Idéia.com pa-ra 2003?

Wollheim – O futuro da interneté maravilhoso. Não me restam dú-vidas disso. O futuro dos negóciosna internet continuará, por outro la-do, sendo muito duro por um bom

tempo. É assim em qualquer indús-tria nova, tanto quanto mais pioneirae inovadora. Estamos com quatroprojetos novos na Ideia.com: o UpExpress, escola de empregabilidadevoltada para as classes D e E; W.Ins-titute, ensino de empreendedorismo(exatamente o que coloquei comosendo a grande carência no ensinoatual); Gheto, marketing para jovensatravés do esporte; e a Série Desafio,um projeto de e-learning na área fi-nanceira. Portanto, em 2003 iremostrabalhar muito para que, no longoprazo, tenhamos sucesso e contasequilibradas.

Empreendedor – Como você ob-serva o desenvolvimento docapital de risco no Brasil? Aindaexistem poucos projetos comchances reais de conseguir uminvestidor dentro de um turbilhãode planos de negócios produzidosa cada ano?

Wollheim – É uma pena que a crisetenha acontecido quase que concomi-tantemente com a vinda mais intensa epulverizada de capital de risco paranosso país. Mas, enfim, aconteceu e oque você coloca é a realidade. Pensoque o desenvolvimento será lento, muitogradual e muito dependente do queacontecer nos EUA.

Empreendedor – O que falta noBrasil para que o país seja maisempreendedor?

Wollheim – Os brasileiros, dadastodas as adversidades, têm muito DNA.Faltam uma cultura mais propícia, umpouco mais de incentivo (desburocra-tização, financiamento mais barato einformação) e auto-estima.

Empreendedor – Na história daeconomia brasileira qual é, na suaopinião, o melhor exemplo de tra-jetória empreendedora para sercontado aos empreendedores? Épossível eleger o maior empreen-dedor brasileiro de todos os tem-

“O brasileirose habituou àausência dassoluções dosgovernos eresolveucuidar porconta própriade muitacoisa”

pos? Quanto os bons exemplospodem servir para quebrar aresistência aos empreendedoresque acontece desde a convivênciacom a família?

Wollheim – Temos muitos bonsexemplos. Somos é ruins de memóriae maus contadores de histórias. Achoque Mauá é o maior empreendedorbrasileiro – e sua história já está con-tada (e muito bem contada!). Mastemos muitos mais – Marinho, Ermí-rio de Moraes, Frias, Martins, etc.

Empreendedor – Como o novo go-verno pode incentivar o empreen-dedorismo no Brasil?

Wollheim – Boa pergunta! Esque-maticamente, pois isso daria umatese: 1) entendendo que empreende-dorismo leva a desenvolvimento so-cial (mais do que assistencialismo, ameu ver, claro); 2) criando condiçõese simplificando a vida do empreen-dedor, promovendo, incentivando,dando melhores condições; 3) mos-trando isso ao mundo, pois atrai-ríamos capitais internacionais paranosso país.

Empreendedor – O empreende-dorismo social já amadureceu nopaís ou ainda é muito assisten-cialista e acaba produzindo apenasmarketing para as empresas queinvestem no terceiro setor? É pos-sível que as duas partes envol-vidas tenham bons resultadosnesse tipo de projeto?

Wollheim – Está amadurecendorápido. Espero que no novo governonão voltemos exageradamente àmentalidade assistencialista. Acho quehá muito mais coisas sendo feitas doque apenas marketing. O brasileiro sehabituou à ausência das soluções dosgovernos e resolver cuidar por contaprópria de muita coisa. Existe projetosocial de todo tamanho em toda casae empresa de cada brasileiro! É bonitode ver. Pena que tanto dinheiro éjogado fora pelos governos.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro1313131313

)(Fundador daIdeia.com

2003

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2003

“Os gestores f“Os gestores f“Os gestores f“Os gestores f“Os gestores fazem asazem asazem asazem asazem ascoisas bem. Os líderescoisas bem. Os líderescoisas bem. Os líderescoisas bem. Os líderescoisas bem. Os líderes

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Marcos Leite e Álvaro Pereira Leite Neto

Pioneiros nos dados

Artsoft

A Carci, pioneira na produção e exportaçãode equipamentos para reabilitação física, vaimontar um centro de distribuição em Portugal.A empresa fundada em 1966 por Ivo de Car-valho possui cerca de 60% do mercado brasi-leiro no fornecimento de produtos para a áreade fisioterapia. Entre as parcerias estabelecidasao longo dos seus 36 anos de atuação comer-cial estão companhias líderes como Chatta-nooga Group, Inc, Biodex Medical, Enraf No-nius, Neuro Com, Thera-Band, Axelgaard eModelo Anatômico 3B. Essas empresas levamos produtos da Carci para os mercados daAmérica Latina, Europa, Ásia e África.

Para Orlando de Carvalho, diretor da Carci,“a expansão para a Europa representa melhoriana política de vendas, já que as barreirasalfandegárias praticamente não existem noMercado Comum”. Segundo o empresário,um dos motivadores do êxito internacional daempresa foi a presença do selo ComunidadeEuropéia (CE) nos turbilhões, um dos produtos

da Carci. Além disso, acompanhia é uma dasempresas nacionais a en-grossar a lista de expor-tadores de produtos bra-sileiros. Entre os clientesestão hospitais, clínicase universidades de paísescomo Turquia, Portugal,Egito, Grécia e Taiwan.Atualmente essa ope-ração é responsável por5% do faturamento daCarci. “Com a abertura

do novo centro de distribuição a meta é am-pliar o volume, já que a iniciativa apresentagrande potencial para novos negócios”, explicaCarvalho. www.carci.com.br

Mercado europeu

CarciOrlando de Carvalho

A Artsoft, empresa brasileira que desenvolve softwares de gestãoempresarial, registrou crescimento na aceitação de seus produtosdesde 2001 e teve o faturamento quase triplicado. Segundo MarcosLeite, diretor comercial da empresa, numa fase difícil para a maioriados negócios no país, a Artsoft está superando a meta anual de vendasem 20%. Com 15 anos no mercado e mais de 5.500 sistemas ins-talados em 1.700 empresas, a confiança também está focada nasexperiências dos empreendedores.

Álvaro Pereira Leite Neto, o diretor técnico, está no ramo há 35anos e traz na bagagem a autoria de projetos pioneiros no setor. LeiteNeto criou o segundo banco de dados do Brasil, para a Varig (controlede serviço de bordo e alfandegado), em 1977, implantou o banco dedados do Banerj, em 1982, e a consulta genérica do FGTS para aCaixa Econômica Federal, em 1989. A Artsoft já desenvolveu tambémsistemas inéditos para empresas de manutenção de elevadores (Sito)e gerenciamento de outdoors (RPR Publicidade). (21) 2527-7808

ENSINO À DISTÂNCIA

A Associação Brasileira de Dis-tribuidores Honda (Assohonda)acaba de lançar a Universidade As-sohonda. O grande desafio desseprojeto foi o de levar simultanea-mente a 550 distribuidores Honda,espalhados por todo o país, os cur-sos de desenvolvimento empresa-rial e profissional. A UniversidadeAssohonda utiliza a plataformadisponibilizada pela FederaçãoNacional da Distribuição de Veí-culos Automotores (Fenabrave),através da Universidade Conces-sionário do Futuro, que é estru-turada sob a orientação da Fun-dação Getúlio Vargas (FGV) parautilização do programa do ensinoà distância. A Universidade Asso-honda disponibilizará, no mínimo,um curso por semestre, com cargahorária de 60 horas, distribuídasem cinco módulos.

MERCADO JAPONÊS

O setor moveleiro vai fecharo ano de 2002 exportando maisde meio bilhão de dólares: umaumento de mais de 10%, emrelação a 2001, quando as ex-portações somaram US$ 483milhões. Os dados são do Pro-grama Brasileiro de Incrementoà Exportação de Móveis, APEX/Abimóvel (Promóvel). A promo-ção comercial organizada foi umestímulo ao incremento dasexportações. Um grupo deempresários de Santa Catarina,Rio Grande do Sul, Paraná eMinas Gerais participou, pelaprimeira vez, de maneira orga-nizada, da IFFT, Feira Interna-cional de Móveis, em Tóquio, noJapão. O grupo voltou otimistae estima um faturamento emvendas, apenas com a partici-pação na IFFT, de US$ 100 mil.

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1515151515 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

AGCO doBrasil

Certificaçãosocial

Normélio Ravanello

“Os analf“Os analf“Os analf“Os analf“Os analfabetos do próximo século não são aqueles queabetos do próximo século não são aqueles queabetos do próximo século não são aqueles queabetos do próximo século não são aqueles queabetos do próximo século não são aqueles quenão sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusemnão sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusemnão sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusemnão sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusemnão sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusem

a aprender, reaprender e vola aprender, reaprender e vola aprender, reaprender e vola aprender, reaprender e vola aprender, reaprender e voltttttar a aprender”ar a aprender”ar a aprender”ar a aprender”ar a aprender”(Al(Al(Al(Al(Alvin Tvin Tvin Tvin Tvin Toffler, futurologistoffler, futurologistoffler, futurologistoffler, futurologistoffler, futurologistaaaaa)))))

A AGCO do Brasil, fabri-cante dos produtos Massey Fer-guson, acaba de obter a certi-ficação OHSAS 18000, depoisde uma auditoria de cinco dias,nas fábricas de Canoas (trato-res) e Santa Rosa (colheita-deiras). A mesma auditoria re-certificou por mais três anos anorma ISO 14000, que fornecesubsídios ao sistema de gestãoambiental. Criada em 1999, anorma OHSAS 18000 (Occu-pational Health and Safety As-sessment Series) pode ser tra-duzida por Série de Avaliaçõespara Segurança e Saúde Ocu-pacional.

A empresa entra com essacertificação para um seleto gru-po formado por menos de 50empresas no Brasil. Líder emvendas no mercado interno detratores (34%) e na exportação(70%), a AGCO do Brasil em-prega mais de 1.500 trabalha-dores em Canoas e Santa Rosa.“O sucesso de uma empresa de-pende de sua constante atuali-zação, da qualidade dos seusprodutos e dos seus funcio-nários, investindo permanente-mente na melhoria contínuadestes indicadores”, afirmaNormélio Ravanello, superin-tendente da AGCO.0800 7044198

DDB e Eugenio WGWilfredo Gomes

Aliança estratégica

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A DDB América Latina acaba de adquiriruma parte significativa da agência Euge-nioWG. A DDB América Latina integra ogrupo norte-americano DDB Worldwide,considerado o segundo maior do mundo.Com esse acordo, a DDB amplia suas ope-rações no Brasil, país onde atua desde1997, e a EugenioWG mantém sua auto-nomia de gestão a exemplo da outra asso-ciada da DDB no Brasil, a DM9DDB. Ossócios brasileiros continuam no controleda operação da agência, que mantém a suamarca, mas agrega a assinatura “DDBWorldwide”. Mauricio Eugenio, o presi-dente da EugenioWG, acredita que o queatraiu a parceira internacional foi a perfor-mance da agência, que atua com “respostasrápidas, focada em resultados de vendas”.

Para ele, essa associação viabilizaránovos negócios, o que deve resultar numcrescimento de aproximadamente 30% jáno próximo ano. Steve Burton, presidenteda DDB América Latina, afirma que os re-

sultados positivosda DM9DDB in-fluenciaram na de-cisão de continuarinvestindo no país.Para ele, a Euge-nioWG se diferen-cia pela gestão ágile pelo potencial decrescimento. O resultado financeiro de 2002da EugenioWG, em torno de R$ 60 milhões,representa um crescimento de cerca de 30%em relação aos resultados de 2001, R$ 45milhões. A EugenioWG surgiu em janeirodeste ano com a fusão da EugenioMFL e dacatarinense WG, o que juntou a experiênciade 10 anos de atuação dos fundadores dasduas agências, Mauricio Eugenio e WilfredoGomes. “Nossa meta agora com essa ope-ração é chegar a R$ 100 milhões de fatu-ramento e ficar entre as 20 maiores agênciasdo Brasil”, estima Wilfredo Gomes.www.eugeniowg.com.br

A Bizavista, empresa especializada emsoluções de portais de negócios para pe-quenas e médias empresas, está encer-rando o ano de 2002 com um total de 6mil estabelecimentos conectados à sua Re-de Nacional de Portais de Negócios(RNPN). Com essa marca, a RNPN já seposiciona como a maior comunidade em-presarial da internet brasileira, em númerode estabelecimentos, e uma das maioresda América Latina. De acordo com MárioFirmino, diretor da Bizavista, a meta para2003 é atingir 15 mil estabelecimentos jáno primeiro semestre do ano e cerca de25 mil até o final do exercício.

B2B EM ALTA UNIÃO DE LUCROS

Acompanhando o firme crescimentodo valor a cada ano, analistas de mercadoestimam que as colaborações futurasentre as áreas farmacêutica e de biotec-nologia criarão valor ainda maior paraos acionistas quando bem administradas,de acordo com um relatório da empresade inteligência farmacêutica CuttingEdge Informations. Os maiores negóciosnas áreas fármaco-biotecnológicastiveram valores aumentados em todosos anos – de um negócio de US$ 125milhões em 1993 a uma parceria de US$500 milhões em 1998, chegando a US$1,3 bilhão em 2001.

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2003

Eagle Professional Systems

A Eagle Professional Systems tem comoobjetivo fornecer soluções inteligentespara informatização de laboratórios decontrole ambiental através de software decomunicação a banco de dados emestação cliente/servidor. A empresapossui uma parceria com o Laboratóriode Gerenciamento de Recursos Hídricosem Santa Catarina (FATMA/GTZ), deonde surgiu a idéia de desenvolvimento deum sistema laboratorial para análiseshídricas. Desde então a empresa estásituada na incubadora Gene-Joinville, nocampus universitário da Universidade doEstado de Santa Catarina (Udesc),desenvolvendo tecnologias de informaçãodentro da área de recursos hídricos.(47) 473-1111 Ramal 280

Duas empresas incubadas naSoftville conquistaram dupla pre-miação no Concurso Nacional Jo-vem Empreendedor de Software(Cojem). Elas conseguiram os doisprimeiros lugares concorrendocom outros 187 projetos do Bra-sil. A YoungArts (sistema de radio-difusão – SysRad) e a Eagle Pro-fessional Systems (gestão de re-cursos hídricos) são as vencedorasdos prêmios Empresa Emergente eJovem Empreendedor. A Young-Arts, dos alunos Eduardo Bento daRocha, 24 anos, que cursa Enge-nharia Mecânica na Universidadedo Estado de Santa Catarina(Udesc), e Jorge Fernandes, tam-bém com 24, formado em Ciênciasda Computação e cursando Enge-nharia Elétrica na Udesc, venceramna categoria Empresa Emergente.Alan Zoldan, 21 anos, que cursaCiência da Computação (Udesc),levou o primeiro lugar na categoriaJovem Empreendedor, com a em-presa Eagle.

A premiação do Softex e doCNPq concede financiamento depassagens, diárias e eventual ins-crição em eventos, em nome dequalquer um dos sócios do Planode Negócios para participação emcongressos, feiras, cursos, estágioou visita oficial a incubadora desoftware ou congênere no Brasilou no exterior no valor de até R$7 mil. Além do prêmio concedidopelo CNPq, que este ano totalizarecursos no valor de R$ 24 mil pa-ra quatro finalistas, os dois proje-tos vencedores de Santa Catarina,de cada categoria, receberam nanoite da entrega dos resultados umNotebook Itautec, processadorIntel Pentium 4, modelo de últimageração que acaba de ser lançadono Brasil. Uma empresa de MinasGerais (Patrimonium) e outra doRio Grande do Sul (Plancta) foramclassificadas em segundo lugar ereceberam handhelds, tambémcom processadores da fabricante.www.softville.udesc.br

Jovem S.A.por LúcioLambranho

[email protected]

YoungArts

Empresa incubada na Softville, aYoungArts desenvolve sistemas paraemissoras de rádio e internet,sonorização ambiental e gravações deáudio. O diferencial das suas aplicaçõesestá na flexibilidade dos seus sistemas, oque permite ao usuário lidar com grandesvolumes de informação em tempo real. Oproduto SysRad foi criado para trabalharem missão crítica de 24 horas por dia, 7dias por semana e 365 dias por ano. AYoungArts surgiu da associação entre doisjovens programadores que cursavam oensino médio. No início, limitaram-se aodesenvolvimento de pequenas aplicaçõesde uso particular. Posteriormente, aoencontrarem lacuna no acesso remoto aarquivos e informações, os jovensempreendedores criaram um sistema on-line para troca de arquivos e informações,mais conhecido como BBS (BulletinBoard System). O sistema foi precursorde um forte aprendizado, mas com oadvento da internet logo se tornouobsoleto. www.youngarts.com.br

Perfil das empresas

Software catarina

Softw

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1717171717 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

Parceria na automaçãoSubstituir as atuais soluções mecâ-

nicas dos veículos por soluções de me-catrônica é o desafio de um grupo depesquisadores do curso de EngenhariaElétrica e do Programa Interdisciplinarde Pós-Graduação em ComputaçãoAplicada da Universidade do Vale do Riodos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo(RS). O projeto de pesquisa intitulado“Tecnologias para Automação Veicu-lar” é bem ousado e de impacto para asociedade. A proposta da equipe é fazercom que todos os comandos do carrosejam eletrônicos (tecnologia drive-by-wire), o que permite, por exemplo, tro-car o volante e os pedais por um joy-stick, semelhante aos utilizados em jo-gos de computador, ou dirigir o carroatravés de um celular, a exemplo do quefez o agente 007 (James Bond) no filmeO Amanhã Nunca Morre (TomorrowNever Dies).

A meta dos pesquisadores da Uni-sinos é desenvolver tecnologias quedêem apoio ao motorista, como o auxí-lio para estacionar em vagas paralelas,sistema de previsão de colisões, e sis-tema remoto de supervisão e comando

(link wireless). O coordenador do pro-jeto, professor Christian Kelber, quetem doutorado na área de controle,destaca que o foco principal é a vidahumana, ou seja, reduzir acidentes nasestradas, minimizando o número devítimas. Para Kelber, trocar os coman-dos mecânicos do carro para eletrôni-cos traz diversas vantagens para o mo-torista, que passa a ter um co-pilotovirtual, ou melhor, eletrônico. Esse co-piloto, baseado em algoritmos de Con-trole e Inteligência Artificial, sintetizatodos os sistemas de que o carro serádotado, como o anticolisão, o de auxí-lio para estacionar autonomamente epara sair de condições críticas e o siste-ma remoto de supervisão e comando.

O resultado disso será o aumento desegurança nas estradas, garante Kelber.Por exemplo, no caso do sistema anti-colisão, o sistema eletrônico detectapreviamente uma situação crítica de co-lisão. Assim, pode assumir o comandodo veículo, freiando-o automaticamenteou emitindo um alerta ao motorista. Paraviabilizar o projeto a equipe está automa-tizando, nesta primeira fase, um veículo

A Academia de DesenvolvimentoSocial, sediada em Recife, lançou oprimeiro projeto “Incubadora Socialpara Ação Jovem”, para ajudar jo-vens empreendedores sociais a de-senvolver seus próprios projetos co-munitários, com o objetivo de trans-formar idéias em ação. A ONG vaiselecionar 20 projetos para come-çarem suas atividades em janeiro de2003. Rui Mesquita, presidente daAcademia, diz que a Incubadora So-cial visa a incentivar jovens em-

preendedores entre 18 e 28 anos, daRegião Metropolitana do Recife, numtrabalho que supra a demanda por po-líticas voltadas para o desenvolvimentode jovens, área com pouca atenção dospoderes públicos. “Queremos incenti-var esses jovens, para que não sejamsimplesmente seduzidos pelo mercadoe não esqueçam a sua inquietação comos problemas sociais”, afirma. A Aca-demia de Desenvolvimento Social re-cebeu 81 projetos sociais.www.academiasocial.org.br

do tipo MiniBaja. Esse carro deverá andarautonomamente (sem motorista) atravésde diferentes técnicas de sensoriamentoe controle. Ele enfrentará dentro docampus da Unisinos condições bempróximas das reais, encontradas porveículos automotores nas estradas.

Os pesquisadores não estão sozi-nhos nesse desafio. A Altus – Sistemasde Informática, líder brasileira na áreade automação industrial, está patroci-nando os equipamentos eletrônicosnecessários para o controle dos diver-sos sistemas do veículo, como direção,aceleração e freio, além de toda a infra-estrutura de rede, que interligará todosesses sistemas com o computador cen-tral. A Sense Eletrônica confirmou adoação de sensores ópticos para orastreamento de marcações sobre apista, e a Claro Digital entra com o linkde telefonia móvel. O projeto conta ain-da com o apoio da Ponfac – Sistemasde Visão, no que se refere ao know-how de sistemas de visão artificial. AAltus e a Ponfac são empresas do Pólode Informática em São Leopoldo.(51) 591-1122

Projetos sociais

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1818181818Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

Educador da Cempre – Conhecimento & Educação Empresarial

2003

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por Roberto Adami TranjanNão Durmano Ponto

DIVULGAÇÃO

Decida onde colocar sua atenção m cliente insatisfeito devolveuma mercadoria. Até aí, tra-ta-se de um fato corriqueiro

na vida das empresas. Em algumasdelas, a devolução de uma mercado-ria pode envolver até uma dú-zia de setores distintos. Exem-plo: o setor de recepção rece-be os produtos, o depósito osdevolve ao estoque, o setor deestoque atualiza os registros,o setor financeiro determina aque custo eles voltam ao es-toque, a contabilidade define seo critério é o PEPS, UEPS oucusto médio e acerta a contade impostos, a área comercialajusta as comissões de vendas,a tesouraria baixa a duplicatano banco e ajusta o controlede contas a receber. Diante detodas essas tarefas, nenhumaestá orientada para compreen-der o porquê da devolução,como o cliente está se sentindoe o que fazer para evitar trans-tornos parecidos. Como setudo isso não bastasse, existe,ainda, o risco de o cliente sercobrado indevidamente.

A conclusão desse relatodenuncia uma lamentável realidade:as empresas estão mais voltadas parao controle do que para a satisfaçãodo cliente. Você pode estar pensandoque em sua empresa “as coisas sãodiferentes”. Pois bem! Pense no con-junto de tarefas e afazeres que ocupaa maior parte do tempo e do esforço

“Alguns líderesreduzem os seus

quadros de pessoalacreditando que,com isso, estão

desburocratizando aempresa. O máximoque conseguem ésobrecarregar eestressar aqueles

que ficam”

U do seu pessoal e eu estou para apostarque mais da metade não está orientadapara servir e satisfazer o cliente.Desculpe o mau jeito mas estou pro-penso a arriscar que mais de 80% dos

esforços despendidos em sua empresanão servem para nada! E antes quevocê vire a página sem concluir a lei-tura desse artigo, deixe-me dizer o quesignifica nada: trata-se de esforçosnão voltados para a satisfação docliente e para a obtenção de resul-tados.

Veja um exemplo comum em esta-belecimentos comerciais: se sumirum par de meias, o gerente é capazde virar a loja de pernas para o ar natentativa de encontrá-lo. É possível

que alguns funcionários sejamrevistados na saída. Se, poroutro lado, um cliente sair semcomprar, todos dão de ombros,inclusive o gerente. A con-clusão desse exemplo tambémé lamentável: o par de meiasvale mais do que o cliente e,mais uma vez, o controle émais importante do que o re-sultado.

É claro que em sã cons-ciência todos querem satis-fazer os seus clientes e obteros melhores resultados, masdentro de cada um de nós re-side um carcereiro, alguémque precisa tomar conta doprisioneiro e que não podedeixá-lo fugir. O problema éque o carcereiro é tão prisio-neiro quanto o detento.

Mantendo a analogia, aspessoas em uma empresa pa-recem aprisionadas às bolas deferro acorrentadas em suas

pernas. Tais bolas de ferro têm no-mes conhecidos e até respeitados:organograma, departamento, cargo,norma, tarefa. Pare para pensar: todasessas instituições foram criadas paramanter o controle e não para satisfa-zer o cliente e obter resultados.

Tente responder: quem é respon-

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sável pela satisfação do cliente na suaempresa? Quem é responsável pelo lu-cro? Todos e ninguém! Os departa-mentos são responsáveis por manteralgumas coisas sob controle mas ne-nhum é responsável pela satisfação docliente; os cargos abrigam tarefas eresponsabilidades mas nenhum é res-ponsável pelo lucro do negócio; oorganograma satisfaz a necessidade decontrole e comando do principal lídermas nenhum está orientado a atendero cliente nas suas necessidades.

Parece que estamos todos conven-cidos de que uma empresa precisa serenxuta, flexível, receptiva, inovadora,eficiente, para que possa atuar comsucesso em uma economia mais com-petitiva, mas nem todos querem aboliro seu lado controlador. Alguns líderesreduzem os seus quadros de pessoalacreditando que, com isso, estãodesburocratizando a empresa. O má-ximo que conseguem é sobrecarregare estressar aqueles que ficam.

É preciso enxugar os processos,eliminar os controles e aumentar aautonomia das pessoas. O desafioestá em trocar controle por confian-ça! E aí o desafio não é tão simples: épreciso que haja mudanças no modelomental de quem dirige a empresa.

O problema é que as empresas nãoforam concebidas para acreditar naspessoas, sejam clientes ou funcio-nários. Está aí o grande equívoco, aenorme incongruência e o maior dosdisparates. Grande parte das empresasdespreza os seus principais agentes e

geradores de resultados: os clientes eos funcionários. É redundante dizerque o cliente é quem paga toda a con-ta e por isso é o agente principal dequalquer negócio. Mas também é re-dundante dizer que não existe clientesatisfeito sem que haja funcionáriosatisfeito. A satisfação de um cliente,bem como o nível de fidelização, estãorelacionados à satisfação e ao com-prometimento também do funcionário.

Entendido dessa forma, é precisodistender os controles na empresa,soltar as amarras, liberar as pessoaspara que coloquem seus potenciaiscriativos em prol dos clientes, seusproblemas e necessidades.

Se você sente-se confortável ocu-pando a caixinha de cima do organo-grama e mantendo todas as outrassob controle, saiba que você não estáno controle. Você está no controle,de fato, quando está fora de controle.Deixa explicar melhor: você real-mente está no controle quando osseus colaboradores, alguns próximose outros distantes, alguns mais aces-síveis e outros menos acessíveis,alguns que você bem conhece e ou-tros que você desconhece, estão sedesdobrando em iniciativas e comcriatividade, indo além de seus cargos,normas e regulamentos, para satisfa-zer ao máximo o cliente e produziros melhores resultados.

Está mais do que na hora de de-cidir que tipo de empresa você quere onde colocar a sua atenção e osseus esforços como líder.

e seus esforços

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sociedade, tem empenhado esforçospara o aprimoramento na área de

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Direito Empresarial

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2020202020Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

(Capa

Com o focovoltado para aregionalização ea exportação, aFrangos Macedo-Koerich, deSanta Catarina,desponta noacirrado mercadodo frango

Boa depor Alexandre Gonçalves

e Fábio Mayer

Santa Catarina é um verdadeiro ce-leiro de empresas no ramo de alimen-tos. Para comprovar essa afirmaçãobasta lembrar que as duas maioresempresas brasileiras do setor de aves ederivados, Sadia e Perdigão, têm suasraízes no oeste do estado. Mas, alémdas duas gigantes, a Frangos Macedo-Koerich, outra empresa do ramo –igualmente catarinense, mas situadapróximo ao litoral –, vem se destacandono mercado regional e aumentando opeso na balança das exportações bra-sileiras. Criada pelo casal José e EsterMacedo, que hoje dividem o comandocom o filho Jóster, que aos 29 anos

ocupa a superintendência da empresa,a Macedo-Koerich tem claro o que adiferencia das demais: o foco e o tama-nho. “Temos um tamanho de empresaque nos dá algumas vantagens”, contaJosé Macedo. “Estamos em um mer-cado entre a pequena e a grande em-presa, onde nem uma nem outra com-pete com a Macedo-Koerich no mesmonível”, aponta, contabilizando que nadisputa com as grandes a empresapode perder em termos de volume, masganha pelas facilidades de compra edinamismo.

Em julho deste ano, a Macedo-Koerich completa 30 anos de sua fun-

dação, no município de São José, naGrande Florianópolis. Tudo começouquando José Macedo, agrônomo re-cém-formado, trabalhava como orien-tador de pequenos agricultores paraquestões técnicas de produção e admi-nistração. Nessa época, foi contratadopara assessorar uma granja de Floria-nópolis que estava indo à falência.Elaborou um projeto de recuperaçãoque acabou não sendo aplicado. Mas,aproveitando o mesmo projeto, Ma-cedo, já casado com Ester, decidiu abrirsua própria empresa. “A empresa éresultado do sonho de um homem quequeria produzir alimentos e que por

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força do destino encontrou uma mulherque topou sonhar com ele”, conta Ester,referindo-se ao desejo do marido emmontar seu próprio negócio. E se hojea média são 70 mil cabeças abatidasdiariamente, no início da empresa onúmero não passava de 300 por dia.No ano seguinte à fundação, a empresapassou a contar com o grupo Koerich(de uma família tradicional da região,com atuação em diversos ramos, comovarejo e construção civil) como sóciono negócio, mudando seu nome paraMacedo-Koerich. Vale destacar queEster Macedo é neta de Eugênio Rau-lino Koerich, fundador dogrupo Koerich, o que ressaltamais uma vez o aspecto fa-miliar da empresa. Nos anosseguintes, com a parceria como grupo Koerich, que hojedetém 37,8% de participação,a empresa passou a expandirseu negócio pelo estado, am-pliando sua rede de distribui-ção e, sobretudo, sua produ-ção, incluindo também a ado-ção do programa de qualidadetotal e a conseqüente conces-são do ISO 9001 e do HACCP(segurança alimentar), umreconhecimento até então qua-se inédito na América Latina.

Atualmente, possui dez unidades deprodução (entre centros de criação defrangos, incubatório de pintos, frigo-ríficos, fábrica de ração e centros dedistribuição), espalhadas por SantaCatarina, sendo uma de estocagem degrãos no Paraná.

[Cesta de ovos]José Macedo, presidente da em-

presa, conta que um dos segredos daMacedo-Koerich é não seguir uma velhamáxima do mundo negócios. Aquelaque diz que não se deve colocar todosos ovos na mesma cesta, numa alusão

à necessidade das empresas emdiversificar seus investimentos. “Eusempre pensei diferente, porque colo-cando todos os ovos na mesma cesta agente aprende a carregá-la e não deixá-la cair”, filosofa. Além disso, diz ele, adedicação a um único negócio leva aspessoas a se tornarem mais competentesnaquilo que fazem e, por tabela, tornama empresa igualmente competente. “Nãoquer dizer que estamos com a razão, masdentro dos resultados dá para dizer queatingimos os objetivos.”

Ao serem questionados se quandomontaram a empresa já tinham uma

visão do que a Macedo setransformaria no futuro,José e Ester Macedo res-pondem de maneira dúbia:sim e não. “Sim, pensá-vamos que nos tornaríamosuma empresa grande e nãouma empresa pequena. Masnão com tanta intensidadecomo aconteceu, porqueconquistamos nosso espaçoentre as grandes e somoshoje destaque no mercadode Santa Catarina”, con-fessam. “Pensar que so-bressaímos no mercado ca-tarinense, disputando comas grandes realmente foi

JOSÉ MACEDO ESTER MACEDO JÓSTER MACEDO

LAURO MAEDA DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO

Macedo-Koerich em números

Faturamento2002 R$ 70 milhões2003* R$ 100 milhões

Produção anual2002 26 mil toneladas2003* 36 mil toneladas

Exportação2002 10% do total produzido(totalizando 13% do faturamento no período)2003* 30% do total produzido

Empregos gerados2002 760 empregos diretos2003* 1.000 empregos diretos

* Projeções

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2222222222Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

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(Capa

além das expectativas. Agora que con-quistamos essa posição, vamos man-tê-la”, afirma José Macedo.

A empresa tem um vínculo histó-rico muito forte com Santa Catarina edurante 28 anos de sua existência suameta foi atender somente o mercadoestadual. A partir de 2001, o foco seabriu e a empresa passou a investirtambém nas exportações. Entre os paí-ses que recebem produtos da Macedo-Koerich estão Inglaterra, Espanha, Ir-landa, Dinamarca, Alemanha, ArábiaSaudita, Emirados Árabes, Kuwait,Japão, China, Peru, Bolívia, Colômbiae Venezuela. Em abril deste ano, a metaé que a empresa esteja abatendo 88 milcabeças por dia e em setembro, 100mil, com crescimento nas vendas paraSanta Catarina, mas sobretudo para omercado externo.

[Personalizado]Além da disputa que trava com gi-

gantes como Sadia e Perdigão pelo mer-cado catarinense, a Macedo-Koerichainda precisa enfrentar concorrentesamericanos, europeus, chineses e tai-

landeses. “Geralmente, o primeirocontato é dos clientes conosco”, contaEster. “O que tem chamado a atençãode muitos compradores dos produtosda Macedo-Koerich é a flexibilidade denossa empresa em produzir em quan-tidades diferentes e em vários tama-nhos”, revela. “A vantagem competitivaque temos é proximidade, relacio-namento, atendimento personalizado. Ea gente quis levar isso para o mercadoexterno”, aponta Jóster Macedo. “Láfora, nós temos como estratégia criarum segmento-chave e desenvolver umrelacionamento com esses clientes”,explica o jovem executivo. Segundo ele,essa estratégia garante que, se o clientequiser um produto personalizado, aMacedo-Koerich faz. “Uma empresamaior não tem condições de fazer umproduto personalizado, até porque játem um mercado criado lá fora, já criousuas filiais que têm exclusividade,possui um campo de distribuição e nãovende mais para qualquer um”, explicaJóster, afirmando que é nessa falta deflexibilidade que reside a fatia que aMacedo-Koerich tem atendido. “Um

fornecedor que crie um produto dotamanho e na qualidade que um impor-tador necessite: essa é uma estratégiasemelhante à utilizada em Santa Cata-rina. A diferença é que está começandoagora”, atesta.

Investindo cerca de 1,5% do seufaturamento em marketing, a Macedo-Koerich procura atender os pedidos deprodutos personalizados conforme anecessidade de cada mercado, comocoloca Jóster. “Precisamos desenvol-ver desde embalagens até tamanhosdiferenciados”, conta. “Na Arábia Sau-dita, por exemplo, nós vendemos fran-go de 900 gramas a 1,5 kg”. Além dis-so, as próprias características do pro-duto acabam sofrendo alterações. AChina, por sua vez, compra pata defrango, ponta da asa e meio da asa. AEuropa, filé de peito; a Arábia, frangointeiro. “Cada produto tem um mer-cado, por isso é difícil ir para o mer-cado externo, e as grandes produzemum produto-padrão e focam em umpaís só”, comemora.

Mas por que a Macedo-Koerichoptou por não seguir o exemplo de suasconcorrentes catarinenses e partir parao mercado nacional? Para Jóster Ma-cedo, é preferível atuar em um mer-cado selecionado, por região, porexemplo, para atender melhor. “Quemquer agradar a todos acaba não agra-dando a ninguém”, afirma Jóster. Eleensina dizendo que estratégia não é sóplanejar o que fazer, mas também oque não fazer. “Quando você tenta sertudo para todos, acaba não sendo na-da para ninguém. Então, as pessoasconfundem uma imagem. Ninguémconfunde Ferrari com carro popular”,compara. Para ele, a opção da Macedo-Koerich em atender apenas o mercadocatarinense é transferida para a marca,o que cria uma identificação maior como consumidor. Por isso, a marca éreconhecida como um produto Pre-mium. “Não dá certo fazer uma marcabarata e de status ao mesmo tempo”,ressalta.META: EMPRESA QUER ABATER 100 MIL CABEÇAS/DIA EM SETEMBRO DESTE ANO

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(Caparevendedores, não interessa o tama-nho”, afirma Jóster, que avalia que umaempresa, se for pequena demais, nãoterá estrutura para ter, por exemplo,essa segurança alimentar que a Ma-cedo-Koerich tem. “E, se é grandedemais, não tem interesse nisso porqueé inviável”, completa.

[Forte lá fora]Em todo o processo de crescimento

da Macedo-Koerich, além dos aspectosrelacionados diretamente ao marketing,há ainda dois aspectos igualmente im-portantes que envolvem investimentosconsideráveis. O primeiro diz respeitoà relação com os produtores rurais.Desde 1997, a empresa mantém um

projeto de parceria com pequenos pro-dutores, conforme explica Jóster Ma-cedo: “Toda a meta de produção quetemos para 2003 (chegar em setembroa 100 mil cabeças por dia) virá dopequeno produtor. Ele tem que investirum capital (esse é o risco que ele estácorrendo), mas por outro lado tem esserisco minimizado porque tem garantiade compra”. Segundo Jóster, o pro-duto tem de cumprir algumas exi-gências de segurança, criação e ma-nejo. A Macedo-Koerich dá as aves, aração para a alimentação e tambémassistência técnica; o produtor entracom os insumos como energia elétrica,água, equipamentos e estrutura física.“Esse projeto é bom para o estadoporque evita o êxodo rural, é bom parao produtor porque ele tem renda garan-tida e consegue financiamentos maisbaratos, e bom também para a comu-

nidade porque ajuda no desenvolvimentoregional”, destaca.

Já o segundo aspecto envolve umaquestão que é muito levada em contano mercado externo: os cuidados como meio ambiente. A avicultura, explicaJóster, é uma indústria relativamentelimpa. O maior problema ambiental estárelacionado com os dejetos na água.Com a ajuda da tecnologia, a Macedosegue à risca o que indicam as legis-lações sobre a quantidade aceitável deresíduos biológicos e químicos na água.“A Fundação Estadual do Meio Ambien-te de Santa Catarina (Fatma) e o Ibamamonitoram esses níveis, e a Macedo-Koerich sempre faz mais do que exigetanto a legislação brasileira quanto a in-

ternacional”, garante Jóster. E no pro-cesso desenvolvido pela Macedo-Koe-rich muitos dejetos são reaproveitados.As vísceras, gorduras e penas – comágua – do frango abatido vão para umsetor chamado de “farinha e óleo”. Nes-se local, acontece a separação da ma-téria orgânica da água e é aplicadopolímero, quando é colocado um amidona água, que sai limpa, enquanto que agordura é reutilizada como ração. “Dei-xo de jogar fora uma coisa que temvalor comercial”, comemora Jóster.

Os planos para os próximos anospassam por uma expectativa positiva emrelação às ações do novo governo quantoàs exportações, sobretudo pelo fato depela primeira vez um representante dosetor avícola (Luiz Fernando Furlan, ex-presidente da Sadia) assumir um cargono primeiro escalão, o de ministro doDesenvolvimento, com a missão justa-

[Intimidade]Mesmo com o foco muito bem de-

finido, como deixa claro Jóster Mace-do, ele garante que ainda assim mantémos olhos abertos para não cair na ten-dência de atender outros mercados.“Temos que nos policiar, porque a ten-dência é querer atender um mercadoque não estamos atendendo. Uma em-presa tem que atender o mercado quefor compatível com a sua estratégia”,define. “Não posso atender aquelecliente que quer preço baixo indepen-dentemente de qualidade, pois daqui apouco vou ter que fazer um produtopior para atendê-lo. Não posso fazerisso porque vou prejudicar minha mar-ca com os demais. E se eu fizer, comoque eu recupero depois?”, questiona.

E, realmente, é essa atuação pró-xima, que Jóster chama de “estratégiade intimidade com o cliente”, que temfeito a diferença a favor da Macedo-Koerich. “O relacionamento próximonos dá uma vantagem competitiva.Estou em Santa Catarina, produzo,atendo e distribuo aqui”, analisa.Segundo ele, a estratégia da intimidadefavorece a logística da empresa, garanteuma maior velocidade de resposta aocliente e permite um acompanhamentoao mesmo tempo próximo e veloz dasnecessidades do mercado catarinense.

Além disso, a Macedo-Koerichinveste também em outras ações deaproximação com sua clientela, comoa promoção de visitas às instalações daempresa, quando é mostrado o cuidadocom que toda a cadeia produtiva étratada. A cada 15 dias, entre 35 e 40clientes visitam a empresa. “Mostramosin loco a preocupação com a qualidade,as diferenças de nosso frango em re-lação à concorrência, os aspectos sani-tários, a biossegurança. Eles ficamimpressionados porque achavam quefrango era tudo igual e percebem comoisso é diferente”, aponta Jóster. A lógica,nesse caso, é fazer valer a máxima deque é mais fácil comprar um produtoque se sabe como é feito. “Temos umrelacionamento muito intenso com os

Até 2006, o objetivo da Macedo-Koerich é abater 144 mil cabeças/dia.

300 novos aviários serão formados em sistema de produção integrada.

Cerca de 400 novos empregos diretos serão criados.

50% da produção deverá ser destinada para o mercado externo(especialmente Europa e Oriente Médio).

Futuro planejado

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De acordo com dados fornecidospela Associação Brasileira dosProdutores e Exportadores deFrangos (ABEF) em setembropassado o Brasil obteve a maiorperformance na história dasexportações de carne de frango, coma comercialização de 245,1 miltoneladas. Os principaiscompradores foram a Ásia, com 73mil toneladas, e a União Européia,com 26 mil toneladas. O destaque foipara a Rússia, com 21 mil toneladas.

Alguns fatores podem explicar essedesempenho: a desvalorização doreal diante do dólar; a ausência dosprodutos americanos na Rússia; e oaumento dos estoques na Europa porconta das restrições ao peitosalgado. Com o desempenho do mêsde setembro, as exportações dejaneiro a setembro de 2002atingiram 1,14 milhão de toneladas,representando um aumento de 25%em comparação ao mesmo períodono ano anterior.

Seguindo o desempenho do setor, aSadia fechou setembro de 2002 comum lucro líquido de R$ 165,57milhões, 7,9% maior do que oobtido em igual período em 2001. A

PROJEÇÃO: CERCA DE 400 NOVOS EMPREGOS SERÃO GERADOS ATÉ 2006

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receita com exportações, de R$ 1,39bilhão, representou 42,2% dofaturamento. Atendendo a uma maiordemanda da Europa, e expandindoseus negócios para o Extremo Orientee para a região do Pacífico Sul, a Sadiaexportou nos primeiros nove meses doano um volume de 438,2 mil toneladas,30,3% a mais do que o exportado emigual período de 2001. No período, aEuropa respondeu por 30% departicipação na receita de exportação;o Oriente Médio, por 27%; osTerceiros Mercados, por 26%; a Ásia,por 15%; e a América do Sul, por 2%.

Já a Perdigão, em 2002, viu suasexportações também registraremcrescimento, com perspectiva desuperar a casa de R$ 1,2 bilhão. Paraeste ano, a empresa calcula que asexportações cresçam 16% em volume.

Além disso, a Perdigão tambémplaneja a geração de mais de 1.600novos empregos no decorrer de 2003.Hoje a companhia emprega mais de23,5 mil funcionários em suas 15unidades industriais (carnes e soja) esete fábricas de ração. A empresaterminou 2002 com uma estimativa defaturamento superior a R$ 3,3 bilhões,cifra equivalente a um aumento de

18% em comparação a 2001.

[No ministério]O empresariado de um modo geral

aplaudiu a indicação de Luiz FernandoFurlan, presidente do Conselho deAdministração da Sadia, para o cargode ministro do Desenvolvimento. Mascertamente os que atuam no segmentoavícola têm muito mais motivos paracomemorar. Não porque receberãoalgum tipo de benefício especial, masporque Furlan, além de ser umempresário do ramo, é um entusiastapor exportação. Tanto que, antes deaceitar o convite do presidente LuizInácio Lula da Silva, acumulava o cargode diretor de Exportação da Fiesp.

Conhecido por suas habilidadescomo negociador, Furlan pretenderevigorar o Mercosul e tem pela frentea batalha de discutir o papel do Brasilna criação da Área de Livre Comérciodas Américas (ALCA), o que não vaiser uma tarefa das mais fáceis, tamanhaa pressão dos Estados Unidos. “Se umapotência como os Estados Unidospretende unir o Hemisfério em tornode uma zona de livre comércio, não éatravés da força e da imposição queisso vai ocorrer”, garante.

Exportações concentram esforços

mente de incrementar a venda de pro-dutos made in Brazil. “A Macedo-Koerich é uma empresa que chega aos30 anos depois de ter passado por muitacoisa, mas que não pode se acomodar.Tem sempre que se reciclar, injetandovida nova, atualizando-se sempre e bus-cando novos desafios”, atesta Ester Ma-cedo. “E com essa disposição e os rumosdo novo governo para as exportações,queremos aproveitar a oportunidade,incrementar nossas vendas para o ex-terior e ser forte lá fora”, destaca Jóster.Palavras de um jovem executivo, masque já sabe muito bem que, para vencerno competitivo mercado das aves, é pre-ciso ser bom de briga.

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Definitivamente o ano de 2002 nãofoi bom para o mercado de tecnologia.Aliada à recessão generalizada que seabateu sobre a economia norte-ameri-cana (e que de quebra arrastou junto oresto do mundo), a desconfiança dosinvestidores, outrora eufóricos com aNova Economia e agora assustadoscom as recentes fraudes contábeis, cau-sou a maior redução dos investimentosna indústria de tecnologia nos últimos40 anos, chegando a 2% menos do queem 2001 (que já não foi bom), segundoa IDC Brasil.

No Brasil a retração foi ainda maior,representando 9% menos investimen-tos, em dólares, em relação ao ano an-terior. “Esse ano poderia ser esquecido,temos saudade da década de 90”, afirmaMauro Peres, analista de pesquisa daIDC Brasil. De acordo com os dadospesquisados, a crise atinge todos ossetores envolvidos diretamente com omercado tecnológico: hardware, soft-ware, serviços, telefonia, eletroeletrô-nicos, etc.

A análise dos números apresentadosna IDC Directions, realizada no mês de

Realidade realnovembro em São Paulo, revela que amanutenção da recessão econômicapor longos períodos afeta diretamenteos mercados de produtos “acessórios”às atividades empresariais, que na faltade verbas são os primeiros a sofrer cor-tes no orçamento. É o caso da propa-ganda e da tecnologia. Exemplo dissoé o mercado de computadores. Os PCssofreram uma redução de 10% nasvendas durante o ano de 2002, enquantoque os servidores chegaram a amargaruma queda de 36% no mesmo período.

Um outro índice que mede a re-cessão do mercado de Tecnologia daInformação é a quantidade de demis-sões no ano que passou. Segundo aconsultoria Challenger, Gray & Chris-tmas Inc., a área de tecnologia res-pondeu sozinha por 34% das demis-sões registradas até outubro do anopassado, ou seja, 51.644 trabalhadoresde TI ficaram desempregados até essadata. Apesar disso, o número dedemissões no período foi menor do queo registrado em 2001.

Diante desse quadro de recessão eexcessiva cautela, quais são as pers-

pectivas do mercado detecnologia para o ano de2003?

Segundo John Gantz,diretor de pesquisa e prin-cipal analista da IDC Corp.,o mercado de TI deveráapresentar uma pequenamelhora em 2003, com umcrescimento entre 3% e5%. E é só em 2004, se ne-nhuma grande mudançaatingir o mercado, que ha-verá de fato uma retomada

na produção tecnológica, com umcrescimento estimado entre 5% e 9%.Ainda segundo a IDC, o setor tecno-lógico que mais deve crescer é o deserviços, que segundo estimativasapresentará um aumento de 12% jáem 2003. Concordando com essa pro-jeção, Vilma Guilherme, gerente de Re-cursos Humanos da Stefanini ITSolutions, acrescenta que no cenárioatual os fornecedores de tecnologiaprecisam estar preocupados em ofe-recer e entregar soluções completaspara os clientes, e não só produtosprontos, o que as empresas de ser-viço já fazem há tempo.

Para conseguir sobreviver à crise,muitas empresas já estão tomando pro-vidências por conta própria, sem es-perar pelo novo governo ou melhoriasno cenário mundial. É o caso da Unisys,que resolveu adotar uma mudançaestratégica na política de negócios para2003, mais focada em serviços e con-sultoria, e assim depender menos deajuda externa. As contratações da em-presa para o novo perfil também muda-ram. “Em vez de simplesmente abrirnovas vagas, estamos reaproveitandoas já existentes, em função de pessoasque se desligaram ou que se aposen-taram”, ressalta Vilma

Apesar de “o mar ainda não estarpara peixe”, todas as avaliações in-dicam que os empresários voltarão aconfiar no mercado de TI como ajudaimprescindível para os momentos decrise, aliviando a recessão em 2003.Otimistas, consultores de RH afirmamque as novas contratações nessa áreachegarão a 20% em relação ao anoque passou. É esperar para ver.

por Flaviano da Cunha Júnior Colaboração Fernando Augusto P. Fonseca

“O mercado de TI deveráapresentar uma pequenamelhora em 2003. E só em2004 haverá de fato uma

retomada com umcrescimento estimado

entre 5% e 9%”

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Segurança x Privacidade

A software house catarinenseSE – Sistemas Empresariais estábuscando novos parceiros co-merciais para expandir sua es-trutura de atendimento nos mer-cados de São Paulo e Paraná. Aempresa, que já tem 12 anos deatuação e detém certificação ISO9001, oferece o SE-Gestão, umasolução para ERP/CRM compos-ta de 28 módulos, que atendemempresas industriais, comerciaise de serviços.

Buscando aprimorar o relacio-namento com os atuais clientes,a SE está interessada agora emcadastrar novos parceiros comer-

Um dos assuntos mais emvoga nestes tempos de guerra aoterrorismo é a privacidade on-line. Ou melhor, a falta dela. Emnome da segurança nacional e docombate ao terror, o governonorte-americano vem adotandouma série de medidas que, cadavez mais, restringem a privaci-dade das comunicações e transa-ções on-line.

Especialistas na área advertemque empresas comerciais adotampráticas desse tipo há muito tem-po (coletando informações e co-mercializando-as sem a autori-zação dos usuários), e o governo,em vez de combater tais práticas,

Novos parceirosciais na capital de São Paulo ecidades do interior, bem comoCuritiba e Londrina, no Paraná.“Estamos priorizando a homolo-gação de revendas em cidadescom mais de 300 mil habitantese que possam ser atendidas apartir de São Paulo e Joinville(SC)”, comenta Décio Marcelli-no, diretor da empresa. Ele lem-bra, ainda, que a SE busca par-ceiros que tenham preferen-cialmente experiência na implan-tação de sistemas integrados degestão. Para os interessados, ahomepage da empresa é www.se-gestao.com.br.

passou a adotá-las. Para se teruma idéia, atualmente é permitidoaos policiais federais daquele paísentrarem em bancos de dadoscomerciais e interceptar e-mailssem necessidade de mandadojudicial ou investigações em an-damento, sob pretexto de que taisinformações poderão ser usadasno futuro, caso necessário.

Nas rodas de tecnologia, co-menta-se que o presidente Bushjá pode ser comparado ao ma-ligno Sauron, da trilogia O Senhordos Anéis, cujo olho tudo podiaver, através da rocha e da carne.E quem estiver com o anel... émelhor entregá-lo.

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Saiu na Wired (www.wired.com) a lista do“Vaporware 2002”, as tecnologias e produtosprometidos para 2002 e que viraram fumaça,simplesmente desaparecendo ou com lança-mento adiado (alguns já há anos consecutivos).A classificação foi elaborada com a opinião deleitores e especialistas. Confira a lista:

1) Duke Nukem Forever – Seqüência do acla-mado hit da 3D Realms, anunciado desde 1997.É a maior promessa descumprida de toda ahistória da indústria de games.

2) Cliente Linux e Mac para NeverWinterKnights – Um dos jogos mais vendidos no anoque passou ainda não tem um servidor paraLinux e Mac, para decepção dos milhares deusuários dessas plataformas.

3) Team Fortress 2 – Este jogo on-line estásendo anunciado pela Valve desde 1999, masos fãs da série Half-life passaram mais um anosem ele.

4) Computador ultrapessoal – Um incrívelavanço tecnológico prometido pela Oqo, masque se desconfia seja só um golpe de marketing.

5) Master of Orion 3 – Aguardado jogo deestratégia espacial. Só tem, por enquanto, umalista de pré-ordem no site da Infrogames.

6) GeForce FX – Uma superplaca de vídeoque chegou a ser exibida pela NVidia na Com-dex 2002, mas até agora não está no mercado.

7) QuarkExpress para Macinstosh OS X –O mais popular aplicativo de diagramação doMac ainda não tem pronta sua versão para onovo sistema operacional Mac OS X.

8) Shadowbane – Jogo de rpg da Ubi-Soft quepromete uma nova dimensão nos jogos on-line.Está sendo prometido há cinco anos.

9) New Amiga – Relançamento da linha com-putadores Amiga, um grande sucesso da dé-cada de 80.

10) Silicon Film’s Electronic Film System –Sistema que transformaria câmeras de filmeem câmeras digitais, sendo adiado por três anosseguidos.

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TotalFranquia

Motivar unidades fran-queadas a estar sempre bus-cando o crescimento é umdos pontos do Programa deProdutividade em Franchi-sing desenvolvido pela Mili-telli Business Consulting,empresa especializada nagestão de negócios. Na redede lavanderias 5 à Seco programa foi im-plantado há um ano ea produtividade médiada rede cresceu em40%. Foi implantadoo prêmio ao franque-ado de melhor desem-penho, o que incenti-va os gestores a ele-var os índices de ren-

tabilidade. Marco Aurélio Mi-litelli, presidente da consul-toria, explica que é realizadoum estudo para verificar osníveis de produtividade, ela-borada uma ação específicapara cada caso e depois mo-nitorados os resultados.(11) 5536-3055

Produtividade na rede

REDES NA REDEInglês à distância

A Yázigi Internexus está implantando nas mais de300 unidades do país um novo formato de curso deinglês, o English Plus. A modalidade combina aulas emambiente virtual, via internet e presencial na própria salade aula. A iniciativa foi lançada como projeto piloto noano passado, e a eficácia foi comprovada pelo cresci-mento do público interessado, que passou de 2 mil para15 mil em um ano.

Foram investidosR$ 6 milhões no de-senvolvimento do En-glish Plus, e no lança-mento oficial para to-das as unidades serãoinvestidos mais R$ 2milhões em campanhapublicitária. As aulasem sala ocorrem nas unidades, e as atividades virtuais po-dem ser realizadas em qualquer computador conectado àinternet, através do portal especializado do Yázigi com dis-ponibilidade de um professor de plantão para esclarecer dú-vidas. As escolas também possuem laboratórios de infor-mática para uso dos alunos. (11) 3884-9600

TotalFranquia

A principal característicado franchising – transferênciade know-how – está sendoadotada por uma grande redede varejo que trabalha atravésde licenciamento da marcacomo alternativa para me-lhorar a performance dos ne-gócios. A Fujifilm, com cercade 1.500 licenciados no Brasil,não adotou a franquia mas

contratou consultoria especia-lizada para formatar o sistemade gestão das lojas e oferecertreinamento para vendedores.“Além da atenção aos ven-dedores, foram desenvolvidosmanuais para o licenciado re-ceber depois de um treina-mento de oito horas. Voltadopara o dono do negócio, oprograma aborda aspectos da

implantação, operação egestão do negócio”, contaCláudia Bittencourt, daBittencourt ConsultoriaEmpresarial & Franchi-sing. Iniciado em julho de2002, a iniciativa da Fuji-film já conseguiu propor-cionar 40% de aumento nofaturamento de várias lojas.(11) 3673-9401

Sistema de gestão para licenciados

Alternativa para pequenosA Vita et Pax, franquia especializada em moda branca, criou

a modalidade mini-franquia, formatada para que a rede sejaexpandida em centros menores, mas que tenham o mesmosucesso alcançado pelas lojas localizadas em grandes centros.Quem quiser investir nessa modalidade deve desembolsar R$20 mil de taxa de franquia, ter mais R$ 20 mil de estoque iniciale considerar uma previsão de investimento para as instalaçõesque varia entre R$ 4 mil e R$ 30 mil. A área mínima é de 25 m2,e o número de funcionários não precisa passar de três, incluindoo dono da franquia. (11) 5052-8400

Projeções positivas para 2003De acordo com a ABF, a estimativa de crescimento das

redes é de 7% no faturamento de 2002, o mesmo índiceobservado em 2001. “Para 2003, a expectativa é de umaumento de 10% sobre 2002”, diz Anette Trompeter, dire-tora executiva da ABF. Segundo ela, uma das bases paraessa projeção otimista é a procura pela Feira Anual promo-vida pela ABF. Ela conta que o espaço já foi ampliado trêsvezes até agora, para poder acomodar os interessados, e jáestá quase esgotado novamente. (11) 3814-4200

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

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A rede de restaurantesHooters, de pratos variados,todos inspirados no clima eno cardápio das praias daFlórida (EUA), está desdeoutubro com sua primeiraunidade aberta no Brasil. Se-diado em São Paulo, o res-taurante definido como decasual dining tem no aten-dimento seu principal dife-rencial.

Na rede não há garçons,e sim jovens garotas que semovimentam em cima de pa-

Uma atração a mais

300 – O Bob’s inaugurouem dezembro sua loja denúmero 300, em Maceió. Ameta agora é chegar a 500pontos-de-venda até 2005.Em 2002, a rede, que com-pletou 50 anos de fundação,abriu 51 novas lojas, atin-gindo a meta do ano. A loja300 tem dois andares, salãopara festas, drive-thru e es-tacionamento, numa áreatotal de 620 m². O investi-mento foi de R$ 1,5 milhão.(21) 2560-5090

Mapeando – A rede WS Italy(cosmética italiana) franque-aou 15 novas unidades emlugares que vão desde SãoPaulo até Jequié, na Bahia,totalizando assim 63 lojas nopaís. O investimento médiode cada loja é de R$ 60 mil,e cada unidade prevê a gera-ção de 105 novos empregos,sendo cinco diretos e cemindiretos, já que o trabalhode atender o consumidor éfeito também com equipesde vendas. (11) 3872-8411

Genial – Com a totalizaçãode 200 unidades no país,Alberto Saraiva, o dono darede de comida árabe Ha-bib’s, criou um manual inter-no com 15 normas para a se-leção das regiões ideais paraa instalação de uma nova loja.Sem revelar quais são essasnormas, ele apenas afirmaque “o ponto não se faz pelobairro, mas pelo trânsito epela qualidade das pessoas”.E acrescenta: “Meus concor-rentes decidem para ondequerem ir e depois selecionamo ponto. Eu decido antes oponto e depois verifico aregião”. (11) 5633-2600

A rede de lavação decarros ProntoWashcomeçou a atuar no Brasilem janeiro de 2002 efechou o ano com 70unidades (entre próprias efranqueadas). Segundo AlanPacker, presidente daempresa, “a meta deexpansão para o primeiroano de operação foisuperada em mais de 15%”.A proposta é abrir, numprazo de um ano e meio,130 novos pontos em todoo país. Pioneira na lavagemmóvel de veículos, aempresa nascida em BuenosAires (Argentina), ondepossui outras 15 unidades,está alcançando suasmaiores conquistas noBrasil.

O sucesso daProntoWash também estádespertando o interesse degrupos e empresáriosestrangeiros. A empresa jáopera em Miami (EUA) há 4meses. A tecnologiainteligente de lavagem deveículos é um dosdiferenciais da marca. Oslavadores utilizam carrinhosde limpeza que permitemexecutar a lavagem naprópria vaga onde o carroestá estacionado. Alémdisso, o sistema de lavagemutiliza apenas 4,5 litros deágua por veículo, panosdescartáveis e recicláveisfeitos de fibra vegetal eprodutos de limpezabiodegradáveis.www.prontowash.com.br

Desempenhoem 2002 abreperspectivas

tins para servir almoços ejantares ao som de músicasdos anos 60. A descontraçãoé portanto o ponto alto do lu-gar, que serve principalmentegrelhados, saladas e frutosdo mar. A rede espera abrirdez unidades no Brasil emcinco anos. São franquiasque exigem investimento decerca de R$ 1,2 milhão, e osinteressados já devem saberque o negócio funciona desegunda a domingo, a partirdas 11h30. (11) 5181-3879

Oportunidadesem ritmo de tango

Cerca de 40 empresas franqueadoras brasileirasestão interessadas em entrar no mercado argentino,que começa a dar sinais de melhora depois de cercade quatro anos de recessão. A informação é doServiço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (Sebrae).

A instituição levou cinco franquias para exporseus produtos e conceitos aos empresários argen-tinos durante um seminário naquele país. “Apesarda crise, não há melhor lugar abaixo da linha doEquador para se lançar tentáculos hoje do queBuenos Aires”, resume Marcus Rizzo, consultor defranchising do Sebrae.

Ele acredita que nos próximos cinco anos emtorno de 10% das 750 redes brasileiras estarão es-tabelecidas no Mercosul tendo a Argentina como ocentro de expansão.

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O mercado de lojas de móveis planejados e objetos de

decoração expande-se por todo o país e encontra no

franchising a garantia de fidelização do produto

A busca pela fidelização na vendado produto é o principal motivo que vá-rias empresas da área de decoraçãoapontam como razão maior para a es-colha do franchising para expandir onegócio. Para Miguel Barbosa, consultorda Massa Crítica, empresa de consul-toria que possui na lista de clientes váriasempresas do setor, comenta que as in-dústrias investem muito na qualificaçãodos produtos, agregando valores que nãosão considerados como diferenciaisquando na venda em lojas multimarcas.“A franquia acaba qualificando tambémo varejo”, afirma.

Apesar de apenas 13 franqueadorasestarem ligadas à Associação Brasileirade Franchising (ABF), estima-se quecerca de 40 empresas utilizem o sistemapara estar presente em várias regiõesbrasileiras, ou mesmo fora do país, co-mo é o caso da Florense. A indústriamoveleira localizada na cidade de Floresda Cunha, no Rio Grande do Sul, temmais de cem lojas padronizadas, es-tando presente nos 23 estados brasi-leiros e em outros seis países: EstadosUnidos, México, Canadá, Porto Rico,Uruguai e Paraguai.

A história da Florense dentro dofranchising começou em 1988, ano emque completava 35 anos de fundação. Agrande virada foi motivada pela neces-sidade de oferecer qualidade ao consu-midor não só nos móveis planejados,

Quem tem casaquer decorar

TotalFranquia

mas também na prestação dos serviçosde projetos, instalação e assistênciatécnica. O investimento médio paramontar uma loja Florense é de R$ 120mil, variando de acordo com a dimensãoda loja. A unidade precisa de cerca dedez colaboradores, e a duração mínimado contrato de franquia é de 24 meses.Para os interessados vale ressaltar quesão exigidas características como a deter disponibilidade de recursos, conhe-cer e gostar desse ramo, não participarde atividades ou empresas que con-corram com a Florense, possuir espíritode trabalho em equipe e confiar nofranqueador, entre outras.

A constante busca pela inovação éum dos diferenciais da franqueadorapara manter os franqueados sempresatisfeitos com o negócio. Na décadade 90, por exemplo, foram contratadosos serviços de uma equipe de designersitalianos que, junto com o Departamen-to de Engenharia da fábrica, passou aprojetar novas linhas, fazendo com queas mesmas tendências expostas emfeiras na Itália e na Alemanha já fossemlançadas simultaneamente no Brasil.Hoje, a Florense é líder nacional deexportação de móveis. As vendas parao exterior representam 28% do fatu-ramento total da empresa.

[Crescimento]De acordo com o consultor Miguel

Barbosa, o ramo de decoração está emalta de maneira generalizada. A expansãoatravés de franquias está provocandoabertura, em média, de cinco a setenovas unidades de cada marca por ano.“Nesse setor a maioria funciona comuma fábrica e oferece toda a assistênciatécnica necessária ao franqueado parasatisfazer a vontade do cliente final.Muitas dessas indústrias estão crescendosem sistema de licenciamento ou fran-quia até que percebem que o canibalismoprovocado pela mesma marca emdeterminados territórios é prejudicial àrede inteira e aí resolvem formalizar amaneira de expansão”, conta Barbosa.

No entanto, algumas empresas nãodeixam a situação chegar a esse ponto econstroem o sistema de distribuição de

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maneira planejada, como ocorreu coma Resevila, uma indústria de móveisplanejados também de Flores da Cunha(RS). O responsável pelas franquias,José Braga, conta que eles se prepara-ram para o sistema de franchising quandoperceberam que não havia empenho davenda do produto nas lojas multimarcase logo contrataram os serviços de umaconsultoria, que realizou a padronizaçãoe a organização de manuais técnicos paraque cada unidade estivesse afinada coma franqueadora. A Resevila tem hojecinco unidades franqueadas, uma pró-pria na capital gaúcha e mais duas emandamento no Nordeste.

“Oferecemos total apoio ao fran-queado, desde a escolha e aprovação doponto até treinamento para vendedores,produção de material promocional eencaminhamento às instituições finan-ceiras para conseguir financiamentos”,explica José Braga. Para integrar asunidades são realizadas reuniões perió-dicas de avaliação, e a meta da empresaé que a rede tenha 30 lojas em até cincoanos. O investimento varia entre R$ 90mil e R$ 200 mil para as instalações numaárea de aproximadamente 180 m2 e maisR$ 15 mil para taxa de franquia. Oretorno é previsto entre 18 e 24 meses,há necessidade de cerca de sete funcio-nários e a previsão de faturamento é deR$ 110 mil/mês.

As empresas Ma Maison e Ronconitambém estão atraindo muitos inte-ressados, sendo que a primeira iniciou

o sistema em 1992 e possui 18 fran-queados. A Ronconi, mais voltada parasofás, mesas e cadeiras, iniciou em2001 a franquear e já tem nove uni-dades. A Móveis Bontempo é outroexemplo de crescimento. Com 45 uni-dades, a empresa mantém um Centrode Treinamento para franqueados,vendedores e equipes de montagem quesão convocados a conhecer os lança-mentos e atualizar-se com o mercado.Uma empresa que está desenvolvendoo projeto para transformar-se em fran-quia é a Portiére, também de móveisplanejados, que possui quatro lojas emesquema de licenciamento.

[Objetos]Mas nem só de móveis vive uma casa,

e igualmente em crescimento o setor deobjetos de decoração proporcionou à redeImaginarium um reconhecimento im-portante. A rede especializada em objetosde uso pessoal e de decoração recebeu oprêmio ABF Destaque Franchising 2002como franqueadora do ano. Não é paramenos. A empresa teve crescimento de23% nas vendas em 2002 e há a expec-tativa de abertura de 15 a 20 novasunidades somente este ano para somar-se às 59 abertas nas principais cidadesbrasileiras. Nasceu como uma loja quevendia presentes e fornecia tambémprodutos para lojas de departamentos.Mas a criadora da maioria das peças,Karen Engelhardt, resolveu focar onegócio quatro anos depois, em 1991, eentrar no mercado de franquias. Maistarde ela ganhou o apoio integral domarido, Luiz Sebastião Rosa, que acaboulargando definitivamente a medicina parase dedicar à Imaginarium. Os preços dosobjetos da rede variam entre R$ 10 e R$244. O segredo do sucesso, diz LuizRosa, é “sempre investir em recursoshumanos, no conhecimento, nas tendên-cias de mercado, na tecnologia de infor-mação do varejo e em treinamento. Tenhonotado que a loja que mais vende nemsempre é aquela que está no melhorponto, mas aquela que tem o melhoratendimento, que entende o que estávendendo e acredita nos produtos.”

A maior exibição de decoraçãodo país, Casa Cor®, começou pelasmãos de quem na época, 1987,nunca havia trabalhado no meio. Abrasileira Yolanda Figueiredo e aargentina Angélia Rueda atuavam emáreas bem diferentes em São Pauloquando, em visita a Buenos Aires,foram procuradas pelos amigosErnesto Del Castillo e JavierCampos Malbrán. Os doispropuseram organizar uma mostrade decoração no Brasil semelhanteà Casa Foa, evento que desde 1985vinha sendo realizado com sucessona capital portenha. A idéia agradoue no mesmo ano os quatro se uniramno desafio de lançar a mostra paraos paulistas. “Era uma propostatotalmente inovadora, que previainaugurar um canal direto entre osprofissionais da área, fornecedoresdo setor e o público”, contaYolanda. Além disso, Casa Cor®tinha como objetivos valorizar otrabalho de decoradores epaisagistas, bem como angariarfundos em prol de entidadesbeneméritas.

Hoje, 15 anos depois, Casa Cor®é exemplo de uma experiência bem-sucedida. Com 13 franquias noterritório nacional e uma no Peru,trata-se de uma exibição quemovimenta, alicerça e determina oslançamentos do setor.

[Outras mostras]O sucesso abriu possibilidades

para que outros empreendedoresseguissem o mesmo caminho,algumas vezes com o nome deempresas patrocinadoras, como asmostras da Artefacto/Brastemp, oude iniciativas de organizações, comoas mostras organizadas pelo grupoda Rede Brasil Sul (RBS) – Casa &Cia., em Porto Alegre, e Casa Nova,em Florianópolis.

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A Associação Brasileira de Franchisingrealizou a entrega do Prêmio ABF DestaqueFranchising 2002 e do Selo de Qualidade2002 aos melhores do sistema durantealmoço em São Paulo, encerrando comchave de ouro o ano de 2002

senvolvimento do franchising no Brasil.A edição de 2002 consagrou a rede

Imaginarium como o Franqueador doano pela sua destacada atuação. Nacategoria Personalidade, o destaque foipara o Banco do Brasil, pela sua forteatuação junto ao franchising, comprogramas como o Proex-Franquia e oBB Franquia financiamentos; umaagência de atendimento dedicada aofranchising, além do apoio dedicadoaos eventos da ABF, ao longo do ano.

Com o case “Responsabilidade so-cial – um case de sucesso”, EleniseVelanes, da rede O Boticário, foi a gran-

Gerson Keila, da Master Brasil eatual presidente da ABF, foireeleito para o cargo por maisdois anos. O vice-presidente seráArtur Grynbaum (O Boticário). Naocupação dos demais cargos danova diretoria, foram eleitosRicardo Camargo (McDonald’s),

como diretor administrativo efinanceiro; Andréa Oricchio Kirsh(Viseu, Castro, Cunha e OricchioAdvogados), como diretora jurídica;Robinson Shiba (China in Box),como diretor de comunicação emarketing; Luiz Henrique do Amaral(Dannemann), como diretor de

Conheça a nova diretoria da ABFA nova diretoria da ABF, biênio 2003/2004, tomou posse em 1º de janeiro

relações internacionais; JoãoBaptista da Silva Jr. (Rei do Mate),como diretor de cursos e eventos;Sergio Milano Benclowicz(Livraria Nobel), como diretor deexpansão; e Jaime Baez Arias(Yázigi), como diretor defranqueados.

ABF premia os melhoresdo franchising

LUIZ SEBASTIÃO ARAÚJO ROSA, DA IMAGINARIUM, RECEBE O

PRÊMIO FRANQUEADOR DO ANO DAS MÃOS DO PRESIDENTE

DA ABF, GERSON KEILA, E DO VICE, ARTUR GRYNBAUM

A ABF comemorou em grande estiloo ano que passou ao lado dos princi-pais franqueadores e fornecedores dosistema, e premiou os profissionais quemais se destacaram no universo dasfranquias em 2002. As empresas chan-celadas com o Selo de Qualidade2002 e os vencedores do Prêmio ABFDestaque Franchising 2002 foramanunciados no almoço de final de ano,realizado no dia 17 de dezembro noBuffet Giardini, em São Paulo. Com opatrocínio da Telesp Celular, o eventocontou com a presença de 230 pessoas.

O Prêmio é concedido anualmente,desde 1994, aos franqueadores, fran-queados e personalidades, e visa a re-conhecer e prestigiar as diversas frentesde atuação que trabalham para o de-

de vencedora na categoria Franquea-do. Já com o trabalho “O sistema defranchising na administração pública”,os estudantes Adriana Vieira Santos,Bruno Biazze e Eduardo Tristão foramos vencedores da categoria TrabalhosAcadêmicos.

Na categoria Jornalismo, MarleneJaggi se destacou na modalidade Revis-ta, com a matéria “No topo da lista”,publicada na revista Exame SP; enquan-to que na modalidade Jornal o prêmiofoi recebido por Gisela Alvares, doJornal do Commercio, pela matéria“Aposta na internacionalização”.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Novembro

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FRANQUIAS EM EXPANSÃO

PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR-Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

Estética OnoderaNegócio: estética facial e corporal

Tel: (11) 3846-0604/Fax: (11) 3044-1835

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Quality CleanersNegócio: lavanderia expressa

Tel: (11) 3253-0555www.qualitycleaners.com.br

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de sucesso! Faça parte de umarede mundial de lavanderias!Um mercado com grandepotencial e em constantecrescimento!

A rede de lavanderias ex-pressas Quality Cleaners atua

no Brasil desde 1999 e, após um período de aprendizado nomercado brasileiro, estruturou seu processo de expansão pelosistema de franquias e já conta com mais de16 lojas no país.

A Quality Cleaners oferece a seus franqueados um suporte deprimeira linha, incluindo treinamento técnico operacional, acom-panhamento na implantação da franquia, assessoria mercadológicae um vasto know-how adquirido por sua experiência internacio-

nal, em mais de 300lojas e oito países,adaptada às carac-terísticas nacionais.

Entre em contatocom nossa Área deFranquias e façaparte deste timevencedor!

A Estética Onodera, maior rede de Centros Estéticos doBrasil, conta atualmente com 24 unidades em São Paulo, sendoque quatro ficam no interior desse estado. A empresa iniciouseu processo de expansão por meiodo sistema de franquias em 2000e, em apenas um ano e meio, au-mentou o volume de negócios emmais de 200%. Essa visão empre-endedora permitiu que a Onoderase tornasse a maior franquia aoperar no mercado estético bra-sileiro. A rede presta, entre ou-tros serviços em estética: trata-mentos para celulite, flacidez, gor-dura localizada, estrias, meso-terapia e estética facial.

Nº de unidades: 24Áreas de interesse: regiões Sul e SudesteApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, EL, PNTaxas: R$ 25.000 a R$ 32.000 (franquia),6% (royalties) e 4 % (publicidade)Instalação: R$ 80.000 a R$ 200.000Prazo de retorno: 18 a 24 mesesContato: Empresa Francap

Nº unidades: 4 próprias/16 franqueadasÁrea de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PO, PP, OM,TR, EI, SPTaxas: R$ 30.000 (franquia), 5% (royalties)e 2% (publicidade)Instalação: R$ 210.000 a R$ 260.000 (inclusostaxa de franquia, capital de giro e estoque inicial)Prazo de retorno: 24 a 36 mesesContato: Ventura

Varig LogNegócio: transporte e logística

Tel: (11) 3897-7033/3897-7440 www.variglog.com

Liderança em logísticaA VARIG LOGÍSTICA S.A – VARIG LOG surge

no mercado como a maior empresa de logísticada América latina, resultado da soma de umalarga experiência com novo conceito tecnológi-co. Essa experiência vem da VARIG CARGO,

então Unidade de Negócios de Cargas da VARIG BRASIL.Direcionando suas atividades para o mundo globalizado, ela está

totalmente preparada para atender às necessidades da nova economiae pronta para gerenciar todo processo logístico de armazenamento,estocagem, embalagem, transporte e distribuição de mercadorias.Hoje são 151 aeronaves, milhares de veículos e as melhores aliançasestratégicas em todos os meios de transporte, garantindo maisagilidade, segurança, pontualidade e regularidade nas entregas. Portrás de tudo isto, conta com uma estrutura de unidades próprias efranqueadas no Brasil e no exterior, formando uma ampla rede decoleta e distribuição que abrange todo o território nacional e 350cidades no Mercosul. A VARIG LOG chega ao mercado reconhecida

como sinônimo dequalidade, certifi-cada pela ISO9002. E isso signi-fica garantia detranqüilidade paraseus clientes.

Nº de unidades: 211Áreas de interesse: Brasil, América do Sul e EuropaApoio: PA, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SPTaxas: R$ 5.000 a R$ 40.000 (franquia Brasil), 5% FB(royalties) e 1% FB (propaganda)Instalação da empresa: a partir de R$ 750 m2

Prazo de retorno: acima de 18 mesesContato: Roberto Gomes

PBF Inglês e EspanholNegócio: Educação/Ensino de Idiomas

Tel: (11) 5084-1924/Fax: (11) 5084-8882 [email protected]/www.pbf.com.br

1. A PBF exige pequeno investimento e não cobra royalties.2. A PBF é uma rede de escolas de idioma com mais de 30

anos de experiência e tradição.3. A PBF possui um método de ensino exclusivo e próprio,

totalmente atual e comunicativo.4. A PBF forne-

ce suporte emtodas as áreas, daadministrativa àpedagógica.

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Nº de unidades: 0 próprias e 201 franqueadasÁreas de interesse: Todo o BrasilApoio: PA, PO, TR, PF, EL, SP, MP, PM, PO, OMTaxas: 30% pool propaganda sobre compra de livroInstalação da empresa: a partir de R$ 40 mil(dependendo do tamanho da cidade)Capital de giro: R$ 10 milPrazo de retorno: 18 a 24 mesesContato: Christian Alberto Ambros

Cinco razões para você investirem uma franquia de sucesso!

Cinco razões para você investirem uma franquia de sucesso!

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FRANQUIAS EM EXPANSÃO

Golden ServicesNegócio: pretação de serviços do futuro

Tel: 0800 12 7286 / Fax: (11) 374-3 2734E-mail:[email protected]

www.goldenservices.com.br

Nº de unidades próprias e franqueadas: 130Área de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF. FI.EL, PN, SPTaxa: variáveis (ver site)Instalação da empresa: variável (ver site)Capital de giro: variávelPrazo de retorno: 24 a 36 meses

AlpsNegócio: escola de idiomas

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to de unidades de prestação de serviços dealta qualidade, instaladas estrategicamente pa-ra atender um público que busca praticidade,qualidade e preços justos. Em cada uma denossas lojas encontramos o máximo emtecnologia e atendimento profissional paraconsertos de sapatos, bolsas e tênis, serviçosde costura, além da mais moderna lavanderiado mercado. Nosso suporte é completo parao franqueado, desde a localização e negociação do ponto comercialaté a implantação da loja. As franquias que hoje fazem parte doGOLDEN SERVICES são: SAPATARIA DO FUTURO (a sua loja deserviços com mais de 130 lojas em todo Brasil); COSTURA DOFUTURO (a única e mais completa rede nacional de serviços de re-forma de roupas em geral); LAVANDERIA DO FUTURO (a lavan-

deria mais moderna doBrasil). Venha fazer partedesse sucesso! Seja umfranqueado do futuro!

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A ALPS é a rede de franquias de idiomas que maiscresce no Brasil. Lançada no mercado em 2001, jáconta com mais de 100 franquias espalhadas por todoo país, sendo que pretendemos fechar este ano comcerca de 250 unidades.

O método Alps foi desenvolvido nos Estados Unidos seguindo as maismodernas técnicas de neurolingüística, possibilitando um aprendizado rápi-do e permanente do inglês. Alguns alunos que já estudaram em outrosmétodos e depois vieram para a ALPS chegam a afirmar que falaram maisinglês em 20 horas em nossas escolas que em toda a sua experiência anteri-or. Essa é a grande oportunidade para você poder ter seu próprio negócio efazer parte de uma empresa com know-how administrativo e comercial, eum sistema exclusivo de ensino. A Alps dá assessoria na seleção do pontocomercial, na adequação do imóvel e na implantação e operação da escola,treinamento pedagógico, comercial, além de todo o suporte de uma equipede profissionais especializados que vão assessorá-lo no seu empreendimen-to. Esta é sua grande oportunidade de sucesso em uma rede em ampla

expansão! Existem váriascidades disponíveis para a im-plantação de uma unidadeAlps. Consulte nossa homepage (www.alpschool.com.br)e contate nosso Depto. deFranchising através do telefo-ne (19) 3296-0600.

Nº de unidades próp. e franq.: 150Áreas de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, FI, EI, PN, SPTaxas: R$ 10 mil (franquia), 7% sobre com-pras (royalties) e R$ 12,0 p/ material didáticoInstalação da empresa: R$ 30 mil a R$ 50 milPrazo de retorno: 12 a 18 mesesContato: Artur José Hipólito

VicioNegócio: vestuário

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Qualidade e diferenciaçãoCriada em 1985 por Cláudio

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Atualmente a VICIO aposta na qualidade e diferenciação de seusprodutos. Para isso investimentos constantes são feitos em pesquisas,não somente em tendências como também em novas matérias-primase técnicas avançadas de produção e industrialização. Tudo isso levouà consolidação da marca no mercado nacional. Prova disso é a distri-buição feita por mais de 500 pontos-de-venda que vão do extremo

sul ao extremo norte dopaís. Com uma equipe for-mada por profissionais deponta sempre atentos àsconstantes mudanças queocorrem neste mercado,a VICIO certamente con-tinuará sua constantebusca!!

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Nº de unidades: 6Área de interesse: BrasilApoio: PA, PM, MP, PP, PO, OM, TR, PF, EI, PN, SPTaxas: de R$ 15.000,00 a R$ 35.000,00(franquia), 3% (royalties) e 2% (propaganda)Instalação: R$ 1,5 mil por m2 construídoPrazo de retorno: 24 a 36 mesesContato: Joaquim Bezerra

Livraria ModeloNegócio: livraria

Tel: (81) 3338-8019 Fax: (81) 3338-8069www.modelo-online.com.br

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PA- Projeto Arquitetônico, PM- Projeto Mercadológico, MP- Material Promocional, PP- Propaganda e Publicidade, PO- Projeto de Operação, OM- Orientação sobre Métodos de Trabalho, TR-Treinamento, PF- Projeto Financeiro, FI- Financiamento, EI- Escolha de Equipamentos e Instalações, PN- Projeto Organizacional da Nova Unidade, SP- Solução de Ponto

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Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

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Toda semana estareilançando novos temas paradiscussão. E as melhoresopiniões serão publicadasaqui na coluna, podendoainda serem utilizadas emfuturas pautas do suple-mento Franquia Total.

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Como posso superar as dificuldades queestou tendo de acompanhar o nível daspromoções que meus concorrentes – quenão são franquia como eu – estão fazendo?

Caro leitor, posso lhe di-zer com todas as letras que asituação pela qual sua fran-quia está passando é umaverdadeira prova de fogo. Éuma disputa até certo pontodesigual entre uma loja tra-dicional e uma franquia, ca-da qual com suas virtudes eseus defeitos.

Especificamente sobre adificuldade que você estátendo em acompanhar aspromoções dos concorrentes,realmente essa é uma grandevantagem a favor deles. Afi-nal, não fazem parte de umarede e por isso mesmo sódependem deles mesmos paracriar uma promoção (no má-ximo, precisam negociar comseus fornecedores).

Você, por sua vez, deveobedecer, por força de con-trato e de padrão, ao quedetermina a rede à qual suafranquia pertence. Masatenção: a vantagem queseu concorrente possui po-de ser quebrada justamentepelo fato de você pertencera uma rede. Ficou confuso?Então, deixe-me esclarecer.

Partindo do princípio deque a gestão da sua rede defranquias não é engessadado tipo “temos-um-planeja-mento-que-devemos-seguir-ao-pé-da-letra”, determinequais são os pontos fortes eos pontos fracos da sua fran-

quia em relação ao concor-rente. Não precisa escreverum plano de marketing. Aintenção aqui é que você,sabendo exatamente ondeseu calo aperta, possa suge-rir algumas mudanças nacondução das estratégias demarketing determinadas pe-la rede. E, a partir disso, re-ceber as orientações neces-sárias para, enfim, reverter oquadro.

Não é algo assim tão sim-ples, obviamente. Mas só ofato de você levar seu proble-ma ao franqueador já de-monstra seu interesse e suadeterminação em tornar afranquia competitiva. O seugrande argumento é que,mesmo que o sucesso de umafranquia se baseie na repeti-ção de processos, não dá pa-ra negar a importância emestabelecer aberturas paraestratégias mais personali-zadas, com apelos mais lo-calizados, de acordo com umpúblico mais específico.

Se nem assim você conse-guir superar seus concorren-tes, aí, francamente, o proble-ma pode não ser mais só seuou com sua franquia; pode ser,na verdade, um problema daprópria concepção da fran-quia, que pode estar mal for-matada ou ser inadequadapara aquele mercado. Quemsabe...

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(Brasil

Mesmo com todo seu potencial, o turismo brasileiroainda peca pela falta de profissionalismo e depreparo para atender bem aos anseios dos visitantes

Da construção de hotéis de peque-no e médio portes executada por fa-mílias influenciadas pelo emocional oupelo status entre os anos 20 e 60 atéa nova tendência dos fundos imobiliá-rios iniciada em 2000, o turismo noBrasil ainda é um dos maiores desa-fios para empreendedores. Isso por-que até 1994 o país não tinha umapolítica nacional e nenhuma regula-mentação para o turismo. A atividadeprofissional nesse mercado, portanto,é muito recente e ainda guarda pro-blemas operacionais ligados direta-mente a três fatores considerados bá-sicos para o sucesso: parceria comos governos e as comunidades, mão-de-obra treinada, sendo uma grandefonte de empregos locais, e o desen-volvimento de empreendimentos sus-tentáveis em harmonia com o meioambiente.

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Para quem consegue adaptar seuplano de negócios a esses fatores omercado é promissor. Pela estimativada Embratur – Instituto Brasileiro deTurismo para 2003, o público-alvoserá formado por mais de 49,7milhões de turistas, entre brasileirose estrangeiros, que deverão gastarcerca de R$ 60 bilhões. Estima-se queem 2001 o turismo no Brasil geroumais de 1,2 milhão de empregosdiretos e indiretos, e uma renda equi-valente a R$ 56,5 bilhões comimpacto em 52 segmentos da econo-mia. Os dados são os mais recentesdo setor e fazem parte do Panoramado Turismo do Brasil, um conjuntode informações publicadas no portalInveste Brasil.

A perspectiva da Embratur é que,em 2003, a receita retorne ao pata-mar de 2001, mesmo com a queda

expressiva do número de turistasargentinos – os que mais visitam oBrasil entre os estrangeiros. Aprevisão de investimentos e de novosempreendimentos, segundo cálculosda Embratur, é de US$ 6,5 bilhões naconstrução de resorts , hotéis epousadas até 2005. Nos últimos cincoanos, o Brasil recebeu US$ 10milhões em investimentos públicospara aumentar a infra-estrutura.Durante a década de 90, o GovernoFederal aplicou US$ 10 bilhões, e nomesmo período grandes redes e in-vestidores internacionais somarammais US$ 6 bilhões. Neste ano estãoprevistos mais US$ 2 bilhões em me-lhorias e no desenvolvimento do tu-rismo no Nordeste. O investimentocorresponde à segunda fase do Pro-grama de Desenvolvimento Turísticodo Nordeste (Prodetur), que já des-

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por Lúcio Lambranho

paisagemPor trás dapaisagem

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro4343434343

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)

tinou US$ 1 bilhão para a região.Mesmo tendo um grande poten-

cial turístico, o país ainda ocupa a29ª colocação entre os maiores des-tinos do mundo. Para Maurício Wer-ner, bacharel em Turismo e diretorda Escola de Turismo da UniverCida-de, a baixa colocação está justamenteligada à maneira de administrar dosempresários do ramo. “O empresáriobrasileiro não economiza no tamanhoda estrutura, na piscina ou no roupão.O problema está justamente na faltade qualificação dos funcionários. Oque o empreendedor turístico deve teré a capacidade de perceber que, porse tratar de uma prestação de servi-ços, não poderá deixar de investir emtreinamento e aprendizagem contí-nua”, acredita.

Na sua opinião, um dos principaisfatores de insucesso é o brasileiro não

manter aquilo que inicia. “O brasileiroé mestre em começar as coisas e nãoterminar. É preciso entender tambémque não se pode cobrar como em paí-ses de Primeiro Mundo e remunerarseu staff com salários impróprios”,dispara. Em alguns casos, segundoWerner, existe um mercado potencialpara geração de empregos regionais,mas os empresários ainda utilizammão-de-obra de outros lugares, já queessas pessoas necessitam de qualifi-cação considerada menos onerosa.Para ele, o empresariado brasileiroainda não percebeu que o treinamentotambém deve valorizar a mão-de-obralocal. “Quanto custa um funcionáriotrazido de outro estado ou até mesmode outro país? Bons laboratórios trei-nam até ratos. O brasileiro, na regiãodo seu empreendimento, deveria res-peitar o aspecto cultural e social”,

Análise dos efeitosdo ecoturismo

Impactos positivos

Diversificação da cultura localatravés do estabelecimento depequenos negócios Estímulo ao artesanato edivulgação da cultura local Geração de empregos para apopulação local Fixação da população na região Melhoria da infra-estrutura detransporte, comunicação esaneamento Redução do impacto sobre opatrimônio natural e cultural Redução do impacto na paisageme no meio ambiente locais Investimentos em equipamentosnas áreas protegidas Possibilidade de promover aeducação ambiental como formade aumentar a conscientizaçãosobre a necessidade de equilíbriodo meio ambiente

Impactos negativos Fragilidade dos ecossistemasnaturais muitas vezes nãocomporta o número de visitantesou o tráfego de veículos Infra-estrutura necessária podecomprometer o meio ambiente,alterando a paisagem, os recursoshídricos e a topografia originais Inserção de novos valores podemgerar conflitos culturais e perdasde tradições da população local Sobrevalorização de terras eimóveis e aumento do custo devida local Coleta e comércio ilegal deanimais e plantas silvestres

Fonte : Hotel Investment Advisors (HIA)

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RUMPF-GAIL: INOVAÇÃO NO TREINAMENTO E NA INCLUSÃO DA

COMUNIDADE PRÓXIMA AO EMPREENDIMENTO

ressalta o especialista.No projeto Terravis-

ta, idealizado pelo em-presário alemão natura-lizado brasileiro MichaelRumpf-Gail, o treina-mento da mão-de-obra ea inclusão da comuni-dade foram planejadosde forma inovadora. Elelembra que realizou otreinamento com um nú-mero três vezes maiordo que as vagas destina-das às funções no em-preendimento. Todos ostreinados são moradoresda região de Trancoso(BA), local do projeto.“Essa foi nossa contri-buição para o desenvol-vimento da região. Esco-lhemos os melhores paracomeçar o trabalho, masos outros estão qualificados para tra-balhar em qualquer outro negócio tu-rístico de Trancoso”, explica o em-presário.

[Ações isoladas]A ação de Rumpf-Gail mostra que

grandes projetos também podem serdesenvolvidos de maneira sustentável.O empreendimento contará com umcampo de golfe oficial de 18 buracos,área para a implantação de um con-domínio e bangalôs disponíveis paraa compra, áreas de lazer e visitação,lojas, um novo Club Med, já em fun-cionamento (do qual o Terravista édono de 50%), o Hotel do Golf (pe-queno hotel, com características di-ferenciadas, de 50 a 60 apartamentosde alto luxo e serviços voltados espe-cialmente aos jogadores) e o primeiroresort no Brasil da rede hoteleiraalemã seis estrelas Kempinski.

Além da estrutura imobiliária, oprojeto incorpora uma atitude ecolo-gicamente correta. As áreas construí-das seguiram o traçado dos pastos daantiga fazenda, deixando intocados osespaços ocupados pelos remanes-centes de Mata Atlântica. O InstitutoTerravista, em fase de criação, garan-tirá a possibilidade de trabalho parapesquisadores do país e do exterior ecuidará da preservação de outrasáreas semelhantes na região. O Museudo Descobrimento, em parceria comos governos municipal, estadual e fe-deral, entre outros atrativos em nego-ciação, reunirá o acervo arqueológicodescoberto na área do Terravista poruma equipe da Universidade Federalda Bahia (UFBA) contratada pelo em-preendimento para realizar esse res-gate. Parte da história dos povos quehabitaram a região será contada e pre-servada graças ao trabalho do ins-tituto, que ainda servirá como centro

de conhecimento, aulas e palestras.Três urnas e cerâmicas, marcas dapassagem e habitação de índios tupi-guaranis no local, já estão em pro-cesso de datação e recuperação.

Nas palavras de Michael, Tran-coso é um lugar diferente, onde há“uma mistura de gente muito espe-cial”, com hippies convictos, ricossem ostentação, moradores hospita-leiros e simpáticos. “Está mais para aantiga Ibiza, da qual eu gostava muito,do que para a Costa Esmeralda, queé bonita, mas para mim muito monó-tona: os barcos todos grandes, os re-lógios todos Rolex”, lembra. Segundoo empreendedor, a preservação doespírito sofisticado e rústico do sulda Bahia já rendeu bons frutos. “Es-tamos com uma situação excelentepara começar 2003. A ocupação dos250 apartamentos é total até o Car-naval”, revela Rumpf-Gail.

Helenio Waddington, presidente da

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2003

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Histórico dahotelaria no Brasil

ANOS 20 A 60

Hotéis de pequeno e médioportes e de estrutura familiar Construções hoteleirasfortemente influenciadas porcomponente emocional e destatus

ANOS 70

Financiamentos de longo prazo eincentivos fiscais Construções dos primeirosgrandes hotéis no Rio de Janeiro eem Salvador

ANOS 80

Crise econômica provoca o fimdos incentivos fiscais Início do fenômeno dos apart-hotéis como oportunidade denegócio

ANOS 90

Plano Real traz estabilidadeeconômica, o que atraiinvestidores, sobretudo fundos depensão Nova fase de crescimentohoteleiro com as linhas de créditodo BNDES Expansão da oferta com aumentoda construção de hotéis de luxo,marcando a presença do capitalestrangeiro Forte expansão de investimentosem apart-hotéis

ATUALMENTE

Nova tendência de fontes decapital: fundos imobiliários

Hotelaria no Brasil

Fonte : Hotel Investment Advisors (HIA)

Segundo o último registro feito pela Embratur em 1992, havia no Brasil 2.500hotéis e flats totalizando cerca de 140 mil apartamentos. Atualmente não hánenhum dado oficial atualizado sobre esse número, mas segundo pesquisas feitaspela HIA, baseadas em guias de turismo e no conhecimento dosempreendimentos por todo o país, estima-se que há cerca de 5.254 hotéis eflats no Brasil, com um total de cerca de 260.900 apartamentos.

TOTAL DE HOTÉIS NO BRASIL

Tipo 1992 Outubro de 2002Hotéis Quartos Hotéis Quartos

Independentes 2.393 120.000 4.876 200.500Hotéis de cadeias nacionais 65 12.000 170 26.000Hotéis de cadeias internacionais 42 8.000 208 34.400Total 2.500 140.000 5.254 260.900

Associação de Hotéis Roteiros deCharme, acredita no potencial turís-tico do Brasil, desde que haja umdesenvolvimento sustentável com fo-co na preservação do meio ambiente.Com a criação em 1992 da associação,que hoje conta com 38 hotéis, osempresários seguiam uma manual de“boas práticas ambientais”. Eramações isoladas de ótimo resultado,segundo Waddington, mas que de-pendiam, de certa forma, do nível decomprometimento de cada associado.Por isso, foi implementado um Códigode Ética e de Conduta Ambiental,conforme deliberação tomada pelosassociados na Assembléia Geral de1998.

“Devido à total inexistência de umcódigo no qual pudéssemos nos ba-sear, decidimos desenvolver um có-digo nosso com base em programasambientais na área de turismoadotados em diversos países”, expli-ca. Um dos parâmetros usados foi o

da United Nations Environment Pro-gramme (Unep), a divisão de tec-nologia, indústria, comércio e turis-mo das Nações Unidas, com sede emParis. “O objetivo é não haver conflitoentre a preservação do meio ambientee a sobrevivência da empresa hote-leira.” Como são hotéis de pequenoporte, mas com padrão internacional,os associados usam o turismo deeventos e de negócios para fugir dasazonalidade da atividade turística.Waddington lembra que 25% daocupação dos hotéis vem desses doissegmentos. “Quem não trabalha comisso está morto. Levamos vantagemporque nossas características per-mitem que a diretoria de uma empresafique nos hotéis em total processo deimersão sem ser incomodada”, diz.A experiência dos dois empreen-dedores mostra que iniciativas de su-cesso no setor, grandes ou pequenas,só podem ter sucesso se tiverem acara do Brasil.

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Pessoas e empresas mencionadasno texto:

Paul B. Andreassen – paracomprar o trabalho:web.mit.edu/frc/FRCWorkingPapers220-239.html

James [email protected]

New Yorkerwww.newyorker.com

INFO

RMAÇÃO

Estar bem informado deixou de seruma virtude para tornar-se um estadode espírito no meio empresarial. Maso que todos assumiam automaticamentecomo uma vantagem exponencialperdeu parte do seu glamour depois dealgumas pesquisas realizadas no bada-lado Massachusetts Institute of Tech-nology (MIT), dos Estados Unidos.

A polêmica em torno dos trabalhosdo psicólogo norte-americano Paul B.Andreassen e dos recentes artigos pu-blicados pelo também norte-americanoJames Surowiecki colocou em dúvidaalguns dos postulados mais respeitadosda chamada economia da informação.

Andreassen descobriu no final dosanos 80 que um grupo de estudantesdo MIT, ao qual foi fornecido umvolume menor de informações, teveuma performance muito melhor doque a de outro grupo submetido a umbombardeio informativo, num jogoenvolvendo a compra e venda de açõesda bolsa de Nova York.

O estudo revelou que os estudantescom menos informação tomaramdecisões diferenciadas, enquanto os quesofreram a avalancha noticiosa acaba-ram, quase todos, fazendo opções mui-to parecidas.

Cerca de 89% dos estudantes commenos informação obtiveram emmédia um lucro de 27% nas transações

no pregão, enquanto70% dos super-infor-mados ganharam emmédia apenas 17%.

Foi a partir dessaconstatação que o pro-fessor Andreassencriou a imagem doefeito manada, através do qual gran-des volumes de informação fornecidosmaciçamente a determinados atoreseconômicos tendem a produzir atitu-des similares, provocando a ampliaçãoexagerada das conseqüências de qual-quer fenômeno econômico.

Surowiecki, um consultor e analistada revista New Yorker, atribui ao efeitomanada a performance errática devárias empresas nas bolsas de valores.Também poderia explicar, em parte, asrecentes oscilações no mercado decâmbio no Brasil.

Quando os operadores do mercadopassam a receber doses maciças deinformação, a sua margem de condutaautônoma diminuiria e a tendência ine-vitável seria a tomada de decisões pa-recidas, o que acentua exageradamen-te fenômenos como compra ou vendaem massa de papéis ou divisas, criandoassim uma instabilidade induzida nasbolsas.

Os estudos de Andreassem mostra-ram que quando há menos informação

A avalancha informativa atual está levando os

empresários a tomar decisões muito parecidas,

o que é considerado perigoso para os negócios

os operadores têm mais dúvidas e poristo tomam decisões diferentes. No finaldas contas isso acaba sendo positivoporque sempre alguns ganham e outrosperdem, o que mantém o equilíbro nomercado.

O problema é: quem terá coragemde desafiar o efeito manada num mer-cado financeiro que se comporta deforma cada vez mais homogênea, entreoutras coisas, porque vive em perma-nente indigestão noticiosa, por contadas mesmas fontes de informação?

O efeitomanada

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2003

Editado porCarlos Castilho

[email protected]

Os especialistas em inteligênciaempresarial estão muitopreocupados com a importânciacada vez maior assumida pelainformação originada em fontesgovernamentais nas tomadas dedecisões de empresas privadas.

É que normalmente existe umequilíbro de informações entreas produzidas pelo governo e asliberadas por fontes privadas comoempresas, instituições de pesquisa,publicações, etc.

A informação de fontes privadasperdeu credibilidade depois daexplosão da bolha especulativa nainternet no final dos anos 90 e dasucessão de escândalos comempresas de consultoria financeiranos Estados Unidos neste início deséculo.

O resultado foi um enormefortalecimento das informações defontes governamentais,consideradas mais confiáveis eprotegidas contra manipulações. Ofato de todos acabaremacreditando apenas nas mesmasfontes acabou fortalecendo oefeito manada.

Segundo Paul Andreassen,quando a informação públicapredomina, cresce a tendência à“magnificação exagerada dosresultados, para mais ou paramenos, porque não existe umcontrapeso informativo privado.”

Assim, quando algumainformação oficial provoca quedanas cotações das bolsas ou nomercado de câmbio, isso é vistoimediatamente como sinal de maisproblemas futuros. Quandoacontece o contrário, subida dasbolsas, a conseqüência é a euforia.

Ambas as reações sãoequivocadas, afirma Andreassen,porque generalizam fenômenos quemuitas vezes são localizados eacabam gerandodesnecessariamente situaçõesartificiais.

Informaçãopública

ESTRATÉGIAS

Crescer ounão crescerDez em cada dez empreendedores estão convencidos de

que a expansão é a meta suprema de qualquer empresa.

Mas muita gente já se arrependeu de ter ficado maior

Preocupado, o dono do restaurantecomeçou a fazer contas e mais contastentando ver como conseguia ampliara capacidade para 80 refeições diáriassem se endividar demais junto aos ban-cos. Para ganhar mais espaço teria quemudar para uma casa maior, logo comum aluguel maior.

Na ponta do lápis, as despesas fo-ram subindo até o ponto em que o seuAlberto descobriu apavorado que, parafornecer os 80 almoços, ele acabariatendo que gastar 40% da receita extracom pagamento de dividas e no finalteria um faturamento líquido menor

Seu Alberto tinha um restaurantea quilo que começou pequeno, nãomais de 20 almoços por dia. Depoisde quase meio ano de contar tostõespara sobreviver, o negócio começoufinalmente a prosperar por causa deuma combinação feliz de preço equalidade da comida.

A clientela satisfeita se encarre-gou do boca-a-boca. Não demoroumuito para surgirem filas no horáriode pico, e a preocupação principal doseu Alberto passou a ser evitar que acomida acabasse antes do tempo.

No final de 12 meses, a freguesiatriplicou. O aumento do trabalhoprovocou a contratação de maiscozinheiras e não tardou muito paraque a cozinha ficasse tambémpequena demais.

Esse cenário, que para a esmaga-dora maioria dos empreendedores éuma espécie de nirvana, acabou setransformando num pesadelo para oseu Alberto.

Ao mesmo tempo em que aumen-taram as queixas das cozinheiras contraa falta de espaço, os fregueses mais fiéiscomeçaram a reclamar que já não con-seguiam mais almoçar na hora habitualpor causa das longas filas. Outrosapontavam falhas no atendimento,que já não era mais feito, apenas, pelafamília: o proprietário, a mulher e a filha.

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do que quando a clientela não passavade 40 pessoas.

Seu Alberto procurou um consultornuma organização de apoio a microem-presas e teve outra surpresa. O conselhofoi de que, para obter um aumento realde renda, o restaurante deveria servir não80, mas 100 refeições diárias.

Foi quando seu Alberto começou adesconfiar de que tinha caído numaarmadilha do tipo “se ficar o bichocome, se correr o bicho pega”. Por in-crível que pareça, ele passou a ter aincômoda sensação de que o melhorteria sido continuar servindo 40 almo-ços por dia.

Mas não dava mais para voltar aopassado. A fama de boa comida e bompreço já havia se espalhado e as pessoasqueriam ser atendidas. Quem não con-seguia ficava frustrado e passava adiantea frustração. O boca-a-boca, que antesera a favor, agora funcionava contrao sucesso do negócio.

Na outra ponta, a opção pelo cres-cimento equivalia a um salto no escuroe a perda de controle sobre o empreen-dimento, que inevitavelmente sofreriauma mudança radical. De micronegóciounifamiliar passaria a ser uma empresade médio porte despersonalizada, emque o seu Alberto não seria mais a figu-ra central e todo-poderosa.

A famosa “síndrome do cresci-mento” é muito mais comum do quese imagina. O pior é que ainda nãodescobriram um remédio sem contra-indicações.

A única coisa que se sabe é que ocrescimento planejado é a melhor formade escapar da armadilha. Esse cresci-mento planejado deve ser pensadonos mínimos detalhes, levando-se emconta que a estratégia de marketing éuma peça fundamental, porque é ela queevitará a fuga dos clientes fiéis; é o ativoque garantirá a sobrevivência do negó-cio em bases sólidas e constantes.

A pesquisa foi feita no primeirosemestre de 2002 pela empresa NielsenNorman Group, da Califórnia, com umaamostra de 400 newsletters editadas porempresas norte-americanas.

A grande surpresa foi a preferênciaesmagadora do publico corporativo pelaleitura de newsletters por causa daobjetividade e economia de tempo. Osconsultados afirmaram que sentiammaior afinidade e simpatia pelasnewsletters porque elas chegavam di-retamente à caixa de correioeletrônico evitando entradasna internet, que nem sem-pre são rápidas.

Outra vantagem desta-cada pelos executivos con-sultados pelos pesquisado-res do Nielsen NormanGroup foi a personalizaçãodas informações contidasem newsletters. As que me-receram maiores elogiosforam justamente aquelasque enviam apenas asinformações solicitadas oude interesse direto do re-ceptor.

O trabalho mostrou que23% dos assinantes de umanewsletter corporativa alêem detalhadamente tãologo a recebem. Cinquenta

MARKETING

Diretoao alvoPesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos mostra

que as newsletters corporativas ganham das páginas

da Web em matéria de fidelização do cliente

por cento fazem uma leitura dinâ-mica, captando somente os títulos edestaques, enquanto os restantes 27%não lêem, simplesmente colocam noarquivo para consultar mais tarde.

O grande problema enfrentado pelasnewsletters é o fato de muitos empre-sários as associarem ao detestadoSPAM, mensagem eletrônica não so-licitada e que se transformou na maiorpraga da internet.

Jacob Nielsen, principal executivo

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5151515151 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

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5252525252Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Pessoas e empresasmencionadas no texto:

Nielsen Norman Groupwww.nngroup.com

Jacob Nielsenwww.useit.com/jakob/index.html

do Nielsen Norman Group, e um es-pecialista em técnicas de aumentar aleitura de textos na Web, sugere que oseditores evitem de todas as formas ouso de palavras como grátis, oportu-nidade ou sucesso na linha do assuntonas mensagens das newsletters corpo-rativas. É que estas expressões sãotípicas de mensagens SPAM que ten-tam vender algo ou oferecer serviçosque ninguém pediu.

A pesquisa indicou que a facilidadena hora de pedir uma assinatura édecisiva para a opção do executivo poresta ou aquela newsletter. A grandemaioria ainda prefere as publicaçõesgratuitas, mas significativos 35% dosentrevistados admitiram que pagam porinformações que eles consideram in-dispensáveis.

Os executivos foram quase unâ-nimes na afirmação de que a newsletterdeve ser extremamente simples e ob-jetiva, mas também foram enfáticos aodizer que detestam material com mauacabamento e com erros de ortografiae design.

Três razões são as mais impor-tantes para as empresas escolherem asnewsletters eletrônicas como ferra-menta de marketing:

1) são pelo menos 60% mais ba-ratas que as equivalentes impressas;

2) os resultados podem ser moni-torados com exatidão quase total(quem leu, quando e como);

3) distribuição viral: quem recebee gosta passa adiante para amigos semproblemas.

As crises na United Airlines, a se-gunda maior empresa aérea do mundo,e na Reuters, a maior agência de notí-cias econômicas do planeta, aumenta-ram as incertezas sobre o futuro dasmegaempresas que durante décadaslideraram os rankings do capitalismomundial.

A lista de grandes multinacionais quenão vão sentir saudades de 2002 já temmais de dez nomes muito conhecidos,mas nenhuma dessas empresas desnu-dou tão claramente a natureza da criseendêmica do que os casos da United eda Reuters. Ambas quase seguramentenão voltarão mais aos seus dias deglória por uma questão simples: seumodelo de negócios não sobreviveu àsmudanças estruturais na economiacapitalista mundial.

A United e quase todas as grandesempresas aéreas, como a nossa Varig,pagam o preço de erros administra-tivos e estratégicos cometidos nostempos de vacas gordas, mas sobre-tudo porque ignoraram olimpicamentetransformações que eram óbvias paraquem viaja de avião, garantemespecialistas como o norte-americanoTom Hansson.

TENDÊNCIAS

A era dosdinossauroscorporativosDois ícones do capitalismo mundial engrossaram no

final de 2002 a lista das megaempresas que

entraram em crise, justamente quando tudo

apontava para uma era de ouro das multinacionais

O maior problema foi a perda deagilidade administrativa e o conserva-dorismo de executivos que preferiramseguir ao pé da letra a máxima do “nãose mexe em time que está ganhando”.

As empresas menores, especial-mente no volátil mercado de viagensaéreas, conseguiram ser mais rápidasna adaptação às novas exigências dosconsumidores, racionalizaram custosoperacionais e principalmente estabele-ceram uma relação mais próxima comos seus clientes. Basta comparar, noBrasil, o atendimento dado pela Varigao da novata Gol.

Há pelo menos três anos, analistascomo Markus Franke, do escritório ale-mão da empresa Booz Allen, afirmamque a tendência do mercado aeronáu-tico era a fragmentação: as empresasmenores, surgidas com a desregu-lamentação do setor, assumiriam aslinhas mais rentáveis, minando aposição das líderes do segmento.

O caso da Reuters também é típicodas mudanças surgidas num mercadoantes solidamente dominado pela mul-tinacional britânica, fundada há 150anos. A agência foi atropelada pelaera da informação e reagiu com dema-

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5353535353 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

Pessoas e empresasmencionadas no texto:

United Airlineswww.ual.com

Reuterswww.reuters.com

Varigwww.varig.com.br

Tom [email protected]

Golwww.voegol.com.br

Markus [email protected]

Bloombergwww.bloomberg.com

Thompson Financialwww.tfn.com

Onvistawww.onvista.de

Simon-Kucher & Partnerswww.simon-kucher.com/

siada lentidão ao surgimento de umademanda sobre informação financeirainterpretada e analisada.

A Reuters ainda conseguiu dar contada avalancha de informações geradapelo funcionamento on-line e em temporeal das bolsas de valores do mundointeiro, mas perdeu a corrida estratégicapara serviços informativos muito me-nores como o norte-americano Bloom-berg, o também inglês Thompson Fi-nancial e o alemão Onvista. Estes pas-saram a oferecer aos seus perplexosclientes análises que permitiam com-preender o que estava acontecendo portrás do alucinante fluxo de númerose estatísticas gerados pelo mercado fin-anceiro planetário.

Com isso a Reuters foi perdendo osgrandes clientes corporativos, e seu va-lor na bolsa despencou em 90%, a pon-to de no final de 2002 surgirem espe-culações sobre um inevitável des-membramento da mais tradicional

agência de notícias econômicas domundo.

Rainer Meckes, consultor da empre-sa Simon-Kucher & Partners, garanteque o problema da Reuters não se resol-verá apenas com a receita clássica deapertar os cintos e demitir empregados.Ele acha que uma possível recuperaçãosomente acontecerá depois de umarevisão radical em toda a estratégiada empresa britânica, procurando espe-cialmente desenvolver novos produtosinformativos.

Tanto a Reuters quanto a United,como já aconteceu no passado comlíderes mundiais como a NationalSemiConductors (ex-líder em micro-processadores) e a PanAmerican (outraempresa aérea), podem se transformarem verdadeiros dinossauros corpora-tivos, vitimados pela incapacidade desobreviver ao darwinsmo empresarialprovocado pela globalização econô-mica.

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Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Novembro5555555555

2001

GuiadoEmpreendedor

Do LDo LDo LDo LDo Lado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)ado da Lei (pág. 58)Nova ação contraNova ação contraNova ação contraNova ação contraNova ação contrao sigilo bancárioo sigilo bancárioo sigilo bancárioo sigilo bancárioo sigilo bancário

Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Leitura (pág. 60)Receita paraReceita paraReceita paraReceita paraReceita para

obter vantagemobter vantagemobter vantagemobter vantagemobter vantagemcompetitivacompetitivacompetitivacompetitivacompetitiva

Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)Análise Setorial (pág. 64)O eO eO eO eO exxxxxemplo daemplo daemplo daemplo daemplo dabolha Nasdaqbolha Nasdaqbolha Nasdaqbolha Nasdaqbolha Nasdaq

Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)Indicadores (pág. 65)

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do do do do do businessbusinessbusinessbusinessbusiness

Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)Agenda (pág. 66)

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5656565656Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor Pr Pr Pr Pr Produtos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serviçosviçosviçosviçosviços

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Opções não faltam para empresários e executivosque querem aprender a se comunicar em inglês

Para conquistar um espaço no mer-cado internacional é fundamental ter odomínio do inglês. Segundo especia-listas, cerca de 85% das companhiasmundiais o adotam como língua oficial.Grande parte dos empresários e execu-tivos já percebeu há muito tempo essarealidade do mundo globalizado, masvários deles não conseguem dar con-tinuidade ao aprendizado, devido prin-cipalmente a viagens e falta de tempopara freqüentar as aulas. De olho nessemercado, algumas companhias desen-volveram novos métodos, através daeducação corporativa, para atender aessa demanda e melhorar a fluência noidioma de empresários e executivos.Dessa maneira, o horizonte das empre-

A língua do business

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor Pr Pr Pr Pr Produtos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serodutos & Serviçosviçosviçosviçosviços

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sas que atuam no segmento está cres-cendo a cada dia. Atualmente, essemercado movimenta em torno de US$60 bilhões no mundo. No Brasil essenúmero chega a R$ 1 bilhão por ano, e30% desse total provém de investimen-tos de companhias do Sul, uma das re-giões que mais ampliaram suas expor-tações nesses últimos anos.

Exportar está cada vez mais vin-culado ao domínio do inglês. “As em-presas já perceberam que investir naformação de seus funcionários, prin-cipalmente no que se refere ao idiomainglês, é de fundamental importânciaem sua estratégia, principalmente nahora de exportar”, afirma Dino Sávio,diretor de Marketing e Vendas da Num-

ber One Systems. A empresa criou umatecnologia própria para o ensino do in-glês, priorizando a necessidade de cadacompanhia e de cada aluno.

Também apostando no segmento,a The Trend School capacita empre-sários e executivos no idioma inglês ena comunicação em negócios. Deacordo com Oswaldo De Munno Jú-nior, presidente da empresa, não bastaapenas dominar a língua; é preciso terhabilidades gerenciais para aumentar asexportações. Para ele, dentro de umaorganização existem executivos queprecisam saber inglês, pois fazem via-gens para o exterior e recebem visitan-tes estrangeiros. No entanto, há outrosque, além disso, precisam reunir habi-lidades para apresentações estratégicas.“Uma coisa é ter o domínio do inglês,que é uma ferramenta de comunicação,e outra é ter habilidades gerenciais parafazer uma boa apresentação, uma reu-nião ou uma negociação de sucesso eminglês”, diz. Da mesma forma, é funda-mental ter conhecimento da cultura dopaís onde se pretende efetivar um ne-gócio. “A multiculturalidade é a capa-cidade de entender as diferentes cul-turas nos negócios, nos mercados, eisso faz a diferença na realização denegócios.”

Segundo De Munno, a atuação daThe Trend School abrange, principal-mente, desde o nível gerencial até o to-po da organização. “Entender a dinâ-mica e a realidade da empresa é a basepara a elaboração de uma soluçãoDE MUNNO: É PRECISO ASSOCIAR O INGLÊS A TÉCNICAS GERENCIAIS

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5757575757 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

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:

customizada que atenda às diferentesnecessidades da empresa ou do setor.”

[Cursos de imersão]Para melhorar o aprendizado exis-

tem os chamados cursos de imersão,que consistem em um treinamento doinglês em módulos de ensino altamentecostumizados, nos quais executivos eempresários ficam isolados em umhotel durante alguns finais de semana.Os cursos são ministrados dentro doconceito de speaking-only-englishatmosphere, ou seja, em um ambientetotalmente em inglês onde é obrigatórioo uso do idioma 24 horas por dia. “Cria-mos um ambiente 100% em inglês, comvisual, refeição, e até os funcionáriossão treinados para receber os empre-sários e apenas falar em inglês”, diz De

Munno. Segundo o presidente da TheTrend School, os executivos e empre-sários passam em torno de 15 horasem treinamento, sendo 10 horas em salade aula. “Isso corresponde a um se-mestre de cinco meses de um ensinode inglês convencional.”

Além de trazer benefícios para aempresa que investe na formação deseus funcionários, o ensino do inglês étambém um bom segmento para quemquer atuar nessa área no Brasil. “En-quanto o inglês for a língua de maioruso nas relações internacionais, asempresas precisarão dessa habilidadedos seus colaboradores”, conta o di-retor de Marketing e Vendas da NumberOne Systems. Para Sávio, o idioma in-glês é a língua que vai unir os povos eestabelecer negociações.

BENEFÍCIOS DAEDUCAÇÃO CORPORATIVA

Para as empresas:

Maior possibilidade deconquistar novos mercados

Motivação e comprometimentodo funcionário

Aumento da produtividade

Para os funcionários:

Melhor capacitaçãoprofissional e competitividadeno mercado de trabalho

Reconhecimento da empresa

Maior retorno financeiro

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5858585858Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da LeiDo Lado da Lei

MarMarMarMarMarcos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna Bitellicos Sant’Anna BitelliAdvogado

Nova ação contrao sigilo bancário

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1-02

69

Recentemente foi publicado novodecreto (n.º 4.489/2002), que regula-menta mais um artigo da Lei Comple-mentar 105/2001, que por sua vez disci-plina a quebra do sigilo bancário.

O tema do sigilo bancário vem pro-vocando diversas discussões não ape-nas entre operadores do Direito, mastambém em outros setores da socie-dade, como podemos verificar em arti-gos de jornais, debates em rádios, pa-lestras e seminários. E não é por menos,pois o sigilo está diretamente ligado àintimidade e privacidade das pessoas,que é uma garantia constitucional, e poroutro lado está ligado ao controle sobreos nossos dados bancários e sobre asoperações financeiras realizadas decor-rentes da atuação do Estado visando acoibir a fraude e evasão fiscal.

Nos últimos tempos o Estado vem seaperfeiçoando no combate à sonegaçãofiscal, introduzindo meios e técnicas que,por um lado, dificultam a sonegação e,por outro, facilitam a fiscalização.

Num primeiro momento, aceitar aquebra de sigilo pode ser negativa. Porém,é fato que uma reforma tributária eficientee tão desejada por todos somente serápossível depois que o Estado detenha ocontrole de seus créditos e evite, se nãototalmente, grande parte da evasão fiscal.

A grande discussão em torno dessetema, em verdade, é a possibilidade daquebra do sigilo diretamente pela Receita

DIVULGAÇÃO

Federal, sem prévia autorização judicial.O primeiro decreto que regulamen-

tou a Lei Complementar acima descrita(n.º 3.724, de 10 de janeiro de 2001)possibilitou a requisição, acesso e uso,pela SRF e seus agentes, de informa-ções referentes a operações e serviçosdas instituições financeiras no caso deprocedimento de fiscalização em cursoe em se tratando de informações consi-deradas indispensáveis para sua con-clusão. Nesse caso, o acesso aos dadosbancários seria apenas uma forma decomplementar a fiscalização que já teveinício.

A hipótese de quebra estabelecidaagora no Decreto 4.489, de 28 de no-vembro de 2002, por sua vez, prevêoperação inversa: primeiro são presta-das as informações e depois, havendoindícios de fraudes, instaura-se o pro-cedimento fiscalizatório.

Segundo o decreto, as instituiçõesfinanceiras devem prestar informaçõesrelativas à identificação dos titulares dasoperações e ao montante dos movimen-tos mensais efetuados superiores a R$5 mil, no caso de pessoas físicas, e R$10 mil, no caso de pessoas jurídicas, àSecretaria da Receita Federal. Tal normaveda, no entanto, informação de qual-quer elemento que permita identificar aorigem e a natureza dos gastos efe-tuados. Nesse caso, o acesso às infor-mações é anterior à fiscalização.

O decreto ainda determina que aReceita somente terá acesso ao mon-tante da movimentação a fim de que pos-sa comparar com outros dados, comopor exemplo a declaração de Impostode Renda. A apuração de fatos paraverificar qualquer irregularidade acercade não-pagamento de tributos será feitamediante requisição de documentos einstauração de procedimento fiscal.

A norma, portanto, é bastante claraquanto às regras para a quebra do sigilo,quanto a suas limitações do acesso àsinformações e quanto à forma de apu-rar eventuais ilegalidades.

Assim, independentemente de seconsiderar inconstitucional a quebra dosigilo bancário sem prévia autorizaçãojudicial, o uso de informações pelaReceita Federal deve seguir à risca taisregras, limitações e formas, sob penade violar direitos fundamentais e prin-cípios constitucionais como da segu-rança jurídica, além de comprometer acredibilidade do Brasil frente a empresasestrangeiras interessadas em investir nopaís.

É certo, outrossim, que essa atuaçãodo fisco autorizada pelo novo decretodeverá passar pelo crivo do SupremoTribunal Federal, a quem competirádizer sobre sua constitucionalidade.

Decisão da Receita Federal sobre sigiloDecisão da Receita Federal sobre sigiloDecisão da Receita Federal sobre sigiloDecisão da Receita Federal sobre sigiloDecisão da Receita Federal sobre sigilobancário reacende a polêmica sobre o direitobancário reacende a polêmica sobre o direitobancário reacende a polêmica sobre o direitobancário reacende a polêmica sobre o direitobancário reacende a polêmica sobre o direitoà privacidade e intimidade das pessoasà privacidade e intimidade das pessoasà privacidade e intimidade das pessoasà privacidade e intimidade das pessoasà privacidade e intimidade das pessoas

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5959595959 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Novembro

2002

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Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorPor Fábio Mayer

6060606060Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

LeituraLeituraLeituraLeituraLeitura

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAMissão Crítica,Thomas H.Davenport,Editora Bookman(www.artmed.com.br),294 págs.,R$ 49,00

Receita paraobter vantagemcompetitiva

Thomas H. Davenport é uma re-ferência quando o assunto é conhe-cimento empresarial. Seus livros, emgeral, abordam com propriedade arelação entre informação, gestão etecnologia. Missão Crítica não fogeà regra e, como, por exemplo, Eco-logia da Informação, um dos livrosanteriores de Davenport, coloca al-guns pingos nos “is” nesses temposem que mudança é palavra de ordemno mundo empresarial. O próprioDavenport se autodefine como umpesquisador e consultor que trabalhasempre no cruzamento dos sistemasde informação com o comportamentoe a mudança organizacionais. “Minhaperspectiva geral é a de que os siste-mas de informação são inúteis a me-nos que proporcionem melhores in-formações ou métodos de se fazernegócio”, aponta Davenport no pre-fácio de Missão Crítica. “Consideroos sistemas de gestão empresarial,sem sombra de dúvida, umaimpressionante conquista técnica,mas ainda assim minha principalpreocupação é fazer com que asorganizações possam deles extrairvalor de negócios”, atesta o autor.

Um dos “benefícios” que a leiturados livros de Davenport traz é queele desenvolve um eficiente guia paratodas as empresas envolvidas com ossistemas gestão, sem entretanto tornara leitura nem maçante nem técnica de-mais. As principais mensagens dolivro, nas palavras do próprio autor,estão endereçadas às organizações

LEIA TLEIA TLEIA TLEIA TLEIA TAMBÉMAMBÉMAMBÉMAMBÉMAMBÉM

realmente voltadas a atingir amudança estratégica e a van-tagem competitiva, estandodispostas a empregar o tempo e o di-nheiro necessários à concretizaçãodesses objetivos.

Missão Crítica é dividido em novecapítulos. Logo na abertura, Daven-port faz um apanhado sobre o que sãoos sistemas de gestão empresarial eo que os torna importantes. Já nosegundo capítulo, a verve crítica deDavenport prevalece ao analisar aspromessas e os riscos dos sistemasde gestão empresarial, para, emseguida, questionar o leitor se vale apena implementar um sistema degestão empresarial na empresa.

Os dois capítulos seguintes abor-dam a interação que os sistemas degestão empresarial devem ter com ou-tros segmentos de uma empresa. Oautor reforça a idéia de que as ferra-mentas de gestão não devem ser uti-lizadas de maneira isolada, sem vín-culos com a estratégia ou com a orga-nização da empresa, nem tampouco oempreendedor deve abdicar das in-formações internas e externas e dosprocessos de negócios. Os capítulosfinais de Missão Crítica procurammostrar o que pode ocorrer com ossistemas de gestão nos próximos anos.

Pela temática de cada um doscapítulos pode-se ter uma boa idéiado teor ou do tom que Thomas Da-venport confere à sua obra. Semdeslumbramentos, mas com os doispés firmes na realidade.

Ecologia da InformaçãoThomas H. Davenport,Editora Futura

ConhecimentoEmpresarialThomas H. Davenport eLaurende PrusakEditora Campus

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Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos Novos Títulos

6161616161 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

Manual deManual deManual deManual deManual deSegurança no Brasil,Segurança no Brasil,Segurança no Brasil,Segurança no Brasil,Segurança no Brasil,Vários autores,Vários autores,Vários autores,Vários autores,Vários autores,Editora Câmara deEditora Câmara deEditora Câmara deEditora Câmara deEditora Câmara deComércio e IndústriaComércio e IndústriaComércio e IndústriaComércio e IndústriaComércio e IndústriaBrasil–AlemanhaBrasil–AlemanhaBrasil–AlemanhaBrasil–AlemanhaBrasil–Alemanha(www(www(www(www(www.ahkbrasil.com),.ahkbrasil.com),.ahkbrasil.com),.ahkbrasil.com),.ahkbrasil.com),163 págs.,163 págs.,163 págs.,163 págs.,163 págs.,R$ 100,00R$ 100,00R$ 100,00R$ 100,00R$ 100,00

Ganhar Mais &Ganhar Mais &Ganhar Mais &Ganhar Mais &Ganhar Mais &TTTTTrabalhar Menos,rabalhar Menos,rabalhar Menos,rabalhar Menos,rabalhar Menos,Robert J. Kriegel,Robert J. Kriegel,Robert J. Kriegel,Robert J. Kriegel,Robert J. Kriegel,Editora CampusEditora CampusEditora CampusEditora CampusEditora Campus(www(www(www(www(www.campus.com.br),.campus.com.br),.campus.com.br),.campus.com.br),.campus.com.br),264 págs.,264 págs.,264 págs.,264 págs.,264 págs.,R$ 45,00R$ 45,00R$ 45,00R$ 45,00R$ 45,00

Pioneiro nas áreas de Desempenho Humano e Psicologiada Mudança, o escritor Robert J. Kriegel mostra em GanharMais & Trabalhar Menos como ter uma vida profissionalequilibrada, planejando e pensando mais. Na obra eleapresenta algumas idéias para reverter situações cotidianasda empresa, como a Regra dos 90%, que se refere a umaprodução menos eficiente devido ao ambiente de trabalhotenso, e a Diversão Planejada, em cujo exemplo explicaque é preciso ter tempo para errar e disponibilidade paracorrer riscos. Segundo Kriegel, trabalhar demais não é oúnico caminho para atingir metas e realizar sonhos.

Em uma iniciativa da Câmara de Comércio e In-dústria Brasil–Alemanha junto com as Eurocâmaras,entidades que congregam as Câmaras de Comércio daUnião Européia instaladas no país, foi lançado o Manualde Segurança no Brasil. O objetivo da publicação éapresentar propostas de como enfrentar o problemada criminalidade. O manual abrange desde perspectivasinternacionais até espionagem em redes de compu-tadores e aspectos da segurança nas empresas, comoproteção de pessoas, instalações, bens de transporte edados e informações confidenciais.

Criatividade emCriatividade emCriatividade emCriatividade emCriatividade emVVVVVendas,endas,endas,endas,endas,

Raúl Candeloro,Raúl Candeloro,Raúl Candeloro,Raúl Candeloro,Raúl Candeloro,Editora FuturaEditora FuturaEditora FuturaEditora FuturaEditora Futura

(www(www(www(www(www.edfutura.com.br),.edfutura.com.br),.edfutura.com.br),.edfutura.com.br),.edfutura.com.br),144 págs.,144 págs.,144 págs.,144 págs.,144 págs.,

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O livro Criatividade em Vendas apresenta formas deaguçar e desenvolver a criatividade na conquista de novosclientes e em vendas. O autor Raúl Candeloro, que tambémé palestrante, mostra algumas histórias, reais e criativassobre o tema, que surtiram os resultados desejados. Sãoacontecimentos curiosos e inusitados, como o de umcorretor de imóveis que visita igrejas na busca de potenciaisclientes e o da loja onde o consumidor tem de fazer ovendedor rir para ganhar 5% de desconto. Com isso, aobra tem o intuito de auxiliar o leitor a refletir, encontrarboas soluções e alcançar o sucesso.

Os 10 MandamentosOs 10 MandamentosOs 10 MandamentosOs 10 MandamentosOs 10 Mandamentosda Demanda,da Demanda,da Demanda,da Demanda,da Demanda,

Keely Mooney eKeely Mooney eKeely Mooney eKeely Mooney eKeely Mooney eLaura BerLaura BerLaura BerLaura BerLaura Bergheim,gheim,gheim,gheim,gheim,Editora CampusEditora CampusEditora CampusEditora CampusEditora Campus

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Mostrar como melhorar a qualidade do atendimento ea interação com cada cliente. Esse é o objetivo do livroOs 10 Mandamentos da Demanda, uma espécie de roteiropara as empresas colocarem o consumidor como oprincipal foco do negócio. As autoras Keely Mooney eLaura Bergheim apresentam na obra como e por que aconquista e a fidelização dos clientes são fundamentaispara o sucesso dos negócios. Além disso, o livro ofereceuma estrutura, baseada em dez preceitos, para analisarquais as verdadeiras necessidades dos clientes e qual amelhor forma de supri-las.

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Informação e Crédito

1

A Serasa lançou o mais com-pleto guia de orientaçãocontra a violência, o GuiaSerasa de Orientação aoCidadão – Saiba como re-

duzir o risco de ser vítima de vio-lência. A nova publicação da Serasa,que faz parte da série Serasa Cida-dania, foi lançado em dezembro naAssembléia Legislativa de São Pauloe posteriormente será distribuídogratuitamente nas agências da Serasade todo o Brasil.

A nova publicação, que está naíntegra em seu site www.serasa.com.br, é um manual de 128 páginasque pretende contribuir para a so-brevivência e a prudente conduta,tanto no ambiente real quanto novirtual.

Os dois primeiros capítulos abor-dam a violência: as causas, as solu-ções, o perfil da vítima e do agressor,os custos da violência e o desarma-mento. No capítulo seguinte, “Cuida-dos de segurança pessoal”, há 612dicas, que vão de cuidados dentro docarro até cuidados na danceteria, pas-sando também por compras comcartões e cheques. No capítulo “Pa-ra denunciar”, há 37 canais de ajuda.

O Guia, elaborado pela Assessoriade Imprensa da Serasa, traz ainda,em “Experiências bem-sucedidas”,uma pesquisa da Unesco que originouo livro Cultivando Vida, DesarmandoViolências. O estudo destacou expe-riências de sucesso realizadas comjovens em situação de pobreza, comenfoque em cultura, lazer, esporte ecidadania, em diversos estados dopaís. A nova publicação da Serasaoferece também informações sobre

Nova pubicaçãofaz parte da sérieSerasa Cidadaniae será distribuídagratuitamente emtodo o BrasilVictoria Iturrieta

Novo guia ensina a “Como você pode ajudar” e “Para sa-ber mais”, além do teste “Você temevitado riscos?”.

Para elaborar essa obra, a Serasabuscou competências e experiênciasde instituições envolvidas direta-mente no combate à violência e suasconseqüências, como o Centro deEstudos da Violência da Universidadede São Paulo, o Instituto Latino-Americano da ONU para a Prevençãodo Delito e o Tratamento do Delin-qüente (Ilanud), a Unesco, a PUC–SP/RJ e polícias civil e militar de to-do o Brasil.

“O Brasil acumula grandes pre-juízos econômicos por conta daviolência, tanto na infra-estrutura deauxílio às vítimas quanto na perdaintelectual e de investimentos e nodia-a-dia dos negócios e do crédito.Que o diga, por exemplo, a loja derua, ao ver sua clientela transferidapara os shopping centers. Isso repre-senta menos emprego e a estagnaçãoeconômica de várias regiões dosgrandes centros urbanos”, afirma El-cio Anibal de Lucca, presidente daSerasa.

O empresário ressalta que a vio-lência se apresenta sob diversas for-mas, não só a física, mas também amoral e a da corrupção, o que ampliaconsideravelmente o espectro so-ciocultural desse fenômeno. Entre-tanto, mesmo em dimensões dife-rentes, a violência é um fato global,fruto da acelerada expansão do crimeorganizado, que se estende por todasas atividades do cotidiano de umasociedade. Para Elcio Anibal deLucca, a luta contra a violência deveser compromisso de todos na comu-

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2

reduzir risco da violência

nidade. “Para isso é fundamental aconscientização”, diz.

O coronel José Vicente da SilvaFilho, secretário nacional da Segu-rança Pública, salienta a importânciada orientação. “Este trabalho da Se-rasa constitui importante contribuiçãopara alertar e orientar as pessoas aviver com mais segurança”, comenta.

Para Luís Antônio Francisco deSouza, sociólogo, doutor em Socio-logia pela Universidade de São Paulo(USP) e pesquisador sênior do Cen-

destaca que seguir as re-comendações do Guia Se-rasa é um primeiro e im-portante passo para a se-gurança pessoal. Saulo deCastro Abreu Filho, se-cretário de Segurança Pú-blica do Estado de SãoPaulo, complementa: “Écom atitude que se ven-cem as dificuldades”.

O Guia Serasa deOrientação ao Cidadão –Saiba como reduzir o riscode ser vítima da violênciafaz parte da reconhecidasérie de livros Serasa Ci-dadania, que, juntamente

com as séries Serasa Cultural,Dinâmica do Conhecimento eNovas Competências, prestacontribuição à sociedade e à nação,tanto na qualificação de pro-fissionais quanto nos aspectos daresponsabilidade social.

“Este trabalho, a exemplo daprópria atividade da Serasa, estávoltado para o bem do cidadão, dacomunidade, e a serviço do desen-volvimento do Brasil”, afirma ElcioAnibal de Lucca.

tro de Estudos da Violência da USP(CEV/USP), “iniciativas como esta daSerasa demonstram que os problemassociais podem ser enfrentados cominformação, com respeito à inteligên-cia das pessoas e com a defesa incon-dicional da cidadania e dos direitosfundamentais de todos os brasileiros”.

Túlio Kahn, diretor do Departa-mento de Cooperação e Articulaçãodas Ações de Segurança Pública doMinistério da Justiça (Decasp) e editordo boletim Conjuntura Criminal,

CAPA DO GUIA SERASA DE

ORIENTAÇÃO AO CIDADÃO –

SAIBA COMO REDUZIR O RISCO

DE SER VÍTIMA DA VIOLÊNCIA,

QUE PODE SER RETIRADO

NAS AGÊNCIAS DA SERASA

EM TODO O PAÍS

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6464646464Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Análise SetorialAnálise SetorialAnálise SetorialAnálise SetorialAnálise Setorial

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do Empreendedor

O exemplo dabolha Nasdaq

André HahnAndré HahnAndré HahnAndré HahnAndré HahnDiretor presidente da Leme Investimentos

Assistimos extasiados, até março de2000, ao que ainda será tema de estudose reflexões: o boom do Nasdaq. A valo-rização do mercado de ações nos EUA,em especial das ações de tecnologia,foram bem além do que os critérios téc-nicos e fundamentalistas davam comoaceitável, pelo menos para os analistascom os pés no chão. Sim, porque na-quela altura do campeonato havia osque estavam nas nuvens, em parte des-lumbrados pelos fortes ganhos, e emparte “incentivados” pelas suas correto-ras e bancos.

É nesses momentos que se vê commaior clareza o comportamento psico-lógico das pessoas, independentementede serem profissionais de mercado ounão. A correnteza arrasta até o racio-cínio mais elementar de profissionaisque, a princípio, deveriam enxergaraquele momento como a véspera de umpossível crash. Suas convicções pas-sadas são colocadas em segundo plano,e o que vale é encontrar alguma justi-ficativa para o irracional, procurandoacreditar que o fim da linha deve estardistante.

Lembro-me de que alguns falavammuito de um novo momento mundial,de uma nova revolução tecnológica queiria justificar, em um futuro próximo,aquele nível de preço das ações extre-mamente elevado. O interessante é queessas mesmas pessoas estavam repe-

O O O O O boomboomboomboomboom na bolsa eletrônica ainda hoje na bolsa eletrônica ainda hoje na bolsa eletrônica ainda hoje na bolsa eletrônica ainda hoje na bolsa eletrônica ainda hojeserserserserserve para mostrar como aspectosve para mostrar como aspectosve para mostrar como aspectosve para mostrar como aspectosve para mostrar como aspectospsicológicos interferem no merpsicológicos interferem no merpsicológicos interferem no merpsicológicos interferem no merpsicológicos interferem no mercadocadocadocadocado

DIVULGAÇÃO

tindo o que já havia acontecido em ou-tras épocas, mudando só os nomes dosbois. Se hoje o computador e a internetrepresentam a revolução, no passadoforam os carros, o rádio, a televisão, eassim por diante. Quando essas cria-ções do homem surgiram, nas suasépocas, foram enormes marcos da evo-lução, de uma nova era. Só que o carrode 1929 já não roda mais, e muitas dasempresas daquela época não mais exis-tem. A relação entre o preço das açõese o lucro das empresas no início doano 2000 – em especial das empresasde tecnologia – chegou a ser mais peri-gosa do que a que existia nos EUA àsvésperas da quebra da bolsa, em 29.

Agora, pensando um pouco sobrea nossa época, será que o que consi-deramos atualíssimo hoje não virarásucata um dia? A resposta chega a seróbvia, os exemplos são inúmeros, masvale o exercício da resposta.

Assisti há algum tempo a uma en-trevista de um professor do MIT (Mas-sachusets Institute of Technology)sobre a velocidade das mudanças pro-vocadas pelo desenvolvimento de no-vas tecnologias. A principal citação doacadêmico foi a de que nos próximoscinco anos o mundo passaria por umatransformação tecnológica equivalenteà ocorrida nas últimas três décadas.Para as empresas um cenário comoesse significa basicamente duas coisas:

riscos e oportunidades, e não somenteuma evolução constante e sustentávelpara todos.

Voltando ao caso da bolha, o que seviu a partir de março de 2000 nos mer-cados de ações dos Estados Unidos foiuma simples ressaca, que até hoje aindadói na cabeça de muitos. O índice quemede a valorização das ações de tecno-logia americanas, que chegou a valer5.000 pontos, hoje está por volta de1.300, ou seja, 25% do que valia háquase três anos. Muitas empresas queeram “grandes promessas” deixarampara trás um rastro de grandes pre-juízos.

Neste momento o mais importante éentendermos que o mercado é cíclico,não simplesmente pelo fato de que osativos oscilam, de que os preços variam,mas principalmente porque oentendimento das pessoas tambémsegue um certo padrão de comporta-mento, alternando momentos de euforiacom outros de depressão, o que as levaa acreditar em algo que é substancialapenas para o momento, mas que setorna volátil ao longo do tempo, e, àsvezes, em muito pouco tempo. A maio-ria, literalmente, troca o pé, deixando deseguir a regra simples e básica das ações:comprar na baixa e vender na alta.

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6565656565 Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor Empreendedor – Janeiro

2003

IndicadoresIndicadoresIndicadoresIndicadoresIndicadoresCarteira teórica Ibovespa

NOME/TIPO PARTICIPAÇÃO VARIAÇÃO % AÇÃO IBOVESPA ANO (ATÉ DEZEMBRO)

Acesita PN 0,532 33,333Ambev PN 1,703 15,736Aracruz PNB 0,682 79,212Bradesco PN 5,788 -9,721Bradespar PN 0,547 -26,582Brasil ON 1,823 -1,402Brasil T Par ON 0,513 -18,216Brasil T Par PN 2,57 5,171Brasil Telecom PN 2,305 -6,056Braskem PNA 0,293 -50,817Celesc PNB 0,526 17,391Cemig ON 0,127 -18,119Cemig PN 2,855 -12,718Cesp PN 0,483 -52,4Comgas PNA 0,275 -40,83Copel PNB 1,457 -39,237CRT Celular PNA 0,672 -34,723Eletrobras ON 1,214 -23,691Eletrobras PNB 3,656 -16,966Eletropaulo Metropo PN 0,882 -64,324Embraer ON 0,743 22,479Embraer PN 2,594 27,062Embratel Part ON 0,946 -61,651Embratel Part PN 5,304 -62,222Gerdau PN 1,344 73,734Ibovespa 100 -17,007Ipiranga Pet PN 0,209 -37,937Itaubanco PN 3,796 0,081Itausa PN 1,513 -4,725Klabin PN 0,19 8,166Light ON 0,209 -55,242Net PN 2,038 -94,815Petrobras Distrib PN 0,524 31,291Petrobras ON 3,019 6,611Petrobras PN 8,78 -3,515Sabesp ON 1,215 -17,386Sid Nacional ON 1,695 46,161Sid Tubarao PN 0,635 102,458Souza Cruz ON 0,739 45,482Tele Celular Sul ON 0,331 -33,907Tele Celular Sul PN 1,106 -22,717Tele Centroeste Cel PN 2,004 -5,924Tele Leste Celular PN 0,51 -52,477Tele Nordeste Celul PN 1,237 -12,833Telemar Norte Leste PNA 1,998 -24,826Telemar ON 1,029 -32,48Telemar PN 13,497 -23,276Telemig Celul Part PN 1,367 -27,768Telesp Cel Part PN 5,041 -48,299Telesp Operac PN 0,864 23,473Tractebel ON 0,299 -6,063Transmissao Paulist PN 0,453 4,607Usiminas PNA 1,44 4,129Vale Rio Doce ON 1,179 103,691Vale Rio Doce PNA 2,64 87,361Votorantim C P PN 0,581 52,654

Juros/Aplicação (%)

DezembroDezembroDezembroDezembroDezembro AnoAnoAnoAnoAnoCDICDICDICDICDI 1,734 19,110SelicSelicSelicSelicSelic 1,740 19,130PoupançaPoupançaPoupançaPoupançaPoupança 0,863 9,140CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30CDB pré 30 1,680 17,500Ouro BM&FOuro BM&FOuro BM&FOuro BM&FOuro BM&F -5,420 80,930

Indicadores imobiliários(em %)

DezembroDezembroDezembroDezembroDezembro AnoAnoAnoAnoAnoCUB SPCUB SPCUB SPCUB SPCUB SP 0,780 12,120TRTRTRTRTR 0,392 3,075

Juros/Crédito (em % mês)

DezembroDezembroDezembroDezembroDezembro JaneiroJaneiroJaneiroJaneiroJaneiro30/dez30/dez30/dez30/dez30/dez 06/nov06/nov06/nov06/nov06/nov

Desconto 3,02 a 4,60 3,00 a 4,85Factoring 4,43 a 4,45 4,44 a 4,46Hot Money 2,90 a 7,18 2,90 a 7,86Giro Pré (taxa ano) 41,29 a 101,22 44,27 a 101,22(*= taxa ano)

Câmbio (em 07/01/2003)

CotaçãoCotaçãoCotaçãoCotaçãoCotação

Dólar ComercialDólar ComercialDólar ComercialDólar ComercialDólar Comercial R$ 3,3423EuroEuroEuroEuroEuro US$ 1,0428IeneIeneIeneIeneIene US$ 120,69

MerMerMerMerMercados futurcados futurcados futurcados futurcados futurososososos (em 07/11/2002)

Fevereiro/03 Março/03 Abril/03DólarDólarDólarDólarDólar R$ 3,305 R$ 3,330 R$ 3,355Juros DIJuros DIJuros DIJuros DIJuros DI 21,86% 22,89% 24,25%IbovespaIbovespaIbovespaIbovespaIbovespa 12.135 12.623 13.612Café (NY)Café (NY)Café (NY)Café (NY)Café (NY) – 63,50 –

Inflação (%)

ÍndiceÍndiceÍndiceÍndiceÍndice DezembroDezembroDezembroDezembroDezembro AnoAnoAnoAnoAnoIGPIGPIGPIGPIGP-M-M-M-M-M 3,750 25,310IGPIGPIGPIGPIGP-DI (Novembr-DI (Novembr-DI (Novembr-DI (Novembr-DI (Novembro)o)o)o)o) 5,840 23,090IPCA (Novembro)IPCA (Novembro)IPCA (Novembro)IPCA (Novembro)IPCA (Novembro) 3,020 10,220IPC - FipeIPC - FipeIPC - FipeIPC - FipeIPC - Fipe 1,830 9,910

(em 29/11/2002)

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6666666666Janeiro – EmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedorEmpreendedor

2003

Guia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorGuia do EmpreendedorAgendaAgendaAgendaAgendaAgenda

FCE PHARMA7ª Exposição Internacional de Produtos eEquipamentos para a Indústria FarmacêuticaTransamérica Expo CenterSão Paulo – SPFone: (11) 3873-0081Fax: (11) 3873-1912

HBA SOUTH AMERICAExposição Internacional de Fornecedorespara a Indústria CosméticaTransamérica Expo CenterSão Paulo – SPFone: (11) 3873-0081Fax: (11) 3873-1912

FENASOFT EUROPAPortugal Media/Fenasoft Europa 2003Porto – PortugalFone: (48) 334-8000Fax: (48) 334-8433

BICSI BRASIL 2003 – NETSHOW SOUTH AMERICANegócios e Soluções de Networking,Cabeamento e Infra-Estrutura paraTelecomunicaçõesFrei Caneca Shopping e Convention CenterSão Paulo – SPFone: (48) 334-8000Fax: (48) 334-8433

GEOBRASILCongresso e Feira Internacionalde GeoinformaçãoCentro de Convenções ImigrantesSão Paulo – SPFone: (11) 3829-9111Fax: (11) 3667-3626

FEIARTEXI Feira Internacional de ArtesanatoCuritiba – PRCentro de Exposições de Curitiba – Parque BarigüiFone/Fax: (41) 335-3377

8ª TOYS, PARTIES & CHRISTMAS FAIR SOUTH AMERICAITM ExpoSão Paulo – SPFone: (11) 3896-0200/Fax: (11) 3896-0201

REATECHFeira Internacional de Tecnologias emReabilitação e InclusãoSão Paulo – SPCentro de Exposições ImigrantesFone: (11) 577-4355Fax: (11) 577-4239

FIMEC 200327ª Feira Internacional de Couros, ProdutosQuímicos, Componentes, Máquinas eEquipamentos para Calçados e CurtumesParque de Exposições FenacNovo Hamburgo – RSFone: (51) 587-3366Fax: (51) 587-3629

LAR & DECORAÇÃOXX Feira do Lar e DecoraçãoCentro de Exposições de Curitiba – Parque BarigüiCuritiba – PRFone/Fax: (41) 335-3377

INTERDEFESAFeira Internacional de Segurança e DefesaCentro de Exposições ImigrantesSão Paulo – SPFone: (11) 3829-9111Fax: (11) 3667-3626

EBRATS – XI ENCONTRO E EXPOSIÇÃO BRASILEIRADE TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE EBRATSXl Encontro e Exposição Brasileirade Tratamentos de SuperfícieITM ExpoSão Paulo – SPFone: (11) 4688-6000Fax: (11) 4688-6050

FEIMAFEFeira Internacional de Máquinas-Ferramenta eSistemas Integrados de ManufaturaSão Paulo – SPPavilhão de Exposições do AnhembiFone: (11) 3829-9111Fax: (11) 3667-3626

HOSPITAL EXPO NORDESTE 2003Hospital Expo Nordeste 2003 – I Feira deProdutos, Serviços e Tecnologias paraHospitais, Clínicas e LaboratóriosCentro de Convenções da BahiaSalvador – BAFone: (21) 2537-4338Fax: (21) 2537-7991

HOSPIFARMAIII Feira de Fornecedores de Hospitais,Farmácias e LaboratóriosCentro de Exposições de Curitiba – Parque BariguiCuritiba – PRFone/Fax: (41) 335-3377

MULTI-EXPORTES 2003III Feira Nacional de EsportesBelo Horizonte – MGCentro de Feiras e Exposições GeorgeNorman KutovaFone: (31) 3261-3870Fax: (31) 3261-4061

LAD 2003 – LATIN AMERICA DEFENTECH4ª Feira e Conferência Internacionalde Tecnologia de DefesaRiocentroRio de Janeiro – RJFone: (11) 5505-7272Fax: (11) 5505-7872

MILIPOL BRASIL 20031ª Feira e Conferência Internacionalde Segurança PúblicaRiocentroRio de Janeiro – RJFone: (11) 5505-7272Fax: (11) 5505-7872

VIVAVINHOSalão Internacional do VinhoTransamérica Expo CenterSão Paulo – SPFone: (11) 3151-6444Fax: (11) 3151-4861

De 22/04 a 25/04/2003

De 06/05 a 09/05/2003

De 02/04 a 06/04/2003

De 20/05 a 22/05/2003

De 21/05 a 23/05/2003De 12/05 a 15/05/2003

De 01/04 a 04/04/2003

De 02/04 a 05/04/2003

De 22/04 a 25/04/2003

De 23/04 a 25/04/2003

De 25/04 a 04/05/2003

De 12/05 a 17/05/2003

De 14/05 a 16/05/2003

De 14/05 a 16/05/2003

De 24/04 a 27/04/2003

De 24/04 a 27/04/2003

De 15/05 a 18/05/2003

De 23/05 a 01/06/2003

De 24/05 a 27/05/2003

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