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A água que nacionalizou o uísque nasceu há 112 anosHistória centenária que está patente em Moura no recente museu da Água Castello

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SEXTA-FEIRA, 29 JULHO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, Nº 1527 (II Série) | Preço: € 0,90

Castro e Brito admite“não fazer” Ovibeja

pág. 7

Extinção da ExpoBeja está a gerar guerra de nervos entre a câmara e a ACOS

Instalado numa antiga casa agrícola, a Casa da Leda, o Museu da Ruralidade abre hoje as suas portas em Entradas. Um equipamento onde se reproduzem as antigas ofi cinas de ferreiro e abegão, onde a Feira de Castro é visitável fora de época e onde os grupos corais, os tocadores de viola campaniça e os poetas populares se tornam a encontrar ao balcão de uma taberna.

págs. 2/3

Padre de Baleizão não deixa sair procissãoPároco e comissão de festas de Baleizão não se entendem e, pela primeira vez em muitos anos, não se realiza durante os festejos da aldeia a procissão em homenagem a Nossa Senhora da Graça. pág. 5

Órgãos socias da Coop Beja demitem-seDificuldades financeiras levaram à demissão em bloco dos corpos sociais da Coop Beja. Direção demissionária garante que as lojas e os postos de trabalho não estão em risco. Estão marcadas eleições para 13 de agosto. pág. 6

Hortas comunitárias de Boavista sob polémicaProprietário das terras onde há 20 anos co-meçaram a surgir os hortejos quer acabar com as barracas, com o lixo e com o negócio ilegal de hortaliças. Hortelões temem o fim das pequenas plantações. cadernodois

Extin ã

Museuda Ruralidadeabre hojeem Entradas

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Reportagem

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Na capa

À entrada, a taberna acolhe os visitan-tes como se regressassem de um dia de trabalho árduo, no campo. Será, como

nos velhos tempos, um “ponto de encontro” dos grupos corais do concelho, tocadores de viola campaniça e poetas populares, além da antecâ-mara que abre caminho para um vasto espólio de objetos que testemunham como foi, no ter-ritório do Campo Branco, o trabalho da terra e seus ofícios subsidiários. É neste diálogo entre o património material e o imaterial, entre o que é palpável e o que é saber ou arte, que se cons-trói o Museu da Ruralidade, espaço que abre portas hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, na vila de Entradas, com a exposição “Máquinas, objetos e memórias da ruralidade”, associando - -se aos festejos tradicionais desta freguesia de Castro Verde, as Noites em Santiago. São à volta de 150 peças, entre os pequenos instrumentos e os utensílios de grande dimensão, que servi-rão para mostrar às populações “aquilo que nos deram e nos emprestaram e que nós, ao longo

Museu da Ruralidade é hoje inaugurado

Ver, ouvir e registar o mundo rural em Entradas

É arriscado dizê-lo mas talvez

seja o primeiro projeto museo-

lógico na região a abarcar verda-

deiramente o conceito da rurali-

dade aquele que nasce hoje, pelas

18 e 30 horas, em Entradas. Pelo

menos, com esta filosofia de diá-

logo entre os patrimónios mate-

rial e imaterial e este enfoque na

oralidade como testemunha pri-

vilegiada de um mundo rural que

nos foge das mãos. O Museu da

Ruralidade, instalado numa an-

tiga casa agrícola, a Casa da Leda,

reproduz as antigas oficinas de

ferreiro e abegão, torna a Feira

de Castro visitável fora de época e

propõe que grupos corais, tocado-

res de viola campaniça e poetas

populares voltem a encontrar-se

na taberna. Na sua taberna.

Texto Carla Ferreira

Fotos José Ferrolho

destes últimos dois anos, recolhemos e tratá-mos”, explica Miguel Rego, técnico do municí-pio de Castro Verde que coordena o projeto. No pátio que assinala a parte final do percurso mu-seológico, o arqueólogo apresenta algumas das relíquias reabilitadas: “Daquela debulhadora ocuparam-se três ou quatro pessoas a tempo inteiro, ao longo de seis meses, a limpar, pintar, desmontar e voltar a montar. E este carro, que foi o último que o nosso abegão fez, também foi todo retocado da cabeça aos pés”.

O projeto já vem sendo pensado desde há muito (pelo menos desde os anos 90) e cons-truído, passo a passo, até à súmula final, que agora se mostra com enquadramento mu-seográfico. O primeiro foi a recuperação, em 2003, do moinho de vento que adorna o largo da Feira em Castro Verde. Ali mesmo, enten-deu-se a lógica: o moinho de vento, símbolo dos cereais que alimentavam as antigas ca-sas agrícolas do concelho, e a Feira de Castro, ponto de encontro secular do mundo rural.

“Uma coisa casava com a outra e o projeto foi andando”, recorda Miguel Rego. Entradas surge entretanto como o espaço ideal para re-ceber as memórias da ruralidade do concelho, pela conjugação de vários fatores. A história, por um lado. Entradas é, desde o século XVI, a “porta de entrada do Campo Branco”, zona importante de pastagens onde, inclusiva-mente, se fazia a contagem do gado e se conta-bilizavam os dividendos do rei e da Ordem de Santiago. Restam uma “filosofia de descentra-lização” por parte do município e, finalmente, a oportunidade de adquirir uma casa agrícola, neste caso a Casa da Leda, que abre hoje por-tas como Museu da Ruralidade.

“O imaterial é o que está a acontecer no mo-

mento” No novo espaço, um edifício com aproximadamente 500 metros quadrados na rua de Santa Madalena, abrem-se três áreas expositivas. Uma delas será a zona de expo-sições temporárias, onde estarão patentes

O objetivo deste espaço é ter a representação da Feira de Castro, com

fotografias de grande formato e através de um jogo que aqui fizemos

com recolhas, que foram feitas ao longo de vários anos, desde 1948,

por fotógrafos, pelo próprio município e pela escola secundária”❝

“Máquinas, objetos e memórias da ruralidade” é a exposição que assinala, a partir de hoje, sexta -

-feira, o início das atividades do Museu da Ruralidade, em Entradas. São à volta de 150 peças, entre os

pequenos instrumentos e os utensílios de grande dimensão, que servirão para mostrar às populações

“aquilo que nos deram e nos emprestaram e que nós, ao longo destes últimos dois anos, recolhemos

e tratámos”, explica Miguel Rego, técnico do município de Castro Verde que coordena o projeto.

Exposição inaugural

mostra peças recuperadas

algumas alfaias agrícolas e objetos represen-tativos da ruralidade campaniça, cujo espólio será alternado consoante as temáticas impos-tas por cada período do ano. Eventos como o festival Planície Mediterrânica, em setembro, a Feira de Castro, nos finais de outubro, o São Martinho, já em novembro, o Entrudanças, pelo Carnaval, ou a Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, lá para abril, são bons pretextos para desempoeirar a casa e captar visitantes, porque é disso que se trata. “Naturalmente que o que nós queremos é que o museu seja visitado. Mas temos também que ter a preocupação de ir buscar as pessoas, fa-zendo iniciativas com alguma regularidade, procurando públicos com interesses específi-cos”, avança Miguel Rego.

Há depois a zona de exposições semiper-manentes, que acolhe as oficinas do ferreiro e do abegão e uma coleção de miniaturas de alfaias agrícolas, produto da habilidade do artesão Conceição Silva. A primeira é a

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Um museu aberto às universidades

Dotado também de um centro de documentação/biblioteca e de uma sala de projeção, o Museu da Ruralidade assume claramente uma vertente de estudo e investigação mas pretende remetê-la

para quem de direito. “Um dos nossos objetivos é estabelecer protocolos com instituições universitárias e centros de investigação, para tomarem conta desta vertente, porque não é vocação do município fazê-lo”, escla-rece o técnico Miguel Rego. Entre as coleções que estão na posse do mu-seu, encontram-se toda a documentação do Grémio da Lavoura de Castro Verde e uma parte significativa do acervo da Fábrica Prazeres & Irmão, uma das moagens mais importantes da região, entre finais do século XIX e meados do século XX. “São coleções com mais de 300 caixas de docu-mentos, que temos que ir digitalizando. Essa documentação é um muito bom contributo para se entender o mundo rural por esses anos”, acres-centa.

Carla Ferreira

menina dos olhos de Miguel Rego e nela o visitante poderá assistir, em direto, ao longo do fim de semana de inauguração, à arte de trabalhar os metais, já que o próprio fer-reiro estará por lá fazendo uso da bigorna e do fole, entre outros velhos utensílios, agora com aspeto de prontos a estrear. Na oficina do abegão, e à falta do artesão, hoje com 77 anos e saúde frágil, entram as novas tecno-logias. Um ponto multimédia oferece vá-rias alternativas para perceber qual a mis-são de cada um dos objetos expostos, fruto de uma recolha feita pelos alunos da Escola Secundária de Castro Verde, entre elas um vídeo sobre o processo de feitura de uma roda, uma entrevista ao último abegão do concelho e vários registos fotográficos.

Mas é no Núcleo da Oralidade que mora a maior peculiaridade deste novo museu, que faz da Feira de Castro e da viola campa-niça, manifestações efémeras e irrepetíveis por natureza, algo de visitável.

“O objetivo deste espaço é um pouco ter a representação da Feira de Castro, com fo-tografias de grande formato e através de um jogo que aqui fizemos com recolhas, para pre-servar a imagem e a memória, que foram fei-tas ao longo de vários anos, desde 1948, por fo-tógrafos, pelo próprio município e pela escola secundária”, descreve o responsável, adian-tando que também vai estar disponível um filme sobre a temática da viola campaniça.

Na taberna, e de volta à entrada, está pre-visto imprimir a tal dinâmica de “ponto de en-contro”, convidando os grupos corais (só no concelho existem 11) e outros “artesãos do efé-mero” a usarem e viverem o espaço. Tal pro-gramação permitirá fazer também o registo das expressões musicais campaniças, tal como elas chegaram aos dias de hoje. “O património imaterial é o que está acontecer no preciso mo-mento em que está a acontecer. E esse registo é, quanto a nós, obrigatório fazer, enquanto ainda é possível”, conclui Miguel Rego.

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HojeAssassino de Utoya tinha intenção de agir nas refinarias da Galp

Sines na mira do terrorAs refinarias da Galp em Sines e Matosinhos e o reator nuclear experi-mental da Bobadela integravam a lista de alvos a atingir referenciados por Anders Breivik, autor dos atentados, de dia 22, na Noruega, onde foram assassi-nadas 76 pessoas.

Na sequência do atentado à bomba na sede do governo norueguês e da chacina da ilha de Utoya, onde de-

corria um encontro de verão de jovens do Partido Trabalhista, a investigação ao pas-sado de Breivik trouxe à luz do dia um ex-tenso manifesto, com mais de 1500 páginas, onde o autor confesso destes crimes revela a intenção de atacar alvos estratégicos na Europa, incluindo Portugal.

O documento descreve o nosso país como de “prioridade moderada” nos ata-ques anti-islâmicos, e aponta três locais a atingir por atentados terroristas: as refina-rias da Galp, em Sines e Matosinhos, e o re-ator nuclear experimental da Bobadela, na zona de Lisboa.

No plano elaborado ao longo da última década, Breivik “acusa” o PSD, PS, PCP, BE e Os Verdes de apoiarem a “islamização da Europa” e classifica Portugal no 13.º lugar de perigosidade, atrás da França, Alemanha e Reino Unido que, juntamente com a Noruega, são considerados de “prioridade elevada”.

Por outro lado o autor refere o Centro Democrático e Social – Partido Popular, Partido Nacional Renovador, Frente Nacio-

nal, Partido Popular Monárquico e Partido da Nova Democracia como partidos “nacio-nalistas ou contraimigração”.

A Galp, contactada pelo “Diário do Alentejo” através do seu gabinete de media, optou por não fazer comentários à situação.

A nível partidário, a Federação do Baixo Alentejo do PS, em comunicado, expressou o “mais profundo pesar pela tragédia que se abateu sobre a comunidade norueguesa” e a JS de Beja também condenou “com vee-mência o recurso ao terror criminoso” e re-afirmam o seu “compromisso com a salva-guarda da vida humana, com os valores do Estado de Direito e com as instituições de-mocráticas, barbaramente atacados pela co-bardia de quem despreza as mais fundamen-tais regras de convivência em sociedade”.

Novo posto de turismo no castelo de MouraA construção do posto de receção ao turista,

no castelo de Moura, já arrancou e deverá

estar concluída até ao final deste ano, num

investimento do município de quase 478

mil euros. A obra faz parte do projeto de

requalificação do recinto do castelo de

Moura, que prevê outras intervenções,

como a instalação de nova iluminação, que

também está a decorrer. Segundo a Câmara

de Moura, as obras do projeto, juntamente

com outras, como a adaptação do antigo

matadouro em museu municipal, integram

o “esforço” do município para recuperar o

património edificado e “dotar o concelho

de melhores equipamentos”, “promovendo

assim o desenvolvimento”. A Câmara

de Moura vai investir 936 mil euros na

reabilitação do antigo matadouro da cidade

para albergar o museu municipal, que,

desde 1993, está instalado num edifício que

foi o antigo celeiro comum da cidade e “já

não responde às necessidades”.

A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja

iniciou na segunda-feira a remodelação do espaço destinado

ao atendimento ao público. Com estes trabalhos “pretende-se

melhorar a forma de relacionamento com o utente, tornando o

espaço mais funcional e agradável, quer para os seus clientes,

quer para os funcionários que diariamente estão enquadrados

na atividade do setor comercial”, esclarecem os responsáveis.

Temporariamente, “por um período que não deverá exceder

um mês, o serviço de atendimento será prestado num espaço

alternativo com acesso pela porta principal da sede da empresa”.

EMAS remodela área

de atendimento a clientes

100.º aniversário do Escotismo O Grupo 234 Beja dos Escoteiros irá marcar presença no acampamento nacional (AcNAc) que a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP) vai realizar ente os dias 1 e 7 de agosto, em Arca, serra do Caramulo, no âmbito das comemo-rações dos 100 anos de existência do movimento em território nacio-nal. O Grupo 234 Beja estará presente com 43 elementos, com idades

entre os sete e os 42 anos, “sendo assim, em termos de contingente, um dos 10 maiores dos mais de 60 grupos em campo”, adiantam os res-ponsávei. O AcNac é um acampamento de âmbito nacional que se rea-liza com intervalos de quatro anos, “congregando num mesmo local as diferentes divisões de grupos de Escoteiros de todo o País, unidos na maior celebração do Escotismo”.

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A Nossa Senhora da Graça, padroeira de Baleizão, não vai sair à rua nas festas em sua homenagem. Comissão de festas e pároco local têm argumentos diferen-tes e, segundo o povo, não “chegaram a entendimento”. As festas realizam-se mas a procissão não.

Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

Baleizão, no concelho de Beja, come-mora, como é habitual, entre os dias 12 e 15 de agosto, as festas em honra

de Nossa Senhora da Graça. E não fosse o facto de não existir a procis-são, tradição na aldeia, onde se presta homenagem à pa-droeira da terra, tudo seria como todos os outros anos. Por estes dias o que inquieta as gentes de Baleizão é o facto de Nossa Senhora da Graça não sair à rua nas fes-tas que têm o seu nome.

“É a primeira vez que isto acontece e as pessoas lamentam que não se possa cumprir a tradição”, conta Maria Angélico, da comis-são de festas. E explica: “Nós conversámos diversas vezes com o pároco da freguesia. Tentámos que a procissão se realizasse, mas o pároco não deu autorização. Nós só queríamos que a tradição se cumprisse, porque esta é a nossa terra e não queremos deixar que os nossos costu-mes se percam. Fizemos de tudo”.

A Diocese de Beja adian-tou, no entanto, que “não se encontrou na paróquia quem assumisse a festa”. “Nunca houve uma co-missão de festas oficialmente nomeada, uma vez que esta tem de ser nomeada pela Diocese de Beja, depois de ter sido sugerida pelo pároco da freguesia. À Diocese de Beja nunca chegou qualquer pedido”, explica o vigário geral, padre Domingos, em nome da

Diocese de Beja, acrescentando: “De acordo com o pároco da terra, houve um grupo de pessoas que se disponibilizou a fazer a festa; no entanto, de acordo com as normas da Igreja, foram feitas algumas solicitações, como pedir os bilhetes de identidade e, se-gundo o pároco da freguesia, os documen-tos nunca lhe foram entregues”. “O pároco da freguesia garante que nunca se pronun-ciou no sentido de dizer que não”, afirma ainda o vigário geral.

No cartaz das festividades, recheado de artistas musicais, no topo, figura a imagem de Nossa Senhora da Graça, contudo, um

pouco mais em baixo, na programação de dia 14, do-mingo, dia frequente da ceri-mónia religiosa, pode ler-se: “Lamentamos que a procis-são não se realize, pois o res-ponsável pela paróquia não permitiu que saísse”.

“Ainda pensámos mu-dar o nome à festa, uma vez que não tínhamos au-torização para realizar a procissão. Mas esta sem-pre foi a festa em honra de Nossa Senhora da Graça e vai continuar a ser, até por-que o povo não gostaria que assim não fosse. Sabemos que fizemos tudo o que nos foi pedido e que estava ao nosso alcance para cumprir a tradição”, conta Maria Angélico.

Na aldeia todos comen-tam que não vai haver a tra-dicional procissão. O as-sunto é várias vezes tema de conversa e a explicação é sempre a mesma: “O padre e as ‘festeiras’ [nome atribu-ído em Baleizão a quem or-ganiza as festas] não se en-

tenderam e a procissão não sai”. As festas em honra de Nossa Senhora da

Graça, à semelhança de anos anteriores, vão realizar-se. A imagem da santa homenage-ada ficará, contudo, onde está todos os dias, na igreja, no altar principal.

Pároco de Baleizão “não deixa sair padroeira”

Festas sem Graça

Comissão de festas Maria Angélico, porta-voz das “festeiras” da aldeia

As festas em honra de Nossa Senhora da Graça vão realizar-se. A imagem da santa ficará, contudo, na igreja.

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A necessidade de “dar um novo impulso à Coop Beja”, para “a credibilizar” junto de fornecedores e entidades bancárias, le-vou a direção da cooperativa a apresentar a sua demissão. A assembleia geral elei-toral está agendada para 13 de agosto. O presidente demissionário não revela se in-tegrará ou não uma nova lista.

Texto Nélia Pedrosa

Foto José Ferrolho

A direção da Coop Beja e os restantes órgãos sociais apresentaram o seu pedido de demissão na última assem-

bleia geral, realizada na quinta-feira da semana passada. De acordo com o presidente da direção demissionária, João Machado, tal medida visa “dar um novo impulso à cooperativa, criar uma dinâmica diferente para também credibilizar a cooperativa junto de todas as entidades, sejam elas fornecedores ou banca”.

A assembleia geral eleitoral deverá ter lu-gar no dia 13 de agosto e a direção demissio-nária irá apresentar uma nova lista candidata. No mesmo dia deverão ainda ser aprovadas as contas do exercício de 2010, entretanto entre-gues pela CoopLisboa – União de Cooperativas de Consumo, responsável pela contabilidade da Coop Beja e atualmente em processo de insolvência.

João Machado, que não revela se integrará ou não a nova lista candidata, justifica o pe-dido de demissão com a dificuldade em obter um empréstimo junto da banca – situação que está a criar “constrangimentos financeiros” à cooperativa –, e com o facto de não terem con-seguido “cumprir na sua essência o que es-tava definido no plano de atividades e orça-mento para 2011 no que diz respeito à redução efetiva do pessoal”. Acresce ainda “a situação herdada” resultante “dos erros de gestão cla-ros e evidentes cometidos na anterior gestão, nomeadamente a fusão por incorporação das cooperativas de Vidigueira e Portel, que pre-judicaram a Coop”. O presidente demissio-nário garante, no entanto, que continuam a

“trabalhar todos os dias” no sentido de encon-trar “soluções” para a Coop: “Mantemo-nos em funções, não abandonámos a Coop e esta-mos aqui para dar a cara”, diz.

Na assembleia geral foi também decidido “reajustar os custos com pessoal,” pelo que os responsáveis estão a estudar alguns “cená-rios”, mas João Machado assegura que “nem as oito lojas da Coop [em Beja, Alcaria da Serra, Portel, Vidigueira, Aljustrel e Vila de Frades] nem os cerca de 80 postos de trabalho estão em risco”. “São soluções que ainda estão a ser estudadas com algumas entidades, mas serão sempre soluções que tentam salvaguar-dar os postos de trabalhadores. A ideia é que existam apoios no que diz respeito à manuten-ção dos postos de trabalho, podendo parte dos vencimentos ser suportada por algumas en-tidades públicas. Estamos com algumas ex-petativas em perceber qual é o cenário que o Governo também vai trazer em relação a al-gumas medidas de manutenção dos postos de trabalho e é isso que também nos faz ter aqui algum compasso de espera”, explica.

O responsável lembra ainda que a direção agora demissionária herdou avultadas dívidas a curto prazo da anterior gestão – quatro mi-lhões e meio de euros –, dívidas essas que “têm vindo a ser reduzidas” ao longo do último ano e meio, situando-se atualmente nos “dois mi-lhões de euros”.

Recorde-se que visando o abate da dívida de quatro milhões e meio de euros, a Coop Beja alienou uma herdade que detinha no concelho de Vidigueira; reduziu “os custos com pessoal em cerca de 20 por cento”, através da não reno-vação de contratos de trabalho a termo reso-lutivo certo e da transferência de funcionários para outras empresas; deu início à “diminuição significativa” das despesas correntes; e dilatou os prazos de pagamento a fornecedores.

A concluir, João Machado lamenta que “exista no País um movimento de ataque às co-operativas de consumo, tanto é que as maio-res fecharam”, e defende a existência de apoios “como existem para outras entidade, para as salvaguardar e aos seus postos de trabalho”.

Órgãos sociais demitiram-se em bloco

Coop Bejasem direção

No âmbito da sua política de apoio ao

associativismo, a Câmara Municipal de

Vidigueira atribuiu recentemente subsídios às

associações do concelho, para o ano de 2011,

num investimento de cerca de 60 mil euros.

Nova estrada de acesso a Porto Covo A nova estrada de acesso a Porto Covo, a Estrada Municipal 554, entre a EN 120 e Porto Covo, está concluída e abriu trânsito no final da semana pas-sada. “Trata-se de uma obra muito importante na qualificação da estrada de acesso a Porto Covo, que nesta data passa a ter uma acessibilidade de qualidade em conforto e segurança na ligação a norte”, disse o presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho. Foi um investimento de 814 mil euros, comparticipados por fundos comunitários. “Com estas obras realizadas garante-se uma nova via com um perfil de oito metros de largura”.

Vidigueira atribui

subsídios ao associativismo

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O trânsito vai estar condicionado até hoje, sexta-feira, entre as 7 e as 13

e 30 horas, na rua Frei Manuel do Cenáculo (que desce do Jardim para

a Estação), rua Pedro Victor e rua General Teófilo da Trindade (entre a

rotunda da Estação e a parte inferior desta rua) para obras de reposição

de calçada e regularização das mesmas com vista à estabilização integral

dos arruamentos. A obra, efetuada por equipas da Câmara Municipal de

Beja, tem como objetivo a regularização do empedrado nas ruas afetadas

pelas chuvas de inverno. De modo a afetar o menos possível a circulação

automóvel na cidade, o município “definiu um plano de obras a realizar

durante o verão, período normalmente com menor movimento”.

Obras condicionam

trânsitoem Beja

CDU contra extinção da ExpoBeja A extinção da ExpoBeja foi aprovada na semana passada, em reunião de câmara, com os votos a favor do PS e contra da CDU. A ban-cada comunista propôs que este ponto fosse retirado da or-dem de trabalhos – o que não foi aceite – e votou contra a proposta de extinção alegando que antes de acabar com a

ExpoBeja deveria ficar definido um modelo de gestão para o Parque de Feiras e Exposições. Uma posição que Castro e Brito considera ser “a única a fazer sentido”. A proposta de extinção da ExpoBeja terá agora que ser ratificada pela Assembleia Municipal que se reúne em setembro e onde o PS não tem maioria.

EditorialGuedes Paulo Barriga

Há uma grande diferença entre ser-se radical e ser-se radica-lista: os primeiros podem mor-

rer espalmados debaixo de um automó-vel depois de o tourearem, os segundos podem muito bem dizimar a tiro um re-tiro de jovens trabalhistas numa pequena ilha do mar do norte. Para todos os efei-tos, temos andado enganados acerca de uns e de outros. E para remexer melhor nas profundezas do nosso engano nada melhor que recorrer ao vídeo português mais visto até hoje e que foi posto a circu-lar na Internet precisamente na semana em que a agenda mediática estava entu-pida com a cruzada da Noruega e com a faena automobilística de Proença-a-Nova. Trata-se de um breve filme onde um tipo gorducho por pouco não é atro-pelado quanto experimenta pela pri-meira vez descer uma estrada montado num skate, dizendo repetidamente para o tipo que está a filmar “sai da frente Guedes”. O final é cómico, porque a fi-gura do tipo também é cómica e porque a queda que encerra a descida é verdadei-ramente cómica. Mas é a sua declaração de interesses para se meter em tão estú-pida aventura que nos interessa: “O medo é uma cena que a mim não me assiste”. Não será difícil imaginar que o medo também não seria coisa que assistiria ao jovem toureiro de Proença, nem assistirá por certo ao predador fundamentalista da ilha de Utoya. E reside precisamente na compreensão do medo a grandeza do nosso engano acerca de radicais e radica-listas. Há jovens radicais que se agridem violentamente, que se mutilam e que até se sacrificam por um instante de fama no YouTube ou numa qualquer rede social. Miúdos que perderam o medo, porque a pouca esperança que lhes resta pode ha-bitar num breve momento de visibili-dade social, de reconhecimento, de gló-ria, ainda que efémera. E é essa perda do medo, que também é a perda do ânimo e das expetativas, que nos assusta, nos tolda, nos engana e com a qual não sa-bemos lidar. Como estávamos e estamos redondamente enganados em relação ao nosso próprio medo. Porque por fim fo-mos atingidos pela mais as-sustadora das realidades: o terror radicalista pode ter cabelos loiros, imacula-das mãos de pianista e ra-dical queda para a nouvelle cuisine. “Sai da frente Guedes”.

medo. Porque por fim fopela mais as-

realidades: o sta pode ter s, imaculla-ianista e ra-

ara a nouvelleeda frenntee

“A Ovibeja não pode ser desconsi-derada” diz Castro e Brito, incon-formado ainda com a decisão da Câmara de Beja em acabar com a ExpoBeja “sem apresentar qual-quer alternativa” e com o estudo onde é admitida a possibilidade da Ovibeja se realizar num terreno de terra batida, sendo os atuais pavi-lhões ocupados por um parque te-mático dedicado à aeronáutica. Do lado da autarquia, “não há mais co-mentários a fazer”. Ao “Diário do Alentejo” Miguel Góis refere: “A nossa posição é tratar deste as-sunto nos locais próprios”.

Texto Carlos Júlio

“Se for preciso, para defender a Ovibeja, poderemos mesmo não fazer a feira no próximo

ano. Já houve um ano em que não houve Ovibeja, em protesto contra a câmara da altura, que era do PCP, e a feira saiu reforçada. Se acharmos que ela está em risco, e que esta é uma forma de garan-tir a sua continuidade, assim faremos”, ameaça Castro e Brito, em declarações ao “Diário do Alentejo”, ainda a propó-sito de toda a polémica gerada com a aprovação pela Câmara de Beja de uma proposta para acabar com a ExpoBeja, a sociedade gestora do Parque de Feiras e Exposições de Beja.

Castro e Brito garante, no entanto, que a ACOS “está pronta a negociar tudo, desde que não sejam postos em causa quer a realização da Ovibeja, quer o seu património de 28 anos”, em-bora considere que “não tem qualquer justificação o argumento dos prejuí-zos”: “Os 27 mil euros de prejuízo da ExpoBeja em 2010 são insignificantes”. Sobretudo, acrescenta, “se se tiver em conta a quantidade de iniciativas que a câmara ali realiza e de que não paga um tostão. Todos os dias há uma espé-cie de mercado abastecedor no Pavilhão Multiusos e o parque não recebe abso-lutamente nada por isso”.

Quanto ao futuro, o presidente da direção da ACOS diz que “se a autar-quia quiser assumir o Parque de Feiras e Exposições na sua totalidade que o faça”. “O que é preciso é que cada novo presidente que chega à câmara não te-nha o seu projeto para aquele espaço. Já houve o projeto de uma praça de touros,

agora é este “Air Discovery”. Por outro lado, é preciso valorizar este espaço e não fazer, como agora, em que se trans-ferem daqui muitas iniciativas, como é o caso dos concertos rock e da passa-gem de ano, por exemplo, que estão a ser feitos no parque da Cidade, desvalo-rizando toda esta estrutura do Parque de Feiras e Exposições”.

O projeto do “Beja Air Discovery Park”, revelado na semana passada por iniciativa da ACOS junto da comunica-ção social, em que se prevê a constru-ção de um parque temático ligado à ae-ronáutica nos pavilhões habitualmente ocupados pela Ovibeja, que seria rele-gada para um terreno anexo de terra batida, recebeu críticas de todos os se-tores, tendo Castro e Brito considerado que a câmara queria fazer retroceder a Ovibeja “em 15 anos”.

O próprio presidente da câmara já veio esclarecer o assunto. Em declara-ções à Lusa Jorge Pulido Valente, disse que a acusação da ACOS é “completa-mente falsa e não tem fundamento”, porque o projeto do parque temático “é apenas um estudo” que foi apresentado ao município por iniciativa de uma em-presa particular e “não foi encomen-dado” pela autarquia.

Segundo o autarca, a câmara lan-çou um estudo prévio para recon-versão do estádio Flávio dos Santos e quando a Gamodis fez o seu estudo “analisou” também o Parque de Feiras e Exposições e, como sugestão para o rentabilizar, apresentou, por iniciativa própria, a proposta do parque temático.

A câmara “não tomou nenhuma de-cisão no sentido de dar continuidade” à proposta do “Beja Air Discovery Park” e “nem sequer tem planos de a vir a aprovar e concretizar”, disse, referindo que o executivo considera o projeto “in-teressante”, mas o parque de feiras “não é o local adequado” para o instalar.

“Portanto, é falso que haja um pro-jeto para o parque de feiras”, frisou, acusando a ACOS de ter divulgado “in-devida e ilicitamente” um estudo apre-sentado à câmara, que “teve a delica-deza de o dar a conhecer ao conselho de administração da ExpoBeja”, do qual Manuel Castro e Brito é vogal.

Confrontado com estas declarações, Castro e Brito diz que a existência deste estudo serve as intenções da câmara “que o apresenta como uma expectativa

às populações, porque quem está no po-der tem que apresentar sempre proje-tos novos, mesmo que não sejam para fazer. Há que criar expectativas, como qualquer teoria de marketing explica”.

Mais grave, na sua opinião, “é o abandono a que a câmara tem deixado o Parque de Feiras. Desde que foi cons-truído nunca mais conheceu melhora-mentos e tinha havido essa possibili-dade através de uma candidatura aos fundos do QREN, algo que não aconte-ceu, apesar da câmara ter candidatado múltiplos projetos aos fundos comuni-tários”, diz o presidente da ACOS.

O “Diário do Alentejo” quis ou-vir também a posição da Câmara Municipal de Beja.

Dado o presidente, Jorge Pulido Valente, estar de férias enviámos uma dezena de perguntas ao presidente em exercício, Miguel Góis, via e mail. Como resposta recebemos a informação de que “da parte da Câmara Municipal de Beja não existem, por agora, mais co-mentários a fazer relativamente a este assunto”.

Segundo Miguel Góis, “a posição do município de Beja é, como é sua fi-losofia, a de tratar deste assunto nos locais próprios. Este tema vem sendo discutido há mais de um ano, em sede própria e com o nosso parceiro na so-ciedade gestora, tendo sido postas em cima da mesa, e discutidas, várias pos-sibilidades para o futuro do Parque de Feiras e Exposições, um equipamento de grande importância para o conce-lho e para a região. O ruído que se gera com sucessivas e isoladas declarações em público em nada beneficia a dis-cussão construtiva e só levanta pro-blemas que não existem, nem nunca existiram”.

Para o vice-presidente da autar-quia, “o importante, e é esse o nosso objetivo, é encontrar uma nova solu-ção com vista à obtenção de melhores resultados e que melhor sirva os inte-resses das populações e dos atuais as-sociados. Tanto a ACOS, como os cola-boradores da empresa, prestadores de serviços, e cidadãos do concelho nos merecem o maior respeito, pelo que nos reservamos ao direito de preservar o seu bom nome, limitando-nos a tra-balhar no sentido de encontrar as me-lhores soluções para os problemas que nos surgirem pela frente”.

Castro e Brito diz que “se for preciso” não faz a feira

Ovibeja corre o risco de não se realizar em 2012

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É hoje inaugurado em Entradas o Museu da Ruralidade. Trata-se de um equipamento inédito que junta no mesmo

espaço as duas principais vertentes do nosso património coletivo: a material e a imaterial. Uma belíssima notícia a juntar à recente inauguração em Moura do Museu da Água Castello. PB

– Compadre, andam para aí a dizer que Portugal é só lixo…– Isso não sei, compadre, mas que o Governo está a fazer porcaria, lá isso está! “Alentejo Popular”, cartoon “Vozes do Além”, 21 de julho de 2011

Passos Coelho cumpre primeira promessaBruno Ferreira Humorista

Desenganem-se os eleitores que pensavam que Pedro Passos Coelho vinha para aí com promessas de cam-panha eleitoral que depois não iria cumprir, como as de Sócrates, de criar 150 000 postos de trabalho. É certo que um político, ainda para mais um primeiro-minis-

tro, não deve, por uma questão de coerência para com a sua profissão, cumprir as promessas com que se candidata. Mas Passos Coelho já cumpriu a primeira. Aquele que é conhe-cido como o Obama de Massamá prometeu ser “o mais afri-cano de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal”. E não é que, depois de conhecido todo o elenco governamental, se verifica exatamente isso?

Se não, vejamos: Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, nasceu em Luanda. Assunção Cristas, ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, nasceu em Luanda. Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares e homem forte da máquina laranja, pas-sou parte da sua infância em Angola. Até Fernando Nobre, a quem Passos prometeu a presidência da Assembleia da República, nasceu em Luanda. Tirando o facto de o próprio primeiro-ministro ter, também ele, crescido em Luanda, tendo depois casado com Laura Ferreira, natural da Guiné--Bissau. Uma Michelle para o nosso Obama. “Praticamente posso dizer que casei com África”, disse o presidente do PSD em campanha na Amadora. “É verdade, porque a mi-nha mulher é da Guiné-Bissau, e, portanto, a minha filha mais pequenina também é africana. É verdade, também tem uma costela africana”. E acrescentou “A verdade é que (...) eu tenho uma sensibilidade muito especial para tudo o que são os problemas destas comunidades” (de notar aqui a repetição insistente da expressão “é verdade”, o que não in-dicia nada de bom).

Contudo as referências do líder laranja não caíram bem junto das comunidades africanas, que acusaram Passos de hipocrisia e discurso paternalista. Quem o disse foi o pre-sidente da Associação Solidariedade Imigrante, Timóteo Macedo. E a opinião é partilhada por Celeste Correia, pre-sidente da assembleia-geral da Associação Cabo-verdiana. É que o apelo ao voto dos imigrantes não é válido para to-dos. Segundo a legislação eleitoral portuguesa, os imigran-tes não podem votar para as eleições legislativas, com a ex-ceção de “cidadãos brasileiros com estatuto especial de igualdade e direitos políticos”, que são cerca de mil, o que acontece devido a acordos de reciprocidade entre ambos os países.

Mas esta toada discursiva de Passos demonstra uma certa pequenez. Imagine o leitor se o mesmo discurso faria sentido aplicado ao contrário: Nas próximas eleições ango-lanas José Eduardo dos Santos sobe a um palanque e incita ao voto dos emigrantes portugueses (que também não vo-tam maioritariamente em Luanda). “Votem em mim, por-que eu sou o mais europeu de todos os candidatos à presi-dência que existem em Luanda. E a minha filha também tem uma costela portuguesa. Em Portugal tem investido em hotelaria, petróleo, diamantes e detém importantes partici-pações no BCP, BPI e Banco BIC Português, bem como na

Galp e na ZON. Praticamente posso dizer que ela casou com Portugal”. Quantos votos conquistaria José Eduardo?

Neste capítulo da imigração, e na sua campanha, Sócrates preferiu contar com a presença dessa comunidade altamente representativa no nosso país, que são os imigran-tes paquistaneses de etnia sik, e que os socialistas disseram serem oriundos da secção do PS da Almirante Reis, em Lisboa. O grupo deu nas vistas durante a campanha do PS, com os seus turbantes de cores garridas, sobretudo a par-tir do momento em que se percebeu que mal falavam por-tuguês e que a maioria nem podia votar. Mas, não obstante, não esconderam, nunca, elevado grau de entusiasmo na hora de aplaudir Sócrates ou acenar com bandeiras. Estes culturalmente históricos apoiantes paquistaneses do PS ga-rantiram que estavam na caravana, “à semelhança dos res-tantes voluntários que integram a comitiva, apenas a troco de autocarro e refeições”.

Só não ouvimos Sócrates dizer “eu sou o mais paquis-tanês de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal”. Tivesse o engenheiro vencido as eleições, e eu queria ver se metade do executivo se apresentaria na Assembleia envergando elegantes turbantes de linho e al-godão e com barbas fartas...

O momento da verdadeDaniel Mantinhas Empresário

O momento mais esperado da atualidade política por-tuguesa aconteceu não há muito. Novo governo, novos deputados, novas promes-sas, novo programa, novos compromissos internacio-nais, tudo novinho em folha. Da nossa parte, cidadãos, ve-lhas esperanças, velhas pro-

messas por cumprir, velhas lacunas, velhas necessidades básicas, velhas desilusões que não se ressentiram em nada, desta adrenalina política em que o País mergulhou nos úl-timos tempos.

Parece que há dois países, o país político e mediático e o país das pessoas, o país real. Prova disso são os valores da abstenção que os políticos teimam em não compreender ou não querer ver.

Em todo o caso, temos um novo governo, diferente de todos os outros numa única coisa. Reconhece que es-tamos no fundo e que do fundo não passamos e que pro-vavelmente o fundo tem um sub-fundo ainda mais fundo que nos vai trazer mais restrições, mais aumentos, mais re-ceios, mais situações dramáticas sem fim à vista. Mal com-parado, o melhor é pôr trancas na casa e esperar que a tem-pestade passe e que esse “monstro” malfadado chamado “tempos de austeridade” não nos bata à porta para nos le-var o que resta.

Curioso é que por motivos profissionais tenho andado longe dos telejornais e dos jornais sensacionais e senti uma enorme tranquilidade ao vivenciar de perto o país real, as empresas, as pessoas, o trabalho do dia a dia que nada tem a ver com o frenesim mediático e político. O país das pes-soas já arregaçou as mangas e sem olhar para os tempos que se avizinham não contam com nada, senão com o seu trabalho para conseguir ultrapassar as dificuldades.

É assim hoje, foi assim noutros tempos e há de ser as-sim algures no nosso destino coletivo. Tratam-se ci-clos económicos que assombram e iludem, que frustam e

surpreendem e colocam algumas coisas no sítio, com al-guma dor para muitos, com alegrias para outros tantos, mas sem destruir a essência humana de conseguir dar a volta às adversidades.

Estranho e difícil é o facto desta nova estrutura “acio-nista” do Estado, composta pelo próprio Estado (sócio ge-rente e maioritário), banca portuguesa (sócio investidor), banca internacional (sócio investidor), troika (sócio inves-tidor voluntário à força) e contribuintes que representam os “sócios minoritários não remunerados” consigam ter uma convivência que vá ao encontro de todos os interesses, em grande parte divergentes.

O que sei é que irão ser os mesmos a ter que dar o corpo ao manifesto, com mais trabalho, mais sacrifícios e mais dificuldades.

Que sorte ou que azar, para bem ou para mal de to-dos, sermos deste jardim à beira mar plantado de brandos costumes.

Vamos ver… desculpem, ver não, trabalhar.

Parlamento Europeu propõe o reforço da ciência e da inovaçãoMaria da Graça Carvalho Deputada ao Parlamento Europeu

A investigação e a inovação es-tão na base do desenvolvi-mento económico e da criação de emprego. O avanço da ciên-cia conduz à melhoria da qua-lidade da água que bebemos, do ar que respiramos, dos cui-dados de saúde de que desfru-tamos, em geral, à melhoria da qualidade de vida. O desenvol-

vimento da ciência ajuda-nos a enfrentar desafios gigantes-cos como o combate às alterações climáticas e a segurança do abastecimento energético. Para enfrentar tais desafios é essencial dispor de massa crítica e do acesso a equipamen-tos dispendiosos, algo que pode ser feito de forma mais efi-caz a nível europeu.

Não podemos alcançar estes objetivos sem investir de forma determinada na promoção do trabalho dos investi-gadores que desenvolvem a sua atividade no espaço euro-peu. Por isso, durante o último ano, batalhei pela duplica-ção das verbas a atribuir à ciência e à inovação no futuro orçamento europeu. Foi um esforço que exerci num am-biente político pouco favorável, pois, como se sabe, os prin-cipais líderes europeus exigiam das instâncias europeias uma abordagem restritiva ao próximo orçamento para o período 2014-2020.

Foi um longo percurso que culminou na aprovação da minha proposta por uma larga maioria de votos no Parlamento Europeu. Ficou assim selada a proposta do Parlamento Europeu de aumentar o orçamento para a ci-ência e a inovação dos atuais 50 mil milhões de Euros para 100 mil milhões, a qual será agora objeto de negociação en-tre o Parlamento, a Comissão e o Conselho Europeu.

Tenho a esperança de que os governos se revejam nesta proposta que, estou certa, criará condições para o reforço da competitividade da Europa num mundo globalizado.

As câmaras não vão tendo capacidade para tanta associação de municípios e tanta empresa proveniente da associação de municípios. Vamos ter que extinguir muitas associações! Eu via com bons olhos a extinção delas todas e a concentração de tudo aquilo que é associativismo municipal na Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal). Manuel Narra ao “Correio Alentejo”, 21 de julho de 2011

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O padre de Baleizão não deu autorização para deixar sair a padroeira da aldeia em procissão. Pelo que as festas tradicionais

não contarão com uma das suas principais vertentes. A atitude do pároco local está a ser amplamente criticada, numa região onde não abundam as vocações e a fé tem leituras nem sempre próximas às da Igreja. PB

Continua por esclarecer o que, de facto, está por detrás da apressada proposta para extinguir a Expobeja, empresa gestora

do Parque de Feiras e Exposições de Beja. Os dois únicos acionistas da empresa, ACOS e câmara, não se conseguem entender e em causa poderá estar a realização da próxima Ovibeja. PB

O Acordo ortográfico significa a perversão intolerável da língua portuguesa (…) está mais do que demonstrado o risco de a língua portuguesa, tal como a falam os mais de 50 milhões de pessoas que não seguem a norma brasileira, vir a ser muito desfigurada, na relação entre grafia e oralidade. Vasco Graça Moura, “Diário de Notícias”, 27 de julho de 2011

Em Beja, a Aliança Republicana e Socialista desenvolve intensa atividade

O governo da ditadura, instituída pelo golpe militar de 28 de maio de 1926, já com a União Nacional formada, faz publicar, em

maio de 1931, o decreto n.º 19 694 que organiza o recenseamento eleitoral destinado a servir as elei-ções anunciadas para as juntas de freguesia, câ-maras nunicipais e assembleia legislativa. Esta medida da ditadura, que é acompanhada de uma re-lativa abertura política, permite a constituição, neste ano de 1931, no campo oposicionista, da Aliança Republicana e Socialista (ARS), cujo diretório é for-mado, entre outras, pelas seguintes personalida-des em representação das respetivas formações po-líticas integrantes: general J.M.R. Norton de Matos (Partido Democrático); almirante Tito Augusto de Morais (Partido Nacionalista); dr. Adriano A. Crispiniano da Fonseca (Esquerda Democrática); almirante José Mendes Cabeçadas Júnior (União Liberal Republicana); dr. Maurício Costa (Ação Republicana); dr. António de Almeida Arez (Partido Radical); dr. Mário de Azevedo Gomes (Grupo da Seara Nova); dr. Amílcar Ramada Curto (Partido Socialista); dr. José Francisco de Azevedo e Silva e dr. Duarte Leite (Republicanos Independentes).

Neste quadro de abertura política, uma delega-ção do Diretório da ARS avista-se, em junho de 1931, com o presidente do Governo (Óscar Carmona) e o ministro do Interior, onde obtêm a garantia destes de que esta formação política oposicionista teria li-berdade de organização e de propaganda.

Assim, a ARS aceita o recenseamento eleito-ral, embora discorde da lei que o regulamenta, par-ticipa ativamente nele e apresenta ao País, em julho de 1931, um programa/manifesto onde pugna, entre outros, pelos seguintes pontos de vista: não aceitação do conceito de Estado Corporativo e, por oposição, defesa de um Estado representativo da comunidade de indivíduos que o compõem; defesa intransigente da liberdade de expressão e pensamento; adoção do sufrágio universal a partir de recenseamento obri-gatório; defesa de uma democracia descentralizada, ou seja, a participação dos cidadãos diretamente em organismos regionais e no poder municipal fortale-cido; organização da sociedade em partidos; Estado laico, enquanto garantia da liberdade religiosa.

No Baixo Alentejo, por iniciativa da Comissão Distrital de Beja de Propaganda do Recenseamento da ARS, constituída por Jaime Palma Mira, Henrique Silva, João Rodrigues Palma, Toscano de Sampaio, Luciano Aresta Branco, Bernardo Pratas, José Joaquim Gomes de Vilhena e Ezequiel do Soveral Rodrigues, todo o verão de 1931, nomeada-mente o mês de julho, é ocupado na constituição de comissões concelhias de recenseamento eleitoral e na divulgação do programa/manifesto da Aliança Republicana e Socialista.

A revolta de 26 de agosto de 1931, tentativa de golpe militar oposicionista contra a ditadura, con-duzirá, no entanto, à extinção da ARS e à prisão de alguns dos seus dirigentes.

Constantino Piçarra

EfemérideJulho de 1931

INAC responde a Vítor CabritaSílvia Andrez Lisboa

Em virtude de ter sido publicada uma notícia no vosso jor-nal, no dia 8 de julho, com o título: “Baixo Alentejo sem helicópteros“, que tem declarações do senhor coman-dante distrital operacional de Beja da Proteção Civil, Vitor Cabrita, que não correspondem à verdade, o INAC, I.P. vem por este meio esclarecer o seguinte:

No que respeita a licenças de pilotos, as declaraçaes não têm qualquer fundamento de verdade, por isso é completa-mente falsa a situação referida sobre licenciamento de pi-lotos para combate a incêndios (FF), e podemos afirmar em absoluto que não se verifica qualquer atraso nem pe-dido pendente para emissão de autorização para combate a incêndios, emissão de licenças em geral e nem regista-mos qualquer pedido para validação de licenças estrangei-ras para esse fim.

No que respeita ao atraso dos helicópteros, na reali-dade os helicópteros nessa data ainda estavam a chegar a Portugal. O consórcio entregou um requerimento em 29 de junho, e o Instituto ficou ainda à espera de elementos solici-tados para anexar ao processo. Este processo só ficou con-cluído na quarta-feira, dia 7 de julho.

Repugnante!...Manuel Dias Horta Beja

Carlos Moedas não merecia ser agredido da maneira como foi. Acusado de não pertencer ao partido que di-zem o pai ter escolhido. Foi ignóbil e maldosamente atin-gido na sua honradez e dignidade por um “macaco velho” (oxalá os novos não lhe sigam o exemplo). Nem a memó-ria do pai foi respeitada (se fosse vivo não gostaria de ver o nome do filho enxovalhado). Carlos Moedas tem con-tra si ser um talento, aliado a uma grande nobreza de ca-ráter, ser possuidor de uma inteligência invulgar, ter um percurso académico invejável e uma capacidade de traba-lho extraordinária. Ou a Inquisição está de volta ou o re-gresso a certos métodos sobejamente conhecidos (triste terra onde impera a mentira, a inveja e a mesquinhez). Simplesmente repugnante!

Ponderação e bom sensoMunhoz Frade Beja

“Debater publicamente, educadamente e com elevação, nada tem de diabólico. Anatemizar quem tem iniciativas de o fa-zer indicia receios suspeitos, para além de ser uma prática antidemocrática. A Constituição da República garante os mesmos direitos, a mesma liberdade, a todos os portugueses. Temos de praticar mais a cultura democrática, aceitando as críticas como oportunidades de analisar os problemas e pen-sar melhor como resolvê-los, colhendo a colaboração de to-dos os interessados”.

Retomando estas palavras, inseridas num comentá-rio que fiz num blogue “da nossa praça”, venho solicitar ao “Diário do Alentejo” que me permita fazer um apelo à pon-deração e bom senso.

É do domínio público que a partir da publicação, em jornal semanário, de dois artigos da autoria de adminis-tradoras hospitalares a exercer na Ulsba, têm vindo a de-senvolver-se intensas reações por parte da administração dessa entidade pública.

Cartas ao diretorMais uma vez, movido pelo imperativo ético, consi-

dero necessário e imprescindível vir publicamente ex-pressar que entendo que, do ponto de vista objetivo, os referidos artigos – tal como visavam os que eu próprio re-centemente nestas páginas assinei – deveriam ter sido se-renamente enquadrados na metodologia de envolvimento dos profissionais da respetiva instituição. Apela-se as-sim a uma atitude de responsável ponderação, visando a melhoria de um bem comum, a que temos obrigação de acrescentar valor social.

Homenagem a Cláudio Torres Mário Elias Mértola

O que se tem escrito sobre Mértola enche bibliotecas e controvérsias que nem sempre conduzem às mesmas con-clusões. As teorias alusivas à sua história abundam envol-vidas nos aspetos mais díspares. Com efeito, Mértola, con-siderada hoje Vila Museu, é de facto uma das mais antigas povoações da Lusitânia. Não se sabe ao certo quando foi fundada, mas parece que coube aos fenícios a sua criação quando, no ano 318 a.C., o rei da Macedónia, Alexandre Magno, os expulsou da pátria. “Estas ruínas foram ou-trora uma poderosa cidadela defendendo, do alto do monte por elas dominado, a povoação próspera que du-rante o jugo romano adquiriu uma tal importância que Mértola (Mirtilys Júlia), chegou a ser um dos municípios do antigo lácio, então muito raros em Espanha”. São nu-merosas as individualidades que se têm debruçado sobre Mértola, quer no campo histórico, quer no domínio ar-queológico, por exemplo, Estácio da Veiga, Albrech Haupt, Raul Proença, Pedro Muralha, Mauriac Dimbla, Serrão Martins, Jorge Pulido Valente, Borges Coelho e sobretudo o professor, historiador e arqueólogo Cláudio Torres que aqui merece uma referência especial de homenagem, ga-lardoado com o Prémio Fernando Pessoa, por a sua vasta obra empreendida e confirmada, quase toda ela dedicada aos estudos de pesquisa arqueológica sobre Mértola, terra em que vive radicado há alguns anos. Esta distinção que recebeu com justo mérito veio contribuir sensivelmente para enaltecer o concelho de Mértola, tão rico e fecundo em preciosidades nos predomínios dos elementos históri-cos e arqueológicos que dentro de si encerra.

Soneto HelénicoRamiro Morais

Herói grego, tu carregas com teu brioDignidades, contra tudo por nós todosE a pedra que da tua mão partiuQue destrua as mentiras e engodos. Só de pé se constrói o bom futuroQue a honra não é coisa incipiente,Cerra o punho e investe um golpe duroEm quem quer escravizar a tua gente. Cobre a cara, meu irmão, que as hienasDe gravata e fatiota te procuramDisfarçadas de benfeitores e mecenas, Ergue o braço e não vás em cantilenasQue as bruxas do alto Davos conjuramContra ti, ó nobre filho de Atenas.

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O “monte” alentejano visitado pelo escritor brasileiro Afrânio Peixoto (1876-1947)

O Alentejo é inconfundível com outras terras de Portugal. Uma planície, ou quasi planície, em que

o relevo apenas contradiz a plati tude, e tira a monotonia, com o variado acidente. Tudo é vasto e largo. E parece desabitado, tanto a terra sobra. Quem vem do Norte, onde tudo é dividido, e murado, espraia-se, distende-se na amplidão. O carro rola, quilómetros e quilómetro à hora, sem uma casa… A pre sença do homem é sensível nas cultu-ras, trigo, cereais, olivedos, azinho, sobro… Récuas de porcos. De espaço em espaço, lá no horizonte, uma mancha branca, caiada, que esplende ao sol: um “monte”…

Monte é montanha, serra, ao Norte; aqui é casa, é casario, em torno da casa grande… onde se recolhem os produtos da lavoira, os instrumentos da agricultura, os animais domésticos, os trabalhadores, os donos...

De perto, o “monte” está numa pequena elevação, a casa alvini tente, sua chaminé alta como um penteado de andalusa, uns frisos azuis nas barras, e em torno das por-tas e janelas… O celeiro, a casa dos mante-eiros, as dos homens e mulheres de jorna… tudo limpo, asseado, irrepreensível.

O monte difere do montado, da her-dade, da fazenda: estas são ex pressões gra-dativas da propriedade rural: essa é a agre-miação humana do ruralismo. Em torno, as criações. As dependências. As medas de feno. As cegonhas, um par, que nidi-ficam sobre o colmo. As flores do campo, rosas albardeiras… O azambujo silvestre, que será “cavalo” da oliveira. Há ermos, ao longo das estradas, o tojo aberto em oiro, e a esteva, cujas flores alvas são turíbulos de incenso… À distância sobro… de sobrei-ros nus, cor de ferrugem ou burel intenso, ou ves tidos lentamente, nove anos, até se despirem da cortiça, que lhes arran cam. Ou azinho… de azinheiros, que dão a bo-lota, com que se criam os suínos... Suínos que, no Alentejo, são inteligentes… ruivos como sobreiros descortiçados, são, às ve-zes, de procedência diversa, vários donos e levados fora do povoado, para as aduas ou

logradoiros, terra de todos, onde pascem e dormem… Quando, à tarde, o adueiro dá o sinal de partida, é uma debandada… Os porcos tresmalham, em di recções diversas e vertiginosas, derrubando transeuntes, cada um à sua casa, ao seu quintal, onde a pitança de lavagem, ou tróvia, os es pera. Nenhum porco se engana; é como gente, como nós.

Essa gente, rapazes e raparigas, são, no Alentejo, os ganhões, à jorna, empregada nos montes, montados, herdades, para os serviços agrários. As mulheres são aptas para o varejo e apanha da azeitona, e para a monda às ervas daninhas ao trigo. O poeta da terra, o Conde de Monsaraz (Macedo Paparça), na Musa Alentejana, canta:

As mondadeiras andam nas mondasDe rego em rego, sempre a cantar,Troncos curvados, ancas redondas,Braços roliços e o peito às ondas Que não se quebram como as do mar…

Saias, roupinhas de chitas claras,Chapéus redondos, lenços de cótres,Que rico assunto para pintores

E na sacha, na vindima, na espalhação dos estrumes, na ceifa colaboram com os homens.

Cântaro alentejano ao ombro, vão te-orias de raparigas robustas, ca minho da forte, – água não bastaria, se fosse para lhes apagar o fogo dos olhos ramalhudos...

Os homens, fortes e esbeltos, tostados do sol, têm uma fala quente e rude, que lhes reflecte a alma robusta. Arrancam a cor-tiça ao sobrei ro, são pastores para o gado; no lagar fazem o azeite, recolhem o pão aos celeiros; o feno levanta-se, com os gar-fos, nas medas; correm com os malteses vagabundos; carregam a cortiça, o azeite, o trigo, uma vida de indústria e de traba-lho… Protegem-se contra o frio com os ça-fões, calças ou perneiras de pele de borrego, (não filho de burro, po rém de carneiro…), a simarra ao peito, e, se mais qualificados, o ca pote alentejano, de boa roda, de lã ne-gra, de triplo pano no busto, e peliça ao pescoço... Um grande chapéu de abas lar-gas e direitas, ja queta amelada de alama-res, calça justa sobre botas de salto de prate-leira, está o rapaz abonado...

Cantam e bailam, rapazes e raparigas, com lentidão triste... O amor é profundo e austero… O amor que cria e, por isso, não brinca: é sério e rude:

S’é meu amor me queri baim,É só cum êl’e e cummigo;Nã se meta na cumbersaQuê nã mi meto cunsiga…

Uma delas, dessas belas mulheres, de-licada flor de poesia, Florbela Espanca, não é diferente, e define-se:

Meu rude coração de alentejano.

Ainda quando amam, o coração não se lhes amolece, como o das outras; ficam como o de Mariana de Alcoforado: “Como é possível que lembranças de tão doces momentos… sirvam somente agora para dilacerar-me o coração? Pobre dele! Tais saltos me dava no peito, que parecia force-jar por arrancar-se de mim e voar para ti”.

Concluo que, quem goste de amar, pro-funda, fortemente, deve viver no Alentejo... Amar de rijo, como aqui se diz.

De amar, e de viver, a vida integral... O céu límpido verte fogo no verão, verte frio às noites e, no inverno, frio ainda mais frio, parque é seco e duro. As estrelas têm um brilho fascinante nesses céus sem nu-vens, O espaço distende-se, trigais, azi-nhos, olivedos, sobros, e mais sobreiros, azinheiros, oliveiras, pão, até que a vista descansa num monte… muito longe de outro monte... A solidão é companheira do homem, companheira dura e austera. Por isso, em casa, há o aga salho, a limpeza, a lareira, a açorda, o guisado de porco, a gaita de boca, que eles chamam, ironica-mente, “piano de cavalariça”, e o balho em que as saias se sacodem desenvoltas, tur-vando o juízo dos homens:

Estas é que são as saias,Estas mesmas é que são;Bem cantadas, bem balhaadas,Batidas do coração!

Depois, a música e a dança cessam, e a noite começa, a noite que é o dia, o calor, o trabalho dos que amam.

Hauri, num “monte” do Alentejo, aonde me levou a Amizade, no Barrocal, junto a Montemor-o-Novo, toda a poe-sia rude e simples, meio moura, meio cristã, do Alentejo… Compreendi como a terra plana fez o montado, o trigal o pastoreio. Fez sobretudo, o homem que fica, em Portugal… A Norte emigra. A praia é um convite a fugir da terra… O Algarve, ao Sul, também pesca, também vai lá fora…

O Alentejo, como o Ribatejo, são os que ficam: celeiro dos outros, que traba-lham para a exportação. O Alentejo faz pão, e azeite, e carne, para a casa. Se não fosse o Alentejo, Portugal ter-se-ia ido em-bora…. Em má hora. Graças ao Alentejo, Portugal ficou, e os outros voltaram. Não preciso de outra razão para amar à mais nossa das minhas terras...

Desenho de Alberto de Sousa

Há 50 anosUm caudal de desgraças

“(...) Os dias de ontem, como os de amanhã, apresentam sombrias cores e o futuro é um pesadelo que esmaga os corações. Os

homens mais velhos e mais experientes não conseguem disfarçar o seu pessimismo. E os mais jovens, embora corajosos, sempre pron-tos para todos os sacrifícios, concordam em que os tempos modernos são tempos de angús-tia. (...) Desdobra-se um jornal e só se lêem no-tícias alarmantes, logo exploradas na Rádio e na Televisão, relatando guerras, revoluções, ca-tástrofes – enfim um caudal de desgraças e mi-sérias que aniquilam o optimismo mais resis-tente e aumentam o pavor (...)”.

Há meio século, a 29 de julho de 1961, o “Diário do Alentejo” abria a primeira página com este artigo, “Tempos de angústia”, da auto-ria de João Seabra. Nesses dias, o jornal dava no-tícias do mundo, do império e do País que “justi-ficavam” o pessimismo do autor. Alguns títulos: “Campanha contra Portugal: Os terroristas [em Angola] chacinaram vários fazendeiros e rap-taram outros”; “Portugal não autoriza qualquer delegação da ONU a visitar Angola”; “Duzentos indivíduos procedentes do Senegal entraram na Guiné e causaram estragos na praia de Varela”; “O Senegal resolveu cortar as relações com Portugal”; “Uma intimidação do Daomé para que Portugal abandone até ao fim do mês o forte de S. João Baptista de Ajuda”; “Espectáculos em Mértola e em Serpa a favor das vítimas do terro-rismo em Angola”; “O Ocidente quer assinar um tratado de paz com a Alemanha”.

Durante a semana, o jornal tinha uma vez mais abordado, numa “Nota do Dia” não assi-nada, o omnipresente problema da guerra co-lonial, a propósito dos “expedicionários que lu-tam em Angola”, pertencentes ao Regimento de Infantaria de Beja: “Angola, essa ubérrima e majestosa parcela do Continente Negro, que os portugueses de Quinhentos começaram a des-bravar, está, por motivos do conhecimento gene-ralizado, na ordem do dia. Para lá, para essas ter-ras férteis mas exóticas estão a caminhar, todos os dias, os soldados da Metrópole e, portanto, uma boa parte da juventude do nosso Alentejo. Lá, soou o clarim do cumprimento do dever e a resposta não poderia ser outra dos jovens que chegaram à idade de dar à Pátria o tributo de po-derem ser considerados seus filhos (...)”.

Culminando a onda de pessimismo, o diá-rio bejense informava, a partir de Calcutá, que “O Mundo acabará em 1962, segundo um grupo de astrólogos” indianos. E revelava: “O mundo caminha rapidamente para uma série de cala-midades que atingirão o seu auge entre 3 e 5 de Fevereiro de 1962. A Humanidade sofrerá, su-cessivamente, vários flagelos de violência sem precedentes: inundações, terramotos, epide-mias, fomes, guerras civis, anarquia e todo o gé-nero de desgraças que é possível conceber (...)”.

Carlos Lopes Pereira

Páginas EsquecidasRecolha de Luís Amaro

Breivik não é um norueguês ou um conservador ou um enigma. É um psicopata. É incurável. Não é um doente mental. Tem uma personalidade defeituosa, incapaz de empatia. É um desalmado. Miguel Esteves Cardoso, “Público”, 27 de julho de 2011

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FotorreportagemÉ mais conhecido por Nicolau. Mas o seu

verdadeiro nome, aquele que lhe deram em

batizo há 69 anos atrás, é Amândio Pacheco

Correia. Aquele homem franzino e simpático

que não fica indiferente a ninguém quando

passa com o seu carrinho de mão repleto

dos gelados que o seu pai, João Nicolau,

lhe ensinou a fazer no longínquo ano de

1955. Altura em que, na vila de Mértola,

inaugurou a primeira fábrica dos célebres

gelados “Nicolau”. Principalmente as sandes

de baunilha ou as bolas de chocolate e

morango. Amândio, entre maio e setembro,

circula pelas feiras do Alentejo e a procura

dos seus gelados é de tal forma que não há dia

que não venda perto de 10 quilogramas das

frescas delícias que, com a sua esposa Maria

Emília, prepara no segredo dos deuses. E

até figuras ilustres como Carlos Carvalhas

ou Nicolau Breyner não dispensam uma

lambidela. Seja de fruta ou de chocolate.

Fotos José Serrano

O Câmara de Odemira e a associação Sopa dos Artistas

vão promover um concurso nacional de fotografia. O “Rio

Mira” foi o tema escolhido para esta edição, devendo as

fotografias a concurso incidir sobre o concelho de Odemira.

O concurso dirige-se a fotógrafos amadores e profissionais,

que podem participar com um máximo de três trabalhos

inéditos. As fotografias podem ser a cores ou a preto e

branco e poderão ser realizadas nos formatos analógico

ou digital, num tamanho único de 20 por 30 cm. O prazo

de receção de trabalhos termina no dia 16 de setembro.

Concurso de fotografia em Odemira

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Entrevista

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Água Castello nasceu há 112 anos, em Moura

O museu da água que nacionalizou o uísque

Há 75 anos que a Água Castello deixou de ser engarrafada nas primitivas instalações,

no castelo de Moura, e passou para o sítio de Pisões, a poucos quilómetros da cidade,

onde até hoje se mantém. Para assinalar a efeméride, a empresa que atualmente

detém a Castello, a Mineraqua, inaugurou em Moura um museu cujo espólio conta

a centenária história da marca. Com esta iniciativa procurou-se “não só a conserva-

ção dos materiais, mas sobretudo deixar registado para o futuro a maneira como a

marca avançou nos meios tecnológicos e na própria comunicação”, afirmou ao “Diário

do Alentejo” o diretor-geral da Mineraqua Portugal, Jorge Henriques.

Texo Alberto Franco

Que razões levaram à criação do museu Castello?

A empresa nasceu há 112 anos dentro das mu-ralhas do castelo de Moura. Pelos anos 30, de-vido ao crescimento da marca e à posição que a Água Castello começava a tomar, sentiu-se a necessidade de uma expansão física que levou a marca a mudar-se para instalações maiores, mais sofisticadas e de forma a darem maior ra-pidez de resposta. Escolhemos esta data por ser o ano em que estamos a celebrar esta mesma mu-dança: os 75 anos da passagem da unidade de en-garrafamento do interior das muralhas do cas-telo de Moura para o local de Pisões de Moura. Por outro lado, contamos com 112 anos de his-tória. Considerámos que este é o momento certo para inaugurar um espaço que fosse um repo-sitório vivo daquilo que é a nossa obrigação de

Inauguração Jorge Henriques, diretor-geral da Mineraqua, com a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e o presidente da Câmara de Moura, José Maria Pós-de-Mina, na abertura do museu

DIR

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SER

VAD

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conservar e transmitir para o futuro: as memó-rias do passado. Este museu tem sobretudo este propósito que vai para além da promoção da marca: não só a conservação dos materiais, mas sobretudo deixar registado para o futuro a ma-neira como a marca avançou nos meios tecnoló-gicos e na própria comunicação. Também quere-mos contar às gerações vindouras aquilo que foi a aventura dos fundadores da Água Castello em levar a marca de uma terra longínqua e de difí-cil acesso, que caracterizava Moura, para além --fronteiras e além-Atlântico, quer com meios hu-manos, quer com meios publicitários.

Onde está instalado?

O museu está instalado na unidade de engarra-famento da Água Castello, no sítio de Pisões, no

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concelho de Moura. Escolhemos o edifício da an-tiga carpintaria, onde eram produzidas as grades de madeira para transporte das garrafas porque é um belo edíficio da época, em construção de taipa, e porque não podíamos afastar Moura da história da Água Castello.

O que podemos apreciar no museu?

O museu tem o principal objetivo de colocar os materiais, as peças e a história da Água Castello e de Moura à disposição das entidades académicas e científicas das águas minerais e da história por-tuguesa. O museu Castello pretende contar um pouco da história da cidade, bem como tornar pú-blico as peças emblemáticas, documentos históri-cos, peças artísticas, alguma maquinaria e a sua evolução na captação de água mineral e seu engar-rafamento. Também apresentamos pela primeira vez algumas peças que são autênticas preciosida-des como aquele que foi o primeiro cartaz de uma marca portuguesa concebido para outros países, datado de finais do século XIX. E para ver a evolu-ção que a marca tem sofrido nos últimos anos, vão estar em exibição todos os rótulos e formas das garrafas Castello desde o final do século XIX até hoje, entre tantas outras peças que contam a histó-ria de Moura e da Água Castello.

O museu vai estar aberto ao público?

O museu está aberto a todos os que queiram conhecer um pouco da história de Moura e da Água Castello. A visita ao museu terá de ser por marcação. Todos os materiais e catálogos dis-poníveis encontram-se no museu Castello.

Como serão marcadas as visitas?

As visitas ao museu poderão ser feitas através do e mail [email protected] ou através do telefone 218 161 100.

Além da abertura do museu, estão previstas ou-

tras iniciativas comemorativas dos 75 anos do

engarrafamento em Pisões?

Estão em preparação um ciclo de conferências e a eventual publicação de um livro sobre a marca.

Durante alguns anos notou-se um certo alhe-

amento das empresas que exploravam as

águas Castello em relação à realidade local.

A Mineraqua pretende alterar esta situação,

dando mais atenção aos agentes e instituições

mourenses?

Moura sempre foi muito importante para a Água Castello. É aqui que estamos há já mais de 100 anos e foi essa uma das razões que nos levou a avançar com esta iniciativa nesta região fazendo assim uma homenagem à visão dos fundadores deste projeto, aos seus seguidores e a todos os que trabalham e continuam a trabalhar em Moura. A localização deste museu apenas faria sentido neste local e esperamos que o resto do País venha conhecer as potencialidades da região de Moura e veja com os seus olhos como uma marca resis-tiu ao tempo e à história de Portugal. Temos a es-perança que o museu Castello, mas muito prin-cipalmente a continuação do crescimento da marca, dê a conhecer esta fabulosa região não só ao resto do País, mas também a todos os países que bebem Água Castello.

Um Castello com 112 anos

A exploração das águas de Moura começou ofi-cialmente em 14 de Janeiro de 1899. Nesse dia, o comerciante lisboeta António Assis Camilo e

o mourense Júlio Máximo Pereira obtiveram da câmara municipal, por concurso público, “a concessão da ex-portação das águas minero-medicinais” da então vila de Moura. Rezava o contrato que por cada litro de água os concessionários deviam pagar ao município a quan-tia de cinco réis. O controlo da água extraída era feito pelo olho vigilante dum funcionário municipal.

O contrato previa também a construção dum hotel e dum “estabelecimento de banhos”. Para garantir o con-forto dos hóspedes, era proibida a instalação no hotel de “cavalariças, adegas e outras oficinas ou arribanas de gado”. O estabelecimento termal foi implantado no jar-dim Dr. Santiago, onde ainda hoje se encontra; o hotel, de elegante traço fim de século, é o que continua a exis-tir na praça Gago Coutinho.

A designação de Águas Castello foi escolhida porque a nascente se encontrava dentro das muralhas do castelo de Moura, local onde a marca teve a sua primeira uni-dade de engarrafamento. Até 1906 a produção era trans-portada em carros de muares até Pias, a estação de com-boios mais próxima, de onde embarcava para outras paragens.

Em 1910 António Assis Camilo tornou-se único ti-tular da empresa. Nove anos depois adquiriu um ter-reno no sítio de Pisões, a poucos quilómetros de Moura, onde havia uma nascente de caraterísticas muito simi-lares à do castelo, com a vantagem de gozar duma maior

proteção bacteriológica, por se localizar numa zona de-sabitada. Com a água de Pisões, Assis Camilo começou a produzir laranjadas e “pirolitos”; o engarrafamento das águas minerais, esse, continuará centrado no cas-telo até 1937.

Assis Camilo era um empresário de espírito dinâmico e inovador. No ano de 1913 introduziu no mercado por-tuguês a água gaseificada. Escapou-lhe, porém, que as garrafas não estavam preparadas para suportar a pres-são do gás. Resultado: umas vezes saltava-lhes a rolha, outras vezes rebentava o vidro. O empresário comprou então uma máquina de fabrico de cápsulas metálicas, tecnologia até aí desconhecida entre nós, com resulta-dos plenamente satisfatórios. A Castello voltou a ino-var nos anos 30, quando importou a primeira máquina semi-automática para lavar, encher e rotular garrafas. Em 1949 coube-lhe o privilégio de estrear a primeira li-nha automática de engarrafamento de águas minerais em Portugal. Refira-se, ainda, o pioneirismo da Castello no campo da publicidade. Ao longo da sua história a marca produziu inúmeros e imaginativos anúncios, que fazem hoje as delícias dos coleccionadores.

Após a morte de António Assis Camilo, em 1942, a ad-ministração da Castello passa para os filhos e posterior-mente para os netos. Perde as características de empresa familiar nos anos 80, quando a multinacional Nestlé se torna accionista maioritária. Desde 2007 a Castello é de-tida pela Mineraqua Portugal, que aposta no crescimento da centenária marca no concorrencial mercado das águas.

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Região

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Os grupos parlamentres do PSD, PCP, CDS e BE garantiram ao movimento de cidadãos “Beja Merece” que irá ser feito um estudo urgente para avaliar a viabilidade económica da eletrificação do troço ferroviário entre Casa Branca e Beja.

Florival Baiôa, em declarações à Lusa, mostrou-se “satisfeito” com as con-clusões da audição pública parlamen-

tar que se realizou terça-feira na Assembleia da República, e defendeu, mais uma vez, que a linha do Alentejo “é autosustentável em poucos anos”.

Apontando um valor para o custo da obra à volta dos 60 milhões de euros, este responsável garantiu que a “eletrificação paga-se a si própria e trará maior conforto e rapidez o que fará com que se consiga re-cuperar passageiros de Beja”. Florival Baiôa lembrou ainda que três em cada quatro pas-sageiros da linha do Alentejo são da linha de Beja o que garante sustentabilidade ao investimento que pode ser suportado em 85 por cento pelas verbas do QREN.

No entanto, para este membro do movi-mento de cidadãos, “o ideal era estudar a li-gação Évora-Beja-Faro, conseguindo-se as-sim, pela primeira vez, unir três capitais de distrito pelo interior, potenciando o desen-volvimento não só da região, mas do País”, afirmou.

Estas reivindicações devem ser apre-sentadas hoje, sexta-feira, às 10 horas, aquando da reunião de trabalho que re-presentantes do movimento de cidadãos “Beja Merece” irão ter com o secretário de

Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro.

PCP exige ligação direta Também o PCP, em comunicado de imprensa, reafirma “a exi-gência da melhoria das ligações ferroviárias a Beja, nomeadamente com aletrificação do troço Casa Branca-Beja e a retoma das ligações diretas a Lisboa e ao Algarve (via Funcheira)”.

Os comunistas denunciam ainda a extin-ção por parte da CP “de quatro ligações diárias diretas entre Lisboa e Beja, existentes até maio de 2010” e criticam a necessidade do “trans-bordo para uma automotora diesel” para con-cluir o percurso. Para o PCP esta medida é “gravemente lesiva dos interesses das popula-ções da cidade, do concelho e da região de Beja e atenta contra a economia e o desenvolvi-mento do Alentejo, duramente atingido pelas políticas antipopulares dos sucessivos gover-nos PS, PSD e CDS-PP”. O PCP concluiu que estes cortes são decididos apenas por “razões economicistas e nada têm a ver com o serviço público” que reclamam.

Horários contestados A direção de comu-nicação da CP confirmou à Rádio Voz da Planície ter recebido queixas de utentes do serviço da automotora que utilizam este meio de transporte para se deslocarem para o trabalho em Beja.

Os horários são considerados inadequa-dos e alguns trabalhadores das localida-des de Vila Nova de Baronia, Alvito, Faro do Alentejo e Cuba correm o risco de des-pedimento por chegarem sistematicamente atrasados ao local de trabalho. A empresa garante que está a estudar alterações.

Eletrificação da linha de Beja em estudo

A luz ao fundo do túnel

A Câmara Municipal de Beja promove hoje, sexta-feira, uma caminhada

noturna, com participação gratuita. A concentração está agendada para as

20 e 30 horas no parque de Merendas, junto ao painel do Centro Municipal

de Marcha e Corrida de Beja. A atividade será guiada por um percurso de

nove quilómetros, com um índice de dificuldade técnico e físico reduzido.

“Caminhar com mais

Saúde” em Beja

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A Junta de Freguesia de Salvada vai dar início brevemente à

construção de gavetões no cemitério local e à beneficiação da casa

mortuária, “duas importantes obras para a freguesia”, segundo

adianta a autarquia. O presidente da junta, Sérgio Engana,

lembra, em comunicado de imprensa, que “em termos técnicos,

os projetos já tinham sido elaborados pelo anterior executivo

da Câmara de Beja (CDU)”. O autarca diz ainda que “o valor das

obras situa-se em limites que se enquadram nos processos de

contratação por ajuste direto, que a junta já desenvolveu”, e que

as obras “são da responsabilidade direta da junta de freguesia”.

Salvada constrói gavetões

e beneficia casa mortuária

O calendário para conclusão dos investimentos previstos para o Empreedimento de Fins Múltiplos do Alqueva está a ser reavaliado. A ga-rantia foi deixada pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, no decorrer da Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, que aconte-ceu na quarta-feira, dia de fecho desta edição.

O Ministério da Agricultura está a reavaliar o calendário para conclusão dos investimentos

previstos para Alqueva.

A garantia foi deixada por Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, no decorrer da Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, que aconteceu na quarta-feira. “Precisamos de 300 milhões para concluir o investi-mento em Alqueva”, disse, sustentando: “É muito dinheiro”.

Recorde-se que o prazo de con-clusão dos investimentos previstos para Alqueva está previso para 2013. “Estamos a avaliar as possibilidades para ver se conseguimos cumprir o ca-lendário”, afirmou.

As declarações foram feitas na co-missão parlamentar especia l izada, onde esteve em debate a política geral do Ministério da Agricultura, do Mar e do Ordenamento do Território.

Aquando da deslocação a Ferreira do Alentejo, ainda este mês, a ministra da Agricultura garantiu que Alqueva “era uma prioridade”.

No que diz respeito aos f inancia-mentos comunitários, Assunção Cristas admitiu, na altura, a existência de algu-mas dificuldades em assegurar a com-participação nacional do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder).

Ministra reavalia calendário do projeto

Faltam 300 milhõespara concluir Alqueva

CDU acusa EMASde “abandonar” obraA CDU acusa a Empresa Municipal de

Água e Saneamento (EMAS) de Beja

de ter “abandonado” há “mais de seis

meses” uma obra “inacabada”, numa

rua da aldeia de Cabeça Gorda, o que

a empresa nega. Segundo a comissão

coordenadora da CDU da freguesia de

Cabeça Gorda, a rua Machado Santos foi

intervencionada em 2010, quando a EMAS

efetuou trabalhos de abertura de valas e

de substituição da conduta principal e dos

ramais domiciliários. Após a execução

daqueles trabalhos, “a obra, inacabada,

foi abruptamente parada, encontrando-se

nesta situação há mais de seis meses”, acusa

a CDU. “A obra nunca foi abandonada e

muito menos esquecida”, disse o diretor

executivo da EMAS, Rui Marreiros, referindo

que o concurso público para a obra de

repavimentação da rua está em fase de

audiência prévia. Marreiros “estranhou” a

acusação da CDU, que, “eventualmente”, se

deve a “puro desconhecimento da situação”.

Câmara de Alcácer oferece manuais escola-res Todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico de Alcácer do Sal vão voltar a receber os manuais escolares cedidos gratuita-mente pela câmara municipal que, este ano, alargou a oferta aos livros da atividade de enriquecimento curricular de inglês. A decisão, tomada em reunião pública de câmara, vai permitir

a oferta dos manuais escolares às 498 crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico nas escolas do concelho. De acordo com a autarquia, a iniciativa, lançada no ano passado, tem como objetivo garantir “igualdade de acesso aos livros a todas as crianças, independentemente da capacidade financeira das suas famílias, contribuindo para a melhoria das condições de

aprendizagem”. O município aprovou também a proposta para o novo regulamento de atribuição das bolsas de estudo, que se-guiu para consulta pública e será, posteriormente, aprovada pela Assembleia Municipal de Alcácer do Sal. O documento cria três escalões de bolsa, sendo o mais alto correspondente ao sa-lário mínimo nacional.

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A Junta de Freguesia de Amareleja, concelho de Moura, exigiu na terça --feira a melhoria dos cuidados de saúde na aldeia, contestando a falta de médi-cos e o que considera uma “tentativa de acabar” com o serviço prestado.

Em declarações à Lusa, o presi-dente da junta de freguesia, António Gonçalves, disse que o Posto de Saúde

de Amareleja, uma extensão do Centro de Saúde de Moura, tinha dois médicos, mas “ultimamente” esteve a funcionar “apenas um médico a meio tempo”.

Uma situação que “obrigou” utentes, a maioria idosos, a “esperar muito tempo por uma consulta” ou a terem que “deixar pedi-dos de receitas no posto para depois serem passadas por médicos do Centro de Saúde de Moura”, lamentou.

Segundo o autarca, a situação tem tam-bém “obrigado” utentes da aldeia a desloca-rem-se ao Centro de Saúde de Moura ou a Beja para serem consultados.

A junta de freguesia e a população de Amareleja estão “descontentes e indigna-dos” com o que “vem sucedendo ultima-mente” no posto de saúde, o que “revela a tentativa em curso de acabar com o serviço de assistência que tem existido”, disse.

De acordo com António Gonçalves, a junta e a população exigem a “melhoria” do serviço público de cuidados de saúde primá-rios no Posto de Saúde de Amareleja, nome-adamente com a colocação de “dois médi-cos a tempo inteiro”, o que é “fundamental” para satisfazer as necessidades dos 2700 ha-bitantes da aldeia, a maioria idosos.

A população de Amareleja, reunida em ple-nário no passado sábado, aprovou uma delibe-ração com as exigências relativas ao serviço

prestado no Posto de Saúde e que vai ser en-viada ao ministro da Saúde e à Administração Regional de Saúde do Alentejo.

“O encerramento do Posto de Saúde de Amareleja nunca esteve em causa, nem faz parte do horizonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo”, que “não quer deixar a população sem os devidos cuidados de saúde”, disse à Lusa a diretora do Centro de Saúde de Moura, Isabel Barreto.

Segundo a médica, o Posto de Saúde de Amareleja tinha dois clínicos, uma médica a tempo inteiro e um médico a prestar 18 horas semanais.

No entanto, a médica a tempo inteiro es-teve de baixa durante maio e junho e, entre-tanto, voltou ao serviço, mas foi substitu-ída por um médico que começou a prestar serviço há uma semana e durante 21 horas semanais.

De acordo com Isabel Barreto, desde há uma semana que estão dois médicos no Posto de Saúde de Amareleja, num total de 39 horas semanais, ou seja, um durante 21 horas semanais e outro durante 18 horas semanais.

“Não é a situação ideal, mas é a possível atualmente” devido à “carência de médicos a nível nacional”, disse, frisando que a situ-ação irá “melhorar” em setembro, quando será colocado um médico a tempo inteiro no Posto de Saúde.

A partir de setembro, através do horá-rio do novo médico, que irá substituir o que atualmente presta 21 horas semanais, junta-mente com o horário do que trabalha 18 ho-ras semanais, o Posto de Saúde vai ter dois médicos durante “mais de 45 horas” por se-mana, disse, referindo que “não é o ideal, mas é o suficiente para uma aldeia que não chega às 3000 pessoas”.

Junta exige melhores cuidados de saúde

“Meio” médico em Amareleja

A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Grândola promove

amanhã, sábado, pelas 18 horas, na praça das Palmeiras, um plenário. A

comissão justifica a iniciativa com “o atual estado dos serviços prestados

em Grândola, que têm vindo a sofrer sucessivas degradações, e atendendo

à completa ausência de respostas concretas por parte das instituições”.

Comissão de utentes

de Grândola em plenário

“Tipo Koolónia” As juntas de freguesia de Alvalade, Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém e Santo André, em parceria com a Associação Intervir.Com, promovem até hoje, sexta-feira, uma coló-nia de férias para jovens dos 10 aos 18 anos, com a denominação “Tipo Koolónia”. O objetivo da ini-ciativa passa pela ocupação dos tempos livres dos jovens em período de férias escolares. Segundo a Câmara Municipal de Santiago do Cacém, foram selecionados jovens com carências aos mais varia-dos níveis que habitualmente, não têm acesso a este tipo de experiências.

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Desporto

O Moura Atlético Clube já pre-para a sua época de estreia na segunda divisão nacional, mantendo Fernando Piçarra como timoneiro.

Texto e foto Firmino Paixão

Um plantel equilibrado, condicionado pelas limi-tações de natureza finan-

ceira, onde a juventude e a humil-dade são os grandes argumentos para o sucesso. A manutenção na-quele escalão do futebol nacional é o objetivo deste novo ciclo na vida do clube que está a caminho dos 70 anos de existência. Fernando Piçarra, 42 anos, técnico que na época passada conduziu o clube a este patamar do futebol por-tuguês, revela: “Vamos entrar num campeonato que é uma no-vidade tanto para o clube como para mim. É um estímulo para to-dos nós e para a cidade de Moura. Estamos motivados para fazer um bom trabalho e conseguirmos o objetivo que é a manutenção”.

Consciente das novas exigên-cias o responsável concorda que “à medida que se sobe para outro

patamar, naturalmente, que o tra-balho tem que ser mais exigente, mais pensado”: “Estamos prepa-rados para sofrer, sabemos que será uma época de sofrimento, é a primeira época na 2.ª divisão, com equipas muito fortes e muita coisa nova, vamos ter que arrega-çar as mangas e trabalhar muito”. Em tempo de crise os argumentos são limitados, explica o treina-dor: “Devemos ter um dos orça-mentos mais baixos da 2.ª divi-são, mas costumo dizer que não podemos dar o passo maior que a perna, é por isso que dentro das limitações económicas que temos estamos a tentar reunir a melhor equipa possível”. E lembra: “Não é o dinheiro que ganha os jogos, é o espírito de sacrifício, a entre ajuda e a união entre todos nós”.

Ainda assim o Moura não dei-xou de se reforçar: “Temos um plantel com 21 jogadores, ainda não está fechado, faremos ainda alguns acertos, mas a base está formada”. Fernando Piçarra re-vela ainda que têm “muita gente nova, jovens que querem singrar e mostrar-se para subirem a ou-tras divisões”: “São jogadores com

ambição que vêm de clubes com história, são jogadores com es-cola. Vamos apostar na juventude porque existe aí muita vontade de mostrar o seu valor”.

A debandada de muitos dos atletas que estiveram no sucesso da época passada é compreen-dida pelo treinador. “Os jogado-res de Moura ficaram todos, os restantes saíram, com exceção de Kata e de Barata. Uns quise-ram seguir outro caminho, ou-tros não chegaram a acordo com o clube para a sua continuidade, tivemos que optar por outras so-luções”, recorda.

A época está lançada, resta saber o que pediu a direção do clube ao seu técnico de confiança. “A direção tem o mesmo pensa-mento que eu, o nosso objetivo é lutar pela manutenção. Sabemos que não será fácil mas acredito nos jogadores que tenho, acredito no meu trabalho”, diz. Certo de que o seu trabalho terá esta época maior visibilidade, afirma: “Isso é bom, motiva-nos a todos”. Mas avisa: “Não nos vamos empol-gar em demasia. No futebol hoje ganhamos e amanhã perdemos.

Manteremos sempre uma bitola de humildade, nada de euforia nas vitórias, nem excessiva tris-teza pelas derrotas. Temos que dar o nosso melhor dentro do campo. Temos que ser humildes. Na época passada essa humildade foi a base do nosso sucesso”.

Prevenido para as exigências da sua massa associativa, Piçarra lembra: “As pessoas têm que es-tar preparadas para os momentos difíceis que vamos encontrar, os sócios terão que estar connosco, será um apoio fundamental, toda a gente terá que estar unida”. Os dados estão lançados para uma época de estreia num patamar onde o clube nunca tinha compe-tido, acrescido motivo de orgulho para o técnico que para lá o con-duziu: “Obviamente que sinto or-gulho, mas também devo agrade-cer ao Moura por me ter sido dada essa oportunidade. Mas o mérito foi de todos os que aqui traba-lham, não foi nenhuma conquista individual, não quero louros para mim, foi um sucesso coletivo, simplesmente ajudei e felizmente conseguimos esse objetivo”, con-clui Fernando Piçarra.

Fernando Piçarra promete determinação

A humildade é a base do sucesso

Em Castro Verde o clube da urbe, o FC Castrense, prima pela sua afirmação. Os dirigentes apresentam-se firmes nas suas convicções e o objetivo comum é trazer de novo a agremiação a um lugar de relevo no palco do futebol regional e, logicamente, nacional. As estruturas físicas e humanas existem e a hora é de unir fileiras tendo como principal prioridade as metas traçadas. A direção assume que no capítulo das preferências para a época desportiva 2011/12 está, obviamente, a conquista do título e o subsequente regresso à III Divisão nacional. Neste pressuposto reconhece-se que o grupo de trabalho foi substancialmente reforçado a que acresce a chamada de Francisco Fernandes ao comando técnico. Aliás, quem conhece a forma como o treinador trabalha as suas equipas, e o espírito vencedor que incute nos seus jogadores, não estranhará por certo que o conjunto do Campo Branco será um sério candidato ao próximo título do campeonato maior da AF Beja. Tendo em conta como a grelha de partida ficará, em princípio, ordenada, ainda que saibamos que a surpresa será, e sempre, uma opção perfeitamente viável, acreditamos que os ventos oriundos das bandas de Castro Verde soprarão muito fortes na abertura no campeonato que se avizinha. Numa pesquisa aos objetivos do atual elenco diretivo, liderado por Carlos Alberto, a condição vivida nas hostes é de franca positividade, admitindo-se, com justiça, que o FC Castrense é hoje um clube virado para o seu expansionismo sustentável, não obstante as dificuldades que as coletividades, no seu todo, hoje se deparam. Todavia, a forma como o elenco diretivo traça os seus propósitos deixa antever que o deve e o haver na tesouraria está controlado e que o agente monetário, ao que parece, não se apresenta como uma causa aterrorizadora. FC Castrense volta a sonhar!

FC CastrenseJosé Saúde

Atletas bejenses nos nacionais de pista coberta Os campeona-tos nacionais de atletismo em pista coberta realizam-se no próximo fim de se-mana no Estádio Universitário de Lisboa, competição em que estarão presente os seguintes quatro atletas filiados na Associação de Atletismo de Beja: Pedro Fontes (Zona Azul) para os 400 m; Liliane Amaro e Micael Nóbrega (ambos da J.D.Neves), a competir nos 100 m femininos e dardo masculino, respetivamente; e Dionísio Ventura (Ferreira Activa) que vai participar nos 10 000 m marcha atlética.

PLANTEL DO MOURA ATLÉTICO CLUBE

ÉPOCA 2011/12

Guarda-redes: Rui Rosindo, Telmo Soares e David Cabral.

Defesas: José Maria, Ivo Cruz, José António, Barata, Kata, João Freitas (ex-júnior Sporting) e Daniel Garrido (ex-júnior).

Médios: Domingos, Filipe Infante, Mário Verdades, Tó Miguel, Pavel Vieira (ex-Olhanense) e Sandro Vicente (ex-Sesimbra).

Avançados: Ricardo Argente (ex-Lu-sitano Évora), Dieng (ex-Lagoa), Nuno Moreira (ex-Boavista S.Mateus) e Hugo Firmino (ex-Portosantense).

Equipa técnica: Fernando Piçarra e António Combadão.

Jogos de preparação: 30/7 – Moura-Despertar; 3/8 – Despertar-Moura; 10/8 Moura-Redondense; 13/8 – Moura-Farense para a Taça Cidade de Moura e apresentação aos sócios.

Moura AC Fernando Piçarra, dirigente, e o capitão Domingos Gonçalves

Maratona de futsal

em Alvito no fim de semana

Realiza-se no próximo fim de semana no Pavilhão Municipal de Alvito uma maratona

de futsal organizada pela Associação Juvenil Nova Geração. A prova decorre de forma

ininterrupta entre as 10 horas de sábado e as 20 de domingo, sendo inicialmente

disputada numa fase de grupos, passando em seguida para os quartos, meias-finais

e finalíssima. Os primeiros três classificados receberão prémios monetários.

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O Núcleo de Árbitros de Futebol Armando Nascimento, de Beja, organizou a décima primeira edição da Maratona de Futsal Cidade de Beja.

Texto e foto Firmino Paixão

A competição decorreu no Pavilhão Municipal de Desportos e contou com a

participação de 18 equipas de vá-rios escalões etários, revelando-se uma excelente promoção do futsal. A fraca implantação da modalidade no distrito e o facto de os poucos clu-bes que a praticam terem começado pelos seniores acentua mais a im-

Torneio de Futsal Cidade de Beja divulga modalidade

Maratona a jogar à bola

Maratona de futsal Final de iniciados

TRAQUINAS: Bairro da Conceição – Beja BENJAMINS: Núcleo Sportinguista de Beja

INFANTIS: Clube Desportivo de BejaINICIADOS: Cervejaria o Carlos – Beja

JUVENIS: Auto Lidador – BejaJUNIORES: C.R.D. Cabeça Gorda

VETERANOS: Clube Desportivo de Beja

Classificações finais da XI Maratona de Futsal da Cidade de Beja

Numa ação que visou a promoção do futebol feminino no distrito de Beja, a Junta de

Freguesia de Almodôvar organizou um torneio de futsal que contou com a participação

de cinco equipas da região. A final disputou-se entre uma equipa de Beja e outra de

Ourique e terminou com o triunfo das jovens da capital de distrito. Estas ações visam a

dinamização da modalidade e intentam na organização de campeonatos regulares.

Almodôvar promove

futsal feminino

portância da iniciativa ter sido diri-gida aos escalões de formação.

Jaime Vieira, responsável pela organização, disse ao Diário do Alentejo que “o balanço superou as expectativas”: “Foi uma experi-ência nova, com futsal jovem, pois neste distrito não existe competição ao nível da formação. Sinceramente agradou-nos muito, até pela afluên-cia de público. Foi uma boa experi-ência que pensamos repetir”.

O objetivo desta realização, su-blinhou, “é a promoção da moda-lidade”, e contribuir “para que ar-ranque oficialmente a competição de futsal de formação no distrito”. E o responsável justifica: “Somos das

poucas associação do País que não tem futsal jovem, por isso é necessá-rio fazer alguma coisa, alguém tem que dar o passo, este é o nosso con-tributo para que isso aconteça”.

Rompendo com o modelo tradi-cional de maratona para seniores, Jaime Vieira considera que “não foi arriscado”: “Sabíamos da existência de muitas equipas de miúdos que poderiam jogar aqui. Entendemos que devíamos parar com os senio-res porque existem torneios nos concelhos e maratonas noutros sí-tios e também não ficámos agrada-dos com o comportamento deles no ano passado”.

Por isso, acentuou, decidiram

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Gonçalo Bejinha nasceu em Moura há 24 anos. Destacou-se no atletismo, na espe-cialidade de marcha atlética, onde ganhou vários títulos nacionais e internacionais.

Texto e foto Firmino Paixão

No ano de 2003, quando treinava, so-freu um atropelamento que lhe cau-sou ferimentos graves, contrarie-

dade que superou com a determinação de um grande campeão. Entre 2007 e 2010 concluiu uma licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia, especializando-se na modulação em três dimensões, área que é a sua nova paixão. Dedica-se à edição de uma página na Internet (www.goncalobejinha.com) onde apresenta várias demonstrações (demos) de um projeto cujo produto final será a cons-trução da sua cidade. Desempregado, mantém vivo o amor pelo atletismo enquanto espera que alguma entidade repare no seu talento e criatividade.

A marcha atlética faz parte do passado?

Faz parte do passado mas continua dentro de mim. Estou a começar uma nova fase, licenciei --me em Educação e Comunicação Multimédia, estou à espera de novas oportunidades dentro da área de informática.

Abandonar o atletismo foi opção sua?

Não tive outra alternativa. Não tinha apoios su-ficientes, e quando falo de apoios não falo da-queles que são dados aos futebolistas, sem que-rem desvalorizar ninguém, mas eu precisava de algum tempo para treinos diários ou estagiar em altitude. Eram esses apoios que me falta-vam para poder evoluir e ser um grande atleta de elite.

Tinha potencial para chegar mais longe?

Tenho cem por cento a certeza disso, tanto que o meu irmão, que era o meu treinador, está per-manentemente a incentivar-me para regressar. Lembra-me que ainda sou novo e que os Jogos Olímpicos ainda estariam no meu horizonte, por-que até aos 30 anos teria margem de progressão.

O regresso ao atletismo não está de lado?

Esta paixão continua comigo, sei que tenho talento para mostrar mais alguma coisa, mas condiciono um eventual regresso à existência de melhores apoios. Há uma altura em que queremos estabilizar, o atletismo não era modo de vida. A licenciatura veio na esperança de arranjar um emprego estável numa área que gosto muito que é a multimédia e a informática digital. Uma área muito apelativa que tem muito futuro. Estou a trabalhar muito nas três dimensões (3D), uma área muito inovadora.

O património de Moura domina a sua página na

Internet?

Destaquei-me na modulação e programação em 3D, áreas onde obtive as melhores notas e tentei fa-zer algo inovador. Fiz um jogo, depois virei-me para a minha cidade e, aos poucos, comecei a construir todos os seus monumentos e espaços públicos em 3D. Ainda não tenho a cidade completa, mas o meu projeto final é construir a cidade de Moura em 3D e com animação. É um projeto único no mundo.

Com que objetivos?

O objetivo é dar utilidade a estes projetos. Foquei-me nos monumentos principais da cidade, se for pre-ciso consigo modular o interior e posso apresentar uma visita virtual de cada um desses espaços. Julgo que as autarquias poderão ter interesse nestes proje-tos, que podem servir de promoção turística ou pu-blicitação de eventos.

A comunidade mourense reconhece esse

trabalho?

Tem havido um bom reconhecimento, porque este trabalho é algo inovador, algo que fascina. Nós não podemos ver todos os ângulos da cidade e em 3D podemos proporcionar isso até às pessoas que nunca estiveram em Moura, uma visita virtual à cidade.

Que país é este onde um jovem de 24 anos

com um grande potencial desportivo e cria-

tivo está no desemprego?

É triste! Consegui tantos títulos desportivos, agora estou a fazer este trabalho invulgar, acho que tenho algum talento, já mostrei que sou uma pessoa responsável e que mereceria uma oportunidade para fazer o que gosto. Não tenho tido muita sorte, mas sou um lutador, nunca desisto e magoa-me que neste país não se ajudem mais as pessoas como eu.

“dar uma oportunidade aos jovens e aos veteranos”. “Foi agradável ver grandes jogadores que passaram pelo nosso distrital, e até a nível nacional, e com garantias que para o ano ha-verá mais equipas de veteranos nesta maratona”, acrescentou. Avaliando o leque de equipas em prova, o diri-gente adiantou: “Tenho pena de não termos conseguido equipas mais jovens. No escalão de petizes, por exemplo, tivemos que os juntar com o escalão de traquinas e isso criou al-gum desequilíbrio. No próximo ano vamos tentar melhorar”. Quanto aos apoios recebidos, a organização tem contado, “desde sempre, com um grande apoio da Câmara Municipal de Beja, em termos logísticos, e tam-bém com o comércio local”.

O evento pode ter sido um passo decisivo na dinamização da modali-dade, concordou Jaime Vieira, acres-centando que gostariam “que fosse um passo importante”: “O objetivo é esse. É complicado porque os jovens elegem o futebol de 11 como moda-lidade preferencial, não se aposta muito no futsal, se calhar é mais fá-cil dizer que não temos miúdos”. Entretanto, ao organismo que tu-tela o futebol distrital cabem, tam-bém, importantes responsabilidades: “A associação terá que ser o princi-pal impulsionador do futsal, terá que tomar medidas, como fez com o fu-tebol, obrigando as equipas seniores a terem, pelo menos, uma equipa de formação. Isso ajudaria o futsal, por-que há localidades onde há poucos miúdos e como no futsal bastam 10 jogadores…”, reforçou Jaime Vieira.

O responsável lembra ainda que a nível nacional o futsal “está a cres-cer cada vez mais”, pelo que o dis-trito de Beja “não pode ser diferente dos outros”, diz. E numa breve re-ferência à atividade do Núcleo de Árbitros que lidera, Jaime Vieira confessou: “Infelizmente, o núcleo não está como gostaríamos, eu pró-prio estou limitado no tempo por-que trabalho fora de Beja, aos fins de semana tenho jogos como árbitro de hóquei em patins e ainda sou obser-vador de futebol. Os meus colegas fazem o que podem, infelizmente as coisas não têm corrido bem, vamos eleger uma nova direção, veremos se conseguimos assim inverter a si-tuação e melhorar alguma coisa”. O responsável sublinha, no entanto, “a boa prestação dos árbitros desta es-pecialidade”: “Na área do futsal su-biram dois árbitros à 2.ª divisão na-cional, é excelente para um distrito que tem meia dúzia de equipas a disputar um campeonato distrital”, concluiu.

Marcha e multimédia dividem-lhe o coração

Um campeão a “três dimensões”

GONÇALO MIGUEL REIS BEJINHANascido em Moura a 25/08/1986Clubes: Os Leões de Moura, Zona Azul de Beja, Juventude Desportiva das Neves, N. A. Alcabideche e Juventude Desportiva das Neves.

Palmarés: Dez títulos nacionais nas catego-rias de juvenis, juniores e esperanças, nas dis-tâncias de cinco, 10, 20 e 35 quilómetros (mar-cha atlética em estrada e em pista); dois terceiros lugares (10 quilómetros pista junio-res e cinco quilómetros pista coberta espe-ranças); 1.º na Taça FPA de Marcha 2003/2004 (Quarteira); 1.º no Grand Prix Race Walk Dublin (2004/2005), com recorde do circuito e míni-mos para o Europeu de Juniores; 1.º no Dublin International Grand Prix of Race Walking, 10 qui-lómetros (2005); 12.º no Campeonato do Mundo de Jovens, 10 quilómetros, Canadá, 2003; 26.º na Taça do Mundo, 10 quilómetros, Alemanha, 2004; 14.º no Campeonato da Europa de Juniores, 10 quilómetros, Lituânia, 2005. Recorde Nacional dos 35 quilómetros, Mealhada,2007.

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Vitória, vitória conta a tua estóriaVitória, vitória conta a tua estória

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Dica da semanaQuantas vezes pediste uma caneta para jogares ao jogo do galo? É verdade, um jogo simples, mas que tem entretido gerações. Nós fomos descobrir o trabalho de uma artesã que se dedica a perdurar estes jogos tradicionais. (http://oficinadoachado.blogspot.com/). Pede ajuda à tua mãe, avó ou a uma amiga para te ajudar a fazer este jogo do galo portátil. Podes ainda substituir as peças de madeira por tampas de garrafa de duas cores.

Durante as férias letivas a Câmara Municipal de Serpa

tem promovido a iniciativa Aprender a Brincar, que inclui

atividades lúdicas, desportivas e pedagógicas destinadas a

crianças dos seis aos 12 anos. De segunda a sexta, das 8 e 45 às

12 e 30 horas e das 13 e 45 às 17 e 30 horas na Escola do Pólo 3,

em Serpa. Informa-te.

Aprender a Brincar em Serpa

Há um rebanho tresmalhado e a ele juntou-se uma ovelha negra, descobre-a.ovelha negra

A barriga da mãe cresce, cresce... Que estará a passar-se? Anne Crahay e Florian Rudzinski dão uma ajuda através de uma menina que tenta perceber o que se está a passar, permitindo que os mais pequenos descubram o ‘segredo’ que é o desenvolvimento de um ser humano. Curiosa ela observa e imagina um mundo inteiro de móveis e acessórios, pois só isso explica o tamanho daquela barriga, a razão porque a mãe enjoa, porque segura a barriga com as duas mãos, porque tem dores de costas.“Ponho o nariz junto à barriga, espreito pelo buraco do umbigo e… o que é que eu vejo dentro da barriga da mãe? Um bebé!”

A páginas tantas ...

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Rosa, 7 anos , Vimieiro (lenda “O Milagre das Rosas”)

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Fim de semana

O Cais da Planície, no parque da Cidade, em Beja, recebe hoje à noite, a partir das 22 e 30 horas,

os Ex Oriente Lux, banda lendária da cidade que já conta com 26 anos de existência e que está de

regresso depois de alguns anos de interregno. Luís Campaniço (voz), Deodato Pereira (baixo),

Luís Faria (guitarra) e José Luís (bateria) são os elementos da formação atual, que se define como

“um grupo de amigos que procura realizar um sonho que data desde a mais tenra infância”.

Ex Oriente Lux

no parque da Cidade

Eduardo Santos Neves expõe no espaço Oficinas O espaço Oficinas, em Aljustrel, abre hoje portas à exposição de pintura “Narrativa do nosso universo”, do artista plástico Eduardo Santos Neves. A mostra, que é inaugurada pelas 18 horas, vai estar patente até 3 de setembro, re-velando um autor que, segundo a crítica, “tem explorado de forma contínua os processos da repre-sentação plástica: da experimentação das técnicas, do jogo estruturante, permanente, das compo-sições, das formas, das texturas, da cor”.

Entradas em festa com Noites em Santiago A avenida de Nossa Senhora da

Esperança, em Entradas, recebe

a partir de hoje, sexta-feira, e até

domingo, 31, mais uma edição das

tradicionais Noites em Santiago. Um

programa que contempla exposições,

música, animação de rua, tourada,

procissões, bailes e encontros de

grupos corais, reservando também um

lugar especial para o artesanato local

e para a gastronomia. Os destaques

vão para XII Corrida de Touros

da Rádio Castrense (hoje, pelas 22

horas, no Campo das Escolas) e para

a atuação da Bandalusa (amanhã,

sábado, a partir da meia-noite).

Ervidel organiza primeira Feira do Livro Ervidel vai realizar a sua primeira

Feira do Livro entre amanhã, sábado,

e domingo, um evento organizado pela

junta de freguesia local que defende

a leitura como algo “essencial” que,

além de nos “ajudar a sonhar, faz-nos

pensar”. Hora do conto (com Ângela

Santos), conversas com escritores

(José Fanha), música (com Paulo

Ribeiro) e contos (com Jorge Serafim),

para além dos livros, só por si, são

as propostas desta edição inaugural,

que decorrerá no Centro Cultural

Freguesia de Unidade de Ervidel.

Festival de Sines chega ao fim amanhã

Nova música magrebina

encerra FMMM

embro destacado da Orchestre National de Barbès, onde aju-dou a renovar a música magrebina, o cantor, percussionista e tocador de guembri Aziz Sahmaoui leva ao Festival Músicas do

Mundo (FMM) o seu projeto a solo com a University of Gnawa, uma plata-forma musical onde cabem Marrocos, Senegal e França. Agendado para perto da uma da madrugada de amanhã, sábado, é este o concerto de en-cerramento da programação de 2011 no castelo, uma fusão entre o re-gisto religioso do gnawa, o chaabi, estilo festivo marroquino, os sons da África Negra, o jazz e o rock, com direito ao habitual fogo-de-artifício.

Até lá, e ainda hoje, sexta-feira, passam pelo palco principal do FMM qua-tro projetos que representam Portugal, Rússia, França e Marrocos. A abrir, pelas 18 e 45 horas, apresentam-se os Lisbon Underground Music Ensemble (LUME), uma big band de autor criada por Marco Barroso que reúne alguns dos melhores músicos portugueses do jazz e da clássica. Seguem-se, pelas 21 e 45 horas, o trio feminino Ayarkhaan, que lidera o movimento de revitaliza-ção da música da república russa da Iacútia, e, já depois das 23 horas, o projeto francês Marchand vs Burger “Before Bach”, no qual se juntam o cantor Erik Marchand e o guitarrista Rodolphe Burger, levando como convidado espe-cial Mehdi Haddab (Speed Caravan). Cabe aos alemães Dissidenten, uma das bandas que mais contribuiu para abrir a música ocidental aos sons do resto do mundo, o encerramento do serão de hoje, no castelo, já perto da uma da ma-drugada. Mas quem quiser continuar a festa pode ainda descer até à avenida da Praia (Vasco da Gama) para ouvir os Experimentar Na M’Incomoda, pro-jeto em que a música tradicional açoriana se redescobre através do digital.

Chegada da Ilha da Reunião, território francês no oceano Índico, Nathalie Natiembé, considerada como uma das vozes mais originais da atual música africana, é a aposta do FMM para abertura do palco do cas-telo, amanhã, sábado, pelas 18 e 45 horas. O registo africano mantém --se nos concertos seguintes, protagonizados pelo cabo-verdiano Mário Lúcio, fundador dos históricos Simentera, e pela dupla Sly & Robbie, a se-ção rítmica que mudou o reggae, que volta ao FMM com Junior Reid, um dos cantores jamaicanos em melhor forma, uma década passada sobre o concerto histórico dos Black Uhuru em Sines. Na avenida da Praia, perto das três das madrugada, os enérgicos, globais e multicolores Kumpania Algazarra asseguram-se de que a festa não termine até o sol raiar.

Virgem Suta sobem até Avis Os bejenses Virgem Suta são cabeça de cartaz da Feira Franca de Avis, concelho

do distrito de Portalegre, evento que decorre entre hoje, sexta-feira, e domingo,

31. No primeiro dia subirão ao palco os espanhóis La Frontera, mas amanhã, o

dia grande da festa, a noite será animada pelos autores de “Linhas cruzadas” e

“Dança de balcão”. No domingo será a vez de Miguel Gameiro, ex-líder dos Pólo

Norte, apresentar o seu projeto a solo.

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Boa vidaJazzNew York Art Quartet “Old Stuff”

A existência do New York Art Quartet (NYAQ) re-sume-se a cerca de um ano e meio de atividade e a dois discos oficiais de estúdio: o primeiro ho-

mónimo, de 1964, e “Mohawk”, do ano seguinte. A outra gravação disponível comercialmente é um registo não au-torizado feito ao vivo em Hilversum, Holanda, em 1965, creditado ao trombonista Roswell Rudd, na etiqueta fran-cesa America. As forças motrizes deste quarteto foram Rudd e o saxofonista John Tchicai, que se haviam conhe-cido em 1963, quando ambos trabalhavam com Bill Dixon. Porém, uma colaboração mais estreita só viria a efetivar-se no verão do ano seguinte, inicialmente com o contrabai-xista Don Moore e o baterista J. C. Moses (os dois haviam tocado com Tchicai no New York Contemporary Five). Mas quando Milford Graves surgiu numa audição ficou claro que a sua abordagem polirrítmica era o complemento ideal para o conceito de improvisação livre que procura-vam empreender. Para contrabaixista entrou entretanto

Lewis Worrell. Após a saída deste, vários foram os músicos que ocuparam o lugar, de en-tre os quais avulta o nome de Reggie Workman, que gravou “Mohawk” e esteve presente na reunião do grupo 35 anos depois, em 1999, por inicia-tiva de Thurston Moore, dos Sonic Youth, fervoroso adepto de free jazz. O NYAQ partici-pou na “October Revolution in Jazz”, lendária série de con-certos organizada por Dixon e Cecil Taylor e que fixou co-ordenadas para os tempos que se seguiriam. Quando, no verão de 1965, Tchicai re-gressou a Copenhaga agen-dou alguns concertos com o grupo na Dinamarca e na

Holanda, mas, dos outros membros, apenas Rudd conse-guiu estar presente, vendo-se obrigado a ter de contratar novos músicos para completar a formação. Escolheu Finn von Eyben, um dos poucos contrabaixistas de Copenhaga a navegar nas mesmas águas, e o baterista sul-africano Louis Moholo, que havia chegado à Europa em 1964 e que aqui escutamos na sua primeira gravação de free jazz. Foi esta versão europeia que escreveu um pequeno mas im-portante capítulo da já de si curta história do NYAQ, pe-ríodo esse que surge documentado em “Old Stuff”. Na Dinamarca o grupo tocou em duas datas: a primeira no cé-lebre Montmartre Jazzhus e, 10 dias depois, na sala de con-certos da rádio estatal dinamarquesa. No Concertgebouw de Amesterdão abriu para Ornette Coleman. Em momen-tos como “Rosmosis”, “Cool Eyes” e o tema-título é possí-vel escutar na plenitude a vibrante interação entre Tchicai e Rudd, suportada pelo drive intenso proporcionado por Eyben e Moholo. “Sweet V” e “Kirsten” são peças mais es-paçosas, mas onde se continua a sentir uma atmosfera de liberdade e de sentido de descoberta. Muito interessante é também a leitura de “Pannonica”, de Monk, que aqui pa-rece ganhar novas cores. “Old Stuff” é um importante do-cumento a acrescentar à esparsa discografia deixada pelo NYAQ.

António Branco

Nota: António Branco interrompe esta coluna durante o mês de agosto, voltando a este espaço em setembro.

“Nadir Afonso – Absoluto”, uma mostra que reúne 90 obras “de um incontornável nome do surrealismo português

do século XX”, está patente ao público na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, até 11 de setembro. Para

além de uma tapeçaria e alguns óleos determinantes no percurso artístico de Nadir, a exposição apresenta “cerca

de 80 desenhos e estudos inéditos que constituem referências fundamentais no processo criativo do pintor”,

também ensaísta e arquiteto. A exposição é realizada em parceria com o Museu da Presidência da República.

New York Art Quartet

– “Old Stuff”

John Tchicai (saxofone

alto), Roswell Rudd

(trombone), Finn von

Eyben (contrabaixo)

e Louis Moholo (bateria).

Editora: Cuneiform

Records

Ano: 2009

Comer Salada fresca de frango com nozesIngredientes para a salada :

1 frango assado ou cozido1 queijo fresco2 maçãs1 alface40 g. de nozes1 cenoura ralada8 rabanetes2 tomates maduros

Ingredientes para o molho:

1 ovo picado1 colher de sopa com mostardaSumo de 1 limão2 dl de natasq.b. de sal finoq.b. de pimenta preta moída

Preparação da salada:

Retire a pele e os ossos ao frango e corte-o aos bocados pequenos.Corte o queijo, a maçã, os raba-netes e o tomate aos cubos.Lave a alface e corte da forma que desejar.Envolva todos os ingredientes numa taça.

Preparação do molho:

Junte todos os ingredientes numa tigela.Retifique os temperos a seu gosto.Coloque todos os ingredientes numa taça envolva o molho e sirva bem fresco…Bom apetite….

António Nobre

Chefe executivo

de cozinha

– Hotéis M’AR De AR, Évora

E entretanto já passou um mês de verão. Com o fim do mês de julho chega também ao final, amanhã, sábado, mais uma edi-ção do Noites na Nora. Dias de calor, amenizados por noites

de entusiasmo e inspiração que, quem tem passado pelo espaço da Nora, em Serpa, tem partilhado sem, por momentos, ter inveja dos que andam a banhos por Monte Gordo e outras colónias de férias do Algarve.

Na sua 12.ª edição, o Noites na Nora (como habitualmente) brin-dou ao que de melhor se faz em Portugal e acolheu uma seleção de esperanças que ainda acredita num futuro da (e para a) cultura portuguesa.

Fruto dos tempos por um lado, por contingências financeiras por outro, e porque eles são realmente do melhor que atualmente se faz na música em Portugal, este foi o ano dos novos cantautores. Depois de Márcia e B Fachada é a vez de Nuno Prata subir ao palco.

Ex-baixista da extinta e saudosa banda Ornatos Violeta, Nuno Prata não se sente muito confortável com a designação de cantautor, garantindo que compõe apenas com o objetivo de intervenção nele próprio. Pode ser Nuno, mas as letras simples e diretas das canções de “Deve haver” são reflexo fiel de uma geração e de um país. O en-saio quotidiano da vida de “alguém” com um “emprego precário, um part-time temporário” em “Um dia não são dias não” é o retrato da vida de milhares de portugueses. E quase que apetece dizer: “Cala-te e come, passaste ao lado da tua revolução/Cala-te e come, foste capaz de tomar a tua própria indecisão/Cala-te e come, corre canais à pro-cura de distração”, como canta o músico portuense.

“Deve haver” é o segundo álbum a solo de Nuno Prata. Onze can-ções originais (produzidas por Hélder Gonçalves) e uma versão em português de “Used To Be”, de Gordon Gano, dos Violent Femmes, com o título “Isso Foi Antes”, para ouvir, refletir e usufruir hoje, sexta-feira, às 22 e 30 horas.

Amanhã, sábado, a crueza das palavras de Nuno Prata dá lugar à música “pop marialva traçada a tinto fanfarra com tiques à Emir Kusturica” de A Caruma e assinala o fim de Noites na Nora em festa, depois de cinco concertos, seis espetáculos de teatro, uma sessão de stand up comedy, uma residência artística e uma de cinema.

Se é um daqueles (muitos) que não está a banhos ainda está a tempo de vir até Serpa e desfrutar das “noites mais agradáveis do Alentejo”, proporcionadas pela Baal17 – Companhia de Teatro. Se está mais longe, e porque “Um dia não são dias”, venha também. O encontro, a conversa, a tertúlia, a intimidade entre o palco e a pla-teia, a troca de opinião após o espetáculo com os artistas que perma-necem no espaço, a dança, a alegria e a festa cada vez mais necessária são promessa desta casa, que é também a sua casa.

E para o ano (esperamos) há mais. Boas férias! Sandra Serra

Noites na Nora Nuno Prata e A Caruma e o fim do Noites na Nora

Nadir Afonso na Fundação

Eugénio de Almeida

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Vamos lá saindo Museu da Escrita em AlmodôvarA escrita mais antiga da Península está no Baixo Alentejo

Inaugurado em outubro de 2007, o Museu da Escrita de Almodôvar já recebeu lar-gas centenas de visitantes. Vêm aqui

com um motivo: conhecer a escrita mais an-tiga da Península Ibérica.

Os vestígios desta escrita, com mais de 2 500 anos, estendem-se por toda a região do sudoeste peninsular, com destaque para o sul do Baixo Alentejo, Algarve, Andaluzia e Extremadura espanhola. Era aqui o “cora-ção” da civilização tartéssica, que adaptou a escrita fenícia para uso próprio, criando uma outra e nova escrita.

Até hoje esta escrita continua indecifrá-vel. Como a maioria dos exemplares conhe-cidos têm sido encontrados em contextos funerários, nomeadamente em necrópo-les, os especialistas consideram que, pelo menos, uma grande parte dos achados se-rão estelas funerárias, em xisto, dedicadas a personalidades importantes da época, no momento da morte.

Rui Cortes é arqueólogo e responsá-vel pelo museu, que pertence à Câmara Municipal de Almodôvar. Guia-nos nesta visita pelos dois andares do pequeno espaço museológico, agradável e com uma leitura fácil dos objetos expostos.

“Não quisemos encher muito este espaço. Temos aqui alguns originais e algumas re-produções de estelas, mas não em grande número. A nossa ideia foi sempre permitir uma leitura simples dos objetos expostos e, por isso, tentámos não sobrecarregar o mu-seu com muitas peças”, diz Rui Cortes, ex-plicando o que se sabe da “escrita do sudo-este peninsular”.

“Sabemos que tem claramente uma influ-ência fenícia. Muitos dos carateres equivalem

a carateres fenícios e o povo que aqui vivia – os Tartessos – acabou por adaptar essa es-crita à língua que falava e criou, assim, uma escrita própria. No “Signário da Espanca”, que é uma pedra que contém todo este se-mialfabeto, os primeiros 19 carateres são de influência fenícia. “Os Tartessos acrescenta-ram-lhe mais oito carateres, para colmatar essas falhas fonéticas, e criaram uma nova escrita”, refere o arqueólogo.

“Sabemos que o signário tem, por isso, no total, 27 carateres, existem pequenas variantes regionais e sabemos alguns valores fonéticos, alguns sons destes carateres. A escrita tem to-das as vogais. Nas consoantes não tem o f, nem o g, mas tem o s, o r, algumas silábicas como o ka, ke, ko, o ta, te e outras de um som só. E escreve-se da direita para a esquerda”, diz Rui Cortes.

Entre os achados mais significativos consta o chamado “Signário da Espanca”, uma pedra de xisto em que, no topo, o mestre terá dese-nhado os símbolos do alfabeto e em baixo um discipulo terá feito uma cópia, mais imper-feita. O “Signário da Espanca” integra a expo-sição permanente e é um dos seus ex-libris.

“Como é que se chegou à conclusão de que era uma cópia? É simples. Se olhar-mos para a pedra veremos que na linha de cima os carateres são muito mais retilíneos, muito mais profundos e bem desenhados, enquanto que na linha de baixo os carateres repetidos estão mais imperfeitos, o que de-monstra que quem os desenhou dominava mal a escrita. A linha de baixo é uma cópia da de cima feita por um discípulo que trei-nava para imitar o mestre”, afirma o res-ponsável pelo museu.

No primeiro andar do museu funciona

um espaço para exposições temporá-rias. Agora está ali uma exposição sobre os Tartessos, o povo que criou esta escrita. Um povo com relações com toda a bacia do Mediterrâneo.

“Apesar disso era um povo que tinha es-sencialmente estruturas rurais e que vivia numa espécie de monte alentejano, de estru-turas retangulares, quase unifamiliares, ge-ralmente localizados junto a ribeiros ou rios, porque aí é que estavam os recursos e os va-les também eram mais ricos, enquanto que as linhas de água serviam-lhes de vias de comu-nicação. As necrópoles, em que muitas des-tas lápides foram encontradas, eram também perto desses lugares de habitação. O concelho de Almodôvar tem um grande número de ri-beiros e rios e, por isso, é natural que esteja no centro deste fenómeno”, diz Rui Cortes, subli-nhando que a existência deste museu poderá também contribuir para que um dia seja pos-sível decifrar esta escrita, silenciosa no seu sig-nificado até aos dias de hoje.

“É uma forma também de divulgar e chamar a atenção para esta escrita com 2 500 anos, aumentando o interesse por ela e pelo povo que a deixou gravada um pouco por toda a região”, conclui o arqueólogo, para quem “ainda há muito a fazer” no es-tudo e na preservação do rico espólio arque-ológico existente no concelho.

Carlos Júlio

Mesa – O Museu da Escrita do Sudoeste fica na rua do Relógio (junto à Torre do Relógio), em Almodôvar. Está aberto de se-gunda a domingo, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. Fecha aos feriados. O tele-fone é o 286 665 357.

Entre os achados mais significativos consta o chamado “Signário da Espanca”, uma pedra de xisto em que, no topo, o mestre terá desenhado os símbolos do alfabeto e em baixo um discipulo terá feito uma cópia, mais imperfeita.

Música, exposição e venda de artesa-nato em Milfontes Durante todo o mês de agosto, a Associação de Reformados e Idosos de Vila Nova de Milfontes vai ter patente nas suas instalações uma expo-sição de artesanato e doces tradicionais, com o objetivo de angariar fundos para a instituição. Paralelamente, a partir de amanhã, sábado, a sede da associação vai ser palco para

diversos espetáculos musicais com a participação de gru-pos corais e de cantares da região, entre os quais os grupos Cantares da Serra de São Martinho das Amoreiras, Canta São Teotónio, Ceifeiras do Malavado, Violas Campaniças de Corte Malhão, Orfeão Lira Cercalense e os corais de Vila Nova de Milfontes, São Luís e da Associação de Reformados e Idosos de Vila Nova de Milfontes. A Associação de

Reformados e Idosos de Milfontes conta atualmente com cerca de 1200 associados. Presta apoio domiciliário a cerca de 50 idosos, das freguesias de Milfontes e Longueira//Almograve. Fornece anualmente perto de 15 mil refei-ções e as suas viaturas percorrem 100 mil quilómetros por ano. A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Odemira e juntas de freguesia do concelho.

A Câmara Municipal de Odemira deu início à realização de passeios regulares de

barco no rio Mira, que irão fazer a ligação entre Vila Nova de Milfontes e Odemira.

Esta iniciativa tem como objetivo “contribuir para o desenvolvimento turístico

da região, potenciando a beleza paisagística e os recursos naturais únicos que

o concelho de Odemira tem para oferecer”. O rio Mira, que nasce na serra do

Caldeirão, no Algarve, atravessa todo o concelho e “tem a sua majestosa foz junto

a Vila Nova de Milfontes, oferecendo inúmeras possibilidades de ocupar o tempo,

como a pesca ou a prática de atividades desportivas e de lazer”, destaca a autarquia.

A ligação de barco irá decorrer regularmente de sexta-feira a domingo, até 2 de

outubro, sendo o local de embarque o cais da Fateixa, em Vila Nova de Milfontes.

Passeios de barco

no rio Mira

JOSÉ

FER

ROLH

O

Page 24: Edição nº 1527

Nº 1527 (II Série) | 29 julho 2011

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, 29, o céu vai estar limpo. A temperatura vai oscilar entre os 19 e os 36 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol vai brilhar e no domingo prevê-se céu pouco nublado e descida da temperatura.

Respondendo ao apelo do público, o grupo Rastolhice tem o seu pri-meiro álbum, homónimo, pronto

a sair, recheado de modas bem conhecidas do cancioneiro popular do Baixo Alentejo. António Caturra, um dos seus quatro ele-mentos, revela um coração onde cabem todas as artes, fala da pintura enquanto forma privilegiada de expressão e define o seu próprio estilo, que dá nome a um blo-gue: “Pintura Biosurrealista”.

Define-se como “amante de todas as artes

e praticante de algumas”, mas é como ar-

tista plástico que mais se tem destacado. É

a sua forma primordial de expressão?

É como autodidata que tenho abordado vá-rias artes e desenvolvido os meus conheci-mentos. O meu primeiro contacto direto com as artes acontece aos 12 anos, atra-vés do teatro, como ator no “Presépio”. Com 15 anos fiz parte do embrião que vi-ria, no pós 25 de Abril, a originar o Grupo de Teatro da Boavista, que integrei du-rante alguns anos. Mais tarde trabalhei na companhia de teatro Arte Pública na área da cenografia, com presenças na Expo-98 e no Centro Cultural de Belém, entre ou-tras. Também nesta vertente das artes tra-balhei em produtos televisivos. Na compa-nhia Lendias D´Encantar trabalhei como ator e como cenógrafo. A leitura é um dos meus vícios, o qual me levou experi-mentar o prazer da escrita. O cante é uma das boas fatalidades de ser baixo alentejano.As artes visuais são a expressão que encontro, mais colada à minha pele, para me evadir do espaço exíguo que sou, enquanto vulgar cida-dão. Daí a ter algum lugar de destaque, não sei qual é a distância que vai. No entanto, não escondo o propósito de me afirmar neste uni-verso artístico. Desde o final da adolescência

António Caturra53 anos, natural de Santa Clara de Louredo

É um autodidata com incursões em vários territórios artísticos. No teatro, como ator e cenógrafo. Na música, integrando alguns projetos de música tradicional alentejana, entre eles os Rastolhice, com João Cataluna, Pedro Mestre e Armando Torrão. Nas artes plásticas, a forma de expressão “mais colada” à sua pele, desenvolvendo um estilo próprio que define como “pintura biosurrealista”. Um terreno na “fronteira entre o abstrato e o figurativo”, cujas formas sugerem as “viagens visuais” que se podem fazer através de um microscópio.

que, conscientemente, tenho conduzido a minha vida em função das artes visuais.

O que é a “pintura biosurrealista” à qual

dedica o seu blogue?

O meu blogue é o reflexo da necessidade que sinto de nomear um estilo de pin-tura que abracei nos últimos anos, no qual me vejo diferenciado de todas as formas de pintura que conheço. Creio que atual-mente a minha pintura congrega caracte-rísticas que podem definir um estilo. O re-sultado da minha maneira de pintar pode situar-se num abstracionismo impuro, onde algumas formas se exibem com ti-midez, na fronteira entre o abstrato e o fi-gurativo, por vezes apenas denunciadas pela própria sombra, em planos entrelaça-dos, pretendendo surpreender o olhar, pis-cando o olho ao real, provocando a interro-gação através do absurdo. Boa parte dessas formas emergentes sugerem-me as via-gens visuais que se podem fazer num mi-croscópio e que enfatizam o prefixo “bio”: chamei-lhe pintura biosurrealista.

Tem integrado alguns projetos de música

tradicional, nomeadamente os Rastolhice,

que têm um novo CD pronto a sair. O que

se pode dizer sobre ele?

O CD “Rastolhice” é a resposta ao apelo do nosso público. Sempre que terminamos um concerto somos abordados por pessoas a solicitar CD. Era já uma vergonha não ter essa singela capacidade de resposta. É uma gravação feita em duas horas no Cineteatro de Portel, sem grandes pretensões mas que tem uma boa qualidade auditiva. Tanto na nossa interpretação como nos trabalhos de gravação e masterização. Quem comprar não fica defraudado.

Entrevista de Carla Ferreira

Artes comunicantes em MouraAcontece, entre os dias 3 e 7 de agosto, a primeira edição

do FAC – Festival de Artes Comunicantes. A organização

deste festival ao ar livre e gratuito encontra-se a cargo

do Teatro Fórum de Moura. O programa, segundo a

organização, “prevê cerca de 30 apresentações diferentes

tendo o teatro como centro, mas em diálogo com outras

áreas artísticas, como as artes visuais, a música, a

performance, e o cinema documental, entre outras”.

“Cabo Verde…Terra de Encantos”O Museu Municipal de Vidigueira acolhe, até ao dia 14

de agosto, a exposição temporária “Cabo Verde...Terra

de Encantos”, composta pela pintura de David Levy

Lima e, entre outros, por uma mostra de artesanato

de Cabo Verde. A exposição integra-se no âmbito de

estágios curriculares dos cursos de Turismo Ambiental

e Rural e de Animação Sociocultural da Escola

Profissional Fialho de Almeida.

Grupo coral de São Luís faz anosEntre os dias 5 e 7 de agosto, a aldeia de São Luís

vai estar em festa para assinalar o 10.º aniversário

do Grupo Coral da Casa do Povo de São Luís. Um

encontro de grupos corais, espetáculos com artistas

populares e quermesse compõem o cartaz.

Cultura e desporto em AlmograveA Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da

Longueira vai promover, entre os dias 8 e 14 de agosto,

a 1.ª Semana Cultural e Desportiva da Freguesia de

Longueira/Almograve, no concelho de Odemira,

na qual haverá espaço para workshops, espetáculos

musicais, artesanato e atividades desportivas.

Pintura ao ar livre em OdemiraPelo segundo ano consecutivo, nos dias 13 e 14 de agosto,

a zona ribeirinha da vila de Odemira vai ser palco para

um fim de semana de pintura ao ar livre promovido pela

associação Sopa dos Artistas, com o apoio da câmara

local. Teresa Calado, Miguel Carvalho, Angela Cassar

de Sain, Gonçalo Condeixa, Maria da Fé, Sofia do Vale,

Zenovy Klymco, Miguel Mascarenhas, Philipee Peseux e

Otto Taufkirch são os artistas participantes.

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António Caturra, artista autodidata

Um “amante de todas as artes”

Page 25: Edição nº 1527

Cadernodois

Sexta-feira,29 julho 2011Nº 1527 (II Série)

Câmarade Beja investe

na eficiência energética

Com base na estratégia de ecossustentabilidade, a Câmara Municipal de Beja aprovou, na última reunião de

câmara, a formalização de candidatura para substituição da atual tecnologia de iluminação dos semáforos por

tecnologia LED. A candidatura vai ser apresentada ao InAlentejo no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência

no Consumo, inserido na Estratégia Nacional para a Energia 2020. O projeto tem como objetivo “melhorar a

eficiência energética nos consumos, com medidas de otimização do desempenho energético nos semáforos”.

A medida engloba a cidade de Beja e as localidades de Beringel, Santa Vitória, Penedo Gordo e São Matias.

As hortas de Santa Clara de Louredo (Boavista) andam envoltas em polémica, deixando os hortelões apreensivos. O proprietário do terreno, porém, explica: “As hortas vão continuar, mas não podem continuar a existir barracas nem acumu-lação de lixo”. As hortas deverão, no en-tanto, passar do lado direito para o lado esquerdo da estrada. O proprietário jus-tifica a mudança “com a necessidade de aumentar a parcela que está junto ao muro da quinta”.

Texto Bruna Soares

Foto José Ferrolho

O caminho de terra batida denuncia a chega às hortas de Santa Clara de Louredo, no concelho de Beja. Nos pe-

quenos talhões alinhados estão pés de laran-jeira, leiras de hortelã, alhos e, entre outras hortícolas e frutícolas, coentros aos molhos.

As hortas de Santa Clara de Louredo ou Boavista têm andado, porém, na boca do mundo. O motivo da especulação é a continu-ação ou não da existência das mesmas, uma vez que estão instaladas num terreno privado propriedade de Francisco Castro Ribeiro, des-cendente do fundador da aldeia. O “Diário do Alentejo” foi às hortas, não para colher os fru-tos, mas para perceber a verdadeira história e falou com os hortelões, mas também com o proprietário do terreno.

“A conversa generalizou-se. Ninguém sabe de onde partiu e se tem ou não fundamento, mas comenta-se que o proprietário das terras [Francisco Castro Ribeiro] quer acabar com as hortas”, conta apreensivo Raúl Colaço, um dos hortelões. O homem encosta-se à sua bicicleta e considera: “Isto é um terreno com água, passa aqui um ribeiro junto às hortas. O proprietário deve ter outros interesses para ele. Todos sabe-mos que a água vale ouro”.

Proprietário quer acabar com as barracas e com o lixo nas pequenas plantações em Boavista

As hortas da polémica

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Mas as hortas vão ou não deixar de exis-tir? Francisco Castro Ribeiro garante: “Sempre houve da nossa parte toda a vontade de man-ter as hortas. Queremos continuar a possibili-tar que as pessoas mais necessitadas tenham um complemento, que nestes tempos mais conturbados é muito importante. Vai conti-nuar a haver hortas e as pessoas não têm a me-nor razão de preocupação”. Nesse assunto, se-gundo o proprietário, a única coisa que muda é a localização das mesmas, que é o mesmo que dizer o lado da estrada, uma vez que “as hor-tas deverão passar do lado direito para o lado esquerdo”.

Castro Ribeiro explica: “Necessitamos de aumentar a parcela que está junto ao muro

da quinta, daí querermos mudar as hortas do atual lado direito da estrada para o lado es-querdo. A área é a mesma e está apenas a 10 metros do local atual”.

Francisco Castro Ribeiro, porém, garante: “Vai continuar a haver hortas, mas não podem continuar a existir barracas, como por exem-plo cercas feitas de chapa, madeira podre e pa-letes”. E acrescenta: “Esta condição é inegoci-ável e se as pessoas quiserem continuar a ter hortas terão que a respeitar, uma vez que as barracas são ilegais, um problema de saúde pú-blica e uma afronta ambiental”.

O proprietário garante que muitas das barracas “estão abandonadas” e que “as pes-soas que têm horta levam todos os utensílios

para casa”, uma vez que estas são “frequente-mente assaltadas”. Na verdade, para Francisco Castro Ribeiro, “as barracas acumulam lixo e são verdadeiros viveiros de ratos, cobras e ou-tras pragas”.

José Monteiro, reformado, é um dos muitos hortelões que semeia no local e diz: “Se um dia quiserem acabar com isto não sei como vai ser. Para nós é um passatempo e uma grande ajuda. Sempre colhemos algo para comer”. E lem-bra: “Todos nós investimos alguma coisa aqui. Quase todas as hortas têm um poço e sempre gastámos aqui algum dinheiro. Mesmo que se mude de local não sei como vai ser”.

Francisco Castro Ribeiro tem consciência que a maioria das hortas são plantadas por re-formados e que os alimentos que lá produzem são um contributo para o orçamento familiar e, neste sentido, diz: “Esta questão está total-mente acautelada e por isso queremos manter as hortas, proporcionando uma ajuda a quem mais precisa”. Segundo o proprietário, exis-tem, no entanto, “algumas pessoas que têm ne-gócios instalados e que fornecem mercado e alguns restaurantes, de forma totalmente ile-gal” e que “são estes poucos que estão a levan-tar problemas”.

O proprietário lembra ainda que a “genera-lidade das freguesias está a apostar nas hortas comunitárias”, e afirma: “Na Boavista vamos seguir esta tendência, no entanto, e ao con-trário da maioria das povoações, é graças aos proprietários que existem”, diz, recordando que “em 2008 foi proposto à junta de fregue-sia que assumisse a gestão do espaço e a junta não quis”.

Por fim, Francisco Castro Ribeiro defende: “A nossa posição é simples: pode haver hortas, mas tudo o resto não faz sentido”. “Algumas pessoas querem levar a questão para um lado político francamente negativo. Não há aspetos políticos neste assunto, mas temos em conta e acautelamos todos os aspetos sociais”, conclui.

Boavista Hortelões cultivam os terrenos cedidos há mais de 20 anos

Page 26: Edição nº 1527

2 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

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e Terapeuta FamiliarMembro Efectivo

da Sociedade Portuguesa de Terapia

Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias

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DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL,

Quinta da Correeira, Lote 49,8200-112 Albufeira

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Page 27: Edição nº 1527

3 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

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sioterapia | reabilita o (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna)Dr. Fábio Apolinárioginecologia | obstetrícia | colposcopiaDrª Ana Ladeirapsicologia clínicaDrª Maria João Póvoaspsicologia educacionalDrª Silvia ReispodologiaDr. Joaquim Godinhocirúrgia vascularDrª Helena Manso

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia)Drª Ana Rita Barros (ortodon a)

prótese dentáriaTéc. Ana Godinho cirurgia maxilo-facialDr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimentoDrª Ana So a Brancopsicomotricidade | apoio pedagógicoDrª Helena Louro

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Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

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Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental

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Hospitalar do Baixo Alentejo.

Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia

Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina

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aprendizagem/dislexias)

Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de

Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e

Vias Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria

– Hospital de Santa Maria

Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de

Medicina Interna, doenças de estômago, fígado,

rins, endoscopia digestiva.

Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

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Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia

no Hospital de Beja

Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar –

Centro Hospitalar do Baixo Alentejo

Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças

do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de

Beja

Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno

do Hospital Garcia da Orta.

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e caçador.

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Page 28: Edição nº 1527

4 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

institucional/diversos

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 1ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.61 - Prédio Rústico, inscrito na matriz predial do Concelho de Serpa, Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Secção C, com o Artigo Matricial nº 92, com a Área Total de (ha) 0,187500, sendo utilizado como depósito de inertes de pedreira e de maquinarias.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA RE-PUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) SECUNDINO MILHANO DOMINGOS, residente em BEJA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-07-29 e as 16:00 horas do dia 2011-09-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 3.937,50.As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldas-

fi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identifi cação fi scal do proponente. O prazo para recepção de pro-postas termina às 16:00 horas do dia 2011-09-13 procedendo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-09-14, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).

Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT).

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC).

No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,

de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT).A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto

Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), ci-tando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200701031279 (e apensos)NIF/NIPC: 111762120Nome: SECUNDINO MILHANO DOMINGOSMorada: PCT JOSE GONÇALVES JERONIMO AIVECA N 11 2 DT - BEJA - BEJA2011-07-13

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 1ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2010.69 - A parte de 8000/49125 do Prédio Rústico inscrito na matriz predial do Concelho de Serpa, Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Secção C do Artigo Matricial nº 19, com a Área Total de (ha) 4,912500, com-posto por olival e área de depósitos de inertes não aproveitáveis de pedreira.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPU-BLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) SECUNDINO MILHANO DOMINGOS, residente em BEJA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-07-29 e as 16:00 horas do dia 2011-09-13.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 5.372,01.As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldasfi nan-

cas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identifi cação fi scal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-09-13 procedendo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-09-14, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).

Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT).

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC).

No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200901003844 (e apensos)NIF/NIPC: 111762120Nome: SECUNDINO MILHANO DOMINGOSMorada: PCT JOSE GONÇALVES JERONIMO AIVECA N 11 2 DT - BEJA - BEJA2011-07-13

O Chefe de Finanças:Manuel José Borracha Pólvora

Page 29: Edição nº 1527

5 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

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Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 1ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2010.75 - Prédio urbano com uma divisão, destinado a Armazéns e actividade indus-

trial, com a área total do terreno 5.720,0000 m2, e área bruta privativa de 1.387,2000 m2, inscrito na matriz da

freguesia de Santa Vitória, Concelho de Beja, sob o artigo 826.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA

DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos

termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem

acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em

processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) SOC AGRICOLA DO MILHO GRÃO LDA, residente em LISBOA, que deverá

mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-06-29

e as 16:00 horas do dia 2011-09-12.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 62.502,68.

As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.

portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em

carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na

respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identifi cação fi scal do proponente. O

prazo para recepção de propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-09-12 procedendo-se à sua abertura

pelas 10:00 horas do dia 2011-09-13, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão

consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT).

Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um

proponente, abre-se licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em com-

propriedade (253.º/b CPPT).

Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso

contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias,

contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução

fi scal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo

Civil - CPC).

No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue

no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no

prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante

em até 8 meses (256.º/f CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o

Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor

Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239º/2 e 242º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242º/2),

citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de

15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem

penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200901007564 (e apensos)

NIF/NIPC: 503841463

Nome: SOC AGRICOLA DO MILHO GRÃO LDA

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O Chefe de Finanças:

Manuel José Borracha Pólvora

Page 30: Edição nº 1527

6 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

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Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

NOTÁRIA DE OURIQUEMaria Vitória Amaro

CERTIFICADO

Certifi co, para fi ns de publicação, que no dia vinte de Julho

do ano dois mil e onze, no Cartório Notarial de Ourique, a folhas

oitenta e três e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas

número Quarenta e Cinco-D, se encontra exarada urna escritura

de Justifi cação, na qual Maria Amália Guerreiro Venâncio Baião,

casada com António Manuel da Conceição Baião, segundo o regime

de comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de

Almodôvar, residente na Rua Circular, n°62, Aldeia do Carrasco,

Portimão, N.I.F. 155 260 979; e Mário Guerreiro Venâncio José,

casa do com Helena de Fátima Coelho Florindo José, segundo o

regime de comunhão de adquiridos, natural de Joanesburgo, África

do Sul, residente na Urbanização do Pateiro, Bloco 1, Casa A, Par-

chal, N.I.F. 187 857 415.

Pelos primeiros outorgantes foi dito:

Que as heranças de seus pais António José e mulher Felicidade

Maria da Fátima Pedro, são donas e legítimas possuidoras, com

exclusão de outrém, dos seguintes prédios situados na freguesia

de São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola:

a) Rústico denominado “Courela dos Malhões”, com a área de

oito hectares três mil setecentos e cinquenta centiares, composto

de cultura arvense e leitos de curso de água, inscrito na respectiva

matriz sob o artigo 67 da Secção N, com o valor patrimonial de

€75,17, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob

o número cento e trinta e quatro – São Miguel do Pinheiro.

b) Rústico denominado “Cerca das Oliveiras”, com a área

de cento e vinte e cinco metros quadrados, composto de cultura

arvense, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 25 da Secção

M, com o valor patrimonial de €0,50, descrito na Conservatória do

Registo Predial de Mértola sob o número cento e trinta e seis – São

Miguel do Pinheiro.

c) Rústico denominado “Cerca das Oliveiras”, com a área de

quinhentos metros quadrados, composto de cultura arvense e

oliveiras, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 27 da Secção

M, com o valor patrimonial de €3,02, descrito na Conservatória do

Registo Predial de Mértola sob o número cento e trinta e sete – São

Miguel do Pinheiro.

d) Rústico denominado “Caminho Martimlongo”, com a área de

três hectares nove mil e quinhentos centiares, composto de cultura

arvense e oliveiras, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 91 da

Secção P, com o valor patrimonial de €36,08, descrito na Conserva-

tória do Registo Predial de Mértola sob o número cento e cinquenta

e seis – São Miguel do Pinheiro, os quais se encontram inscritos na

matriz em nome de Manuel Inocêncio ou Manuel lnocêncio Guerreiro,

pais de Felicidade Maria da Fátima Pedro.

Que os identifi cados prédios vieram à posse de António José

e mulher Felicidade Maria da Fátima Pedro, pais dos justifi cantes,

por os terem adquirido por acto não titulado, por partilha com simul-

tânea doação, meramente verbal, que com os demais interessados

fi zeram em dia que não podem precisar, mas no mês de Agosto do

ano de mil novecentos e setenta e quatro, dos bens do casal Manuel

Inocêncio e mulher Maria Dias, também conhecida por Maria Dias

Pedro, residentes que foram no Monte da Corredoura, freguesia de

São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola.

Que, o dito Manuel lnocêncio, faleceu, sem testamento, no dia

vinte e sete de Dezembro de mil novecentos e setenta e um, no es-

tado de casado segundo o regime de comunhão geral de bens com

Maria Dias, sucedendo-lhe como herdeiros os seus quatro fi lhos,

João Manuel lnocêncio, Maria do Carmo Pedro, Felicidade Maria da

Fátima Pedro e Encarnação Maria do Nascimento Guerreiro.

Que, em meados de Agosto de mil novecentos e setenta e qua-

tro, a viúva, Maria Dias, fez doação, não titulada, a todos os fi lhos

da sua meação dos bens do extinto casal e seguidamente fi zeram

a partilha, também não titulada dos bens do extinto casal.

Que, a partir daí os ditos Felicidade Maria da Fátima Pedro e

marido António José tomaram posse dos identifi cados prédios, posse

ininterrupta e sem oposição de quem quer que fosse.

Que a posse exercida sobre os identifi cados prédios foi sempre

em nome dos referidos Felicidade Maria da Fátima Pedro e marido

António José, antepossuidores e após a sua morte os seus herdeiros,

sempre continua e de boa fé.

É assim tal posse pacífi ca, pública, contínua e durando há

mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de pro-

priedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua

própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título

formal extrajudicial.

Foi dado cumprimento ao disposto no artigo 99° do Código

do Notariado.

Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar

o seu direito ao registo, vêm justifi cá-lo nos termos legais.

Está conforme o original

Cartório Notarial de Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro,

aos vinte de Julho de 2011.

A Notária,

Maria Vitória Amaro

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLAConservador em substituição

Alexandre José da Silva Santos

CERTIDÃO NARRATIVA(Conforme Art° 100 do Código do Notariado)

Alexandre José da Silva Santos, conservador em substituição do CartórIo Notarial de Mértola, certifi ca:

Que, para efeitos de publicação foi lavrada em vinte e dois de Julho do ano de dois mil e onze neste Cartório notarial e exarada a partir de folhas quarenta e duas e seguintes do livro de notas para escrituras diversas nú-mero trinta-D, uma Escritura de Justifi cação Notarial, na qual António lnácio dos Santos, NIF 159.303.193, e mulher Ilda Maria David NIF 138.303.193, casados segundo o regime da comunhão geral de bens, naturais ele da freguesia de S. Miguel do Pinheiro e ela da freguesia de S. Pedro de Sólis, ambas do concelho de Mértola, residentes habitualmente em S. Pedro de Sólis declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes prédios todos localizados na freguesia de S. Pedro de Sólis concelho de Mértola, a saber:

a) Rústico, composto de cultura arvense, localizado ao sítio da Aldeia com a área de setecentos e cinquenta metros quadrados, a confi nar do Norte, do Sul do Nascente e do Poente com via pública inscrito na matriz predial rústica em nome do justifi cante varão sob o artigo 106 secção D.

Que, quanto ao prédio rústico atrás identifi cado os ora justifi cantes sempre o amanharam, plantaram, e colheram os respectivos frutos e quanto aos prédios urbanos anteriormente identifi cados pelas alíneas b) e c) sempre o habitaram, permanecendo e vivendo na casa identifi cada pelo artigo 653, pagando as respectivas contribuições tendo portanto os adquirido e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífi ca, porque exercida sem violência, continua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verifi cam todos os requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião.

Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule sufi cientemente o seu direito e lhes permitam, para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade sobre os aludidos prédios justifi cam a aquisição dos mesmos no presente acto por usucapião.

É extracto certifi cado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifi que ou condicione a parte transcrita.

São Vicente, vinte e dois de Julho de dois mil e onze.

O Conservador, em substituiçãoAlexandre José da Silva Santos

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

AMCAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

DO ALENTEJO CENTRAL

PROCEDIMENTO CONCURSALEncontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011, o

procedimento concursal de selecção publicado no Diário

da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 –

Aviso nº 14854/2011.

Carreira: Técnico superior

Categoria: Técnico superior

Habilitações académicas: Licenciatura em contabilidade

ou gestão de empresas

Actividade: Serviços administrativos e financeiros

(contabilidade)

Número de postos de trabalho: 1

Duração do contrato: Tempo indeterminado

As candidaturas deverão ser formalizadas mediante

requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Directivo

da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no res-

pectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado

com aviso de recepção para:

AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo

Central

Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 Cuba

Aos interessados recomenda-se a consulta no sítio

www.bep.gov.pt.

Eventuais esclarecimentos serão solicitados através

do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: amcal@

amcal.pt

Cuba, 26 de Julho de 2011.

O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL,

Francisco António G. Orelha

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

AMCAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

DO ALENTEJO CENTRAL

PROCEDIMENTO CONCURSALEncontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011,

o procedimento concursal de selecção publicado no Diário da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 – Aviso nº 14857/2011.

Carreira: Assistente técnicoCategoria: Assistente técnicoHabilitações académicas: 12º anoActividade: Serviços administrativos e fi nanceiros

(aprovisionamento e património)Número de postos de trabalho: 1Duração do contrato: 1 anoAs candidaturas deverão ser formalizadas mediante

requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Direc-tivo da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no respectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado com aviso de recepção para:

AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo Central

Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 CubaAos interessados recomenda-se a consulta no sítio

www.bep.gov.pt.Eventuais esclarecimentos serão solicitados através

do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: [email protected]

Cuba, 26 de Julho de 2011.O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL,

Francisco António G. Orelha

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

AMCAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

DO ALENTEJO CENTRAL

PROCEDIMENTO CONCURSALEncontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011,

o procedimento concursal de selecção publicado no Diário da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 – Aviso nº 14853/2011.

Carreira: Assistente técnicoCategoria: Assistente técnicoHabilitações académicas: 12º anoActividade: Serviços de resíduos sólidos (aterro

sanitário)Número de postos de trabalho: 1Duração do contrato: Tempo indeterminadoÁreas de recrutamento: O recrutamento ocorre entre

os trabalhadores com relação jurídica de emprego públi-co previamente estabelecida, atento o disposto no nº 4 do artigo 6º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro.

As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Direc-tivo da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no respectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado com aviso de recepção para:

AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo Central

Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 CubaAos interessados recomenda-se a consulta no sítio

www.bep.gov.pt.Eventuais esclarecimentos serão solicitados atra-

vés do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: [email protected]

Cuba, 26 de Julho de 2011.O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL,

Francisco António G. Orelha

Page 31: Edição nº 1527

7 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

necrologia/diversos

CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL“DESDE 1800”

Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

[email protected]

MECÂNICO ADMITE-SEEmpresa de prestigiada marca de tractores e máquinas agrícolas pretende admitir para Beja:PRETENDE-SE:– Conhecimentos e experiência de mecânica na área– Carta de condução– Conhecimentos geográficos do distrito de Beja– Disponibilidade imediata/a curto prazoOFERECE-SE:– Remuneração compatível com a experiência e conhecimentos demonstrados.

Resposta ao nº 15877 do jornal “Diário do Alentejo”

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.Tm 963044570 – Tel. 284441108

Rua das Graciosas, 7

7960-444 VILA DE FRADES/VIDIGUEIRA

Alcaria da Serra

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Angelina Rosa AmaroNasceu 14.07.1932

Faleceu 26.07.2011

Faleceu a Exma. Sra. Angelina

Rosa Amaro, natural de São

Matias, casada com a Exmo. Sr.

Manuel António Chalampita.

O funeral a cargo desta agên-

cia realizou-se no passado

dia 27, da Casa Mortuária de

Alcaria da Serra para o cemi-

tério local.

Sua família, na impossibilidade

de o fazer pessoalmente, agra-

dece por este meio a todas as

pessoas que o acompanha-

ram à sua última morada ou

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Gertrudes Benta Lula Rosa BastosNasceu 02.12.1924

Faleceu 24.07.2011

Faleceu o Exmo. Sra. Gertrudes Benta Lula Rosa Bastos, natural de Vidigueira, Viúva. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 25, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local.Seus fi lhos, genro, nora, netos e restante família, na impossibi-lidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a to-das as pessoas que o acompa-nharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

José Augusto Maldonado

Nasceu 12.05.1933

Faleceu 23.07.2011

Faleceu o Exmo. Sr. José Augusto Maldonado, natural de Beringel, casado com a Exma. Sra. D. Alice Júlia da Silva Cruz.O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 24, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local.Seus fi lhos, noras, netos e res-tante família, na impossibilida-de de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acom-panharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Portel

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

José da Rosa VaretaNasceu 03.07.1932

Faleceu 23.07.2011

Faleceu o Exmo. Sr. José da Rosa Vareta, natural de Portel, casado com a Exma. Sra. D. Luísa da Assunção Rosinha Raposo Vareta.O funeral a cargo desta agên-cia realizou-se no passado dia 25, da Igreja da Misericórdia de Portel para o cemitério local.Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agra-decem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam

à sua última morada ou de

outro modo manifestaram o

seu pesar.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA FRANCISCA RODRIGUES OLIVEIRA, de 78 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.

CUBA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARGARIDA RODRIGUES MADEIRA, de 80 anos, natural de Salvador - Beja, casada com o Exmo. Sr. António José Luiz. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

VILA ALVA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ESPERANÇA DAS DORES LETRAS, de 80 anos, natural de Vila Alva - Cuba, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária do Hospital de Beja, para o cemitério de Vila Alva - Cuba.

BALEIZÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. RUFINA DA CONCEIÇÃO AFONSO, de 88 anos, natural de Selmes - Vidigueira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

SÃO MATIAS

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA FANECO ROBERTO, de 86 anos, natural de Vale de Vargo - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA ROSA DA COSTA PÁSCOA, de 73 anos, natural de Salvador - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JESUS DOMINGUEZ ALVAREZ, de 78 anos, natural de Vendas Novas, casado com a Exma. Sra. D. Maria Isabel Correia Marciano Alvarez. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM ANTÓNIO JÚLIO, de 80 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Isabel Bárbara Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

PARTICIPAÇÃO

Vimos participar o falecimen-

to da Exma. Sra. Palmira

Neto Martins Água Doce,

de 93 anos de idade, viú-

va, natural de Alte, Loulé.

O funeral realizou-se no

dia 26/07/2011 das Capelas

Mortuárias de Beja para o

cemitério local.

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.

Rua António Sardinha, nº 12, 7800-447 BEJA

Tel. 284323555 Tm. 965217456

Serpa

É com enorme pesar e soli-

dários na dor da família que

participamos o falecimento

da Sra. Maria Joaquina de

88 anos, viúva.

O funeral a cargo desta fu-

nerária realizou-se no pas-

sado dia 22 de Julho da Casa

Mortuária de Serpa para o

cemitério local.

A família, na impossibilidade

de o fazer individualmente,

agradece a todas as pesso-

as que pela sua presença ou

de outra forma expressaram

o seu pesar.

FuneráriaCentral de Serpa, Lda.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

MISSA DO 30.º DIA

Maria Luísa Ferraz

Romão

A sua famí l ia par t ic ipa

que será celebrada missa

pelo eterno descanso da

sua ente querida, no dia

30/07/2011, sábado, às 18

horas, na Igreja de Santa

Maria em Beja, agradecen-

do desde já a todos os que

nela participem.

AGRADECIMENTO

Vítor Manuel Álvaro

RuivoFaleceu a 05/06/2011

Sua mãe, esposa, fi lhos, irmã,

cunhados, tios, primos e so-

gros, na impossibilidade de o

fazerem pessoalmente, agra-

decem a todos que o acom-

panharam e recordam com

saudade.

José Domingos

Rúbio26/07/2011

11.º Ano de Eterna Saudade

A saudade e o amor são nos-

sos companheiros, se eles des-

sem vida já estarias connosco

de novo. Como isso é impos-

sível, estás no nosso pensa-

mento com imensa saudade,

dono do eterno amor que te

dedicamos.

Beatriz Lucrécia3.º Ano de Eterna Saudade

Mãe, hoje é o teu dia,

Mas não te posso abraçar

Longe da terra, a última via

Mas estás com Deus num bom lugar.

Mãe, lembro-me tanto de ti,

Não tenho palavras para descrever

Estarás sempre junto de mim

E no meu coração enquanto eu viver.

Mãe, a vida sem ti é tão triste, podes crer

Mas espero que um dia te possa encontrar

Quando eu morrer.

Mãe, tenho por ti tanta saudade

Neste momento te ofereço uma fl or

Recebe um beijo de eterna amizade

E para sempre o meu grande amor.

Deus te dê um bom lugar...

Junto de minha Mãe e irmãos

E que Nossa Senhora me dê um sinal

Para quando parar o meu coração.

Page 32: Edição nº 1527

8 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

F ilatelia Geada de Sousa Espaço bd Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Outrasnovidades

“La passion.lana”, por Stephen

Desberg e Griffo, sob edição

Lombard. É o terceiro tomo da

dramática série “Sherman”.

A emissão “Elevadores Públicos de Portugal” conquistou o Grande Prémio Aziago de Arte Filatélica, na

categoria de turismo. É a sexta vez que a filate-lia portuguesa é distinguida por este verdadeiro “Óscar” filatélico.

Esta bonita série de seis selos e um bloco fi-latélico com mais dois mostra-nos os elevado-res de Santa Justa em Lisboa no selo de 0,32€; elevador da Glória também em Lisboa (0,47€); funicular dos Guindais no Porto (0,57€); ele-vador do Bom Jesus em Braga (0,68€); elevador de Santa Luzia em Viana do Castelo (0,80€); e elevador da Na-zaré (1€). Os ele-vadores da Bica e do Lavra, em Lisboa, ilustram os dois selos do bloco, ambos com a franquia de 1,25€.

O desenho é do atelier Whi- testudo e Eduar- do Alves.

Este é o pré-mio mais presti-giado da filatelia mundial e a ele podem concorrer todas as adminis-trações postais do mundo.

O prémio já vai na sua 41.ª edição pois foi atribuído pela primeira vez em 1971. Foi criado pelo Círculo Filatélico e Numismático “Sete Comune”, pelo Ministério da Promoção Turística e pela autarquia daquela cidade ita-liana que lhe dá o nome.

A atribuição do Grande Prémio Aziago é sempre referente às emissões do ano anterior.

A primeira vez que este galardão veio para Portugal distinguiu o Alentejo, pois o selo pre-miado foi o de 4$00 da emissão “Europa CEPT 1977”, selo que reproduz o monte alentejano (n.º 1330 do catálogo Afinsa). O desenho é dos

Serviços Artísticos dos CTT.Seguiu-se a emissão “ECO 92 – Conferência

das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Unced/Cnuad – Brasil 92”. Trata-se de uma série de dois selos se-tenant com as franquias de 70$00 e 120$00 (2090/1 Afinsa). O desenho é de José Projeto.

O terceiro grande prémio conquistado pe-los correios portugueses distinguiu dois se-los dos quatro selos da emissão “Europa – Férias 2004” (antiga emissão Europa CEPT).

Os dois selos dis-tinguidos foram os dedicados a Portugal (conti-nente; n.º 3125/6 Afinsa); os ou-tros dois selos da série são dedica-dos aos Açores e à Madeira.

Em 2008 con-quistou o prémio o selo de 2006, A20gr, da emis-são dedicada à “Água” (n.º 3387 Afinsa). O selo vencedor mos-tra, numa alego-ria à poupança de água, uma tor-neira aberta com o fluxo de água estrangulado.

No ano pas-sado a emissão distinguida foi a dos “Selos e os sentidos”, emitida em 2009 (n.º 3890 a 3094).

É merecedor de destaque o artista plástico João Machado, pois são dele os desenhos destes três últimos prémios, conquistado pelos nossos selos.

Note-se que a filatelia portuguesa arreca-dou este alto galardão dois anos consecutivos o que, certamente, não deve ser muito habitual.

Emissões em julho Dia 20 – 500 Anos das Relações Diplomáticas Portugal Tailândia);

Dia 27 – Centenário do Arquivo Nacional (Torre do Tombo).

Correios ganham sexto prémio Aziago Caminharam sobre a Lua

Em narrativa de aventuras, creio que só Jules Verne por tal tema navegou. Mas Hergé ousou ir por

aí com mais firmeza e com alguma na-tural ingenuidade.

A obra, ou seja, o díptico “Rumo à Lua” e “Explorando a Lua”, resultou num grande êxito.

Estes dois álbuns foram agora reedita-dos pela Asa.

E são de registo algumas descobertas e alguns aspetos técnicos que, muito mais tarde, se vieram realmente a confirmar!...

Há entre estes dois tomos uma dife-rença: o primeiro é muito divertido, com momentos bem hilariantes; o segundo é muito mais sério, quase dramático. Porém, 15 anos mais cedo ante a heroica proeza de Neil Amstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins, é com Tintin, o co-mandante Haddock, o professor Trifólio Girassol e os Dupond e Dupont, que o ho-mem da Terra passeia pela primeira vez em solo lunar.

São dois dos mais gratos álbuns da sé-rie “Tintin” a ler ou a reler.

Monte alentejano, selo vencedor

do Prémio Aziago 1977

OrientEditora: Casterman.Autores: Renot e Ersel.Obra: “Orient”, primeiro tomo da série “Les Voiles”.

Uma grande aventura em finais do século XIX localizada em Paris e no Cairo.Exotismo, erotismo e ação são os fios condutores desta grande aventura his-tórica, com aparições de personagens reais, como Oscar Wilde, Toulouse--Lautrec e Aleister Crowley. É também uma narrativa marcando a coragem humana. Como citaria Oscar Wilde: “A arte da vida é um mistério velado”.

O impagável CubitusEditora: Lombard.Autores: Pierre Aucaigne e Michel Rodrigue.Obra: “Cubitus Fait Son Cinema”.

Um álbum muito divertido e cheio de gags loucos, onde o gorducho Cubitus e o seu rival, o gato Senechal, parodiam filmes famosos como: “Harry Potter”, “Star Wars”, “O Senhor dos Anéis”, “Indiana Jones”, “King Kong”, “Piratas das Caraíbas”, “Alien”, “Robin Hood” e “Alice no País das Maravilhas”.Um belo convite para a adesão ao riso. Para quem admira a eterna rivalidade entre Cubitus e Senechal é um álbum a não perder.


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