Transcript
Page 1: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Luciana Cristina Fosco

EFEITO DE TREINAMENTOS RESISTIDOS SOBRE

MARCADORES INFLAMATÓRIOS, FORÇA E MASSA MAGRA CORPO RAL

DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Presidente Prudente 2011

Page 2: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Luciana Cristina Fosco

EFEITO DE TREINAMENTOS RESISTIDOS SOBRE

MARCADORES INFLAMATÓRIOS, FORÇA E MASSA MAGRA CORPO RAL

DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Presidente Prudente 2011

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e

Tecnologia FCT/UNESP, Campus de Presidente

Prudente, para obtenção do título de Mestre no

Programa de pós-graduação em Fisioterapia.

Orientadora: Profª. Drª. Ercy Mara Cipulo Ramos

Page 3: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Fosco, Luciana Cristina.

F854e Efeito de treinamentos resistidos sobre marcadores inflamatórios, força e massa magra corporal de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica / Luciana Cristina Fosco. - Presidente Prudente: [s.n], 2011

102 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual

Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia Orientador: Ercy Mara Cipulo Ramos

Banca: Dionei Ramos, José Roberto Jardim Inclui bibliografia 1. Doença pulmonar obstrutiva crônica. 2. Treinamento

resistido. 3. Interleucinas. 4. Força muscular periférica. 5. Massa magra. 6. Corda elástica I. Autor. II. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. III. Título.

Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –

Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Presidente Prudente.

Page 4: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

DDDDedicatóriaedicatóriaedicatóriaedicatória

Page 5: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

DedicDedicDedicDedico este trabalho as minhas amadaso este trabalho as minhas amadaso este trabalho as minhas amadaso este trabalho as minhas amadas mãe e mãe e mãe e mãe e

irmã, Elisabete e Lillian, por todo amor, compreensão, irmã, Elisabete e Lillian, por todo amor, compreensão, irmã, Elisabete e Lillian, por todo amor, compreensão, irmã, Elisabete e Lillian, por todo amor, compreensão,

paciência e apoio ao longo dessa jornapaciência e apoio ao longo dessa jornapaciência e apoio ao longo dessa jornapaciência e apoio ao longo dessa jornada acadêmica. da acadêmica. da acadêmica. da acadêmica.

Page 6: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Agradecimentos Agradecimentos Agradecimentos Agradecimentos

Page 7: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

À Deus! A minha infinita gratidão, por sua misericórdia e amor incondicional em todos os

momentos de minha vida!

À minha orientadora, gostaria carinhosamente de chamá-la “inspiradora”, Profª Drª Ercy Mara

Cipulo Ramos. Já dizia o matemático: “Na imensidão do deserto um oásis não é o destino, mas uma parada

no meio do caminho. No entanto, pode ser difícil abandonar o oásis e prosseguir pelas areias sem pistas,

confiante em chegar ao objetivo final. Da mesma forma, muitas vezes os problemas que exigem a

criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas que são quase boas, mas não boas o

suficiente. É duro afastar-se delas.” (David Perkins). Obrigada, professora, por ensinar durante todos esses

anos que as respostas “quase boas” nunca são suficientes, que um oásis em meio ao deserto também não deve

ser o destino final. A busca continua mesmo na ausência de pistas!A coragem para continuar? Sempre

encontrei em você!

A Profª Drª Dionei Ramos, muito obrigada pelos ensinamentos, atenção, dedicação e carinho a

mim dispensados em todos esses muitos anos de convivência. A certeza de seu apoio e confiança foi essencial

para minha jornada acadêmica e desenvolvimento desse trabalho.

Ao Prof. Dr. Carlos Marcelo Pastre, por dividir com a “pneumologia” todo o seu conhecimento e

experiência clínica e nos respaldar em todos os momentos deste trabalho, desde a sua concepção e

planejamento, até sua completa execução e discussão. Sua contribuição foi imprescindível! Muito

obrigada!!!

Á Prof. Dra. Flávia A. Guarnier, pela contribuição imensurável para a concepção e discussão deste

trabalho e pela realização de todas as análises laboratoriais. Muito obrigada, Flávia!!! A sua boa vontade e

disponibilidade (mesmo em momentos impossíveis!) fizeram a diferença! Sou extremamente grata a você!

Agradeço ainda ao Prof. Dr. Rubens Cecchini e ao programa de Pós-graduação em Patologia Experimental

da Universidade Estadual de Londrina – PR (UEL), que nos forneceu todo o suporte necessário para a

realização das análises.

A profª Drª Alessandra Choqueta de Toledo, pelo estímulo ao conhecimento, pelos ensinamentos e

discussões de extrema importância durante o desenvolvimento desse trabalho.

Ao Prof. Dr. Ismael Freitas Junior, e alunos e amigos do CELAPAM, pela colaboração para a

análise da composição corporal de nossos pacientes, muito obrigada!!!

Page 8: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Aos professores Dr. Neri Alves, Dr. Rubens de Faria Negrão filho e Dr. Fábio Micolis de Azevedo,

muito obrigada por todas as discussões sobre a física e a biomecânica!

Ao Dr. José Roberto Jardim, e ao Prof. Dr. Fábio Oliveira Pitta, por aceitarem o convite e

contribuírem nas bancas de qualificação e defesa.

Ao querido Prof. Dr. Luiz Carlos Marques Vanderlei. Pela acolhida, por sua prontidão em nos

auxiliar sempre, por sua dignidade, ética, profissionalismo, generosidade e especialmente por ser “MESTRE”

e ensinar até mesmo quando não se dava conta disso (ou achava que eu passava horas em seu laboratório

sem observar?! Isso sem citar tudo que aprendi indiretamente pela convivência com suas alunas!). Obrigada,

professor, por sua amizade e confiança durante todos esses anos!

A todos os professores do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da FCT-UNESP, pela

contribuição em minha titulação!

Aos profissionais médicos pneumologistas Dr. Ricardo Beneti, Dr. Paulo Roberto Gomes, Dr. Ênio

Maia Filho; Dr. Paulo Mazzaro; ao cardiologista Dr. Luiz Carlos Pontes, por toda disponibilidade e

auxílio durante a fase de recrutamento de pacientes, diagnóstico e avaliação clínica incial. Muito

obrigada!!!

À Profª. Alcirene Policarpo de Souza, e profissionais do Laboratório de Análises Clínicas Marlene

Spir S/C Ltda, pela colaboração ímpar e preciosa para a realização das coletas das amostras de sangue de

todos os nossos pacientes.

Ao Departamento de Fisioterapia da FCT-UNESP, pelo apoio logístico e financeiro dado ao

Programa de Pós-graduação sempre que solicitado, especialmente para realização das atividades de pesquisa

realizadas.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Fundação para o

Desenvolvimento da UNESP (FUNDUNESP) pelo suporte financeiro primordial para a realização deste

trabalho.

A Giovana N. B. Ferrari...um agradecimento especial!Amiga, todas as vezes que disse a você

MUITO OBRIGADA ainda foram insuficientes pela importância que você teve em minha vida pessoal e

profissional nesses dois anos! Saber que poderia confiar e contar com você para o que fosse necessário me

tranqüilizou nos momentos mais difíceis; saber também que assumiria comigo novas causas e que conduziria

Page 9: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

com afinco, responsabilidade e capacidade ainda um novo projeto, “alimentou” minha fome de pesquisa.

Você sempre esteve presente e se “fez” presente com todo o seu profissionalismo, sua determinação e

capacidade de iniciativa ímpar! À Rafaela Bonfim e Ana Laura Ricci, muito obrigada meninas, pela

colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis” dias de treinamento e coletas!!!

A todos os meus amigos do LEAMS (e não poderia deixar de incluir os que por aqui passaram –

Graci, Bia, Ale, Ju Cerveira), muito obrigada por cada dia de convívio, por todos os momentos de

aprendizado...e também de desabafos, risadas, festinhas, congressos!!!Mas principalmente pela cumplicidade

e a segurança que encontrei em nosso grupo! Ju, muuuuito obrigada por todas as espirometrias,

questionários do domiciliar, companhia nas longas viagens para Rio Claro...Rafa, Aline...não posso “me

fechar” agora...obrigada por TUDO meninas, inclusive pelos momentos literalmente na roça, mas sempre

doces (também literalmente!rs). Queridos ICs....obrigada pela colaboração, amizade, respeito e por

contribuírem diretamente também para a minha formação! Poder trabalhar com cada um de vocês foi

extremamente feliz e gratificante!!! Muito obrigada! Já sinto saudade!

Aos amigos dos laboratórios de Fisiologia do Estresse, Desportiva, GEPFis, LAPMus e

Biomecânica,neste especialmente à Lolo (a garota mais e mais!) muito obrigada por todas as contribuições ao

trabalho, gráficos, abstract, estatística, mas principalmente pela amizade e carinho!!! Também pelas

conversas de corredor, muitas vezes o incentivo e a certeza de que no fim, tudo dá certo!

Aos nossos pacientes, que foram fundamentais para o desenvolvimento desta pesquisa. Em cada

sorriso um motivo para amar a profissão que escolhi e desejar contribuir para o crescimento da Fisioterapia

por meio da pesquisa.

A “amiga - irmã - mãe” (e não necessariamente nessa ordem) Renata Rossi. Simplesmente por todos

os momentos inesquecíveis no curto período de convivência e pela certeza da eterna amizade. “Mãeeeee...não

é verdade que acabou, mãe???Que maravilhooooso!”. Rê...obrigada por todas as contribuições para essa

pesquisa, por sempre pensar em tudo, e por sempre estar disposta a ajudar nas discussões dos assuntos que

foi obrigada a entender, nas estatísticas, na busca “voluntária” de artigos ou simplesmente por estar ali

todos os dias! Obrigada, mãe!

A minha “família prudentina”, por todo carinho, acolhida, dedicação e apoio durante todos esses

anos!Por me fazer sentir em casa, e ainda filha, irmã, cunhada, sobrinha, neta! Obrigada! De coração! Ao

meu namorado, Elson, meu alicerce, obrigada por seu amor, cumplicidade, lealdade e especialmente por toda

Page 10: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

a paciência nos infinitos dias (anos?!) de estresse! Obrigada também pela contribuição ativa para a

realização dessa pesquisa, e por sempre me incentivar quando o cansaço parecia mais forte!Amo vocês!

Aos meus pais, Bete e Rubinho (in memorian), pelo amor, por minha vida e especialmente por meu

maior presente, minha gêmea Lillian, minha sis! A meu padrasto, Reynaldo, e a cada um de meus familiares,

muito obrigada por todo carinho, apoio e por confiar sempre em minhas condutas e escolhas. A saudade dói,

mas a certeza do amor de vocês é imprescindível e o incentivo que necessito para sempre continuar em busca

do que acredito! Obrigada por simplesmente serem TUDO pra mim!Amo vocês!

E por fim, agradeço a todos aqueles que direta e indiretamente contribuíram para a concretização

deste trabalho. Muito obrigada!

Page 11: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Epígrafe Epígrafe Epígrafe Epígrafe

Page 12: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais “A mente que se abre a uma nova idéia jamais “A mente que se abre a uma nova idéia jamais “A mente que se abre a uma nova idéia jamais

voltará ao seu tamanho original”voltará ao seu tamanho original”voltará ao seu tamanho original”voltará ao seu tamanho original”

Albert Einstein

Page 13: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Sumário Sumário Sumário Sumário

Page 14: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS E QUADROS

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 2

2. CASUÍSTICA E MÉTODOS ............................................................................ 10

2.1 Casuística................................................................................................... 10

2.2 Protocolo experimental............................................................................... 11

2.2.1 Protocolos de treinamento resistido...................................................... 12

2.2.1.1 Treino resistido tradicional (RT)...................................................... 13

2.2.1.2 Treino resistido com corda elástica (RE)......................................... 14

2.3 Métodos...................................................................................................... 18

2.3.1 Avaliação Inicial..................................................................................... 18

2.3.1.1 Métodos para mensuração de sinais vitais, oximetria e grau de

dispnéia............................................................................................................... 19

2.3.1.2 Determinação do índice da massa corpórea................................... 20

2.3.2 Estimativa da massa magra corporal.................................................... 20

2.3.3 Mensuração da força muscular periférica............................................. 21

2.3.4 Ensaio................................................................................................... 22

2.3.5 Prescrição do exercício......................................................................... 22

2.3.5.1 Teste de 1RM.................................................................................. 22

2.3.5.2 Teste de resistência à fadiga com corda elástica............................ 24

Page 15: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

2.3.6 Quantificação de citocinas inflamatórias.............................................. 26

2.3.7 Tratamento estatístico........................................................................... 28

3. RESULTADOS ................................................................................................ 30

3.1 Caracterização da População..................................................................... 30

3.2 Citocinas Inflamatórias................................................................................ 31

3.3 Força Muscular Periférica........................................................................... 34

3.4 Massa Magra Corporal............................................................................... 37

4. DISCUSSÃO................................................................................................... 39

4.1 Implicações Clínicas................................................................................... 52

4.2 Limitações do Estudo.................................................................................. 52

4.3 Perspectivas para Estudos Futuros............................................................ 53

5. CONCLUSÕES............................................................................................... 55

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 57

7. ANEXOS

Page 16: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Lista de figuras Lista de figuras Lista de figuras Lista de figuras

Page 17: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Equipamentos utilizados para o treino resistido tradicional................ 13

Figura 2. Posicionamento durante a realização de flexão de joelho.................. 15

Figura 3. Posicionamento durante a realização de extensão de joelho............. 15

Figura 4. Posicionamento durante a realização de flexão de ombro.................. 16

Figura 5. Posicionamento durante a realização de abdução de ombro.............. 17

Figura 6. Posicionamento durante a realização de flexão de cotovelo............... 17

Figura 7. Níveis plasmáticos de TNF-α durante os momentos das coletas, nos

grupos RE e RT. Valores médios seguidos de seus respectivos desvios-

padrão expressos em pg/mL............................................................................... 31

Figura 8. Níveis plasmáticos de IL-10 durante os momentos das coletas, nos

grupos RE e RT. Valores médios seguidos de seus respectivos desvios-

padrão expressos em pg/mL............................................................................... 32

Figura 9. Níveis plasmáticos de IL-1β durante os momentos das coletas, nos

grupos RE e RT. Valores médios seguidos de seus respectivos desvios-

padrão expressos em pg/mL............................................................................... 33

Page 18: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Lista de tabelas Lista de tabelas Lista de tabelas Lista de tabelas

Page 19: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização dos voluntários quanto ao sexo, idade, anos-maço,

medidas antropométricas e classificação espirométrica expressos em valores

absolutos, relativos, médios, desvios-padrão e intervalo de confiança a 95%

dos protocolos RE e RT....................................................................................... 30

Tabela 2. Valores médios, seguidos dos seus respectivos desvios-padrão, e

intervalo de confiança a 95% da força (Newton) nos momentos pré e pós-

treino obtidos nos protocolos RE e RT, para cada um dos movimentos

avaliados (FO, ABO, FC, EJ, FJ)......................................................................... 35

Tabela 3. Amplitude (delta) do incremento de força para cada um dos

movimentos avaliados, em relação aos protocolos RE e RT. Valores

expressos em média e desvio-padrão, e intervalo de confiança a

95%...................................................................................................................... 36

Tabela 4. Valores médios, seguidos dos seus respectivos desvios-padrão, e

intervalo de confiança a 95% da massa magra nos momentos pré e pós-treino

obtidos nos protocolos RE e RT.......................................................................... 37

Page 20: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Lista de abreviaturas e símbolos Lista de abreviaturas e símbolos Lista de abreviaturas e símbolos Lista de abreviaturas e símbolos

Page 21: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

% - Porcentagem

°C – Graus Celsius

ABO – Abdução de ombro

ATP – Adenosina trifosfato

CIVM – Contração isométrica voluntária máxima

CP – Fosfocreativa

CEAFiR – Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia e Reabilitação da

Faculdade de Ciências e Tecnologia

DEXA - Absortiometria de raios-X de dupla energia

DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica

EJ – Extensão de joelho

ELISA – Enzyme Linked Immunosorbent Assay

FC – Flexão de cotovelo

FCT/UNESP – Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP Campus de

Presidente Prudente

FJ – Flexão de joelho

FO – Flexão de ombro

g – Gramas

GOLD – The Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease

IFN-y – Interferon gama

IL – Interleucinas

IL 18 – Interleucina 18

IL 6 – Interleucina 6

IL 8 – Interleucina 8

Page 22: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

IL-10 – Interleucina 10

IL-15 – Interleucina 15

IL-1ra – Receptor antagonista da Interleucina 1

IL-1α – Interleucina 1- alfa

IL-1β – Interleucina 1-beta

IMC – Índice de massa corpórea

Kda – Quilodalton

keV – Kapar energy Venturis Sdn Bhd (equivalente a aproximadamente 1,6 x 10 -16

joules)

kg – Quilos

kg/m² - Quilo por metro quadrado

m – Metros

mL - Mililitro

M/F – Masculino / Feminino

M0 – Basal em destreinados

M1 – Efeito agudo em destreinados

M2 – Basal em treinados

M3 – Efeito agudo em treinados

N – Newton

nF-kB – Fator nuclear kappa B

nm – namômetros

NO – Óxido Nítrico

OMS – Organização Mundial de Saúde

p – p Valor

PCR – Proteína C-reativa

Page 23: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

pg/mL – Picograma por mililitro

RM – Repetição máxima

RP – Reabilitação Pulmonar

RT – Treino resistido com corda elástica

RT – Treino resistido tradicional

sTNF-R – Receptores solúveis de TNF-α

sTNF-R55 – Receptor solúvel de TNF-α

sTNF-R75 – Receptor solúvel de TNF-α

TNF-α – Fator de necrose tumoral alfa

TRF – Teste de resistência à fadiga

UEL – Universidade Estadual de Londrina

VEF 1 – Volume expiratório forçado no primeiro segundo

Page 24: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

ResumoResumoResumoResumo

Page 25: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

RESUMO

Introdução: A inflamação sistêmica é um fator relevante na disfunção dos músculos

esqueléticos de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Esta

disfunção pode ser revertida parcialmente por meio de treinamento físico que,

contudo, provoca respostas imunes dependentes de vários fatores, entre eles, o tipo,

a intensidade e a duração do exercício. Objetivo: avaliar respostas inflamatórias,

bem como níveis de força muscular e valores de massa magra em pacientes com

DPOC sem tratamento prévio, comparando dois protocolos de treinamento resistido.

Casuística e métodos: 24 indivíduos com diagnóstico de DPOC confirmado por

espirometria foram alocados em dois grupos: 12 indivíduos realizaram um treino

resistido tradicional (RT) e 12 indivíduos, treino resistido com cordas elásticas (RE).

A frequencia do treinamento foi de três vezes por semana, com duração de oito

semanas consecutivas. Para a quantificação dos níveis plasmáticos do Fator de

Necrose Tumoral alfa (TNF-α), Interleucina 1β (IL-1β) e Interleucina 10 (IL-10) foram

realizadas coletas de amostras de sangue venoso periférico imediatamente antes e

após a primeira e última sessões de exercícios. Foi realizado imunoensaio

enzimático (ELISA) e os resultados expressos em pg/mL de citocinas. Força

muscular periférica (dinamometria) e massa magra corporal (absortiometria de

raios-X de dupla energia – DEXA) foram avaliadas antes e após o treinamento. Para

análise estatística Foi aplicado o teste t de Student, Mann-Whitney, Wilcoxon e

ANOVA para medidas repetidas ou teste de Friedman seguidos de testes post hoc,

com p < 0,05. Resultados: Os níveis plasmáticos de TNF-α, IL-1β e IL-10 não

mostraram alterações significativas em nenhum dos momentos analisados para o

protocolo RE. Os níveis basais de TNF-α e IL-10 mostraram-se significativamente

Page 26: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

aumentados após o período de treinamento com protocolo RT, contudo estes níveis

não aumentaram significativamente em resposta aguda ao exercício em nenhum dos

momentos analisados. Os níveis basais de IL-1β apresentaram aumento significante

somente após a primeira sessão do protocolo RT. Conclusão: No treino resistido

com cordas elásticas não houve alteração nos níveis dos marcadores inflamatórios

de pacientes com DPOC, além disso, houve ganho de força e de massa magra. Já

no treino resistido tradicional houve ganho de força equivalente, sem ganho de

massa magra, e aumento nos níveis dos marcadores inflamatórios.

Palavras-chave: Doença pulmonar obstrutiva crônica; treinamento resistido;

interleucinas; força muscular periférica; massa magra; corda elástica.

Page 27: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Abstract Abstract Abstract Abstract

Page 28: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

ABSTRACT

Introduction: Systemic inflammation is an important factor in skeletal muscle

dysfunction in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD). This

dysfunction can be reversed partially by means of physical training, however, that

causes immune responses depend on various factors including the type, intensity

and duration of exercise. Objective: Objective: To evaluate the inflammatory

responses, as well as levels of muscle strength and fat-free mass values in COPD

patients without prior treatment, comparing two protocols of resistance training.

Casuistic and methods: 24 subjects with a diagnosis of COPD confirmed by

spirometry were divided into two groups: 12 patients underwent conventional

resistance training (RT) and 12 subjects, resistance training with elastic bands (RE);

the training was executed three times a week during eight consecutive weeks. For

the quantification of plasma levels of tumor necrosis factor alpha (TNF-α), interleukin

1β (IL-1β) and interleukin 10 (IL-10) samples were taken from samples of peripheral

venous blood immediately before and after the first and last exercise sessions. It was

performed enzyme immunoassay (ELISA) and the results were expressed in pg/ml

cytokine. Peripheral muscle strength (dynamometry) and fat-free mass (X-ray

absorptiometry Dual energy) were assessed before and after training. Statistical

analysis was applied the Student t test, Mann-Whitney, Wilcoxon and repeated

measures ANOVA or Friedman test followed by post hoc tests, p <0.05. Results:

Plasma levels of TNF-α, IL-1β and IL-10 showed no significant changes in any of the

times analyzed for the RE protocol. The basal levels of TNF-α and IL-10 were

significantly increased after the training period with RT protocol, but these levels did

not increase in response to acute exercise in any of the times analyzed. The basal

Page 29: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

levels of IL-1β increased significantly only after the first session of the RT protocol.

Conclusion: In resistance training with elastic bands there was no change in levels

of inflammatory markers in patients with COPD, in addition, there were gains in

strength and fat-free mass. In the traditional resistance training was gained strength

equivalent, not fat-free mass, and increased levels of inflammatory markers.

Key-words: Chronic obstructive pulmonary disease; resistance training; interleukins;

peripheral muscle strength; fat-free mass; elastic band.

Page 30: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

1

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Page 31: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

2

1. INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um problema de saúde

mundial e está previsto que seja a terceira causa mais comum de morte em 2020(1).

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a DPOC venha

ocupar a quinta posição no ranking mundial de doenças crônicas incapacitantes em

2020 (2) .

Segundo The Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease – GOLD

“A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença evitável e tratável,

com alguns efeitos extrapulmonares importantes que podem contribuir para um

agravamento em alguns pacientes. Seu componente pulmonar é caracterizado pela

limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo

geralmente é progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do

pulmão, a partículas ou gases nocivos” (3) .

De acordo com a própria definição, há um reconhecimento crescente de que

a doença é uma condição que envolve múltiplos órgãos e sistemas(4). As

complicações extrapulmonares da DPOC incluem disfunção do sistema músculo

esquelético, diminuição da tolerância ao exercício, inflamação sistêmica, doenças

cardiovasculares, caquexia, osteoporose, ansiedade e depressão (5,6,7,8) .

Particular interesse tem sido desenvolvido em relação a implicação aos

músculos esqueléticos periféricos, pois sua função (ou disfunção) não somente

influencia sintomas que limitam o exercício, mas podem contribuir diretamente para

a piora do desempenho físico (9) .

A disfunção muscular esquelética é considerada fator prognóstico negativo

na DPOC (10) e pode ser caracterizada pela redução de força e resistência, prejuízo

Page 32: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

3

da capacidade oxidativa e por alteração da distribuição quanto ao tipo de fibra

muscular(4,11,12). Doentes pulmonares obstrutivos crônicos apresentam também

quantidade reduzida de fosfocreatina (CP) e baixa capacidade de ressintetizá-la (11) .

Admite-se que a fraqueza do músculo esquelético contribui,

independentemente dos parâmetros de função pulmonar, para precárias condições

de saúde (13), aumento da utilização de serviços de saúde (10) até mesmo da

mortalidade(14). Os músculos representam, portanto, uma estrutura em potencial para

melhorar a função e qualidade de vida de pacientes com DPOC, em contraste com o

prejuízo parcialmente irreversível dos pulmões (15) .

Apesar da relevância clínica e crescente interesse na área, a etiologia das

alterações musculares esqueléticas descritas na DPOC permanece desconhecida. A

maioria dos autores apontam para causas multifatoriais e ainda, para a diminuição

crônica do condicionamento como o principal fator (16, 17, 18) . Hipoxia, hipercapnia, as

drogas, como corticosteróides, a depleção nutricional, anabólicos e catabólicos,

desequilíbrio hormonal, o estresse oxidativo e a suscetibilidade genética parecem

contribuir para o processo (15) . E, cada vez mais, a inflamação sistêmica tem sido

postulada como um dos fatores etiológicos potencialmente relevantes da disfunção

muscular esquelética observada em pacientes com DPOC (7, 15) .

Como acontece em outras doenças crônicas, na DPOC há uma condição

presente de inflamação sistêmica de baixo grau (19, 20, 21, 15) estado no qual os

indivíduos apresentam níveis anormalmente elevados de moléculas circulantes que

participam de cascatas inflamatórias. Proteína C-reativa (PCR), fibrinogênio,

interleucinas (IL), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α), e leucócitos no sangue são

os marcadores biológicos mais comumente utilizados para definir a inflamação

sistêmica na literatura (22, 23) .

Page 33: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

4

A origem da inflamação sistêmica ainda não está completamente

esclarecida. Acredita-se que na DPOC a inflamação pulmonar promove uma

liberação de citocinas pró-inflamatórias para a circulação sistêmica. Esses

mediadores, por sua vez, estimulam outros órgãos, tais como fígado, tecido adiposo

e medula óssea a liberar quantidades excessivas de proteínas da fase aguda,

células inflamatórias e outras citocinas para a circulação, o que resulta em um

estado permanente de inflamação sistêmica de baixo grau (24) . Dessa forma, a

inflamação sistêmica pode ser o resultado de um “overspill” (vazamento) dos

eventos inflamatórios e reparativos que ocorrem nos pulmões de pacientes com

DPOC (25).

Mesmo durante a fase estável, pacientes com DPOC apresentam aumento

de uma série de proteínas inflamatórias na circulação sistêmica, incluindo a proteína

C-reativa (PCR), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina(IL) -6 e IL-8 (26,

27) .

Estes fatores, por estarem envolvidos com a principal via proteolítica, estão

associados com a redução de massa muscular e aumento do gasto energético de

pacientes DPOC (28) .

Também, um aumento discreto mas significativo nos níveis circulantes de

ambos os receptores de TNF55 e 75 (sTNF-R55 e sTNF-R75), (29) IL-10 (30) e IL-18

(31) têm sido descritos em tais pacientes (23) .

A administração sistêmica de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1 e IL-6)

pode causar perda de mais de 10% da massa corporal total em roedores (32). Altos

níveis de IL-6 têm sido associados com redução da força de quadríceps e

diminuição da capacidade de exercício em portadores de DPOC (33). O TNF-α foi

Page 34: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

5

relacionado inversamente à massa e à força muscular e a IL-1 está envolvida com a

degradação da cadeia pesada de miosina (34, 35) .

A IL-10, por sua vez, pode ser considerada um importante agente na

resolução de processos inflamatórios. Originalmente nomeada de “fator inibitório de

síntese de citocinas” pela sua habilidade de inibir IFN-γ e produção de IL-2, a IL-10 é

também conhecida por ser importante supressora da produção de óxido nítrico (NO),

este de grande importância em doenças inflamatórias de vias aéreas. Portanto,

situações que sejam capazes de aumentar a expressão de IL-10, elevando o seu

nível endógeno, teriam importante papel na terapêutica de doenças inflamatórias

como asma e DPOC (36) .

Exacerbações da DPOC estão associadas com um aumento ainda mais

pronunciado dos marcadores inflamatórios pulmonares ou sistêmicos, aumento esse

acima dos níveis presentes durante o fase estável da doença (23, 37, 38, 39) .

A contribuição exata dos diferentes marcadores inflamatórios na disfunção

muscular ainda não foi determinada, isso porque muitas citocinas estabelecem

relações complexas e, ao participar de diferentes vias de sinalização, podem atenuar

ou acentuar o processo inflamatório (40).

Contudo, dados da literatura apontam para uma contribuição do sistema

inflamatório no desequilíbrio entre síntese e degradação protéica o que resultaria em

disfunção muscular, apoptose, atrofia e fraqueza (41, 42, 43).

A identificação de efeitos sistêmicos da DPOC, especialmente a disfunção

muscular, não somente causa uma mudança no entendimento da fisiopatologia da

doença como também suscita a importância do exercício para a reabilitação desses

pacientes (44) .

Page 35: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

6

A propósito, a prática regular de exercício é capaz de reverter ao menos

parcialmente a disfunção muscular da DPOC, melhorar a eficiência mecânica e

ainda reduzir a sensibilidade à dispnéia. Além disso, há uma forte evidência de que

o treinamento físico melhora a qualidade de vida de pacientes com DPOC (4, 45, 46) .

Todavia, embora o exercício esteja normalmente associado a benefícios à

saúde, sabe-se que produz efeito sobre citocinas e pode induzir a respostas tanto

inflamatórias como antiinflamatórias (47) .

Em indivíduos saudáveis, uma única sessão de exercício intenso é capaz de

desencadear uma resposta inflamatória (48). Ao induzir um aumento nos níveis de

diversas citocinas inflamatórias pode causar catabolismo, o que por sua vez, poderia

refletir como um efeito negativo do exercício em pacientes com DPOC (43) .

Durante a vida diária, os pacientes com DPOC frequentemente realizam

atividades físicas em uma porcentagem relativamente elevada da sua capacidade

máxima de exercício. Embora ainda não comprovada, é provável que essas

atividades possam influenciar o número e a função de células imunes e ainda o nível

de estresse oxidativo sistêmico. Consequentemente, esses pacientes podem estar

expostos a surtos repetidos das respostas imunitárias que por sua vez, podem

afetar os músculos esqueléticos periféricos (49) por meio da indução de danos ou

alterações funcionais (43) .

A longo prazo, contudo, o treinamento físico comprovadamente promove

alterações fisiológicas benéficas a sujeitos saudáveis (50) e pode ainda reduzir

marcadores inflamatórios a niveis basais ou de repouso(51) . Mas é incerto se o

treinamento também é capaz de conferir efeitos antiinflamatórios para pacientes com

DPOC (52) .

Page 36: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

7

A intensidade do exercício; duração de uma única sessão ou o tempo total de

um programa de intervenção; o tipo de exercício (endurance versus resistido; agudo

versus treinamento, por exemplo) e ainda características individuais parecem

influenciar a natureza da resposta sobre os parâmetros imunes (53).

Considerando a disfunção muscular como uma condição associada a, ou, que

resulta em fraqueza muscular (41, 42, 43) e que os músculos de pacientes com DPOC

podem ser treinados com o objetivo de ganho de força e massa (54) admite-se a

importância do treinamento muscular periférico para estes pacientes, especialmente

o treinamento resistido. Contudo, não há consensos em relação à forma de

aplicação dessa modalidade de treinamento em programas de reabilitação pulmonar

(55) .

Equipamentos utilizados para o treino resistido tradicional geralmente são de

alto custo e não estão disponíveis em grande parte das clínicas públicas e privadas

de fisioterapia que oferecem tratamento de reabilitação pulmonar para indivíduos

com DPOC. Nesse contexto, o uso de corda elástica torna-se uma opção (17)

complementar e viabilizar o tratamento oferecido a estes pacientes, uma vez que, ao

manter a individualização do tratamento, é um recurso seguro, de fácil manuseio e

baixo custo(56) .

O treino resistido com corda elástica já é amplamente utilizado na prática

ambulatorial de fisioterapia (57), sendo pouco difundido em protocolos de exercício

para pacientes com DPOC.

O´Shea e colaboradores (2007) (56) verificaram um aumento de 27-43% na

força de extensores de joelho de pacientes com DPOC submetidos a um treino de

força com bandas elásticas. Este incremento mostrou-se semelhante a trabalhos

previamente realizados e que utilizaram outros equipamentos para treino de força de

Page 37: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

8

indivíduos com DPOC (58) e idosos saudáveis (59), viabilizando o uso de resistência

elástica como instrumento para o treinamento resistido desses indivíduos.

A maioria dos estudos tem investigado os efeitos do exercício no que se

refere à saúde geral, força e resistência muscular, além da redução do risco de

doenças doenças cardiovasculares, e ainda na melhora da qualidade de vida (47, 53) .

Atribui-se a prática regular de exercício, por conseguinte, muitos efeitos

benéficos para pacientes com doenças inflamatórias crônicas, mas o impacto do

exercício sobre a inflamação sistêmica ainda apresenta resultados escassos e

heterogêneos (43) .

Diante de efeitos já conhecidos do exercício e do treinamento sobre as

citocinas em indivíduos saudáveis, e como estes estímulos promovem também

alterações imunes em pacientes com doença inflamatória crônica até agora pouco

conhecidas, é importante garantir que os protocolos para tratar a disfunção muscular

na DPOC sejam seguros e eficazes, conferindo benefícios objetivos como melhora

da força e massa magra, sem intensificar a inflamação sistêmica presente na

doença. Investigar diferentes modalidades de treinamento faz-se então necessário

para prescrever protocolos de exercício adequados, viáveis e seguros para tratar

indivíduos com DPOC.

Assim, diante do fato de que a disfunção muscular periférica de pacientes

com DPOC pode ser parcialmente tratada por meio de treino resistido, o objetivo

deste estudo foi avaliar respostas inflamatórias, níveis de força muscular e valores

de massa magra de indivíduos com DPOC, sem tratamento prévio, comparando dois

protocolos de treinamento.

Page 38: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

9

Casuística e MétodosCasuística e MétodosCasuística e MétodosCasuística e Métodos

Page 39: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

10

2. CASUÍSTICA E MÉTODOS

2.1. Casuística

De acordo com levantamento realizado por meio do Banco de Dados da

Divisão Regional de Saúde de Presidente Prudente-SP, entre os anos de 2006 e

2008, 150 indivíduos foram hospitalizados com diagnóstico de DPOC, neste

município. Destes, 49 indivíduos foram encaminhados ao Setor de Reabilitação

Pulmonar do Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia e Reabilitação da

Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP (CEAFiR) de Presidente

Prudente, referência em Reabilitação Pulmonar no município e região. Como

protocolo de avaliação do setor, os pacientes encaminhados realizaram

espirometria, com a utilização de espirômetro da marca MIR–Spirobank versão 3.6

acoplado a um microcomputador, de acordo com as normas das Diretrizes para

Testes de Função Pulmonar (2002) (60). Os valores de normalidade foram os relativos

à população brasileira (61) .

Dentre os 49 indivíduos encaminhados ao Setor de Reabilitação Pulmonar, 44

foram considerados aptos para este estudo, de acordo com os seguintes critérios de

inclusão: diagnóstico de DPOC confirmado por espirometria segundo os critérios de

GOLD(3); idade acima de 50 anos; ausência de pneumopatias associadas. Com

relação aos critérios de exclusão, foram considerados: ocorrências de instabilidades

clínicas; co-morbidades cardíacas ou osteomusculares que impedissem a execução

do protocolo experimental; insuficiência cardíaca congestiva; diabetes; artrite

reumatóide e presença de outras doenças inflamatórias sistêmicas, tabagismo, além

de freqüência irregular ao protocolo experimental ou a não realização das avaliações

propostas.

Page 40: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

11

Os indivíduos estudados foram alocados ao acaso, de acordo com a ordem

de chegada, em dois grupos: 23 indivíduos compuseram o grupo de treino resistido

tradicional (RT) e 21 indivíduos compuseram o grupo treino resistido com corda

elástica (RE). Contudo, no grupo RE, dois voluntários apresentaram exacerbação no

decorrer do período de treinamento e foram, portanto, excluídos do protocolo

experimental; no grupo RT, cinco voluntários abandonaram o treinamento. Dessa

forma, os últimos dois pacientes encaminhados ao setor foram alocados ao grupo

RT para que ambos os grupos, ao final do protocolo, fossem constituídos por um

número equivalente de voluntários.

Assim, entre os 44 indivíduos inicialmente inclusos no estudo, 37 concluíram

o protocolo experimental. Entre estes, 13 indivíduos não realizaram ao menos uma

das avaliações propostas e não foram inclusos na análise estatística final.

Todos os voluntários foram devidamente informados sobre os procedimentos

e objetivos deste estudo, e após concordarem, assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido (ANEXO I) para efetivar a participação no mesmo.

Todos os procedimentos utilizados neste estudo foram aprovados pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP, Campus

de Presidente Prudente, processo nº 30/2009 (ANEXO II), e obedeceram à

resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

2.2. Protocolo experimental

Os procedimentos pertinentes ao protocolo experimental foram realizados no

Setor de Reabilitação Pulmonar do Centro de Estudos e Atendimento em

Fisioterapia e Reabilitação da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP

(CEAFiR).

Page 41: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

12

Primeiramente foi realizada uma avaliação inicial para a identificação dos

voluntários e obtenção de dados sobre o histórico da doença e quadro clínico atual

do paciente; ainda, realizado exame físico para obtenção dos parâmetros

cardiorrespiratórios e verificação das medidas antropométricas.

Foram realizadas ainda as seguintes avaliações e procedimentos:

1. Estimativa da massa magra corporal – por meio da absortiometria de

raios-X de dupla energia (DEXA); ao início e término do período de treinamento;

2. Mensuração da força muscular periférica – por meio de dinamômetro

digital, ao início e término do período de treinamento;

3. Ensaio – Antes de iniciar o protocolo de treinamento todos os

voluntários realizaram ensaio para a aquisição do sentido cinestésico dos

movimentos e adequação quanto ao posicionamento e carga do treinamento

resistido.

4. Prescrição do exercício – por meio de testes específicos, teste de uma

repetição máxima (1 RM) – grupo RT; e teste de resistência à fadiga com cordas

elásticas – grupo RE.

5. Quantificação dos níveis plasmáticos de citocinas inflamatórias – por

meio da coleta de amostras de sangue venoso realizadas em quatro momentos:

antes e imediatamente após a primeira sessão de treinamento resistido, e antes e

imediatamente após a última sessão.

2.2.1. Protocolos de treinamento resistido

O treinamento resistido foi realizado durante o período de oito semanas

consecutivas, em sessões de 45 a 60 minutos e freqüência de três vezes semanais;

Page 42: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

13

por meio de duas modalidades: treino resistido tradicional (utilização de

equipamentos de musculação), e treino resistido com corda elástica.

2.2.1.1. Treino resistido tradicional (RT)

As sessões foram constituídas por alongamentos globais (musculatura de

tronco, membros superiores e inferiores) ao início e ao final da sessão; exercícios

resistidos para membros inferiores (flexão e extensão de joelho) utilizando os

aparelhos de musculação cadeira extensora e cadeira flexora (marca Ipiranga® -

Brasil); exercícios resistidos para membros superiores (flexão e abdução de ombro;

flexão de cotovelo) utilizando equipamento de polia simples (marca Ipiranga® -

Brasil). Os aparelhos foram regulados de acordo com a acomodação adequada do

paciente para a correta execução dos movimentos.

Figura 1. Equipamentos utilizados para o treino resistido tradicional.

A intensidade do treino foi determinada inicialmente como 60% de uma

repetição máxima (1RM) e foi progressivamente incrementada a cada quatro

sessões até atingir 80% de 1 RM. Foram realizadas três séries de dez repetições,

para cada um dos grupos musculares exercitados, com intervalo de dois a três

Page 43: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

14

minutos entre as séries(17, 62) . Ao início e término das sessões de exercícios foram

verificados pressão arterial, frequência cardíaca, saturação parcial de oxigênio,

frequência respiratória, e grau de dispnéia.

2.2.1.2. Treino resistido com corda elástica (RE)

As sessões foram constituídas por alongamentos globais (musculatura de

tronco, membros superiores e inferiores) ao início e ao final da sessão; exercícios

resistidos para membros inferiores (flexão e extensão de joelho) utilizando cordas

elásticas; exercícios resistidos para membros superiores (flexão e abdução de

ombro; flexão de cotovelo) utilizando cordas elásticas. Para a execução dos

exercícios resistidos foram utilizadas cordas elásticas do tipo tubo látex (marca

Lemgruber® - Brasil) e, após ensaios prévios, a espessura foi padronizada em dois

milímetros para membros superiores e quatro milímetros para membros inferiores.

Ao início e término das sessões de exercícios foram verificados pressão arterial,

frequência cardíaca, saturação parcial de oxigênio, frequência respiratória, e grau de

dispnéia.

Para a execução dos exercícios resistidos uma extremidade da corda elástica

foi fixada ao segmento do corpo que realizaria o arco do movimento e a outra, fixada

em uma barra fixa próxima ao solo. O paciente foi orientado e posicionado de acordo

com cada grupo muscular a ser exercitado, conforme a descrição e imagens a

seguir:

- Flexão de joelho (semitendíneo, semimembranáceo, bíceps femoral): o

paciente foi posicionado de frente para a barra fixa, sentado adequadamente, de

forma que seus pés estivessem distanciados do chão a uma altura que o permitisse

Page 44: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

15

realizar o arco completo do movimento. Foi orientado que realizasse a flexão total do

membro e a seguir, que retornasse à posição inicial para nova sequência.

Figura 2. Posicionamento durante a realização de flexão de joelho.

- Extensão de joelho (quadríceps femoral): Seguiram-se os mesmos

procedimentos para a flexão de joelho, porém o paciente foi posicionado de costas

para a barra fixa e orientado a executar a extensão completa do membro, de forma

sequencial.

Figura 3. Posicionamento durante a realização de extensão de joelho.

Page 45: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

16

- Flexão de ombro (deltóide anterior, peitoral maior – porções clavicular e

coracobraquial): o paciente permaneceu em posição ortostática, de costas para a

barra fixa. Inicialmente manteve o braço fixo e estendido ao lado do corpo. A seguir,

foi orientado a elevar o braço anteriormente até a altura do ombro (90°), e a realizar

o movimento de forma sequencial.

Figura 4. Posicionamento durante a realização de flexão de ombro.

- Abdução de ombro (deltóide médio e supraespinhoso): o paciente foi

posicionado lateralmente à barra fixa, de forma que o membro contralateral ficasse

livre para ser exercitado. Foi orientado a realizar o exercício elevando este membro

lateralmente até o ângulo de 90°, de forma sequenci al.

Page 46: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

17

Figura 5. Posicionamento durante a realização de abdução de ombro.

- Flexão de cotovelo (bíceps, braquial, braquiorradial): o paciente permaneceu

em posição ortostática, de costas para a barra fixa. Inicialmente manteve o braço

fixo e estendido ao lado do corpo e o punho em posição neutra de prono-supinação.

Foi orientado a executar movimento de supinação e então flexão de cotovelo,

sequencialmente.

Figura 6. Posicionamento durante a realização de flexão de cotovelo.

Page 47: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

18

A carga do treino foi determinada individualmente (por meio do teste de

resistência à fadiga) para cada paciente e para cada grupo muscular exercitado, e

foi progressivamente incrementada por meio do aumento de uma série a cada duas

sessões (até o máximo de sete séries). Os pacientes realizaram os exercícios com

ambos os membros e foi respeitado o período de repouso de 40 segundos a um

minuto entre as séries, de acordo com os limites de cada paciente.

Para melhor fidedignidade e reprodutibilidade nas diferentes sessões, no

primeiro ensaio foram feitas marcações no solo para facilitar a orientação do

paciente quanto ao posicionamento adequado no decorrer da execução do

protocolo.

2.3. Métodos

2.3.1. Avaliação inicial

Os voluntários foram identificados coletando-se os dados: nome, endereço,

telefone para contato, data de nascimento, idade, sexo. Foram ainda coletadas

informações obtidas em avaliação clínica sobre o histórico da doença pulmonar e

quadro clínico atual do paciente; presença de outras doenças inflamatórias

sistêmicas, co-morbidades cardiovasculares e osteomusculares; histórico

tabagistíco.

Durante a avaliação inicial também foram obtidos e registrados os parâmetros

cardiorrespiratórios (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória,

saturação parcial de oxigênio), e medidas antropométricas (peso e altura), para a

determinação do índice de massa corpórea (IMC).

Page 48: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

19

2.3.1.1. Métodos para mensuração de sinais vitais, oximetria e grau de

dispnéia.

a) Pressão Arterial

A pressão arterial foi verificada de forma indireta, por meio da utilização de

um esfigmomanômetro aneróide e estetoscópio, no braço esquerdo do indivíduo,

que permaneceu sentado durante o procedimento. A verificação da pressão arterial

foi realizada respeitando os critérios estabelecidos pela V Diretrizes Brasileiras de

Hipertensão Arterial (2006) (63). Os valores de pressão arterial foram registrados em

ficha individual do participante.

b) Frequência Cardíaca

O padrão de comportamento da frequência cardíaca foi analisado no início e

ao final das sessões por meio da palpação da artéria radial, a partir da contagem

dos batimentos durante um minuto.

c) Saturação parcial de oxigênio

A saturação parcial de oxigênio no sangue arterial foi verificada por meio de

oxímetro da marca BCI 3303. O aparelho foi colocado no dedo médio dos pacientes,

de modo não invasivo, fixado por uma presilha. Os pacientes foram monitorados

durante todas as sessões e se apresentassem saturação abaixo ou igual a 88% era

ofertado oxigênio.

d) Frequência Respiratória

A monitorização da frequência respiratória foi realizada a partir da observação

dos movimentos característicos da caixa torácica e contagem do número de

incursões respiratórias realizadas pelo indivíduo em um minuto.

Page 49: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

20

e) Método de mensuração grau de dispnéia

Para a mensuração do grau dispnéia foi utilizado o índice de dispnéia de

Borg, escala numérica progressiva de 0 a 10, indicando desde a ausência de

dispnéia até forte presença desta (64) .

2.3.1.2. Determinação do índice de massa corpórea

Para a determinação do índice de massa corpórea (IMC=peso/estatura2) a

análise antropométrica destes indivíduos foi realizada pela mensuração da estatura

em posição ortostática, por meio de um estadiômetro (marca Sanny); e do peso

corporal, em balança digital (marca Welmy 200). As medidas antropométricas foram

obtidas de acordo com procedimentos descritos por Lohman et al. (1988) (65) .

2.3.2. Estimativa da massa magra corporal

A estimativa da massa magra corporal foi realizada por meio da

absortiometria de raios-X de dupla energia. Este é um procedimento de avaliação

não traumática da composição corporal, que tem sido frequentemente utilizada em

investigação e na prática médica na última década, fornecendo informações sobre

três compartimentos: massa de gordura, massa livre de mineral e de gordura e

massa de mineral ósseo total do corpo(66) . Para estimar a composição corporal pela

absortiometria, foi utilizado o equipamento marca Hologic modelo QDR 2000/Plus

(Hologic, Waltham) e o software versão 5.56. A técnica consiste na utilização de

uma fonte de raios-X e na passagem destes através de filtro de terra rara (cério ou

samário), com a qual são obtidos fótons com dois níveis de energia (40 e 70 KeV). O

feixe de fótons é dirigido para os tecidos, ocorrendo interações entre os elementos

constituintes destes e os fótons. Há, então, atenuação de fótons, que varia de

Page 50: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

21

acordo com a constituição tecidual local. Isto permite a diferenciação dos tecidos,

analisados em detector.

2.3.3 Mensuração da força muscular periférica

A mensuração da força foi realizada unilateralmente (membro dominante),

antes e após as oito semanas de treinamento, por meio de dinamômetro digital

(marca Force Gauge®, modelo FG-100kg) e os resultados foram expressos em

Newton (N).

O paciente foi orientado a executar o movimento, resistido por uma faixa

inextensível acoplada ao dinamômetro. Uma extremidade da faixa foi fixada a uma

barra, e a outra, ao segmento do corpo que executou o movimento. O paciente

realizou, portanto, contração isométrica voluntária máxima por seis segundos,

seguida de relaxamento do membro. A medida foi repetida até cinco vezes com um

intervalo de um minuto entre elas e o maior valor foi registrado.

Para a mensuração da força o indivíduo foi posicionado da seguinte maneira:

- Flexores de joelho: paciente sentado, com flexão de quadril e joelhos a 90º.

Fixação da faixa por meio de adaptador em tornozelo. O paciente foi orientado a

realizar a flexão do joelho contra a resistência.

- Extensores de joelho: Seguiu-se o mesmo posicionamento anterior,

entretanto, o paciente foi orientado a realizar a extensão do joelho contra a

resistência.

- Flexores de ombro: paciente em posição ortostática com o ombro em flexão

de 70º e posição neutra de prono-supinação. A faixa foi fixada em um puxador e o

paciente, orientado a realizar a flexão do ombro contra a resistência.

Page 51: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

22

- Abdutores de ombro: paciente em posição ortostática com o ombro abduzido

a 70º e posição neutra de prono-supinação. A faixa foi fixada em um puxador e o

paciente, orientado a realizar a abdução do ombro contra a resistência.

- Flexores de cotovelo: paciente em posição ortostática, com o braço fixo a

região lateral do tronco. A faixa foi fixada em um puxador e o paciente foi orientado a

realizar a flexão do cotovelo a 90º contra a resistência.

2.3.4. Ensaio

Antes de iniciar o protocolo de treinamento todos os voluntários realizaram

ensaio para a aquisição do sentido sinestésico dos movimentos e adequação quanto

ao posicionamento e carga do treinamento resistido.

2.3.5. Prescrição do exercício

2.3.5.1. Teste de 1RM

O teste de 1RM foi realizado para a determinação da carga de exercício do

treino resistido tradicional.

O teste consiste em determinar o valor de uma repetição máxima (1RM), a

maior resistência que pode ser movimentada através da amplitude de movimento

completa e realizada de maneira controlada e em postura adequada, ou seja, sem

falha mecânica. Para a determinação da carga utilizada para o exercício do grupo

RT foi estipulada para o teste uma carga inicial de 20% do peso corporal para

membros inferiores e 5 % do peso corporal para membros superiores. O voluntário

foi instruído a realizar o exercício e graduar a sua percepção durante a execução do

mesmo em: muito fácil, fácil, médio ou pesado a carga de resistência imposta a ele.

Page 52: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

23

Em seguida, foi dado um intervalo de descanso de 5 minutos e nova carga foi

acrescentada, em kg de acordo com sua percepção, para nova execução. O teste foi

concluído quando o voluntário alcançou a carga que provocou falha mecânica de

execução, e ficou estabelecida como sua carga máxima a última carga a qual

conseguiu executar o exercício sem falha mecânica. Não foram realizadas mais do

que cinco tentativas para estabelecimento da carga máxima. Se houvesse a

necessidade de mais tentativas, o teste seria considerado inválido e o voluntário

submetido a um novo teste, em outro dia (62) . Durante a execução dos testes foi

dado estimulo verbal aos voluntários.

Para a execução dos testes foram utilizados dois aparelhos de musculação.

Os aparelhos utilizados para o teste de 1RM foram os mesmos utilizados para o

treinamento resistido do grupo RT e foram escolhidos de forma a permitir que, em

ambas as modalidades de exercícios, treino resistido tradicional ou com corda

elástica, os mesmos grupos musculares pudessem ser trabalhados a partir de

posicionamentos semelhantes.

Os movimentos e os grupos musculares testados para a determinação da

medida de 1RM e, posteriormente exercitados no protocolo de treinamento resistido,

foram:

- Flexão de joelho (semitendíneo, semimembranáceo, bíceps femoral);

- Extensão de joelho (quadríceps femoral);

- Flexão de ombro (deltóide anterior, peitoral maior – porções clavicular e

coracobraquial);

- Abdução de ombro (deltóide médio e supraespinhoso);

- Flexão de cotovelo (bíceps, braquial, braquiorradial).

Page 53: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

24

2.3.5.2. Teste de resistência à fadiga com corda el ástica

O teste de resistência à fadiga (TRF) foi realizado para determinação da

carga de exercício do treino resistido com corda elástica. Foi repetido após um mês,

para prescrever nova carga.

O TRF consiste em determinar a carga de treinamento com cordas elásticas a

partir do maior número de repetições do exercício escolhido (extensão de joelho;

flexão de joelho; abdução de ombro; flexão de ombro e flexão de cotovelo), até que

se atinja a fadiga muscular. Para a execução do teste foram utilizadas cordas

elásticas do tipo tubo látex (marca Lemgruber® - Brasil) e espessura padronizada

em dois milímetros para membros superiores e quatro milímetros para membros

inferiores.

Inicialmente o paciente foi posicionado de acordo com o exercício escolhido

(sentado, para flexão e extensão de joelho; em posição ortostática, para flexão de

ombro, flexão de cotovelo e abdução de ombro). Então, uma extremidade da corda

elástica foi fixada em uma barra fixa próxima ao solo, enquanto a outra foi fixada no

membro que executaria o arco de movimento (por meio de velcro, para membros

inferiores; puxador, para membros superiores). Foi solicitado então ao paciente que

realizasse o maior número de repetições do movimento, sempre com velocidade e

amplitude constantes, e sem compensações. Foram registrados o tempo do teste, o

número de repetições e a distância entre os pontos de fixação da corda. Foram

considerados critérios de interrupção do teste: fadiga muscular relatada pelo

paciente; sinais ou sintomas de intolerância ao exercício; compensações do

movimento; alterações na velocidade e/ou amplitude de movimento.

O teste considerado ideal é aquele interrompido por fadiga relatada no tempo

de 45 segundos (mais ou menos cinco segundos). Caso o tempo de interrupção do

Page 54: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

25

teste seja inferior a 45 segundos, a carga deve ser diminuída por aumento do

comprimento da corda ou diminuição da distância entre os pontos de fixação da

corda. Se o tempo de interrupção do teste for superior a 45 segundos, a carga deve

ser aumentada por diminuição do comprimento da corda ou aumento da distância

entre os pontos de fixação da corda.

A partir dos resultados obtidos no teste de resistência à fadiga, foi

determinado o número de séries e repetições específicas para cada grupo muscular

a ser exercitado. Assim, a prescrição do exercício foi individualizada para cada

paciente a partir do teste de resistência à fadiga, e determinada conforme a

descrição a seguir:

a) Cálculo do número de séries:

É desejável que o paciente realize durante o treinamento o mesmo volume de

trabalho obtido no TRF. Ainda, as séries dos exercícios devem ser realizadas no

tempo máximo de 20 segundos, já que neste tempo o fornecimento imediato de

energia provém quase exclusivamente do sistema ATP-CP (67) e, portanto, não há o

acúmulo considerável de ácido lático.

Assim, para o cálculo do número inicial de séries (Y) foi realizado regra de

três simples: multiplicou-se o tempo total de execução do TRF por 1 (referente à

uma série), e dividiu-se por 20 (tempo desejado para a execução de cada série).

Exemplo:

40 (tempo total de execução do TRF) -------- Y

20 (tempo ideal para a realização de 1 série) --------- 1 (referente a uma série)

Y = 40x1 20 Y = 2 séries

Page 55: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

26

b) Cálculo do número de repetições:

O número inicial de repetições (X) foi calculado por regra de três simples:

multiplicou-se o número de repetições realizados no TRF por 20 (referente a 20

segundos, tempo ideal de realização de cada série) e dividiu-se então pelo tempo

total de execução do teste.

Exemplo:

40 (repetições realizadas no TRF) ----------- 40 (segundos)

X ---------- 20 (segundos)

X= 40 x 20 40 X= 20 repetições

A partir do cálculo inicial de séries e repetições específicas para cada tipo de

exercício, o incremento da carga de treinamento foi realizado por meio do acréscimo

de uma série a cada dois estímulos, ou seja, a cada dois dias de realização dos

exercícios. Ao término de um mês, o teste de resistência à fadiga foi repetido para

se determinar a nova carga de treinamento.

2.3.6. Quantificação de citocinas inflamatórias

Para a quantificação dos níveis plasmáticos do Fator de necrose tumoral alfa

(TNF-α), Interleucina 1β (IL-1β) e Interleucina 10 (IL-10) foi realizada coleta de

amostras de 3 mL de sangue venoso, retiradas por punção de veia periférica em

tubos à vácuo, nos seguintes momentos:

M0 – BASAL EM DESTREINADOS: Antes da primeira sessão de treinamento

para verificação dos níveis plasmáticos basais das citocinas em destreinados;

Page 56: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

27

M1 – EFEITO AGUDO EM DESTREINADOS: Imediatamente após a primeira

sessão de treinamento para a verificação dos níveis plasmáticos das citocinas após

o efeito agudo do exercício em destreinados;

M2 – BASAL EM TREINADOS: Antes da última sessão de treinamento para a

verificação dos níveis plasmáticos basais das citocinas em treinados;

M3 – EFEITO AGUDO EM TREINADOS: Imediatamente após a última sessão

de treinamento para a verificação dos níveis plasmáticos das citocinas após o efeito

agudo do exercício em treinados.

As coletas foram realizadas sempre no período da manhã, entre as oito e 12

horas. O sangue foi prontamente separado e as alíquotas de plasma imediatamente

estocadas à -70ºC até o uso. As concentrações plasmáticas foram medidas por

imunoensaio enzimático (ELISA), usando kit com anticorpo para TNF-α (R&D

Systems). As concentrações plasmáticas das Interleucinas 1β e 10 também foram

medidas por kit (R&D Systems) e lidas em leitor de microplacas (Biotek,

Biosystems). As leituras foram realizadas no comprimento de onda de 490 nm e os

resultados expressos em pg/mL de citocinas.

Os procedimentos para coleta sanguínea foram realizados no CEAFIR por

profissionais do Laboratório de Análises Clínicas Marlene Spir S/C Ltda, localizado

em Presidente Prudente – SP. As amostras de sangue coletadas foram analisadas

no Laboratório de Patologia Experimental da Universidade Estadual de Londrina –

PR (UEL).

Page 57: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

28

2.3.7. Tratamento estatístico

Estatística descritiva foi realizada para caracterização da amostra estudada e

os resultados apresentados como média, mediana, desvio-padrão e intervalo de

confiança.

Inicialmente foi aplicado o Teste Shapiro Wilk para normalidade dos dados

seguido de teste t de Student para dados pareados e Wilcoxon quando relacionados

valores pré e pós intervenção das variáveis força muscular e massa magra. Para

análise intergrupos de ganho de força foi utilizado teste t para dados não pareados.

Além disso, a comparação dos níveis plasmáticos das citocinas entre os momentos

estudados foi realizada por meio do teste ANOVA para medidas repetidas seguida

do pós teste de Tukey e para aqueles momentos que não atribuíram distribuição

normal utilizou-se o teste de Friedman seguido do pós teste de Dunn. A análise

intergrupos dos momentos estudados foi realizada pela aplicação do teste t de

Student para dados não pareados e Mann- Whitney.

Diferenças nesses testes foram consideradas significantes quando o valor de

"p" foi menor que 0,05.

O software utilizado para as análises foi o Minitab – versão 13.20 (Minitab,

PA., USA) e GraphPad InStat – versão 3.01.

Page 58: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

29

ResultadosResultadosResultadosResultados

Page 59: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

30

3. RESULTADOS

3.1. Caracterização da População

A caracterização dos 24 voluntários analisados quanto a sexo, idade, anos-

maço e medidas antropométricas, bem como a classificação quanto à gravidade da

doença, segundo GOLD, está descrita na tabela 1.

Tabela 1. Caracterização dos voluntários quanto ao sexo, idade, anos-maço,

medidas antropométricas e classificação espirométrica expressos em valores

absolutos, relativos, médios, desvios-padrão e intervalo de confiança a 95% dos

protocolos RE e RT.

Legenda: RE = treino resistido com corda elástica; RT = treino resistido tradicional;

M = masculino; F = feminino; kg = quilograma; m = metro; IMC = índice de massa corpórea.

RE RT

Sexo (M/F)

Idade (anos)

Anos-maço

8 (66.66%) / 4 (33.33%)

64.8 ± 9.27

[58.18 – 69.97]

68.2 ± 50.46 [32.10 – 104.30]

8 (66.66%) / 4 (33.33%)

66.25 ± 7.32

[61.59 – 70.90]

82.55 ± 43.69 [48.97 – 116.14]

MEDIDAS ANTROPOMÈTRICAS

Peso (kg)

Altura (m)

IMC (kg/m2)

65.66 ± 13.74 [56.93 – 74.40]

1.66 ± 0,06

[1.62 – 1,70]

23.75 ± 4.91 [20.63 – 26.88]

70.95 ± 14.02 [62.05 – 79.86]

1.64 ± 0.08

[1.59 – 1.69]

26.09 ± 4.49 [23.24 – 28.95]

CLASSIFICAÇÃO ESPIROMÉTRICA

GOLD I

GOLD II

GOLD III

GOLD IV

1 (8%)

4 (34%)

6 (50%)

1 (8%)

1 (8%)

7 (59%)

4 (33%) -

Page 60: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

31

Não foi verificada diferença estatística significante entre os grupos RE e RT

para as variáveis idade (p= 0,5320), anos-maço (p=0,5186), peso (p= 0,3607), altura

(p=0,5819) e IMC (p= 0,2363). Ainda, nota-se a mesma proporção de indivíduos do

mesmo sexo em ambos os grupos.

3.2. Citocinas inflamatórias

As figuras 1, 2 e 3 representam as quantificações dos níveis plasmáticos dos

marcadores da inflamação TNF-α, IL-1β e IL-10 (valores médios em pg/mL)

realizadas durante todos os momentos de coletas, para os grupos RE e RT.

Figura 7. Níveis plasmáticos de TNF-α, em pg/mL, durante os momentos das coletas nos

grupos RE e RT. Valores expressos em média ± desvio padrão. * Valores com diferença

estatística em relação ao MO do grupo RT (Teste Friedman seguido do pós teste de Dunn; p

< 0.05). # Valor com diferença estatística em relação ao M3 do grupo RT (Teste t de Student

para dados não pareados; p < 0.05). Legenda: RE = treino resistido com corda elástica;

RT= treino resistido tradicional; M0 = basal em destreinados; M1 = efeito agudo em

destreinados; M2 = basal em treinados; M3 = efeito agudo em treinados.

Page 61: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

32

Houve diferença estatística significante entre os valores médios dos níveis

plasmáticos de TNF- α nos momentos MO e M2 (p<0,05); e M0 e M3 (p<0,05) para o

grupo que realizou o protocolo RT.

Também foi encontrada diferença estatística significante entre os valores

médios dos níveis plasmáticos de TNF- α quando comparados os grupos RE e RT

no momento M3 (p=0,0245).

Em relação ao protocolo RE, não houve diferença estatística significante entre

os níveis plasmáticos de TNF- α em nenhum dos momentos analisados (p>0,05).

Figura 8. Níveis plasmáticos de IL-10, em pg/mL, durante os momentos das coletas nos

grupos RE e RT. Valores expressos em média ± desvio padrão. *Valores com diferença

estatística em relação ao MO do grupo RT (Teste Friedman seguido do pós teste de Dunn; p

< 0.05). # Valores com diferença estatística em relação ao mesmo momento do grupo RT

(Para M2 e M3 teste t de Student para dados não pareados e para M1 teste Mann-Whitney;

p < 0.05). Legenda: RE = treino resistido com corda elástica; RT= treino resistido

tradicional; M0 = basal em destreinados; M1 = efeito agudo em destreinados; M2 = basal em

treinados; M3 = efeito agudo em treinados.

Page 62: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

33

Houve diferença estatisticamente significante entre os valores médios dos

níveis plasmáticos de IL-10 nos momentos MO e M2 (p<0,01); e M0 e M3 (p<0,05)

para o grupo que realizou o protocolo RT.

Também foi encontrada diferença estatística significante entre os valores

médios dos níveis plasmáticos de IL-10 quando comparados os grupos RE e RT nos

momentos M1 (p=0,005), M2 (p=0,0002) e M3 (p<0,0001).

Em relação ao grupo RE, não houve diferença estatística significante entre os

níveis plasmáticos de IL-10 em nenhum dos momentos analisados (p>0,05).

Figura 9. Níveis plasmáticos de IL-1β, em pg/mL, durante os momentos das coletas nos

grupos RE e RT. Valores expressos em média ± desvio padrão. *Valor com diferença

estatística em relação ao MO do grupo RT (ANOVA para medidas repetidas seguida do pós

teste de Tukey; p < 0.05). † Valores com diferença estatística em relação ao M1 do grupo RT

(ANOVA para medidas repetidas seguida do pós teste de Tukey; p < 0.05). # Valores com

diferença estatística em relação ao mesmo momento do grupo RT (teste t de Student para

dados não pareados; p < 0.05). Legenda: RE = treino resistido com corda elástica; RT=

treino resistido tradicional; M0 = basal em destreinados; M1 = efeito agudo em destreinados;

M2 = basal em treinados; M3 = efeito agudo em treinados.

Page 63: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

34

Houve diferença estatisticamente significante entre os valores médios dos

níveis plasmáticos de IL-1β nos momentos M0 e M1 (p<0,001); M1 e M2 (p<0,01); e

M1 e M3 (p<0,01) para o grupo RT.

Também foi encontrada diferença estatística significante entre os valores

médios dos níveis plasmáticos de IL-1 β quando comparados os grupos RE e RT

nos momentos M1 (p=0,0003), M2 (p=0,0415) e M3 (p=0,0107).

Em relação ao protocolo RE, não houve diferença estatística significante entre

os níveis plasmáticos de IL-1β em nenhum dos momentos analisados (p>0,05).

3.3. Força Muscular Periférica

Para ambos os grupos, RT e RE, foram encontradas diferenças estatísticas

significantes para as medidas de força muscular periférica, de todos os grupos

musculares exercitados, ao final do período de treinamento, conforme se observa na

tabela 2.

Page 64: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

35

Tabela 2. Valores médios, seguidos dos seus respectivos desvios-padrão, e intervalo de confiança a 95% da força (Newton) nos

momentos pré e pós-treino obtidos nos protocolos RE e RT, para cada um dos movimentos avaliados (FO, ABO, FC, EJ, FJ).

* Valor com diferença estatística em relação ao momento de pré-treino (Teste t para dados pareados; p < 0,05), análise intra-grupos. # Valor

com diferença estatística em relação ao momento de pré-treino (Teste de Wilcoxon; p < 0,05), análise intra-grupos. Legenda: RE = treino

resistido com corda elástica; RT = treino resistido tradicional; FO = flexão de ombro; ABO = abdução de ombro; FC = flexão de cotovelo; EJ =

extensão de joelho; FJ = flexão de joelho.

RE RT

MOVIMENTO PRÉ-TREINO PÓS-TREINO PRÉ-TREINO PÓS-TREINO

FO (N)

ABO (N)

FC (N)

EJ (N)

FJ (N)

61.667 ± 23.859 [46.507 – 76.826]

50.508 ± 20.164

[37.696 – 63.320]

103.31 ± 58.873 [65.902 – 140.71]

214.93 ± 86.081

[160.23 – 269.62]

111.15 ± 34.827 (109.55) [89.022 – 133.28]

74.542 ± 18.746* [62.631 – 86.453]

63.175 ± 19.749* [50.627 – 75.723]

128.25 ± 61.441* [89.212 – 167.29]

241.45 ± 73.086* [195.01-287.89]

133.68 ± 40.622 (119.35)#

[107.86 – 159.49]

50.892 ± 20.304 [37.991 – 63.792]

48.517 ± 19.959

[35.835 – 61.198]

90.192 ± 36.864 [66.769 – 113.61]

172.080 ± 45.767 [143.00 – 201.16]

94.492 ± 20.739

[81.315 – 107.67]

62.833 ± 20.399* [49.873 – 75.794]

57.233 ± 21.690* [43.452 – 71.014]

116.68 ± 35.907* [93.869 – 139.50]

214.46 ± 49.636* [182.92 – 246.00]

115. 99 ± 28.049* [98.170 – 133.81]

Page 65: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

36

Tabela 3. Amplitude (delta) do incremento de força para cada um dos movimentos

avaliados, em relação aos protocolos RE e RT. Valores expressos em média e

desvio-padrão, e intervalo de confiança a 95%.

Legenda: RE = treino resistido com corda elástica; RT = treino resistido tradicional; FO =

flexão de ombro; ABO = abdução de ombro; FC = flexão de cotovelo; EJ = extensão de

joelho; FJ = flexão de joelho. Valores expressos em Newton (N).

Quando comparadas as amplitudes de ganho de força para cada um dos

grupos musculares treinados não foi encontrada diferença estatística significante

entre os grupos RE e RT (p>0,05).

MOVIMENTO RE RT

FO (N)

ABO (N)

FC (N)

EJ (N)

FJ (N)

12.875 ± 19.477 [0.499 – 25.250]

12.667 ± 13.809 [3.893 – 21.441]

24.942 ± 18.294 [13.318 – 36.565]

26.525 ± 38.454 [2.092 – 50.958]

22.525 ± 31.945 [2.228 – 42.822]

11.942 ± 13.138 [3.594 – 20.289]

8.717 ± 8.313 [3.435 – 13.998]

26.492 ± 13.376 [17.993 – 34.990]

42.375 ± 29.611 [23.561 – 61.189]

21.500 ± 22.568 [7.161 – 35.839]

Page 66: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

37

3.4. Massa Magra Corporal

Os dados referentes às medidas de massa magra obtidas nos período pré e

pós-treino, para ambos os protocolos, estão descritos na tabela 4.

Tabela 4. Valores médios, seguidos dos seus respectivos desvios-padrão, e

intervalo de confiança a 95% da massa magra nos momentos pré e pós-treino

obtidos nos protocolos RE e RT.

*Valor com diferença estatística em relação ao momento de pré-treino (Teste t para dados

pareados; p < 0,05). Legenda: RE = treino resistido com corda elástica; RT = treino resistido

tradicional; g = gramas.

De acordo com os valores apresentados, nota-se que somente para o grupo

que realizou o protocolo RE foi encontrada diferença estatisticamente significante

em relação ao incremento de massa magra ao final do período de treinamento.

PRÉ-TREINO PÓS-TREINO

RE

Massa magra (g)

43.968 ± 7.742 [39.049 – 48.887]

44.629 ± 7.867*

[39.630 – 49.627]

RT

Massa magra (g)

43.517 ± 7.647 [38.658 – 48.375]

43.895 ± 7.834

[38.917 – 48.872]

Page 67: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

38

DiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussão

Page 68: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

39

4. DISCUSSÃO

Os resultados do presente estudo sugerem que o protocolo de treino resistido

com cordas elásticas não promoveu modificações no padrão das interleucinas

avaliadas. Assim, os níveis plasmáticos de TNF-α, IL-1β e IL-10 não mostraram

alterações significativas em condições basais (destreinados versus treinados) ou

resposta aguda ao exercício (destreinados e treinados) para o grupo RE.

Os níveis basais de TNF-α e IL-10 mostraram-se significativamente

aumentados após o período de treinamento com protocolo RT, contudo estes níveis

não aumentaram significativamente em resposta aguda ao exercício em nenhum dos

momentos analisados. Os níveis basais de IL-1β apresentaram aumento significante

somente após a primeira sessão do protocolo RT.

Quando avaliadas as implicações funcionais dos protocolos, ambos foram

capazes de promover incremento significante de força muscular periférica, sem

diferença entre os grupos, mas apenas para o grupo RE foi verificado ganho

significante de massa magra.

A DPOC está associada a importantes manifestações extrapulmonares que

incluem perda de peso, doenças cardiovasculares, depressão, disfunção do músculo

esquelético, osteoporose e redução da tolerância ao exercício (5). A inflamação

sistêmica desempenha importante papel na patogênese da maioria destes efeitos

sistêmicos, manifestando-se pelo aumento de duas a três vezes das concentrações

sistêmicas de TNF-α, IL-1, IL-6, IL-1ra, sTNF-R e proteína C reativa (48) . Este

aumento pode ser refletido principalmente na disfunção de músculo estriado

esquelético (68) . Níveis circulantes elevados do Fator de Necrose Tumoral (TNF-α), e

Interleucina-1 têm sido apontados como disparadores do processo de perda de

Page 69: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

40

massa muscular in vitro (69). Crul e colaboradores (2007) realizaram um estudo com

11 pacientes com DPOC, estáveis e em exacerbação, quando o quadro inflamatório

é proeminente. Em biópsia do músculo vasto lateral, os autores observaram

diminuição da expressão das Interleucinas 6 e 8, e da proteína MyO D, o que indica

desagregamento da estrutura do músculo. Os níveis de RNAm para TNF-α se

encontravam abaixo do necessário para detecção (70). Por outro lado, Barreiro e

colaboradores (2008) (71), encontraram níveis altamente significantes de TNF-α em

biópsias de vasto lateral de 19 indivíduos DPOC estáveis. Estes são os dois únicos

estudos em humanos acerca do tema.

Biomarcadores da inflamação sistêmica têm sido utilizados para mensurar os

efeitos de intervenções terapêuticas (72), incluindo o exercício. Para esta condição as

citocinas mais estudadas também são: IL-6, IL-1 β, IL-8, IL-1 ra, IL-10, IL-15 e o fator

de necrose tumoral alfa (TNF-α) (73) .

Citocinas são proteínas envolvidas na interação celular. Usualmente, são

menores do que 80 Kda e podem ser produzidas por diferentes tipos de células.

Costumam atuar nas células próximas (função parácrina), embora algumas possam

ser efetivas em células distantes (função endócrina) ou ter efeito sobre a própria

célula que a produziu (função autócrina) (74) . Além disso, atuam em células-alvo e

podem desempenhar muitas funções: ativação e proliferação celular, quimiotaxia de

outras células, imunomodulação, liberação de outras citocinas ou mediadores

inflamatórios, favorecer o crescimento e a diferenciação celulares, além de

apoptose.

Determinar o papel de uma citocina na patogenia de uma doença é complexo,

já que ela pode ser influenciada (potencializada ou bloqueada) pela ação de outras

citocinas liberadas simultaneamente pela mesma célula ou pela célula-alvo após a

Page 70: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

41

sua ativação(75) . Todo processo inflamatório é realizado com a participação de

células e de seus mediadores (75). Algumas citocinas têm funções melhor

caracterizadas que outras. A IL-1 β e o TNF-α são consideradas pró-inflamatórias e

pró proteolíticas, enquanto que a IL-10 é considerada antiinflamamatória e pode ser

induzida por IL-6, em resposta ao exercício (76) .

O padrão de resposta das citocinas observado no plasma após o exercício

difere do observado após um estímulo inflamatório. No clássico padrão de resposta

pró-inflamatória, TNF-α e IL-1β, estão presentes inicialmente na cascata inflamatória

em resposta a infecção enquanto IL-6, uma citocina com ambos os efeitos, pró-

inflamatório e antiinflamatório, é a principal citocina liberada em resposta ao

exercício(48) . Sua liberação é iniciada por depleção das reservas de energia

musculares, e a IL-6 atua ao mobilizar substratos energéticos e ainda ao atenuar ou

inibir a resposta pró-inflamatória(48) . O efeito antiinflamatório da IL-6 inclui a indução

da produção de IL-10 e IL-1ra, e inibição do TNF- α (40, 77, 78) .

A liberação de IL-10 na circulação por estímulo do exercício também contribui

para um efeito antiinflamatório. A IL-10 atua inibindo a produção de IL-1α, IL-1β, e

TNF-α. Essas citocinas, por sua vez, têm um papel importante na ativação de

granulócitos, monócitos/macrófagos, células natural-killer a células T e B e em seu

recrutamento para os locais de inflamação (48) . É postulado que o exercício causa,

portanto, alteração nos mecanismos imunes.

De acordo com os dados da literatura, os resultados deste estudo mostram

que, ao mesmo tempo em que houve um aumento das citocinas pró-inflamatórias, o

treinamento resistido por meio do protocolo RT promoveu ativação de uma resposta

antiinflamatória, refletida por aumento dos níveis de IL-10.

Page 71: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

42

Pode-se sugerir que esse efeito ocorreu por algumas vias. Os níveis de IL-10

podem ter aumentado no grupo RT em razão da elevação dos níveis das citocinas

pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α. Os níveis basais de IL-1β apresentaram aumento

significante após a primeira sessão do protocolo RT, e um aumento de TNF-α

também foi verificado para o mesmo momento de análise. Em resposta aguda ao

exercício, o aumento de IL-10 pode ter sido induzido também por um provável

aumento de IL-6, não analisada neste estudo.

No decorrer do período de treinamento, contudo, os níveis de IL-1 β

apresentaram redução significante, por provável mecanismo de ação da própria IL-

10. Já TNF- α aumentou significativamente, e IL-10 acompanhou esse incremento.

Nenhuma modificação significante nos níveis basais de TNF-α, IL-1β e IL-10

foi verificada para o grupo RE. O mesmo foi observado após o efeito agudo do

exercício, tanto em indivíduos destreinados como após as oito semanas do protocolo

RE. Os níveis de citocinas envolvidas em mecanismos de perda de massa muscular

permaneceram, portanto, estáveis.

Precocemente, durante o exercício, um processo inflamatório pode ser

detectado por um aumento no número de leucócitos e citocinas no plasma. (79, 40) Se

o estímulo é suficientemente agressivo, os níveis de citocinas plasmáticas tendem a

aumentar causando catabolismo. Esse processo poderia refletir um efeito negativo

do exercício para pacientes com DPOC (43) .

Algumas evidências de que as citocinas exerçam ações diretas sobre vias

metabólicas foram encontradas em diferentes sistemas celulares. O TNF-α pode

causar aumento da atividade glicolítica em culturas de miócitos (80) . Por sua vez, a

infusão intravenosa de IL-1β em ratos promoveu aumento de oxidação de ácidos

graxos (81) e ativação dos mecanismos de proteólise muscular em cultura de células

Page 72: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

43

(69) . O TNF-α, um produto da ativação de monócitos e macrófagos, pode mediar,

juntamente com outras citocinas, a perda muscular em situações de doença. (82)

Buck e Chojkier (1996) (83) demonstraram indução de caquexia em camundongos

nude tratados com infusão direta de TNF-α.

Se o estímulo não é excessivo uma resposta antiinflamatória é induzida (40, 84,

85). E, a longo prazo, o treinamento pode proporcionar a indivíduos saudáveis uma

redução dos níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias, ao repouso ou sob

efeito agudo do exercício(73) . Não está elucidado se a mesma resposta ocorre em

indivíduos com DPOC.

Os resultados do presente estudo mostram que, após o período de oito

semanas de treinamento, houve diminuição nos níveis basais de IL-1β, embora o

mesmo não tenha sido observado em relação a TNF- α. Ainda, IL-1β e TNF-α não

apresentaram aumento significante após efeito agudo do exercício e tais resultados

sugerem que o treinamento a longo prazo pode também ter efeito sobre a resposta

aguda ao exercício em pacientes com DPOC.

Poucos estudos investigaram o efeito agudo ou crônico do exercício sobre a

inflamação sistêmica na DPOC. Uma única sessão de exercício dinâmico

submáximo de quadril induziu estresse oxidativo, mas não alterou os níveis de

citocinas inflamatórias em pacientes com DPOC (86). Van Helvoort e colaboradores

(2006) mostraram que os exercícios submáximo e máximo em cicloergômetro

aumentaram significativamente os níveis de marcadores inflamatórios em pacientes

com DPOC com depleção muscular comparados a pacientes sem depleção e

controle saudáveis (87) . Bolton et al (2007) mostraram ainda que o treinamento por

oito a dez semanas melhorou a capacidade de exercício sem, contudo, alterar os

Page 73: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

44

níveis de citocinas inflamatórias no plasma ou músculo de pacientes com DPOC

(88,89) .

Rabinovich et al. (2003) investigaram o efeito do exercício agudo antes e após

um programa de treinamento de endurance sobre citocinas inflamatórias. Um

aumento significativo de TNF-α foi observado imediatamente após o exercício em

pacientes com DPOC, sedentários e treinados, e nenhuma alteração foi observada

para o grupo controle (saudáveis) (90) .

Devido às diferenças metodológicas empregadas, atualmente a literatura é

extremamente limitada para demonstrar uma relação de causa e efeito entre

exercício e resposta pró ou antiinflamatória na DPOC (40) . A ausência de consenso

nos resultados obtidos pode ser atribuída, portanto, à influência de muitos fatores.

A resposta inflamatória parece ser dependente do tipo, intensidade e duração

do exercício e ainda de características individuais. Para pacientes com DPOC, a

idade, nível de inflamação sistêmica e exposição prévia ao exercício são fatores

relevantes (40) .

Pacientes com DPOC geralmente são idosos (91) . Estes são mais suscetíveis

a danos musculares quando expostos a exercício e necessitam de maior tempo para

a recuperação (40). Há alguns anos a literatura apresenta inúmeras evidências de que

a inflamação sistêmica é o disparador para a acelerada perda de massa magra

apresentada por portadores de doenças inflamatórias crônicas (69, 83, 92, 93), processo

conhecido como caquexia. A acelerada perda constante de massa também parece

ocorrer durante o processo de envelhecimento (94, 95).

É possível que ocorra uma alteração na regulação de citocinas (96, 97) devido

ao lento e progressivo acúmulo de danos e micro-traumas em células e tecidos

durante o processo de envelhecimento (98) .

Page 74: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

45

A população desse estudo apresentou média de 64,8 ± 9,27 anos (grupo RE)

e 66,25 ± 7,32 anos (grupo RT), sem diferença estatística significante. Então, apesar

de evidências sobre a influência da idade, este fator não foi relevante para explicar a

diferença entre as respostas inflamatórias nos protocolos utilizados.

A presença de outros possíveis fatores causadores da diferença entre os

níveis de inflamação sistêmica (tabagismo (99) diabetes (100), ou outras doenças

inflamatórias crônicas (91)) foram considerados critérios de exclusão no presente

estudo. Quando comparados os níveis basais dos marcadores inflamatórios ao

início de ambos os protocolos de treinamento, não foram encontradas diferenças

estatísticas significantes. Dessa forma, não há indícios também de que o nível de

inflamação sistêmica de ambos os grupos possa haver influenciado a diferença na

resposta obtida entre os protocolos RE e RT.

Ainda, os voluntários deste estudo não haviam sido expostos anteriormente a

qualquer programa de treinamento e não praticavam atividade física até a inclusão

no protocolo de treinamento.

Estudos demonstraram uma associação entre inatividade física e inflamação

sistêmica em indivíduos saudáveis (101, 102, 103, 104, 105, 106, 107) e em idosos (108) .

É

provável que a prática de exercício, ou mesmo uma exposição prévia ao estímulo,

proteja contra danos a estrutura muscular e resulte em níveis comparativamente

reduzidos de inflamação (109) . Assim, pode-se presumir que este parâmetro também

não influenciou a diferença do resultado entre os protocolos avaliados já que todos

os indivíduos inclusos eram inativos.

Diante do exposto, é possível que as características peculiares dos protocolos

de treinamento resistido utilizados tenham sido relevantes no padrão de resposta

inflamatória.

Page 75: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

46

Classicamente, a carga de trabalho em exercícios resistidos é prescrita a

partir da medição da carga máxima alcançada em um movimento corretamente

executado em um aparelho ou exercício de musculação específico, sendo chamada

de 1 RM e considerada como 100% da força possível de ser desenvolvida

pelo avaliado naquele exercício. Com base nesse valor percentuais menores de

intensidade são prescritos de acordo com o grau de aptidão física e de acordo com

os objetivos do treinamento (73) .

Apesar de comprovados os benefícios promovidos pelo treinamento resistido

em pacientes com DPOC (52), não há consensos sobre sua forma de aplicação.

Porém, tradicionalmente é realizado por meio de equipamentos de musculação e é

recomendado que, tanto para membros superiores quanto inferiores, seja realizado

numa intensidade de, no mínimo, 60 a 80% do teste de uma repetição máxima

(1RM). Duas a três séries de oito a 12 repetições por grupo muscular podem ser

realizadas, e o treinamento deve ser conduzido numa frequência de duas a três

vezes por semana (110) .

Para a elaboração do protocolo RT do presente estudo, foram consideradas

tais recomendações.

A utilização de cordas elásticas como opção para o treino resistido é

habitualmente utilizada para tratar pacientes com lesões traumato-ortopédicas e

desportivas (111, 112) e a utilização dessa modalidade para o treino resistido de

indivíduos com DPOC é pouco difundida e, particularmente com o material utilizado

neste estudo, não há relatos na literatura.

A elaboração do protocolo RE foi estipulada a partir do teste de resistência à

fadiga com cordas elásticas. Neste considera-se os sistemas de transferência de

energia para a determinação do número de séries e repetições. O tempo máximo de

Page 76: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

47

20 segundos para a execução de cada série justifica-se pelo fato de que neste

tempo o fornecimento imediato de energia provém quase exclusivamente do sistema

ATP-CP (67) .

O incremento até o máximo de sete séries justifica-se com base que em dois

minutos (somatória aproximada do tempo de execução de sete séries) a contribuição

relativa do metabolismo energético anaeróbico é ainda de aproximadamente 50%

(113) . Dessa forma busca-se que não ocorra acúmulo significativo de ácido lático, e

consequentemente diminuição de pequenas lesões, e retarda-se a fadiga muscular

precoce. Após atingir as sete séries, o paciente repete o teste de resistência à fadiga

e nova carga é estabelecida a partir das adaptações fisiológicas obtidas. Ainda,

neste protocolo a resistência oferecida pode ser dosada de modo otimizado, uma

vez que há a possibilidade de manipular três variáveis (espessura da corda elástica

utilizada, comprimento, e tensão) até alcançar a sobrecarga adequada para cada

paciente. Assim os níveis de aptidão relativa de cada indivíduo (“Princípio das

diferenças individuais” – um dos “Princípios do Treinamento Físico”) são respeitados

já que não se deve esperar que todos os indivíduos respondam de maneira

semelhante a um determinado estímulo de treinamento (113) .

Os benefícios ótimos do treinamento ocorrem quando os programas de

exercício concentram-se nas necessidades individuais e nas capacidades dos

participantes (113) .

No presente estudo, o treino resistido com cordas elásticas, ao considerar

esse princípio possibilitou uma dosagem mais adequada da carga de treinamento, o

que refletiu em estímulo menos agressivo ao músculo e nenhuma alteração

significante nos níveis dos marcadores inflamatórios avaliados.

Page 77: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

48

King et al. (2003) (51) sugeriram uma relação entre o tipo de exercício e os

níveis de marcadores inflamatórios. Os autores encontraram que formas variadas de

atividade física apresentaram efeitos diferentes sobre marcadores de inflamação.

Uma associação significante foi observada entre determinadas atividades (corrida e

dança aeróbica) e uma menor probabilidade de elevação de marcadores

inflamatórios, o que não foi evidenciado para outros tipos de exercício como

natação, ciclismo, e levantamento de peso.

Em relação ao efeito do treinamento sobre a força muscular periférica, foi

verificado aumento significante dessa variável para todos os grupos musculares

exercitados, em ambos os protocolos, RT e RE.

Não há na literatura estudo que tenha utilizado cordas elásticas do tipo tubo

látex para treinamento de pacientes com DPOC, mas a resistência elástica foi

utilizada por O´Shea e colaboradores (2007) (56). Estes autores submeteram

pacientes com DPOC a um treino de força com bandas elásticas por 12 semanas e

compararam a grupo não treinado. A intensidade do treino foi estipulada em três

séries de oito a 12 repetições, três vezes por semana (apenas uma supervisionada,

e duas realizadas em domicílio). Concluíram que, comparado a nenhuma

intervenção, o uso de bandas elásticas induziu a um aumento na força de extensor

de joelho de 27-43%, incremento este, semelhante a trabalhos previamente

realizados e que utilizaram outros equipamentos para treino de força de indivíduos

com DPOC (23-36%) (58) e idosos saudáveis (27-43%) (59) .

Vanbiervliet et al. (2003) compararam um treino de força tradicional a um

treino de força por meio de bandas elásticas em programa de reabilitação

cardiovascular. Após quatro semanas de treinamento ambos os grupos mostraram

melhora significante da força, sem diferença em relação a amplitude de ganho.

Page 78: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

49

Ainda, o esforço percebido foi mais baixo para o grupo que realizou o treino de força

por meio de resistência elástica, e este grupo não apresentou lesões miotendinosas.

Os autores concluíram que o treinamento de força com bandas elásticas, além de

lúdico e de baixo custo, apresentou eficácia equivalente ao treino de força muscular

periférica realizado com pesos (114) .

A relação entre força voluntária máxima e massa muscular tem sido

frequentemente observada (115) . Os achados deste estudo mostraram um aumento

estatisticamente significante de massa magra no grupo RE, o que condiz com o

incremento significante de força no mesmo grupo. Já o grupo RT apresentou ganho

de força sem, contudo, aumento de massa magra.

O conteúdo muscular, porém, não pode ser visto como único fator

responsável pela geração de força muscular. Adaptações neurais obtidas com o

treinamento resistido podem aumentar a força muscular ao promover uma maior

eficiência nos padrões de recrutamento neural; maior excitabilidade dos neurônios

motores; maior ativação do sistema nervoso central; melhor sincronização das

unidades motoras e maiores ritmos de acionamento (113) .

Durante um período de treinamento típico de oito semanas, os fatores neurais

são responsáveis por aproximadamente 90% da força obtida durante as duas

primeiras semanas. Nas duas semanas subsequentes, entre 40 e 50% do

aprimoramento da força ainda estão relacionados com uma adaptação do sistema

nervoso. A partir desse período, as adaptações das fibras musculares tornam-se

progressivamente mais importantes para os aprimoramentos da força (113).

Assim, com base nesses conceitos, podemos sugerir que para o grupo RT o

aumento força muscular periférica pode ser atribuído a uma melhora na atividade

neural obtida por meio do treinamento, visto que para esse grupo não foi observado

Page 79: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

50

aumento significante de massa magra. Ainda, a continuidade do treino por um

período maior talvez permitisse ser observadas adaptações estruturais e o

incremento de massa magra também sob esse protocolo.

O aumento dos níveis de citocina pró-inflamatória evidenciada ao término do

período de treinamento para o grupo RT pode ser relevante ao considerar essa

questão.

Como em indivíduos saudáveis, o treinamento físico pode modificar as

alterações associadas ao desuso e melhorar massa, força e função muscular dos

pacientes com DPOC. Nesses pacientes ganhos adicionais podem não ser

alcançados por meio do exercício uma vez não são acometidos apenas por atrofia

por desuso, mas também apresentam disfunção muscular, como anormalidades

mitocondriais e estresse oxidativo excessivo (7, 52, 116, 117) . Além disso, anormalidades

na ancoragem dos filamentos de actina e miosina impedem seu perfeito

acoplamento e a contração muscular não acontece de modo eficiente. O desarranjo

entre os miofilamentos também favorece a indução de proteólise e conseqüente

depleção de massa muscular (118, 119, 120) .

A disfunção muscular pode, portanto, ser relevante para a obtenção dos

efeitos estruturais por meio do treinamento físico e essa condição está associada a

inflamação sistêmica. Os mediadores inflamatórios afetam a regulação protéica

muscular contribuindo para um desequilíbrio entre a síntese e degradação e

consequente prejuízo da função (42, 43) .

Assim, os dados do presente estudo sugerem que um aumento das citocinas

inflamatórias observado grupo RT dificultou, provavelmente, a obtenção do ganho de

massa magra corporal.

Page 80: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

51

Citocinas afetam células musculares por diferentes vias. TNF-α, por exemplo,

ativa o fator de transcrição nuclear (nF-kB) e degrada miosina de cadeia pesada

através da ativação do complexo ubiquitina / proteassoma (121) . A desregulação

deste complexo tem sido associada com a perda da massa e função muscular.

Alternativamente, TNF- α pode amplificar a cascata inflamatória ao ativar

leucócitos, induzir a expressão de vários genes que codificam para o próprio TNF- α

e outras citocinas pró-inflamatórias e ainda causar apoptose celular. Já foi

demonstrado que a apoptose de células musculares ocorre em pacientes com

DPOC (41). Em combinação com IL-1, TNF- α esteve ainda mais fortemente

associado com perda de proteína muscular (122). Citocinas ainda causam supressão

do hormônio de crescimento semelhante à insulina, o qual é importante estimulante

da síntese protéica em mioblastos humanos, e diminuem a sensibilidade de seus

receptores (123, 124) .

Em conclusão, degradação e síntese de proteínas musculares estão

associadas à inflamação sistêmica e um aumento de citocinas inflamatórias em

resposta ao exercício pode afetar negativamente os músculos esqueléticos (43) . O

grupo RE, ao não apresentar este aumento pode ter sido favorecido em relação a

obtenção de incremento de massa magra corporal.

Bolton et al (2007), verificaram que oito semanas de treinamento em

programa de reabilitação pulmonar teve efeito positivo sobre composição corporal de

pacientes com DPOC, mas não alterou níveis sistêmicos de IL-6, TNF-α e seu

receptor (88) .

Três meses de treinamento de força resultou em incremento de força,

aumento de síntese protéica, e diminuição de TNF- α no músculo esquelético de

idosos saudáveis. E a síntese protéica foi inversamente relacionada ao TNF- α (125) .

Page 81: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

52

Ao considerar que TNF- α ativa vias de degradação e ainda pode estar

inversamente relacionado à síntese protéica, o aumento dessa citocina pró

proteolítica observado ao término do protocolo RT pode ter prejudicado o processo

de ganho de massa magra para este grupo.

4.1. Implicações clínicas

Pacientes com DPOC são acometidos por disfunção muscular e podem ser

beneficiados por meio do treino resistido. Porém, não há consenso sobre a melhor

forma de aplicação desta modalidade de exercício para essa população.

O presente estudo viabiliza uma técnica de treinamento por meio de

resistência elástica que promove a melhora da força e massa magra, contudo, sem

aumentar os níveis de marcadores da inflamação sistêmica característica da

doença.

Sugere-se a inserção deste protocolo em programas de reabilitação

pulmonar, pois além de promover benefícios à saúde, é de fácil aplicação, baixo

custo, requer pouco espaço físico e, ao manter um caráter altamente individualizado,

ainda permite a sua aplicação em grupos. Dessa forma, pode reduzir os gastos dos

setores públicos e privados para o tratamento de pacientes com DPOC e ainda

possibilita uma maior independência destes, uma vez que familiarizados com a

forma de execução, podem dar continuidade ao treinamento em regime domiciliar

não supervisionado.

4.2. Limitações do estudo

A presença de um grupo controle favoreceria a interpretação dos resultados

obtidos a partir das variáveis estudadas.

Page 82: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

53

A não quantificação da resistência oferecida pelas cordas elásticas

impossibilitou a comparação entre a intensidade dos treinamentos aplicados.

Contudo, a proposta foi verificar a influencia de dois protocolos utilizados para o

mesmo objetivo (ganhos de força e massa magra corporal) sobre a inflamação

sistêmica sem, contudo, comparar os protocolos.

4.3. Perspectivas para estudos futuros

Estender o protocolo de treinamento por um período maior de tempo talvez

seja necessário para evidenciar adaptações em ambos os protocolos.

Diante dos benefícios encontrados a partir dos protocolos observados,

especialmente o treinamento resistido com cordas elásticas, aplicar a mesma

metodologia em sujeitos saudáveis de mesma faixa etária é salutar, visando

investigar se um mesmo padrão de resposta é mantido, inerente a condição de

doença.

Da mesma forma, extrapolar o protocolo de treinamento para outras

populações com doenças inflamatórias crônicas também acrescenta conhecimentos

importantes e pode ampliar a variedade de tratamentos oferecidos a esses

indivíduos.

Diferentes estímulos promovidos por meio de treinamento físico são

importantes para a regulação da resposta inflamatória. Dessa forma, investigar

diferentes modalidades de treinamento contribui para promover benefícios como o

incremento de massa muscular e força a um menor um menor custo sistêmico ao

paciente.

Page 83: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

54

ConclusõesConclusõesConclusõesConclusões

Page 84: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

55

5. CONCLUSÕES

No treino resistido com cordas elásticas não houve alteração nos níveis dos

marcadores inflamatórios de pacientes com DPOC, além disso, houve ganho de

força e de massa magra. Já no treino resistido tradicional houve ganho de força

equivalente, sem ganho de massa magra, e aumento nos níveis dos marcadores

inflamatórios.

Page 85: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

56

Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas

Page 86: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

57

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Lopez AD, Murray CC. The global burden of disease, 1990–2020. Nat Med 1998; 4: 1241–1243. 2. Murray CJ, Lopez AD. Evidence-based health policy: lessons from the Global Burden of Disease Study. Science 1996; 274: 740–743. 3. GOLD – INICIATIVA GLOBAL PARA A DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA. Guia de bolso para o diagnóstico, a conduta e a prevenção da DPOC – projeto implementação GOLD Brasil. São Paulo: Associação Latino-americana de Tórax, 2006. Disponível em: http://www.golddpoc.com.br Acesso em 20 de fevereiro de 2010. 4. Sin DD, Man SFP. Skeletal muscle weakness, reduced exercise tolerance, and COPD: is systemic inflammation the missing link? Thorax 2006;61:1-3. 5. Garcia-Rio F, Miravitlles M, Soriano JB, Muñoz L, Duran-Tauleriam E, Sánchez G, et al. Systemic inflammation in chronic obstructive pulmonary disease: a population-based study. Respir Res 2010, 11:63. 6. Fabbri LM, Rabe KF. From COPD to chronic systemic inflammatory syndrome? Lancet 2007; 370: 797–799. 7. Agusti AG, Noguera A, Sauleda J, Sala E, Pons J, Busquets X. Systemic effects of chronic obstructive pulmonary disease. Eur Respir J 2003; 21: 347–360. 8. Barnes Celli. Review. Systemic manifestations and comorbidities of COPD. Eur Respir J 2009; 33: 1165–1185. 9. Gosselink R, Troosters T, Decramer M. Peripheral muscle weakness contributes to exercise limitation in COPD. Am J Respir Crit Care Med 1996; 153:976–980. 10. Decramer M, Gosselink R, Troosters T, Verschueren M, Evers G. Muscle weakness is related to utilization of health care resources in COPD patients. Eur Respir J. 1997;10:417–23. 11. Remels AH, Gosker HR, Velden JVD, Langen RC, Schols AM. Systemic Inflammation and Skeletal Muscle Dysfunction in Chronic Obstructive Pulmonary Disease: State of the Art and Novel Insights in Regulation of Muscle Plasticity. Clin Chest Med 2007;28:537–52. 12. Allaire J, Maltais F, Doyon JF, Noel M, LeBlanc P, Carrier G, et al. Peripheral muscle endurance and the oxidative profile of the quadriceps in patients with COPD. Thorax 2004;59:673–78.

Page 87: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

58

13. Simpson K, Killian K, McCartney N, Stubbing DG, Jones NL. Randomised controlled trial of weightlifting exercise in patients with chronic airflow limitation. Thorax 1992; 47:70–754. 14. Swallow EB, Reyes D, Hopkinson NS, Man WD, Porcher R, Cetti EJ, Moore AJ, Moxham J, Polkey MI. Quadriceps strength predicts mortality in patients with moderate to severe chronic obstructive pulmonary disease. Thorax 2007; 62: 115–1206.

15. Man WDC, Kenp P, Moxham J, Polkey MI. Skeletal muscle dysfunction in COPD: clinical and laboratory observations. Clinical Science 2009;117:251–264. 16. Bernard S, Leblanc P, Whittom F, Carrier G, Jobin J, Belleau R, et al. Peripheral muscle weakness in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 1998; 158(2): 629-634. 17. Silva EG, Dourado VZ. Treinamento de forca para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Rev Bras Med Esporte. 2008;14(3): 231-238. 18. Gosselink R, Troosters T, Decramer M. Distribution of muscle weakness in patients with stable chronic obstructive pulmonary disease. J Cardiopulm Rehabil 2000; 20: 353-60. 19. Di Francia M, Barbier D, Mege JL, Orehek J. Tumor necrosis factor-α levels and weight loss in chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 1994;150: 1453–1455. 20. Eid AA, Ionescu AA, Nixon LS, Lewis-Jenkins V, Matthews SB, Griffiths TL, et al. Inflammatory response and body composition in chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 2001; 164, 1414–1418. 21. Schols AM, Buurman WA, Staal van den Brekel AJ, Dentener MA, Wouters EF. Evidence for a relation between metabolic derangements and increased levels of inflammatory mediators in a subgroup of patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thorax 1996;51:819–824. 22. Danesh J, Whincup P, Walker M, Lennon L, Thomson A, Appleby P, et al. Low grade inflammation and coronary heart disease: prospective study and updated meta-analyses. BMJ 2000;321:199–204. 23. Tkacova R. Systemic Inflammation in Chronic Obstructive Pulmonary Disease: May Adipose Tissue Play a Role? Review of the Literature and Future Perspectives. Mediators Inflamm 2010; 2010:1-11. 24. Sin DD, Wu L, Man SF. The relationship between reduced lung function and cardiovascular mortality: a population-based study and a systematic review of the literature. Chest 2005; 127(6):1952-1959. 25. Tkác J, Man SF, Sin DD. Review: Systemic consequences of COPD. Ther Adv Respir Dis 2007; 1: 47-59.

Page 88: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

59

26. Groenewegen KH, Postma DS, Hop WCJ, Wielders PLML, Schlösser NJJ, Wouters EFM. Increased systemic inflammation is a Risk Factor for COPD exacerbations. Chest 2008;133:350-357. 27. Gan WQ, Man SFP, Senthilselvan A, Sin DD. Association between chronic obstructive pulmonary disease and systemic inflammation: a systemic review and a meta-analysis. Thorax. 2004;59:574–80. 28. Schols AM, Buurman WA, Staal van den Brekel AJ, Dentener MA, Wouters EF. Evidense for a relation between metabolic derangements and increased levels of inflammatory mediators in a subgroup of patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thorax 1996;51:819-824.

29. Prescott E, Almdal T, Mikkelsen KL, Tofteng CL, Vestbo J, Lange P. Prognostic value of weight change in chronic obstructive pulmonary disease: results from the Copenhagen City Heart Study. Eur Respir J 2002; 20(3):539–544. 30. Koehler F, Doehner W, Hoernig S, Witt C, Anker SD, John M. Anorexia in chronic obstructive pulmonary disease: association to cachexia and hormonal derangement. Int J of Cardiol 2007;119:83–89.

31. Petersen AMW, Penkowa M, Iversen M, Frydelund-Larsen L, Andersen JL, Mortensen J, et al. Elevated levels of IL-18 in plasma and skeletal muscle in chronic obstructive pulmonary disease. Lung 2007;185(3):161–171.

32. Barnes PJ. New concepts in chronic obstructive pulmonary disease. Annu Rev Med 2003; 54:113-29.

33. Yende S, Waterer GW, Tolley EA, Newman AB, Bauer DC, Taaffe DR, et al. Inflammatory markers are associated with ventilatory limitation and muscle dysfunction in obstructive lung disease in well functioning elderly subjects. Thorax 2006;61:10–6.

34. Langen RC, Schols AM, Kelders MC, van der Velden JLJ, Wouters EFM, Janssen-Heininger YMW. Muscle wasting and impaired muscle regeneration in a murine model of chronic pulmonary inflammation. Am J Respir Cell Mol Biol 2006;35:689–96. 35. Bruunsgaard H, Galbo H, Halkjaer-Kristensen J, Johansen TL, MacLean DA, Pedersen BK. Exercise-induced increase in serum interleukin-6 in humans is related to muscle damage. J Physiol 1997; 499:833–41.

36. Ogawa Y, Duru EA, Ameredes BT. Role of IL-10 in the resolution of airway inflammation. Curr Mol Med 2008;8(5):437-45.

37. Watson L, Vonk JM, L¨ofdahl CG, Pride NB, Pauwels RA, Laitinen LA, et al. Predictors of lung function and its decline in mild to moderate COPD in association with gender: results from the Euroscop study. Respir Med 2006; 100(4):746-53.

Page 89: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

60

38. Kessler R, Faller M, Fourgaut G, Mennecier B, Weitzenblum E. Predictive factors of hospitalization for acute exacerbation in a series of 64 patients with chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 1999;159:158–164. 39. Vitacca M, Clini E, Porta R, Foglio K, Ambrosino N. Acute exacerbations in patients with COPD: predictors of need for mechanical ventilation. Eur Respir J 1996; 9(7):1487–1493.

40. Reid WD, Rurak J, Harris RL. Skeletal muscle response to inflammation - Lessons for Chronic obstructive pulmonary disease. Crit Care Med 2009; 37(suppl):S372-S383. 41. Agusti AGN, Sauleda J, Miralles C, Gomez C, Togores B, Sala E, et al. Skeletal muscle apoptosis and weight loss in chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 2002;166:485–89. 42. Agustı AGN. Systemic Effects of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Proc Am Thorac Soc 2005;2:367–70. 43. van Helvoort HAC, Heijdra YF, Dekhuijzen PNR. Systemic Immunological Response to Exercise in Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease:What Does It Mean? Respiration 2006;73:255–64. 44. Mercken EM, Hageman GJ, Schols AM, Akkermans MA, Bast A, Wouters EF: Rehabilitation decreases exercise-induced oxidative stress in chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 2005;172(8):994-1001. 45. Troosters T, Gosselink R, Janssens W, Decramer M. Exercise training and pulmonary rehabilitation: new insights and remaining challenges. Eur Respir Rev 2010; 19(115):24–29. 46. Sin DD, McAlister FA, Man SF, Anthonisen NR.Contemporary management of chronic obstructive pulmonary disease: scientific review. JAMA 2003;290(17):2301–2312.

47. Ploeger HE, Takken T, de Greef MHG, Timmons BW. The effects of acute and chronic exercise on inflammatory markers in children and adults with a chronic inflammatory disease: a systematic review. Exerc Immunol Rev 2009;15:6-41. 48. Petersen AM, Pedersen BK. The anti-inflammatory effect of exercise. J Appl Physiol 2005;98(4):1154–1162.

49. Reid MB, Li YP. Cytokines and oxidative signalling in skeletal muscle. Acta Physiol Scand 2001; 171::225–232.

Page 90: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

61

50. Garrod R, Ansley P, Canavan J, Jewell A. Exercise and the inflammatory response in chronic obstructive pulmonary disease (COPD)—Does training confer anti-inflammatory properties in COPD? Med Hypotheses 2007: 68, 291–298. 51. King DE, Carek P, Mainous AG, Pearson WS. Inflammatory markers and exercise: differences related to exercise type. Med Sci Sports Exerc 2003;35:575-581. 52. van der Vlist J, Janssen TWJ. The Potential Anti-Inflammatory Effect of Exercise in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Respiration 2010;79:160-174. 53. Bruunsgaard H. Physical activity and modulation of systemic low-level inflammation. J Leukoc Biol 2005; 78:819-835. 54. Wagner PD. Skeletal muscles in chronic obstructive pulmonary disease: deconditioning, or myopathy? Respirology 2006; 11:681–686. 55. Puhan MA, Schu¨nemann HJ, Frey M, Scharplatz M, Bachmann LM. How should COPD patients exercise during respiratory rehabilitation? Comparison of exercise modalities and intensities to treat skeletal muscle dysfunction. Thorax 2005;60:367–75. 56. O´Shea SD, Taylor NF, Paratz JD. A predominantly home-based progressive resistence exercise program increases knee extensor strength in the short-term in people with chronic obstructive pulmonary disease:a randomized controlled trial. Aust J Physioterapy 2007; 53:229- 237. 57. Azevedo FM, Alves N, Carvalho A, Negrão Filho R. Avaliação da atividade elétrica do músculo bíceps braquial durante o exercício com uma resistência elástica, comparado ao exercício com uma resistência fixa. In: II Congresso Latino Americano de Engenharia Biomédica, 2001, Havana – CUBA. Anais do II Congress Latino Americano de Engenharia Biomédica, 2001. 58. O´Shea SD, Taylor NF, Paratz JD. Peripheral muscle strength training in chronic obstructive pulmonary disease: a systematic review. Chest 2004;126:903-914 59. Dodd K, Taylor NF, Bradley S. Strength training for older people. In: O´Shea SD, Taylor NF, Paratz JD. A predominantly home-based progressive resistence exercise program increases knee extensor strength in the short-term in people with chronic obstructive pulmonary disease:a randomized controlled trial. Aust J Physioterapy 2007;53:229-237. 60. Diretrizes para Testes de Função Pulmonar. Espirometria. J Pneumol 28(Supl 3) outubro 2002, s1-s82. 61. Neder VER, Andreoni S, Castelo-filho A, Nery M. Reference values for lung function tests. I. Static volumes. Braz J Med Biol Res 1999; 32(6):703-17. 62. American College of Sports Medicine Position Stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc 1998; 30: 992-1008

Page 91: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

62

63. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Revista da Sociedade Brasileira de Hipertensão 2006; 9(4):121-57. 64. Kendrick KR, Baxi SC, Smith RM. Usefulness of the modified 0–10 Borg scale in assessing the degree of dyspnea in patients with COPD and asthma. J Emerg Nurs 26 (Supl 3) 2000, 216-222. 65. Lohman TG, Roche AF, Martorell R. Anthropometric Standardization Reference Manual. Champaign, IL: Human Kinetics. 1988, 177 p. 66. Yoshikawa M, Yoneda T, Kobayashi A, Fu A, Takenaka H, Narita N, Nezu K. Body composition analysis by dual energy X-ray absorptiometry and exercise performance in underweight patients with COPD. Chest. 1999; 115: 371-375. 67. Jürgen Weineck. Biologia do Esporte; tradução por Anita Viviani; Parte III: Sistemas Orgânicos e Treinamento Esportivo. São Paulo: Manole, 2000. p 37-42. 68. Agusti A. Systemic effects of chronic obstructive pulmonary disease: what we know and what we don’t know (but should). Proc Am Thorac Soc 2007; 4: 522-525. 69. Li W, Moylan JS, Chambers MA, Smith J, Reid MB. Interleukin-1 stimulates catabolism in C2C12 myotubes. Am J Physiol Cell Physiol 2009; 297(3):706-714. 70. Crul T, Spruit MA, Gayan-Ramirez G, Quarck R, Gosselink R, Troosters T, et al. Markers of inflammation and disuse in vastus lateralis of chronic obstructive pulmonary disease. Eur J Clin Investigat 2007;37(11):897-904. 71. Barreiro E, Schowas AM, Polkey MI, Galdiz JB, Gosker HR, Swallow EB, et al. Cytokine profile in quadriceps muscle of patients with severe COPD. Thorax 2008; 63(2):100-107.

72. Kolsum U, Roy K, Starkey C, Borrill Z, Truman N, Vestbo J, et al. The repeatability of interleukin-6, tumor necrosis factor-α, and C-reactive protein in COPD patients over one year. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2009;4:149-156. 73. Calle MC, Fernandez ML. Effects of resistance training on the inflammatory response. Nutr Res Pract 2010;4(4):259-269. 74. Chung KF. Cytokines in chronic obstructive pulmonary disease. Eur Respir J 2001;34(Suppl): 50S-9S. 75. Costa CH, Rufino R, Lapa e Silva JR. Células inflamatórias e seus mediadores na patogênese da DPOC. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(3): 347-54. 76. Petersen AMW, Pedersen BK. The role of IL-6 in mediating the anti-inflammatory effects of exercise. J Physiol Pharmacol 2006; 57:43-51. 77. Ostrowisk K, Schjerling P, Pedersen BK. Physical Activity and plasma interleukin-6 in human – Effect of intensity of exercise. Eur J Appl Physiol 2000;83 :512-515.

Page 92: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

63

78. Ostrowisk K, Rohde T, Asp S, Schjerling P, Pedersen BK. Pro – and anti-inflammatory cytokines balance in strenuous exercise in humans. J Physiol 1999; 515:287-291.

79. Peake J, Nosaka K, Susuki K. Characterization of inflammatory responses to eccentric exercise in humans. Exerc Imunnol Rev, 2005. 11:64-85. 80. Zentella A, Manogue K., Cerami A. Cachetin/TNF-mediated lactate production in cultured myocytes is linked to activation of a futile substrate cycle. Cytokine, 1993; 5(5): 436-447. 81. Tocco-Bradley R, Georgieff M, Jones CT, Moldawer LL, Dinarello CA, Blackburn GL, Bistrian BR. Changes in energy expenditure and fat metabolism in rats infused with interleukin-1. Eur J Clin Invest 1987; 17(6):504-510. 82. Beutler, E. Superoxide Dismutase. In: Red Cell metabolism: a manual of biochemical methods. Grune & Stratton, Philadelphia, 1984.p. 83-85. 83. Buck M, Chojkier M. Muscle wasting and dedifferentiation induced by oxidative stress in a murine model of cachexia is prevented by inhibitors of nitric oxide synthesis and antioxidants. EMBO J 1996;15 (8):1753-1765. 84. Nielsen HB, Secher NH, Christensen NJ, Pedersen BK. Lymphocytes and NK cell activity during repeated bouts of maximal exercise. Am J Physiol, 1996. 271:R222-R227. 85. Petersen AM, Penkowa M, Iversen M, et al. Elevated levels of IL-18 in plasma and skeletal muscle in chronic obstructive pulmonary disease. Lung 2007. 185:161-171. 86. Koechlin C, Couillard A, Cristol JP, Chanez P, Hayot M, Le Gallais D, et al. Does systemic inflammation trigger local exercise-induced oxidative stress in COPD? Eur Respir J 2004; 23:538-544. 87. Van Helvoort HA, Heijdra YF, Thijs HM, Viña J, Wanten G, Dekhuijzen PN et al. Exercise-induced systemic effects in muscle-wasted patients with COPD. Med Sports Exerc 2006; 38:1543-1552. 88. Bolton CE, Broekhuizen R, Ionescu AA, Nixon LS, Wouters EFM, Shale DJ, Emiel F M Wouters et al. Cellular protein breakdown and systemic inflammation are unaffected by pulmonary rehabilitation in COPD. Thorax 2007;62:109-114.

89. Vogiatzis I, Stratakos G, Simoes DC, Terzis G, Georgiadou O, Roussos C, et al. Effects of rehabilitative exercise on peripheral muscle TNFalpha, IL-6, IGF-I and Myod expression in patients with COPD. Thorax 2007; 62:950-956.

90. Rabinovich RA, Figueras M, Ardite E, Carbó N, Troosters T, Filella X, et al. Increased tumour necrosis factor-α plasma levels during moderated-intensity exercise in COPD patients. Eur Respir J 2003; 21:789-794.

Page 93: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

64

91. Barnes PJ, Celli BR. Systemic manifestations and commorbidities of COPD. Eur Respir J 2009, 33: 1165-1185. 92. Doucet M, Dubé A, Joanisse DR, Debigaré R, Michaud A, Paré MÈ, Vaillancourt R, Fréchette E, Maltais F.Atrophy and hypertrophy signalling of the quadriceps and diaphragm in COPD. Thorax 2010;65(11):963-70.

93. Delano MJ, Moldawer LL. The origins of cachexia in acute and chronic inflammatory diseases. Nutr Clin Pract. 2006;21(1):68-81.

94. Degens H, Swisher AK, Heijdra YF, Siu PM, Dekhuijzen PN, Alway SE. Apoptosis and Id2 expression in diaphragm and soleus muscle from the emphysematous hamster. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 2007;293(1):135-144. 95. Wust RC, Degens H. Factors contributing to muscle wasting and dysfunction in COPD patients. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis 2007: 2: 289–300. 96. Bruunsgaard H, Pedersen M, Pedersen BK. Aging and proinflammatory cytokines. Curr Opin Hematol 2001;8: 131–136. 97. Przybyla B, Gurley C, Harvey JF, Bearden E, Kortebein P, Evans WJ, et al. Aging alters macrophage properties in human skeletal muscle both at rest and in response to acute resistance exercise. Exp Gerontol 2006: 41: 320–327. 98. Degens H. The role of systemic inflammation in age-related muscle weakness and wasting. Scand J Med Sci Sports 2010; 20:28-38.

99. Tracy RP, Psaty BM, Macy E, Bovill EG, Cushman M, Cornell ES, et al. Lifetime smoking exposure affects the association of c-reactive protein with cardiovascular disease risk factors and subclinical disease in healthy elderly subjects. Arterioscler Thromb Vasc Biol 1997;17:2167-2176.

100. Pickup JC, Chuseney GD, Thomas SM, Burt D. Plasma interleukin-6, tumour necrosis factor alpha and blood cytokine production in type II diabetes. Life Sci 2000;67:291-300.

101. Fallon KE, Fallon SK, Boston T. The acute phase response and exercise: court and field sports. Br J Sports Med 2001; 35: 170-173.

102. Mattusch F, Dufaux B, Heine O, Mertens I, Rost R. Reduction of the plasma concentration of C-reactive protein following nine months of endurance training. Int J Sports Med 2000; 21: 21-24. 103. Abramson JL, Vaccarino V. Relationship between physical activity and inflammation among apparently healthy middle-aged and older US adults. Arch Intern Med 2002; 162: 1286-1292.

Page 94: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

65

104. Geffken DF, Cushman M, Burke GL, Polak JF, Sakkinen PA, Tracy RP. Association between physical activity and markers of inflammation in a healthy elderly population. Am J Epidemiol 2001; 153: 242-250. 105. King DE, Carek P, Mainous AG , Pearson WS. Inflammatory markers and exercise: differences related to exercise type. Med Sci Sports Exerc 2003; 35: 575-581. 106. Taaffe DR, Harris TB, Ferrucci L, Rowe J, Seeman TE. Cross-sectional and prospective relationships of interleukin-6 and C-reactive protein with physical performance in elderly persons: MacArthur studies of successful aging. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 2000; 55: 709-715. 107. Wannamethee SG, Lowe GD, Whincup PH, Rumley A, Walker M, Lennon L. Physical activity and hemostatic and inflammatory variables in elderly men. Circulation 2002; 105: 1785-1790. 108. Bruunsgaard H, Ladelund S, Pedersen AN, Schroll M, Jorgensen T, Pedersen BK. Predicting death from tumour necrosis factor-alpha and interleukin-6 in 80-year-old people. Clin Exp Immunol 2003; 132: 24-31. 109. McHugh MP. Recent advances in the understanding of the repeated bout effect: The protective effect against muscle damage from a single bout of eccentric exercise. Scand J Med Sci Sports 2003; 13:88-97. 110. Langer D , Probst VS, Pitta F, Burtin C, Hendriks E, Schans CPVD, et al.Clinical Practice Guideline for physical therapy in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) - Portuguese version Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioter 2009;13(3): 183-204. 111. Kaminski TW, Buckley BD, Powers ME, Hubbard TJ, Ortiz C. Effect of strength and proprioception training on eversion to inversion strength ratios in subjects with unilateral functional ankle instability. Br J Sports Med 2003;37:410-415. 112. Decker MJ, Tokish JM, Ellis HB, Torry MR, Hawkins RJ. Subscapularis Muscle Activity during Selected Rehabilitation Exercises. Am J Sports Med 2003; 31: 126-134. 113. William D McArdle, Frank I Katch, Victor L. Katch. Fisiologia do exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 6 ed. Philadelphia, PA USA: Guanabara Koogan; 2007. 114. Vanbiervliet W, Pélissier J, Lédermann B, Kotzki N, Benaïm C, Hérisson C. Le renforcement musculaire par bandes élastiques : évaluationde ses effets dans le réentraînement à l’effort du coronarien. Ann Readapt Med Phys 2003;46(8):545-52. 115. Fleck SJ, Kraemer WJ. Adaptações ao treinamento de força. In: fundamentos do treinamento de força. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.p.124-153.

Page 95: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

66

116. Casaburi R. Skeletal muscle function in COPD. Chest 2000; 117:267S–271S. 117. Wouters EF. Chronic obstructive pulmonary disease. 5. Systemic effects of COPD. Thorax 2002; 57:1067–1070. 118. Goll DE, Thompson VF, Li H, Wei W, Cong J. The calpain system. Physiol Rev 2003;83(3):731-801. 119. Koh TJ, Tidball JG. Nitric oxide inhibits calpain-mediated proteolysis of talin in skeletal muscle cells. Am J Physiol Cell Physiol 2000;279(3):C806-812. 120. Purintrapiban J, Wang MC, Forsberg NE. Degradation of sarcomeric and cytoskeletal proteins in cultured skeletal muscle cells. Comp Biochem Physiol B Biochem Mol Biol 2003;36(3):393-401. 121. Li YP, Schwartz RJ, Waddell ID, Holloway BR, Reid MB: Skeletal muscle myocytes undergo protein loss and reactive oxygen-mediated NF-kappaB activation in response to tumor necrosis factor alpha. FASEB J 1998; 12: 871–880. 122. Flores EA, Bistrian BR, Pomposelli JJ, Dinarello CA, Blackburn GL, Istfan NW: Infusion of tumor necrosis factor/cachectin promotes muscle catabolism in the rat. A synergistic effect with interleukin 1. J Clin Invest 1989; 83: 1614–1622.

123. Broussard SR, McCusker RH, Novakofski JE, Strle K, Shen WH, Johnson RW, et al: Cy-tokine-hormone interactions: tumor necrosis factor alpha impairs biologic activity and downstream activation signals of the insulin-like growth factor I receptor in myoblasts. Endocrinology 2003; 144:2988–2996. 124. Thissen JP: How proinflammatory cytokines may impair growth and cause muscle wasting. Horm Res 2007; 67:64–70. 125. Greiwe JS, Cheng B, Rubin DC, Yarasheski KE, Smenkovich CF. Resistance exercise decreases skeletal muscle tumour necrosis factor alpha in frail elderly humans. FASEB J 2001;15:475-482.

Page 96: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Anexos Anexos Anexos Anexos

Page 97: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

ANEXO I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TÍTULO DO TRABALHO: Efeito de um treino de força com corda elástica sobre marcadores inflamatórios de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. ORIENTANDA: Luciana Cristina Fosco ORIENTADORA: Profª. Drª. Ercy Mara Cipulo Ramos As informações contidas nesta folha, fornecidas por ERCY MARA CÍPULO RAMOS e LUCIANA CRISTINA FOSCO têm por objetivo firmar acordo escrito com o voluntário para participação da pesquisa acima referida, autorizando sua participação com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos aos quais será submetido. 1) Natureza da pesquisa: Você é convidado a participar desta pesquisa, que tem como finalidade observar os níveis de substâncias presentes no sangue chamadas de marcadores inflamatórios antes e após realizar Fisioterapia Respiratória, e relacioná-los às suas medidas de força. 2) Participantes da pesquisa: Serão avaliados 36 voluntários com diagnóstico de DPOC encaminhados ao Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da Faculdade de Ciências e Tecnologia- FCT/UNESP (CEAFIR) de Presidente Prudente. 3) Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo você deverá permitir que seja aplicado um programa de tratamento que se baseia em oito semanas de treinamento de força, teste de força muscular e coletas de amostras de sangue. Durante este estudo serão coletadas quatro amostras de sangue venoso (da mesma forma como são coletadas amostras para exame de sangue em laboratório de análises clínicas) de cada participante. Também serão realizados dois testes de força muscular com intervalo de oito semanas. As amostras de sangue serão para quantificar algumas substâncias presentes no sangue (marcadores inflamatórios). Os testes de força serão para observar se houve modificações na força com o treinamento. Você poderá fazer qualquer pergunta em relação aos procedimentos e outros assuntos relacionados a esta pesquisa. 4) Sobre as coletas: O treinamento, os testes de força e as coletas das amostras de sangue serão realizados sempre no Centro de Estudos e Atendimentos em Fisioterapia e Reabilitação da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP (CEAFIR), de Presidente Prudente. As coletas de sangue serão realizadas sob responsabilidade de profissionais do Laboratório de Análise Clínicas Marlene Spir S/C Ltda, de Presidente Prudente, no próprio CEAFIR, de forma que você NÃO necessitará se deslocar até o laboratório. 5) Protocolo experimental: Você será submetido a um protocolo de treinamento que consiste em sessões de exercícios de força, exame de sangue e teste de força muscular. Inicialmente será realizada uma entrevista para a sua identificação e medidas de peso e altura. Para conhecer seu nível de atividade física, será aplicado

Page 98: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

o Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta. As sessões de fisioterapia respiratória terão duração de 1 hora cada (no período da manhã), freqüência de três vezes por semana, durante oito semanas consecutivas. Antes e imediatamente após a primeira sessão de exercícios e antes e após a última sessão de exercícios serão coletas amostras de sangue venoso. Após a última sessão também será realizado novamente teste de força muscular. 6) Riscos e desconforto: Os procedimentos utilizados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética na Pesquisa com Seres Humanos conforme resolução n. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde – Brasília – DF. Contudo, a coleta de amostra de sangue poderá causar algum grau de desconforto já que será realizada com material pérfuro-cortante (agulha), mas não oferece riscos. Os demais procedimentos utilizados não oferecem desconfortos ou riscos a sua pessoa. 7) Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais. Seus dados serão identificados com um código, e não com seu nome. Apenas os membros da pesquisa terão conhecimento dos dados, assegurando assim sua privacidade. 8) Benefícios: Ao participar desta pesquisa você também receberá informações contidas em exame de sangue completo (Hemograma) fornecido após as coletas de sangue para o protocolo de atendimento. Esperamos que este estudo traga informações importantes sobre a influência do treinamento muscular periférico sobre algumas substâncias presentes em seu sangue (chamadas de marcadores inflamatórios). No futuro, essas informações poderão ser usadas em beneficio de outras pesquisas esclarecendo melhor este assunto e para melhorar o tratamento oferecido para indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica. 9) Pagamento: Você não terá nenhum tipo de despesa por participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação. 10) Liberdade de recusar ou retirar o consentimento: Você tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo sem penalizações. Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar desta pesquisa. Portanto, preencha os itens que seguem:

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu,____________________________________________________________, RG_______________________________ após a leitura e compreensão destas informações, entendo que minha participação é voluntária, e que posso sair a qualquer momento do estudo, sem prejuízo algum. Confiro que recebi copia deste termo de consentimento, e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo. Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito. Presidente Prudente, ________/_________/________ Telefone para contato:____________________________________________ Assinatura do Voluntário:__________________________________________ Assinatura do pesquisador:____________________________________________________

Page 99: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TÍTULO DO TRABALHO: Efeito de um treino de força com corda elástica sobre

marcadores inflamatórios de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.

MESTRANDA: Luciana Cristina Fosco

ORIENTADORA: Profª. Drª. Ercy Mara Cipulo Ramos

As informações contidas nesta folha, fornecidas por ERCY MARA CÍPULO

RAMOS e LUCIANA CRISTINA FOSCO têm por objetivo firmar acordo escrito com o

voluntário para participação da pesquisa acima referida, autorizando sua

participação com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos aos quais

será submetido.

1) Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo você deverá permitir

que seja avaliada a sua composição corporal, ou seja, a quantidade de massa

muscular, gordura e massa óssea presentes em seu corpo. Essa quantificação será

feita por meio de um equipamento chamado “DEXA”. Para esta avaliação você

deverá permanecer deitado sobre esse equipamento (semelhante a uma maca)

enquanto é registrado por meio de imagem semelhante a um raio-x, a quantidade de

músculo, gordura e ossos presentes em cada parte de seu corpo. O objetivo dessa

medida é observar se houve modificações na quantidade de músculos e gordura

após o treinamento de força. Essa avaliação será realizada antes da primeira sessão

de treino de força e após um período de dois meses.

Você poderá fazer qualquer pergunta em relação aos procedimentos e outros

assuntos relacionados a esta pesquisa.

Contato: Luciana Cristina Fosco – End: Rua Santa Helena, 148- Apto 32 – Vila Santa Helena – Pres. Prudente – São Paulo – CEP: 19015-670 – Tel.(0xxl8) 81220995 ou (0xx18) 32220461. E-mail: [email protected] Contato: Profª. Drª. Ercy Mara Cipulo Ramos – Tel. (0xx18) 3221-4818 residência; (0xx18) 3229-5388 ramal 5365 – Departamento de Fisioterapia/UNESP. Contato: Profª. Drª. Edna Maria do Carmo – Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da FCT-UNESP - Tel Comitê (0xx18) 3229-5388 ramal 5466 ou 3229-5365 ramal 202.

Page 100: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

2) Sobre as coletas: As avaliações serão realizadas no Laboratório de

Educação Física (CELAPAM – Centro de Estudos e Laboratório de Avaliação e

Prescrição de Atividades Motoras), localizado no discente III da Faculdade de

Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP – Campus de Presidente Prudente, sob a

responsabilidade do Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Junior.

3) Riscos e desconforto: Os procedimentos utilizados nesta pesquisa

obedecem aos Critérios da Ética na Pesquisa com Seres Humanos conforme

resolução n. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde – Brasília – DF, e não oferece

qualquer risco ou desconforto à sua pessoa.

4) Confidencialidade: Todas as informações coletadas nesta avaliação são

estritamente confidenciais. Seus dados serão identificados com um código, e não

com seu nome. Apenas os membros da pesquisa terão conhecimento dos dados,

assegurando assim sua privacidade.

5) Benefícios: Ao participar desta pesquisa você receberá informações sobre

a quantidade de músculo, gordura e ossos presentes em seu corpo. Esperamos que

este estudo traga ainda informações importantes sobre a influência do treinamento

de força sobre a composição corporal de pacientes com DPOC. No futuro, essas

informações poderão ser usadas em beneficio de outras pesquisas elucidando

melhor este tema e para a complementação de protocolos utilizados para o

tratamento de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica.

6) Liberdade de recusar ou retirar o consentimento: Você tem a liberdade de

retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo sem

penalizações.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre

para participar desta pesquisa. Portanto, preencha os itens que seguem:

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,_____________________________________________________,

RG_______________________________ após a leitura e compreensão destas

informações, entendo que minha participação é voluntária, e que posso sair a

qualquer momento do estudo, sem prejuízo algum. Confiro que recebi copia deste

termo de consentimento, e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a

divulgação dos dados obtidos neste estudo.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Page 101: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

Presidente Prudente, ________/_________/________

Telefone para contato:_________________________________________

Assinatura do Voluntário:_______________________________________

Assinatura do pesquisador:_____________________________________

Contato: Luciana Cristina Fosco – End: Rua Santa Helena, 148, apto 32 – Vila

Santa Helena – Pres. Prudente – São Paulo – CEP: 19015-670 – Tel. (0xxl8)

81220995 ou (0xx18) 32220461. E-mail: [email protected]

Contato: Profª. Drª. Ercy Mara Cipulo Ramos – Tel. (0xx18) 3221-4818 residência;

(0xx18) 3229-5388 ramal 5365 – Departamento de Fisioterapia/UNESP.

Contato: Profª. Drª. Edna Maria do Carmo – Coordenadora do Comitê de Ética em

Pesquisa da FCT-UNESP - Tel Comitê (0xx18) 3229-5388 ramal 5466 ou 3229-5365

ramal 202. E-mail: [email protected]

Page 102: Disserta o Luciana Cristina Fosco - fct.unesp.br · criatividade tentam a pessoa que busca resolve-los com respostas ... colaboração ativa durante esses longos e “infindáveis

ANEXO II


Top Related