Transcript
Page 1: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Cromatografia Gasosa Cromatografia Gasosa de Lipídios como de Lipídios como Ferramenta para Ferramenta para

Estudos de Ecologia Estudos de Ecologia MicrobianaMicrobiana

Marcelo Ferreira Fernandes

Page 2: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

ResumoResumo

• Parte I. Ecologia Microbiana

• Parte II. Diversidade Genética, Estrutural e da Composição Química de Lipídios em Microrganismos

• Parte III. Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Page 3: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

PARTE IPARTE I

Ecologia Microbiana Ecologia Microbiana

Page 4: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ecologia MicrobianaEcologia Microbiana

• Objetivos:

– Entender a biodiversidade de microrganismos na natureza e como diferentes guildas interagem em comunidades microbianas

– Medir a atividade dos microrganismos na natureza e monitorar seus efeitos sobre o ecossistema (componentes bióticos e abióticos)

Page 5: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Interações entre Interações entre Microrganismos e Microrganismos e

Impactos Ambientais e Impactos Ambientais e Econômicos Derivados de Econômicos Derivados de

suas Atividadessuas Atividades

Page 6: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

O Exemplo do Ciclo do O Exemplo do Ciclo do NitrogênioNitrogênio

N2 (80% atmosfera)

N N

Page 7: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Outros Exemplos de Outros Exemplos de Impactos Ambientais e Impactos Ambientais e

Econômicos Derivados da Econômicos Derivados da Atividade de Atividade de

MicrorganismosMicrorganismos

Page 8: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

• Controle da disponibilidade de nutrientes minerais para as plantas– Ciclagem de nutrientes, associações simbióticas (FBN, micorrizas), perdas de nutrientes

• Seqüestro de carbono e balanço de gases de efeito estufa

• Melhoria da qualidade física e química do solo– Formação de húmus, formação e estabilização de agregados de solo

• Controle biológico de pragas e doenças vegetais e animais

• Processos infecciosos (doenças) em plantas e animais

• Decomposição de alimentos e outros bens

• Biolixiviação de minerais de importância econômica (cobre, ouro, urânio...)

• Biorremediação de xenobióticos (pesticidas, petróleo, explosivos, nylon...)

• Tratamento de águas; eutroficação de águas e poluição de lençóis freáticos

• Corrosão de metais, entupimento de tubulações de água e óleo

• Produção de enzimas de importância industrial, fármacos, combustíveis, polímeros para plásticos biodegradáveis etc

• ...

Page 9: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Fatores que Controlam Fatores que Controlam Estes Processos e ImpactosEstes Processos e Impactos

• Bióticos– Presença e atividade de uma guilda específica

– Interações entre guildas

• Abióticas

Page 10: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

A Atividade do “Fator Biótico” A Atividade do “Fator Biótico” Visa à SobrevivênciaVisa à Sobrevivência

• Obtenção de energia ou de compostos para síntese celular – Ciclos biogeoquímicos (C, N, P, S, Fe, Mn, Hg...) – Associações simbióticas com plantas e animais – Patógenos, predadores e parasitas

• Transformação de compostos tóxicos ao crescimento microbiano– Ciclos biogeoquímicos

• Proteção contra fatores ambientais adversos

• ...

Page 11: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Diversidade Metabólica MicrobianaDiversidade Metabólica Microbiana

• Vasta diversidade de “modos de vida” ou de conseguir recursos para sobrevivência

– Entre espécies de microrganismos

– Dentro da mesma espécie

Page 12: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Obtenção de Energia (Aerobiose)Obtenção de Energia (Aerobiose)– Corg → CO2 (Fungos, bactérias, protozoários...)

• Decomposição de restos animais e vegetais• Formação do solo (CO2 + H2O H2CO3), formação de humus, ciclagem de nutrientes

– NH4+ → N2O → NO → NO3

- (Nitrosomonas, Nitrobacter...)• Contaminação de águas com NO3

-

• Gases de efeito estufa

– Fe2+ → Fe3+ (Thiobacillus ferroxidans)• Biolixiviação de metais (cobre, ouro, urânio...)

– CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O• Importante dreno de metano

– So + H2O + 1 ½ O2 → SO42- + 2 H+ (Thiobacillus, Beggiatoa...)

• Solubilização de fosfatos de rocha pela acidificação do solo, corrosão de estruturas metálicas...

– 2 H2 + O2 → 2H2O (Alcaligenes, Ralstonia...)

– CO + ½ O2 → CO2 (carboxidotróficas: Pseudomonas carboxydovorans)• Principal dreno de monóxido de carbono da Terra

Page 13: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Obtenção de Energia Obtenção de Energia (Anaerobiose: Aceptores de (Anaerobiose: Aceptores de

Elétrons)Elétrons)– CO2 → CH4 (Arqueas metanogênicas: Methanobacterium, Methanococcus)

• Gás de efeito estufa e combustível

– NO3- → NO → N2O → N2 (Alcaligenes, Pseudomonas...)

• Perda de fertilizantes• Gases de efeito estufa

– Fe3+ → Fe2+ (Geobacter, Shewanella, Geospirillum, Thiobacillus ferroxidans, Sulfolobus...)

• Degradação de compostos aromáticos (benzoato, toleno) utilizados como fonte de energia (doadores de elétrons)

• Biolixiviação de metais de sulfetos metálicos.

– SO42- + acetato ou H2 → H2S (Desulfovibrio, Desulfobacter...)

• Toxidez à vida aquática• Desclorinação redutiva de pesticidas clorados

Page 14: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Obtenção de Compostos para Obtenção de Compostos para Síntese e Metabolismo CelularesSíntese e Metabolismo Celulares

• Fotoautotrofia (algas, cianobactérias, Euglena)– Fixação de CO2, via luz

• Quimoautotrofia (muitas bactérias e arqueas)– Fixação de CO2, via oxidação de compostos minerais

• Heterotrofia (fungos, protozoários, bactérias, arqueas)– C orgânico (saprofitismo, simbiose, parasitismo ou predação)

• Fixação Biológica do N2 (algumas bactérias)– N2 NH4

+

• ...

• ...Dinitrogenase

Page 15: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

InteraçõesInterações entre Guildas entre Guildas MicrobianasMicrobianas

• Rizóbios (fixadores simbióticos de N2) vs. actinomicetos (produtores de antibióticos) → controle do processo da FBN em soja

• Fermentadores (diversos mcgs) vs. metanogênicos (arqueas anaeróbicas) vs. metanotróficos (bactérias anaeróbicas): balanço de metano entre solo e atmosfera → controle do processo de efeito estufa

CO2 CH4

H2

Page 16: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Fatores Abióticos de Controle Fatores Abióticos de Controle da Atividade, Biomassa e da Atividade, Biomassa e

Composição de Comunidades Composição de Comunidades MicrobianasMicrobianas

Page 17: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Atividade, Biomassa e Atividade, Biomassa e Composição Microbianas são Composição Microbianas são

Afetadas por: Afetadas por: – Disponibilidade de oxigênio

• De modo geral, bactérias e arqueas mais versáteis que eucariotos

– Disponibilidade de água• Fungos e actinomicetos mais resistentes a seca• Holoarqueas = extremófilos

Temperatura • Extremófilos = poucas bactérias; ultra-extremófilos = muitas arqueas

– Disponibilidade de nutrientes• Oligotróficos vs. copiotróficos

– Disponibilidade de energia

– pH• Fungos = ácido; bactérias = neutro (Extremos em Arquea e Bacterias)

– Toxidez por produtos naturais e artificiais

– Interações biológicas...

Page 18: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Impactos Antropogênicos sobre a Impactos Antropogênicos sobre a Microbiota e Processos Microbiota e Processos

Associados Associados • Preparo do solo:

– aeração, temperatura, umidade, pH

• Pesticidas e outros compostos químicos: – toxidez seletiva ou geral

• Culturas, sistemas de culturas, mudanças de uso da terra– quantidade e qualidade de substrato, relações hospedeiro e microrganismos, temperatura

e umidade

• Adubações e calagem: – disponibilidade de nutrientes, pH...

• Irrigação e drenagem: – disponibilidade de água, temperatura e oxigênio...

• Pecuária: – disponibilidade de nutrientes, oxigênio...

• Deposições atmosféricas industriais: – disponibilidade de nutrientes, pH...

Page 19: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Exemplos de Impactos de Exemplos de Impactos de Atividades Humanas sobre Atividades Humanas sobre

a Atividade, Biomassa e a Atividade, Biomassa e Composição das Composição das

Comunidades MicrobianasComunidades Microbianas

Page 20: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Mudança do Uso da TerraMudança do Uso da Terra• Substituição de florestas por pastagens:

– Pisoteio animal → compactação do solo → reduz fluxo de oxigênio para o solo

• Ambiente aeróbico → anaeróbico• Favorecimento de metanogênicos em detrimento de

metanotróficos• Aumento da emissão de CH4 para a atmosfera

– Remoção da cobertura vegetal → maior incidência solar → dessecamento da superfície do solo

• Limitação de água na superfície, mas não no subsolo• Menor atividade de metanotróficos• Aumento da emissão de CH4 para a atmosfera

Page 21: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 22: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ecologia MicrobianaEcologia Microbiana

Atividades

Humanas

Atividades Microbianas

Meio Ambiente

Page 23: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

PARTEPARTE II II

Diversidade Genética, Diversidade Genética, Estrutural e da Estrutural e da

Composição Química Composição Química de Lipídios em de Lipídios em

MicrorganismosMicrorganismos

Page 24: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

De Onde Vem a Capacidade De Onde Vem a Capacidade dos Microrganismos de dos Microrganismos de

Realizar Tantas Funções e Realizar Tantas Funções e de se Adaptar a Tantos de se Adaptar a Tantos Ambientes Distintos?Ambientes Distintos?

Page 25: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Diversidade GenéticaDiversidade Genética• “Alta diversidade de genes”

– Diversidade metabólica potencialpotencial determinada pelos genesgenes de cada espécie.

– Evolução cria novos genes a partir de outros existentes

– Acúmulo de genes diferentes do ancestral: nova sps.

• Taxonomia molecular baseada em similaridade nas seqüências de genes– Seqüências rRNA (Woese, 1990)– Três domínios muito distintos

• Bacteria• Archea• Eukarya

Page 26: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Árvore da Vida (Woese, 1990)Árvore da Vida (Woese, 1990)

Page 27: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Evolução, estruturas celulares Evolução, estruturas celulares e composições de e composições de macromoléculasmacromoléculas

• Além de gerar diversidade metabólica, a evolução genética resultou em diferenças marcantes em estruturas celularesestruturas celulares e composições de macromoléculascomposições de macromoléculas entre grupos taxonômicos de microganismos:

– Ex: parede celular e estrutura química dos lipídioslipídios

Page 28: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Estruturas Celulares Estruturas Celulares Microbianas Ricas em LipídiosMicrobianas Ricas em Lipídios

MP*PC

(Peptidoglicano)

MP*PC

Peptidoglicano

Membrana Externa*

PC

(Fungos: Quitina)

(Algas: Celulose, glicoproteínas)

MP* MP*

Bactérias Gram +

Bactérias Gram -

Fungos e Algas

Protozoários

Page 29: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Estruturas Celulares Estruturas Celulares Microbianas Ricas em Lipídios Microbianas Ricas em Lipídios

(cont.)(cont.)

MP*PC

(Pseudpeptidoglicano ou glicoproteínas ou proteínas ou

polissacarídeos)

Achaea

Page 30: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

BacteriaBacteriaLipídios

Principais nas Membranas

Ácidos Graxos

Bactérias G+

PL (MP)GL (MP)

PL: i15:0, a15:0, i16:0; i17:0, a17:0

Bactérias G- PL (MP, MExt) LPS (MExt.)

PL: 17:0cy, 19:0cy, 18:1ω7cLPS: 3-OH-FA

Actinomicetos

PL (MP) PL: 16:0 10Me, 17:0 10Me; 18:0 10Me

Page 31: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

BacteriaBacteriaLipídios

Principais nas Membranas

Ácidos Graxos

Bactérias G+

PL (MP)GL (MP)

PL: i15:0, a15:0, i16:0; i17:0, a17:0

Bactérias G- PL (MP, MExt) LPS (MExt.)

PL: 17:0cy, 19:0cy, 18:1ω7cLPS: 3-OH-FA

Actinomicetos

PL (MP) PL: 16:0 10Me, 17:0 10Me; 18:0 10Me

Page 32: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

ArchaeaArchaea

Page 33: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

EucaryaEucarya

Lipídios Principais nas Membranas

Ácidos graxos

Fungos PL (MP)Ergosterol (MP)

PL: 18:2ω6cNão se aplica

Eucariotos PL (MP)Esteróis (MP)

PL: 20:4ω6cNão se aplica

Page 34: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

PARTEPARTE III III

Lipídios como Lipídios como Ferramenta para Ferramenta para

Estudos de Ecologia Estudos de Ecologia MicrobianaMicrobiana

Page 35: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ecologia Microbiana Ecologia Microbiana Aspectos de InteresseAspectos de Interesse

• Biomassa microbiana

• Atividade microbiana

• Composição ou estrutura da comunidade

Page 36: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Métodos para Investigação da Métodos para Investigação da Estrutura da Comunidade Estrutura da Comunidade

MicrobianaMicrobiana

• Dependentes de cultivo – Meios seletivos para organismos de

interesse– Plaqueamento da amostra em meio de

cultura sólido – Enumeração e identificação de

microrganismos

Page 37: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Organismos CultiváveisOrganismos Cultiváveis

Bactéria

Fungos

Archaea

Actinomicetos

Protozoários,

Algas

Page 38: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 39: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Organismos Viáveis, Não-Organismos Viáveis, Não-CultiváveisCultiváveis

• Torsvik, V. et al. High Diversity in DNA of Soil Bacteria. Applied and Environmental Microbiology, 56(3):782-787, 1990.

• Apenas 1 a 10% dos microrganismos na natureza são cultiváveis em laboratório;

• Embora não cultiváveis, esses organismos são ativos na natureza;

• Exemplos de impacto:

– Morris et al. (Nature, 2002): • SAR 11, ser vivo mais abundante do planeta, não-cultivável.

– Nitrificação:• Bactérias Nitrosomonas e Nitrobacter (Winogradsky, 1888)• Wuchter et al. (PNAS, 2006):

– Archaea (Crenarchaeota): 100-1000 x mais abundante que bactérias nos oceanos • Leininger et al. (Nature, 2006):

– Archaea (Crenarchaeota): ~3000x mais abundante que bactérias no solo

Page 40: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Métodos de Investigação Métodos de Investigação da Comunidade da Comunidade

Microbiana Microbiana Independentes de Independentes de

CultivoCultivo

Page 41: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Métodos Independentes de Métodos Independentes de CultivoCultivo

– DNA • taxons e funções mais específicos • Primers específicos para grupos taxonômicos microbianos

(rRNA) ou genes para enzimas relacionadas a uma determinada função (ex: bactérias nitrificantes = gene amo...)

– LipídiosLipídios • em geral, compara grandes grupos taxonômicos de

microrganismos • poucos marcadores para grupos funcionais específicos• em alguns casos, atividade de guilda com uma função

específica pode ser investigada em associação com técnicas isotópicas

• Marcador fenotípico

Page 42: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Métodos Baseados em DNA Métodos Baseados em DNA (opcional)(opcional)

• Extração do DNA da amostra ambiental

• Amplificação de regiões específicas do DNA (PCR e primers específicos)– Taxonomia (rRNA) – Funções (genes específicos)

• Padrão de bandas em gel de eletroforese– DGGE– LH-PCR– T-RFLP ...

• Clonagem e seqüenciamento de fragmentos amplificados ou recuperados das bandas do gel

• Identificação microbiana utilizando-se ferramentas de comparação de similaridades entre seqüências obtidas com as disponíveis em bancos de dados de seqüências de DNA (NCBI)

Page 43: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Métodos Baseados em LipídiosMétodos Baseados em Lipídios

• Princípio de avaliação da estrutura das comunidades microbianas:

– Diversidade Estrutural de Ácidos Graxos

– Associação entre estrutura e grupos microbianos (biomarcadores microbianos)

– Inferências sobre mudanças na estrutura da comunidade a partir de mudanças no perfil de ácidos graxos

Page 44: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Diversidade Química de Ácidos Microbianos

Saturado (ex: 17:0)

Monoinsaturado (ex: 18:19c)

Poliinsaturado

Ramificado (iso, iX:0)

Ciclopropeno (ex: 19:0cy8c)

Ramificado (anteiso; aX:0)

ex: 18:26c

ex: 18:36c

Page 45: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Nomenclatura dos Ácidos Nomenclatura dos Ácidos GraxosGraxos

• X:Y – X = no de carbonos da molécula– Y = no de insaturações (duplas ligações)Ex: 16:0 (ácido hexadecanóico)

– Se Y>0 (insaturados):• X:YZc, onde Z é a posição da primeira insaturação à partir do C

distal, e “c” indica a conformação “cis”, e t, a “trans”Ex: 16:15c; 18:17t; 18:26c

• iX:Y, aX:Y, X:Y 10-Me– Radical metil lateral na posição 2, 3 ou 10, a partir do C distalEx: i15:0; a15:0; i17:0; 18:0 10-Me

• X:Ycy Zc– cy representa presença de anel ciclopropenoEx: 19:0cy 8c

Page 46: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ácidos Graxos BiomarcadoresÁcidos Graxos Biomarcadores

• Grupos Taxonômicos

• Poucos de Grupos Funcionais Específicos

Page 47: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

BiomarcadoresBiomarcadoresTipo FAME Grupo Microbiano

Poliinsaturados 18:2ω6c Fungos

Poliinsaturado 20:5ω6c Fungos micorrízicos arbusculares

Poliinsaturado 20:4ω6c Protozoários, nematóides

Metil C ω10 16:0 10Me; 17:0 10Me; 18:0 10Me 

Actinomicetos

Metil C ω10 16:0 10Me 

Desulfobacter (redutoras do SO4

2-)Ciclopropil 17:0cy; 19:0cy

 Bactéria Gram negativas

Iso/anteiso i15:0; a15:0; i16:0; i17:0, i17:0 

Bactéria Gram positivas

Monoinsaturado 18:1ω7c Bactéria Gram negativas

Monoinsaturado 16:1ω5c (NLFA) Fungos micorrízicos arbusculares

Monoinsaturado 16:1ω5c (PLFA) FMA, Flavobacterium/Cytophaga

Monoinsaturado ω8c

16:1ω8c, 18:1ω8c Bactérias metanotróficas

Misto i17:1ω7c 

Desulfovibrio (redutoras do SO4

2-)

Page 48: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ácidos Graxos em Diferentes Ácidos Graxos em Diferentes Classes de Lipídios ComplexosClasses de Lipídios Complexos• Ácidos graxos raramente ocorrem

livres em células

• Normalmente, eles integram lipídios estruturalmente mais complexos

• Diferentes tipos de ligações químicasligações químicas unem os ácidos graxos ao restante da molécula dos lipídios complexos

Page 49: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Ligações Químicas dos Ácidos Ligações Químicas dos Ácidos GraxosGraxos

• Lipídios com ligações éster– ex: triacilgliceróis – R-COO•

• Lipídios com ligações éter– ex: plasmalógenos, Archaea

– R-CH2O•

• Lipídios com ligação amida – ex: esfingolipídios– R-CO • NH-R’

Page 50: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Éster Metílico de Ácido Graxo Éster Metílico de Ácido Graxo ““Fatty Acid Methyl Fatty Acid Methyl

EsterEster””(FAME)(FAME)

COOH

COOCH3

Metanólise Alcalina Branda (PLFA e EL-FAME) ou

Saponificação – Metanólise Ácida (MIDI)

Ácido Graxo

FAME

Altamente volátil

R

Page 51: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Saponificação/MetilaçãoSaponificação/Metilação• Duas etapas:

– Saponificação: Ácido graxo sabão– Metilação: substituição do Na por metil FAME

• Condições de reação:– Saponificação: altas temperaturas, 3,8 M NaOH em MeOH:H2O

(100oC, 30’)

– Metilação: presença de água, 6 M HCl:MeOH (85oC, 10’)

• Ligações-alvo: – Éster, éter, amina, ácidos graxos livres

• Altamente danosas à estrutura de alguns ácidos graxos:– ciclopropanos

Page 52: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Metanólise Alcalina BrandaMetanólise Alcalina Branda

• Uma só etapa (transesterificação)– Separação de ácidos graxos das moléculas

complexas e esterificação com ·CH3

• Condições de reação: – 0,2M KOH em MeOH (37oC, 1h)– Ausência de água

• Ligações-alvo– Ésteres

Page 53: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Principais Lipídios Principais Lipídios Complexos Contendo Complexos Contendo

Ácidos GraxosÁcidos Graxos

Page 54: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

FosfolipídiosFosfolipídios• Universal em membranas celulares,

proporções aproximadamente constantes por massa celular– Exceto em Archaea, ligações são principalmente ésteréster

• Rápida hidrólise do fosfato após morte Rápida hidrólise do fosfato após morte microbiana (Fosfolipídio -> Lipídio Neutro)microbiana (Fosfolipídio -> Lipídio Neutro)

• Microbiota viável

CH

CH2O

O C

H2C O C

O

O

P

O

O-

OR

Page 55: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Lipídios NeutrosLipídios Neutros

CH

CH2HO

O C

H2C O C

O

O

• Presentes em:•Células mortas•Reserva em eucariotos

• Reservas de LN em procariotos são Reservas de LN em procariotos são rarasraras

Page 56: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

GlicolipídiosGlicolipídios

• EL-glicolipídios

CH

CH2O

O C

H2C O C

O

O

O

OH

H

H

HO

H

H

OHH

OH

Page 57: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

  Reserva vs. Células Mortas em Reserva vs. Células Mortas em NLFANLFA

min14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

70

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230405.D)

13

.74

6

14

.54

5 1

4.6

23

15

.01

2

15

.17

5

15

.74

6 1

5.8

54

16

.60

0 16

.98

3

17

.21

3 1

7.3

06

17

.48

6

17

.69

7

18

.45

2 1

8.5

28

18

.67

3

18

.89

8

19

.06

1 1

9.1

62

19

.33

5

19

.65

9

20

.34

4 2

0.4

54

20

.63

0

20

.85

3 20

.96

2 2

1.0

59

21

.23

5

21

.411

21

.54

3

22

.10

8

22

.95

9

min14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

70

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230409.D)

13

.74

2

15

.01

0

15

.17

6

15

.74

6

16

.15

3

16

.98

0 1

7.0

88

17

.31

0

17

.48

3

17

.69

5

18

.45

6

18

.89

6

19

.08

7

19

.58

8

20

.57

5

20

.85

2 2

0.9

61

21

.05

6

21

.18

8

21

.40

8

22

.68

7

23

.14

5

15:0i 15:0a

16:0i

16:1ω7c 16:1ω

5c

16:0

16:0 10M

e 17:1i

17:0i17:0a

17:0 cy

16:1 2O

H

17:0 10M

e

18:0 10M

e

18:2ω6c

18:1ω9c 18:1ω

7c

18:0

19:0 cy

16:0ωO

H

16:0 D

CA

NLFA

PLFA

Pastagem (Corvallis, OR, EUA)

Agosto 2005

Page 58: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Protocolos para Protocolos para Extração de FAMEs do Extração de FAMEs do

SoloSolo

Page 59: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Principais Protocolos de Principais Protocolos de Extração de FAMEsExtração de FAMEs

• PLFA (Phospholipid Fatty Acids)– White e Ringelberg (1998)

• MIDI (Microbial Identification™)- Sasser (1990)

• EL-FAME (Ester-linked FAME)– Direto do solo (Schutter e Dick, 2000)– Extrato lipídico (Drjiber et al., 2000)

Page 60: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Método: PLFA Método: PLFA

• Método mais utilizado (padrão)

• Mais caro e trabalhoso– Coluna de SPE-Si: ~R$ 10,00 (no Brasil) – 40-50 ml de clorofórmio, acetona e metanol

amostra-1

– 24 amostras em 2 dias

• Extrai apenas ácidos graxos esterificados em fosfolipídios

Page 61: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Protocolo PLFAProtocolo PLFA

Page 62: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

• Bligh e Dyer (1959) modificado– Mistura monofásica metanol:clorofórmio:tampão

fosfato 50 mM (2:1:0,8)– Solo:clorofórmio (1:1, m/v)– Volumes de água e tampão fosfato 100 mM– Ex: 4 g solo úmido com 25% umidade (b.u.)

• 3 g solo seco + 1 g água• 6 ml de metanol, 3 ml de clorofórmio, 2,4 ml TF 50 mM• 2,4 ml TF 50 mM (combinação de água e TF 100 mM)• 1 ml água do solo + 0,2 ml água adicionada + 1,2 ml

TF 100 mM

Fase 1.Fase 1.Extração de Lipídios Totais do Extração de Lipídios Totais do

SoloSolo

Page 63: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

1.1. Solo e mistura de solventes em tubo de centrífuga com tampa com revestimento interno de teflon;

1.2. Agitar por 2 h, decantar “overnight”– Variações:

• sonicação (2 min)• tempo de agitação, omissão da decantação;

1.3. Ressuspender solo e centrifugar (10 min e 2000 x g);

1.4. Filtrar sobrenadante papel Whatman #1;

1.5. Adicionar metanol:clorofórmio ao solo remanescente no tubo e repetir passos 1.3 e 1.4 mais duas vezes;

Page 64: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

1.6. Partição do filtrado em duas fases: adicionar solução NaCl 2 M (solução:clorofórmio, 1:1);

1.7. Esperar até que a desaparecimento da turbidez na fase superior (aquosa);

1.8. Transferir a fase inferior (orgânica) para um tubo de ensaio e secá-la sob atmosfera de N2 ultra-puro, a 37oC. Armazenar a -20oC.

Page 65: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 66: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Fase 2. Fase 2. Fracionamento das Classes de Fracionamento das Classes de

Lipídios (Cromatografia de Lipídios (Cromatografia de Afinidade)Afinidade)

• Extração em fase sólida (ácido silícico)

• Partição de lipídios entre radicais silanóis ativos nos grânulos de ácido silícico e solventes de polaridade crescente (clorofórmio, acetona e metanol)

Page 67: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 68: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 69: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

2.1. Colocar coluna de ácido silícico (3 ml, 500 mg) em aparato de vácuo com tubo de ensaio diretamente abaixo da mesma;

2.2. Adicionar 2 ml de clorofórmio à coluna, sem deixar drenar;

2.3. Ressuspender extrato de lipídios em volume mínimo (100-200 μL) de clorofórmio e transferir para coluna de ácido silícico. Repetir 3 vezes para assegurar transferência quantitativa;

2.4. Acionar vácuo e adicionar 3 x 2 ml de clorofórmio, e coletar esses volumes no tubo de ensaio colocado abaixo;

2.5. Trocar tubo de ensaio por um novo, adicionar 3 x 2 ml de acetona, e coletar volumes no tubo de ensaio abaixo;

2.6. Trocar tubo de ensaio por um novo, adicionar 3 x 2 ml de metanol, e coletar volumes no tubo de ensaio abaixo;

2.7. Secar frações sob atmosfera de N2 ultrapuro , a 37oC, armazenar a -20oC.

Page 70: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Clorofórmio Metanol

Acetona

Esquema do Fracionamento de Esquema do Fracionamento de LipídiosLipídios

Neutros

NLFA

Esteróis Glicolipídios

Poli-β-hidroxialcanoatos

Fosfolipídios

PLFAPLFA

Page 71: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 72: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Fase 3. Metanólise Alcalina Fase 3. Metanólise Alcalina para Produção dos FAMES de para Produção dos FAMES de

PL PL • Geração dos FAMEs a partir de fosfolipídios

esterificados;

• Remoção dos ácidos graxos do restante da molécula lipídica e substituição das ligações com glicerol por grupos metil > aumenta a volatilidade dos compostos

• Para PLFA, proceder reação apenas na fração contendo fosfolipídios;

• Nota:Nota: Dependendo do objetivo do estudo, a fração neutra e glicolipídica também poderão ser tratadas posteriormente para análise cromatográfica de compostos de interesse.

Page 73: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

3.1. Redissolver os lipídios fracionados secos em 1 ml de tolueno: metanol (1:1, v/v) e 1 ml de KOH metanólico (0,2 N);

3.2. Agitar tubo em vortex, rapidamente, e colocá-los em banho-maria a 37oC por 15 min.;

3.3. Após amostras esfriarem até a temperatura ambiente, adicionar 2 ml de hexano:clorofórmio (4:1, v/v), e misturar amostra;

3.4. Neutralize pH (6 a 7) da mistura com adição de 0,2 ml de ácido acético 1N. Verificar pH final em papel de tornassol;

3.5. Adicione 2 ml de água destilada para separar fases e misture amostra em vortex por 30 s. Esperar separação de fases se completar (~10-15 min.);

3.6. Transferir fase orgânica (superior) para um tubo de ensaio novo,

3.7. Reextrair fase inferior: adicionar 2 ml de clorofórmio:hexano (4:1 v/v), agitar em vortex 30 s., esperar separação de fases, transferir para tubo novo (repetir 2x)

3.8. Evaporar solvente sob N2 ultrapuro, a 37oC; armazenar a -20oC, sob N2.

Page 74: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

PLFA (Esquema Geral)PLFA (Esquema Geral)

3 g solo + CHCl3:CH3OH:tampão

(1:2:0,8)

transferir para coluna SPE-silica

FAMEs em hexano, em frasco GC

2 h, agitar 100 rpm

Filtrar (Whatman 1), repetir 2x após adicionar CHCl3 e CH3OH ao solo remanescente, vortex e

centrifugação

adição de NaCl 2M

Fase orgânica (inferior) contém lipídios totais

partição de fases

tranferir fase orgânica

extrato lipídico

secar sob N2

40oC

extrato lipídico seco

centrifugar 500 x g

Eluir c/ CHCl3, acetona e CH3OH

Lipídios Neutros

ClorofórmioAcetona

Metanol

Glicolipídios Fosfolipídios

secar sob N2, 40oC

Transesterificação (geração de FAMEs)

KOH (0,2 N) em metanol, 40oC

CG-FID

ressuspender em 3 x 200 ul CHCl3

Descartar Perfil de FAMEs

Partição com água, recuperar FAMEs (fase superior) em hexano, secar sob

N2, resuspender em hexano

Page 75: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Fase 4. Preparo de Amostras, Fase 4. Preparo de Amostras, Separação em CG, Quantificação e Separação em CG, Quantificação e

Identificação de CompostosIdentificação de Compostos4.1. PLFA secos são ressuspensos em hexano, agitados em vortex, e transferidos

para frasco GC com “insert” de 200 μL;

4.2. Injeção em CG-FID, equipado com coluna não-polar (ex: 5% diphenyl, 95% methylpolysiloxane fase estacionária; ex: Ultra-2, DB-5, HP-5), com 25 m, 0,2 mm diam. int.; 0,33m espessura filme); rampa de temperatura: 170-280oC a 4oC min-1; mais 5 min. a 280oC para limpeza da coluna.

4.3. Curva-padrão: FAME 13:0 (“methyl tridecanoic acid”): relação entre área de pico cromatográfico e quantidades conhecidas do FAME.

Alternativamente: adição de padrão interno: usualmente FAME 19:0.Resultados em mol de FAMEs individuais por g de solo (pmol FAME g-1 solo seco).

4.4. Misturas padrões de FAMEs microbianos (BAME e FAME-37): comparar TR com amostras

4.5. ECL vs. TR (Biblioteca de ECLs. Ex: MIDI)- Relação linear entre TR e número de C de série homóloga de ácidos graxos saturados de cadeia linear

4.5. CG-EM (confirmação de compostos): importante, mas, em geral, não realizada.

Page 76: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana
Page 77: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Curva Padrão Curva Padrão Tridecanoato de Metila (FAME Tridecanoato de Metila (FAME

13:0)13:0)

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210213.D)

2.03

1

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210214.D)

2.03

1

12.39

4

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210215.D)

2.03

7

12.39

4

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210216.D)

2.03

2

12.39

6

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210217.D)

2.03

3

12.40

1

min5 10 15 20 25

pA

100

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\11210218.D)

2.02

9

4.88

7

9.41

5 12.41

1

0 pmol ml-1

60 pmol ml-1

151 pmol ml-1

605 pmol ml-1

302 pmol ml-1

1210 pmol ml-1

y = 0.5935x + 2.3384

R2 = 0.9996

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0 500 1000 1500

FAME 13:0 (pmol ml-1)

Áre

a (C

G)

pmol FAME 13:0 ml-1 Área CG

0 0

60 35.9

151 87.6

302 187.6

605 368.5

1210 716

Page 78: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

BrancosBrancos- Verificar contaminações das amostras durante procedimento de extração- Todo o procedimento é realizado de modo idêntico às amostras, porém sem solo

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230405.D)

14.

545

14.

623

15.

012

15.

175

15.

746

15.

854

16.

600

16.

983

17.

213

17.

306

17.

486

17.

697

18.

452

18.

528

18.

673

18.

898

19.

061

19.

162 1

9.33

5

19.

659

20.

344

20.

454

20.

630 20.

853

20.

962

21.

059

21.

235

21.

411

21.

543

22.

108

22.

959

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230413.D)

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230410.D)

15.

012

15.

178

16.

980 1

7.30

3

17.

484 17.

692

18.

525

18.

899

19.

086

20.

569

20.

850

20.

957

21.

056

21.

409

22.

687

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

FID1 A, (G:\PLFA20~1\MARCEL~1\11230416.D)

18.

458

PLFA Br

PLFA

NLFA Br

NLFA

Page 79: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Efeito do Desmatamento sobre a Efeito do Desmatamento sobre a Estrutura da Comunidade Estrutura da Comunidade

MicrobianaMicrobiana

Page 80: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Floresta Adulta (>150 a) vs. Floresta Recem-Cortada (10 a)

min16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

70

80

90

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10170355.D)

15.

346

15.

511

15.

934

16.

080

16.

187

16.

246

16.

939

17.

004 1

7.32

7

17.

542

17.

655

17.

733 1

7.83

5

18.

042

18.

136

18.

192

18.

421

18.

487

18.

751

18.

802 1

8.87

7 1

8.93

9 1

9.02

2

19.

244

19.

408

19.

513 1

9.69

0

19.

834

19.

935

20.

005

20.

125

20.

263

20.

694

20.

807

20.

935

20.

986

21.

101

21.

214

21.

321

21.

424

21.

534

21.

595

21.

763

21.

897

22.

065

22.

163

22.

349

22.

466

22.

525

22.

860

23.

059

23.

138

23.

326

min16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

70

80

90

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10170346.D)

15.

350

15.

513

15.

621

15.

761

15.

933

16.

081

16.

189

16.

250

16.

497

16.

810

16.

938

17.

007

17.

217

17.

330

17.

541

17.

661

17.

735

17.

838

18.

052

18.

141

18.

406

18.

495

18.

753

18.

807

18.

881

18.

941

19.

027

19.

138

19.

248

19.

413

19.

542

19.

694

19.

834

19.

936

20.

009

20.

125

20.

268

20.

697

20.

810

20.

930

20.

992

21.

065

21.

100

21.

229

21.

332

21.

437

21.

540

21.

598

21.

767

21.

902

22.

067

22.

169

22.

296

22.

349

22.

465

22.

524

22.

585

22.

721

22.

862

23.

062

23.

143

23.

231

23.

333

23.

505

~ 10 anos

>150 anos

16:0

com

um

18:2

6c

fun

go

Page 81: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Método: MIDIMétodo: MIDI• Adaptado de método comercial para identificação de bactérias

em cultura pura, de acordo com perfil de lipídios celulares totais

• Mais rápido (?) e barato que PLFA

• Requer menor quantidades de solo (??)

• Mais perigoso (base e ácido concentrados, alta temperatura)

• Extração diretaExtração direta, sob condições extremas de pH e temperatura (saponificação/metilação ácida)

• Extrai FAMEs de potencialmente todos os lipídios celulares (éster, éter, amida...) e não-celulares (reserva, células mortas, fontes não-microbianas, matéria orgânica do solo...), incluindo ácidos graxos livres

• Forte potencial de alterar a estrutura química de muitos ácidos graxos, especialmente os com aneis ciclopropeno e os insaturados

Page 82: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Protocolo MIDIProtocolo MIDI

Page 83: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

SaponificaçãoSaponificação

• Pesar 3 g de solo em tubo de de vidro (20 ml) com tampa de rosca revestida com Teflon;

• Adicionar 3 ml de solução de NaOH (3,8N) em água:metanol (1:1 v/v);

• Agitar em vortex e ferver por 30 min.

• Produto: sais de sódio de cadeia longa (sabão)

Page 84: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Metilação ÁcidaMetilação Ácida

• Adicionar 6 ml de mistura HCl (6M):metanol (1:0,85 v/v);

• Aquecer em banho-maria 85oC, 10 min.

• Produto: FAMEs

Page 85: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Recuperação dos FAMEsRecuperação dos FAMEs

• Adicionar 3 ml de hexano (partição de fases);

• Transferir todo conteúdo do frasco para para tubos de centrífuga de 35 ml, com rosca revestida por Teflon;

• Centrifugar a 480 x g por 10 min. para separar MOS da fase orgânica;

• Transferir fase orgânica (superior) para tubos de 13 x 100 mm com tampa revestida de Teflon;

Page 86: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Lavagem da Fase OrgânicaLavagem da Fase Orgânica

• Adicionar 3 ml de base fraca (0,3 M NaOH) para lavar residual de reagentes ácidos

• Agitar tubo lentamente por 5 min

• Transferência da fase superior para tubos CG (2ml)

Page 87: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Análise cromatográfica, Análise cromatográfica, quantificação e identificação quantificação e identificação

dos compostosdos compostos

• Idem PLFA

Page 88: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Método: EL-FAMEMétodo: EL-FAME

• Mais rápido (!), fácil (!) e barato que PLFA

• Extrai ácidos graxos esterificadosesterificados em diversas classes de lipídios (neutros, glicolipídios e fosfolipídios)

• Contribuição de lípídios de reserva e de células mortas (LN), além de glicolipídios esterificados, para o perfil de FAMEs

• Duas variações de extração: – direta do solo (Schutter e Dick, 2000);– a partir do extrato de lipídios totais (Drijber et al., 2000).

Page 89: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Protocolo EL-FAMEProtocolo EL-FAME

Page 90: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Metanólise Alcalina BrandaMetanólise Alcalina Branda

• Pesar 3 g de solo em tubo centrífuga de 35 ml com tampa revestida de Teflon;

• Adicionar 15 ml de KOH (0,2 N) em metanol;

• Agitar em vortex e incubar a 37oC por 1 h (transesterificação, idêntica à do PLFA)

• Agitar tubos em vortex a cada 10 min. durante o tempo de incubação.

• Adicionar 3 ml de ácido acético 1,0 M para neutralizar pH do conteúdo do frasco

Page 91: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Recuperação dos FAMEsRecuperação dos FAMEs

• Partir fases adicionando 10 ml de hexano;

• Centrifugar a 480 x g, 10 min.;

• Transferir fase orgânica para tubo de ensaio e secar sob N2 ultrapuro;

• Ressuspender extrato seco em 3 x ~70 µL de hexano, agitando em vortex após cada adição do solvente, e transferir para frasco CG, com insert de 200 µL.

Page 92: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Análise cromatográfica, Análise cromatográfica, quantificação e identificação quantificação e identificação

dos compostosdos compostos

• Idem PLFA

Page 93: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Comparação entre MétodosComparação entre Métodos

EL-EL-FAMEFAME PLFAPLFA

MIDIMIDI

AG Éster Fosfolipídios

AG Éster

AG Totais

Page 94: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

min16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

25

30

35

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10020330.D)

15.

372

15.

538

16.

113

16.

220

16.

973

17.

354

17.

578 17.

681

17.

863

18.

065

18.

164

18.

832

18.

903

18.

964

19.

048

19.

275

19.

439

19.

547

19.

719

19.

970

20.

037

20.

727

20.

839

21.

243

21.

345

21.

445

21.

627

21.

793

21.

930

22.

492

22.

552

23.

291

23.

350

min16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

25

30

35

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\09300315.D)

15.

371

15.

537

16.

109

16.

215

16.

526

16.

975

17.

038

17.

185 1

7.35

4

17.

588

17.

682

17.

863

18.

070

18.

163

18.

833

18.

903

18.

966

19.

048

19.

275

19.

438

19.

545

19.

718

19.

878

19.

964

20.

037

20.

725

20.

836

21.

009

21.

129

21.

244 2

1.35

0 2

1.44

6 2

1.57

1 2

1.62

3

21.

793

21.

928

22.

219

22.

429

22.

492

22.

553

22.

759

22.

997

23.

093

23.

291 23.

350

23.

544

min16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

25

30

35

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10040329.D)

15.

177 1

5.36

6

15.

531

15.

684

15.

957

16.

103

16.

211

16.

515

16.

970

17.

173

17.

348

17.

592

17.

676

17.

857

18.

061

18.

153

18.

510

18.

671

18.

828

18.

898

18.

964

19.

043

19.

139

19.

268

19.

436

19.

538

19.

606

19.

710

19.

828

19.

963

20.

034

20.

722

21.

000

21.

236

21.

341

21.

439

21.

681

21.

788

21.

888

22.

183

22.

247 22.

417

22.

591

22.

698

22.

813

22.

989

23.

140

23.

251

23.

345

PLFA

EL-FAME

MIDI

Impacto da Escolha do Método de Impacto da Escolha do Método de Extração sobre os Perfis de Ácidos Extração sobre os Perfis de Ácidos

GraxosGraxos

Page 95: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Efeito da Escolha do Efeito da Escolha do Protocolo de Extração Protocolo de Extração

sobre a Interpretação de sobre a Interpretação de Resultados de Estrutura da Resultados de Estrutura da

Comunidade MicrobianaComunidade Microbiana

Page 96: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Amostras de SoloAmostras de Solo • 29 amostras de solo através do Estado do

Oregon, EUA (0-10 cm depth)

• Ecossistemas diversos– Sem vegetação na data de amostragem– Herbáceas (culturas anuais, pastagens e pomares)– Florestas (gimnospermas com >150a; clareiras de

10 a; mistas)

• Ampla faixa de propriedades do solo– COT, MOP, MO-nP, pH, textura

• Amostras de solo peneiradas (< 2mm)

• Extração de FAMEs pelos 3 métodos

Page 97: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Análise de FAMEsAnálise de FAMEs

• Cromatografia gasosa

• Identificação inicial por comparação dos TR entre amostras e padrões de FAMEs microbianos

• Confirmação de compostos abundantes por EMEM

• Dados de composição de AG analisados em mol%mol%

Page 98: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Mol%

Page 99: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

MIDI versus PLFAMIDI versus PLFA

• Análise estatística: ordenação multivariada NMS– Distância de Sorensen

– PC-ORD 4, modo autopiloto “lento e abrangente”

– Correlações com variáveis de solo e caracterização da mudanças no perfil de FAMEs utilizando coeficiente de Pearson (“joint plots”)

Page 100: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

MIDI versus PLFA - ResultadosMIDI versus PLFA - Resultados

• CG-MS: alguns biomarcadores de substâncias vegetais (cutina, suberina, e ceras) presentes em grandes quantidades no extrato de MIDI, mas não em PLFA

Page 101: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

16:0 16OH

14:0 14OH

12:0 12OH

16:0 alcohol

16:0 DCA

CG-EM

CG = 19cy:0 10c

CG = 17:17c

suberina, cutina, ceras

cutina, ceras

cutina, ceras

suberina

suberina, cutina, ceras

Compostos Vegetais

Page 102: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Compostos de Planta Compostos de Planta MIDI vs. PLFAMIDI vs. PLFA

mol% FAMEs MIDI PLFA

16:0 Alcohol 1.62 0.00 16:0 16OH 6.70 0.29 16:0 DCA 2.87 0.06 14:0 14OH 6.61 0.00 12:0 12OH 1.69 0.00

Page 103: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

FAMEs FAMEs MIDI vs. PLFAMIDI vs. PLFA

mol% FAMEs MIDI PLFA

17:0cy 0.75 3.51 19:0cy 0.41 5.40 18:1ω7c 2.14 9.80 17:0i 0.53 1.67 17:0a 0.67 1.90 16:0 10Me 1.14 4.66 17:0 10Me 0.34 1.05 18:0 10Me 0.53 2.03

Page 104: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Non-metric Multidimensional Scaling

mol% of FAMEs PLFA

MIDI

Forest

Forest

Correlation Axis 1MIDI vs. Axis 1PLFA: r = 0.87

Correlation Axis 2MIDI vs. Axis 2PLFA: r = 0.28

MIDI

Page 105: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

EL-FAME versus PLFAEL-FAME versus PLFA

• Mesmo método de produção de FAMEs (metanólise alcalina branda)

• Diferentes reservatórios de lipídios alvos de produção de FAMEs

PLFA vs. PLFA + NLFA + GLFA

Page 106: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

EL-FAME versus PLFAEL-FAME versus PLFA

Objetivo:

Avaliar a interferência de NL e GL no que se refere à comparação da interpretação de dados de comunidade microbiana entre o EL-FAME e o PLFA (padrão)

Amostras de solo:

Idem estudo de comparação entre PLFA vs. MIDI

Análises estatísticas:

Modelos de regrassão múltipla (stepwise)

Ordenação das amostras com base na relação entre EL/PL com respeito às concentrações molares dos FAMEs (mol%) nos respectivos extratos

Page 107: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Organic C Vegetation Interactions

FAMEs Intercept EL POM nPOM pH Herb Forest EL vs.

pH EL vs. Forest

EL vs. Herb

POM-C vs. Forest R2

FUNGI 534*** 10.0*** 11.6*** 6.6*** 0.45*** 0.14*** 0.92 GP 2335*** 4.1*** 14.5*** 1.09*** 3.4*** 0.07*** 0.92 GN 1806*** 2.5*** 19.3*** 1.10*** 4.0*** 0.07*** 0.91 ACT 1049*** 3.1*** 14.8*** 3.9*** 0.08*** 0.91 AMF 299*** 0.4ns* 19.8*** 1.0ns 1.6*s* 6.5*** 1.68** 0.44** 0.05*** 0.90 EUK 90*** 7.4*** 4.3*** 2.0*** 4.6*** 0.27*** 0.93 16:0 1817*** 7.9*** 12.5*** 4.1*** 0.10*** 0.95 18:0 353*** 7.1*** 11.4*** 3.9*** 0.10*** 0.94 16:1ω7c 932*** 5.5*** 20.0*** 1.2ns* 4.0*** 0.57** 0.63** 0.06*** 0.92 18:1ω9c 1208*** 8.2*** 18.1*** 3.7*** 0.07*** 0.94 Total 14485*** 4.8*** 17.2*** 4.0*** 0.07*** 0.93

Multiplicative changes (exp ß) on FAME amount (pmol g-1 soil)

Stepwise Multiple Regression (Backward Selection)

FAME ~ (method of extraction, vegetation, POM, nPOM, pH)

controls( PLFA , no veg )

TOTAL FAME (EL) = 14485 * 4.8(EL=1) * 17.2POM * 4.0Forest * 0.07(POM*Forest)

TOTAL FAME (PL) = 14485 * 4.8(EL=0) * 17.2POM * 4.0Forest * 0.07(POM*Forest)

4.8

1.0

TOTAL FAME (EL/PL) = 4.8

Page 108: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Lipid

Source Interactions NL vs.

Lipid Source Interactions GL vs.

FAMEs NL Forest Herb Model R2 GL Forest Herb Model R2

Fungi 2.27*** 0.56* 0.83 0.28*** 0.84

GP 0.31*** 0.82 0.23*** 0.89

GN 0.19*** 0.86 0.09*** 0.94

Act 0.17*** 0.90 0.19*** 0.92

AMF 8.65*** 0.32** 0.71 0.31*** 0.46*** 0.81

Euk 1.95*** 0.80 0.00

16:0 1.52*** 0.65 0.65*** 0.84

18:0 0.78ns 0.76 0.69*** 0.81

16.1ω7c 2.95*** 0.45* 0.31** 0.59 0.19*** 0.63*** 0.90

18.1ω9c 2.19*** 0.75 0.34*** 0.86

Total 1.02 ns 0.70 0.32*** 0.89

Multiplicative changes (exp ß) on FAME amount (pmol g-1 soil) associated with lipid sources (neutral lipids vs. phospholipids; and glycolipids vs. phospholipids

Stepwise Multiple Regression (Backward Selection)

FAME ~ (lipid source, vegetation, POM, nPOM, pH)

Vegetation: non-vegetation at sampling (control), herbaceous, and forest

Lipid source: PLFA (control), NLFA or GLFA

Page 109: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

NMS with EL-FAME:PLFA mol% ratios

EL-FAME (mol%)

15:0i 18:26c

… 20:46c

CO 0.05 0.26 0.20

PMa 0.09 0.21 0.23

OGc 0.01 0.34 0.12

PLFA (mol%) 15:0i 18:26c

… 20:46c

CO 0.12 0.15 0.11

PMa 0.16 0.12 0.16

OGc 0.06 0.22 0.22

ELFA/PLFA 15:0i 18:26c

… 20:46c

CO 0.41 1.73 1.82

PMa 0.56 1.75 1.44

OGc 0.17 1.53 0.55

No vegetation

Herbaceous

Forest

Page 110: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Outros Lipídios ImportantesOutros Lipídios Importantes

• Ergosterol (esterol): – exclusivo de fungos (biomassa de

fungos)– altamente correlacionado com PLFA

18:26c

• Poli-hidroxialcanoatos (PHAs)– reservas em bactérias– em SPE-Si é eluído com acetona

Page 111: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Outros Usos dos Métodos Outros Usos dos Métodos Baseados em Lipídios na Baseados em Lipídios na

Investigação da MicrobiotaInvestigação da Microbiota

• Diversidade e estrutura da comunidade microbiana

• Biomassa microbiana – Total– Grupos microbianos específicos

• Estado nutricional de fungos do solo• Respostas de bactérias a estresses

ambientais

Page 112: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Biomassa Microbiana ViávelBiomassa Microbiana ViávelMétodo 1. Soma dos PLFAs

BM total: soma de todos os PLFAs3,0 x 104 células/pmol PLFA (bactéria)1,2 x 104 células/pmol PLFA (algas)

BM grupo-específica: soma de PLFAs do grupoDados quantitativos obtidos na análise de PLFA

Método 2. Quantificação do P na fase orgânicaPrincípio: P na fase orgânica do extrato é derivado de fosfolipídios.Vantagem: simples, dispensa CG

Page 113: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Efeito da Substituição de Floresta Efeito da Substituição de Floresta por Agricultura (Trigo ~26 anos) por Agricultura (Trigo ~26 anos)

sobre a BMsobre a BM

Page 114: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Método BM 1 (Soma dos PLFAs) Método BM 1 (Soma dos PLFAs) Floresta vs. Agricultura (Trigo ~26 Floresta vs. Agricultura (Trigo ~26

anos)anos)

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10180305.D)

14.

820

14.

874

14.

946

15.

111

15.

345

15.

510

15.

625

16.

077

16.

187

16.

935

17.

325

17.

540

17.

654

17.

733

17.

833

18.

045

18.

134

18.

417

18.

486 1

8.80

3 1

8.87

3 1

8.94

2 1

9.02

2

19.

245

19.

409

19.

515

19.

686

19.

830

19.

934

20.

004

20.

122

20.

266

20.

693

20.

805

20.

916

20.

989

21.

098

21.

220

21.

324

21.

424

21.

532 21.

592

21.

761

21.

896

22.

172

22.

291

22.

345

22.

460

22.

521

22.

581

22.

861

23.

058

23.

136

23.

251

23.

321

23.

513

min15 16 17 18 19 20 21 22 23

pA

20

30

40

50

60

FID1 A, (F:\PLFA-F~3\10180306.D)

14.

952 1

5.34

3 1

5.51

1

16.

080

16.

188

16.

943 17.

325

17.

562 1

7.65

3

17.

832

18.

038

18.

134

18.

802

18.

875

18.

935

19.

020

19.

243

19.

410

19.

513

19.

686

19.

935

20.

006

20.

694

20.

808

20.

985 21.

210 21.

316

21.

415

21.

532

21.

593

21.

761

21.

896

22.

460

22.

523

23.

257

23.

318

23.

570

Floresta

Agricultura

Page 115: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Método BM 2. Quantificação do Método BM 2. Quantificação do P na Fase Orgânica do Extrato P na Fase Orgânica do Extrato

de Solode Solo• Protocolo: White et al. (1979) (resumo)1. Extração de lipídios totais, por 2 h (Bligh e Dyer, 1959);2. Partição com NaCl 2 N;3. Recuperação da fase orgânica (inferior);4. Secagem sob N2 ultrapuro;

5. Digestão com ácido perclórico, 180oC (3-4h);6. Adicionar solução molibdênio (White et al., 1979);7. Após 10 min, adicionar solução de ANSA (1-amino-2-

naftol-4-ácido sulfônico);8. Ferver por 10 min. em banho-maria;9. Ler absorvância a 830 nm.

Page 116: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Comparação com Outros Comparação com Outros Métodos de Deteminação da Métodos de Deteminação da

BMBM(Frostegard et al., 1991)

• P-lipídio vs. SIR (respiração induzida por substrato)

SIR (g CO2/g solo) = 17,6 + 0,13 P-lipídio (nmol P/g solo)

R2 = 0,86

• P-lipídio vs. conteúdo celular de ATP

ATP (g ATP/g solo) = 0,92 + 0,0046 P-lipídio (nmol P/g solo)R2 = 0,89

Page 117: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

• Bååth, 2003– Princípio: sob excesso de C e deficiência de N

ou P, a comunidade fúngica não cresce, mas acumula lipídios.

– Experimento e Resultados:

• Glucose apenas: NL aumenta e PL permanece constante

• Glucose + N + P: NL constante e PL aumenta

– Bååth, E. Microbial Ecology, 45:373-383, 2003

Estado Nutricional de Fungos Estado Nutricional de Fungos do Solodo Solo

Page 118: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Protocolo:Protocolo: Estado Nutricional de Fungos Estado Nutricional de Fungos

do Solodo Solo• Bååth et al., 2003 • Idem procedimento para estrutura da

comunidade, exceto:– Não descartar a fração LN– Fração de LN e PL são transesterificada– Relação NL:PL do FAME 18:26c (fungo)– Quanto maior a relação NL:PL maior é a

deficiência nutricional (N ou P) da comunidade fúngica

Page 119: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Respostas de Bactérias a Respostas de Bactérias a Estresses AmbientaisEstresses Ambientais

• Sob estresses (dessecamento do meio e restrição nutricional)

– Aumento da relação entre FAMEs cíclicos e precursores

• 19:0cy / 18:17c ou 17:0cy /16:17c – Kieft et al., 1994, AEM, 60:3292-3299, 1994

– Custo de manutenção para mitigar estresse: aumenta gasto de energia, menor eficiência de conversão de carbono em biomassa microbiana: impacto na conservação de MOS.

Page 120: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Experimento (Fernandes, 2007) • Incubação por 425 d, microcosmos, solo de Tabuleiros Costeiros, SE

(Argissolo amarelo)

• 3 resíduos x 2 N x 7 datas, 4 repetições– Resíduos: controle, palha de milho, casca de coco– Doses N: equivalente 15 e 150 kg N ha-1

– Datas: 12, 33, 54, 112, 212, 350 e 425 dias– 130 aos 280 d sob seca (-1,5 MPa)

• Variável resposta: 19:0cy/18:17c

• Estatística: Regressão múltipla – stepwise, forward– Modelo inicial: grande média– Modelo cheio: todas as interações entre todos os fatores– F para incluir termos no modelo < 4,0

Page 121: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Regressão Múltipla (stepwise forward)

• Call: lm(formula = ST ~ MILHO + TIME + UMIDO + TIME:MILHO, data = STRESS.19.INCUB, na.action = na.exclude)

• Residuals:• Min 1Q Median 3Q Max • -0.4682 -0.1053 -0.006328 0.111 0.6178

• Coefficients:• Value Std. Error t value Pr(>|t|) • (Intercept) 1.91311.9131 0.0448 42.7342 0.00000.0000• MILHO -0.6297-0.6297 0.0451 -13.9688 0.00000.0000• TIME 0.00230.0023 0.0001 20.2161 0.00000.0000• UMIDO -0.3261-0.3261 0.0404 -8.0648 0.00000.0000• TIME:MILHO -0.0011-0.0011 0.0002 -5.6939 0.00000.0000

• Residual standard error: 0.1823 on 163 degrees of freedom• Multiple R-Squared: 0.89080.8908 • F-statistic: 332.3 on 4 and 163 df, the p-value is 0

Page 122: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

19:0cy/18:7c = f(resíduo, t, umidade, N)

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

0 100 200 300 400 500

Dias de Incubação

19:0

cy

/ 18:

1w7c

SECA

Page 123: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

• FIM

Page 124: Cromatografia Gasosa de Lipídios como Ferramenta para Estudos de Ecologia Microbiana

Obrigado pela atenção

Marcelo F. Fernandes

[email protected]

4009 1360


Top Related