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PRMIO MASTERINSTALCOLETNEA DE CASES2006 / 2007 / 2008

CTEDRA DO GS

PRMIO MASTERINSTALCOLETNEA DE CASES2006 / 2007 / 2008

So Paulo, Brasil 2009

Copyright 2009 by Ctedra do Gs Todos os direitos reservados. permitida a reproduo e divulgao total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrnico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

CTEDRA DO GS - INSTITUTO DE ELETROTCNICA E ENERGIA (IEE-USP)Avenida Professor Luciano Gualberto, 1.289 - Cidade Universitria CEP 05508-010 - Butant - So Paulo (SP) Tel.: (11) 3091-2651 http://catedradogas.iee.usp.br | [email protected] Coordenadores do Projeto Ctedra do Gs - IEE/USP

Prof. Edmilson Moutinho dos Santos Prof. Murilo Tadeu Werneck FagProjeto Grfico, Editorao, Reviso e Capa

Luciano Guimares (Sempre Comunicao) - MTb.: 30-388/SPOrganizao

Celina Vivian Lima AugustoApoio Editorial

Dorothy Nagato (Workout Business)Apoio Institucional

Comgs - Companhia de Gs de So Paulo Abrinstal - Associao Brasileira pela Conformidade e Eficincia das Instalaes Sindinstao - Sindicato da Indstria da Instalao do Estado de So Paulo FDTE - Fundao para o Desenvolvimento Tecnolgico da Engenharia

SUMRIOPREFCIO ..................................................................................................................................................09 APRESENTAO ..........................................................................................................................................11

CASES GANHADORES DO PRMIO MASTERINSTAL 2006 A flexibilidade do tubo flexvel para medidores de gs ..............................................................................................15 Certificao de mo-de-obra para execuo de instalaes prediais e comerciais para gs natural ...............19 Conexes por sistema de compresso para acoplamento em tubo de ao ...............................................................22 Flexgas ......................................................................................................................................................................................24 Gesto de SSM nas instaladoras nos segmentos do gs ...............................................................................................27 Implementao de eficincia energtica em centrais de aquecimento .......................................................................30 Recuperao de instalaes prediais de gs deterioradas ..........................................................................................33 Unidade rebocvel de GNC (gs natural comprimido) para suprimento temporrio de clientes .........................38 CASES GANHADORES DO PRMIO MASTERINSTAL 2007 A facilidade na instalao dos foges com a utilizao do tubo flexvel rotativo ...................................................47 procura de novos materiais ..............................................................................................................................................51 Adequao s mudanas por meio da melhoria contnua no tubo flexvel e conexes para foges ...................53 Carenagem para medidores residenciais .........................................................................................................................58 Central provisria para fornecimento de Gs Liquefeito de Petrleo para a Pira Olmpica - Pan 2007 ..........62 Dispositivos para trabalho em locais elevados ................................................................................................................65 Estudo de solues arquitetnicas: fachadas e ambientes para ocultamento de prumadas de gs em edificaes residenciais ....................................................................................................................................68

Mtodo de montagem de tubulaes e equipamentos de centrais de GLP no aquecimento de esferas para alvio de tenses ......................................................................................................................................70 Qualiteste - Teste de vazamentos em tanques transportveis de GLP (Gs Liquefeito de Petrleo) ...................72 Racionalizao do sistema de instalao de centrais de gua quente .......................................................................77 Restritor de fluxo de gs natural microcontrolado acoplado a sistema de medio pr-pago ............................80 Soluo energtica ................................................................................................................................................................83 Treinamento de mo-de-obra para converso de aquecedor de gua a gs (GLP para GN) ............................86 Treinamento para docentes - formao de multiplicadores de treinamento .............................................................90 CASES GANHADORES DO PRMIO MASTERINSTAL 2008 Desenvolvimento de ferramenta para dimensionamento de sistemas de aquecimento de piscinas a gs natural .....................................................................................................................................................97 Filtro Tipo T para instalaes de gs .................................................................................................................................99 Fornecimento de materiais em kits para instalaes residenciais ................................................................................101 Inovaes de tcnicas na execuo de quadros medidores .........................................................................................104 Instalao de sistema hidrulico residencial com tubo de alumnio multicamada PEX ............................................107 Medio de consumos por radiofrequncia .....................................................................................................................110 O uso da tecnologia do gs na execuo de instalaes inovadoras, superando a expectativa do cliente (bar e restaurante) ...................................................................................................................115 Programa BBS - segurana baseada no comportamento .............................................................................................119 Seg 4 .......................................................................................................................................................................................123

PREFCIOPrezado leitor, O Prmio MasterInstal o nico evento de premiao do setor de instalaes no Brasil, e seu objetivo principal dar visibilidade e destaque ao setor de instalaes, valorizando as iniciativas pioneiras, as solues criativas e as melhores prticas aplicadas no sentido da qualidade, conformidade e eficincia das instalaes em edificaes. O Prmio MasterInstal direcionado a empresas e profissionais do setor de instalaes, buscando-se uma valorizao das novas perspectivas e das boas prticas. A Comgs uma das maiores incentivadoras deste prmio, e uma das patrocinadoras desde a sua primeira criao, em 2006, por entender a importncia de estar presente em iniciativas que estimulem as melhores prticas no setor de instalao. Conhecendo o mrito deste prmio e dos projetos dele ganhadores, a Ctedra do Gs buscou a iniciativa, atravs da colaborao dos autores do projeto, de editar e publicar uma compilao destes projetos premiados em todas as trs edies do prmio (2006, 2007 e 2008), projetos estes que tivessem como tema fundamental o gs. Esta compilao que se encontra em suas mos fruto de um trabalho conjunto entre os profissionais deste setor energtico e da equipe da Ctedra do Gs. Com o apoio do Sindinstalao - Sindicato da Indstria da Instalao do Estado de So Paulo e da Abrinstal - Associao Brasileira pela Conformidade e Eficincia de Instalaes. A Ctedra do Gs uma parceria entre a Comgs e a Universidade de So Paulo, por meio do Instituto de Eletrotcnica e Energia (IEE). Ela foi criada em 2007 e tem a finalidade de propiciar, junto universidade e aos demais pblicos um espao para o estudo, reflexo e anlise sobre os grandes desafios que a rea energtica enfrenta no Brasil e no mundo, e sobre o papel que o gs natural poder desempenhar enquanto parte da soluo desses novos desafios. A Ctedra tambm trabalha para expandir a divulgao do papel do gs natural na matriz energtica, provendo informaes sobre seus benefcios, cuidados exigidos e barreiras a serem vencidas, incluindo as culturais e tecnolgicas. Entre as atividades da Ctedra esto a realizao de eventos que contribuam para o debate do uso do gs natural e a criao e distribuio de material, que seja fonte de informao atualizada. Boa leitura! Jos Carlos Broisler Oliver Diretor de Operaes da Comgs

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APRESENTAOA CTEDRA DO GSA participao do gs natural na matriz energtica brasileira tem crescido de forma significativa nos ltimos anos. Trata-se do energtico que mais amplia sua participao na matriz energtica do pas. A taxa mdia de crescimento nos ltimos anos foi de 20% ao ano. O crescimento desta alternativa energtica, slida como oferta no curto prazo, que garanta segurana e conforto, com vantagens econmicas e ambientais impe enfrentar dois grandes desafios para evitar que a abundncia represente desperdcio. O primeiro a de romper com a irracionalidade no uso de um recurso natural. No final da dcada de 90 deparamonos com a iminente escassez de energia eltrica e a oferta de gs natural importado da Bolvia, o planejamento energtico optou em priorizar a sua utilizao na produo de energia eltrica. A termodinmica nos ensina que para disponibilizar energia til na forma de calor, atravs da eletricidade obtida por uma termoeltrica a gs natural, necessrio uma maior quantidade de calor do que quando se utiliza diretamente o gs natural como energia final. Assim, para enfrentar o desafio de uma futura escassez na oferta racional de energia eltrica, necessrio priorizar a utilizao do gs natural substituindo eletricidade, reduzindo as presses sobre as fontes de energia primria com vantagens ambientais. Pela grandiosidade na oferta que se avizinha, mesmo no tendo a penetrao desejada, o gs natural ser disponibilizado como energia final. Assim, o segundo desafio ser o de romper com a cultura do uso indiscriminado da eletricidade como energia final para a obteno de calor e frio. No Brasil, a energia hidrulica o recurso natural predominante para a gerao de energia eltrica, o que promoveu a disseminao no setor residencial e comercial, exceto para a coco, na utilizao de eletricidade para a obteno de calor e frio. O gs natural continua sendo uma fonte de energia relativamente nova para o Pas. Ainda h certo desconhecimento sobre as caractersticas deste combustvel. A populao desconhece o gs e h carncia de esforos para capacitao de profissionais e difuso de informaes elucidativas sobre o novo energtico. Alm disso, observase uma relativa ausncia do gs nos debates envolvendo questes de polticas energticas. Ainda no existe uma cultura do gs natural e isso pode ser medido pelo desconhecimento da populao em geral, inclusive entre os especialistas em energia, sobre suas possibilidades de uso como energia final. O gs natural continua a ser visto apenas como "gs de rua". A Comgs e a Universidade de So Paulo propemse consolidao de conceitos expandidos, tais como aquele do "gs da casa" (para o segmento residencial do mercado).

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Ainda h grandes restries ao uso do gs natural porque usurios desconhecem as tecnologias que poderiam ser adotadas. Enquanto isso, autoridades pblicas, inclusive ambientais, tendem a criar obstculos, nem sempre razoveis, aos empreendimentos de gs natural. Dificulta-se a penetrao do uso do gs conduzindo a perdas ambientais j que a sociedade deixa de beneficiar-se de vrias vantagens ambientais, energticas e de conforto, que o gs pode gerar. A Ctedra do Gs tem a inteno de contribuir para evitar a permanncia deste estado de "desconhecimento". A Comgs e o Instituto de Eletrotcnica e Energia da Universidade de So Paulo - IEE/USP desejam aproximar os profissionais de Engenharia e Arquitetura, acadmicos ou no, das possibilidades geradas pelo gs natural no sentido de difundir os conhecimentos, reduzindo dvidas e restries culturais, que tendem a afastar o consumidor da nova fonte de energia. Consequentemente, a proposta de trabalhar com a questo da cultura do gs prioritariamente a partir de dentro da Universidade visa consolidar um grau de conhecimento que poder transbordar no futuro rumo aos grupos de deciso do Pas, contribuindo para a formulao de polticas mais saudveis para toda a indstria. Alm de disputar espao com a eletricidade nos usos finais, o gs natural tambm precisa de espao no ensino superior. Especialistas do setor indicam deficincias nos currculos de faculdades de Engenharia que dificultam a formao de profissionais capacitados para atuar na indstria do gs. A formao acaba tendo de ser complementada por meio de cursos especficos ou aes das empresas. J no nvel tcnico, verifica-se uma procura crescente pelas vagas e um esforo do setor por garantir a qualidade da formao profissional. O objetivo desta iniciativa destacar e divulgar estes Cases ganhadores, agradecendo o auxlio dos autores dos projetos que gentilmente se dispuseram a colaborar para que esta nossa publicao se realizasse. Gostaramos tambm de, com esta compilao, valorizar a importncia do Prmio MasterInstal, uma iniciativa da Sindinstalao Sindicato das Indstrias da Instalao do Estado de So Paulo e da Abrinstal - Associao Brasileira pela Conformidade e Eficincia de Instalaes. Queremos, acima de tudo, divulgar as produes e boas prticas que possam auxiliar na difuso do conhecimento produzido e tambm trazer um melhor uso do gs. Este material tambm se encontra disposio no site da Ctedra do Gs (http://catedradogas.iee.usp.br). Prof. Edmilson Moutinho dos Santos e Prof. Murilo Tadeu Werneck Fag Coordenadores do Projeto Ctedra do Gs - IEE/USP

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

A FLEXIBILIDADE DO TUBO FLEXVEL PARA MEDIDORES DE GSJOS CARLOS SARAIVA11

Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheiro de Padres Tcnicos - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAA relevncia do Case apresentado no I Prmio MasterInstal, em 2006, est na melhor utilizao do tubo flexvel na aplicao em instalao de medidores de gs, sendo que para isso buscou-se tornar o tubo flexvel tradicionalmente utilizado para instalao de medidores de gs, em um componente ajustvel s variaes existentes nos padres atuais de construes, sendo novas ou existentes, de forma a absorver as diversas condies encontradas nos locais para instalao de medidores de gs, propiciando uma melhor condio de instalao no que tange a facilitar o manuseio, a mobilidade do material, funcionalidade, aplicao com praticidade, esttica, condio tcnica, eficincia, atendimento s normas e preservao do meio ambiente. A aplicao deste Case pela Comgs est ligada ao segmento de gs natural, porm o Case perfeitamente adequado a outros segmentos como lquidos (ex.: gua), ar e outros. A alterao na flexibilidade dos tubos flexveis vem a proporcionar a condio de ajuste e adequao para absorver as variaes existentes nas obras, em funo dos diversos locais para instalao e condies para recebimento do medidor de gs, complementado pela utilizao de novos materiais, incorporando nova tecnologia e desenvolvimento do mercado. Os ganhos so grandes, sendo alguns quantificveis e outros no, trazendo facilidade e reduo de custos com a instalao, manuteno, proporcionando conforto e praticidade ao usurio final. Busca-se orientar a melhor prtica para a execuo da instalao de medidor de gs, atravs da unio de conhecimentos e ideias dos profissionais que atuam em todos os setores que compem o conjunto da construo civil, obtendo solues harmnicas e seguras que viabilizem a disseminao do uso do gs natural, absorvendo a grande variedade de novos equipamentos e modernas prticas construtivas com alto grau de avano tecnolgico.

2. OBJETIVOAperfeioar a aplicao dos tubos flexveis atravs de opes para a escolha adequada, com melhor aproveitamento nas diversas situaes encontradas, preservao ambiental atravs da reduo no consumo de material, sem desperdcio, reduo de custo, facilidade de montagem na instalao. Proporcionar aos instaladores a utilizao de acessrios apropriados, ajustando os existentes ou desenvolvendo outros materiais com nova tecnologia incorporada e qualidade, buscando o aumento da eficincia e da produtividade na execuo das instalaes.

3. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO / IMPLEMENTAODiagnstico Identificamos que os acessrios atualmente utilizados no mercado brasileiro necessitavam de mudanas para se ajustar s alteraes decorrentes das constantes evolues que esto ocorrendo, em consequncia das novas tecnologias e da velocidade em que acontecem as reformas e novas construes. Observamos a variao dos locais para a instalao dos medidores, encontrando abrigos no alinhamento das caladas, nas reas comuns, nos andares e at mesmo a instalao dentro das unidades habitacionais, e com isso identificamos o espao para instalao dos medidores como sendo os mais variados possveis. Considerando essa

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A FLEXIBILIDADE DO TUBO FLEXVEL PARA MEDIDORES DE GS

diversidade dos locais, agravada com a dificuldade na conformao dos tubos flexveis ou movimentao necessria quando da sua instalao, resolvemos estabelecer algumas mudanas visando a melhoria na instalao dos medidores de gs e seus respectivos acessrios. Analisando essa situao fomos ouvir os clientes quanto ao grau de satisfao nos aspectos tcnicos e visuais (esttica), atravs de um contato direto com clientes e tcnicos das instaladoras, que so os usurios dos equipamentos e acessrios utilizados nas instalaes. Os resultados sinalizaram pela necessidade de melhorias quanto a dois aspectos: Visual - aparncia no agradvel, condio esttica no harmonizando com o restante da instalao; Tcnico - maior perda de carga e dificuldade para trabalhar com o material. Identificamos ainda no aspecto ambiental o desperdio de material excedente, sem funo. Os flexveis atualmente utilizados so fabricados em liga de cobre, denominado de tomback e com comprimento total de 350 mm, apresentando um grau de dificuldade no manuseio dos mesmos devido ao material ser muito duro e de difcil conformao, proporcionando em alguns casos a formao de curvas muito acentuadas.

Figura 1 - Ilustraes das condies encontradas em campo a serem melhoradas

Aps a anlise do conjunto como um todo, conclumos serem necessrios diversos comprimentos dos tubos flexveis, possibilitando o ajuste para cada aplicao, bem como materiais mais maleveis para facilitar a instalao. Foram realizadas pesquisas e consultas a fabricantes nacionais e internacionais, visando conhecer melhor os materiais aplicados nesse segmento em outros pases. Partimos ento para identificar qual a quantidade e gama de comprimentos necessrios, para atendimento s possveis variaes de locais encontrados em campo. Sinalizando que com apenas dois comprimentos, atenderamos a um maior volume de instalaes, com melhores caractersticas tcnicas, qualidade e aparncia (visual) para essa aplicao.

Figura 2 - Ilustraes das variaes possveis com a utilizao de dois comprimentos de tubo flexvel

Portanto, a soluo estava em adotarmos caminhos nos quais o aspecto principal estava no ajuste da flexibilidade do tubo flexvel, no material aplicado e no comprimento dos mesmos. Partimos para a elaborao do plano de ao, prevendo a reviso da especificao, mtodo de ensaio, incluso de novos materiais, aprovao das amostras, anlise financeira e acompanhamento-piloto. Estratgia Consiste na padronizao e no desenvolvimento de dois comprimentos de tubos flexveis propiciando, conforme o tipo de aplicao, a melhor escolha, adequando a qualidade, menor perda de carga, menor custo e facilidade de montagem. Desenvolvimento de outros materiais com nova tecnologia incorporada facilitando a sua aplicao.

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JOS CARLOS SARAIVA

Situao anterior: comprimento nico de 350 mm para tudo com baixa flexibilidade. Soluo estratgica: revisar as especificaes de forma a contemplar: Dois comprimentos para os tubos flexveis, sendo 305 mm e 155 mm. Desenvolver tubos flexveis mais maleveis com possibilidade de compactao dos mesmos. Detalhar o mtodo de ensaio e melhorar os processos para aprovao, inspeo e controle. Desenvolver laboratrios para realizao dos ensaios. Novas tecnologias com qualidade, possibilitando reduo da perda de carga, praticidade e melhoria no desempenho dos aparelhos, incluindo material novo como opcional (inox). Preservao ambiental, quando da reduo de material desnecessrio, aplicado sem necessidade, podendo ser atendido na mesma condio ou at melhor, porm sem desperdcio. Custos mais baixos viabilizando atender a novos clientes, com investimento baixo e de fcil implementao por todos os fabricantes de tubo flexvel. Imagem externa da empresa como inovadora e preocupada com a preservao do meio ambiente. O trabalho busca alcanar uma condio visual agradvel, de forma ornamental com os ambientes onde so instalados os medidores, para que o consumidor final sinta-se feliz e satisfeito com a nova incorporao. Utilizao de nova tecnologia como o material inox em forma de gomos e a maior flexibilidade desenvolvida para o material tradicionalmente utilizado, apresentam como vantagem a possibilidade da compactao em sua regio central, ou prxima dela, facilitando o ajuste para a condio ideal no momento da instalao. Desenvolver laboratrio de terceira parte para a realizao dos ensaios: NMi Brasil e L.A Falco Bauer. Implementao Publicado no sistema de controle e divulgao de normas da companhia Comgs (GEDWEB) as revises das especificaes O -11.26 e O -11.27, disponibilizando assim as alteraes aos fabricantes de tubo flexvel, para que os mesmos ajustem seus produtos para o atendimento aos novos requisitos. Os fabricantes de tubo flexvel alteraram seus produtos, submetendo-os aos ensaios estabelecidos nas especificaes, utilizando-se para tal dos laboratrios de terceira parte como o NMi Brasil - aprovado. Realizada a anlise dos relatrios de ensaios, assim como a avaliao das caractersticas funcionais efetuada pelas reas usurias sobre as amostras recebidas, obtivemos a validao e aprovao tcnica dos tubos flexveis por fornecedor. Divulgao, orientao, treinamento e acompanhamento de piloto. Compactao do tubo flexvel possibilitando ajuste no comprimento e melhor flexibilidade para conformao do mesmo.

Figura 3 - Ilustraes das possibilidades de conformao utilizando os dois comprimentos de tubo flexvel

Simulao de variao de altura do ponto de sada do medidor, ajustando-se para atender adequadamente a essas situaes. Essa condio permite avaliar entre os dois modelos, qual possibilitar o melhor desempenho e facilidade na instalao, de acordo com as caractersticas arquitetnicas do projeto ou local. Aquisio inicial de um lote de peas para incorporao ao estoque e atravs de divulgao, orientao s reas envolvidas, treinamento, realizouse o planejamento e acompanhamento de um piloto, sedimentando os conceitos e forma de aplicao.

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A FLEXIBILIDADE DO TUBO FLEXVEL PARA MEDIDORES DE GS

Ajustes foram realizados no processo de implementao na forma de manuseio e aplicao, visando o melhor rendimento, facilitando ainda mais a realizao do trabalho. Com as duas condies, antiga e atual, foi possvel realizar uma anlise financeira com base nos levantamentos de custos relativos aos produtos sem considerar o ganho em mo-de-obra, reduo de tempo, observando aspectos vantajosos, principalmente pelo fato dos constantes aumentos apresentados pelo cobre e suas ligas, sendo o ganho considerado apenas o relativo reduo de material e desenvolvimento de material opcional (inox). Divulgao nos meios internos a Comgs e externamente no Prmio MasterInstal realizado por entidades de renome como Sindinstalao e Abrinstal.

4. RESULTADOS E CONCLUSESResultados No Mensurveis Padronizao de itens, nova forma de utilizao, facilitando a montagem e instalao, obtendo-se um tempo menor no desenvolvimento da atividade. Satisfao do cliente, atravs do atendimento expectativa do mesmo (aparncia visual). Novas tecnologias com qualidade, possibilitando reduo da perda de carga, praticidade e melhoria de desempenho. Preservao ambiental, quando da reduo de material aplicado sem necessidade, podendo ser atendido na mesma condio ou at melhor, porm sem desperdcio. Custos mais baixos viabilizando atender a novos clientes. Investimento baixo e de fcil obteno por todos os fabricantes de tubo flexvel. Imagem externa da empresa como inovadora e preocupada com a preservao do meio ambiente. Resultados Mensurveis Considerado um valor mdio entre os diversos fornecedores mesma base (antigo 350) G1.6 R$ 17,94 G2.5 R$ 28,93 mesma base (novo 305) mesma base (novo 155) G1.6 R$ 17,34 G2.5 R$ 28,05 G1.6 R$ 15,09 G2.5 R$ 25,10 Variao em relao ao antigo 155 mm 155 mm 305 mm 305 mm G1.6 R$ 2,85 G2.5 R$ 3,83 G1.6 R$ 0,61 G2.5 R$ 0,88

Relao de aplicao G1.6 =70% sendo 20% interno e 80% externo. Relao de aplicao G2.5 =30% sendo 5% interno e 95% externo. Mdia de medidores trocados no ano: 65.000 unidades Nota: Os resultados so melhores quando se inclui o ganho com reduo do tempo na aplicao (MO), reduo no custo de retrabalho e considerao dos constantes aumentos que ocorrem com o cobre e suas ligas. Concluso Essa modificao possibilitou um aumento da eficincia e da produtividade na execuo das instalaes de medidores de gs, reduo de custo, melhoria na qualidade, obtendo ganhos no mensurveis, observados atravs da satisfao do cliente, atendimento a expectativa associada preservao ambiental e novas tecnologias, ressaltando assim a imagem da empresa como inovadora e preocupada com a preservao do meio ambiente.

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

CERTIFICAO DE MO-DE-OBRA PARA EXECUO DE INSTALAES PREDIAIS E COMERCIAIS PARA GS NATURALMARCOS ANTONIO JARDIM, CLAUDIO EDUARDO GAVA1 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheiro de Treinamento - [email protected] Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Coordenador de Treinamento Tcnico - [email protected] 2

1. RELEVNCIA DO TEMAA relevncia do Case apresentado no I Prmio MasterInstal, em 2006, consiste em uniformizar a mo-de-obra nas atuais contratadas, assegurando a qualidade e o direcionamento para um processo contnuo de capacitao e certificao profissional, que inclusive fosse disponibilizado para atender a necessidade do mercado. Os planos de expanso agressivos exigiram que as contratadas tivessem que reestruturar o quadro da mo-deobra para atender s exigncias tcnicas sem colocar em risco a vida de quem trabalha em nome da Comgs. A Comgs organizou um comit para descrever as atividades e estruturar as ocupaes necessrias para execuo de instalaes prediais e comerciais. Foi firmada uma parceria com a Escola Senai Roberto Simonsen, onde foi elaborado um curso chamado Gasista de Ligao, que contm, em mdulos, todas as atividades necessrias para execuo dos servios de instalaes residenciais e comerciais. A Comgs props para a Escola Senai um programa de exame de qualificao e certificao profissional.

2. OBJETIVOCriao de um programa de qualificao e certificao profissional para avaliar e diagnosticar, atravs de um exame terico e um exame prtico, a competncia dos colaboradores das contratadas que executam servios de instalaes internas (redes, aparelhos e equipamentos) que operam com o gs natural, nos segmentos, prediais, comerciais e residenciais.

3. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO / IMPLEMENTAOPlanejamento estratgico A Comgs organizou um comit com os gestores dos departamentos de Ligaes (tubulaes, equipamentos e aparelhos), Assistncia Tcnica e Treinamento Tcnico da Comgs, para descrever as atividades necessrias na realizao dos servios de instalaes residenciais e comerciais e dividir em quatro principais ocupaes, sendo elas: Instalador de Infraestrutura, Gasista de Aquecedor, Encanador Gasista e Gasista de Ligaes. A Comgs buscou firmar parceria com a Escola Senai Roberto Simonsen pelo motivo de j ter iniciado alguns trabalhos de treinamento e de formao continuada no segmento dos clientes industriais. Estabeleceu-se um curso chamado Gasista de Ligao que continha todas as atividades relacionadas nas quatro ocupaes citadas acima. O critrio adotado para o curso foi o de formao continuada, o qual permite o desenvolvimento sequencial, sistemtico e especfico na execuo de instalaes prediais e comerciais. A prxima etapa foi definir a carga horria. Um procedimento que facilitou a distribuio da carga horria, por atividade, foi a definio da "unidade de ensino", a qual podemos dizer que um conjunto de contedos significativos (conhecimentos, habilidades e atitudes) que se pretende a desenvolver.

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CERTIFICAO DE MO-DE-OBRA PARA EXECUO DE INSTALAES PREDIAIS E COMERCIAIS PARA GS NATURAL

O objetivo especfico de cada unidade de ensino foi a descrio clara e concisa das atividades a serem executadas pelos colaboradores das contratadas, proporcionando atingir nveis mais complexos de raciocnio. Com o curso desenvolvido e as unidades de ensino definidas para cada atividade (conhecimentos, habilidades e atitudes), a Comgs props para a Escola Senai um programa de exame de qualificao e certificao profissional para avaliar e a competncia dos colaboradores das contratadas. Para escolha deste critrio, foram considerados a vivncia e os anos de experincia de cada candidato que trabalha na execuo de instalaes residenciais e comerciais. O organismo escolhido pela Escola Senai para coordenao do processo de certificao da mo-de-obra foi o Cequal (Centro de Exame de Qualificao), que junto com o comit da Comgs, elaboram os registros (exame terico e exame prtico) que demonstra o processo de certificao de forma efetiva. O exame terico tem a finalidade de avaliar os requisitos conceituais referente especialidade (ocupao), abrangendo equipamentos, materiais utilizado na execuo do servio, procedimentos, normas tcnicas e de segurana e especificaes de aparelhos. O exame prtico avalia os requisitos operacionais, referente especializao da ocupao, na qual o candidato deve demonstrar habilidades e conhecimentos tcnicos para a execuo dos servios nos graus requeridos para cada caso. Para que o candidato demonstrasse sua habilidade no exame prtico, foi necessrio adequar a infraestrutura do laboratrio da Escola Senai para atender nova demanda e formatao do curso e do processo de certificao da mo-deobra. A adequao contou com parcerias de empresas contratadas da Comgs que executaram as instalaes prediais e comerciais e empresas fabricantes de aparelhos e equipamentos que doaram aparelhos para equipar o laboratrio. Implementao das aes No incio de 2004 a Comgs assumiu o compromisso de exigir das novas contratadas que executam instalaes prediais e comerciais (tubulaes, equipamentos e aparelhos), 50% de sua mo de obra aprovada nos exames de certificao da mo-de-obra do Cequal (Centro de Exames de Qualificao) da Escola Senai Roberto Simonsen. Para os casos nos quais no foi possvel assegurar a condio acima, no momento da assinatura do contrato e ou aditamento, foi formado um comit que determinou o prazo mximo para a contratada realizar a certificao profissional da sua mo-de-obra. Em reunies com as contratadas estabeleceram-se algumas diretrizes: Cada contratada responsvel pela elaborao, atualizao e controle do plano de treinamento, para qualificao e certificao dos seus colaboradores. Este plano deve conter o nome do funcionrio, funo, as atividades por ele desenvolvidas e treinamentos previstos (data de incio e durao). A contratada encaminha para o Cequal seus candidatos para efetivarem a inscrio em uma das ocupaes definidas (Instalador de Infraestrutura, ou Gasista de Aquecedor, ou Encanador Gasista e ou Gasista e Ligao) alinhadas com os servios determinados em contrato que sero prestados para Comgs. A diligncia para escolha das ocupaes fica a critrio de cada contratada. Os candidatos que participam do processo de certificao devem ser maiores de 18 anos e estarem registrados numa das contratadas da Comgs. A inscrio efetivada no Cequal junto com a apresentao do ASO (Atestado de Sade Ocupacional), de 2 fotos 3x4 e das cpias dos documentos: CPF e RG. Os valores referentes s realizaes dos exames (terico e prtico) e forma de pagamento so acordados diretamente entre o Cequal e a contratada da Comgs. O Cequal confirma com a contratada da Comgs o dia e horrio da realizao do exame terico, aps totalizar um nmero de inscries que justifique a viabilidade da realizao (mnimo de dois candidatos). O custo do exame terico (fase I) cobrado individualmente por participante. A aprovao do candidato reconhecida mediante a um aproveitamento total igual ou maior que 70% de acerto s questes, sendo que o aproveitamento em cada um dos mdulos das atividades dever ser igual ou maior que 50% de acerto s questes. O Cequal comunica o resultado para as contratadas. Se aprovado, o candidato informado do dia e horrio da realizao do exame prtico, nas mesmas condies de viabilidade para realizao do exame terico, ou seja, mnimo de dois candidatos confirmados. O cancelamento da data, proposta pelo Cequal, poder ser justificado pelo candidato dentro de um prazo mximo estabelecido e acordado no momento da comunicao feita pelo Cequal.

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COLETNEA DE CASES DO MASTERINSTAL

MARCOS ANTONIO JARDIM, CLAUDIO EDUARDO GAVA

O exame prtico realizado em laboratrio nas instalaes da Escola Senai Roberto Simonsen. A aprovao do candidato reconhecida mediante aproveitamento total igual ou maior que 70%. Se aprovado, o candidato receber do Cequal a Carteira de Certificao Profissional constando: nome, RG, data de nascimento, ocupao certificada e a validade da certificao.

Figura 1 - Escola Senai Roberto Simonsen, treinamento para Gasistas

4. RESULTADOS E CONCLUSESCom o quadro de ocupaes necessrias estruturado e a definio das suas respectivas atividades, os departamentos de Ligaes e Assistncia Tcnica, responsveis pela gesto do contrato das empresas que executam instalaes prediais e comercias, conseguem definir o perfil necessrio da mo-de-obra contratada, durante a negociao de um novo contrato e ou aditamento. Reconhecer a vivncia e os anos de experincia dos candidatos, atravs do programa de certificao da mo-de-obra, proporcionou para as contratadas da Comgs, uma reduo (em alguns casos de 60%) no investimento da formao profissional dos seus colaboradores, comparado ao investimento de R$ 1.053,00 (por participante), no curso de Gasista de Ligao, que contempla todas as atividades necessrias para execuo de instalaes prediais e comerciais (Tabela 1).Tabela 1 - Investimento das contratadas no processo de certificao (Maio / 2006)

Outro indicador analisado foi o nmero de atendimentos s ordens de servio que evidencie um possvel retrabalho. Acompanhando o nmero de atendimentos aos chamados dos servios em garantia (perodo de 3 meses), observamos que o programa contribuiu para uma reduo de 28% desse atendimento, considerando a medio no perodo: final do primeiro semestre de 2005 at o final do primeiro semestre de 2006 (Grfico 1).Grfico 1 - Nmeros de atendimentos aos chamados de servios em garantia

COMRCIO RESIDENCIAL TOTAL

JAN A JUN / 2005

JUL A DEZ / 2005

JAN A JUN / 2006

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

CONEXES POR SISTEMA DE COMPRESSO PARA ACOPLAMENTO EM TUBO DE AOMAURO ANTONIO BARROS PERES, MARCELO TUPINAMBA SENATORE CALDEIRA1

Tupy S/A, Coordenador da Engenharia de Aplicao - [email protected] 2 Tupy S/A., Engenheiro de Aplicao - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAA necessidade constante de reduo de tempo e custos de montagem de instalao de tubos e conexes, para sistemas de conduo de fludos, mantendo a resistncia e a durabilidade conhecidas da tubulao de ao. Tais motivos foram fortes argumentos para a Tupy S/A., fabricante de conexes de ferro fundido malevel, desenvolver uma linha de conexo por compresso para acoplamento de tubos.

2. OBJETIVOO trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho da conexo de ferro fundido malevel por compresso em sistemas hidrulicos (conexo composta com anis de vedao, compresso e trava, conforme Figuras 1 e 2). Essa avaliao foi realizada utilizando-se as conexes por compresso para unir tubos de ao com ponta lisa, tubos de polietileno e transio de tubos de ao com tubos de polietileno.

Figura 1 - Vista em corte do corpo da conexo (conexo luva) e componentes internos

Figura 2 - Fotos das conexes por compresso (T , Cotovelo e Luva)

3. METODOLOGIAA metodologia empregada para atingir os objetivos foi: A) Desenvolvimento prottipo do produto e testes internos. Nesta etapa inicial, aps anlises e definies tcnicas e comerciais foram investidos recursos em ferramental especfico para produo dessa nova linha de conexes, bem como estudos e implementao de testes durante as etapas do processo de fabricao. B) Anlise do desempenho do produto, atravs de ensaios em laboratrios. As conexes foram analisadas por laboratrios independentes, de reconhecida capacidade tcnica, a fim de submeter as conexes a situaes crticas de uso, como presso interna, exposio ao fogo, ensaio de trao e

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CONEXES POR SISTEMA DE COMPRESSO PARA ACOPLAMENTO EM TUBO DE AO

pressurizao simultneos do corpo de prova, verificao do comportamento da vedao na aplicao com lquidos, gases e ar comprimido e ensaios em escala real, de rede de hidrantes e rede de chuveiros automticos (sprinklers), simulando o funcionamento dos sistemas. C) Teste mercado com o novo produto em diversos segmentos de mercado. Foram executadas instalaes-piloto, com rede de combate a incndio para o mercado residencial, comercial e industrial (conforme Figura 3), rede de gua potvel, instalaes de ar comprimido e gs combustvel (para o segmento residencial). D) Trabalho intensivo da equipe de engenheiros de aplicao junto aos usurios finais. Nesta atividade foi realizada a divulgao do produto atravs de palestras tcnicas em escolas de formao de profissionais, distribuidores de produtos para instalaes hidrulicas e materiais de construo, treinamento dos profissionais das empresas de instalao e projetos, alm da participao em feiras dos segmentos de construo civil, tubos e acessrios para tubulaes, gases combustveis e saneamento.

Figura 3 - Fotos de instalaes de combate a incndio, em edifcios residenciais, comerciais e industriais

4. RESULTADOS E CONCLUSESOs resultados alcanados com o emprego da conexo por compresso, em tubos de ao com ponta lisa e tubos de polietileno, so apresentados a seguir: Diminuio dos tempos de montagem da instalao, comparado aos sistemas tradicionais. Reduo de custos com ferramentas para execuo de roscas ou soldas nos tubos e vedantes para rosca. Economia atravs da utilizao de tubos de ao com espessura reduzida, mais leves e adequados para a instalao. Possibilidade de ajustes das tubulaes sem perda da pea. Reutilizao da conexo aps desmontagem da tubulao, havendo, caso seja necessrio, a reposio dos anis internos da conexo. Facilidade de montagem da tubulao em espaos reduzidos (principalmente nas manutenes).

5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLGICAS (IPT). Relatrio tcnico n 73 635-205. Avaliao em Conexes 1. Tupy com sistema do tipo compresso. So Paulo, Dez 2004. 2. IFM - SERVIOS TECNOLGICOS LTDA. Relatrio de ensaio n PR-2019/06. Verificao e teste de Estanqueidade. 1. Petrpolis, Abr 2006.

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

FLEXGASPAULO ADRIANO DUARTE11

Liquigs Distribuidora S/A, Coordenador Tcnico - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAO mercado energtico sempre buscou resposta a uma pergunta crucial para o consumidor de gs natural: o que acontecer quando, por qualquer motivo, houver uma parada no fornecimento do gs? A Liquigs, preocupada com essa situao, inova e apresenta ao mercado nacional o Sistema FLEXGAS, cuja aplicao como combustvel energtico preparatrio e/ou stand by adequadamente conveniente para os clientes localizados nas regies que j so ou sero abastecidas pelo gs natural. Isto se deve s suas caractersticas de perfeita intercambiabilidade com o gs natural.

2. OBJETIVOO FLEXGAS uma mistura de GLP (Gs Liquefeito de Petrleo), que possui composio varivel de propano e butano, com o ar atmosfrico, de maneira a fornecer em regime contnuo e constante, uma mistura com poder calorfico de aproximadamente 13.478 kcal/Nm, que equivale, pelo nmero de Wobbe, ao gs natural. Dessa forma, o cliente pode optar pela utilizao do FLEXGAS, por consumir somente o gs natural, ou pelo consumo de ambos, sem necessidade de adaptaes ou regulagens no sistema de queima do combustvel.

3. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO / IMPLEMENTAOTodo o sistema projetado, executado e montado pela Liquigs, sendo a tecnologia aplicada o resultado de um contnuo processo de pesquisa e desenvolvimento interno. As caractersticas tcnicas bsicas da instalao de FLEXGAS so as seguintes: Capacidade Mxima de Vazo: Definida em funo da demanda Capacidade Mnima de Vazo: Zero Poder Calorfico da Mistura: 13.478 kcal/Nm (previsto) Presso do GLP na Entrada do Regulador: 3,5 a 4,0 bar Presso da Mistura FLEXGAS: Definida em funo da demanda. Ar Comprimido: 900 mbar a 4 bar Composio do GLP Considerado: Padres Petrobrs Temperatura na Entrada do Regulador: 30C A central para gerao de FLEXGAS constituda basicamente dos conjuntos de recebimento e estocagem de GLP, unidade de gerao do FLEXGAS e unidade de gerao de gua quente para vaporizao artificial do GLP. rea de estocagem de GLP: reservatrios cilndricos horizontais, ou verticais, com capacidades variveis de 50 a 117 m cada, para presso de trabalho de 250 psi (17,65 bar), todos projetados e construdos observando as definies das normas ASME em quantidade compatvel com a demanda do consumo do energtico. Ponto de transferncia do GLP: composto de linhas de fase lquida e de fase vapor, equipado de bomba de transferncia. O ponto de transferncia e a bomba so equipados com todos os acessrios indispensveis ao seu perfeito e seguro funcionamento.

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FLEXGAS

Unidade de gerao de FLEXGAS: - Unidade de bombeamento: composta de bombas de recalque de GLP, equipada com todos os acessrios indispensveis ao seu perfeito e seguro funcionamento, tais como: vlvulas de segurana, vlvulas esferas, manmetros, etc. - Unidade de vaporizao: composta de vaporizadores com troca de calor a gua quente, equipada com todos os acessrios necessrios ao seu funcionamento, tais como: vlvulas esferas, manmetros, etc. - Unidade de descompresso: composta de linhas de reduo de GLP, (uma em servio e a outra em stand by), equipada com todos os acessrios necessrios ao seu bom funcionamento, tais como: vlvulas, manmetros, etc. - Unidade de mistura: composta de injetores e misturadores de ar, equipada com todas as vlvulas e acessrios necessrios. Unidade de gerao de gua quente: - Unidade de aquecedores: composta de aquecedores de gua, equipada com os acessrios necessrios. Painel de controle e monitorao: - Quadro com calormetro: para levantamento e registro do poder calorfico, constante prximo de 13.400 kcal/m e apresentando uma faixa de regulagem de 7.000 a 18.000 kcal/m. - Quadro eltrico de potncia: completo de todas as ligaes eltricas, protees e com a funo de comando das potncias dos vrios motores eltricos (bombas, eletrocirculadores, etc.) instalados na central de GLP. Para uma perfeita definio dos equipamentos, a fim de atender a demanda energtica, precisaremos obter algumas informaes necessrias: Consumos efetivos e previstos, com datas programadas. Presso de trabalho do sistema. Qual o tipo de aplicao. Em qual regio se localiza a instalao de consumo. Qual a quantidade prevista de gs natural para atender a demanda.

4. RESULTADOS E CONCLUSESA utilizao de FLEXGAS apresenta significativas vantagens econmicas e operacionais com relao aos outros combustveis: A) Redues expressivas das emisses de poluentes decorrentes da baixa eficincia da combusto. No FLEXGAS, como no gs natural, 97% da mistura combustvel queimada na combusto, proporcionando menor impacto ambiental. B) Redues nos custos de manuteno nos equipamentos de queima (bicos injetores, queimadores, dutos de exausto), que passam a ser menos frequentes devido a no ocorrncia de resduos carbonizados, decorrentes da combusto incompleta. O FLEXGAS no gera o acmulo de carbono. C) Melhoria geral nas condies de limpeza da rea de estocagem e pontos de consumo. O FLEXGAS, por se apresentar no estado gasoso, no provoca a contaminao dos locais. D) Melhoria das condies de segurana. Como o FLEXGAS no se acumula em condies ambientais normais, os riscos de ocorrncia de uma combusto acidental so reduzidos sensivelmente. E) A mistura FLEXGAS impede TOTALMENTE a ocorrncia de condensao do gs nas tubulaes, mesmos quando as distncias so longas e/ou as temperaturas externas do ambiente so muito baixas, tornando o sistema mais seguro e eficiente.

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PAULO ADRIANO DUARTE

F) Melhoria e otimizao nas condies de controle de atmosfera de queima, tornando-a mais estvel, em decorrncia do poder calorfico constante, conseguida com o FLEXGAS. Tais melhorias refletem em economia e aumento de eficincia. G) Preparao da infraestrutura para utilizao futura do gs natural, uma vez que o FLEXGAS completamente intercambivel com o gs natural, devido similaridade do n de Wobbe. H) EXCLUSIVIDADE / TECNOLOGIA: O sistema de FLEXGAS da Liquigs foi desenvolvido com tecnologia de ponta do setor, aprimorada continuamente.

5. ANEXOS

Figura 1 - Central de FLEXGAS

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

GESTO DE SSM NAS INSTALADORAS NO SEGMENTO DO GSWAGNER AUGUSTO DE FREITAS, ENIO FARINA2, PAULO HENRIQUE PANADES31 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Tcnico em SSMQ - [email protected] Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Lder de Ligaes do Varejo - [email protected] 3 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheiro de Ligaes Varejo - [email protected] 2

1. RELEVNCIA DO TEMAA relevncia do Case consiste no desenvolvimento e utilizao de uma metodologia aplicada na realizao das atividades por parte das instaladoras, de forma a padronizarmos as exigncias para realizao da atividade. A soluo apontada no Case visa disponibilizar metodologia e ferramentas para garantia de mxima segurana para as atividades caracterizadas como alto risco (trabalho em altura), na busca de um padro para o atendimento as exigncias de SSM que viabilizem a realizao da atividade de instalao de forma segura. Possibilita ainda a uniformizao das atividades desenvolvidas em campo dentro de um novo sistema de trabalho, que esto alinhadas com os elementos do sistema de gesto. A aplicao deste Case pela Comgs est ligada ao segmento de gs natural, porm o Case perfeitamente adequado a outros segmentos. Os ganhos so grandes sendo alguns quantificveis e outros no. Acreditamos que esse Case oriente a melhor prtica para a execuo de forma segura das instalaes de gs, atravs da unio de conhecimentos e ideias dos profissionais que atuam em todos os setores que compem o conjunto da construo civil, obtendo solues harmnicas e seguras que viabilizem a disseminao do uso do gs natural.

2. OBJETIVOO objetivo qualificar as empresas que trabalhem com um sistema de gesto em SSM baseado no atendimento aos 10 elementos que compem este sistema. A meta fazer com que os novos contratos fechados para o segundo semestre de 2006, j contemplem o atendimento ao objetivo anual. A estratgia utilizada para o atendimento a esta necessidade foi inserir nos novos contratos os elementos do sistema de gesto em SSM que devem ser atendidos por estas instaladoras. E a nova pontuao e pesos estabelecidos atravs de um novo sistema de monitoramento das atividades de campo destas instaladoras, que mostra de forma clara quem esta mais atuante em atender as questes de segurana.

3. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO / IMPLEMENTAOCenrio O processo de ligao no possua uma padronizao de trabalho existindo a ausncia de prticas de segurana, tais como: no existiam dispositivos de segurana especficos para atividade em locais elevados, no havia o alinhamento da informao do traado da instalao, ficando a cargo do encanador gasista buscar alternativas seguras para realizao da instalao em locais elevados, diferentes equipamentos de segurana eram utilizados pelas empresas instaladoras, diferentes treinamentos eram aplicados na questo de tcnicas para trabalhos em locais elevados, ausncia de prticas de segurana de SSM, tais como anlise de risco das atividades, conversa diria de segurana, treinamentos operacionais para as equipes, plano de emergncia e permisso de trabalho. No havia programao quanto aos prazos para ligao do gs no cliente, realizando trabalhos parciais gerando situaes de riscos dentro dos condomnios. Diagnstico A necessidade de qualificao foi identificada, atravs de um estudo feito pelo grupo da rea de Ligaes em

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GESTO DE SSM NAS INSTALADORAS NO SEGMENTO DO GS

conjunto com empresa contratada que presta servio de fiscalizao de campo junto s obras de ligaes feitas por instaladoras contratadas que prestam servios para Comgs, onde ficou visvel a necessidade de um novo avano nas questes de segurana, que envolvem estas atividades frente ao cenrio exposto acima. Outra fonte de identificao desta oportunidade o fato de que a atividade de ligaes mapeada como sendo um dos 10 maiores riscos das atividades da Comgs e por este motivo a rea de Segurana mapeou em seu plano anual de trabalho para o ano de 2006 a necessidade de um projeto em conjunto com a rea de Ligaes para mitigao deste risco. E, por fim, a investigao de ocorrncias de incidentes que envolveram as instaladoras mostrou que a causa raiz dos problemas estava na maioria dos casos, ligados falta de gesto das instaladoras nas questes de segurana junto aos seus empregados, como tambm a necessidade da Comgs em padronizar a forma de tratar este assunto frente s suas prestadoras de servio levando conceitos do sistema de gesto de segurana da Comgs para suas parceiras. Planejamento estratgico O objetivo qualificar as empresas que trabalham com um sistema de gesto em SSM baseado no atendimento aos 10 elementos que compe este sistema. A meta fazer com que os novos contratos fechados para o segundo semestre de 2006, j contemplem o atendimento ao objetivo descrito acima. A estratgia utilizada para o atendimento a esta necessidade foi inserir nos novos contratos os elementos do sistema de gesto em SSM que devem ser atendidos por estas instaladoras. E a nova pontuao e pesos estabelecidos atravs de um novo sistema de monitoramento das atividades de campo destas instaladoras, que mostra de forma clara quem est mais atuante em atender s questes de segurana. Implementao A implementao das aes foi realizada seguindo as etapas listadas abaixo: 1) Definio de um grupo de trabalho. 2) Definio dos que deveria ser atendido no tocante a desenvolver um sistema de gesto de SSM junto s instaladoras. 3) Desenvolvimento de um check-list para trabalhos de fiscalizao em campo com pesos diferenciados para cada item fiscalizado. 4) Remodelagem dos novos contratos contemplando os 10 elementos do sistema de gesto de SSM. 5) Criao de um plano anual de segurana estruturado para acompanhamento por partes dos gestores das instaladoras, no tocante ao atendimento e adequaes das questes de segurana.

ANTES DO SISTEMA

DEPOIS DO SISTEMA

Figura 1 - Ilustraes de instalaes e testes antes e depois da aplicao do sistema

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WAGNER AUGUSTO DE FREITAS, ENIO FARINA, PAULO HENRIQUE PANADES

4. RESULTADOS E CONCLUSESNo Mensurveis No aplicvel. Mensurveis No sistema antigo todas as instaladoras atingiam um patamar de 100% no atendimento das questes de segurana. No novo sistema, mais exigente, foi constatado que apenas 2 dos 8 elementos - "Segurana" (com peso de 25%) e "Qualidade" (com peso de 15%) - atenderam as questes verificadas em campo (totalizando um mximo de 40%). Mostrando um cenrio real da situao das instaladoras em dois segmentos: "SERVIOS DE MUTIRO" e "SERVIOS DE ADEQUAO E CONSTRUO", adotados como piloto para implementao deste novo sistema. Concluso Com essas aes ajustamos as condies de instalaes dentro de um padro em relao s questes de SSM, buscando acompanhar as evolues constantes, decorrentes da velocidade de crescimento das atividades/seguimento. Acreditamos que esse Case oriente a melhor prtica para a execuo das instalaes de gs, atravs da unio de conhecimentos e ideias dos profissionais que atuam em todos os setores que compem o conjunto da construo civil, obtendo solues harmnicas e seguras que viabilizem a disseminao do uso do gs natural absorvendo a grande variedade de novos equipamentos e modernas prticas construtivas com alto grau de avano tecnolgico.

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

IMPLEMENTAO DE EFICINCIA ENERGTICA EM CENTRAIS DE AQUECIMENTOJOS JORGE CHAGURI JUNIOR1

Caltherm Sistemas de Aquecimento Ltda., Consultor Tcnico - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAA busca por sistemas de aquecimento cada vez mais eficientes um desafio constante, incentivado pelo aumento do custo da energia, gerando a necessidade de constantes intervenes nos sistemas ao longo da vida til de uma edificao.

2. OBJETIVOO objetivo do trabalho apresentar os resultados das alteraes do sistema de aquecimento central, em um edifcio residencial, com o objetivo de reduzir o consumo de energia, no caso o gs natural, para a manuteno do sistema, sem alterar a qualidade da gua quente fornecida aos usurios.

3. CARACTERSTICA DO SISTEMAA incorporao das alteraes no sistema de aquecimento central ocorreu em um edifcio residencial de 13 andares, com 1 apartamento por andar, sendo o ltimo andar duplex, totalizando 12 apartamentos. O aquecimento de gua quente para as unidades atravs de um sistema de aquecimento central, nico para todo o edifcio, tendo como combustvel o gs natural. O sistema da central consistia de uma caldeira geradora de vapor da marca Compac, com potncia de 78.000 kcal/h e presso de trabalho de 2 kgf/cm, localizado no subsolo do edifcio. Com um trocador de calor, de sistema tubular, localizado junto caldeira, havia a passagem de vapor que aquecia a gua e armazenava-a em um reservatrio com capacidade de 1.000 litros, localizado no 13 andar do edifcio, de onde abastecia todos os pontos de consumo com gua quente. Alm do sistema de troca de calor ter uma perda de energia considervel, existia tambm a perda pela tubulao entre o reservatrio de gua quente localizado na cobertura do edifcio e o trocador de calor da caldeira, localizados no subsolo. O condomnio estava com problemas de alto consumo de gs para a central de gua quente, com uma mdia de 2.504 m/ms. Ao estudar o perfil de consumo dos moradores do condomnio foi detectada a existncia de desconfortos com relao ao sistema de gua quente. Havia um tempo muito elevado, em alguns apartamentos, para chegar gua na temperatura ideal de banho, com isso desperdiando enormes quantidades de gua, e consequentemente, gs combustvel que foi utilizado para aquecer esta gua. Esta estrutura estava tendo um alto custo de manuteno, alm de estar muito vulnervel para as constantes paradas dos equipamentos, que deixavam o edifcio sem fornecimento de gua quente.

4. IMPLEMENTAO DAS ALTERAESPlanejamento Estratgico Objetivo Mxima diminuio no consumo de gs para o sistema de aquecimento sem alterar o conforto do usurio.

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IMPLEMENTAO DE EFICINCIA ENERGTICA EM CENTRAIS DE AQUECIMENTO

Metas Modificao do sistema existente por outro mais eficiente. Interromper o fornecimento para modificao em menor tempo possvel. Menor custo possvel de implantao do novo sistema. No reduzir o conforto do banho do sistema instalado, e se possvel permitir melhora. Diminuio nos custos de manuteno dos equipamentos existentes. Garantia de fornecimento de gua quente em caso de avaria e/ou manuteno de equipamentos. Estratgias Elaborao de um estudo do sistema existente. Levantamento do consumo de gs utilizado somente para o sistema de aquecimento. Estudo das condies trmicas e hidrulicas existentes, como traado, condies fsicas e isolao trmica. Anlise das condies do reservatrio de gua quente existente para ser aproveitado no novo sistema. Levantamento junto aos usurios acerca do nvel de conforto existente. Implementao das aes Elaborado um esquema do sistema existente. Elaborado um esquema de modificao preocupando-se em reduzir as obras civis no edifcio. Elaborado oramento preocupando-se com os custos menores possveis de implantao. Valor orado em R$ 19.860,00. Itens aproveitados no sistema Caixa d'gua superior. Toda rede de distribuio; e retorno de gua quente. Bomba de circulao do sistema; reservatrio de gua quente; e tubulao de gua fria. Itens eliminados Caldeira geradora de vapor. Trocador de calor; e coluna de gua fria para o aquecedor. Bomba Rede de vapor e condensado. Itens construdos Instalado trs aquecedores de passagem da marca Bosch, modelos WR440. Instalada uma bomba de recirculao entre o reservatrio de gua quente e os aquecedores de passagem. Instalada uma rede de gs do subsolo at os aquecedores de passagem, externa edificao, na fachada posterior do edifcio. Instalado painel de comando termosttico junto ao reservatrio de gua quente. Interligada a tubulao do retorno com a tubulao existente.

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JOS JORGE CHAGURI JUNIOR

4. RESULTADOS E CONCLUSESQuanto ao resultado de economia pela mudana do sistemaTabela 1 - Ilustraes de instalaes e testes antes e depois da aplicao do sistema

Diminuio de consumo com a mudana do sistema Economia mensal = 1.355 m = R$ 2.902,00 (tarifa de setembro / 2005). Valor do servio da modificao executado = R$ 19.860,00. Tempo do retorno com o resultado da economia = 6,9 meses. Com relao ao conforto Havia um desconforto devido ao tempo de chegada da gua quente nos pontos de consumo de alguns apartamentos. Com a modificao do sistema de retorno e ajuste do fluxo de recirculao de gua quente das colunas, o abastecimento de gua quente passou a ser instantneo em todas as unidades. Com relao garantia de fornecimento de gua quente O sistema antes utilizado era de um nico equipamento e em caso de avaria e/ou manuteno era interrompido o fornecimento de gua quente a todo edifcio. Com a modificao, h instalado trs aquecedores de gua, permitindo sempre a reserva de equipamentos, e com isso diminuindo muito o risco de interrupo no fornecimento de gua quente. Quanto manuteno do sistema Houve uma reduo significativa, pois os velhos equipamentos foram substitudos por equipamentos novos. Concluso Economia mensal de 50,73% no consumo de gs natural = R$ 2.902,00/ms, o que representa um decrscimo de R$ 241,83 por condmino. Investimento pago com a economia em aproximadamente 7 meses. Aumento do conforto dos usurios.

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

RECUPERAO DE INSTALAES PREDIAIS DE GS DETERIORADASJORGE VENANCIO1, PAULO SRGIO NAVARRO21 2

Companhia de Gs de So Paulo - Comgs/OAS/Padres Tcnicos - [email protected] Companhia de Gs de So Paulo - Comgs/OAS/Padres Tcnicos - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAO Case consiste na elaborao de uma sistemtica para avaliao de metodologias e padronizao de tecnologias para a recuperao de instalaes residenciais de gs inabilitadas em funo da existncia de vazamentos. A indstria do gs canalizado no Brasil foi implementada no sculo passado por D. Pedro II e chegou a ter um desenvolvimento razovel para os padres da poca at meados do sculo XX. Chegaram a existir redes de distribuio de gs manufaturado de carvo nas cidades de So Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Recife, Porto Alegre, Ouro Preto, etc. Por ocasio da segunda metade do sculo XX houve uma estagnao do setor, persistindo, no entanto, um nmero razovel de instalaes residenciais nas cidades do Rio de Janeiro e So Paulo. Hoje, no limiar do sculo XXI e com a disponibilidade do gs natural, no pairam dvidas entre os especialistas em energia, sobre a necessidade de fomentar o aumento da participao deste energtico (gs canalizado utilizando o gs natural) na matriz energtica brasileira e reverter a "bolha eltrica", particularmente no segmento residencial onde utilizado o chuveiro eltrico. Um dos pontos que no costumam ser lembrados a existncia de quase 1 milho de instalaes antigas, alguma em processo de deteriorao. A sua recuperao constitui-se em um desafio, haja vista as topologias construtivas brasileiras clssicas, as quais no facilitam a sua manuteno, tornado assim difcil e oneroso a sua recuperao e substituio. Este trabalho se prope a apresentar uma alternativa para recuperao deste universo de instalaes quando as mesmas estiverem condenadas devido existncia de vazamentos. Acreditamos que esse Case represente uma possibilidade de soluo para os problemas descritos acima e proporcione alternativas paraa expanso do gs natural no segmento residencial.

2. OBJETIVOO presente trabalho tem como objetivo apresentar as tecnologias existentes para a recuperao de instalaes internas de gs deterioradas por intermdio da aplicao de vedantes da ao interna, as quais se constituem em uma alternativa para fomentar o aumento da participao deste energtico no mercado em questo, evitando assim que um consumidor tenha a sua instalao de gs descomissionada devido existncia de vazamentos. Ser tambm abordada a metodologia para o diagnstico de uma instalao, tendo em vista a possibilidade de ser submetida recuperao, bem como as etapas de aplicao e auditagem dos servios correlatos.

3. CENRIOExistem na regio de So Paulo muitas instalaes de gs naturais residenciais deterioradas as quais so inabilitadas pela Comgs por razes de segurana, tendo em vista a possibilidade de ocorrncia de vazamentos. A disponibilizao novamente do gs natural para os consumidores com instalaes nesta condio problemtica, haja vista o fato das habitaes estarem habitadas e de serem grandes os transtornos ocasionados pela construo de uma nova instalao. Mtodos de recuperao no destrutivos existem, mas, no entanto, o mercado carecia de uma metodologia de anlise da eficcia dos mesmos e de diagnstico de uma instalao condenada, visando a possibilidade da mesma ser recuperada.

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RECUPERAO DE INSTALAES PREDIAIS DE GS DETERIORADAS

Tecnologias disponveis para a recuperao de instalaes de gs Foi elaborada inicialmente uma pesquisa acerca das tecnologias mais utilizadas no mundo em geral para a recuperao de instalaes internas de gs deterioradas, as quais se encontram abaixo delineadas: Mtodo Fill and drain Este mtodo foi desenvolvido pela British Gas e caracteriza-se pela facilidade da aplicao (Figura 1). Basicamente, consiste na insero nas tubulaes de um produto impermeabilizante, com posterior retirada do excesso de material. Para realizar a pressurizao so utilizados cilindros de nitrognio ou ar comprimido (aps purga). Este mtodo muitas vezes oferecido conjugado a um pacote de servios que incorpora mtodos de recuperao externa, em trechos da tubulao nos quais a recuperao atravs da insero de impermeabilizantes no seu interior no for vivel. No Brasil, tem sido utilizado por mais de uma empresa. As principais etapas de aplicao deste mtodo so: Teste de estanqueidade objetivando se proceder a uma avaliao inicial das tubulaes. Teste de resistncia mecnica para verificar o estado da tubulao. Identificao dos pontos da tubulao que no foram aprovados no teste citado no item anterior. Aplicao do vedante a qual compreende as seguintes fases: - Limpeza inicial com ar comprimido. - Injeo do produto sob presso devendo a presso ser mantida por determinado tempo objetivando assegurar a penetrao do produto (Figura 2). - Despressurizaro e retirada parcial do produto. - Retirada do excesso de produto remanescente com a utilizao de um pig. - Cura do impermeabilizante atravs de injeo de ar (Figura 1). Teste de estanqueidade final.

Figura 1 - Processo de injeo de vedante na tubulao com vazamento

Figura 2 - Secagem do vedante aps a drenagem e passagem de pig's

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JORGE VENANCIO, PAULO SRGIO NAVARRO

Figura 3 - Detalhe geral das instalaes de gs e preenchimento da tubulao com o vedante

Mtodo Fogging system Consiste na aplicao de um vedante anaerbico de baixa viscosidade. Este mtodo, at ento, no estava disponvel para uso no Brasil. Para realizar a pressurizao e introduzir o vedante na tubulao utilizado um compressor de ar. As principais etapas deste mtodo so: Proceder a um teste de estanqueidade da tubulao. Efetuar uma limpeza na tubulao utilizando o compressor principal (ar comprimido) ou um cilindro de CO2 (para este ltimo caso a limpeza devera ser feita de cima para baixo de maneira a liberar o CO2 no trreo do edifcio). Adicionar o vedante por intermdio de um dosador. Diminuir a presso gradativamente at que o vedante para de gotejar em uma chicana alocada nas proximidades dos aparelhos da instalao que esta sendo recuperada. Repetir o processo comeando do ponto mais alto e dando prosseguimento aos pontos imediatamente inferiores. Proceder ao descarte do material. Metodologia para diagnstico de uma instalao de gs deteriorada Consideraes gerais A aplicao de tecnologias para recuperao de construes e instalaes de uma maneira geral no algo usual no Brasil. As escolas brasileiras de Engenharia infelizmente tendem a priorizar disciplinas voltadas para as construes novas em detrimento da denominada retrofit engeneering, a qual vem sendo uma prioridade nos pases desenvolvidos. No que tange ao setor de gs natural, h ainda que se considerar a insipincia brasileira na utilizao deste energtico, o que implica na tomada de cuidados redobrados na execuo de qualquer operao a ele relacionada. Antes deste trabalho no havia padronizao relativa maneira de se diagnosticar uma instalao de gs. Diante do exposto, fez-se necessria a criao de procedimentos para o diagnstico de instalaes deterioradas, controle de aplicao dos produtos no campo e auditagem dos servios realizados no sentido de assegurar a qualidade das aplicaes. Critrio para diagnstico de uma instalao de gs quanto a sua integridade estrutural A integridade estrutural da instalao avaliada atravs de teste de presso, seguido por inspeo visual nas tubulaes aparentes e paredes por onde passam tubulaes embutidas. Existe a possibilidade de se substiturem trechos isolados de tubulao em caso de deterioraes em locais especficos. Critrio para diagnstico de uma instalao quanto aos vazamentos existentes e a possibilidade de recuperao O poder de vedao das tecnologias descritas possui ao limitada s conexes rosqueadas das tubulaes. Diante desse fato, faz-se necessrio avaliar uma instalao deteriorada no que tange a localizao dos vazamentos. Tal avaliao feita de acordo com a norma DVGW G.624, e fundamentada na quantificao do vazamento em ar da instalao, como segue:

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RECUPERAO DE INSTALAES PREDIAIS DE GS DETERIORADAS

Vazamentos de at 1 litro/h: a instalao considerada em boas condies. Neste caso procede-se novamente um teste de estanqueidade, colocando-se a instalao em uso, se aprovada no ensaio. Vazamentos abaixo de 5 litros/h: Neste caso existe a possibilidade de recuperar a tubulao atravs das tecnologias citadas. Vazamentos superiores a este limite: a tubulao ser considerada irrecupervel, uma vez que se supe que a existncia de vazamentos desta magnitude sinalize a que a sua origem seja a tubulao propriamente dita e no especificamente as junes. Realizao do diagnstico de uma instalao no que tange a possibilidade de recuperao Foi criada e padronizada uma metodologia para o diagnstico de uma instalao deteriorada no sentido de averiguar e sua elegibilidade para ser submetida a processo de recuperao. Diante do exposto foi criado um procedimento para tal, cujas principais etapas so: Vistoria inicial para a coleta de dados da instalao - Inspeo visual - Coleta de dados para o clculo do volume de cada instalao (prumada). Clculos dos dados necessrios para a realizao de teste de quantificao de vazamento com a utilizao de manmetro de coluna de gua (tempos para medies de quedas de presses de testes de estanqueidade feitos com ar). Realizao de teste de quantificao de vazamentos com a utilizao do manmetro de coluna de gua. Emisso do diagnstico da instalao conforme item 4.3. Metodologia para a auditagem da prestao de servios de aplicao de vedante em uma instalao deteriorada de gs Foi tambm criada uma metodologia de auditagem da prestao de servios de aplicao de vedante em uma instalao deteriorada de gs. Os principais pontos crticos a serem auditados por ocasio da realizao de se servios de aplicao de vedantes em tubulaes de gs deterioradas so: A realizao do diagnostico de maneira correta da instalao conforme item 6. A notificao aos moradores do edifcio acerca da realizao dos servios. O isolamento e sinalizao da rea de locao dos equipamentos. A existncia de EPIS e pessoa treinada em primeiros socorros. O acesso seguro para pedestres/veculos. A arrumao e limpeza adequadas. O descarte adequado de produtos qumicos. A aprovao do vedante para uso em instalao de gs natural. O treinamento dos funcionrios. O estado de conservao dos manmetros. A execuo de teste de estanqueidade aps a aplicao do vedante.

4. RESULTADOSConcluindo, forma coletados os seguintes resultados: Resultados No Mensurveis Reputao. Foco no cliente. Maior probabilidade de extenso da vida til da tubulao recuperada.

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Aumento da segurana da recuperao, uma vez que diante das sistemticas de padronizao e avaliao das tecnologias, eliminaram-se prestadores de servios que detinham mtodos no aplicveis a instalaes de gs (exemplo: recuperao de instalaes de gua). Propiciou o alastramento da utilizao de opo para a captao de clientes residenciais possuidores de instalaes de gs deterioradas e que no estejam propcios a realizar obras que possam causar transtornos aos moradores dos apartamentos. Imagem. Menor tempo gasto no local da obra. Poucas visitas aos mesmos edifcios e nenhum acesso aos apartamentos. Resultados Mensurveis Diminuio do custo da recuperao da instalao em cerca de 50% em funo das pesquisas realizadas em aplicadores das tecnologias de recuperao de instalaes de gs deterioradas e o maior nmero de coadjuvantes que passa na rea de concesso da Comgs. Incio do uso do Mtodo Fogging para a recuperao de instalaes de gs.

5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. COMGS. COMPANHIA DE GS DE SO PAULO. Mapa da rea de concesso. Disponvel em: www.comgas.com.br. 1. Acesso em 4 de junho de 2009. Nota de agradecimento A Comgs agradece a colaborao das pessoas que contriburam com sugestes para o aprimoramento deste Case: - Funcionrios da Comgs. - Sr. Raul Liciani, da empresa Gasplus. - Sra. Marcia, da empresa Bencen.

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PRMIO MASTERINSTAL 2006

UNIDADE REBOCVEL DE GNC (GS NATURAL COMPRIMIDO) PARA SUPRIMENTO TEMPORRIO DE CLIENTESJORGE VENANCIO1, ANSELMO LINO DE FARIA2, PAULO HENRIQUE PANADES3Companhia de Gs de So Paulo - Comgs/OAS/Padres Tcnicos - [email protected] 2 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs/OAS/Padres Tcnicos - [email protected] 3 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs/OAS/Padres Tcnicos - [email protected]

1. RELEVNCIA DO TEMAO Case consiste na criao de um equipamento para possibilitar o fornecimento de gs natural em situaes ou locais onde no exista a possibilidade de fornecimento deste energtico por tubulaes, como normalmente realizado. Como de conhecimento geral o gs natural uma excelente opo energtica, porm tem limitaes no que se refere a armazenagem, pois os mtodos mais utilizados, compresso ou liquefao, so de difcil execuo, justificando-se apenas em situaes nas quais a quantidade consumida seja alta o suficiente para viabilizar o custo de implantao de sistemas de armazenagem e infraestrutura de transporte granel (normalmente s em grandes indstrias). O nico caso existente de consumo em pequenas quantidades atendidos por um sistema de compresso o consumo veicular, pois neste caso temos uma unidade de grande custo, o posto de abastecimento de GNV, atendendo uma grande quantidade de pequenos consumidores, os veculos. Tal situao s possvel em razo da mobilidade do consumidor, pois ele se dirige at a fonte do combustvel. Em todos os demais casos de pequenos consumidores necessrio que o combustvel v at o cliente, o que apenas viavel atravs de redes de tubulaes. Porm em determinadas situaes se faz necessrio atender esse tipo de consumidor onde essas redes no se encontram disponveis, por algum dos seguintes motivos: Avarias e/ou acidentes nas redes de distribuio. Realizao de manuteno nas redes ou nos sitemas internos dos consumidores. Renovao de redes. Fornecimento de gs natural para atividades temporrias. Funcionamento de equipamentos a gs natural em locais onde no h rede disponvel. A aplicao deste Case pela Comgs est ligada principalmente s atividades de manuteno do fornecimento a clientes com necessidades especiais (hospitais, restaurantes, etc.) durante a ocorrncia de falhas na rede, obras de renovao da rede ou atividades de manuteno interna ou externa ao consumidor, em que seja necessria a interrupo do fornecimento pelo sitema convencional. O equipamento tambm j foi utilizado em atividades de fornecimento temporrio em eventos de divulgao do gs natural. A interrupo ocasional do fornecimento de gs natural constitui-se em um problema de difcil administrao para as empresas distribuidoras de gs natural, ao contrrio do que ocorre com outras concesses de servios pblicos, tais como a gua, energia eltrica e telefonia. A razo deste fato decorrente do risco inerente religao do gs, uma vez que no pode ser descartada a possibilidade de um consumidor deixar um registro aberto, o que viria a provocar um vazamento e ocasionar um acidente. A manuteno do fornecimento durante essas atividades representa grandes ganhos, sendo alguns quantificveis e outros no. Acreditamos que este Case represente uma possibilidade de soluo para os problemas descritos acima e proporcione um melhor atendimento ao pequeno consumidor de gs natural, dando assim maior confiabilidade no produto. Este Case foi desenvolvido em parceria com o CTGS Rio Grande do Norte.

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2. OBJETIVOEste Case tem como objetivo o desenvolvimento de um sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural, para atendimento a clientes ou futuros clientes em situaes de indisponibilidade de abastecimento pela rede convencional atravs da armazenagem de gs natural em cilindros de alta presso e posterior reduo da presso para as fornecidas usualmente. O sistema demonstrou ser capaz de garantir o abastecimento para as seguintes necessidades: Abastecimento a clientes sensveis durante colapsos da rede. Abastecimento a condomnios durante a execuo de trabalhos de renovao ou manuteno em casos em que seja necessrio o descomissionamento de trechos da rede. Abastecimento a eventos de divulgao do uso do gs natural em local onde a rede ainda no esta disponvel. Abastecimento de equipamentos industriais de futuros clientes para avaliaes de desempenho e funcionamento com gs natural. Antecipao de fornecimento a novos clientes.

3. METODOLOGIAO cenrio no mercado brasileiro de distribuio de gs natural nos mostra que cada vez mais se constrem e expandem-se as redes existentes, consequentemente, os problemas relativos a elas aumentam na mesma proporo, tornando-se cada vez mais comum a ocorrncia de falhas, interferncias de terceiros e necessidade de manuteno, muitas vezes ocasionando interrupes temporrias de fornecimento do gs natural. At h algum tempo no havia um sistema que substitutuisse o abastecimento do gs nestas ocasies. Quando tais interrupes ocorriam, os consumidores simplesmente ficavam sem possibilidade de realizar suas atividades dependentes desse energtico. Em casos de interrupes muito prolongadas ou crticas, a nica soluo vivel era a converso dos equipamentos para GLP ou a construo de redes temporrias, sendo ambas as alternativas trabalhosas e caras. Descrio Trata-se da primeira soluo tcnica do problema no Brasil. Aps um exame do mercado antes do incio do projeto no foram encontrados equipamento ou soluo que estivessem prontamente disponveis. O equipamento foi desenvolvido e especificado pela Comgs com consultoria do CTGS do Rio Grande do Norte. O equipamento foi construdo por uma empresa baseada em Belo Horizonte (MG), posteriormente foi realizado um upgrade no sistema por uma empresa do interior de So Paulo para aprimor-lo em funo das experincias coletadas na sua utilizao inicial. Seu custo por unidade foi de R$ 90.000,00. As suas principais utilizaes so: Manuteno do fornecimento de gs em emergncias. A tecnologia pode ser usada para manter o fornecimento de gs a clientes sensveis durante uma perda de fornecimento devido a uma situao de emergncia (evitando danos para 3 parte). Esses clientes sensveis incluem hospitais, restaurantes, hotis, clientes residenciais com necessidades especiais. Renovao de rede. Durante as obras de renovao permite a manuteno do fornecimento de gs a clientes residenciais ou comerciais. Correntemente 30 km de redes de ferro fundido so substitudos atualmente a cada ano, usando quase que exclusivamente a insero de tubos de PE na rede antiga, convencionalmente essa operao exigiria a desconexo dos consumidores. Nesse trabalho esto includos tambm 450 a 500 renovaes na entrada de gs (baseado em uma densidade mdia de 15,4 servios por quilmetro ou 15.000 a 17.000 consumidores). Eventos de demonstrao: o equipamento pode ser utilizado para demonstrar as potencialidades do gs natural para potenciais novos clientes. Exemplos recentes - Casa Cor 2004 e 2006. Converso. Para clientes industriais o equipamento pode ser usado para realizar o startup correto de queimadores ou outros dispositivos para o gs natural antes da conexo da rede. Isto particularmente importante onde um mau funcionamento inaceitvel e os queimadores ou outros dispositivos devem ser ajustados antes de entrar em operao normal.

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Ligaes de clientes. A tecnologia permite tambm a conexo adiantada de clientes residenciais e comerciais antes de finalizada a construo da rede de gs. Alguns consumidores comerciais (por exemplo, restaurantes e padarias) so particularmente sensveis s datas de ligao que quando no cumpridas podem acarretar a perda do cliente.

Figura 1 - Exemplo: padaria do Carrefour - unidade Cambuci (2003)

Desenvolvimento do sistema O desenvolvimento do sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural abrangeu as seguintes etapas: Pesquisa no mercado para verificao da existncia de sistemas compatveis com nossas necessidades (no foi encontrado nada semelhante). Pesquisa no mercado para levantamento de fornecedores de reguladores de presso que suprissem a aplicao pretendida. Realizao de testes com reguladores de presso de diversas marcas e modelos visando criao de um sistema redutor de presso seguro e confivel. Elaborao de uma especificao tcnica para construo do sistema. Contratao de consultoria junto ao CTGS - RN para auxiliar no desenvolvimento do projeto, a contratao incluiu o emprstimo por parte do rgo de um reboque prottipo similar ao construdo, porm de capacidade volumtrica menor (140 m3) e sem sistemas de reduo de presso e segurana. Realizao de testes com reguladores de presso j instalados no reboque prottipo. Realizao de operaes-piloto com o sistema prottipo. Elaborao de um procedimento de operao para o sistema. Realizao de concorrncia para contratao de construtor para o sistema. Contratao da empresa Sitec do Brasil para construo do sistema. Acompanhamento da construo do sistema. Realizao de inspees de entrega e acompanhamento do startup do sistema junto ao construtor. Utilizao piloto do sistema em evento de divulgao do gs natural durante 40 dias (Casa Cor 2004). Utilizao do sistema em aplicaes-piloto diversas, de acordo com o previsto para o projeto.

Figura 2 - Exemplo do sistema em aplicaes-piloto diversas

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Descrio do sistema As principais caractersticas do sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural so: Sistema composto de um reboque de dois eixos tracionado por veiculo de porte mdio. Nmero de cilindros do reboque: 9. Volume dos cilindros: 120 litros cada (total 1.080 litros). Peso: 2.200 kg. Dimenses: Comprimento: 4.000 mm. Largura: 2.200 mm. Altura: 1.665 mm. Capacidades: Volumes mximos de armazenagem: 250 m3. Presso mxima de armazenagem: 220 bar. Vazo mxima: 40 m3/h. O sistema de reduo de presso e segurana pode ser considerado o corao do sistema e constitudo por: Trs reguladores de presso em srie 1 estgio de reduo 220 bar / 4 bar, 2 estagio de reduo 4 bar / 2 bar e 3 estgio de reduo 2 bar / 25 mbar. Vlvula de bloqueio de alta presso acionada por alta presso do gs na sada do 1 estgio de reduo, sistema operado pneumaticamente pelo prprio gs. Vlvulas de alvio entre o 1 e o 2 estgio de reduo de presso. Cilindros fixos no reboque e abastecidos em postos de GNV. Normas aplicadas na especificao tcnica e procedimentos de operao e segurana baseadas nas da Enargas. Procedimentos de operao e segurana detalhados. Utilizao do sistema garantida por anlise de risco realizada no local de operao. Uma vez implementado com sucesso, o sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural foi ainda submetido a mais melhorias, conforme abaixo explicitado: Eliminao da necessidade de fornecimento eltrico atravs da substituio da vlvula solenide por um sistema pneumtico acionado pelo prprio gs. Substituio do sistema de aquecimento do gs pela utilizao de um regulador apropriado para baixas temperaturas e instalao de serpentina de troca trmica com o ar atmosfrico para aquecimento do gs. Aumento da capacidade de vazo.

Figura 3 - Sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural

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Implementao Aps a fase inicial de implantao, o sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural tem sido utilizado para os seguintes trabalhos regularmente: Fornecimento de gs para diversos hotis e restaurantes durante as obras de renovao da rede. Fornecimento de gs para restaurantes durante obras de manuteno na rede. Fornecimento de gs para diversos condomnios durante as obras de renovao da rede. Fornecimento de gs durante a troca de reguladores em 26 condomnios do bolso Vila Prudente em razo de elevao da presso de operao da rede. Fornecimento de gs para realizao de manuteno no sistema de entrada de gs de diversos condomnios. Fornecimento de gs para testes em queimadores de fornos da empresa Cebrace. Fornecimento de gs para testes em equipamentos para corte de chapas na empresa Caterpillar. Fornecimento de gs para o evento Casa Cor em 2004 e 2006.

Figura 4 - Sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural

Concluindo, o sistema alternativo para abastecimento provisrio de gs natural pode ser considerado um xito, resumindo-se abaixo os principais resultados obtidos: Resultados No Mensurveis Reputao. Foco no cliente. Fidelizao de novos clientes em potencial que poderiam ser perdidos sem uma comprovao efetiva da eficincia do gs natural. Convenincia. Poucas queixas. Reduo do nmero de visitas na casa do cliente. Imagem. Menor tempo gasto no local da obra. Poucas visitas aos mesmos edifcios e nenhum acesso aos apartamentos. Melhoria da imagem da companhia junto aos clientes e ao rgo regulador. Resultados Mensurveis Aumento do volume vendido. R$ 8.000,00 por unidade por ano, compreendendo, gs adicional fornecido aos clientes que permanecem conectados durante as atividades de renovao ou manuteno da rede ou ainda em situaes de emergncia, gs adicional vendido pela conexo adiantada dos clientes, estimados em 4.000 m3 para cada reboque por ano, que equivalente capacidade volumtrica do reboque que est sendo usado para um total de 16 vezes durante o ano. Economias de OPEX relativas manuteno do fornecimento durante as obras de renovao da rede. R$ 740.000,00 a R$ 1 milho, considerando-se que em mdia o custo para um gasista desligar o gs antes da renovao da rede, testar a instalao e reconectar cada ponto de consumo tem um custo equivalente a

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R$ 4.320,00 por edifcio, e que se usando o reboque de GNC elimina-se esta carga de trabalho, pois estas operaes no so requeridas. Esse valor foi calculado supondo-se que o reboque de GNC ser usado para 170-230 edifcios por ano. Aumento da produtividade. Reduo do tempo do trabalho de renovao de rede de 5 a 10 % em razo da eliminao de problemas de acesso dos funcionrios aos consumidores para religao.

5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS1. COMGS. COMPANHIA DE GS DE SO PAULO. Mapa da rea de concesso. Disponvel em www.comgas.com.br. 1. Acesso em 4 de junho de 2009. Notas de agradecimento A Comgs agradece a colaborao das pessoas que contriburam com sugestes para o aprimoramento deste Case: - Funcionrios da Comgs. - CTGS Rio Grande do Norte. - Igs do Brasil. - Exergy Engenharia.

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PRMIO MASTERINSTAL 2007

A FACILIDADE NA INSTALAO DOS FOGES COM A UTILIZAO DO TUBO FLEXVEL ROTATIVOBRUNO ANICI1, JOS CARLOS SARAIVA2, RITA ROMERO VILAR3, NILSON A. MERLIN41 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheiro de Ligaes - [email protected] Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheiro de Padres Tcnicos - [email protected] 3 Companhia de Gs de So Paulo - Comgs, Engenheira de Ligaes - [email protected] 4 Merlini Engenharia de Segurana e Planejamento Ltda., Diretor - [email protected] 2

1. RELEVNCIA DO TEMAA relevncia do Case apresentado no II Prmio MasterInstal, em 2007, consiste no aperfeioamento da metodologia e processo utilizado para a instalao de foges, com a aplicao de novas tecnologias na fabricao de tubos flexveis rotativos, possibilitando que os mesmos mantenham a condio de rotao da conexo mesmo aps a sua fixao ao produto ou a alimentao de gs, solucionando a dificuldade existente nas instalaes onde o ponto de alimentao do gs est no lado oposto ao ponto de conexo no fogo. Os principais fatores para viabilizar a conquista de novos clientes so os custos mais baixos, maior velocidade com qualidade e segurana em que se consegue realizar as instalaes dos foges, principalmente nos casos de converso dos aparelhos de GLP - Gs Liquefeito de Petrleo para GN - gs natural, associados adequao do ambiente. Trabalhar em parceria com fabricantes de tubo flexvel, desenvolver uma nova opo, utilizando conexes rotativas, permitindo a rotao do tubo flexvel mesmo depois de instalado, ou seja, permanentemente, evitando a toro do mesmo. Realizar as instalaes dos foges com maior velocidade e custos mais baixos, facilitando o crescimento no nmero de clientes tornando vivel a converso e instalao dos foges e obter uma maior penetrao no mercado quando da instalao dos novos aparelhos (foges e fornos). Rever e ajustar as condies de instalaes dos aparelhos de queima a gs natural, buscar acompanhar s evolues constantes, decorrentes das alteraes tecnolgicas e da velocidade de crescimento do Pas, com respeito aos direitos do cliente.

2. OBJETIVOMitigar as condies inseguras, atravs de melhorias no sistema de instalao de foges, utilizando novas tecnologias para o desenvolvimento de componentes que possam facilitar a instalao e resistir aos esforos requeridos quando da movimentao do fogo para limpeza. Desenvolver novos mtodos e processos, focados na praticidade de instalao, na aplicao especfica, reduzindo o nmero de componentes e materiais necessrios instalao, diminuir os custos com material e mo-de-obra, em funo da reduo de tempo na aplicao, apresentando ganhos no volume de atendimento e quantidade de aparelhos instalados por gasistas. Obter uma maior penetrao no mercado de instalao de aparelhos de coco a gs atravs da conquista de novos clientes em funo do baixo custo, viabilizando o atendimento a um maior nmero de clientes de forma gil e segura.

3. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO / IMPLEMENTAOCenrio A Comgs, nos ltimos anos, vem expandindo a sua rede de distribuio de gs natural e ampliando o nmero de ligao de novos clientes, o que faz com que tenhamos que nos ater cada vez mais em obter mtodos e processos