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Departamento de Informática em Saúde Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 1988-2008: 20 Anos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Informática em Saúde XI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde – CBIS’2008 29 de Novembro a 3 de Dezembro, 2008 - Campos de Jordão, SP Informática em Saúde: dos Fundamentos para Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva Departamento de Medicina Preventiva Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP Página web: InDeCS: Utilizando Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para Classificação de Websites com Conteúdo na Área da Saúde Introdução Com o crescimento e avanço tecnológico dos dispositivos móveis na última década, os Personal Digital Assistants (PDAs), também conhecidos como computadores de mão, se popularizaram entre os profissionais de saúde, sendo utilizados por aproximadamente 70% dos estudantes e residentes para propósitos educacionais ou cuidados com paciente [1]. Objetivos Apresentar os resultados preliminares do desenvolvimento de um software para PDA PalmOS denominado Modelo Digital de Fluxogramas em Oftalmologia (MDFluxo) voltado para o auxílio no ensino de oftalmologia de graduandos e residentes do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. O MDfluxo oferece acesso rápido e prático a um conjunto de fluxogramas do livro Guia de Oftalmologia da coleção da UNIFESP [2]. Pretende-se avaliar o impacto do MDFluxo no ensino de conceitos e práticas médicas e possivelmente sua eficácia no uso para assistência médica em oftalmologia. Materiais e Métodos No processo de modelagem dos fluxogramas da literatura [2] encontramos dificuldades para a representação das informações clínicas em formato digital. Os fluxogramas não seguem um padrão lógico de formação entre si para a representação da informação médica. Foi definido um modelo único de representação criado com o auxilio de especialistas do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP e informações descritas na literatura médica sobre semiologia [3], propedêutica médica [4], anamnese [5] e outros. A Figura 1 apresenta o modelo proposto. Figura 1 - Modelo de fluxo de informações em oftalmologia do MDFluxo. A partir do modelo de fluxo de informações em oftalmologia foi desenvolvido e implementado um repositório de dados no qual cada fluxograma está representado em formato XML. Resultados No período de maio a junho de 2006 foram realizados testes preliminares com um piloto do software MDFluxo, sendo Alex Esteves Jaccoud Falcão 1 , Felipe Mancini 1 ,Thiago Martini da Costa 1 , Anderson Diniz Hummel 1 , Daniel Sigulem 2 , Ivan Torres Pisa 2 1 Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); 2 Departamento de Informática em Saúde, UNIFESP E-mail: [email protected] Por meio das entrevistas foi possível avaliar impressões sobre a complexidade, facilidade e interação do usuário na utilização do software e relevância sobre o conteúdo ofertado. Os resultados dos testes preliminares mostram que os especialistas encontraram dificuldade para o entendimento da aplicação, ou seja, a linha de raciocínio apresentada pelo software não era clara ao especialista, o mesmo não sabia o que estava acontecendo a cada interação entre os diferentes formulários. A Figura 2 apresenta uma residente avaliando o sistema. Por meio de entrevistas com os especialistas foi verificado que as informações de cada fluxograma foram consideradas insuficientes, mas estas não foram encontradas no contexto do livro, de maneira que não foram implementadas. Por outro lado, o software apresentou facilidade de navegação entre os diferentes formulários do sistema e tempo entre 2-5 segundos para retornar as informações solicitadas após um item selecionado. Figura 2 - Residente do departamento de oftalmologia em consulta ao software MDFluxo e o fluxograma Inflamações Palpebrais em ambiente PalmOS. Comentários e Conclusões Em testes preliminares com residentes de oftalmologia, o uso do computador de mão com o MDFluxo se mostrou potencialmente útil, auxiliando no estudo e pesquisa de problemas clínicos comuns em oftalmologia. O sistema continua sendo modificado e a avaliação final sobre seu impacto educacional será reali-zada nos próximos meses. As dificuldades para a implementação do software MDFluxo em ambiente PalmOS foram: complexidade para modelagem e implementação dos fluxogra-mas por não apresentarem uma padronização na representação das informa- ções clínicas; tamanho limitado da tela para a estruturação dos layouts; apre-sentação de imagens com alta resolução; leitura do repositório de dados em formato XML pelo software, sendo os arquivos XML armazenados em uma ba-se de dados Microsoft Access® e convertidos para formato .PDB para leitura e interpretação dos arquivos XML; otimização do código fonte para melhorar o desempenho na recuperação das informações. Agradecimentos Agradecemos ao apoio institucional do Departamento de Oftalmologia e Setor de Tecnologia em Informação, DIS; também aos médicos voluntários participantes da pesquisa. Projeto realizado com auxílio de bolsa de mestrado CAPES. Referências [1] Grasso MA, Yen MJ, Mintz ML. (2006). Survey of handheld computing among medical students. Computer methods and programs in biomedicine, Elsevier. [2] Schor P, Chamon W, Belfort R. (2004). Guia de Oftalmologia - Série Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. 1 a ed. Editora. Manole. São Paulo. [3] Porto CC. (1997). Semiologia Geral . 3 a ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.

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Page 1: Departamento de Informática em Saúde Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 1988-2008: 20 Anos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Informática em Saúde

Departamento de Informática em SaúdeUniversidade Federal de São Paulo – UNIFESP1988-2008: 20 Anos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Informática em Saúde

XI Congresso Brasileiro de Informática em Saúde – CBIS’200829 de Novembro a 3 de Dezembro, 2008 - Campos de Jordão, SPInformática em Saúde: dos Fundamentos para Aplicações Sustentáveis na Promoção da Saúde

Programa de Pós-graduação em Saúde ColetivaDepartamento de Medicina PreventivaUniversidade Federal de São Paulo – UNIFESPPágina web: http://www.unifesp.br/dmedprev/pg

InDeCS: Utilizando Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para Classificação de Websites com Conteúdo na Área da Saúde

IntroduçãoCom o crescimento e avanço tecnológico dos dispositivos móveis na última década, os Personal Digital Assistants (PDAs), também conhecidos como computadores de mão, se popularizaram entre os profissionais de saúde, sendo utilizados por aproximadamente 70% dos estudantes e residentes para propósitos educacionais ou cuidados com paciente [1].

ObjetivosApresentar os resultados preliminares do desenvolvimento de um software para PDA PalmOS denominado Modelo Digital de Fluxogramas em Oftalmologia (MDFluxo) voltado para o auxílio no ensino de oftalmologia de graduandos e residentes do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. O MDfluxo oferece acesso rápido e prático a um conjunto de fluxogramas do livro Guia de Oftalmologia da coleção da UNIFESP [2]. Pretende-se avaliar o impacto do MDFluxo no ensino de conceitos e práticas médicas e possivelmente sua eficácia no uso para assistência médica em oftalmologia.

Materiais e MétodosNo processo de modelagem dos fluxogramas da literatura [2] encontramos dificuldades para a representação das informações clínicas em formato digital. Os fluxogramas não seguem um padrão lógico de formação entre si para a representação da informação médica. Foi definido um modelo único de representação criado com o auxilio de especialistas do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP e informações descritas na literatura médica sobre semiologia [3], propedêutica médica [4], anamnese [5] e outros. A Figura 1 apresenta o modelo proposto.

Figura 1 - Modelo de fluxo de informações em oftalmologia do MDFluxo.  A partir do modelo de fluxo de informações em oftalmologia foi desenvolvido e implementado um repositório de dados no qual cada fluxograma está representado em formato XML.

ResultadosNo período de maio a junho de 2006 foram realizados testes preliminares com um piloto do software MDFluxo, sendo entregue a quatro oftalmologistas do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. A avaliação foi realizada por meio de entrevista semi-estruturada e descritiva com os especialistas e responsáveis pelo projeto MDFluxo.

Alex Esteves Jaccoud Falcão1, Felipe Mancini1 ,Thiago Martini da Costa1, Anderson Diniz Hummel1, Daniel Sigulem2, Ivan Torres Pisa2

1 Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); 2 Departamento de Informática em Saúde, UNIFESPE-mail: [email protected]

Por meio das entrevistas foi possível avaliar impressões sobre a complexidade, facilidade e interação do usuário na utilização do software e relevância sobre o conteúdo ofertado. Os resultados dos testes preliminares mostram que os especialistas encontraram dificuldade para o entendimento da aplicação, ou seja, a linha de raciocínio apresentada pelo software não era clara ao especialista, o mesmo não sabia o que estava acontecendo a cada interação entre os diferentes formulários. A Figura 2 apresenta uma residente avaliando o sistema. Por meio de entrevistas com os especialistas foi verificado que as informações de cada fluxograma foram consideradas insuficientes, mas estas não foram encontradas no contexto do livro, de maneira que não foram implementadas. Por outro lado, o software apresentou facilidade de navegação entre os diferentes formulários do sistema e tempo entre 2-5 segundos para retornar as informações solicitadas após um item selecionado.

Figura 2 - Residente do departamento de oftalmologia em consulta ao software MDFluxo e o fluxograma Inflamações Palpebrais em ambiente PalmOS.

Comentários e ConclusõesEm testes preliminares com residentes de oftalmologia, o uso do computador de mão com o MDFluxo se mostrou potencialmente útil, auxiliando no estudo e pesquisa de problemas clínicos comuns em oftalmologia. O sistema continua sendo modificado e a avaliação final sobre seu impacto educacional será reali-zada nos próximos meses. As dificuldades para a implementação do software MDFluxo em ambiente PalmOS foram: complexidade para modelagem e implementação dos fluxogra-mas por não apresentarem uma padronização na representação das informa-ções clínicas; tamanho limitado da tela para a estruturação dos layouts; apre-sentação de imagens com alta resolução; leitura do repositório de dados em formato XML pelo software, sendo os arquivos XML armazenados em uma ba-se de dados Microsoft Access® e convertidos para formato .PDB para leitura e interpretação dos arquivos XML; otimização do código fonte para melhorar o desempenho na recuperação das informações.

AgradecimentosAgradecemos ao apoio institucional do Departamento de Oftalmologia e Setor de Tecnologia em Informação, DIS; também aos médicos voluntários participantes da pesquisa. Projeto realizado com auxílio de bolsa de mestrado CAPES.

Referências[1] Grasso MA, Yen MJ, Mintz ML. (2006). Survey of handheld computing among medical students. Computer methods and programs in biomedicine, Elsevier. [2] Schor P, Chamon W, Belfort R. (2004). Guia de Oftalmologia - Série Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. 1a ed. Editora. Manole. São Paulo.[3] Porto CC. (1997). Semiologia Geral. 3a ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.[4] Bickley LS, Szilagyi PG. (2005). Bates Propedêutica Médica. 8a ed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.[5] Kasper DL, Fauci AS, Longo DL, Braunwald E, Hauser SL, Jameson JL. (2002). Medicina Interna - Harrison. 15a ed. Editora McGraw-Hill. Rio de Janeiro.