cultura, dominaÇÃo e ideologia

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DENNIS DE OLIVEIRA SANTOS [email protected]

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Page 1: CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA

DENNIS DE OLIVEIRA SANTOS

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Cultura-valor é a mais antiga das três. Ela expressa a ideia de que é possível ter ou não ter determinada cultura. É o caso, por exemplo, dos brasileiros que dominam a língua francesa, latina ou alemã, sendo, por isso, considerados cultos.

Cultura-alma coletiva é sinônimo de pertencimento a um local, a um povo em específico. Nesse caso, estamos diante da noção de que todas as pessoas, grupos e povos têm cultura e identidade cultural. É nesse sentido, portanto, que falamos de cultura negra, chinesa ou ocidental, sempre fazendo referência aos traços culturais que possibilitam a identificação e a caracterização dos indivíduos que constituem esses povos.

Cultura-mercadoria corresponde, à chamada “cultura de massa”. A noção de cultura-mercadoria está ligada a bens, equipamentos e conteúdos teóricos e ideológicos de produtos que estão à disposição das pessoas que querem e podem comprá-los.

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A dificuldade de aceitação da diversidade cultural em uma sociedade ou entre sociedades diferentes ocorre devido ao fato dos seres humanos tomarem seu grupo ou sociedade como medida para avaliar os demais. Em outras palavras, cada grupo ou sociedade considera-se superior e olha com desprezo e desdém os outros, tidos como estranhos ou estrangeiros.

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O objetivo dele era provar que a estrutura dos mitos era idêntica em qualquer canto da Terra, confirmando assim que a estrutura mental da humanidade é a mesma, independentemente da raça, cl ima ou religião adotada ou praticada. Isso se aplica aos mitos, poderoso instrumento simbólico para reger o sistema de parentesco, regulando os matrimônios com a intenção de preservar o tabu do incesto e regular a sociedade.

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Boas propôs o princípio do particularismo histórico. Como sustentava que cada cultura continha e sua própria história única. Ele via valor intrínseco na pluralidade das práticas culturais no mundo e era profundamente cético com relação a qualquer tentativa, política ou acadêmica, de interferir nessa diversidade. Trata-se assim de compreender como se formou a síntese original que representa cada cultura e que faz a sua coerência. Cada cultura é dotada de um 'estilo' particular que se exprime através da língua, das crenças, dos costumes, também da arte, mas não apenas desta maneira.

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Apolnínico, tanto homens como mulheres eram de temperamento pacíf ico e nem os homens nem as mulheres faziam a guerra.

Dionisíaco, a realidade era precisamente o contrário: tanto homens como mulheres eram de temperamento bélico.

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Canclini explica que a arte, a comunicação, a história, dentre outros setores de conhecimento, fundem-se no contexto atual em sintonia com as tecnologias comunicacionais. Tal fusão ainda é presente em diversos outros aspectos da cultura atual como a mistura entre o erudito e o popular, fazendo uma nova concepção de seus conceitos. Segundo ele, a cultura não tem mais local fixo, origem específica, mas se espalha por diversas regiões do planeta ao mesmo tempo.

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Paideia significava o conjunto de conhecimentos que se devia transmitir, que é a maneira de levar a criança ao conhecimento.

Obras culturais - produtos físicos (livros, cds, quadros, etc) Bens culturais - manifestações imateriais (peça de teatro) Cultura erudita - marcada pela especialização técnica da

obra e assimilada pelas elites. Cultura popular - surge de forma espontânea no seio do

povo e ligado as camadas mais simples da sociedade.

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A ideologia possui o sentido de uma concepção ilusória, necessária à dominação de classe, a qual inverte/abstrai o conhecimento de uma realidade tal como se oferece à nossa experiência, o que impede que o ser se indague como essa realidade foi concretamente produzida, tornando esse alienado de suas possibilidades sociais.

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A concepção particular da ideologia realiza suas análises de ideias em um nível puramente particular, pois representa apenas ideias isoladas de alguns grupos da sociedade.

A concepção total de ideologia consiste em atribuirmos ás formações intelectuais como construções de um conhecimento que é o reflexo de um estado social, historicamente fundamentado, que possui o objetivo de justificar a ordem social vigente.

Utopias são as novas ideias frutos dos grupos sociais que sugerem comportamentos ou ideias que visam romper com as ideologias vigentes.

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Hegemonia significa direção suprema. É a supremacia intelectual das elites sobre os grupos subalternos. A superioridade que esse grupo tem sobre os demais, tornando-se assim um grupo soberano na sociedade. Essa dominação se dá através da coerção (violência) ou persuasão (ideias) no sentido de impor sua visão de mundo a ser aceita pelas outras classes.

Contra hegemonia é a organização de uma visão de mundo feita pelos grupos subalternos no sentido de resistir a dominação burguesa. Ela é liderada pelo intelectual orgânico, que pode ser uma pessoa física ou instituição, o qual tenha a capacidade de organizar esse processo social. 

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A dominação também acontece na formação de imagens e símbolos.

Pode acontecer entre diversos setores da sociedade e não apenas entre classes sociais (homens sobre mulheres, heteros sobre homoafetivos e etc).

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Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto. Este termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas.

A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer consiste em “moldar” toda a produção artística e cultural, de modo que elas assumam os padrões comerciais e que possam ser facilmente reproduzidas. Dessa forma, as manifestações de arte não são vistas somente como únicas, mas principalmente como “mercadorias”, que incentivam uma reificação (ou transformação em coisa), e a alienação da arte

feita para poucos e carentes de uma visão crítica a respeito.

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Com a era televisiva, o pensamento, que tem as suas bases na palavra e na possibilidade de abstração (pré-requisito para o homem político que tem de lidar o tempo todo com conteúdos abstratos), se vê substituído por uma forma de raciocínio que se dá pela imagem. Para Sartori, os meios de comunicação usado de forma massiva atrapalha o desenvolvimento cognitivo das crianças.

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Concorda com a dominação imposta pela indústria cultural, mas relativiza-a.

Apesar da dominação ela trouxe a democratização da arte nos últ imos séculos.

Mesmo com a padronização da arte, em alguns momentos surgem obras e artistas que rompam com essa dominação produzindo um senso artíst ico mais reflexivo.

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