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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas CAMPUS DE DRACENA CULTIVO DE ABÓBORA E BETERRABA SOBRE PALHADA (Processo Agrisus: n° 2537/18) Responsável: Profª Dra. Pâmela Gomes Nakada Freitas Relatório final do projeto de pesquisa apresentado a Fundação Agrisus - Agricultura Sustentável DRACENA – SP

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP “Júlio de Mesquita Filho”

Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas

CAMPUS DE DRACENA

CULTIVO DEABÓBORAE BETERRABA SOBRE PALHADA(Processo Agrisus: n° 2537/18)

Responsável: Profª Dra. Pâmela Gomes Nakada Freitas

Relatório final do projeto de pesquisa apresentado aFundação Agrisus - Agricultura Sustentável

DRACENA – SP

Page 2: CULTIVODEABÓBORAEBETERRABASOBREPALHADA ...quatro quantidades de palha de milho (0,0, 4,5, 9,0, 13,5 Mg ha-1 de matéria seca) e detectaram economia de água em até 13% da lâmina

1 RESUMO

O teor de carbono total é um importante indicador de sustentabilidade e de qualidade do solo e,

quanto maior a intensidade de revolvimento, maior é a perda de carbono na forma de CO2. A aração,

provoca perda acentuada de gases e aquecimento da superfície pela exposição à radiação solar,

contribuindo para o aumento do efeito estufa. Com intuito de amenizar estes efeitos, é que se propôs

com este projeto implantar coberturas vegetais na produção de abóbora ‘Menina Brasileira’ e

beterraba ‘Early Wonder’ em sistema de plantio direto, e verificar seus benefícios nos atributos

químicos, físicos e macrofauna do solo, bem como a produtividade das culturas. O experimento foi

em delineamento de blocos casualizados, com parcela subdividida e quatro repetições. Na primeira

etapa, os tratamentos consistiram de três coberturas vegetais na parcela (Crotalária juncea, milheto,

70% de C. juncea + 30% de milheto), e dois sistemas de cultivo na subparcela (plantio direto;

plantio convencional: aração e gradagem). Após a roçagem, foi plantado abóbora ‘Menina

Brasileira’ no espaçamento de 2,0 x de2,0 m. Na segunda etapa, após a colheita das abóboras, foram

plantados nas mesmas parcelas: tremoço, aveia branca, e a mistura de 70% de tremoço + 30% de

aveia branca, e nas mesmas subparcelas, os mesmos preparos de solo já citados, e também após a

roçagem, ocorrereu o plantio de beterraba ‘Early Wonder’ no espaçamento de 0,30 x 0,15 m. As

coberturas vegetais foram conduzidas até o início do florescimento, e posteriormente cortadas com

roçadeira manual. As características de solo avaliadas foram: atributos químicos: pH, H+Al, Al, P,

K, Ca, Mg, MO, CTC, SB, V%; atributos físicos: granulometria (areia, silte, argila), umidade

gravimétrica do solo, porosidade total (microporosidade e macroporosidade), densidade do solo,

resistência do solo, taxa de infiltração de água, agregados; macrofauna do solo e determinação de

matéria seca das coberturas vegetais. As características de produção avaliadas foram: da abóbora:

comprimento, diâmetro do bojo, massa e número de frutos por planta, e produtividade; da beterraba:

comprimento, diâmetro e massa da raiz, massa seca das folhas, e produtividade. Os dados foram

submetidos a análise de variância, e quando houve diferença significativa, foi aplicado teste de

Tukey para as coberturas vegetais, e teste t para os sistemas de plantio, todos ao nível de 5% de

probabilidade. A realização do plantio direto, independente da cultura utilizada como adubo verde

(produção da palhada), proporcionou maior diâmetro de bojo e peso de frutos na cultura da abóbora

‘Menina brasileira’, entretanto, tais acréscimos não se traduziram em produtividade. Para a cultura

da beterraba o sistema convencional proporcionou melhores resultados as analise de produção

avaliados, principalmente produtividade. O plantio convencional proporcionou melhor aeração do

solo, mas a sustentabilidade do sistema não é garantida. Os sistemas de preparo e as plantas de

cobertura utilizadas influenciaram os atributos do solo, a densidade do solo reduziu após o cultivo

das plantas de cobertura; a infiltração de agua e a resistência do solo no solo aumentaram após o

cultivo das plantas de cobertura.

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Palavras-chave: Cucurbita moschata, Beta vulgaris, plantio direto.

2 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

A adoção da agricultura convencional com seu uso intensivo do solo ano após ano

causa efeitos negativos ao ambiente e a produção agrícola, pois promove redução na

quantidade de matéria orgânica do solo ocasionando sua desagregação e mudança na sua

estrutura, e com o revolvimento do solo pela aração, ocorre emissão de gases (principalmente

CO2, CH4, N2O) para a atmosfera e aumento do aquecimento global (CERRI et al., 2007).

Devido a esses fatos essa questão tem sido preocupação mundial, e portanto, vale a

pena investir em medidas sustentáveis para preservação do meio ambiente. Para tanto, o

governo federal brasileiro tem incentivado a agricultura sustentável e assim se propôs

voluntariamente durante a 15ª Conferência das Partes (COP-15) em Copenhague no ano de

2009, a redução entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2020,

devendo reduzir em torno de um bilhão de toneladas de CO2 equivalente (BRASIL, 2012). E

para alcançar seu objetivo, o governo propôs um conjunto de medidas que foi aprovado em

maio de 2011 surgindo O Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Este foi

estruturado em sete Programas, dentre eles, a de ampliar o uso do Sistema Plantio Direto

(SPD) em 8 milhões de hectares, com Potencial de Mitigação por redução de carbono de 16 a

20 milhões Mg CO2 eq (BRASIL, 2012). Neste sentido é que este projeto se propõe a

contribuir com ações que favoreçam atingir esta meta, implantando sistema de produção

sustentável, adotando o sistema de plantio direto em hortaliças.

Diante das mudanças climáticas há que se ressaltar a contribuição do sistema de

plantio direto, pois segundo Gassen e Gassen (1996) relataram que no início dos anos 90,

houve evidências de que a liberação de CO2 em solos arados, cultivado no sistema

convencional de produção, foi superior ao volume de gases emitidos pelo consumo de

combustíveis fósseis. O teor de carbono total é um importante indicador de sustentabilidade e

de qualidade do solo, e quanto maior a intensidade de revolvimento com a aração, maior é sua

perda na forma de dióxido de carbono, além de promover o aquecimento da superfície pela

exposição à radiação solar, contribuindo para o aumento do efeito estufa. No SPD, com a

palhada em cobertura, promove reflexão da radiação solar, reduz perda de carbono, na forma

de CO2, influenciando diretamente na redução do efeito estufa.

Há quase 50 anos da implantação do Sistema Plantio Direto (SPD) no Brasil, iniciou-

se em 1970, nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, e atualmente adotado em quase todas

as regiões do Brasil, no tocante a produção de grãos. Inicialmente o SPD foi considerado

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tecnologia para grandes produtores, no entanto, o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) e

a Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) do Paraná, promoveu,

e vem promovendo adequação e adoção da tecnologia para pequena propriedade para

produção de hortaliças (SPDH- Sistema de Plantio Direto para Hortaliças), o que ainda não

foi difundido na região do Oeste Paulista, sobretudo na microregião onde se localiza o

município de Dracena-SP.

Estudos no SPD tem sido alvo de constantes pesquisas, causas atribuídas às suas

inúmeras vantagens, tais como: redução de gases que aumentam o efeito estufa devido ao não

revolvimento do solo; diminuição da mecanização reduzindo liberação de monóxido de

carbono; evita erosão e compactação do solo; com aumento de cobertura vegetal sobre o solo:

diminui evapotranspiração reduzindo turno de rega em até 30%, melhor drenagem, regulação

térmica proporcionada pela palhada com redução dos extremos de temperatura em até 10ºC na

superfície do solo, controle de plantas daninhas; aumento de matéria orgânica, promovendo

estruturação com formação de agregados do solo, maior CTC (Capacidade de Troca

Catiônica), aumento da microbiota para ciclagem de nutrientes; dentre outros (LIMA;

MADEIRA, 2013).

Uma das questões de grande preocupação é a quantidade de água potável, e sem ela

não há comida, e nem vida na Terra. Isto não deveria trazer preocupações, devido 70% do

planeta ser coberto por água, porém aproximadamente 97,5% é salgada, estando disponível

menos de 3% de água doce, e apenas 0,4% estão na superfície dos solos (CONSUMO

SUSTENTÁVEL, 2005). E de acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a

Infância), menos da metade da população mundial tem acesso, que segundo Meirelles (2000)

relata que a irrigação corresponde a 73% do consumo, 21% nas indústrias e apenas 6%

destina-se ao consumo doméstico, neste sentindo pode ocorrer crise hídrica em futuro

próximo.

Um dos setores de maior consumo de água para irrigação é a horticultura, onde a

olericultura se insere, requisitando irrigação diariamente, uma ou duas vezes ao dia

dependendo do clima e região. No contexto de otimização da água na agricultura, o SPD é o

manejo mais adequado por aumentar a matéria orgânica no perfil e na superfície do solo,

aumentando a retenção de água (MAROUELLI et al., 2010).

Em grandes culturas já existem várias pesquisas conduzidas no sistema de plantio

direto, como em feijão (STONE, MOREIRA, 2000; ANDRADE et al., 2002; STONE et al.,

2006; BIZARI et al., 2009), milho (LARA CABEZAS et al., 2000; AMADO et al., 2002;

CERETTA et al., 2002; CAIRES et al., 2006; SILVA et al., 2006), soja (CAIRES et al., 2000;

CAIRES et al., 2006; FLORES et al., 2007; KLEIN, CAMARA, et al., 2007), trigo (ABREU

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et al., 2003; DA ROS et al., 2003; BRAZ et al., 2006; TEIXEIRA FILHO et al., 2010),

embora ainda há que se pesquisar.

Por outro lado, o plantio direto de hortaliças (SPDH) é um fato relativamente recente,

surgindo os pioneiros próximos do ano 2000, portanto, ainda são poucos os trabalhos e ainda

há muito que ser estudado. Alguns trabalhos já foram desenvolvidos, como em alface-

americana (HIRATA et al., 2014), berinjela (CASTRO et al., 2005; LIMA et al., 2012;

ECHER et al., 2016), beterraba (PURQUERIO et al., 2009; FACTOR et al., 2010), brócolis

(MELO et al., 2010), cebola (SOUZA et al., 2013; LOSS et al., 2015), cebolinha (ARAÚJO

NETO et al., 2010), coentro (TAVELLA et al., 2010), repolho (MAROUELLI et al.,

2010),tomate (MAROUELLI et al., 2000; HIRATA et al., 2009; KIELING et al., 2009; SILVA

et al., 2009), no entanto, vale ressaltar que a dinâmica da palhada e ciclagem de nutrientes é

muito variável, conforme a posição geográfica do campo de produção, sendo influenciado

pelo clima, fauna, pelos atributos físicos e químicos do solo, altitude, relevo, dentre outros

que são altamente variáveis de região para região.

Como já mencionado sobre as vantagens da presença de palhada sobre o solo, foi

observado por Silva et al. (2009), que estudaram o cultivo isolado e consorciado de adubos

verdes: Crotalaria juncea, Stizolobium aterrimum, Pennisetum glaucum, C. juncea + P.

glaucum, C. juncea + S. aterrimum, P. glaucum + S. aterrimum, para formação de palhada no

cultivo de tomate rasteiro, e obtiveram maior supressão de plantas daninhas quando a palhada

utilizada foi P. glaucum (milheto) devido a maior produção de massa seca (23,8 Mg ha-1),

tanto em cultivo solteiro ou consorciado, e independente da espécie, não houve diferença

significativa na produtividade do tomateiro. Já na produção da beterraba em plantio direto,

houve produtividade superior sobre palhada da mistura de milheto + crotalária, não diferindo

do milheto, que foi cultivado em solteiro (FACTOR et al., 2010).

Em outro trabalho com tomateiro, foram testadas a aveia preta, ervilhaca e nabo

forrageiro em sistemas de cobertura solteiros e consorciados, e as espécies que mais

produziram matéria seca foram: aveia + ervilhaca e aveia solteira, e mesmo assim não houve

diferença significativa na produção de tomate independente dos tratamentos (KIELING et al.,

2009).

Na questão de uso da água, como mencionado por Meirelles (2000), a irrigação

corresponde a 73% do consumo da água doce disponível, e devido às mudanças climáticas,

esta fonte esgotável está reduzindo, e portanto, deve ser utilizada com bom senso, e

economizando na medida do possível. E na agricultura, uma das formas de contribuir, é a

utilização de plantas de cobertura no sistema de plantio direto, e quanto maior a quantidade de

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matéria seca sobre o solo, como o milheto (SILVA et al., 2009) e a aveia preta (KIELING et

al., 2009), maior é a retenção e menor a evaporação de água.

Mais uma vez retratando a maior retenção de água no solo devido a cobertura vegetal

em plantio direto, no trabalho de Marouelli et al. (2010), os autores produziram repolho sobre

quatro quantidades de palha de milho (0,0, 4,5, 9,0, 13,5 Mg ha-1 de matéria seca) e

detectaram economia de água em até 13% da lâmina de água aplicada em todo ciclo da

cultura quando comparado a área sem palhada. E a economia foi maior ainda durante os

primeiros 30 dias após o transplantio das mudas, atingindo 28%. Por outro lado, os

tratamentos não influenciaram na produção do repolho, mesmo na área sem palhada.

Diante de todos esses benefícios mencionados, e resultados de trabalhos favoráveis à

adoção de cobertura vegetal em plantio direto, e devido à inexistência de resultados de

pesquisa em plantio direto de abóbora e beterraba no Oeste Paulista, é que se pretendeu

executar este projeto no município de Dracena-SP.

3 OBJETIVO

Portanto, objetivou-se implantar coberturas vegetais na produção de abóbora e

beterraba em sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH) na região Oeste Paulista.

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4 PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMADE EXECUÇÃO

5 MATERIALE MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido na Universidade Estadual Paulista/ Faculdade de

Ciências Agrárias e Tecnológicas (UNESP/FCAT), localizada no município de Dracena-SP,

região Oeste Paulista (Latitude - 22º 39`42", Longitude - 50º 24`44" e 421 m de altitude).

O clima de Dracena, segundo a classificação de Köeppen é Aw (tropical semiúmido)

(ROLIM et al., 2007), com temperatura e amplitude térmica média ao longo do ano de 22,1°C

e 6,9°C, respectivamente, e as precipitações são desuniformes ao longo do ano, contemplando

de 29 mm em agosto, mês de menor precipitação, ao passo que em janeiro é o de maior, com

pluviosidade média anual de 1.204 mm (CLIMATE-DATA.ORG). O solo é um argissolo

predominantemente arenoso, com 10,5, 7,3 e 82,2% na camada de 0-20 cm, e 14, 7,1 e 78,8%

na camada de 20-40 cm, de argila, silte e areia, respectivamente.

A proposta foi realizar dois cultivos de hortaliças em rotação de cultura com

coberturas vegetais. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados

com parcela subdividida e quatro repetições. A área experimental foi no total de 800 m2 (25 x

32 m).

Na primeira etapa, os tratamentos consistiram de três coberturas vegetais na parcela

(Crotalária juncea, milheto, 70% de C. juncea + 30% de milheto), e dois sistemas de cultivo

na subparcela (plantio direto; plantio convencional: aração, gradagem e encanteirador). Após

a roçagem, foi plantado abóbora ‘Menina Brasileira’ no espaçamento de 2,0 x 2,0 m (Figura

1).

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FIGURA 1. SEMEADURA DAS CULTURAS DE COBERTURA VEGETAL (ADUBO

VERDE) (CROTALÁRIA, MILHETO, 70% DE CROTALÁRIA + 30% DE MILHETO),

CONDUZIDAS ANTES DA IMPLANTAÇÃO DA CULTURA DA ABÓBORA “MENINA

BRASILEIRA” EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL.

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP),

DRACENA-SP, 2019.

Na segunda etapa, após a colheita das abóboras, foi plantado nas mesmas parcelas:

tremoço, aveia branca, e a mistura de 70% de tremoço + 30% de aveia branca, e nas mesmas

subparcelas, os mesmos preparos de solo já citados, e também após a roçagem, ocorrereu o

plantio de beterraba ‘Early Wonder’ no espaçamento de 0,30 x 0,15 m (Figura 2). As

coberturas vegetais foram conduzidas até o início do florescimento, e posteriormente cortadas

com roçadeira manual. Foi implantado irrigação por aspersão.

FIGURA 2. TRANSPLANTIO DA BETERRABA “EARLY WONDER” CULTIVADA EM

SUCESSÃO A DIFERENTES COBERTURAS VEGETAIS (ADUBOS VERDES) SISTEMA

DE PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, 2019.

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As características de solo avaliadas foram: atributos químicos do solo: pH, H+Al, Al, P,

K, Ca, Mg, MO, CTC, SB, V% (RAIJ et al., 2001); atributos físicos do solo: granulometria

(areia, silte, argila), umidade gravimétrica do solo, porosidade total pela saturação do solo

(volume de poros totais do solo ocupado pela água), a microporosidade pelo método da mesa

de tensão com coluna de água de 0,060 kPa, e a macroporosidade será calculada por diferença

entre a porosidade total e a microporosidade, densidade do solo pelo método do anel

volumétrico (EMBRAPA, 1997), resistência do solo à penetração será utilizado penetroLOG

(modelo Falker, Automação Agrícola), taxa de infiltração de água foi determinada usando o

mini-infiltrômetro de disco (ZANG, 1997), agregados: distribuição, estabilidade em água e

diâmetro médio ponderado (ANGERS; MEHUYS, 2000); macrofauna do solo: foi retirado

três blocos de solo de 25 x 25 cm de lado e 10 cm de profundidade (ANDERSON; INGRAN,

1993) em cada parcela experimental, e foi computado a média. Foram contabilizados animais

com tamanho maior que 2 mm, e calculado a densidade da macrofauna, expressa em número

de indivíduos por metro quadrado (indivíduos m-2). Todas estas avaliações foram realizadas

antes e depois da implantação das coberturas vegetais, depois da cultura econômica de estudo,

tanto na época do outono-inverno e primavera-verão.

Determinação de matéria seca das coberturas vegetais: para a avaliação da produção de

matéria seca, as plantas foram roçadas e r e a l i z a d a s amostragem em dois pontos ao acaso em cada

parcela, com o auxílio de um quadrado metálico de 1,0 m² de área, e coletado todo material

contido nesta área delimitada, que foi colocado em saco de papel dentro de estufa com

circulação de ar forçada a 65 °C até atingir massa constante, por aproximadamente 72 h, e,

por fim, aferição da massa, e os resultados expressos em kg ha-1 (TORRES; PEREIRA, 2008).

As características de produção avaliadas foram: da abóbora: comprimento, diâmetro

do bojo, massa e número de frutos por planta, e produtividade (Figura 3); da beterraba:

comprimento, diâmetro e massa da raiz, massa seca das folhas, e produtividade (Figura 4).

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FIGURA 3. AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE PRODUÇÃO EM ABÓBORA

“MENINA BRASILEIRA” CULTIVADA EM SUCESSÃO A DIFERENTES

COBERTURAS VEGETAIS (ADUBOS VERDES) EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

E CONVENCIONAL. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

(FCAT – UNESP), DRACENA-SP, 2019.

FIGURA 4. AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE PRODUÇÃO EM BETERRABA

“EARLY WONDER” CULTIVADA EM SUCESSÃO A DIFERENTES COBERTURAS

VEGETAIS (ADUBOS VERDES) EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E

CONVENCIONAL. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

(FCAT – UNESP), DRACENA-SP, 2019.

Os dados foram submetidos a análise de variância, e quando houve diferença

significativa, foi aplicado teste de Tukey para as coberturas vegetais, e teste t para os sistemas de

plantio, todos ao nível de 5% de probabilidade.

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6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1 Produção de palhada

A produção de palhada para plantio direto não foi influenciada de maneira significativa (p >

0,05) pelas culturas de cobertura (adubo verde), com média de 2,3 t ha-1 (Tabela 1), sendo estes

resultados distintos aos obtidos por Teixeira et al., (2009), que observaram maior quantidade de

fitomassa seca a partir do cultivo conjunto de crotalária e milheto (12,45 Mg ha-1) em relação ao

cultivo de milheto solteiro (6,90 Mg ha-1). Rodrigues e Pereira (2008) ao avaliarem a produção de

massa seca de diferentes culturas de cobertura no cerrado observaram tendências distintas em dois

anos agrícolas avaliados, onde no primeiro ano o milheto apresentou valores mais elevados em

relação à crotalária, entretanto, no segundo ano, as culturas apresentaram produção semelhante de

palhada.

TABELA 1. PRODUÇÃO DE PALHADA PARA PLANTIO DIRETO DE ABÓBORA

‘MENINA BRASILEIRA’ EM FUNÇÃO DAS CULTURAS DE COBERTURA (ADUBOS

VERDES). DRACENA-SP, 2019.

Adubo verde Palhada (t ha-1)Crotalária 2,0 a¹70% crotalária + 30% milheto 2,4 aMilheto 2,5 aCV(%)² 22,7DMS³ 0,9Média 2,3¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade²CV: coeficiente de variação.³DMS: diferença mínima significativa.

Não houve diferença significativa em função dos adubos tremoço, 70% tremoço + 30%

aveia e aveia branca, onde obtiveram uma média de 1,1 t ha-1 (Tabela 2). Estas são caracterizadas

como cultura de inverno, diferente do clima da cidade de Dracena-SP que apresenta altas

temperaturas, sofrendo florescimento precoce necessitando assim da roçagem quando havia

formado pouca massa verde. Concordando com Ziech et al (2015) que não obtiveram resultados

significativos quanto a massa seca, com média de 3,0 t ha-1. Discordando de Demétrio et al (2012)

que obtiveram média de 16,3 t ha-1 de palhada de aveia branca com corte no pleno florescimento,

este justifica-se pelo plantio realizado na cidade se Santa Elena-PR que apresentou na época

temperatura média de 17,5ºC, diferente das temperaturas do local de plantio do experimento que é

caracterizado por temperaturas elevadas.

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TABELA 2. PRODUÇÃO DE PALHADA PARA PLANTIO DIRETO DE BETERRABA

EM FUNÇÃO DAS CULTURAS DE COBERTURA (ADUBOS VERDES). DRACENA-SP,

2019.

Preparo do solo Palhada (t ha-¹)

tremoço 1,0 a¹

70% tremoço + 30% aveia branca 1,1 a

aveia branca 1,2 a

CV1(%)² 13,1

CV2(%)² 17,6

DMS³ 0,4

Média 1,1

¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% deprobabilidade.

²CV: coeficiente de variação.

³DMS: diferença mínima significativa.

Houve diferença significativa quanto ao sistema de cultivo para a característica da palhada,

onde o sistema convencional apresentou produtividade de 1,4 t ha-1, este resultado foi superior ao

sistema de plantio direto, que possivelmente foi devido ser um solo menos denso que favoreceu o

desenvolvimento das raízes e principalmente por se tratar do início da construção da física do solo

(Tabela 3). Em estudo Muller et al (2001) concluíram que a compactação do solo afetou diretamente

na produção de massa seca dos adubos tremoço e aveia branca.

TABELA 3. PRODUÇÃO DE PALHADA PARA PLANTIO DIRETO DE BETERRABA

EM DO PREPARO DO SOLO. DRACENA-SP, 2019.

Preparo do solo Palhada (t ha-¹)

convencional 1,4 a¹

direto 0,8 b

CV1(%)² 13,1

CV2(%)² 17,6

DMS³ 0,2

Média 1,1

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¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de t a 5% deprobabilidade.

²CV: coeficiente de variação.

³DMS: diferença mínima significativa.

6.2 Macrofauna

Para a macrofauna, também não foram observados efeitos significativos (p > 0,05) em

função da cultura utilizada como adubo verde, observado média de 138,7 indivíduos maiores que 2

mm m-2 (Tabela 4). Assim, os resultados obtidos diferem daqueles observados por Santos et al. (2008)

que, ao avaliarem a macrofauna presente em áreas com diferentes coberturas de solo visando

plantio direto, obtiveram maior densidade de indivíduos quando da utilização da crotalária em

comparação com as culturas de braquiária em solteiro, braquiária em consórcio com milho, sorgo,

estilosantes, guandu, milheto e mombaça. Os autores justificam esta tendência pelas diferentes

condições de temperatura, umidade e estado de decomposição da palhada no momento da coleta dos

dados.

TABELA 4. MACROFAUNA EM FUNÇÃO DOS ADUBOS VERDES PARA PALHADA

NO PLANTIO DIRETO DEABÓBORA ‘MENINA BRASILEIRA’. DRACENA-SP, 2019.

Adubo verde Macrofauna (indivíduos m-2)Crotalária 124 a¹70% crotalária + 30% milheto 160 aMilheto 132 aCV(%)² 30,7DMS³ 67,4Média 138,7¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade²CV: coeficiente de variação.³DMS: diferença mínima significativa.

Em relação ao preparo do solo, também não foram observados efeitos significativos (p >

0,05) sobre a macrofauna (Tabela 5). Resultados diferentes foram observados por Silva et al.,

(2007), que concluíram que uso de plantas de cobertura no plantio direto de mandioca proporciona

condições para a recomposição da comunidade de macrofauna invertebrada do solo.

TABELA 5. MACROFAUNA EM FUNÇÃO DO PREPARO DO SOLO PARA PLANTIO

DEABÓBORA ‘MENINA BRASILEIRA’. DRACENA-SP, 2019.

Sistema de plantio Macrofauna (indivíduos m-2)Convencional 130 a¹

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Direto 147 aCV(%)² 30,7DMS³ 44,6Média 138,7¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade²CV: coeficiente de variação.³DMS: diferença mínima significativa.

Houve efeito significativo em relação ao preparo de solo (p > 0,05) sobre a macrofauna com

maiores números de indivíduos por m-2 no cultivo direto (Tabela 6), segundo Alves et al., 2016 a

partir do uso contínuo do sistema de plantio direto, das mudanças do solo e acúmulo de matéria

orgânica ao longo dos anos, elevam o número de indivíduos da macrofauna.

Também apresentou efeito significativo em relação (p > 0,05) em função da cultura utilizada

como adubo verde (Tabela 6), resultados também observados por Santos et al. (2008), porem no

presente trabalho com melhor resultado na combinação de 70% crotalaria + 30% milheto.

TABELA 6. MACROFAUNA LOGO AO TRANSPLANTIO DA BETERRAB EMFUNÇÃO DOS ADUBOS VERDES PARA PALHADA E SISTEMAS DEPLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL PARA BETERRABA ‘EARLYWONDER’. DRACENA-SP, 2019.

6.3 Produção da abobora e da beterraba

Para a cultura da abobora, os componentes de produção avaliados, os sistemas de plantio

influenciaram de forma significativa (p < 0,05) apenas no diâmetro do bojo (DB) e a massa de fruto

(MF), sendo que, para ambos os casos, o sistema de plantio direto proporcionou resultados

superiores, com acréscimos de 2,1 cm e 0,3 kg, respectivamente, em relação ao convencional

(Tabela 7).

TABELA 7. NÚMERO DE FRUTOS POR PLANTA (NFPL), COMPRIMENTO DE

FRUTO (CF), DIÂMETRO DO “PESCOÇO” (DF), DIÂMETRO DO BOJO (DB), MASSA

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DE FRUTO (MF), PRODUÇÃO POR PLANTA (PDPL), PRODUTIVIDADE (PD) DE

ABÓBORA ‘MENINA BRASILEIRA’ EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE PLANTIO.

DRACENA-SP, 2019.

Preparo do soloNFPL

CF(cm)

DF(cm)

DBOJO(cm)

MF(Kg)

PDPL(Kg)

PD(t ha-1)

convencional 5,0 a¹ 34,8 a 23,4 a 36,8 b 1,9 b 9,5 a 31,6 adireto 4,6 a 36,3 a 24,4 a 38,9 a 2,2 a 10,0 a 33,5 a

CV1(%)² 16,5 11,1 6,5 5,1 7,8 6,4 6,4CV2(%)² 33,4 7,3 4,5 5,1 13,8 31,2 31,3DMS³ 1,3 2,5 1,0 1,6 0,2 2,5 8,3Média 4,8 35,6 23,9 37,8 2,1 9,8 32,5

¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

²CV: coeficiente de variação.

³DMS: diferença mínima significativa.

Apesar das respostas não significativas, sobretudo à produtividade, vale ressaltar os

benefícios do plantio direto à cultura e ao solo em relação ao convencional, já relatados por diversos

autores (ALVARENGA et al., 1995; SILVA et al., 2009; ECHER et al., 2016; FAYAD et al., 2016),

que tendem a ser responsáveis pelas respostas positivas obtidas para o diâmetro do “bojo” e a massa

de fruto (Tabela 7), com a manutenção de cobertura no solo, protege contra erosões,

proporcionando a manutenção de água no solo, redução da amplitude térmica, redução de plantas

espontâneas e melhora nos aspectos químicos, físicos e biológicos (ALVARENGA et al., 1995;

ECHER et al., 2016). Entretanto, há tendência que os resultados em geral passem a ser mais

expressivos após cultivo consecutivo em sistema de plantio direto, tendo em vista as melhorias em

longo prazo, proporcionadas pelo sistema, sobretudo no acúmulo de matéria orgânica no solo

(FAYAD et al., 2016).

Diversos autores constataram melhorias do sistema de plantio direto sobre a produção de

culturas hortícolas, como no tomateiro (SILVA et al., 2009), berinjela (ECHER et al., 2016),

beterraba (FACTOR et al., 2010), dentre outros. Vale ressaltar ainda os menores custos advindos da

utilização do sistema (SILVEIRA et al., 2015), sobretudo à medida que a área se mantenha em SPD

ao longo de anos sucessivos (MATTOSO et al., 2001) e a influência direta do sistema na redução

das emissões de CO2 (OLIVEIROS, 2008; CARVALHO et al., 2009).

Ainda em relação aos componentes de produção avaliados, não houve interferência

significativa das culturas de cobertura (adubo verde) utilizadas no plantio direto observado médias

de 4,8 frutos por planta, 35,6 cm de comprimento de fruto, 23,9 de diâmetro do “pescoço”, 37,8

diâmetro do bojo, 201 kg massa de fruto, 9,8 kg de frutos por planta e 32,5 t ha-1 de abóbora ‘Menina

brasileira’ (Tabela 8).

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TABELA 8. NÚMERO DE FRUTOS POR PLANTA (NFPL), COMPRIMENTO DE

FRUTO (CF), DIÂMETRO DO “PESCOÇO” (DF), DIÂMETRO DO BOJO (DBOJO),

MASSA DE FRUTO (MF), PRODUÇÃO POR PLANTA (PDPL), PRODUTIVIDADE (PD)

DE ABÓBORA ‘MENINA BRASILEIRA’ EM FUNÇÃO DOS ADUBOS VERDES.

DRACENA-SP, 2019.

Adubo verde NFPL CF(cm)

DF(cm)

DBOJO(cm)

MF(kg)

PDPL(kg)

PD(t ha-1)

Crotalária 5,1 a¹ 34,3 a 23,2 a 37,4 a 2,0 a 9,7 a 32,3 a70% crotalaria + 30% milheto 4,8 a 35,4 a 24,2 a 38,6 a 2,1 a 10,0 a 33,4 aMilheto 4,6 a 37,0 a 24,2 a 37,5 a 2,1 a 9,6 a 31,9 aCV(%)² 31,7 7,9 4,8 5,1 13,2 29,2 29,2DMS³ 1,9 3,7 1,5 2,5 0,4 3,7 12,4Média 4,8 35,6 23,9 37,8 2,1 9,8 32,5¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade²CV: coeficiente de variação.³DMS: diferença mínima significativa.

Para a produção de beterraba, observou-se diferença significativa quanto a massa seca das

folhas (MSF), diâmetro da beterraba (DB), massa da beterraba (MB) e produtividade (PD) sendo

superior no sistema convencional de preparo do solo. Porém não houve diferença significativa

quanto ao sistema de cultivo no comprimento da beterraba (CB), que obteve média de 5,1 cm

(Tabela 9). A produtividade da mesma cultivar obtida por Purqueiro et al (2009) em plantio direto

tendo como palhada Brachiaria sp. e aplicação de molibdênio e nitrogênio foi superior ao desse

estudo, que obtiveram média de 53 t ha-1 e 57 t ha-1, respectivamente. Factor et al (2010) por sua

vez em plantio direto com diferentes adubos verdes, obtiveram sobre resultados no mix de crotalária

e milheto, produtividade de 56,7 t ha-1 e com palhada de milho de 54,7 t ha-1, que não diferiram do

milheto e crotalária 50,7 e 40,8 t ha-1, respectivamente. Nesse mesmo estudo, os autores

concluiram que sobre palhada de milho obtiveram 239,7 g que não diferiu significamente do

milheto e crotalária 214,3 e 185,5 g quanto a massa da beterraba, respectivamente.

TABELA 9. MASSA SECA DE FOLHAS POR PLANTA (MSF), COMPRIMENTO (CB),

DIÂMETRO (DB) E MASSA DA BETERRABA (MB), E PRODUTIVIDADE (PD) EM

FUNÇÃO DO PREPARO DO SOLO. DRACENA-SP, 2019.

Preparo do solo MSF (g) CB (cm) DB (cm) MB (g) PD (t ha-1)

convencional 17,2 a¹ 5,3 a 6,1 a 129,7 a 32,4 a

direto 11,0 b 4,9 a 5,5 b 99,9 b 25,0 b

CV1(%)² 13,8 6,8 4,0 12,1 12,0

CV2(%)² 24,4 9,4 10,1 30,2 30,1

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DMS³ 2,6 0,3 0,4 23,9 5,9

Média 14 5,1 5,8 114,8 28,7

¹Médias seguidas por mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de t a 5% deprobabilidade.

²CV: coeficiente de variação.

³DMS: diferença mínima significativa.

6.4 Caracterização inicial, porosidade e densidade do solo

Diversos autores sugerem que as principais finalidades do uso de adubação verde para as

culturas são o fornecimento de nutrientes e as melhorias proporcionadas pelas plantas ao solo, que

tendem a influenciar positivamente o desempenho agronômico das culturas. Assim, é possível

inferir que tanto o uso da crotalária quanto do milheto, tal como a mistura de ambos na proporção

7:3, exerceram nível parecido de influência nos fatores em questão, nas condições do presente

estudo.

Autores como Mateus e Wutke (2006) e Silva et al. (2006), dentre outros, sugerem que o uso

de leguminosas como adubo verde proporcionam maior disponibilidade de nitrogênio a cultura em

relação às gramíneas, sobretudo em função da fixação biológica do nutriente, assim, é possível

constatar que a adubação realizada à cultura no presente estudo, que foi igual em todos os

tratamentos, foi suficiente para suprir a demanda da abóbora. A exemplo, Castro et al. (2004)

avaliando milheto, crotalária e vegetação espontânea como adubo verde para a cultura da berinjela,

concluíram em seu trabalho que o uso da crotalária apresentou suprimento de N suficiente para

compensar todo o nutriente exportado pela cultura.

A caracterização inicial do solo da área experimental, avaliada para fins de comparação em

setembro de 2018, antes da semeadura dos adubos verdes, com relação ao percentual de macroporos,

microporos, porosidade total e a densidade do solo (cm-3) nas camadas de 0 a 0,10; 0,10 a 0,20 e

0,20 a 0,4 m seguem representada na Tabela 10, após o plantio dos adubos verdes (Tabela 11), após

os adubos verdes de inverno (Tabela 12) e após a colheita da beterraba (Tabela 13).

Os valores de porosidade (macro, micro, total) e densidade do solo estão dentro dos limites

considerados ideais segundo Tormenta (2002) para um bom desenvolvimento das culturas. O solo

estudado possui textura arenosa (Areia = 82%, Silte = 6% e Argila = 12%) e portanto, é natural a

macroporosidade do solo ser superior a microporoisdade, acarretando assim uma infiltração muito

maior que a retenção de agua no solo.

TABELA 10. CARACTERIZAÇÃO INICIAL DA ÁREA QUANTO A MACROPOROS,

MICROPOROS, POROSIDADE TOTAL E DENSIDADE DO SOLO PARA IMPLANTAÇÃO

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DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO ANTES DO PLANTIO DOS ADUBOS VERDES.

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-

SP, agosto/2018.

Características 0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 mMacroporos (%) 22,26 26,54 23,91Microporos (%) 16,69 15,43 12,87Porosidade total (%) 39,15 41,97 36,78Densidade do solo (cm-3) 1,46 1,46 1,54

Após a condução do experimento, para macro, micro e porosidade total houve diferença

estatística (tratamento e subparcelas) em todas as camadas estudadas, já para a densidade do solo foi

significativo somente na camada superficial do solo (Tabelas 11).

Para a porosidade total do solo na camada de 0-0,10 m, houve comportamento semelhante

ao observado para a macroporosidade, onde foi possível constatar efeito significativo entre as

coberturas de solo, cujo uso de ambos os adubos verdes em conjunto proporcionou valor superior

para a variável resposta em relação aos demais, apresentando 32,55% de macroporosidade (Tabela

11).

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TABELA 11. MACROPOROSIDADE, MICROPOROSIDADE, POROSIDADE TOTAL E

DENSIDADE DO SOLO NA CAMADA DE 0,00 A 0,10 m APÓS ROÇADA DOS ADUBOS

VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP),

DRACENA-SP, dezembro/2018.

Tratamento (T) Macroporosidade(%)

Microporosidade(%)

Porosidade total(%)

Densidade do solo(g cm-3)

0-0,10 mCrotaláriaMilhetoCrotalária + milheto

20,90 c25,90 b32,55 a

27,03 a23,56 b18,20 c

47,96 c49,44 b50,76 a

1,44 a1,30 b1,32 ab

Subparcelas (S)PDPC

28,94 a23,99 b

21,21 b24,65 b

48,65 b50,12 b

1,341,37

F T

FSF T x S

22,05*20,16*0,202ns

32,96*93,96*0,101ns

96,51*91,33*0,130ns

7,42*2,88ns0,616 ns

CV1 (%)CV2(%)

14,2013,20

13,0013,38

8,207,60

5,902,91

10-0,20 mCrotaláriaMilhetoCrotalária + milheto

18,82 c22,18 b26,26 a

27,15 a25,29 b20,73 c

45,95 c47,42 a46,88 b

1,52 a1,33 b1,41 ab

Subparcelas (S)PDPC

21,53 b23,28 a

23,41 b25,37 a

46,66 b46,84 a

1,421,42

F T

FSF T x S

24,37*42,59*0,193ns

30,53 *14,38*0,130ns

43,32*17,00*0,283ns

8,674*0,026ns0,980ns

CV1 (%)CV2(%)

9,509,30

6,905,20

2,202,40

6,122,64

10-0,20 mCrotaláriaMilhetoCrotalária + milheto

18,82 c22,18 b26,26 a

27,15 a25,29 b20,73 c

45,95 c47,42 a46,88 b

1,52 a1,33 b1,41 ab

Subparcelas (S)PDPC

21,53 b23,28 a

23,41 b25,37 a

46,66 b46,84 a

1,421,42

F T

FSF T x S

24,37*42,59*0,193ns

30,53 *14,38*0,130ns

43,32*17,00*0,283ns

8,674*0,026ns0,980ns

CV1 (%)CV2(%)

9,509,30

6,905,20

2,202,40

6,122,64

* – significativo e NS – não significativo. Médias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

Em relação a densidade do solo que é dada pela relação massa e volume do solo, ou seja,

volume ocupado pelas partículas do solo em um determinado volume; ela depende da estrutura e do

manejo da área, em que permite variações para um mesmo tipo de solo (BONINI & ALVES, 2012).

Em relação aos tratamentos estudados, a crotalária apresentou valores significativamente superiores

em relação ao uso do milheto, entretanto, ambos os tratamentos não diferiram estatisticamente em

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relação ao uso consorciado (cortalária + milheto). Dados deste trabalho estão acima do considerado

ideal (BONINI & ALVES, 2011; RIENZI et al., 2016). No que diz respeito aos sistemas de plantio,

ainda não podemos afirmar o efeito do sistema convencional e/ou direto, contudo devemos ressaltar

que os valores obtidos estão acima do considerado ideal para um bom desenvolvimento radicular.

A densidade do solo foi influenciada pelo adubo verde utilizado, de forma que apenas o

tratamento em que se utilizou a crotalária como adubo verde proporcionou maior densidade em

relação àquela observada na mesma camada do solo antes da implantação do experimento (Tabela

10), na primeira coleta.

Na tabela 12, na coleta após os adubos verdes de inverno, só houve diferença significativa

para a macroporosidade, nas subparcela, onde o plantio convencional foi maior que o plantio direto.

Esse comportamento mostra que as plantas de cobertura de inverno, influenciaram menos que as

utilizadas no verão.

Observou-se o mesmo comportamento após a colheita da beterraba (Tabela 13), pois os

sistemas de manejo do solo houve diferenças estatísticas e os tratamentos não, somente na camada

de (0-0,10m) para a porosidade do solo. Já para o manejo do solo a macroporosidade e a prosidade

total (na camada de 0-0,10m) e macroporosidade (0,20-0,40m). Para a macroporosidade o plantio

direto propiciou maiores valores em relação ao plantio convencional.

Vale ainda lembrar que os dados estão dentro dos parâmetros médios para essa classe de

solo. Para este atributo, os valores estão adequados para crescimento e produtividade da maioria das

culturas, segundo Tormenta et al. (2002). A densidade do solo também está adequada segundo

Bonini (2011) e reduziram em relação a caracterização inicial (Tabela 10) mesmo que

discretamente em alguns tratamentos.

Somente a porosidade total não permite avaliar a qualidade do solo, pois ainda não há

conhecimento da distribuição dos mesmos. Quando se é estudado a macro e microporosidade,

verifica-se que com o aumento da macro tem-se um aumento da micro e indicativo de degradação

da estrutura. Já quando a macro aumenta, a micro diminuiu e o solo reflete uma melhor qualidade e

distribuição dos poros. Neste trabalho, destaca-se que a macroporosidade para todos os tratamentos

o valor de macroporosidade apresentou-se acima de 0,10 m³m-³ (BONINI & ALVES, 2011). Em

trabalho desenvolvido em áreas de Ibiuna e Socorro em sistemas orgânicos, foi verificado valores

semelhantes a este trabalho na distribuição de tamanho de poroso do solo (Valarini et al, 2011).

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TABELA 12. MACROPOROSIDADE, MICROPOROSIDADE, POROSIDADE TOTAL E

DENSIDADE DO SOLO NA CAMADA DE 0,00 A 0,10 m APÓS ROÇADA DOS ADUBOS

VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP),

DRACENA-SP, junho/2019.

Tratamento (T) Macroporosidade(%)

Microporosidade(%)

Porosidade total(%)

Densidade do solo(g cm-3)

0-0,10 mTremoçoAveiaTremoço + Aveia

25,2521,5027,50

16,2517,0016,00

41,5038,7543,25

1,431,491,39

Subparcelas (S)PDPC

22,0027,50

16,3316,50

38,3344,00

1,481,39

F T

FSF T x S

0,789 ns

14,143 ns

0,273 ns

13,000 ns

0,111 ns

1,444 ns

0,487 ns ns

18,6470,113 ns

0,928 ns

10,324 ns

1,068 ns

CV1 (%)CV2(%)

27,5810,23

1,765,28

15,795,52

7,083,43

10-0,20 mTremoçoAveiaTremoço + Aveia

17,0012,5018,00

15,7517,0016,25

33,0029,2534,25

1,571,671,54

Subparcelas (S)PDPC

12,1619,50

16,3316,33

28,6635,66

1,671,52

F T

FSF T x S

3,323 ns

2,230 ns

0,226 ns

0,905 ns

0,000 ns

1,900 ns

5,159 ns

2,279 ns

0,143 ns

15,662 ns

4,996 ns

0,220 ns

CV1 (%)CV2(%)

10,3013,72

8,109,68

7,1224,97

2,097,44

10-0,20 mTremoçoAveiaTremoço + Aveia

11,7516,0013,75

17,0014,5016,25

28,7530,7530,00

1,671,631,65

Subparcelas (S)PDPC

12,00 b15,67 a

16,1615,66

28,3331,33

1,671,63

F TFSF T x S

7,000 ns

12,737*0,500 ns

1,254 ns

1,800 ns

0,600 ns

0,605 ns

23,143 ns

0,643 ns

0,33 ns

18,241 ns

1,690 ns

CV1 (%)CV2(%)

11,6212,86

14,104,06

8,713,62

3,670,94

* – significativo e NS – não significativo. Médias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

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TABELA 13. MACROPOROSIDADE, MICROPOROSIDADE, POROSIDADE TOTAL E

DENSIDADE DO SOLO NA CAMADA DE 0,00 A 0,10 m APÓS ROÇADA DOS ADUBOS

VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP),

DRACENA-SP, setembro/2019.

Tratamento (T) Macroporosidade(%)

Microporosidade(%)

Porosidade total(%)

Densidade do solo(g cm-3)

0-0,10 mTremoço 24,00 17,50 41,50 a 1,50Aveia 30,25 13,50 44,00 a 1,41Tremoço + Aveia 21,75 13,50 35,25 b 1,51Subparcelas (S)PDPC

30,16 a20,50 b

13,6616,00

44,00 a36,50 b

1,431,51

F T

FSF T x S

3,013 ns

10,713*1,398 ns

0,496 ns

1,000 ns

0,082 ns

13,96*24,73*8,838ns

14,117 ns

7,638 ns

1,444 ns

CV1 (%)CV2(%)

20,0320,19

14,2117,25

1,904,36

2,063,69

10-0,20 mTremoço 20,00 16,75 36,50 1,58Aveia 25,25 16,25 41,25 1,47Tremoço + Aveia 20,75 17,50 37,75 1,54Subparcelas (S)PDPC

25,50 a18,50 b

16,0017,66

41,1635,85

1,481,58

F T

FSF T x S

1,236 ns

11,165*1,424 ns

0,080 ns

10,000 ns

1,900 ns

4,343 ns

4,452 ns

0,787 ns

15,039 ns

9,023 ns

2,890 ns

CV1 (%)CV2(%)

13,2116,49

16,405,42

6,1411,37

1,913,89

10-0,20 mTremoço 16,75 a 20,00 37,00 1,57Aveia 18,50 a 16,00 34,50 1,61Tremoço + Aveia 10,75 b 19,75 30,25 1,73Subparcelas (S)PDPC

14,8315,83

17,0020,16

31,6636,16

1,661,61

F T

FSF T x S

264,33*0,783 ns

3,196 ns

0,828 ns

1,285 ns

0,281 ns

1,786 ns

2,837 ns

1,506 ns

1,735 ns

0,213 ns

0,476 ns

CV1 (%)CV2(%)

3,2612,77

26,5026,04

15,0613,64

7,3510,30

* – significativo e NS – não significativo. Médias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

Em suma, o tratamento com a combinação crotalária mais milheto proporcionou até a

camada de 0,20 m do solo, maior macroporosidade e densidade do solo, resultando em um solo

mesmo compactado e com melhor aeração aos demais tratamentos estudados, na primeira coleta

(dez/18) já nas demais o tratamento com aveia foi o mais promissor. Essa evolução da qualidade

dos poros do solo deve-se ao uso conservacionista do solo, como melhor sistema de cultivo devido

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suas vantagens de manejo (não preparação do solo), cobertura por plantas (aumento da

produtividade), resultando na proteção do solo em relação a impactos externos de chuva e ar,

melhorando a relação solo-água-planta.

Para olerícolas, poucos trabalhos são encontrados para a comparação das medias obtidas

neste experimento, mas trabalhos com gramíneas, leguminosas, florestais indicam que o solo em

questão está adequado para cultivo.

6.5 Resistencia a penetração e umidade gravimétrica o solo

A caracterização inicial do solo da área experimental, avaliada para fins de comparação em

setembro de 2018, antes da semeadura dos adubos verdes, com relação a resistência do mesmo a

penetração (Mpa) e umidade gravimétrica (g g-1) nas camadas de 0 a 0,10; 0,10 a 0,20 e 0,20 a 0,4

m seguem representada na Tabela 14 e após preparos de solo e plantio dos adubos verdes (Tabela

15).

TABELA 14. RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO E UMIDADE GRAVIMÉTRICA NA

CARACTERIZAÇÃO INICIAL DA ÁREA ANTES DA IMPLANTAÇÃO DOS PREPAROS DE

SOLO E PLANTIO DOS ADUBOS VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E

TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, agosto/2018.Tratamento (T) Resistência à penetração (Mpa) Umidade gravimétrica (g g-1)

0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 m 0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 mCaracterização inicial 0,30 0,80 0,00 3,94 4,02 5,30

Não foram observados efeitos significativos dos adubos verdes e dos sistemas de plantio

com relação a resistência a penetração nas camadas de 0 a 0,10 e 0,10 a 0,20 m (Tabela 15). Os

dados referentes a compactação do solo, representado pela resistência a penetração mostram que o

solo não está compactado, este teste foi realizado juntamente com a umidade gravimétrica do solo

que segundo Bonini e Alves (2012), deve estar próximo a capacidade de campo e para esta área em

torno de 14% da umidade gravimétrica. Ainda os mesmo autores afirmam que a determinação da

umidade do solo no momento da avaliação da resistência do solo à penetração é fundamental para

se realizar adequadamente a interpretação dos resultados encontrados. Neste trabalho, a umidade

gravimétrica foi influenciada de forma significativa tanto pelos adubos verdes quanto pelos sistemas

de plantio em todas as profundidades de solo estudadas (Tabela 15), sendo que todos os tratamentos

elevaram a variável resposta em relação à analise previamente realizada (Tabela 14).

Para a resistência mecânica a penetração (Figura 5a e 5b) estão apresentadas as médias de

todos os tratamentos, pois os valores não diferiram e por isso estão apresentados dados médios das

camadas de 0-0,10m, 0,10-0,20m e 0,20-0,40m, com exceção da camada de 0,10-0,20m que

apresentaram nos tratamentos crotalária e na combinação crotalária + milheto valores superiores.

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Observa-se que, após os tratamentos, houve aumento da resistência em todas as camadas de solo

estudada e este efeito pode ser observado na Figura 5.

Caracterização inicial (A) Após adubos verdes (B)

FIGURA 5. VALORES MÉDIOS DE RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO NACARACTERIZAÇÃO INICIAL (A) E APÓS A COLHEITA DE ADUBOSVERDES (B). FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS ETECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, 2019.

TABELA 15. RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO E UMIDADE GRAVIMÉTRICA NA

CARACTERIZAÇÃO INICIAL DA ÁREA ANTES DA IMPLANTAÇÃO DOS PREPAROS DE

SOLO E PLANTIO DOS ADUBOS VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E

TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, 2018-19.

Tratamento (T) Resistência à penetração (Mpa) Umidade gravimétrica (g g-1)0-0,10m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 m 0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 m

Dezembro/2018Crotalaria 0,55 2,18 0,18 1,62 a 1,49 c 1,42 aMilheto 0,75 0,48 0,08 1,40 b 1,56 b 1,43 aCrotalaria + milheto 0,54 2,16 0,15 1,39 b 1,66 a 1,32 bSubparcelas (S)PD 0,62 1,58 0,17 a 1,59 a 1,41 b 1,37 bPC 0,60 1,64 0,08b 1,36 b 1,73 a 1,40 aF T 11,458ns 11,397ns 4,097ns 33,54* 16,29* 57,65*FS 3,057ns 2,169ns 13,467* 55,42* 15,03* 10,89*F T x S 4,150ns 13,149ns 2,827ns 21,64ns 56,97ns 31,43nsCV1 (%) 19,43 12,97 19,46 1,35 1,17 1,55CV2(%) 10,02 15,01 12,30 1,63 1,26 1,57

Junho/2019Tremoço 0,20 0,50 0,20 1,79 2,16 2,28Aveia 0,23 0,00 0,00 1,99 1,95 2,11Tremoço + Aveia 0,21 0,16 0,03 1,57 2,04 1,94

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Subparcelas (S)PD 0,25 0,31 0,14 1,80 2,15 2,20PC 0,19 0,13 0,01 1,76 1,94 2,02F T 0,220 ns 5,714 ns 1,000 ns 1,103 ns 0,075 ns 1,048 ns

FS 0,512 ns 1,378 ns 3,509 ns 0,124 ns 2,418 ns 1,750 ns

F T x S 0,550 ns 0,422 ns 5,160 ns 0,298 ns 3,075 ns 3,076 ns

CV1 (%) 17,23 13,77 19,34 12,57 17,59 15,71CV2(%) 10,32 16,09 19,76 13,31 11,05 10,63

Setembro/2019Tremoço 0,42 b 0,44 0,00 2,52 2,60 2,57Aveia 0,63 a 0,96 0,38 1,89 2,48 2,48Tremoço + Aveia 0,39 b 0,45 0,00 2,13 2,18 2,39Subparcelas (S)PD 0,52 0,70 0,17 2,15 2,30 b 2,39 bPC 0,44 0,52 0,08 2,21 2,54 a 2,57 aF T 37,656* 0,605 ns 1,000 ns 5,350 ns 2,325 ns 0,261 ns

FS 0,195 ns 0,200 ns 0,249 ns 1,788 ns 11,618* 12,261*F T x S 0,331 ns 0,223 ns 0,249 ns 13,801 ns 5,034 ns 0,232 ns

CV1 (%) 12,63 17,57 14,89 17,73 16,82 10,11CV2(%) 17,43 15,63 13,35 5,46 7,02 5,03* – significativo e NS – não significativo. Medias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

Na camada de 0,20 a 0,40 m de profundidade, houveram incrementos na resistência do solo

a penetração em relação a análise prévia para todos os tratamento, entretanto, diferentemente do

ocorrido para as camadas mais superficiais, o manejo do solo apresentou influência significativa em

relação à variável resposta, onde o sistema de plantio convencional proporcionou resistência de 0,08

Mpa, sendo esta inferior aos 0,17 Mpa observados para o sistema de plantio direto (Tabela 15) na

coleta de dezembro/2018. Na demais coletas, junho e setembro/2019, os valores foram muitos

baixos, alguns até com nenhuma resistência a penetração, esse comportamento mostra que os

tratamentos estão reduzindo esses valores, pois a umidade do solo manteve-se semelhante nas duas

coletas posteriores (Tabela 15).

O sistema de plantio direto influencia positivamente a distribuição do tamanho dos poros e

com isso, a retenção de agua é maior quando não há revolvimento do solo para preparo da área, este

efeito pode ser observado na camada de 0,20-0,40m (Tabela 13).

Para a resistência mecânica a penetração os dados médios nas camadas de solo estudadas (0-

0,10m, 0,10-0,20m e 0,20-0,40m) estão abaixo de 2 Mpa que é o valor critico proposto por

Canarache (1990), com exceção da camada de 0,10-0,20m que apresentaram nos tratamentos

crotalária e na combinação crotalária+milheto valores superiores, mas próximos do limite mínimo,

na primeira coleta, já nas demais os valores estão abaixo do considerado limitante para o

crescimento de raízes.

6.6 Infiltração de agua no solo

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Na caracterização inicial da área experimental, em setembro de 2018, foi constatada uma

taxa de infiltração média acumulada de 120,44 cm h-1 que segundo Brandão et al. (2006 é um valor

médio para solos de textura media a arenosa cultivado por hortaliças e/ou cultura anuais.

Assim, ao analisar a taxa de infiltração após a condução dos adubos verdes foi possível notar

que os valores se elevaram, independentemente do adubo verde cultivado (Tabela 16). Entretanto,

no que diz respeito aos sistemas de plantio, ao realizar o plantio direto, houve redução na taxa de

infiltração de água no solo em relação ao valor obtido antes da semeadura, comportamento distinto

ao observado no sistema convencional (Tabela 16). Entretanto, todos os tratamentos não estão na

faixa de infiltração de agua proposto por Brandão et al. (2006) para um bom manejo do solo e agua

e superiores aos encontrados por Arcoverde et al (2015).

TABELA 16. INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO EM FUNÇÃO DOS ADUBOS VERDES.

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-

SP, 2018-19.

Tratamento (T) Infiltração de água no solo (cm/h)Dezembro/2018

Crotalária 125,99 cMilheto 136,47 bCrotalária + milheto 157,73 aSubparcelas (S)PD 106,55 bPC 173, 58 aF T 70,622*FS 90,987*F T x S 32,333*CV1 (%) 6,8CV2(%) 2,4

Junho/2019Tremoço 148,58Aveia 241,35Tremoço + Aveia 178,22Subparcelas (S)PD 196,46PC 182,30F T 6,073 ns

FS 0,370nsF T x S 0,908 ns

CV1 (%) 18,72CV2(%) 20,13

setembro/2019Tremoço 182,55Aveia 199,52Tremoço + Aveia 167,43Subparcelas (S)PD 186,12PC 180,21F T 11,611ns

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FS 0,079 ns

F T x S 0,067 ns

CV1 (%) 7,28CV2(%) 18,15* – significativo e NS – não significativo. Médiasseguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

A taxa de infiltração de água no solo respondeu aos adubos verdes de forma dependente em

relação aos sistemas de plantio, ou seja, constatou-se interação significativa entre os fatores (Tabela

16).

Houve significância para a interação sistemas de cultivo x plantas de cobertura (Tabela 17).

Ao efetuar o desdobramento da interação entre os adubos verdes e os sistemas de plantio, constata-

se que as maiores taxas de infiltração média acumulada foram obtidas para os tratamentos

conduzidos em sistema de plantio convencional e, dentro disso, o adubo verde formado pela

combinação crotalária + milheto proporcionou maior taxa média de infiltração, alcançando média

de 203,77 cm h-1 (Tabela 17).

Nas coletas seguintes (junho/2019 e setembro/2019) após os adubos verdes de inverno e pos

a colheita da beterraba, respectivamente, não houve diferença significativa entre os tratamentos e

subparcelas estudados (Tabela 16). As medias obtidas de infiltração de agua no solo obtidas estão

de acordo com os valores médios propostos por Brandão et al. (2006).

Os resultados de infiltração de agua no solo corroboram com a macroporosidade e a

densidade do solo (Tabela 11), a maiores taxas de infiltração de agua no solo são encontrados em

solos com maior macroporosidade.

TABELA 17. DESDOBRAMENTO DA INTERAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PLANTIO E

ADUBOS VERDES NA TAXA DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO. FACULDADE DE

CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, dezembro/2018.

Tratamento/subparcela PD PCCrotalariaMilheto

Crotalária+milheto

97,27 bA110,69bA111,69bA

154,71 aC162,26 aB203,77 aA

Médias seguidas por letras distintas minúsculas e maiúsculas nas linhas e colunas, respectivamente,diferementre si pelo teste de Tukey a 5%.

6.7 Diâmetro médio ponderado dos agregados de solo (DMP)

As médias do diâmetro médio ponderado (DMP) dos agregados do solo (mm), avaliado para

fins de comparação em setembro de 2018, antes da semeadura dos adubos verdes, nas camadas de 0

a 0,10; 0,10 a 0,20 e 0,20 a 0,4 m seguem representada na Tabela 18 e após o plantio dos adubos

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verdes de verão, adubos verdes de inverno e após colheita da beterraba estão apresentados na

Tabela 19.

O diâmetro dos agregados do solo foi influenciado de maneira significativa tanto pelos

adubos verdes quanto pelos sistemas de plantio, com exceção à profundidade de 0,10 a 0,20 m,

onde não foi observado efeito dos sistemas de semeadura para a variável resposta. Não foram

observadas interações significativas entre os adubos verdes e os sistemas de cultivo para o diâmetro

dos agregados em nenhuma das camadas de solo analisadas (Tabela 19), na coleta de

dezembro/2018, já nas coletas seguintes não houve significância para os tratamentos estudados, mas

o sistema de cultivo influenciou na última camada estudada (junho/2019). Na última coleta

(setembro/2019) somente na última camada houve significância para os tratamentos estudados.

Resultados obtidos neste trabalho discordam de Kiehl (1979) que o solo para ter uma boa

qualidade deve apresentar valores de DMP igual e/ou maior que 2 mm. Já segundo Arcoverde et al.

(2015), trabalhando com atributos do solo na Região Semiárida do Estado da Bahia, classificaram

os DMP em bom (1,45-1,60 mm), regular (1,45-1,00 mm) e ruim (<1,00 mm) e segundo este

trabalho, os dados deste trabalho os tratamentos de milheto e a combinação milheto+crotalária estão

classificados como bom e regular e somente a crotalária como ruim.

Esses resultados mostram que o sistema radicular das gramíneas tem um ciclo mais curto e

libera para o solo mais quantidade de agentes cimentantes favorecendo a floculação do solo.

Com isso, podemos afirmar que a análise integrada dos atributos do solo pode constituir-se

em ferramenta importante para avaliar a qualidade do mesmo e o manejo adequado do mesmo a

sustentabilidade de todo sistema de produção.

TABELA 18. DIÂMETRO DOS AGREGADOS DO SOLO ANTES DA IMPLANTAÇÃO DOS

PREPAROS DE SOLO E PLANTIO DOS ADUBOS VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS

AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-SP, agosto/2018.

Tratamento (T) Diâmetro médio ponderado (DMP) (mm)0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 m

Caracterização inicial 4,16 3,54 2,53

TABELA 19. DIÂMETRO DOS AGREGADOS DO SOLO EM FUNÇÃO DOS ADUBOS

VERDES. FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP),

DRACENA-SP, 2018-19.

Tratamento (T) Diâmetro médio ponderado (DMP) (mm)0-0,10 m 0,10-0,20 m 0,20-0,40 m

Dezembro/2018Crotalaria 0,88 b 0,51 c 0,31 cMilheto 1,67 a 2,31 a 1,41 aCrotalaria + milheto 1,61 a 1,18 b 1,22 b

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Subparcelas (S)PD 1,29 b 1,34 0,85 bPC 1,40 a 1,33 1,10 aF T 24,27* 82,39* 64,17*FS 40,31* 1,28ns 51,15*F T x S 0,100ns 0,142ns 0,200nsCV1 (%) 5,77 2,12 6,70CV2(%) 5,07 1,75 8,50

Junho/2019Tremoço 2,36 2,54 2,53Aveia 2,65 2,44 2,51tremoço + aveia 2,60 2,59 2,39Subparcelas (S)PD 2,54 2,41 2,32 bPC 2,58 2,63 2,63 aF T 2,703 ns 1,896 ns 0,403 ns

FS 0,576 ns 1,165 ns 61,149*F T x S 1,524 ns 0,322 ns 21,936*CV1 (%) 7,13 4,53 9,78CV2(%) 3,57 13,66 2,80

setembro/2019Tremoço 2,53 2,45 2,24 bAveia 3,07 2,54 2,67 atremoço + aveia 2,61 2,61 2,34 abSubparcelas (S)PD 2,75 2,50 2,42PC 2,73 2,56 2,42F T 6,579 ns 0,100 ns 27,004*FS 0,014 ns 0,702 ns 0,001 ns

F T x S 0,668 ns 7,081 ns 0,184 ns

CV1 (%) 8,20 10,98 3,57CV2(%) 8,04 5,03 12,94* – significativo e NS – não significativo. Medias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey a 5%.

TABELA 20. DESDOBRAMENTO DA INTERAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE PLANTIO E

ADUBOS VERDES NO DMP – DIÂMETRO MÉDIO PONDERADO (0,20-0,40m).

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS (FCAT – UNESP), DRACENA-

SP, junho/2019.

Tratamento/subparcela PD PCTremoço 2,22 aB 2,85 aA

Aveia 2,35 aB 2,67 aA

Tremoço + Aveia 2,40 aA 2,38 aA

Médias seguidas por letras distintas minúsculas e maiúsculas nas linhas e colunas, respectivamente, diferementre si pelo teste de Tukey a 5%.

7 CONCLUSÕES

A realização do plantio direto, independente da cultura utilizada como adubo verde

(produção da palhada), proporcionou maior diâmetro de bojo e peso de frutos na cultura da abóbora

‘Menina brasileira’, entretanto, tais acréscimos não se traduziram em produtividade.

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Para a cultura da beterraba o sistema convencional proporcionou melhores resultados as

analise de produção avaliados, principalmente produtividade, 32,4 t ha-¹, mas vale destacar foi o

primeiro ano de cultivo em plantio direto, e que normalmente os benefícios se detectam após alguns

anos de cultivo.

O plantio convencional proporcionou melhor aeração do solo, mas a sustentabilidade do

sistema não é garantida.

Os sistemas de preparo e as plantas de cobertura utilizadas influenciaram os atributos do

solo.

A densidade do solo reduziu após o cultivo das plantas de cobertura; a infiltração de agua e a

resistência do solo no solo aumentaram após o cultivo das plantas de cobertura;

O plantio convencional proporcionou melhor aeração do solo, mas a sustentabilidade do

sistema não é garantida.

O tratamento que se destacou em influenciar positivamente os atributos do solo foi com uso

da aveia, exceto para a resistência a penetração.

8 AGRADECIMENTOS

Os agradecimentos são oferecidos principalmente à Fundação Agrisus - Agricultura

Sustentável (Processo Agrisus: n° 2537/18), à SEPROTEC (Seprotec Comércio Produção e Técnica

de Sementes Ltda), à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a toda

equipe vinculada ao projeto.

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, R.C.; COSTA, L.M. ; MOURA FILHO, W.; REGAZZI, A.J. Características

de alguns adubos verdes de interesse para a conservação e recuperação de solos. Pesquisa

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