criação teórica

75
Comunicação e Persuasão

Upload: celso-figueiredo

Post on 30-Apr-2015

2.080 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Modelos de persuasão, desde Aristoteles até os dias de hoje. Mostra como se processam os sistemas persuasivos para penetrar na mente do consumidor.

TRANSCRIPT

Page 1: Criação teórica

Comunicação e Persuasão

Page 2: Criação teórica

Qualquer que seja o objeto de persuasão, é

mister ter em conta a pessoa a quem se quer

persuadir; é preciso conhecer seu espírito e

seu coração, que princípios ela abraça, que

coisas ela ama; e em seguida assinalar na

coisa de que se trata, que relações ela tem

com os princípios reconhecidos, ou com os

objetos deliciosos pelos encantos que se lhe

atribuem. De sorte que a arte de persuadir

consiste antes em concordar do que em

convencer, assim como os homens se

governam mais por capricho que por razão.

(PASCAL A Arte de Persuadir)

Page 3: Criação teórica

Vamos beber um pouco do conhecimento dos gregos.

Aristóteles: Arte Retórica, Arte Poética

Processo quadrifásico de persuasão

Page 4: Criação teórica

Assim, na Grécia há 2300 anos

• Exórdio – visa chamar a atenção

• Narração – para provocar interesse

• Provas – justifica o desejo

• Peroração – reforça e conduz à ação

Page 5: Criação teórica

Nos EUA há menos de 50 anos

• Exórdio – visa chamar a atenção

• Narração – para provocar interesse

• Provas – justifica o desejo

• Peroração – reforça e conduz à ação

Page 6: Criação teórica

Para a AMA (American Marketing Association)

• Atenção• Interesse• Desejo • Ação

Page 7: Criação teórica

Shimp apresenta como:• Atenção – Gerar desejo pela categoria• Interesse – Criar consciência da marca• Desejo – Melhorar atitude e influenciar

intenções• Ação – Facilitar a compra

Page 8: Criação teórica

Exemplo de Anúncio Argumentativo Aristotélico

Page 9: Criação teórica
Page 10: Criação teórica

Consideramos dois perfis distintos de consumidores:

• MPC – Modelo de Processamento do Consumidor

• MEH – Modelo Experimental-hedonista

Page 11: Criação teórica

MCP (modelo de processamento do consumidor)

• Frio

• Calculista

• Cognitivo

• Racional

• Abordagem técnica

• Normalmente já tem interesse no produto

Page 12: Criação teórica
Page 13: Criação teórica

MEH (modelo experimental hedonista)

• Quente

• Emocional

• Diversão

• Fantasia

• Sentimentos

Page 14: Criação teórica

Shimp destrincha o processo

• Exposição à informação• Atenção seletiva• Compreensão da informação• Concordância com a informação• Retenção da informação• Recuperação (lembrança)• Tomada de decisão• Ação

Page 15: Criação teórica

Elementos de um anúncio

• Título• Imagem• Texto• Assinatura

Page 16: Criação teórica

Criatividade

• É o fator essencial na comunicação

• Diferencia, agrega valor, economiza mídia

• Deve partir do posicionamento desejado

• Deve transmitir uma afirmação básica

Page 17: Criação teórica

O processo criativo

• Parte-se da definição dos diferenciais a serem ressaltados

• Considera-se o posicionamento do produto e de seus concorrentes

• Gera-se uma afirmação básica

• Cria-se o conceito criativo

Page 18: Criação teórica

O processo criativo

• Segue três etapas básicas– brainstorm– incubação– iluminação

• Alguns autores acrescentam duas etapas:– pesquisa/análise– checagem/ajuste

Page 19: Criação teórica

O brainstorm

• Muitos acreditam que se dá em processo linear

• As idéias surgem e vão sendo listadas

• EX. vamos criar um anúncio para vender picolé

PICOLÉPraiaVerãoSolCalorSungaSexoSalSucoFrutasMeladoChuvaBuracoRouba monteSorveteiroPalito premiado

Page 20: Criação teórica

O brainstorm

• Na verdade as idéias surgidas podem ser plotadas em dois diferentes eixos de significação

Paradigma - similaridade

Sintagma - contiguidade

Page 21: Criação teórica

Então teríamos para picolé

praiaverão solcalor

sunga

sexo

suor

sal

sucofrutas

melado

chuva

buracoRouba-monte

sorveteiroPalito premiado

Page 22: Criação teórica

brainstorm

• Embora seja uma abordagem qualitativa

• não conseguimos entender a estrutura do pensamento

• mas podemos agrupar por temas

• e seguir a estrutura dos tecidos

Page 23: Criação teórica

brainstorm

praiaverão

sol calor

sunga

sexosuor

sal

suco

frutas

melado

chuvaburaco

Rouba-monte

sorveteiro

Palito premiadoPICOLÉ

livros

doce

Page 24: Criação teórica

O círculo da obviedade

praiaverão

sol calor

sunga

sexosuor

sal

suco

frutas

melado

chuvaburaco

Rouba-monte

sorveteiro

Palito premiadoPICOLÉ

livros

doce

Correlações diretas demaisnão geram propaganda criativa

Page 25: Criação teórica

O desafio é construir pontes inteligíveis

praiaverão

sol calor

sunga

sexosuor

sal

suco

frutas

melado

chuvaburaco

Rouba-monte

sorveteiro

Palito premiadoPICOLÉ

livros

doce

Aqui surge o conceito criativo

Page 26: Criação teórica

Apenas como exemplo...

M o l h a d o e g o s t o s o

C o m o b e i j o n o v e r ã o

Page 27: Criação teórica

Afirmação Básica

• É o conceito que deverá ficar na mente do consumidor após a veiculação da campanha

• Reflete o posicionamento do produto• Afirma a razão de ser daquela

determinada campanha• Outros nomes: USP, promessa básica,

apelo.

Page 28: Criação teórica

Exemplos de Afirmação Básica...

• Nossa marca tem o melhor freio do mercado

• Com nosso produto premium, você vai se sentir um cliente premium

Page 29: Criação teórica

e sua conseqüente solução criativa

• Nosso produto vai fazer você ter muitos admiradores

• Nosso hotel é para quem busca paz e tranqüilidade

Page 30: Criação teórica

Conceito Criativo

• A tarefa da agência é encontrar uma forma poderosa de transmitir a mensagem

• A esta forma chamamos conceito criativo• O uso de cores, formas, imagens, deve

obedecer ao produto e à imagem(personalidade) que se pretende passar

• O Conceito Criativo é mais que uma “sacada” ou uma “boa piada”, mas uma forma eficaz de romper a Percepção Seletiva

Page 31: Criação teórica

Percepção Seletiva

Page 32: Criação teórica

Percepção Seletiva

• A escolha é a seleção; a impossibilidade é o ruído.

• Pode ser rompida através da criatividade.• A propaganda deve envolver o consumidor em

uma situação interessante, intrigante, engraçada, sensual, chocante, etc...

• Uma vez conquistada a atenção do consumidor, basta sensibilizá-lo para a situação e associar a solução ao produto anunciado

Page 33: Criação teórica

Exemplo

• Posicionamento: Nosso jornal é mais sólido, denso que o concorrente

• Slogan: Estadão: É muito mais jornal

• Afirmação básica: Nosso jornal tem maior credibilidade que o concorrente e isso é extremamente importante

• Conceito criativo: credibilidade é tudo

Page 34: Criação teórica
Page 35: Criação teórica

Exposição: mídia

Page 36: Criação teórica

Compreensão da informação

Page 37: Criação teórica

Concordância

Page 38: Criação teórica

Retenção

Page 39: Criação teórica

Recuperação

Page 40: Criação teórica

Tomada de decisão

Page 41: Criação teórica

Ação

Page 42: Criação teórica

Atitude • “é uma propriedade

mental do consumidor enquanto persuasão é o esforço (...) para influenciar (...) a atitude e o comportamento do consumidor” Shimp (2000: 145)

Page 43: Criação teórica

Atitude

• São aprendidas• Relativamente duradouras• Influenciam o comportamento• Geralmente associado ao aspecto afetivo

Page 44: Criação teórica

Ferramentas da persuasão

• Reciprocidade

• Comprometimento e consistência

• Prova social

• Afeição

• Autoridade

• Escassez

Page 45: Criação teórica

Reciprocidade

• Brindes• Sampling• Degustação• Supõe que o

consumidor retribua

Page 46: Criação teórica

Comprometimento e Consistência

• Existe a tendência a manter uma escolha

• Funciona para marcas líderes e tradicionais

Page 47: Criação teórica

Prova social

• Trata em geral com pessoas inseguras socialmente

• O produto é apresentado como ‘o correto’

• É como uma ‘prova’ de que a pessoa é digna de pertencer a um grupo

Page 48: Criação teórica

Afeição

• Especialmente eficaz junto ao público feminino

• Desperta atração física

Page 49: Criação teórica

Mais afeição

Page 50: Criação teórica

Autoridade

• Baseia-se na idéia de que o emissor está mais apto que o consumidor a dizer o que é bom.

• Depende do reconhecimento da autoridade

Page 51: Criação teórica

Autoridade ou celebridade?

Page 52: Criação teórica

Pessoas comuns

Page 53: Criação teórica

Pessoas Comuns

Page 54: Criação teórica

Escassez

• Joga com a reação natural das pessoas a reagirem contra qualquer forma de restrição à sua liberdade de escolha

• Funciona por pouco tempo, ou apenas quando há real escassez

• Utiliza também argumentos ligados à prazo.• “Só neste final de semana”• “Enquanto durarem os estoques”• “É agora ou nunca”

Page 55: Criação teórica

Emulação – exemplo clássico

Page 56: Criação teórica

Emulação com humor

Page 57: Criação teórica

Emulação- modelo do modelo

Page 58: Criação teórica

Humor

Page 59: Criação teórica

Mais humor

Page 60: Criação teórica

Horror

Page 61: Criação teórica

Horror com humor

Page 62: Criação teórica

Sexo correlacionado com produto

Page 63: Criação teórica

Sexo

Page 64: Criação teórica

Sexo? Horror? Humor?

Page 65: Criação teórica

Os caminhos da persuasão

• Possibilidade de Elaboração (PE) alta – rota central – consumidor interessado absorve maior nível de informação sobre o produto

• Possibilidade de Elaboração (PE) baixa – Rota periférica consumidor desinteressado baixo nível de interesse maior absorção por sensações

Page 66: Criação teórica

Mudança de atitude

• Tentar influenciar nas crenças em relação à marca

Page 67: Criação teórica

Influenciar avaliações

Page 68: Criação teórica

Acrescentar novidade

Page 69: Criação teórica

Mensagens Subliminares

• Tecnicamente estão proibidas

• Usualmente é visível e perceptível, mas depende de análise para ser, de fato, percebida

• Sua análise é muito afetada por convicções ideológicas

Page 70: Criação teórica

Mensagens mais óbvias

Page 71: Criação teórica

Óbvias

Page 72: Criação teórica

Menos óbvias

Page 73: Criação teórica

“Codificadas”

Page 74: Criação teórica

“codificada” e direcionada

Page 75: Criação teórica

Now what do you see, Mr. Anderson?