correio notícias - edição 879

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Edição 879 Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013 1 Sexta-Feira Edição 879 Novembro / 2013 08 Reportagem especial sobre a delegacia de Wenceslau Braz Páginas 04 e 05 Fábrica de gaiolas financia expansão e criará mais emprego em Quatiguá A pequena Quatiguá, a 330 quilômetros de Curitiba, no Norte Pioneiro, tem apenas 7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata do mer- cado de produtos para animais. Lá funciona a Gaiolas Quatiguá, segunda maior fábrica de gaiolas do país. A empresa disputa uma parcela do mercado pet, que tem faturamento estimados de R$ 15,4 bilhões no Brasil em 2013, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Página 3 Atletas de Siqueira Campos participam de Campeonato Brasileiro de Karate Página 6 Página 2

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Correio Notícias - Edição 879

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Page 1: Correio Notícias - Edição 879

Edição 879Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013 1

Sexta-FeiraEdição 879

Novembro / 2013 08

Reportagem especial sobre a delegacia de Wenceslau Braz

Páginas 04 e 05

Fábrica de gaiolas financia expansão e criará mais emprego em Quatiguá

A pequena Quatiguá, a 330 quilômetros de Curitiba, no Norte Pioneiro, tem apenas 7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata do mer-cado de produtos para animais. Lá funciona a Gaiolas Quatiguá, segunda maior fábrica de gaiolas do país. A empresa disputa uma parcela do mercado pet, que tem faturamento estimados de R$ 15,4 bilhões no Brasil em 2013, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Página 3

Atletas de Siqueira Campos participam de Campeonato

Brasileiro de Karate

Página 6

Página 2

Page 2: Correio Notícias - Edição 879

2 Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013Edição 879

Siqueira CamposCornélio ProcópioCuritibaIbaitiJapiraJabotiSalto do ItararéCarlópolisJoaquim TávoraGuapiramaQuatiguáJacarezinhoConselheiro MairinckPinhalão

Direção / eDitora chefe

Elizabete Gois

reDação

Camila Consulin, Isaele Machado,

Regiane Romão

aDministrativo

Isamara Machado, Mireila Guilmo,

Claudenice Machado

coLUnista

Gênesis Machado

circULação

rePresentaçãoMERCONET Representação de Veículos de Comuni-cação LTDARua Dep. Atilio de A. Barbosa, 76 conj. 03 - Boa Vista - Curitiba PRFone: 41-3079-4666 | Fax: 41-3079-3633

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TomazinaCuriúvaFigueiraVentaniaSapopemaSão Sebastião da AmoreiraNova América da ColinaNova Santa BárbaraSanta Cecília do PavãoSanto Antônio do ParaísoCongoinhasItambaracáSanta MarianaLeópolis

SertanejaRancho AlegrePrimeiro de MaioFlorestópolisSão Gerônimo da SerraSanto Antônio da PlatinaArapotiJaguariaívaSengésSão José da Boa VistaWenceslau BrazSantana do ItararéJundiaí do SulAndirá

AbatiáCambaráRibeirão do PinhalNova FátimaBarra do JacaréSanta AméliaSertanópolisBela Vista do ParaísoRibeirão Claro

OPINIÃO

O Brasil e a “nação diaspórica”por demétrio Magnoli

A gloriosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece cotas raciais na representação par-lamentar do povo. Igno-rando tanto a Constituição quanto a Justiça, a CCJ aprova qualquer coisa que emane de um grupo de interesse organizado, o que é um sintoma cla-moroso da desmoraliza-ção do Congresso. Nesse caso, viola-se diretamente o princípio fundamental da liberdade de voto. Por isso, a PEC de autoria dos petistas João Paulo Cunha (SP) e Luiz Alberto (BA) provavelmente dormirá o longo sono dos dispa-rates nos escaninhos da Câmara. Mas ela cumpre uma função útil: eviden-cia o verdadeiro programa do racialismo, rasgando a fantasia com que se adorna no debate público.

O argumento ilusio-nista para a introdução de cotas raciais no ingresso às universidades residia na suposta desvanta-gem escolar prévia dos “negros” – algo que, de fato, é uma desvanta-gem prévia dos pobres de

todas as cores de pele. A fantasia da compensação social começou a esgar-çar-se com a extensão das cotas raciais para cursos de pós-graduação, cujas vagas são dispu-tadas por detentores de diplomas universitários. A PEC aprovada na CCJ comprova que as políticas de raça não são motivadas por um desejo de corrigir distorções derivadas da renda. O racialismo exi-be-se, agora, como ele realmente é: um programa de divisão dos brasileiros segundo o critério envene-nado da raça.

De acordo com a PEC, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legis-lativas estaduais, será reservada uma parcela de cadeiras para parlamenta-res “negros” equivalente a dois terços do porcen-tual de pessoas que se declaram pretas ou pardas no mais recente censo demográfico. As bancadas “negras” não serão inferio-res a um quinto ou supe-riores à metade do total de cadeiras. Os deputados proponentes operam como despachantes de ONGs racialistas e expressam, na PEC, a convicção polí-tica que as anima: o Brasil

não é uma nação, mas um espaço geopolítico no qual, sob a hegemonia dos “brancos”, pulsa uma “nação africana” diaspó-rica. A presença parlamen-tar de bancadas “negras” representaria o reconhe-cimento tácito tanto da inexistência de uma nação brasileira quanto da exis-tência dessa nação na diáspora.

Os eleitores, reza a PEC, darão dois votos: o primeiro, para um candi-dato de uma lista geral; o segundo, para um can-didato de uma lista de “negros”. A proposta des-via-se, nesse ponto, de uma férrea lógica racia-lista. Segundo tal lógica, os eleitores deveriam ser, eles também, bipar-tidos pela fronteira da raça: os “negros” vota-riam apenas na lista de candidatos “negros” e os demais, apenas na lista geral. A hipótese coerente não violaria o princípio da liberdade de voto, pois estaria ancorada num contrato constitucional de reconhecimento da nação diaspórica. Como inexiste esse contrato, os racialis-tas optaram por um atalho esdrúxulo, que escarnece da liberdade de voto com

a finalidade de, disfar-çadamente, inscrever a nação diaspórica no orde-namento político e jurídico do país.

Nações não são mon-tanhas, rios ou vales: não existem como com-ponentes do mundo natu-ral. Na expressão certeira de Benedict Anderson, nações são “comunidades imaginadas”: elas podem ser fabricadas na esfera da política, por meio das ferramentas do naciona-lismo. A PEC não caiu do céu. A “nação africana” na diáspora surgiu no nacio-nalismo negro do início do século 20 com o ameri-cano W. E. B. Du Bois e o jamaicano Marcus Garvey. No Brasil, aportou cerca de três décadas atrás, pela nau do Movimento Negro Unificado, entre cujos fundadores estava Luiz Alberto. No início, a versão brasileira do nacio-nalismo negro tingia-se com as cores do anticapi-talismo. Depois, a partir da preparação da Conferên-cia de Durban, da ONU, em 2001, adaptou-se à ordem vigente, aninhando-se no colo bilionário da Fundação Ford. “Afroame-ricanos”, nos EUA, e “afro-descendentes”, no Brasil,

são produtos identitários paralelos dessa vertente narrativa.

O acento americano do discurso racialista bra-sileiro é tão óbvio quanto problemático. Nos EUA, o projeto político de uma identidade negra sepa-rada tem alicerces sóli-dos, fincados nas leis de segregação que, depois da Guerra de Secessão, traçaram uma linha oficial entre “brancos” e “negros”, suprimindo no nascedouro a possibilidade de cons-trução de identidades intermediárias. No Brasil, em contraste, esse projeto choca-se com a noção de mestiçagem, que funciona como poderoso obstáculo no caminho da fabricação política de raças. A solu-ção dos porta-bandeiras do nacionalismo negro é impor, de cima para baixo, a divisão dos brasileiros em “brancos” e “negros”. As leis de cotas raciais servem para isso, exclusi-vamente.

As diferenças histó-ricas entre EUA e Brasil têm implicação direta na gramática do discurso político. Lá, o naciona-lismo negro é uma propo-sição clara, que provoca um debate público infor-

mado – e, quando Barack Obama se define como mestiço, emerge uma resposta desconcertante no cenário conhecido da polaridade racial. Aqui, os arautos do nacionalismo negro operam por meio de subterfúgios, escondendo-se atrás do pretexto fácil da desigualdade social – e encontram políticos opor-tunistas, juízes populistas e intelectuais preguiçosos o suficiente para conce-der-lhes o privilégio da prestidigitação.

“Tirem a máscara!” – eis a exigência que deve ser dirigida aos nossos racialistas, na hora em que apresentam a PEC do Parlamento Racial. Saiam à luz do dia e conclamem o Brasil a escrever uma nova Constituição, redefi-nindo-se como um Estado binacional. Digam aos brasileiros que vocês não querem direitos iguais e oportunidades para todos numa república democrá-tica, mas almejam apenas a condição de líderes políticos de um movi-mento racial. Vocês não têm vergonha de ocultar seu programa retrógrado à sombra da persistente ruína de nossas escolas públicas?

Charge do dia

criatividadeJá que a "Casa da Cultura", ops, Casa Fantasma não foi concluída e o espaço ficou a mercê dos "ratos", o povão muito criativo que é, transformou o local em motel. Real-mente, apesar de não conclusa a obra, a Casa Fantasma tem sido uma área de lazer ou devo dizer prazer? ha ha ha.

toMando providÊncias Entrevistado sobre o assunto o Diretor do Departamento de Cultura - Arnaldo Luska, disse que a administração atual luta para que um novo convênio para conclusão da obra seja feito. Arnaldo reconheceu a atual situação da Casa Fantasma e lamentou pela obras estarem paradas há 12 anos, mas que fará o possível juntamente com o prefeito Bi, para que as obras sejam retomadas contando com apoio do deputado federal Zeca Dirceu.

cadÊ o dinheiro?Ei ex-prefeito de Siqueira Campos, onde está a verba da Casa Fantasma? Evaporou? As traças comeram? Sumiu? O povo quer saber meu amigo! Aguardo uma resposta, já que é quase impossível encontra-lo, anda fugindo de mim né...

Foi parar no stFA polêmica sobre a publicação de biografias não autoriza-das no Brasil vem ganhando destaque na imprensa. Como resultado, o tema foi parar no STF (Supremo Tribunal Fede-ral) e nos dias 21 e 22 de novembro, deve ser discutida em audiência pública. Mas por que estamos falando tanto sobre a produção de biografias?

continuando... Os biógrafos defendem o projeto, pois assim como as edi-toras, consideram que os artigos 20 e 21 são formas de

censura. Do outro lado, artistas consagrados da MPB como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque criaram um movimento contra a publicação de biografias não autorizadas, o Procure Saber -- negando que essa postura seja uma forma censura. Segundo os artistas, a vida deles não é algo público e a proibição é uma forma de se prevenir de calúnias e injúrias. Amo MPB e curto muito esses artistas, o que me espanta é que a maioria deles participaram de movimentos contra a censura e agora ficam de "frescura". A partir do momento que a pessoa torna-se de interesse público, automatica-mente deixa de ser privada. VIVA A LIBERDADE DE

EXPRESSÃO. A discussão coloca em lados opostos os direitos da liber-dade de expressão e do acesso à informação, ambos, direi-tos garantidos pela Constituição, no artigo 5º.

Que porcaria!!!Na partida pela 33ª rodada do Brasileiro, a camisa do Santos terá o logotipo do Instituto Ronald McDonald estam-pado na parte da frente.O último patrocinador master do Santos foi o banco BMG, que pagava R$ 20 milhões anuais do time. Desde o fim da parceria, a equipe tentou acordos com a montadora de carros Chery e com a multinacional de eletroeletrônicos Philco, sem sucesso.Valores em torno de R$ 18 milhões anuais foram oferecidos ao Santos por outras empresas, mas a diretoria santista não aceitou a desvalorização do espaço para a publicidade na camisa. Na parte superior das costas e na parte da frente da camisa, o Santos tem feito propaganda do programa de fidelização do Santos, o Sócio Rei, e é ali que entrará a divulgação da marca do Instituto Ronald McDonald no confronto contra o Vasco.

Boa leitura lindos e lindasProvérbios de Salomão: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe. Provérbios 10:1______________________________________________________________________________________________

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Edição 879Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013 3

Na opiNião de MaNtega O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou como "normal" a inflação verificada no mês de outubro e consi-derou o avanço de 0,57% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) um bom resultado. Man-tega lembrou que a inflação ficou abaixo das expectativas do mercado, mesmo que tenha acelerado em relação a setembro.

pesquisasPesquisa de opinião divulgada ontem (7) pela CNT (Con-federação Nacional dos Transportes) em parceria com o instituto MDA mostra que a presidente Dilma Rousseff levaria 43,5% dos votos no primeiro turno das eleições de 2014 se a disputa fosse com Aécio Neves (PSDB) e Edu-ardo Campos (PSB). Nesse cenário, Aécio teria 19,3% e Campos, 9,5%.Trocou dinheiro e combustível por votos e foi demitidoO Senado determinou a demissão do assistente parlamen-tar júnior Nerigleikson Paiva de Melo do gabinete do sena-dor Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Em junho, ele havia sido admitido no escritório político de Renan em Alagoas. Nery, como é conhecido, perdeu a vaga na Câmara de Maceió em 2009 sob acusação de trocar dinheiro e combustível por votos nas eleições de 2008. À época, ele era do PV. A exoneração do auxiliar de Renan foi assinada pela diretora-geral adjunta do Senado, IlanaTrombka, e publicada nesta quinta-feira, 7, no Diário Oficial da União

aM e FMA presidente Dilma Rousseff assinou no final da manhã de ontem(7), durante cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que permite às emissoras de rádio que operam na faixa AM migrarem para a faixa FM.Essa medida atende a demanda antiga do setor de rádio, principalmente de emis-soras do interior, e vai permitir melhoria da qualidade do sinal dessas rádios. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) avalia que 90% das 1,8 mil rádios comerciais AM se transfiram para a frequência FM.

Fabrica de gaiolasA pequena Quatiguá, a 330 quilômetros de Curitiba, no Norte Pioneiro, tem apenas 7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata do mercado de produtos para animais. Lá funciona a Gaiolas Quatiguá, segunda maior fábrica de gaiolas do país. A empresa disputa uma parcela do mercado pet, que tem faturamento estimados de R$ 15,4 bilhões no Brasil em 2013, de acordo com a Associa-ção Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

DESENVOLVIMENTO Nos próximos meses, a produção de gaiolas deve aumen-tar em pelo menos 25% e novos colaboradores devem ser contratados. A empresa fez um financiamento de R$ 1,9 milhão pela linha de crédito Banco do Empreendedor Médias Empresas, da Fomento Paraná. Com isso, está ampliando a área de estoque em 2 mil metros quadrados, com dois novos barracões, e adquirindo uma injetora de plástico, uma estufa para pintura automatizada e outros equipamentos.

iNvestiMeNto O Governo do Paraná lançou, na última quarta-feira(6), 20 editais para construção de seis cadeias públicas e de seis Centros de Integração Social e ampliação de oito unidades prisionais. O investimento, estimado em R$ 161 milhões, foi anunciado pelo governador Beto Richa na quarta-feira (30) da semana passada, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As obras vão abrir 6.670 vagas no sis-tema penitenciário e acabar com a superlotação em dele-gacias.

vaciNa Começaram nesta semana os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan. Os quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus. Depois, os macacos receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.

Envergonhem-se e perturbem-se todos os meus inimi-gos; tornem atrás e envergonhem-se num momento.

Salmos 6:10

POLÍTICA

Fábrica de gaiolas financia expansão e criará mais emprego em Quatiguá

AenParaná

A pequena Quatiguá, a 330 quilômetros de Curi-tiba, no Norte Pioneiro, tem apenas 7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata do mercado de produtos para animais. Lá funciona a Gaiolas Quatiguá, segunda maior fábrica de gaiolas do país. A empresa disputa uma parcela do mer-cado pet, que tem fatura-mento estimados de R$ 15,4 bilhões no Brasil em 2013, de acordo com a Associa-ção Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

Criada em 1988, a empresa familiar, que come-çou com cinco colaboradores, hoje é o maior empregador privado do município, com 230 empregos diretos.

A linha de produção possui 880 tipos de 380 modelos entre gaiolas para pássa-ros e pequenos animais, em madeira e arame ou arame e plástico, vendidos em pet shops de todo o país.

Boa parte é destinada a pássaros exóticos importa-dos, como calopsitas, caca-tuas e periquitos, além de papagaios e canários de cria-douros registrados.

“As famílias estão dimi-nuindo, tendo menos filhos. Nas grandes cidades, onde há um nível elevado de estresse, as pessoas criam animais de estimação, que viram entes da família e são bem cuidados”, explica Alberto da Costa, de 33 anos, principal executivo da empresa.

“Veja o aumento do número de lojas de pet shop e serviços de banho e tosa, que é um fenômeno recente e ocorre em todo o país.”

crescer - Nos próxi-mos meses, a produção de gaiolas deve aumentar em pelo menos 25% e novos colaboradores devem ser contratados.

A empresa fez um finan-ciamento de R$ 1,9 milhão pela linha de crédito Banco do Empreendedor Médias Empresas, da Fomento Paraná. Com isso, está ampliando a área de estoque em 2 mil metros quadrados, com dois novos barracões, e adquirindo uma injetora de plástico, uma estufa para pin-tura automatizada e outros equipamentos.

“Estamos nos preparando para crescer com organiza-ção, sem gerar desperdício, para ter qualidade para enca-rar a concorrência e ganhar mais espaço no mercado”, afirma Alberto da Costa. “Com a injetora de plástico vamos poder entrar na linha de cães e gatos, que ainda não atendemos. Temos conhecimento do mercado e estrutura para isso”, diz o empresário.

O objetivo se justifica pelo tamanho do mercado. O Brasil é a 4ª maior nação do mundo em população total de animais de estimação e a segunda em cães e gatos. Existem aproximadamente 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos no país, segundo a Abinpet. Conside-rando que esse segmento vai movimentar U$ 100 bilhões no mundo em 2013, a Gaio-las Quatiguá poderá, inclu-sive, exportar.

Segundo Costa, com as instalações e equipamentos para automatizar processos, diversificar e aumentar a pro-dução, a Gaiolas Quatiguá espera crescer em um ano o que demoraria entre 5 e 10 anos, se fosse usar apenas recursos próprios.

polÍtica pÚblica - Para o prefeito de Quatiguá, Luiz Fernando Dolenz, uma política pública como a pro-porcionada pelo Governo do Paraná, ao disponibilizar crédito de baixo custo para os empreendedores, é de fundamental importância. “O governador Beto Richa tem procurado incentivar

desde o microempreende-dor até a empresa de médio porte. As empresas precisam desse auxílio para crescer”, afirma Dolenz. “Em especial na fábrica de gaiolas, esse incentivo vem em boa hora, para que possam crescer e gerar mais empregos em nosso município, que é muito carente.”

Quatiguá ainda não conta com um agente de crédito da Fomento Paraná, mas uma parceria entre a prefeitura e a Associação Comercial do Município deve corrigir essa situação em breve.

Até lá, empreendedores interessados podem buscar informações e suporte para fazer operações de crédito diretamente com a Fomento Paraná, pelo portal institucio-nal (www.fomento.pr.gov.br) ou pelo telefone (41) 3883-7000.

baNco coM eMpre-eNdedor - De janeiro a setembro de 2013 a Fomento Paraná contratou R$ 34,5 milhões em operações de crédito pelo programa Banco do Empreendedor, que bene-ficiam cerca de 1.900 empre-endedores privados em todo o estado.

As linhas de crédito da instituição apresentam as menores taxas de juros do mercado, variando entre 0,51% a 1,07% ao mês para investimento fixo e capital de giro associado ao inves-timento. E os valores dispo-níveis vão de R$ 300,00 até R$ 3 milhões em recursos próprios e até R$ 10 milhões com repasses de recursos de linhas do BNDES.

O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, explica que o crédito direto e de baixo custo para o empreendedor é uma política pública fundamental para os pequenos municípios, onde é difícil atrair investimentos de grandes empresas, por conta da infraestrutura e da mão de obra especializada.

“Cada real em investi-

mento que entra na econo-mia da cidade gira até sete vezes. Esse movimento ajuda a garantir empregos e renda e possibilita a melhora na oferta de produtos e ser-viços na comunidade”, afirma Juraci Barbosa.

“Essa é a missão que recebemos do governador Beto Richa.

Estamos trabalhando em parceria com associações comerciais, cooperativas de crédito e com as prefeitu-ras, para levar o crédito aos empreendedores de todos os portes nos 399 municípios paranaenses.”

Em cidade pequena, a notícia corre rápido. Dona de uma pequena academia em Quatiguá, há cinco anos, a professora de educação Valéria Ribeiro, 35 anos, que tem entre seus clientes o empresário Alberto Costa, logo soube do financiamento a juros baixos da Fomento Paraná.

Valéria também fez um financiamento, de R$ 12 mil, e está comprando novos equipamentos de uma linha moderna de produtos articu-lados para musculação, para aumentar o atendimento da clientela e a renda do empre-endimento.

“Meu foco, a partir desse fim de ano e no próximo, é trabalhar como personal trai-ner. Está tendo muita procura e tendo um resultado muito positivo”, diz ela. “A muscu-lação vem crescendo muito, pelo fator dos benefícios e pelo resultado da estética. Tem procura inclusive de pes-soas de cidades da região.”

Valéria gostou da linha de financiamento da Fomento Paraná. “Já trabalhei com outros financiamentos de banco e o valor ficou muito bom, principalmente na questão dos juros.

Porque quem está come-çando tem um valor pra investir, mas se o juro é menor, fica melhor para o empreendedor”, comenta.

A pequena Quatiguá, a 330 quilômetros de Curitiba, no Norte Pioneiro, tem apenas 7.000 habitantes. Mas a cidade fica gigante quando se trata

do mercado de produtos para animais.

Page 4: Correio Notícias - Edição 879

Esta reportagem tem o intuito de mostrar as deficiências da delegacia de Wenceslau Braz. De acordo com o delegado Isaías Fernandes Machado, apesar de ter melhorado, ainda há muito para se fazerDe Wenceslau BrazRegiane Romão

A segurança pública no Pa-raná tem sido muito discutida. Uns clamam por um presídio no Norte Pioneiro, outros são totalmente contra.

Por essa razão, e com o intuito de mostrar o dia a dia dos detentos em cidades do Norte Pioneiro nasceu esta reportagem. A partir de agora, os leitores terão ideia de como os presos vivem dia após dia atrás das grades em Wences-lau Braz.

A entrevista com o delega-do Isaías Fernandes Machado aconteceu na sala dele, na delegacia. Ele é delegado há três anos e meio, e nasceu em Cândido Mota – Estado de São Paulo “Eu fui Oficial de Justiça por treze anos, fiz o concurso, passei e assumi como delegado”. A sala onde aconteceu a entrevista fica ao lado da ala que contem seis celas onde estão presos os homens que, de acordo com o delegado são de grande peri-culosidade.

Inquieto, ele conta as difi-culdades de coordenar a de-legacia com pouco efetivo e com poucos recursos, já que até mesmo alguns medica-mentos a equipe que trabalha na delegacia precisa comprar.

A delegacia de Wences-lau Braz é regional, como explicou o delegado durante a entrevista, por essa razão, ela abrange os municípios de Wenceslau Braz, com 20 mil habitantes, Santana do Itara-ré, que tem aproximadamente sete mil habitantes e São José da Boa Vista com seis mil ha-bitantes. Com isso, o efetivo da Polícia Civil de Wenceslau Braz é responsável pela segu-rança de 33 mil habitantes.

Para que a segurança da população seja feita, a Polícia Civil conta com quatro inves-tigadores, sendo que eles fa-zem uma jornada de trabalho de 24 por 72 horas, ou seja, para cada 24 horas trabalha-das, eles folgam 72 horas. Embora não seja assim que aconteça, já que, devido ao pequeno número de investi-gadores, quando um está na delegacia, os outros três es-tão nas ruas, investigando os crimes que ocorreram nestes municípios. Além disso, dois escrivães também compõem a equipe e são responsáveis pelas oitivas das vítimas, dos acusados e das testemunhas. São eles que respondem pela parte administrativa da dele-gacia.

A delegacia, que é peque-na, e está trabalhando muito acima da capacidade, já que foi feita para suportar nove presos e atualmente está com 60 detentos foi recentemente reformada por um preso, dia-riamente é atendida pelo de-legado e por um investigador. A falta de estrutura é tamanha que, da sala do delegado é possível ouvir os presos, já que como ele mesmo expli-cou, a sala dele fica “parede e meia” com as celas.

Para Isaías, o sistema pe-nitenciário no Brasil é pratica-mente inexistente. “Além de termos aqui 200 inquéritos em andamento desde 2007, há detentos aqui que estão con-denados a mais de 40 anos e não são transferidos por falta de vagas em penitenciárias. Nesse caso ele acaba cum-prindo a pena em delegacias, onde deveria apenas passar

Celas superlotadas são comuns em vários municípios da região

alguns dias”.Quando assumiu a dele-

gacia, Isaias disse que era impossível trabalhar, já que os presos gritavam o dia todo. “Eu tentei humanizar o tra-balho aqui, já que era muito complicado ouvir os gritos de reclamações dos detentos. E como gritar não é crime, eu não podia fazer nada”.

Ele declarou que quando assumiu a delegacia, a visita era feita no corredor da carce-ragem, entre grades. “O tra-tamento era mais duro, e em alguns casos fazia mais de quatro anos que um pai não abraçava o filho. Eu mudei isso para que eu também pu-desse trabalhar em paz”. Os presos gritavam dia e noite, declara o delegado, e como isso não é crime, ele ou os investigadores não podiam fa-zer nada. “Gritar não é crime, então não podia fazer nada. Eles gritavam e batiam coisas nas grades e eu tinha que dei-xar”.

Todo o alvoroço era ouvi-do pelo delegado e também pelo investigador que está de plantão.O investigador que está a serviço, fica responsá-vel pelo atendimento ao pú-blico, segurança dos presos, abertura das celas para a re-tirada deles quando é neces-sário e ainda colaborar com o delegado nas investigações. “Não é possível dar mais agi-lidade aos inquéritos porque o único investigador que fica na delegacia é responsável pelo atendimento ao público e a segurança de presos e os es-crivães ficam com a parte de oitiva. Por essa razão a Polí-cia Civil de vê de mãos ata-das, as condições de trabalho são bem desfavoráveis”.

Apesar da reforma reali-zada na delegacia, é possível observar uma pequena janela, localizada em um jardim de inverno em frente à sala do delegado que fica no corredor das celas. Existem grades por todos os lados, tanto no teto do jardim de inverno como nesta janela, que tem pouco mais de 50 centímetros de lar-gura.

O corredor onde ficam as seis celas é estreito, além disso, o local é mal ventilado e úmido, porém, para que os presos possam circular o de-legado libera uma cela por dia para andar nesse corredor. Eles passam o dia andando de um lado para o outro, isso faz com que eles além de se comunicar com outros deten-tos possam se entreter, pois não há outro tipo de atividade. “Devido ao pequeno número

de funcionários, eles não têm o banho de sol diário e isso faz com que eles tenham vários ti-pos de doenças de pele e pro-blemas respiratórios, pois não saem ao ar livre”.

Esse direito é garantido por lei, como consta no Artigo 52 do Código Penal Brasilei-ro: “Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou conde-nado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar di-ferenciado” - IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.

Mesmo com todas as difi-culdades enfrentadas pelo de-legado e o investigador, Isaías ressaltou que tenta manter o máximo possível a integrida-de dos detentos.Em relação à saúde deles, o delegado admite que, em casos onde o detento é considerado de baixa periculosidade, algumas normas da Polícia Civil são quebradas e eles retiram esse detento da cela e ele é leva-do para o hospital. Quando o preso que precisa de uma ina-lação ou injeção acaba sendo levado apenas por ele para o atendimento médico. “Não é possível precisar quantos de-tentos necessitarão de aten-dimento médico por dia, mas pelo menos uma vez ao dia, temos que sair e levar o de-tento até o hospital. A Polícia Militar também não pode ficar fazendo as escoltas dos pre-sos nesses casos. Com isso não temos escolha, corremos riscos, e retiramos a pessoa que está passando mal e le-vamos para ter atendimento”.

Outro problema que os detentos enfrentam é a fal-ta de uma visita médica, que deveria ser feita pelo menos uma vez por mês à carcera-gem. Isaías explicou que, ele já tentou, mas foi em vão, já que nem com um pedido feito pela Promotoria de Justiça a prefeitura liberou um médico para essas visitas. “Não se-ria a solução, mas ameniza-ria o problema. Já tentei com a prefeitura e também com a Promotoria de Justiça, mas nenhum médico foi liberado. O que eles alegam é que o número de médicos no muni-cípio é pequeno, e que isso atrapalharia as consultas à população”.

Durante a entrevista, que durou pouco mais de uma hora, era possível observar vários medicamentos em cima de um armário, na sala do de-

legado. Quando questionado sobre a origem desse medi-camento, ele revelou que, re-médios que não necessitam de prescrição médica, como remédios para dor de cabeça, dor de garganta e pomadas para as doenças de pele, a própria equipe da Polícia Civil se reúne e compra. “Muitas vezes eu compro com o meu dinheiro. Medicamentos para dor de cabeça, de gargan-ta e pomadas para a pele a prefeitura parou de dar, e em Wenceslau Braz não existe um Conselho da Comunida-de. Em municípios onde esse Conselho foi criado, a própria comunidade presta auxílio aos presos, por exemplo, com a alimentação, pois o preso tem almoço e janta, mas não tem café da manhã. Se o Conse-lho existisse, eles auxiliariam também nessa parte”.

Para amenizar um pou-co da saudade da família, os presos têm direito a uma visi-ta semanal, que acontece em um pátio que recentemente foi gradeado. O espaço tem 50 metros quadrados e como não necessita da presença de um policial vigiando, os presos também podem andar nesse espaço uma vez por sema-na. “Quando a cela é liberada para o corredor eles também podem andar nesse espaço, que é pequeno, mas já ajuda”.

Porém, o delegado ressal-ta que as visitas dos familia-res não são tão simples as-sim. “Todas as quintas-feiras a delegacia para depois do almoço para que os escri-vães, o investigador e até a faxineira façam a revista dos familiares. Como é necessário duas pessoas para a revista, dois homens e duas mulheres ficam responsáveis por essa parte. A nossa faxineira ajuda a investigadora a revistar as mulheres que vem visitar os presos”.

Cada detento tem o direito de receber duas pessoas da família, e na última quinta-fei-ra do mês, crianças podem ser levadas para a visita. “Normal-mente são 100 pessoas nas quintas-feiras normais e 200 pessoas quando as crianças vêm. Tudo isso em um espaço de 50 metros quadrados”. A visita intima é realizada duas vezes por mês. “Os detentos se revezam nas celas, já que nem todos têm esposa. Como são permitidas duas pessoas da família, geralmente vem à mãe e a esposa, que só é li-berada para entrar mediante apresentação da Certidão de Casamento ou um Contrato de União Estável. Namorada,

por exemplo, não é permitido entrar”.

Nesse caso, os próprios presos se organizam. “Cada um tem 15 minutos com a es-posa dentro da cela, quando acaba esse tempo, ele dá es-paço para outro detento”.

Quando a família visita o preso eles podem levar ali-mentos e cigarros para eles. “Há uma lista de alimentos que são permitidos, aqueles que são impossíveis de es-conder drogas, armas bran-cas ou aparelhos celulares. Refrigerante é um produto que não é permitido, já que alguns fraudavam a garrafa e colocavam ou bebida alco-ólica ou drogas por dentro do rótulo. Todo o alimento tem que vir em embalagens trans-parentes, pois assim facilita a revista”. A lista de alimentos permitidos são: bolacha sal-gada ou doce, 300 gramas, suco em pó, 500 gramas, lei-te em pó, 400 gramas, acho-colatado, 250 gramas, pão somente fatiado, sem recheio e embalados individualmente em embalagem transparente, frutas: maça, banana e pêra, 500 gramas cortadas em pe-daços miúdos, chocolate, 200 gramas cortados em pedaços miúdos em embalagem lacra-da, frios, 100 gramas fatiadas e miojo a quantidade referente a cinco pacotes. Todos os ali-mentos devem ser entregues em embalagens transparen-tes.

Para a higiene pessoal, cada detento tem o direito de receber por semana, dois ro-los de papel higiênico sem a cartolina interna, 1 embala-gem de creme dental de 90 gramas, um sabonete e um detergente.

São permitidos 60 cigar-ros, em embalagem lacrada, ou então três pacotes de fumo em embalagens transparente. O delegado sabe que é proi-bido o fumo em lugares fe-chamos, como está em vigor através dos artigos: 2o e 3o da Lei no 9.294, de 15 de julho de 1996, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 2o É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachim-bos ou qualquer outro produ-to fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público. “Os detentos já vivem em uma situação complicada, onde há superlotação e problemas de saúde, se nós tirarmos o ci-garro eles ficam loucos”.

Os presos também podem receber da família uma quan-tia de R$ 20 por mês, que fica com o delegado e quando eles pedem é comprado alimentos diferenciados. “Ficou estabe-lecido esse valor porque nós percebemos que algumas famílias traziam uma quantia alta, por exemplo, R$ 500, e isso poderia estar financian-do uma fuga, ou o consumo de drogas. Então estabelece-mos o piso máximo de R$ 20. Quando é necessário, esse dinheiro é usado para as ne-cessidades básicas”.

Durante a entrevista, foi possível constatar que as con-dições em que os detentos se encontram são praticamen-te subumanas. No pequeno corredor onde se encontram as celas, o chão é molhado pelos presos a fim de ameni-zar um pouco o calor. Roupas e toalhas de banho são pen-duradas nas grades e o mau cheiro que exala é muito forte. Para se entreter alguns deles

jogam baralho, já que não há nada para fazer.

Wenceslau Braz não é um caso isolado, a maior parte das delegacias do Estado en-contra-se nessas condições. Recentemente uma reporta-gem feita por um jornal Es-tadual mostrou as condições humilhantes em que os pre-sos são submetidos. Alguns tinham que dormir nos corre-dores de acesso às celas, já que dentro da carceragem é super lotado.

Todos esses fatos também foram relatados por presos que estão na carceragem da 37ª Delegacia Regional de Wenceslau Braz, em especial pelo detento E. de 30 anos que está há dois anos e três meses detido no município. Ele já foi julgado e condena-do a oito anos de prisão, mas como não há vagas no pre-sídio de Ponta Grossa, para onde normalmente os presos condenados são enviados, ele cumpre pena na delega-cia. Ele declarou que por um lado seria bom ser transferido, já que segundo ele a justiça anda mais rápido em cidades maiores. “Em Ponta Grossa seria mais fácil, porque eu po-deria trabalhar e estudar, além disso, reduzir a minha pena eu ocuparia meu tempo, por ou-tro lado, a distância da família seria muito ruim, já que eles moram em Santana do Itara-ré e vem me visitar todas as quintas-feiras”.

Para a entrevista, ele foi retirado da cela, e sob a su-pervisão de investigadores ele explicou exatamente como é a vida atrás das grades, porque entrou para o mundo do crime e o que pretende fazer após cumprir a pena.

E. foi preso por associa-ção e tráfico de drogas decla-rou que a convivência com os companheiros é tensa, já que não é possível saber quem será o próximo à entrar na car-ceragem. “Nós convivemos o tempo todo juntos, e isso gera certa tensão. Eu nunca me envolvi em uma briga séria na carceragem, mas já apar-tei muita discussão. Afinal são 11 homens convivendo em um espaço onde caberia apenas quatro, a convivência às ve-zes é insustentável”. Ele fri-sou também que é impossível se manter indiferente quando ouve, por exemplo, um baru-lho. “Não sabemos o que pode ser, então todos já ficam em alerta”.

Outra dificuldade para os detentos é na hora de dormir, como ressalta E. “Estou aqui há dois anos e três meses e não dormi uma noite sequer. A gente deita para descansar, mas é quase impossível, já que na cama não cabe nem um colchão de solteiro normal e ainda temos que dividir o es-paço com um companheiro de cela, ou seja, dormem dois na mesma cama, e o restante no chão. Já teve vezes de com-panheiros dormirem sentados por não ter como deitar”.

Para se alimentar, os de-tentos recebem marmitas, uma na hora do almoço e ou-tra à tarde, por volta das 18h para o jantar. O preso descre-ve a alimentação como ruim. “Apesar de não ser boa, a co-mida melhorou um pouco nos últimos tempos, mas menos assim ainda é ruim. Comemos com aquelas colheres doadas pela FUNDEPAR, aquelas que são oferecidas nas escolas e também temos as canecas,

12 presos dividem um espaço onde caberiam quatro pessoas

que também são de plástico”.Quando questionado sobre

a maior dificuldade ele é enfá-tico ao dizer que é a privação de liberdade. E. descreve que o mais difícil, é ficar tranca-do. Ele fala desta sensação olhando para todos os lados durante a entrevista, obser-vando tudo que está ao seu redor. “O mais complicado é ficar trancado com pessoas que você não conhece. Ser privado da liberdade é muito ruim, a pessoa está acostu-mada com toda a liberdade do mundo na rua, e de repente está trancando”.

Para tentar aliviar toda a tensão vivida na carceragem, todas as quartas-feiras um grupo de pessoas da igreja católica visitam os presos, e dão conselhos para que eles deixem a vida do crime. “É sempre bom ouvir conselhos de pessoas que estão fora do mundo do crime. Eles vêm aqui, conversam com a gente, traz à palavra de Deus, isso é importante”. E. demonstra sua fé ostentando uma grande cruz no pescoço e um escapu-lário.

Os familiares de E. não sabiam que ele tinha envolvi-mento com drogas. Ele mo-rava com a mãe e o filho em Santana do Itararé e quando foi preso, durante a primeira visita ele abriu o jogo com a família. “Chamei minha mãe e disse que se ela ouvisse que eu tinha sido preso por tráfico de drogas era para ela acredi-tar, porque era tudo verdade. Não quis mentir, e dizer que era inocente. Minha família tinha o direito de saber a ver-dade”.

A mãe de E. disse que sempre deu conselhos para o filho. “Até hoje a gente conver-sa e eu digo para ele, quando for solto não se envolver mais nesse mundo”.

E. embora esteja convicto a largar a vida do crime afirma que a mãe ainda teme que ele se envolva novamente com o tráfico. “Sei que minha mãe tem esse medo, mas eu quero dar outro rumo para a minha

vida. Quero estudar e voltar a ter uma vida digna”.

O ex traficante diz que essa é uma forma de ganhar dinheiro fácil. Durante esse momento da entrevista, ele olha para frente, como se es-tivesse lembrando-se dos dias vividos no tráfico e define o tráfico de drogas como a con-quista do poder. “É uma forma de ganhar dinheiro fácil, além disso, aonde você chega é reconhecido, e todos querem fazer amizade. Em uma bala-da, todos dizem, olha o patrão chegou, a mulherada se apro-xima mais. A pessoa sente que tem poder”.

Mesmo sendo um dinhei-ro fácil, E. diz que o trafican-te nunca fica sem receber. “Comprar droga para revender é mole. Você chega e diz para o fornecedor que quer, por exemplo, R$ 2 mil de cocaína para revender e ele entrega. O traficante nunca perde. De um jeito ou de outro, o reven-dedor paga, seja com dinheiro ou com a vida”.

Sorrindo,E. declara: “Todo bandido é inocente. Quando ele é pego, a droga nunca era dele, a polícia que plantou, ele estava apenas passando no local, ou então nem sabia da droga, como se o entorpecen-te tivesse brotado de algum lugar”. Já entre os companhei-ros de celas, não existe menti-ras. “Para a polícia o bandido nunca vai dizer: eu sou trafi-cante, ele vai negar até onde puder. Só depois que ele é julgado e condenado é que admite o crime. Já na carcera-gem, todos sabem os crimes que os companheiros comete-ram”.

A carceragem de Wen-ceslau Braz também abriga quatro mulheres. Elas ficam em uma cela separada, e a di-ferente entre a ala masculina e feminina é notória. A entre-vista foi realizada por entre as grades da cela e durou cerca de 15 minutos, elas pediram apenas para não serem foto-grafadas. As jovens, apesar de não se constrangerem em falar da vida no crime, temem

mostrar o rosto, pois poderão ser julgadas ainda mais pela sociedade.

Apesar de ser do mesmo tamanho, tem duas camas fi-xas na parede, em forma de beliche e dois colchões que são colocados no chão. As presas também têm maior pri-vacidade, já que colocaram uma cortina entre as camas e o “boi” (banheiro). Os alimen-tos levados pela família ficam dentro da cela, e também é possível ver tinta de cabelo, esmaltes e outros recursos de beleza femininos.

A cela tem também um ventilador e uma televisão fi-xada praticamente no teto, e elas podem fazer artesanatos, recurso esse que a ala mascu-lina não tem.

A ala feminina é ocupada por K.A.C.X, 20 anos,presa a quase 30 dias dias, J.S, 31, detida a sete meses D. 22 faz apenas 20 dias que está na carceragem e I.A 54 anos pre-sa a cinco meses. Todas cum-prem pena por associação ao tráfico de drogas e foram levadas para o mundo do cri-me pelo namorado ou marido. Nem uma delas tinha passa-gem pela polícia.

O namorado de K.A.C.X e de J.S também estão presos na carceragem de Wences-lau Braz, mas mesmo assim, eles se correspondem apenas por cartas. Não há outro tipo de contato. Nem durante os dias de visita, eles estão pre-sos praticamente lado a lado e não podem se encontrar.

Já o marido de I. A está preso em Arapoti e o namora-do de D. está em Jaguariaíva. O contato também é feito por carta, mas é um pouco mais complicado, como descreve D. “Nós mandamos a corres-pondência, mas a resposta demora, as vezes nem sabe-mos se chegou ou não. É difí-cil porque está mais longe, e a falta de notícias é ruim”.

Duas ainda aguarda julga-mento, J.S e I.A aguardam a resposta do julgamento. “Faz dois meses que estou espe-rando a resposta do julgamen-

to. É muito demorado”, decla-ra J.S.

As palavras das três jovens eram marcadas pela emoção e pela saudade da família. J.S contou que estava em casa quando foi pega. “Eu nunca usei droga, mas guardava em casa para o meu companhei-ro. Eu fui presa quando estava na minha casa, meu namora-do foi pego na rua. Os policiais acharam comigo maconha e cocaína. Eu tinha receio de guardar, mas em um minuto de bobeira acabei fazendo”.

As jovens fazem planos para quando ganharem a li-berdade. Elas querem voltar ao trabalho e ter uma vida dig-na novamente. Mesmo assim, ainda pretendem continuar com os companheiros. A porta voz da cela, J.S. disse que vai conversar com o namorado, e se ele estiver disposto a mu-dar de vida eles continuam o relacionamento. Já D. é um pouco mais realista, e diz que pretende esperar para decidir quando estiver na rua. “Aqui dentro nós pensamos de um jeito, mas na rua, com os ami-gos é diferente. O que pensa-mos aqui dentro normalmente é esquecido lá fora. Quero conversar com o meu namo-rado, e depois ver se ele real-mente vai largar essa vida, aí sim tomarei uma decisão”.

K.A.C.X é enfática ao di-zer: “Aqui dentro eles dizem que querem construir família, largar a vida do tráfico, mas aqui eles estão sozinhos, lá fora tem os amigos, aqui den-tro é raro alguém aparecer para trazer um sabonete”.

A convivência entre elas embora seja complicada, faz com que elas se sintam a fa-mília uma da outra. “Tem dias que uma ou outra acordam daquele jeito, daí temos que respeitar, e mesmo sendo difí-cil nos tornamos uma família”, diz D.

A privacidade das presas também é preservada. A cor-tina fixada com uma corda de varal serve para que elas pos-sam, por exemplo, usar uma roupa mais fresca. “As pesso-

as passam em frente da cela o dia todo, e como está calor, nós ficamos de shorts ou uma blusa mais cavada, e como os policiais não gostam que a gente se vista assim, colo-camos essa cortina, assim é possível ficar mais isolada”, ressalta K.A.C.X.

O mais difícil, na opinião das quatro presas é a sauda-de da família. “É horrível ficar longe deles, eu tenho um filho a K.A.C.X também e então o afastamento fica ainda mais complicado”.

K.A.C.X disse que ain-da não viu a mãe, apenas a irmã foi visitá-la. “Falei com a minha mãe pelo telefone um pouquinho, eu liguei para falar com o meu filho e ela pegou o telefone. Ela perguntou se eu estava bem e me abençoou”.

A mãe da jovem disse que sempre alertou a filha quanto ao namorado e aos amigos. “Eu dizia para ela que eles não eram boas pessoas, mas ela não me ouviu. Mesmo as-sim, mãe nenhuma gosta de ver o filho atrás das grades. É muito sofrimento”.

A mãe de J.S sofreu mui-to ao ver a filha presa. “Ela é a minha caçula, a única filha e eu não acreditava que ela estava sendo presa. Parecia mentira”.

Ex-detentos também fo-ram procurados para relatar os momentos que passaram na carceragem de Wenceslau Braz. M. S de 37 anos, preso por assalto, está em liberda-de há dois anos,e disse que o dia a dia não foi nada fácil, apesar do delegado criar um ambiente mais humanizado. “É duro, é complicado, é so-fredor para resumir. A pessoa sofre de saudade da família, sobre com alguns policiais opressores. Antes do delega-do Isaías chegar o preso não tinha direito nem ao banho de sol e a comida era muito ruim. O tempo que eu passei aqui, não tinha marmita e a comi-da era feita aqui na delegacia mesmo e era muito ruim. Além disso, não tinha talher, porque na carceragem não é permiti-do ter”.

Em relação a higiene, o ex--detento disse que o chuveiro é frio, e não há um número de banhos permitido. “Cada um toma quantos banhos qui-ser, tomamos banho em um

cubículo. O chuveiro fica em cima do boi (vaso sanitário), e tudo isso dentro da cela. Tem que tomar banho com a per-na aberta. Tem uma cortina na frente das jegas (camas) e isso nos dá um pouco de pri-vacidade. A cela não dá nem 10 metros quadrados”.

Relembrando os tempos de prisão, M. S, disse que para dormir havia um reve-zamento. “Tem quatro jegas, então dormiam dois em cada uma, no corredor entre as camas, chamado de galeria dormiam mais dois e em cima do boi também era colocado um colchão, sendo assim dor-miam 12 em uma cela. Quan-do tinha menos presos nós revezávamos e então cada dia da semana um dormia so-zinho na cela”.

M.S disse que nunca tinha tido passagem pela polícia, e que caiu de pára-quedas no assalto. Atualmente ele voltou ao trabalho, estreitou os laços com familiares e até conseguem rir do que acon-teceu. “Estava conversando com o meu tio e ele me disse que tinha conseguido receber R$ 9 mil de indenização da empresa que trabalhava. Eu respondi que a última vez que peguei uma quantia assim na mão puxei quatro anos de cadeia. E nós rimos da situ-ação”.

Já A.P.S, 32 anos ficou detida por um ano e 15 dias, por tráfico de drogas. Em li-berdade há dois anos, contou que durante o tempo em que esteve presa não enfrentou celas super lotadas. “O nosso X (cela) tinha três mulheres, todas presas por tráfico de drogas. Não tínhamos pro-blemas de relacionamento, todas se davam bem”.

Em se tratando das visitas, A.P.S relembrou que tinham um pouco mais de privilégios que os homens. “Podíamos receber até cinco pessoas da nossa família, e isso ajudava a amenizar um pouco da sau-dade que sentíamos”.

As reclamações são as mesmas, e em todas as en-trevistas foi possível observar a dor e a saudade da família e dos amigos. A má alimenta-ção, a super lotação e todas as dificuldades são só agra-vantes para quem está afas-tado de tudo e de todos.

Delegado Isaías Fernandes Machado mostra um inquérito que está em aberto devido ao pouco efetivo disponível

Fotos: Regiane Romão

Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013Edição 879 54

Reportagem sobre a delegacia de Wenceslau Braz

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6 Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013Edição 879GERAL/EDITAIS

Atletas de Siqueira Campos participam de Campeonato Brasileiro de Karate

em Forlateza – CE

De Siqueira CamposRegiane Romão

O sensei e técnico da seleção Paranaense de Karate, José Carlos Machado, o Batiá, e os alunos Felipe Nicolelli Tei-xeira, 21 anos e Ademar Vieira estiveram em Forta-leza – CE, representando a Associação Kanzen, para disputar o Campeonato Bra-sileiro de Karate, nos dias 1 a 3 de novembro.

Ao todo 42 atletas do Paraná disputaram o cam-peonato. A equipe Kanzen ficou em 9º lugar na pontua-ção geral. Já o atleta Felipe Nicolelli Teixeira, conquistou a medalha de bronze no Katá e ficou em 5º lugar no Kumitê.

De acordo com o sensei Batiá, por ser o primeiro campeonato de maior expressão disputado pelo atleta, a medalha de bronze está de bom tamanho. “O atleta se preparou bastante e nós enfrentamos uma viagem, não tivemos patro-

Kata é um conjunto de movimentos de ataque e defesa e está presentes nas mais diversas artes marciais japo-nesas, realizados em conjunto ou indivi-dualmente. O significado mor é "forma", mas que adquire conotações diversas, dependendo da arte em questão.

No karatê, descreve uma simulação de combate detalhada de movimentos, que é praticada individualmente ou em equipe. Antes de executá-lo, o prati-cante deve passar por uma prática de técnicas fundamentais, os kihons; ao que, antes da popularização, era refe-renciado como "balé da morte", termo que bem descreve sua natureza. A depender do estilo, há variações de um mesmo kata.

O Que É KumiteO Kumite é a arte da luta propria-

mente dita. Mas as modalidades de kumite podem ser bastante diferencia-das.

Jiu-ipon-kumite: É bastante pare-

cido com o kihon (luta combinada), com anunciação do golpe, mas com a dife-rença, do atacante poder se movimen-tar livremente, e a escolha do angulo de ataque. Tentando de essa forma minar a defesa do oponente.

Dessa forma o defensor se posiciona de forma a assimilar melhor o golpe e ter chance de poder desferir um contra ataque. Tanto o golpe, quanto o contra-golpe, devem ser desferidos de forma a definir a luta com esse golpe. Ou seja, a concentração e o kime (força e agili-dade) são utilizados, como se fosse à única chance de se ganhar esse com-bate, com precisão e potência.

Jiu-kumite sem força: Também conhecido como sombra, é uma moda-lidade mais livre de combate, sem a anunciação do golpe desferido, porem com o cuidado de encaixar os golpes, sem que os mesmos entrem em con-tato direto com o corpo do oponente.

O combate poderá ser orientado

tanto para treinamento de ataque, quanto de defesa, sendo que bons reflexos são exigidos para esse tipo de treinamento. Esse tipo de treinamento tem como objetivo, desinibir o atleta, bem como desenvolver sua alto con-fiança, sem que aconteçam maiores contatos físicos para isso.

Jiu-kumite com força: Luta em estilo livre, estilo competição, com golpes firmes e fortes, demonstrando kime e riquiashi (puxada rápida), para que o golpe tenha validade. Essa modalidade de kumite exige o máximo de concen-tração e autocontrole, afim de que aci-dentes sejam evitados.

Shiai-Kumite: Ou kumite competi-ção, é a luta pela conquista de pontos, conforme o regulamento do karatê competição. Consiste em dois atle-tas, tentando desferir o golpe perfeito, porem freando o golpe suficientemente próximo ao alvo.

Felipe Nicolelli Teixeira conquistou a medalha de bronze. O atleta é vice campeão Brasileiro de Karate Wado-Cup

Prefeitura de curiúvaestado do Paraná

EXTRATO DE CONTRATO N° 114/2013Pregão Presencial 17/2013Partes: Município de Curiúva e JORNALÍSTICA CORREIO DO NORTE S/C LTDA Objeto: Prestação de serviços de publicação dos atos oficiais, diariamente, produzidos pelo Município de Curiúva.Valor total global: R$ 26.220,00 (vinte e seis mil duzentos e vinte reais)Dotação Orçamentária: 06 - Educação02 – Gabinete Do Prefeito003 – DIVULGAÇÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO04.131.0401.2004 – 280 – 33.90.39.90.00.00 – Serviços de publicidade legalData Assinatura: 01.04.2013 Duração: 01.04.2014 Foro: Curiúva PR Amadeu de Jesus da Silva Prefeito Municipal de Curiúva

Prefeitura de siQueira caMPos estado do Paraná

Resumo de Edital nº 63/2013 – Pregão Presencial

OBJETO: Aquisição de materiais permanentes para estruturação e melhoria da capacidade de atendimento das entidades: Associação

de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE e Asilo São Vicente de Paulo, através do Convênio 777933/2012 - Ministério do Desen-

volvimento Social e Combate à Fome.

RECEBIMENTO DAS PROPOSTAS: Na Seção de Protocolo até as 13h45min do dia 26/11/2013.

ABERTURA: 26 de novembro de 2013 – Hora: 14h00min. LOCAL DE ABERTURA: Prefeitura Municipal, Rua Marechal Deodoro nº

1837.

INFORMAÇÕES: Prefeitura Municipal - Fone: (43) 3571-1122 Departamento de Administração.

EDITAL COMPLETO: www.doe.siqueiracampos.pr.gov.br.

Siqueira Campos, 07 de novembro de 2013.

Felipe Mehlich Pregoeiro Oficial

Arquivo Pessoal

cínio de ninguém, por essa razão estamos muito felizes com essa terceira coloca-ção”. Ao todo 1.200 atletas de todo o país participaram da competição.

Para o sensei, Felipe teve uma participação proveitosa,

pois competiu com karatecas experientes. “Além do Felipe, Ademar Vieira também par-ticipou do campeonato. Ele não conseguiu nenhuma medalha, mas ficou em 7º lugar no Katá e em 5º no Kumitê”.

Batiá ressaltou que, apesar do karateca Ademir não ter conquistado nenhuma medalha ele mostrou muita técnica, garra e determina-ção. “Ele fez bonito, já que participou nas finais com atletas de alto nível”.

destaQue reGionaLCursos em JaCarezinho

A Secretaria Municipal da Assistência Social de Jaca-rezinho encerrou no início de novembro o curso “Técnicas para Garçom”. O evento faz parte do Programa Habita-cional “Enchente” e já disponibilizou outros quatro cursos para a comunidade jacarezinhense. Em parceria com o SENAC, os moradores também tiveram a oportunidade de realizar os cursos: “Cuidador Domiciliar de Idoso” (72 horas), “Gerenciamento e Orçamento Pessoal e Familiar” (21 horas), “Relacionamento Familiar (21 horas) e “Manu-tenção e Conservação do Imóvel” (21 horas). Além dos cursos os participantes tiveram transportes de ida e volta e lanches no intervalo.

i mostra PedagógiCaA Coordenação Local do Pacto Nacional pela Alfabeti-

zação na Idade Certa, juntamente com as orientadoras de estudos do programa, informa a todos que entre os dias 11 e 12 de novembro as Escolas Municipais de Jacarezinho estarão realizando a I Mostra Pedagógica do PNAIC.

O objetivo principal desta Mostra é que o professor alfabetizador possa socializar as práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula embasadas nos estudos realizados nos Encontros de Formação através da apre-sentação dos Projetos e Sequências Didáticas desenvol-vidas por eles que participaram da formação continuada dentro do Programa PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabeti-zação na Idade Certa durante o ano de 2013.

1ª Feira de CiênCias ConheCimento e CulturaA Fanfarra e a Banda Municipal de Jacarezinho partici-

param durante esta quarta-feira (6) da 1ª Feira de Ciências Conhecimento e Cultura do Colégio Estadual Luiz Setti. O evento teve abertura oficial no período da manhã pelo diretor Ronaldo Terra que ressaltou o conhecimento que os alunos ganharão com esta feira. A diretora auxiliar, Maria Angela Frigeri também participou da abertura.

As atividades do período da tarde foram abertas pela Banda Municipal com o maestro Luiz Fernando Rizzo. Eles executaram os hinos Nacional e Municipal, seguida por apresentação da Escola Maria de Nazaré – APAE sobre o Maracatu e a Fanfarra Municipal pelo instrutor Luiz Hen-rique Hartmann. Os alunos da escola acompanharam as apresentações na quadra de esportes e aplaudiram muito ao final.

esPorte e CulturaGeralmente, o final do ano nas escolas se resume no

corre-corre de alunos que ficaram em recuperação, avalia-ções e finalização de atividades. No IFPR Campus Jacare-zinho a realidade é outra. Os estudantes estão envolvidos em atividades esportivas, culturais, de pesquisa e exten-são que consolidam os conteúdos ensinados no decorrer do ano letivo.

No período de 14 a 18 de outubro, 68 atletas e 6 docen-tes participaram dos Jogos Escolares do Instituto Fede-ral na cidade de Palmas-PR. O evento foi integralmente custeado pela assistência estudantil e contou com mais de 500 atletas e 50 servidores de todas as unidades do IFPR. O Campus Jacarezinho competiu em 13 modalida-des, conquistando medalhas em 8 categorias: atletismo masculino e feminino, natação masculina e feminina, futsal masculino, xadrez masculino, vôlei de areia masculino e tênis de mesa em dupla.

saúde em CambaráA Secretaria Municipal de Saúde realizou audiência

pública no dia 30, na Câmara de Vereadores, para apre-sentar Plano Plurianual (PPA) do município para o período de 2014/2017. O PPA prevê recursos da ordem de R$ 10,1 milhões para o setor. O PPA é peça fundamental na com-posição do orçamento público. Ele traça as metas, diretri-zes e objetivos a serem cumpridos no período fixado.

Segundo o secretário municipal de Saúde, João Luccas Thabet, com 50% dos recursos sendo usados para a folha de pagamentos, há boas chances de investir na saúde;

Em Cambará, o PPA vem sendo elaborado com a par-ticipação popular em todas as fases. De acordo com o prefeito, João Mattar Olivato, a audiência pública é uma reunião que trata de assuntos do interesse do povo e de sua localidade.

isenção de imPostosCópia do processo, uma ação civil pública, movido pelo

Ministério Público Estadual (MPE) da comarca de Joaquim Távora, contra o ex-prefeito de Quatiguá, Efraim Bueno de Moraes – afastado pela justiça da presidência da Câmara Municipal – comprova que a isenção fiscal concedida pelo então administrador, em 2009, beneficiou 119 contribuin-tes, a maioria pessoas carentes e algumas instituições de caráter religioso e social.

No total, a renuncia de recweita, segundo dados apre-sentados pelo MPE à justiça, é de R$ 511.395,53, que dei-xaram de entrar nos cofres da prefeitura, caracterizando grave omissão do agente público, segundo a visão do pro-motor de justiça Fabrício Muniz Sabage.

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Edição 879Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013 7

EDITAIS

CÂMARA MUNICIPALSiqueira Campos - Estado do Paraná

RESUMO SESSÃO ORDINÁRIA - 04/11/2013Marcos Adriano dos Reis, Presidente da Câmara Municipal de Siqueira Campos, no uso de suas atribuições

legais, em cumprimento do Artigo 175 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Siqueira Campos -

PR, torna público o resumo dos trabalhos da Sessão Ordinária do dia 04/11/2013:

1- PROPOSIÇÕES APROVADAS:

Projeto de Lei Complementar nº 010/2013 - Acrescenta o artigo 238-A na Lei Complementar nQ 500/2010 (Códi-

go Tributário Municipal) - Isenta do pagamento da ClP (Contribuição de Iluminação Pública) os consumidores de

energia elétrica, enquadrados no programa LUZ FRATERNA

3- INDICAÇÕES:Indicação nº 105/2013 - Vereador Marcos Adriano dos Reis: Que o Executivo reative. através do Departa-mento de Esporte e Lazer o TORNEIO DE FUTEBOL Cidade/Bairros

Siqueira Campos, 05 de novembro de 2013.

Câmara de siqueira Camposestado do paraná

preFeitura muniCipaL de siqueira Camposestado do paraná

1º TERMO ADITIVO DO CONTRATO N°130/2013, REFERENTE AO PREGÃO PRESENCIAL Nº 50/2013.

CONTRATANTE: MUNICÍPIO DE SIQUEIRA CAMPOS

CONTRATADO: ALEXANDRE CRISTIANO VELASCO & CIA LTDA

OBJETO: Reajuste de preço da Gasolina Comum de R$ 2,685 (dois

reais e seiscentos e oitenta e cinco centavos) para R$ 2,872 (dois reais e oitocentos e setenta e dois centavos), a fim de recompor o

equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Siqueira Campos, 21 de outubro de 2013.

FABIANO LOPES BUENO PREFEITO MUNICIPAL

preFeitura muniCipaL de siqueira Camposestado do paraná

1º TERMO ADITIVO DO CONTRATO N°131/2013, REFERENTE AO PREGÃO PRESENCIAL Nº 50/2013.

CONTRATANTE: MUNICÍPIO DE SIQUEIRA CAMPOS

CONTRATADO: CANA VERDE COM. DE COMBUSTÍVEIS LTDA

OBJETO: Reajuste de preço do Biodiesel Comum de R$ 2,10 (dois

reais e dez centavos) para R$ 2,188 (dois reais cento e oitenta e oito centavos), a fim de recompor o equilíbrio econômico-financeiro

do contrato.

Siqueira Campos, 21 de outubro de 2013.

FABIANO LOPES BUENO PREFEITO MUNICIPAL

preFeitura de sÃo JosÉ da Boa Vistaestado do paraná

HOMOLOGAÇÃO

REF.: Pregão Presencial de nº 50/2013 – REGISTRO DE PREÇOS

OBJETO: “Registro de preços para futura e eventual aquisição de peças para veículos pesados da frota municipal”

Face ao contido no Resultado do Processo, homologo o presente procedimento licitatório à proponente: EDSON L. CORREA PEÇAS

LTDA ME, no valor total de R$ 624.705,50 (Seiscentos e vinte quatro mil setecentos e cinco reais e cinquenta centavos).

São José da Boa Vista-Pr, em 07 de novembro de 2013.

Pedro Sérgio Kronéis

Prefeito Municipal

preFeitura de sÃo JosÉ da Boa Vistaestado do paraná

HOMOLOGAÇÃO

REF.: Pregão Presencial de nº 57/2013

OBJETO: “Contratação de empresa com mão de obra especializada para manutenção preventiva dos veículos pesados da frota

municipal”

Face ao contido no Resultado do Processo, homologo o presente procedimento licitatório à proponente: ELVIS CHRISTIANO TELMAN

- MEI, no valor total de R$ 17.784,00 (Dezessete mil setecentos e oitenta e quatro reais).

São José da Boa Vista-Pr, em 07 de novembro de 2013.

Pedro Sérgio Kronéis

Prefeito Municipal

preFeitura muniCipaL de Japiraestado do paranáEXTRATO do CONTRATO Nº 082/2013-PMJ

PREGÃO PRESENCIAL Nº 045/2013-PMJ

PARTES: MUNICÍPIO DE JAPIRA (PR) e a empresa GEFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA-ME.

OBJETO: O Objeto do presente Contrato é a aquisição de equipamentos e material permanente, a serem adquiridos com recursos

oriundos do IGD, que juntamente com a proposta da CONTRATADA, para todos os fins de direito, obrigando as partes em todos os

seus termos, passam a integrar este instrumento, independentemente de transcrição;

DO VALOR: Pelo fornecimento do Objeto ora contratado, a CONTRATANTE pagará à CONTRATADA o valor de R$ 4.747,00 (quatro

mil e setecentos e quarenta e sete reais), referente aos Itens 001, 005 e 006 do Lote 001, pelo Menor Preço apresentado.

DA VIGÊNCIA: O presente Contrato vigorará pelo durante o exercício corrente, contados a partir de sua assinatura, podendo a critério

da administração da prorrogação do mesmo, conforme Art. 57, Inciso II da Lei 8.666/93.

FORO: Comarca de Ibaiti, Estado do Paraná.

Japira (PR), 07 de novembro de 2013.

WILSON RONALDO RONY DE OLIVEIRA SANTOS

Prefeito Municipal

CONTRATANTE

ARGENILDO WAGNERGILCE XAVIER DIAS

Geflex Ind. Com. de Móveis Ltda-ME

CONTRATADA

preFeitura muniCipaL de Japiraestado do paranáEXTRATO do CONTRATO Nº 083/2013-PMJ

PREGÃO PRESENCIAL Nº 045/2013-PMJ

PARTES: MUNICÍPIO DE JAPIRA (PR) e a empresa MAQ NEW COMÉRCIO DE MÁQUINAS PARA ESCRITÓRIO LTDA.

OBJETO: O Objeto do presente Contrato é a aquisição de equipamentos e material permanente, a serem adquiridos com recursos

oriundos do IGD, que juntamente com a proposta da CONTRATADA, para todos os fins de direito, obrigando as partes em todos os

seus termos, passam a integrar este instrumento, independentemente de transcrição;

DO VALOR: Pelo fornecimento do Objeto ora contratado, a CONTRATANTE pagará à CONTRATADA o valor de R$ 9.877,00 (nove mil

e oitocentos e setenta e sete reais), referente aos Itens 002 e 003 do Lote 001, pelo Menor Preço apresentado.

DA VIGÊNCIA: O presente Contrato vigorará pelo durante o exercício corrente, contados a partir de sua assinatura, podendo a critério

da administração da prorrogação do mesmo, conforme Art. 57, Inciso II da Lei 8.666/93.

FORO: Comarca de Ibaiti, Estado do Paraná.

Japira (PR), 07 de novembro de 2013.

WILSON RONALDO RONY DE OLIVEIRA SANTOS

Prefeito Municipal

CONTRATANTE

LUIZ ANTÔNIO DA SILVA

Maq New Com. de Máquinas p/ Escritório Ltda

CONTRATADA

preFeitura muniCipaL de Japiraestado do paranáEXTRATO do CONTRATO Nº 083/2013-PMJ

PREGÃO PRESENCIAL Nº 045/2013-PMJ

PARTES: MUNICÍPIO DE JAPIRA (PR) e a empresa VALLE & ASSIS LTDA-ME.

OBJETO: O objeto do presente Contrato é a PAVIMENTAÇÃO COM PEDRAS IRREGULARES – POLIEDRO – NO TRECHO 01 DA

ESTRADA RURAL JAPIRA – NHÔ – GOMES NO MUNICIPIO DE JAPIRA, perfazendo um total de 36.000 m2, sob regime de emprei-

tada por preço global, tipo menor preço, em consonância com os projetos, especificações técnicas e demais peças e documentos da

TOMADA DE PREÇOS Nº 008/2013-PMJ, fornecida pelo CONTRATANTE;

DO VALOR: O preço global para a execução do objeto deste Contrato, é de R$ 1.099.200,00 (um milhão e noventa e nove mil e

duzentos reais), daqui por diante denominado “VALOR CONTRATUAL”.

DA VIGÊNCIA: O prazo de vigência do presente Contrato é de 12 (doze) meses, contados da data da assinatura do Contrato de

Empreitada.

FORO: Comarca de Ibaiti, Estado do Paraná.

Japira (PR), 07 de novembro de 2013.

WILSON RONALDO RONY DE OLIVEIRA SANTOS

Prefeito Municipal

CONTRATANTE

FABRICIO DO VALLE ASSIS

Valle & Assis Ltda

CONTRATADA

preFeitura de CuriúVaestado do paraná

EXTRATO DE CONTRATO N° 115/2013

Pregão Presencial 28/2013

Partes: Município de Curiúva e RODRIGUES E COUTO LTDA -ME

Objeto: Contratação de empresa para a prestação de serviços de transporte de alunos universitários

Valor total global: R$ 225.810,00 (duzentos e vinte e cinco mil oitocentos e dez reais)

Dotação Orçamentária:

06 - Educação

003 _ Divisão de ensino fundamental

2140-12.361.12012.035 – 33.90.39.03.00.00 – Despesas com transporte escolar.

2200-12.361.12012.035 – 33.90.39.99.05.00 – Serviços de transporte coletivo.

Data Assinatura: 01.04.2013

Duração: 31.12.2013

Foro: Curiúva PR

Amadeu de Jesus da Silva

Prefeito Municipal de Curiúva

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8 Sexta-Feira / 08 de Novembro / 2013Edição 879

social

8º Jantar de ConfraternizaçãoACISC 2013