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MACHADO DE ASSIS PROFª JAQUELINE CAPPELLARI COLÉGIO GERAÇÃO CONTOS

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MACHADO DE ASSIS

PROFª JAQUELINE CAPPELLARICOLÉGIO GERAÇÃO

CONTOS

Frei Simão

O que observar:É um conto tradicional.Frei Simão tinha o apelido de urso devido a seu caráter

taciturno e desconfiado, “passava dias inteiros na sua cela, de onde apenas saía na hora do refeitório e dos ofícios divinos”. Não tinha amizades.

A família de Simão era contra seu relacionamento com Helena (sua prima) porque ela era órfã e pobre, e também porque pretendiam casá-lo com uma herdeira rica. Depois de um tempo afastados, Helena é tida por morta e ele entra para o convento.

O amor impossível é uma característica romântica e o motivo de tal impossibilidade tornou-se clichê ao longo do século XIX, aparecendo bastante nos romances machadianos da fase romântica. Porém, o conto possui trechos realistas.

Aurora sem dia O que observar:Uma das características da obra de Machado de Assis é a ironia, que

aparece neste conto: o padrinho de Luís Tinoco tinha horror a poetas porque ligava tal prática à mendicidade, já que haviam lhe dito que Bocage e Camões ficavam nas ruas recitando seus poemas em troca de moedas. Porém, a ironia está na descrição de Luís Tinoco: “andava com o ar inspirado de todos os poetas nóveis (novatos) que se supõem apóstolos e mártires...”

A desmistificação da ciência, outra característica da obra de Machado, juntamente com a ironia, também aparece neste conto, pois o narrador diz que Luis ficara tão ansioso em sua primeira sessão no parlamento que fez um discurso de duas horas a respeito de um projeto sobre a colocação de um chafariz (acontecimento sem significação), no qual demonstrou por A+B o quanto a água é necessária ao homem (nada além do óbvio).

Na descrição de Luis Tinoco, Machado, com a utilização de poucos adjetivos, faz um retrato preciso da imagem física e moral da personagem.

Há neste conto ainda uma discussão sobre o fazer poético (ver a crítica de Dr. Lemos faz à poesia de Luis Tinoco.

Teoria do medalhão O que observar:O drama do indivíduo que deseja ser ilustre e

importante é traçado com ironia neste conto, pois o pai dá conselhos ao filho para que o mesmo se adapte à mediocridade, fugindo de qualquer ideia ousada, de qualquer expressão original, de qualquer pensamento profundo.

A receita do sucesso passa, dessa maneira, pelo uso de idéias banais e pela celebração de valores já consagrados – ver cada um dos conselhos que o pai dá ao filho para compreender o significado do que é um homem-medalhão.

Por meio de sua cáustica ironia, Machado faz uma crítica à mediocridade social.

A chinela turca O que observar:No início do conto o narrador se dirige aos possíveis leitores:

“Vede o Bacharel Duarte. Acaba de compor o mais teso e correto laço de gravata...”. Este recurso tem o objetivo de dar maior “realismo’ e verossimilhança ao texto.

O “mistério” da chinela turca é mostrado ao final do conto – tudo não passara de sonho do Bacharel Duarte.

Uma peça (a chinela turca) é colocada dentro de outra (a que LopoAlves escreveu).

Ao final do conto percebemos também que o sonho exemplifica o ultra-romantismo que dias antes tanto agradara, dias antes, o major.

O final (ver parágrafo final) também sugere, ironicamente enfado causado pela do longo texto escrito pelo visitante.

O conto chama a atenção para a questão do teatro, arte na qual o espectador funciona como um coadjuvante e que, por vezes, por meio de sua imaginação, supera o drama encenado.

O segredo do bonzo O que observar:A obra possui um subtítulo - “Capítulo inédito de Fernão Mendes

Pinto”- que na verdade faz referência à obra Peregrinação, de Machado de Assis, cujo narrador (marinheiro) faz supostamente o relato de viagens marítimas (das quais ele teria participado como marinheiro) dos portugueses ao Oriente.

Há uma paródia a essas histórias que até hoje circulam em Portugal: “Fernão: Mentes?Minto!”

O enredo desenvolve-se em 1552, no reino de Bungo, no Japão.O tema do conto é o fato de fazer passar por verdade as mais

desvairadas fantasias, calçadas por argumentos enganadores –pode-se pensar em uma crítica que Machado faz ao cientificismo do século XIX.

Novamente aparece a referência ao teatro: “Não há espetáculo sem espectador”.

Observar como Diogo Meirelles consegue colocar em prática a “doutrina do bonzo” – o jogo entre o real e o ilusório, segundo a irônica teoria defendida pelo conto, só era possível “visto não ser o homem todo outra coisa mais do que um produto da idealidade transcendental.

O espelho O que observar:No trecho “O alferes eliminou o homem. Durante alguns

dias as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a primitiva cedesse à outra” há uma síntese das mudanças que ocorrem no alferes Jacobina, a partir das distinções com que agraciava a tia Marcolina.

A essência da teoria defendida pela personagem Jacobina é a de que cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora e outra que olha de fora para dentro; e é nessa última que está o interesse de Jacobina: “a alma exterior pode ser um espírito, um fluido, um homem, muitos homens, um objeto, uma inspiração, uma operação...”.

No final do conto, para conseguir se ver no grande espelho da tia Marcolina, Jacobina tem de vestir-se de alferes, sua “alma exterior”, única garantia de encontrar de novo a identidade perdida.

Verba testamentária

O que observar:A doença de Nicolau – aquele que não podia

encarar a superioridade alheia sem sofrer – é, na verdade, a inveja.

O trecho “A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito” refere-se à falta de “memória” dos homens, que, à medida que se vão somando fatos novos, esquecem os passados.

Cantiga de esponsais O que observar:No início do conto, o narrador situa a “leitora” no

tempo e no espaço, utilizando a técnica peculiar a Machado de Assis, a da “conversa” com o leitor: “Imagine a leitora que está em 1813, na Igreja do Carmo...”.

Atentar para a descrição da casa de Romão “... não tinha o menor vestígio de mulher, velha ou moça (...) o mais alegre era um cravo, onde o mestre Romão tocava algumas vezes, estudando.”

Os “dois casadinhos de oito dias” metaforizam tudo aquilo que mestre Romão não tem ou que perdeu: a capacidade de criar, de inventar melodia nova, e a felicidade conjugal para sempre extinta.

Conto Alexandrino

O que observar:Novamente, assim como em “O segredo do

bonzo”, Machado zomba do endeusamento da ciência em sua época.

A “moral da história” está no último parágrafo, depois que Pítias e Stroibus foram supliciados, em lugar de ratos, para saber se seu “nervo do latrocínio residia na palma das mãos ou na extremidade dos dedos”.

Atentar para o trecho “Diziam os alexandrinos que os ratos celebraram esse caso aflitivo e doloroso com danças e festas...” e na fala do cão e do rato.

Noite de almirante O que observar:Talvez este seja o mais lírico e doloroso dos contos de Machado de Assis,

em que a paixão extrema de um marinheiro é aviltada pela traição e pelo esquecimento da amada.

Assim como Missa do galo e Uns braços, Noite de Almirante é considerado um conto psicológico ou de atmosfera, tipo de conto em que a criação de uma atmosfera entre as personagens e a revelação de sutis aspectos psicológicos são mais importantes que a trama e o desfecho. É uma forma de relato de difícil elaboração, porém Machado torna-se um mestre universal nesta espécie de história curta.

Genoveva mente ao fazer a jura de amor, mas diz a verdade quando abordada por Deolindo.

Há, como muito aparece na obra machadiana, a dissimulação feminina.A sequência das ações das personagens é contrastante: em Genoveva, a

sequência é mentira e verdade; em Deolindo, é verdade e mentira, pois fala a verdade no pacto amoroso, mas prefere mentir aos companheiros, ao falar sobre a “noite de almirante”.

Ex cathedra O que observar:Ao invés de tratar a paixão como sentimento irrefreável e mais

poderoso que a vontade humana, Machado, com sua crítica aguda, aborda a questão por ângulo oposto, pois, resolvendo casar a afilhada com o primo recém-chegado, Fulgênciosupõe, antes, dever instruí-los sobre o amor. Então ele teoriza, diz que o homem e a mulher deveriam conhecer as razões físicas e metafísicas desse sentimento, pois assim estariam mais aptos e recebê-lo e nutri-lo com eficácia.

Portanto, aparece novamente a crítica ao cientificismo e à atitude soberba do homem de tentar explicar com bases “científicas” até mesmo os sentimentos humanos.

O casal de andorinhas que aparece no texto e a observação que é feita constitui uma indireta às complicadas teorias de Fulgêncio sobre o amor, pois as andorinhas dão a lição de simplicidade que falta ao modo científico de pensar do padrinho.

A cartomante O que observar:O final é surpreendente, um primor de sátira ao pensamento

mágico, às crendices e às superstições populares, mesmo sendo um conto de feição mais anedótica.

Relato centrado na história e no desfecho imprevisto, prevalece a criação de atmosfera e o esquadrinhamento psicológico, isto é, é um conto que mais sugere do que diz.

Há um triângulo amoroso concreto (ao contrário do que ocorre no romance Dom Casmurro). Rita e Camilo são amantes, Vilela é o marido traído.

Há a citação de Hamlet quando ele observa a Horácio que há mais coisas no céu e na terra do que sonha nossa filosofia, porém, as personagens shakesperianas referem-se a mistérios inacessíveis à razão humana e Rita e Camilo procuram a explicação superticiosa (ao invés de metafísica como Fulgêncio), e aí está novamente a ironia machadiana, pois o que acaba acontecendo não passa de uma vulgar tragédia burguesa e não um drama existencial como ocorre em Shakespeare.

Uns braços O que observar:Assim como Noite de almirante, trata-se de um conto psicológico

ou de atmosfera.A única felicidade do jovem empregado Inácio, na casa do

solicitador Borges, são os braços da esposa dele, Dona Severina.

Em toda obra machadiana, os braços femininos carregam uma dimensão de sensualidade (como no conto Missa do Galo e nos romances Dom Casmurro e Quincas Borba).

Há, em Dona Severina, uma extraordinária complexidade psicológica, é uma típica mulher machadiana. Há nela emoções contraditórias que geram um comportamento ambíguo e difuso. Tal ambiguidade é visível quando beija Inácio, movida por um impulso inconsciente, cuja natureza e razão ela própria desconhece.

Na linguagem há a poeticidade de Machado de Assis.Atentar para a importância do domingo na vida das personagens.

A causa secreta

O que observar:O título sugere uma narrativa de mistérios, o que podemos

perceber desde o início do conto devido ao constrangimento das personagens: “Agora mesmo, os dedos de Maria Luísa parecem ainda trêmulos...”.

O narrador (Garcia) analisa a alma humana.Garcia.Atentar para a descrição da expressão fisionômica de

Fortunato no momento da dissecação do rato, o narrador fala do “vasto prazer, quieto e profundo” do homem.

Qual é a causa secreta do comportamento de Fortunato? “a necessidade de achar uma sensação de prazer que só a dor alheia lhe pode dar: é o segredo deste homem, verdadeira redução de Calígula”.

O enfermeiro O que observar:Conto humano, porém irônico e distanciado, trabalha com a

imperfeição ética das personagens que são, claro, representantes típicos da espécie.

O homem é mais uma vez retratado por Machado como um ser corrompido, egoísta, ingrato, oportunista e preso às forças malignas. Tais características podem ser observadas tanto em Procópio quanto no Coronel Felisberto. Esse pessimismo Machadiano em retratar a humanidade evidencia uma certa "má vontade" do autor em julgar o ser humano e a vida de uma maneira geral.

Ao término desse conto, algumas dúvidas insistem em nos intrigar: Qual seria a real intenção de Procópio ao aceitar o serviço de enfermeiro? Será que ele foi o responsável pela morte de Felisberto, ou esta foi fruto da enfermidade? E quanto ao Coronel, será que ele era tão mau quanto parecia? Será que Felisberto não deixou a herança para o Enfermeiro somente porque não tinha para quem deixar, ou até mesmo por simples arrependimento? E Quanto ao relato inicial de Procópio, este não tinha um tom de arrependimento, como se ele dissesse "Perdoe o meu pecado" - no caso, a morte do Coronel?

Mariana O que observar: Machado escreveu dois contos com o mesmo título, provavelmente o segundo tenha sido

um trabalho de reescrita do primeiro. Mariana (1871), publicado no Jornal de Famílias. Mariana (1891), do livro Várias Histórias. Neste segundo, Mariana é uma mulher branca, casada, que tem uma relação

extraconjugal e que, ao ser abandonada pelo amante, tenta suicidar-se, mas é salva pela mãe.

A narrativa têm como eixo principal, o que se poderia denominar na época, uma relação “amorosa imprópria”.

Poder-se-ia dizer que o conto tem seu ponto de partida em 1872, quando Evaristo, o amante da Mariana branca, parte a Europa. E só retorna em 1890. E não por uma questão de amor, senão de curiosidade: queria saber o que tinha acontecido no Brasil em novembro de 1889.

não existe relação entre o narrador e os personagens. O narrador parece ser um espectador que segue a Evaristo, mas é um observador que se movimenta entre o real e o irreal, o passado e o presente, o interno e o externo, mergulhando na psique dos autores do drama.

O deslocamento do mundo real produz-se no momento que Evaristo espera ser recebido por Mariana. Ao olhar o retrato da moça, “com seus lindos olhos redondos enamorados”, Evaristo o desdobra, reproduzindo uma antiga cena de amor. Mariana.

Atentar para a figura de Mariana, personagem complexa como as demais personagens femininas criadas por Machado de Assis, porém, esta, “três vezes sincera”, como conclui Evaristo.

Novamente há neste conto a comparação da vida com uma peça de teatro.

Conto de escola O que observar:Por meio de um acontecimento banal, em uma classe de meninos, o narrador-

personagem chega ao primeiro conhecimento da corrupção e da delação.É considerado um conto moral, tipo de conto em que se processa na consciência

do(s) protagonista(s) uma aprendizagem moral (no sentido de ética), geralmente exposta no fim do relato. Porém, no conto de Machado, isso se dá às avessas, pois a experiência do menino – sublinhada no final do conto –é a da iniciação a valores degradados, que lhe eram até então desconhecidos.

Há profunda ironia contra a escola, pois ao invés de ser transmissora de valores morais, humanistas e científicos, ela impõe, através da violência e falta de sensibilidade do professor, um ensinamento medíocre e padrões mesquinhos de comportamento.

A aprendizagem de Pilar não está relacionada ao conhecimento da matéria dada, mas sim ao envolvimento do menino com Raimundo e, por extensão, com Curvelo.

Há a recordação do passado que permite a reconstituição dos velhos métodos pedagógicos. Pilar é castigado com a vara de marmeleiro por faltar à aula.

Estabelece-se contraste entre a noção de prisão (a escola) e de liberdade (o mundo lá fora).

Além do sentido moral, este conto forte dimensão de verdadeira poesia humana.

O caso da vara

O que observar:Assim como o conto Pai contra mãe, o conto O

caso da vara mostra o espírito abolicionista de Machado, sem os lugares-comuns da literatura política, pois não há proclamação alguma dos oprimidos. Entretanto, a violência da escravidão é claramente apresentada.

Missa do galo O que observar:Conto de atmosfera ou psicológico.Um rapaz do interior e uma senhora casada

conversam enquanto não chega a hora da missa festiva de Natal, o diálogo entre os dois cria uma atmosfera de intimidade e cumplicidade.

Nas entrelinhas do registro que o jovem faz da conversa, percebem-se o erotismo sutil, o mútuo interesse, a disponibilidade quase que física de ambos, ameaçando a moral que a sala de estar, com sua decoração pesada, tão bem representa.

Ao final do conto, fica a dúvida de Nogueira, isto é, se, no passado, Conceição realmente teve interesse pelo jovem. Desse modo, novamente aparece a questão do mistério da alma feminina.

Um cão de lata ao rabo O que observar:O conto narra um embate entre o cão e o furacão. Luta

tremenda, entre o animal e a força da natureza, assistida pelo destino, cujo desfecho é um estrondo a assinalar a vitória do cão.

O mínimo derrubara o máximo, na expressão do autor. O cão bem poderia ser o homem, a tormenta a doença

inexorável; pode-se pensar numa referência à epilepsia. Nicolau, do conto “Verba testamentária” também possui traços que podem sugerir essa doença, que, por sinal acometia o próprio Machado de Assis.

A ironia machadiana está mais uma vez presente neste conto, pois há uma denúncia do abuso da retórica que, na verdade, nada mais é que a falta de assunto e argumentos. Assim, podemos relacioná-lo com o o conto “Teoria do medalhão”.

A ironia está principalmente na caracterização dos textos.

Uma noite O que observar:

Há neste conto características do romance de folhetim, tais como:

estilo melodramático; excesso de detalhes que retardam a ação; fusão de horror e lágrimas; suspense com final abrupto.

Há referências políticas (Guerra do Paraguai, batalha de 24 de maio) e também referências artísticas da época (o lundu – tipo de composição musical).

Maria Cora

O que observar:É realizada referência aos tempos em que, romanticamente,

se lutava por um objetivo qualquer: ou para conquistar o Vaso sagrado, conforme está em A demanda do Santo Graal (original francês de 1220), ou para merecer a dama inacessível, como o exemplo do texto Amadis de Gaula, de 1508.

Tal comparação é utilizada pelo narrador, pois ele se dispõe a combater numa batalha que não lhe interessa, entre legalistas e revolucionários, apenas para possuir o amor de Maria Cora.

Referências políticas presentes no conto (servem para situar o tempo em que se passam os fatos da narrativa): Revolução Federalista, Campanha Oriental, republicanos, federalistas, Marechal Floriano Peixoto, etc.

Referências ASSIS, Joaquim Maria Machado. Contos. São Paulo: FTD, 2002.

GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.

NICOTTI, João Armando. Leituras Obrigatórias. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.

http://www.estacio.br/rededeletras/numero9/no_mundo_letras/oenfermeiro.asp

http://74.125.45.132/search?q=cache:ihkuha9KAwwJ:www.idelberavelar.com/abralic/txt_34.pdf+conto+mariana+de+machado+de+assis&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

http://www.idelberavelar.com/abralic/txt_34.pdf

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