contagem de clostridium perfringens em água pela técnica de menbrana filtrante

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Contagem de Clostridium Perfringens em água pelatécnica de membrana filtrante O Ágar Triptose Sulfito Cicloserina (TSC) é tradicionalmente utilizado na determinação de Clostridium perfringens em alimentos e tem sido avaliado para análise desse microrganismo em água de consumo humano, constituindo-se também numa excelente alternativa para a enumeração de outros clostrídios sulfito-redutores. A cicloserina proporciona seletividade ao meio suprimindo o crescimento de praticamente todos os anaeróbios facultativos. Como característica diferencial neste meio os clostrídios sulfito-redutores reduzem o sulfito a sulfeto, este reage com o ferro presente formando um precipitado de sulfeto de ferro e produzindo, conseqüentemente, colônias pretas. No desenvolvimento desse trabalho, verificamos em experimentos preliminares que para utilização desse meio com membrana filtrante em sua superfície, não ocorria formação de colônias pretas por cepa de referência de C. perfringens, após incubação em atmosfera anaeróbia. A partir dessas observações, conseguimos uma boa adaptação à técnica de membrana filtrante, utilizando o ágar TSC sem adição de gema de ovo e suplementado com 0,5% de extrato de levedura (TSC-YE). Diluições da cultura de referência foram separadamente filtradas e as membranas colocadas de forma invertida, ou seja com a face quadriculada voltada para baixo, sobre a superfície do meio TSC-YE sólido e previamente seco contido em placas de Petri de 13mm de diâmetro, sendo em seguida recoberta com uma sobrecamada do mesmo meio. O resultado obtido pela contagem das colônias pretas formadas deve ser considerado presuntivo, podendo ser confirmado através dos testes bioquímicos recomendados na análise de C. perfringens em alimentos (FDA, 1998). A adição de substrato fluorogênico 4-Metil-umbeliferil-fosfato (MUP) ao meio TSC-YE também pode constituir-se em alternativa rápida para identificação das colônias de C. perfringens através da reação com a enzima fosfatase ácida, de alta especificidade para essa bactéria e observada devido à sua ação de clivagem sobre o MUP com formação de 4-Metil-umbeliferona que apresenta fluorescência sob luz ultra-violeta. Junqueira, V. C. A.*; Silva, N.* & Cantúsio Neto, R.** * Instituto de Tecnologia de Alimentos. Avenida Brasil, 2880. Jardim Chapadão. Cep 13 073-001 Campinas, SP, Brasil. E-mail [email protected] **Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. Rua Abolição, 2375. Swift. Cep 13045-610 Campinas, SP, Brasil. E-mail [email protected] VI Congresso Latinoamericano de Microbiologia de Alimentos LAS – ICMSF/DAMYC – AAM – Microal 2000 pag. 74 –D1

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O Ágar Triptose Sulfito Cicloserina (TSC) é tradicionalmente utilizado na determinação de Clostridium perfringens em alimentos e tem sido avaliado para análise desse microrganismo em água de consumo humano, constituindo-se também numa excelente alternativa para a enumeração de outros clostrídios sulfito-redutores. A cicloserina proporciona seletividade ao meio suprimindo o crescimento de praticamente todos os anaeróbios facultativos. Como característica diferencial neste meio os clostrídios sulfito-redutores reduzem o sulfito a sulfeto, este reage com o ferro presente formando um precipitado de sulfeto de ferro e produzindo, conseqüentemente, colônias pretas. No desenvolvimento desse trabalho, verificamos em experimentos preliminares que para utilização desse meio com membrana filtrante em sua superfície, não ocorria formação de colônias pretas por cepa de referência de C. perfringens, após incubação em atmosfera anaeróbia. A partir dessas observações, conseguimos uma boa adaptação à técnica de membrana filtrante, utilizando o ágar TSC sem adição de gema de ovo e suplementado com 0,5% de extrato de levedura (TSC-YE). Diluições da cultura de referência foram separadamente filtradas e as membranas colocadas de forma invertida, ou seja com a face quadriculada voltada para baixo, sobre a superfície do meio TSC-YE sólido e previamente seco contido em placas de Petri de 13mm de diâmetro, sendo em seguida recoberta com uma sobrecamada do mesmo meio. O resultado obtido pela contagem das colônias pretas formadas deve ser considerado presuntivo, podendo ser confirmado através dos testes bioquímicos recomendados na análise de C. perfringens em alimentos (FDA, 1998). A adição de substrato fluorogênico 4-Metil-umbeliferil-fosfato (MUP) ao meio TSC-YE também pode constituir-se em alternativa rápida para identificação das colônias de C. perfringens através da reação com a enzima fosfatase ácida, de alta especificidade para essa bactéria e observada devido à sua ação de clivagem sobre o MUP com formação de 4-Metil-umbeliferona que apresenta fluorescência sob luz ultra-violeta.

Junqueira, V. C. A.*; Silva, N.* & Cantúsio Neto, R.**

* Instituto de Tecnologia de Alimentos. Avenida Brasil, 2880. Jardim Chapadão. Cep 13 073-001 – Campinas, SP, Brasil. E-mail [email protected] **Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. Rua Abolição, 2375. Swift. Cep 13045-610 – Campinas, SP, Brasil. E-mail [email protected] VI Congresso Latinoamericano de Microbiologia de Alimentos LAS – ICMSF/DAMYC – AAM – Microal 2000 pag. 74 –D1