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Clique para avançar Clique para avançar ou de Santa Maria de Belém ou de Santa Maria de Belém Produção: Fernando Patronilo d’Araújo Produção: Fernando Patronilo d’Araújo [email protected] Formatação: Formatação: RE RE

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MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS. ou de Santa Maria de Belém. Produção: Fernando Patronilo d’Araújo [email protected]. Formatação: RE. Clique para avançar. APRESENTAÇÃO - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Clique para avançar

Clique para avançarClique para avançar

ou de Santa Maria de Belémou de Santa Maria de Belém

Produção: Fernando Patronilo d’Araújo Produção: Fernando Patronilo d’Araújo [email protected]

Formatação:Formatação: RERE

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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

O signatário, após aposentado, tem vindo a produzir documentos, O signatário, após aposentado, tem vindo a produzir documentos, sem qualquer fim material, tentando dar a conhecer, através da Internet, sem qualquer fim material, tentando dar a conhecer, através da Internet,

o Património e factos históricos de Portugal. o Património e factos históricos de Portugal.Nesta conformidade, com a colaboração de amigos brasileiros, na Nesta conformidade, com a colaboração de amigos brasileiros, na

formatação e pesquisa,formatação e pesquisa, nos últimos meses produziu os seguintes PPS:nos últimos meses produziu os seguintes PPS:

Nossa Senhora do Cabo Espichel;Nossa Senhora do Cabo Espichel;Inês de Castro e D. Pedro I;Inês de Castro e D. Pedro I;O Mosteiro de Alcobaça;O Mosteiro de Alcobaça;O Palácio de Queluz; O Palácio de Queluz; A Cidade de Queluz.A Cidade de Queluz.

O presente trabalho, O MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS, pretende dar uma O presente trabalho, O MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS, pretende dar uma panorâmica geral desse tão importante Monumento Nacional e até Internacional.panorâmica geral desse tão importante Monumento Nacional e até Internacional.

Agradecendo, penhoradamente, a colaboração ao Músico Agradecendo, penhoradamente, a colaboração ao Músico Pedro Caldeira Cabral, bem como a todos que, tão amavelmente, prestaram Pedro Caldeira Cabral, bem como a todos que, tão amavelmente, prestaram

esclarecimentos ou observações, o caso do IPPAR, formulamos votos para esclarecimentos ou observações, o caso do IPPAR, formulamos votos para que outros elaborem trabalhos que melhor dignifiquem o nosso valioso que outros elaborem trabalhos que melhor dignifiquem o nosso valioso

Património e exaltem os gloriosos feitos dos nossos antepassados.Património e exaltem os gloriosos feitos dos nossos antepassados.

Fernando Patronilo d’AraújoFernando Patronilo d’Araújo

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Dentre os monumentos históricos de Portugal, Dentre os monumentos históricos de Portugal, o Mosteiro dos Jerónimos é, sem dúvida, um dos o Mosteiro dos Jerónimos é, sem dúvida, um dos

mais importantes e significativos. mais importantes e significativos.

Símbolo da epopéia marítima portuguesa, Símbolo da epopéia marítima portuguesa, celebra o descobrimento de novas terras e caminhos, celebra o descobrimento de novas terras e caminhos,

nomeadamente o Caminho Marítimo para a Índia. nomeadamente o Caminho Marítimo para a Índia.

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Situa-se no local onde existia a ermida Situa-se no local onde existia a ermida da Ordem de Cristo de Nossa Senhora de Belém, em que foi da Ordem de Cristo de Nossa Senhora de Belém, em que foi rezada a missa, assistida por Vasco da Gama e rezada a missa, assistida por Vasco da Gama e seus companheiros, no dia da partida da seus companheiros, no dia da partida da

armada para a Índia.armada para a Índia.

Em função de sua beleza e importância, Em função de sua beleza e importância, foi considerado Monumento Nacional e inscrito no foi considerado Monumento Nacional e inscrito no

Património Mundial da UNESCO. Património Mundial da UNESCO.

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Sua construção, iniciada por D.Manuel I (1501 ou 1502), Sua construção, iniciada por D.Manuel I (1501 ou 1502), prolongou-se também pelos reinados de D. João III, D. Sebastião e os prolongou-se também pelos reinados de D. João III, D. Sebastião e os

Filipes de Espanha (que reinaram em Portugal, de 1580 a Filipes de Espanha (que reinaram em Portugal, de 1580 a 1640), sendo outras alterações e ou reconstruções 1640), sendo outras alterações e ou reconstruções

realizadas posteriormente. realizadas posteriormente.

O financiamento do projeto foi garantido pela concessão aos frades O financiamento do projeto foi garantido pela concessão aos frades Jerônimos, em 1503, da vintena das mercadorias vindas da Índia. Jerônimos, em 1503, da vintena das mercadorias vindas da Índia.

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Apesar de todas as vicissitudes ocorridas na construção e Apesar de todas as vicissitudes ocorridas na construção e das profundas transformações que sofreu a área evolvente, das profundas transformações que sofreu a área evolvente, Portugal deu ao mundo um património dos mais importantes e Portugal deu ao mundo um património dos mais importantes e

bonitos de toda arquitectura europeia, no que respeita à articulação bonitos de toda arquitectura europeia, no que respeita à articulação harmoniosa do Gótico, Manuelino, Renascentista e Maneirismo. harmoniosa do Gótico, Manuelino, Renascentista e Maneirismo.

Page 7: Clique para avançar

Com uma fachada de cerca de 300 metros, Com uma fachada de cerca de 300 metros, o Mosteiro dos Jerónimos situa-se junto ao Rio Tejo, tendo o Mosteiro dos Jerónimos situa-se junto ao Rio Tejo, tendo a separá-los, actualmente, um grande e belo jardim. a separá-los, actualmente, um grande e belo jardim.

É constituído por vários corpos de tamanho desigual, obedecendo, É constituído por vários corpos de tamanho desigual, obedecendo, contudo, a um princípio de horizontalidade, com zonas praticamente contudo, a um princípio de horizontalidade, com zonas praticamente

nuas e outras de maior concentração decorativa, nuas e outras de maior concentração decorativa, parecendo autêntica renda de pedra. parecendo autêntica renda de pedra.

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A FACHADA SUL DO MOSTEIROA FACHADA SUL DO MOSTEIRO

Na fachada Sul do Mosteiro, quase paralela ao Rio Tejo, sobressaem, Na fachada Sul do Mosteiro, quase paralela ao Rio Tejo, sobressaem, da esquerda para a direita, quatro zonas ou corpos dominantes. da esquerda para a direita, quatro zonas ou corpos dominantes.

O primeiro é constituído pelo Mosteiro dos Frades, antigo dormitório O primeiro é constituído pelo Mosteiro dos Frades, antigo dormitório dos frades Jerónimos, com as suas 28 arcadas térreas, onde hoje se dos frades Jerónimos, com as suas 28 arcadas térreas, onde hoje se

encontram instalados o Museu da Marinha e o encontram instalados o Museu da Marinha e o Museu Nacional de Arqueologia. Museu Nacional de Arqueologia.

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DETALHES DO MOSTEIRO DOS FRADESDETALHES DO MOSTEIRO DOS FRADES

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O segundo corpo dominante da Fachada Sul corresponde O segundo corpo dominante da Fachada Sul corresponde à Igreja com as suas naves, janelões e o lindíssimo Portal Sul. à Igreja com as suas naves, janelões e o lindíssimo Portal Sul.

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O terceiro, qual fortaleza, corresponde ao corpo da Capela-Mor O terceiro, qual fortaleza, corresponde ao corpo da Capela-Mor maneirista, contrastando com o restante pela quase ausência de maneirista, contrastando com o restante pela quase ausência de

ornamentação e de aberturas para o exterior.ornamentação e de aberturas para o exterior.

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Finalmente, destaca-se a cúpula da torre da igreja, Finalmente, destaca-se a cúpula da torre da igreja, construída no século XIX.construída no século XIX.

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A IGREJA DO A IGREJA DO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOSMOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

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O PORTAL SUL (porta de entrada lateral da igreja)O PORTAL SUL (porta de entrada lateral da igreja)

É uma das peças arquitectónicas mais ricas da arquitectura portuguesa, É uma das peças arquitectónicas mais ricas da arquitectura portuguesa, relativamente ao gótico tardio. A sua autoria deve-se ao mestre João de relativamente ao gótico tardio. A sua autoria deve-se ao mestre João de

Castilho (embora o traço inicial, segundo se julga, seja ainda de Boytac) Castilho (embora o traço inicial, segundo se julga, seja ainda de Boytac) os trabalhos de execução devem ter-se iniciado em 1516. os trabalhos de execução devem ter-se iniciado em 1516.

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Este majestoso pórtico é ladeado por dois janelões; eleva-se Este majestoso pórtico é ladeado por dois janelões; eleva-se a cerca de 32 metros de altura com um cume triangular, encimado a cerca de 32 metros de altura com um cume triangular, encimado

por um nicho com o Arcanjo São Miguel. por um nicho com o Arcanjo São Miguel.

Page 16: Clique para avançar

Mais abaixo, na vertical, pode observar-se Nossa Senhora dos Reis Mais abaixo, na vertical, pode observar-se Nossa Senhora dos Reis com o Menino, ostentando na mão o vaso de oferendas dos Reis Magos. com o Menino, ostentando na mão o vaso de oferendas dos Reis Magos. No mesmo plano e um pouco mais acima, uma multidão de estátuas No mesmo plano e um pouco mais acima, uma multidão de estátuas povoa a floresta de colunelos, mísulas baldaquinos e agulhas que, povoa a floresta de colunelos, mísulas baldaquinos e agulhas que,

ao longe, dão um aspecto de um rendilhado de pedra. ao longe, dão um aspecto de um rendilhado de pedra.

No plano inferior, encontra-se um conjunto de Apóstolos, de ambos No plano inferior, encontra-se um conjunto de Apóstolos, de ambos os lados do Infante D. Henrique, armado cavaleiro, que se encontra os lados do Infante D. Henrique, armado cavaleiro, que se encontra

entre as duas portas, ao cimo do mainel que tem leões na base. entre as duas portas, ao cimo do mainel que tem leões na base.

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O PORTAL OCIDENTAL (porta principal da igreja)O PORTAL OCIDENTAL (porta principal da igreja)

Este portal, que é a verdadeira entrada da igreja, Este portal, que é a verdadeira entrada da igreja, é da autoria de Nicolau Chanterêne (1517), que o decorou é da autoria de Nicolau Chanterêne (1517), que o decorou

com cenas do nascimento de Jesus. com cenas do nascimento de Jesus.

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No cimo do arco encontram-se três nichos: No cimo do arco encontram-se três nichos: no centro e cimeiro, a cena do Presépio de Belém; a Anunciação no centro e cimeiro, a cena do Presépio de Belém; a Anunciação

à esquerda, e A Virgem com os Reis,Magos, à direita à esquerda, e A Virgem com os Reis,Magos, à direita

Mais a baixo, à esquerda, o rei D.Manuel I, com S.Jerónimo e, Mais a baixo, à esquerda, o rei D.Manuel I, com S.Jerónimo e, do lado contrário, a sua segunda mulher D.Maria, com S.João Baptista. do lado contrário, a sua segunda mulher D.Maria, com S.João Baptista. Quatro evangelistas são representados mais abaixo e, já na parte do Quatro evangelistas são representados mais abaixo e, já na parte do espaldar, a meia altura, o Infante Santo D.Fernando, espaldar, a meia altura, o Infante Santo D.Fernando,

S.Vicente e outras figuras S.Vicente e outras figuras

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O INTERIOR DA IGREJA O INTERIOR DA IGREJA

Ao entrar-se na igreja pela porta ocidental, caminhando na Ao entrar-se na igreja pela porta ocidental, caminhando na direcção da Capela-Mor, é uma experiência, inolvidável e única. direcção da Capela-Mor, é uma experiência, inolvidável e única.

De facto, à obscuridade da entrada, à medida que nos vamos De facto, à obscuridade da entrada, à medida que nos vamos aproximando, a pouco e pouco, de espaços mais amplos, somos aproximando, a pouco e pouco, de espaços mais amplos, somos confrontados com um aumento progressivo da luminosidade, que é confrontados com um aumento progressivo da luminosidade, que é

acentuada pelo contraste axial entre a nave e o transepto e, acentuada pelo contraste axial entre a nave e o transepto e, ainda, pela diferente textura das abóbadas… ainda, pela diferente textura das abóbadas…

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A Igreja possui seis colunas, três por cada nave, e outras duas A Igreja possui seis colunas, três por cada nave, e outras duas mais recuadas, no suporte do Coro-Alto. Os pilares esguios parecem mais recuadas, no suporte do Coro-Alto. Os pilares esguios parecem pender do tecto, sendo esteticamente de singular concepção. pender do tecto, sendo esteticamente de singular concepção. A cobertura das naves têm um complexo articulado de A cobertura das naves têm um complexo articulado de

nervuras, cuja execução deve-se a João Castilho. nervuras, cuja execução deve-se a João Castilho.

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Quando entramos pela porta Ocidental deparamos Quando entramos pela porta Ocidental deparamos com duas Capelas quadradas. com duas Capelas quadradas.

A da esquerda, do Senhor dos Passos (inicialmente dedicada a A da esquerda, do Senhor dos Passos (inicialmente dedicada a Santo António de Lisboa), revestida de talha dourada seiscentista, Santo António de Lisboa), revestida de talha dourada seiscentista, com imagens barrocas colocadas em nichos; e do lado contrário, com imagens barrocas colocadas em nichos; e do lado contrário,

o Baptistério, com a sua pia baptismal neomanuelina. o Baptistério, com a sua pia baptismal neomanuelina.

Page 22: Clique para avançar

Continuando, deparamos com duas magníficas arcas tumulares, Continuando, deparamos com duas magníficas arcas tumulares, à esquerda de Vasco da Gama (o Herói das descobertas) e à direita à esquerda de Vasco da Gama (o Herói das descobertas) e à direita

de Luís de Camões (Cantor desses feitos) - da autoria do de Luís de Camões (Cantor desses feitos) - da autoria do escultor Costa Mota Tio (1894), que foram ali colocadas escultor Costa Mota Tio (1894), que foram ali colocadas

em 1940.em 1940.

Page 23: Clique para avançar

Se perseguirmos andando lentamente, verificamos uma Se perseguirmos andando lentamente, verificamos uma suave ambiência, uma harmoniosa proporção, uma luz suave suave ambiência, uma harmoniosa proporção, uma luz suave entrada pelos actuais vitrais que já são do século XX, entrada pelos actuais vitrais que já são do século XX,

que nos leva à transcendente reflexão. que nos leva à transcendente reflexão.

Então, se nos sentarmos, podemos olhar para a harmonia das abóbadas, Então, se nos sentarmos, podemos olhar para a harmonia das abóbadas, a beleza das colunas, dos diversos nichos e do Altar-Mor, constatamos a beleza das colunas, dos diversos nichos e do Altar-Mor, constatamos que estamos em presença dum monumento dos mais significativos que estamos em presença dum monumento dos mais significativos

da arquitectura portuguesa, senão mundial, do século XVI.da arquitectura portuguesa, senão mundial, do século XVI.

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ALTAR-MORALTAR-MOR

A actual Capela-Mor deve-se a D. Catarina de Áustria, A actual Capela-Mor deve-se a D. Catarina de Áustria, regente do reino entre 1557 a 1562 (tia de Filipe II) para onde regente do reino entre 1557 a 1562 (tia de Filipe II) para onde foram transladados os restos mortais de D. Manuel e de foram transladados os restos mortais de D. Manuel e de

outros membros da Família Real. outros membros da Família Real.

Page 25: Clique para avançar

O traçado é de Jerónimo Ruão e, embora contraste com O traçado é de Jerónimo Ruão e, embora contraste com o corpo manuelino, não deixa de ser uma obra-prima do o corpo manuelino, não deixa de ser uma obra-prima do classicismo maneirista peninsular, tendo sido inaugurada classicismo maneirista peninsular, tendo sido inaugurada

em 12 de Outubro de 1572. em 12 de Outubro de 1572.

Nos nichos entre três pares de colunas jónicas e coríntias, Nos nichos entre três pares de colunas jónicas e coríntias, repousam os reis D. Manuel I e D. Maria, do lado do Evangelho repousam os reis D. Manuel I e D. Maria, do lado do Evangelho

(esquerdo), e D. João III e D. Catarina no lado da Epístola (direito). (esquerdo), e D. João III e D. Catarina no lado da Epístola (direito).

Nas Capelas do Transepto, reservadas aos infantes, Nas Capelas do Transepto, reservadas aos infantes, estão os filhos de D. Manuel na Capela do lado do Evangelho estão os filhos de D. Manuel na Capela do lado do Evangelho

e os de D. João III do lado dos pais (Epístola). e os de D. João III do lado dos pais (Epístola).

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Também aqui se nota uma disposição ambígua, típica do Maneirismo Também aqui se nota uma disposição ambígua, típica do Maneirismo própria daquele arquitecto, no final do século XVI, alternando os nichos própria daquele arquitecto, no final do século XVI, alternando os nichos

para as sepulturas com outros destinados a altares. para as sepulturas com outros destinados a altares.

É ladeado por um arco demasiado alto que abriga um túmulo régio, É ladeado por um arco demasiado alto que abriga um túmulo régio, na capela norte do cardeal-rei D. Henrique e na capela do sul, o na capela norte do cardeal-rei D. Henrique e na capela do sul, o

cenotáfio com os restos recolhidos no campo de Alcácer-Quibir, que cenotáfio com os restos recolhidos no campo de Alcácer-Quibir, que se julga serem do malogrado D. Sebastião.se julga serem do malogrado D. Sebastião.

Page 27: Clique para avançar

Todo este conjunto teria sido iniciado em 1587 Todo este conjunto teria sido iniciado em 1587 e concluído já no século XVII. e concluído já no século XVII.

Finalmente, salienta-se a ausência de alusões fúnebres, Finalmente, salienta-se a ausência de alusões fúnebres, porquanto o próprio edifício, que ao fim e ao cabo, constitui o mausoléu, porquanto o próprio edifício, que ao fim e ao cabo, constitui o mausoléu, foi concebido para simbolizar a superação e anulação da morte foi concebido para simbolizar a superação e anulação da morte

diante os valores da vida. diante os valores da vida.

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CORO ALTOCORO ALTO

A parte do mosteiro, mais atingida pelo terramoto de 1755, A parte do mosteiro, mais atingida pelo terramoto de 1755, foi precisamente o coro-alto, caindo a balaustrada e dois altares que foi precisamente o coro-alto, caindo a balaustrada e dois altares que a ela se apoiavam. Foi reconstruído em 1883, conservando a ela se apoiavam. Foi reconstruído em 1883, conservando ainda o pavimento primitivo, em ladrilho azul e roxo.ainda o pavimento primitivo, em ladrilho azul e roxo.

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É no Coro Alto que se É no Coro Alto que se guardam duas das peças mais guardam duas das peças mais

valiosas do mosteiro: valiosas do mosteiro:

O Cristo da Cruz oferecido pelo infante O Cristo da Cruz oferecido pelo infante D. Luís, da autoria do D. Luís, da autoria do

entalhador flamengo Filipe de entalhador flamengo Filipe de Brias ou Phelippe de Vries (1551), Brias ou Phelippe de Vries (1551),

de um expressionismo de um expressionismo impressionante, quase impressionante, quase

barroco.barroco.

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O Cadeiral, um conjunto de 60 cadeiras (originalmente eram 84), O Cadeiral, um conjunto de 60 cadeiras (originalmente eram 84), cujo desenho se deve ao arquitecto Diogo Torralta e execução, por cujo desenho se deve ao arquitecto Diogo Torralta e execução, por volta de 1550, pelo mestre de marcenaria Diogo de Çarça, que volta de 1550, pelo mestre de marcenaria Diogo de Çarça, que

também teria feito a estante de canto para livros. também teria feito a estante de canto para livros.

No seu conjunto, é uma grande obra de talha que No seu conjunto, é uma grande obra de talha que nos ficou do Alto Renascimento Português. nos ficou do Alto Renascimento Português.

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CLAUSTROCLAUSTRO

É considerado uma obra de valor universal, pela sua concepção É considerado uma obra de valor universal, pela sua concepção arquitectónica, pela profusão de decorações esculpidas, pela evocação arquitectónica, pela profusão de decorações esculpidas, pela evocação

histórica, pela sua originalidade, entre outros factores. histórica, pela sua originalidade, entre outros factores.

Foi sob a direcção de João Castilho que grande parte do claustro Foi sob a direcção de João Castilho que grande parte do claustro se acabou.Todavia, há uma combinação harmoniosa entre o se acabou.Todavia, há uma combinação harmoniosa entre o

naturalismo de Boytac, com as novidades introduzidas por João naturalismo de Boytac, com as novidades introduzidas por João Castilho, não havendo, por conseguinte, um contraste gritante entre Castilho, não havendo, por conseguinte, um contraste gritante entre as duas linguagens artísticas, uma do século XV e outra, já do as duas linguagens artísticas, uma do século XV e outra, já do

século XVI.século XVI.

Page 32: Clique para avançar

No Claustro dispõem-se, ao longo das paredes, um conjunto No Claustro dispõem-se, ao longo das paredes, um conjunto de medalhões figurando a Paixão de Cristo, bem como a heráldica de medalhões figurando a Paixão de Cristo, bem como a heráldica portuguesa, relativa a D. Manuel I, distinguindo-se a portuguesa, relativa a D. Manuel I, distinguindo-se a

leitura do religioso e do profano. leitura do religioso e do profano.

Da mistura às alusões régias, que se repetem constantemente, Da mistura às alusões régias, que se repetem constantemente, encontram-se grandes retábulos da parede fronteira, com três capelas: encontram-se grandes retábulos da parede fronteira, com três capelas:

Anunciação, Assunção e São Jerónimo. Esta última é ocupada, Anunciação, Assunção e São Jerónimo. Esta última é ocupada, desde 1985, pelo túmulo do poeta Fernando Pessoa, falecido em desde 1985, pelo túmulo do poeta Fernando Pessoa, falecido em

1935.1935.

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SALA DO CAPÍTULOSALA DO CAPÍTULO

A Sala do Capítulo permaneceu inacabada por três A Sala do Capítulo permaneceu inacabada por três séculos e meio, servindo de capela. séculos e meio, servindo de capela.

Foi completada em 1886, para albergar o túmulo de Alexandre Herculano. Foi completada em 1886, para albergar o túmulo de Alexandre Herculano. As estátuas são de Simões de Almeida e a abóbada, As estátuas são de Simões de Almeida e a abóbada, do Engenheiro R.Valadas.  do Engenheiro R.Valadas. 

Page 34: Clique para avançar

REFEITÓRIO DOS MONGESREFEITÓRIO DOS MONGES

Executado em 1517, por Leonardo Vaz, o Refeitório tem as Executado em 1517, por Leonardo Vaz, o Refeitório tem as paredes revestidas por um silhar de azulejos que datam do século paredes revestidas por um silhar de azulejos que datam do século

XVIII (1780-1785), representando o milagre da Multiplicação dos Pães XVIII (1780-1785), representando o milagre da Multiplicação dos Pães e cenas da vida de José do Egipto. e cenas da vida de José do Egipto.

Page 35: Clique para avançar

SACRISTIASACRISTIA

Sobre o espaldar do armário seiscentista para guardar as Sobre o espaldar do armário seiscentista para guardar as alfaias da igreja, uma fieira de 14 ilustrações da vida e a obra de alfaias da igreja, uma fieira de 14 ilustrações da vida e a obra de São Jerónimo, do pintor maneirista (1600 -1610), possivelmente São Jerónimo, do pintor maneirista (1600 -1610), possivelmente de Simão Rodrigues. E outras telas atribuídas a de Simão Rodrigues. E outras telas atribuídas a

António Capelo e a Josefa de Óbidos. António Capelo e a Josefa de Óbidos.

Ampla sala, quase quadrada, com uma original abóbada irradiando Ampla sala, quase quadrada, com uma original abóbada irradiando de uma única coluna central, revestida de temas nenascentistas. de uma única coluna central, revestida de temas nenascentistas.

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CLAUSTROCLAUSTRO

PLANTA BAIXA DO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOSPLANTA BAIXA DO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

IGREJAIGREJAMOSTEIRO DOS FRADESMOSTEIRO DOS FRADES

SALA DO CAPÍTULOSALA DO CAPÍTULO

SACRISTIASACRISTIA

ALTAR-MORALTAR-MOR

CAPELA-MOR E CAPELA-MOR E COLATERAISCOLATERAIS

PORTAL SULPORTAL SUL

CORO ALTO, CORO ALTO, SEGUNDO SEGUNDO

PISOPISO

REFEITÓRIOREFEITÓRIO

CONFESSIONÁRIOSCONFESSIONÁRIOS

PORTAL PORTAL PRINCIPALPRINCIPAL

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FONTESFONTES

TEXTOTEXTOMOREIRA. Rafael, “Jerónimos”, Departamento de História de Arte da Universidade MOREIRA. Rafael, “Jerónimos”, Departamento de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa, Verbo, 1987; Nova de Lisboa, Verbo, 1987;PEREIRA, Paulo, “Mosteiro dos Jerónimos”, IPPAR e Scala Publishers, Ldt., 2002;PEREIRA, Paulo, “Mosteiro dos Jerónimos”, IPPAR e Scala Publishers, Ldt., 2002;PEREIRA, Paulo et al. “História da Arte Portuguesa”, Volume II, Círculo dos Leitores, 1995.PEREIRA, Paulo et al. “História da Arte Portuguesa”, Volume II, Círculo dos Leitores, 1995.““Grande Dicionário Enciclopédico – Volume X, pp.3490-3491, Ediclube – Edição e Promoção Grande Dicionário Enciclopédico – Volume X, pp.3490-3491, Ediclube – Edição e Promoção do Livro. Lda. do Livro. Lda.““Mosteiro dos Jerónimos – Um lugar no tempo”, Exposição Documental, inaugurada Mosteiro dos Jerónimos – Um lugar no tempo”, Exposição Documental, inaugurada em Dezembro de 2004. em Dezembro de 2004.www.ippar.pt/monumentos/conjunto_jeronimos.htmlwww.ippar.pt/monumentos/conjunto_jeronimos.htmlhttp://www.mosteirojeronimos.pthttp://www.mosteirojeronimos.pt

MÚSICA MÚSICA Pedro Caldeira Cabral - Memórias da Guitarra Portuguesa "PAVANA E GALHARDA DE Pedro Caldeira Cabral - Memórias da Guitarra Portuguesa "PAVANA E GALHARDA DE ALEXANDRE" - de Alexandre de Aguiar (c.1520-1578)ALEXANDRE" - de Alexandre de Aguiar (c.1520-1578)

IMAGENSIMAGENS1 Vista geral do mosteiro: www.altmuehlnet.de/ ~meier-s/portugal/lisboa.htm1 Vista geral do mosteiro: www.altmuehlnet.de/ ~meier-s/portugal/lisboa.htm2 Pintura antiga do mosteiro: pág.8, do livro "Jerónimos - Monumentos de Portugal", de Rafael Moreira.2 Pintura antiga do mosteiro: pág.8, do livro "Jerónimos - Monumentos de Portugal", de Rafael Moreira.3 Vasco da Gama:  www.nmm.ac.uk/.../explore/ object.cfm?ID=BHC27023 Vasco da Gama:  www.nmm.ac.uk/.../explore/ object.cfm?ID=BHC27024 Caravelas portuguesas: www.loc.gov/rr/ hispanic/portam/4 Caravelas portuguesas: www.loc.gov/rr/ hispanic/portam/5 D.Manuel I: worldroots.com/brigitte/ royal/royal5a.htm5 D.Manuel I: worldroots.com/brigitte/ royal/royal5a.htm6 Pintura antiga do mosteiro:  www.mosteirojeronimos.pt/. ../hist_geral01.html6 Pintura antiga do mosteiro:  www.mosteirojeronimos.pt/. ../hist_geral01.html7 Igreja e jardins: http://web.tiscali.it/Moran/portogallo/portogallo.htm7 Igreja e jardins: http://web.tiscali.it/Moran/portogallo/portogallo.htm8 Vista geral, com marina: easydomus-smi.com/8 Vista geral, com marina: easydomus-smi.com/ 9, 12, 13, 14  Vista geral do mosteiro: Getty Images  dv422084 9, 12, 13, 14  Vista geral do mosteiro: Getty Images  dv422084

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10 Mosteiro dos Frades: http://www.chm-markisen.de/reiseberichte/azoren/lissa/hiero1.jpg10 Mosteiro dos Frades: http://www.chm-markisen.de/reiseberichte/azoren/lissa/hiero1.jpg11 Mosteiro dosFfrades, fachada sul: Fernando Patronilo d’Araújo11 Mosteiro dosFfrades, fachada sul: Fernando Patronilo d’Araújo 15 Iigreja e jardins: http://web.tiscali.it/Moran/portogallo/portogallo.htm15 Iigreja e jardins: http://web.tiscali.it/Moran/portogallo/portogallo.htm16 Portal Sul:  Fernando Patronilo d’Araújo16 Portal Sul:  Fernando Patronilo d’Araújo 17 Portal Sul, Arcanjo São Miguel:  www.mosteirojeronimos.pt/. ../visi_geral01.html 17 Portal Sul, Arcanjo São Miguel:  www.mosteirojeronimos.pt/. ../visi_geral01.html 18 Portal Sul, Virgem e menino: www.mosteirojeronimos.pt/. ../visi_geral01.html 18 Portal Sul, Virgem e menino: www.mosteirojeronimos.pt/. ../visi_geral01.html 19 Portal Sul, Infante D. Henrique:  Fernando Patronilo d’Araújo19 Portal Sul, Infante D. Henrique:  Fernando Patronilo d’Araújo 20 Portal Ocidental:  www.molon.de/.../Portugal/ Lisboa/img.php?pic=33 20 Portal Ocidental:  www.molon.de/.../Portugal/ Lisboa/img.php?pic=33 21 Presépio: http://www.mosteirojeronimos.pt/english/web_mosteiro_jeronimos/html 21 Presépio: http://www.mosteirojeronimos.pt/english/web_mosteiro_jeronimos/html 22 Igreja interior, geral: http://www.molon.de/galleries/Portugal/Lisboa/img.php?pic=3722 Igreja interior, geral: http://www.molon.de/galleries/Portugal/Lisboa/img.php?pic=3723Iigreja, teto: http://www.molon.de/galleries/Portugal/Lisboa/img.php?pic=3623Iigreja, teto: http://www.molon.de/galleries/Portugal/Lisboa/img.php?pic=3624 Igreja, interior: blogs.ya.com/bikerin/24 Igreja, interior: blogs.ya.com/bikerin/25 Capela Senhor dos Passos: Fernando Patronilo d’Araújo25 Capela Senhor dos Passos: Fernando Patronilo d’Araújo 26 Batistério:  Fernando Patronilo d’Araújo26 Batistério:  Fernando Patronilo d’Araújo 29 Túmulo de Vasco da Gama: Fernando Patronilo d’Araújo29 Túmulo de Vasco da Gama: Fernando Patronilo d’Araújo 30 Túmulo de Luís de Camões: Fernando Patronilo d’Araújo30 Túmulo de Luís de Camões: Fernando Patronilo d’Araújo 31 Vitrais:   www.vivien-und-erhard.de/. ../lissabon-99.htm31 Vitrais:   www.vivien-und-erhard.de/. ../lissabon-99.htm32 e 35 Altar-mor:   www.atwalter.de/ lissabon.htm32 e 35 Altar-mor:   www.atwalter.de/ lissabon.htm33 Altar-mor:  community.webshots.com/. ../161584456LeaZOC 33 Altar-mor:  community.webshots.com/. ../161584456LeaZOC 34 Túmulo régio:  www.atwalter.de/ lissabon.htm 34 Túmulo régio:  www.atwalter.de/ lissabon.htm 36 Coro Alto: http: //www.etonweb.de/lissabon/lissabon.html 36 Coro Alto: http: //www.etonweb.de/lissabon/lissabon.html37 Coro Alto, Jesus na Cruz:  Fernando Patronilo d’Araújo37 Coro Alto, Jesus na Cruz:  Fernando Patronilo d’Araújo 38 Coro Alto, Cadeiral: Fernando Patronilo d’Araújo38 Coro Alto, Cadeiral: Fernando Patronilo d’Araújo 39 Claustro:  www.cse.cuhk.edu.hk/. ../portugal02.html 39 Claustro:  www.cse.cuhk.edu.hk/. ../portugal02.html 40 Jardins do Claustro: http://individual.utoronto.ca/camillawong/lisboa/photos/monastery2.JPG 40 Jardins do Claustro: http://individual.utoronto.ca/camillawong/lisboa/photos/monastery2.JPG 41 Claustro, Túmulo de Fernando Pessoa: Fernando Patronilo d’Araújo41 Claustro, Túmulo de Fernando Pessoa: Fernando Patronilo d’Araújo 42 Sala do Capítulo, entrada: Fernando Patronilo d’Araújo 42 Sala do Capítulo, entrada: Fernando Patronilo d’Araújo 43 Túmulo de Alexandre Herculano: http://www.mosteirojeronimos.pt/english/web_mosteiro_jeronimos/html 43 Túmulo de Alexandre Herculano: http://www.mosteirojeronimos.pt/english/web_mosteiro_jeronimos/html 44 Refeitório, geral: www.mosteirojeronimos.pt/ english/web_mosteiro... 44 Refeitório, geral: www.mosteirojeronimos.pt/ english/web_mosteiro... 45 Refeitório, azulejos: Fernando Patronilo d’Araújo 45 Refeitório, azulejos: Fernando Patronilo d’Araújo 46 e 47 Sacristia: http://www.mosteirojeronimos.pt/web_mosteiro_jeronimos/html/visi_geral08_sacristia.html 46 e 47 Sacristia: http://www.mosteirojeronimos.pt/web_mosteiro_jeronimos/html/visi_geral08_sacristia.html 48 Planta baixa do mosteiro: pág.14, do livro "Mosteiro dos Jerónimos", de Paulo Pereira48 Planta baixa do mosteiro: pág.14, do livro "Mosteiro dos Jerónimos", de Paulo Pereira

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Em resumo, o estilo ou Arquitectura Manuelina, assim definida Em resumo, o estilo ou Arquitectura Manuelina, assim definida por Francisco Adolfo Varnhagen, escritor brasileiro que, em 1842, por Francisco Adolfo Varnhagen, escritor brasileiro que, em 1842,

enumerou os 10 caracteres definidores:enumerou os 10 caracteres definidores:

- o prodomínio do arco de volta inteira e do arco sarapanel sobre o arco apontado;- o prodomínio do arco de volta inteira e do arco sarapanel sobre o arco apontado;- a tolerância por outros tipos de arcos ;- a tolerância por outros tipos de arcos ;- a existência de pilares polistilos, enfeixados, com pedestais;- a existência de pilares polistilos, enfeixados, com pedestais;- a extravagância na forma destes últimos;- a extravagância na forma destes últimos;- a ausência de molduras rectas;- a ausência de molduras rectas;- a existência de corpos verticais interceptados por nichos, estátuas e baldaquinos;- a existência de corpos verticais interceptados por nichos, estátuas e baldaquinos;- vãos com ombreiras compósitas, às vezes dotadas de repetições angulares;- vãos com ombreiras compósitas, às vezes dotadas de repetições angulares;- o "ódio" às repetições simples e falta de simetria;- o "ódio" às repetições simples e falta de simetria;- a adopção de formas oitavadas: e- a adopção de formas oitavadas: e- o uso de florões e ornatos e das divisas do rei fundador.- o uso de florões e ornatos e das divisas do rei fundador.

Anexo IAnexo I

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A CONSTRUÇÃO E SUAS ETAPASA CONSTRUÇÃO E SUAS ETAPAS

A administração da construção cabia a uma junta, a mesa dos contos, A administração da construção cabia a uma junta, a mesa dos contos, presidida pelo próprio rei, composta pelo provedor, almoxarife e escrivão, sendo assistida presidida pelo próprio rei, composta pelo provedor, almoxarife e escrivão, sendo assistida

pelo recebedor e pelo chefe do estaleiro ou o encarregado das obras. pelo recebedor e pelo chefe do estaleiro ou o encarregado das obras.

Podemos distinguir os seguintes e principais obreiros da construção Podemos distinguir os seguintes e principais obreiros da construção do Mosteiro dos Jerónimos: do Mosteiro dos Jerónimos:

Anexo IIAnexo II

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1º - Diogo Boitaca (c.1460-1528) 1º - Diogo Boitaca (c.1460-1528)

Também conhecido por Diogo Boytac, Putacha, Putaca, supondo-se ser originário Também conhecido por Diogo Boytac, Putacha, Putaca, supondo-se ser originário de França, segundo outros, de Itália ou da Alemanha. de França, segundo outros, de Itália ou da Alemanha.

Estaria ligado à construção do Mosteiro de Jesus em Setúbal e seria genro de Estaria ligado à construção do Mosteiro de Jesus em Setúbal e seria genro de Mateus Fernandes, mestre das obras da Batalha. Em 1490 já estaria radicado em Portugal.Mateus Fernandes, mestre das obras da Batalha. Em 1490 já estaria radicado em Portugal.

Boytac como arquitecto favorito de D. Manuel I, teria estudado com o próprio rei, Boytac como arquitecto favorito de D. Manuel I, teria estudado com o próprio rei, os planos para Belém entre 1498-1500, cuja área do risco, que elaborou com o os planos para Belém entre 1498-1500, cuja área do risco, que elaborou com o

apoio do rei, seria muito maior do que se acabou por construir. apoio do rei, seria muito maior do que se acabou por construir.

O estilo praticado por este arquitecto é a versão portuguesa do Gótico Final, conhecido por O estilo praticado por este arquitecto é a versão portuguesa do Gótico Final, conhecido por Manuelino, tendo em conta o gosto magnificente e naturalista da época de D. Manuel I Manuelino, tendo em conta o gosto magnificente e naturalista da época de D. Manuel I e também, claro, por razões cronológicas, ficando este estilo bem vincado no e também, claro, por razões cronológicas, ficando este estilo bem vincado no

monumento, com a esfera armilar, cordame, motivos naturais, etc. monumento, com a esfera armilar, cordame, motivos naturais, etc.

Esteve à frente da construção entre 1501 a 1516.Esteve à frente da construção entre 1501 a 1516.

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2º - João de Castilho (c.1475-1552)2º - João de Castilho (c.1475-1552)

Seria natural de Santander, sabe-se que em 1509 já se encontrava em Portugal, altura em Seria natural de Santander, sabe-se que em 1509 já se encontrava em Portugal, altura em que concluía a Capela-Mor da Sé de Braga e a Sé de Viseu; trabalhou também na Catedral que concluía a Capela-Mor da Sé de Braga e a Sé de Viseu; trabalhou também na Catedral

de Sevilha, aí conheceu Pêro de Trillo que o acompanhou para Portugal. De estilo de Sevilha, aí conheceu Pêro de Trillo que o acompanhou para Portugal. De estilo flamejante, interessado no estilo renascentista, pode-se mesmo dizer que foi um dos seus flamejante, interessado no estilo renascentista, pode-se mesmo dizer que foi um dos seus

percursores.percursores.

Nos Jerónimos, em 1516, trabalhou sob as ordens de Boytac, vindo depois a substitui-lo Nos Jerónimos, em 1516, trabalhou sob as ordens de Boytac, vindo depois a substitui-lo (1517), dado que com o novo regimento régio, em que se inaugurava o sistema de empreitadas, (1517), dado que com o novo regimento régio, em que se inaugurava o sistema de empreitadas, para cada fase da construção, para se dar maior impulso aos trabalhos. Tendo à frente de cada para cada fase da construção, para se dar maior impulso aos trabalhos. Tendo à frente de cada

empreitada um responsável com os respectivos operários-artistas de diversas origens e empreitada um responsável com os respectivos operários-artistas de diversas origens e nacionalidades: francesa, flamenga, espanhola, portuguesa nacionalidades: francesa, flamenga, espanhola, portuguesa

Efectivamente, sobre as bases deixadas por Boytac, este genial arquitecto encontrou soluções Efectivamente, sobre as bases deixadas por Boytac, este genial arquitecto encontrou soluções inovadoras, que se podem observar, nomeadamente: no Portal Sul, nas abóbadas e pilares da inovadoras, que se podem observar, nomeadamente: no Portal Sul, nas abóbadas e pilares da

igreja, no varandim do claustro e na sacristia. Porém, D. João III, convertido à estética do igreja, no varandim do claustro e na sacristia. Porém, D. João III, convertido à estética do Renascimento, em cerca de 1530, acabou por desviá-lo para outras obras, inclusivamente Renascimento, em cerca de 1530, acabou por desviá-lo para outras obras, inclusivamente

para o Convento de Cristo em Tomar. para o Convento de Cristo em Tomar.

Esteve à frente da construção do Mosteiro dos Jerónimos, permanentemente, Esteve à frente da construção do Mosteiro dos Jerónimos, permanentemente, ente entre, 1517 a 1525. ente entre, 1517 a 1525.

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3º - Diogo de Torralva (c.1500-1566)3º - Diogo de Torralva (c.1500-1566)

Considerado o maior arquitecto do Alto Renascimento português, foi mestre-de-obras em Considerado o maior arquitecto do Alto Renascimento português, foi mestre-de-obras em Belém de 1540 a 1551, encarregado de concluir o mosteiro e alterar a capela-mor para receber Belém de 1540 a 1551, encarregado de concluir o mosteiro e alterar a capela-mor para receber o túmulo, na primeira transladação dos ossos de D. Manuel e de outros membros da o túmulo, na primeira transladação dos ossos de D. Manuel e de outros membros da

Família Real, já no reinado de D. João III. Família Real, já no reinado de D. João III.

De técnica ainda mais apurada, utilizando, quase exclusivamente, motivos renascentistas, De técnica ainda mais apurada, utilizando, quase exclusivamente, motivos renascentistas, nomeadamente o desenho do cadeiral do coro, as galerias N e NO do andar alto do claustro nomeadamente o desenho do cadeiral do coro, as galerias N e NO do andar alto do claustro

(abóbada do piso superior), onde se pode ler as datas 1543 e 1544 e toda a platibanda (abóbada do piso superior), onde se pode ler as datas 1543 e 1544 e toda a platibanda superior do claustro, decorado com medalhões à romana., além de outras partes do superior do claustro, decorado com medalhões à romana., além de outras partes do

mosteiro, que foram substituídas, mais tarde, já no século XVII.mosteiro, que foram substituídas, mais tarde, já no século XVII.

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4º - Jerónimo de Ruão (1531-1601)4º - Jerónimo de Ruão (1531-1601)

Filho do famoso escultor francês João de Ruão, fixou residência em Belém, Filho do famoso escultor francês João de Ruão, fixou residência em Belém, por volta de 1563, como mestre-de-obras do mosteiro. Classicista do fim do Renascimento, por volta de 1563, como mestre-de-obras do mosteiro. Classicista do fim do Renascimento,

trabalhou no mosteiro até morrer, tendo sido sepultado no próprio claustro!trabalhou no mosteiro até morrer, tendo sido sepultado no próprio claustro!

Deve-se a este artista, por ordem de D. Catarina, mulher de D. João III, Deve-se a este artista, por ordem de D. Catarina, mulher de D. João III, entre outras coisas, a actual Capela-Mor e o arranjo interno do transepto, que foi entre outras coisas, a actual Capela-Mor e o arranjo interno do transepto, que foi

concluído depois da sua morte, mas segundo o seu plano. concluído depois da sua morte, mas segundo o seu plano.

Os recursos começam a ser escassos e D. Sebastião suspende, em 1569, Os recursos começam a ser escassos e D. Sebastião suspende, em 1569, as obras na Capela-Mor, para poder suportar os custos com as campanhas do Norte de as obras na Capela-Mor, para poder suportar os custos com as campanhas do Norte de

África, restringindo as despesas da fazenda régia à construção de fortalezas.África, restringindo as despesas da fazenda régia à construção de fortalezas.

Porém, em 1571 reiniciam-se as obras da Capela-Mor, custeadas por D. Catarina, que terminam Porém, em 1571 reiniciam-se as obras da Capela-Mor, custeadas por D. Catarina, que terminam em 1572, sendo, então, feita a segunda transladação dos ossos de D. Manuel para o túmulo em 1572, sendo, então, feita a segunda transladação dos ossos de D. Manuel para o túmulo

definitivo (onde se encontra actualmente).definitivo (onde se encontra actualmente).

Mais tarde, isto é, em 1584, Filipe II desviou (já estávamos sob domínio espanhol) a vintena da Mais tarde, isto é, em 1584, Filipe II desviou (já estávamos sob domínio espanhol) a vintena da pimenta para financiar o Mosteiro do Escorial em Espanha. Todavia, de 1587 a 1591, ainda pimenta para financiar o Mosteiro do Escorial em Espanha. Todavia, de 1587 a 1591, ainda se construíram as capelas do Transepto, segundo proposta de Jerónimo de Ruão, que se construíram as capelas do Transepto, segundo proposta de Jerónimo de Ruão, que

também, entre 1590 a 1600 desenhou e projectou o Arcaz da Sacristia. também, entre 1590 a 1600 desenhou e projectou o Arcaz da Sacristia.

Muitos outros grandes artistas contribuíram para o lindo monumento que hoje nos orgulhamos Muitos outros grandes artistas contribuíram para o lindo monumento que hoje nos orgulhamos e podemos apreciar. Levou cerca de um centenário a concluir, sofrendo nesses anos, e podemos apreciar. Levou cerca de um centenário a concluir, sofrendo nesses anos,

algumas modificações, por influências de estilos e reis que reinaram durante a sua construção., algumas modificações, por influências de estilos e reis que reinaram durante a sua construção.,

Texto revisto por especial referência, do Senhor Texto revisto por especial referência, do Senhor Dr. Henrique Pereira Martins, do IPPAR. Dr. Henrique Pereira Martins, do IPPAR.