cisco live magazine ediÇÃo 08

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> 4º trimestre 2012 | edição 8 ENTREVISTA Ronaldo Motta, da Oi, fala sobre aliança com Cisco e os novos serviços corporativos NOVO FOCO ONE abre caminho para programação de redes orientadas a aplicações VOZ DO CLIENTE Novo prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) é 100% IP 4G, IPv6, plano de qualidade e celeridade de novos serviços ditam ritmo dos investimentos A metamorfose das telecomunicações

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Cisco Live Magazine é uma publicação trimestral focada no ecossistema Cisco, com as ações e as novas tecnologias nas áreas de rede local e de longa distância, telepresença, comunicações unificadas, colaboração, transmissão de vídeo e call center

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> 4º trimestre 2012 | edição 8

ENTREVISTARonaldo Motta, da Oi, fala sobre aliança com Cisco e os novos serviços corporativos

NOVO FOCOONE abre caminho para programação de redes orientadas a aplicações

VOZ DO CLIENTENovo prédio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) é 100% IP

4G, IPv6, plano de qualidade e celeridade de novos serviços ditam ritmo dos investimentos

A metamorfose dastelecomunicações

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EDITORIAL

SuMáRIO

04Eventos Feiras e encontros com participação da Cisco

06Curtas Espaço Inovação do Futurecom 2012 apoia startups brasileiras; Cisco na Olimpíada de Londres

12ONE Arquitetura aberta orienta programação de rede para aplicações

16 Migração Cloud Conect simplifica cloud computing para empresas

18Rumo à nuvem Cisco Quad evolui e se torna WebEx Social

20 Novas fronteiras Tecnologias de rede do futuro transformam operadoras do presente

28Aliança Oi fala sobre papel da Cisco na ampliação da oferta de serviços

30Saúde Hospital carioca cresce e expande infraestrutura de TI

32 Telepresença Rexam aprimora comunicação entre matriz e subsidiárias

34Wireless TIM multiplica hotspots Wi-Fi e ganha capilaridade

36 Varejo do Futuro Grupo Pão de Açúcar equipa matriz e lojas com rede IP

37 InteratividadeEstádio do Morumbi monta rede Wi-Fi de olho

nos grandes eventos

38Oportunidades Brasil oferece grandes oportunidades de negócios, diz Bob Gault

40Segurança Muito além dos appliances, tecnologia Cisco protege toda a rede

42Artigo As aflições estratégicas dos líderes de TI

EQuIPE RESPONSáVELCISCO DO BRASIL

PresidenteRodrigo Abreu

Diretor de Engenharia de SistemasMarcelo Ehalt

ciSco livE mAgAzinE é umA PublicAção DA CISCO dO BRASIlDiretor de canaisEduardo Almeida

Diretor de marketing & RPMarco Barcellos

conselho EditorialAdriana Bueno, Carolina Morawetz, Isabela Polito, Isabella Micali, Jackeline Carvalho, Kiki Gama, Mariana Fonseca, Monica Lau e Marco Barcellos

PRODuÇÃO

Comunicação Interativa Editora

Jornalista ResponsávelJackeline CarvalhoMTB 12456

Diretora de RedaçãoJackeline Carvalho

ReportagemJackeline CarvalhoMarcelo Vieira

RevisãoComunicação InterativaAsssessoria de imprensaIn Press Porter Novelli

ArteMarcelo Max

capaGlenn Douglas

gráficaIntergraf

Tiragem5000 exemplares

dESAFIANdO lIMITES

As redes de telecomunicações serão colocadas à prova durante os próxi-mos quatro ou cinco anos. Esta tendência já está clara hoje e exemplos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Londres evidenciam ainda

mais a necessidade de um plano de expansão garantir o sucesso dos grandes eventos esportivos programados para o Brasil.

Também está evidente a crescente simpatia do usuário brasileiro por novi-dades tecnológicas. Não apenas na telefonia móvel, um grande e importante exemplo de adesão local, mas na transmissão e consumo de imagem – item comprovado no avanço das assinaturas dos serviços de TV paga, a transmissão de vídeo e, é claro, o crescimento exponencial das redes sociais.

O setor de telecomunicações está em evidência e conta com tecnologias capazes de auxiliar a oferta de serviços em larga escala, alta qualidade e custos compatíveis à receita gerada por cada item da cesta. Neste ponto, a experiência dos grandes fabricantes na construção de produtos atraentes e competitivos em nosso mercado é fundamental.

E para acompanhar o ritmo frenético de aumento do consumo de serviços de internet, torna-se urgente a migração da infraestrutura de comunicação para o protocolo IPv6. O novo ambiente estimula a expansão da internet das coisas, confere maior segurança aos usuários e dá a longevidade que a internet precisará daqui para a frente.

Para ilustrar essa alta demanda por infraestrutura e serviços de telecomu-nicações, publicamos nesta edição uma série de casos de sucessos, baseados em projetos desenvolvidos por especialistas da Cisco, dos nossos parceiros e clientes. Há iniciativas nas áreas de infraestrutura de rede, videoconferência, telefonia IP, data center, entre outros. As reportagens revelam um total ali-nhamento das tecnologias Cisco com as demandas de mercado, e mostram a agilidade com que as soluções são criadas pelo nosso ecossistema.

Como forma de acelerar ainda mais a capacidade de inovação, a Cisco acaba de lançar o Open Network Environment (ONE) - uma arquitetura cuja função é ajudar nossos clientes e parceiros a lidarem com inovações e tendências corporativas, como mobilidade, nuvem, redes sociais e vídeo. Mais uma prova do nosso compromisso com a importância e qualidade da infraestrutura de rede em todo o mundo.

Boa leitura!

Marco Barcellos

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1EVENTOS

noS VEMOS lÁ

Data center Design & De-ployment 2012 - São PauloData: 16 de OutubroLocal: Sheraton WTC - São Paulo, SP

vmware FórumData: 24 de OutubroLocal: Hotel Transamérica São PauloDescrição: Evento anual da VMwa-re Brasil, o VMWare Fórum é total-mente interativo e diferenciado no mercado. Neste fórum, analistas de mercado e profissionais de TI falarão sobre virtualização e Cloud Compu-ting e como ela ajuda as organizações a reduzir os gastos operacionais e de capital, melhorar a agilidade, ga-rantir a continuidade do negócio, fortalecer a segurança e cuidar do meio ambiente.

Eventos e encontros nos quais a equipe de profissionais da cisco estará presente

DistribuTEcH brasilData: 25 a 27 de SetembroLocal: Centro de Convenções Rio Centro - Rio de JaneiroDescrição: DistribuTECH Brasil é um evento voltado às empresas de trans-missão e distribuição de energia elétrica, que abrange a medição inteligente, automação de distribuição, a eficiência energética, as perdas comerciais de energia e os problemas de transmissão de energia em rede de alta tensão de longa distância.Link: http://www.distributechbrasil.com/pt_BR/index.html

Seminário cisco Data cen-ter Design & Deployment 2012 - brasíliaData: 26 de SetembroLocal: Centro de Convenções Brasil 21 - Brasília, DFDescrição: Em sua 6 ª edição em Brasília, o Data Center Design & Deployment acontecerá em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A edição de 2012 tem como objetivo reunir es-pecialistas na área de TI, para discutir a nova geração e as transformações do data center, que visam a redução de custos operacionais, aumento de produtividade e eliminação de pro-blemas técnicos.

Seminário cisco Data center Design & Deployment 2012 - Rio de JaneiroData: 2 de OutubroLocal: Centro de Convenções RB1 - Rio de Janeiro, RJ

Futurecom 2012Data: 08 a 11 de OutubroLocal: Rio Centro, Rio de Janeiro, RJDescrição: O maior evento de Telecomunicações & TI do Brasil e da América Latina, o evento reúne operadoras e concessionárias de telecomunicações, service providers, integradores e provedores de acesso a serviços de telefonia, banda larga e TV por assinatura.Link: http://www.futurecom.com.br/2012/pt/index.php

cisco live méxicoDados: 06 a 08 de NovembroLocal: Moon Palace Golf & SPA Re-sort Cancun Hotel, Cancun-MéxicoDescrição: Cisco Live é o seu pas-saporte para um novo mundo de possibilidades. Ele oferece uma combinação única e aprofundada de treinamento técnica e de formação, além de uma visão de vanguarda dos especialistas e organizações que es-tão definindo a agenda para o futuro da tecnologia e de negócios. A agenda do evento inclui:• Networkers Programa Técnico• Programa de Gestão de TI

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Em londres, o pico de páginas servidas por segundo foi de inacreditáveis 104.792 views

A OliMpíadamAiS conEcTADADE ToDoS oS TEmPoS

Em Agosto passado, visitei os Jogos Olímpicos 2012, em Londres, e tive a oportuni-dade de identificar algumas

novidades e tendências na área de tecnologia e comunicação, além de comprovar in loco o belo trabalho que a Cisco executou durante a com-petição. A Olimpíada deste ano teve como principal novidade um novo cenário mundial amplamente co-nectado e um espectador altamente colaborativo e ávido por compar-tilhar fotos, imagens e mensagens. Os Jogos de Londres 2012 já eram considerados a primeira Olimpíada “Social”, com grande influência das

alta performance e com o mais alto nível de segurança da informação e do públi-co presente. Toda esta infraestrutura foi projetada, testada e implementada pela Cisco em conjunto com o comitê local (LOCOG), e suportada pelo parceiro global BT (British Telecom), patrocina-dor oficial responsável pelos serviços de voz e vídeo durante os jogos.

legadoVale citar que todo o projeto de

implantação da Olimpíada de Lon-dres 2012 foi iniciado 6 anos antes – exatamente em 2006, com a reforma, adaptação e construção de estádios e demais instalações olímpicas para os jogos, além de uma ampla nego-ciação sobre a infraestrutura da ci-dade e o recrutamento e seleção dos principais patrocinadores. O projeto, que teve um planejamento total de 12 anos (7 anos antes e mais 4 anos após os jogos), já previa todo o legado para a sociedade local.

A velocidade do desenvolvimento tecnológico neste último ciclo olímpi-co foi impressionante, um verdadeiro recorde. Desde os Jogos de Beijing, em 2008, o número de smartphones cresceu 456% (mais de 196 milhões atuais contra apenas 18.9 milhões). Em 2008, o número de usuários do Face-book beirava os 90 milhões, quando agora já se aproxima do número mágico de 1 bilhão de usuários – um aumento acima de 900%. E o Twitter contava

Redes Sociais, em especial Facebook, Twitter e YouTube. Mas também foi o primeiro grande evento esportivo global transmitido em múltiplas telas, ao vivo e em full HD.

Desde a minha chegada ao aeroporto, pude sentir que a população de Londres “respirava” a Olimpíada. Esta seria uma grande chance de mostrar uma nova imagem moderna da Inglaterra neste novo cenário global.

A proposta da Cisco, como patro-cinador oficial na categoria de infra-estrutura de rede de comunicação (“Network Infrastructure Supporter”) era exatamente habilitar e transformar os jogos em um sucesso de conexão de

Javier camacho, maria Dincel e marco barcellos @ cisco House

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Entrada principal no Parque olímpico @ londres

vista externa da cisco House @ londres

com menos de 1 milhão de usuários, enquanto hoje já ultrapassa os 300 milhões, gerando um impressionante crescimento de quase 30.000%. O nú-mero de tweets por dia cresceu mais de 12.000%, atingindo os 140 milhões de tweets diários. Isso sem falar nos tablets, que sequer existiam na última Olimpíada em Beijing

Para dar conta desta nova demanda e garantir sucesso aos jogos, alguns cuidados foram tomados. No caso do controle da operação, o centro de pro-cessamento de dados era composto de 900 servidores, além de mais de 1.000 dispositivos de rede e segurança de informação, 10.000 computadores de todos os tipos e mais de 3.500 pessoas no ar, trabalhando em regime 24×7. Mas o grande detalhe da Olimpíada foi o planejamento prévio.

No total, foram mais de 200.000 horas de testes para uma tecnologia que havia sido definida um ano e meio antes dos jogos. Foi processado um número de informações 30% maior

que que o total nos Jogos de Beijing, ou seja, uma comprovação real das “tendências” de supercomputação e big data. Isso sem falar do data center Olímpico, que processou aproxima-damente 1,2 petabytes, ou seja, 1,2 milhão de gigabytes, como resultado da requisição direta de 118 bilhões de “objetos” – a famosa “Internet das Coisas”. O pico de páginas servidas

por segundo foi de inacreditáveis 104.792 views.

Enfim, comprovei com muito orgulho que a Cisco cumpriu seu papel com maestria e perfeição. O Governo, a po-pulação e os participantes ficaram ab-solutamente satisfeitos com o resultado de um grande investimento e um legado ainda maior. Para a Cisco, os jogos em Londres não representaram a linha de chegada, mas o ponto de partida para um desafio ainda maior. A base de Lon-dres 2012 representa a reconstrução e prosperidade para a cidade e para aquele país como um todo. Sem dúvida, um belo exemplo de como os negócios e a tecnologia podem transformar a visão de futuro de um governo em realidade.

O próximo capítulo ocorrerá daqui a quatro anos, exatamente em solo bra-sileiro. Pode parecer muito distante, mas na realidade temos que começar a nos preparar para os Jogos RIO em 2016 agora, já que o tempo urge e as projeções do volume de dados e co-municação serão muitas vezes maiores do que qualquer previsão atual. O im-portante é que podemos, sim, entregar Jogos Olímpicos dignos da fama global da nossa Cidade Maravilhosa... Então, mãos à obra! •

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Entre os mais concorridos da feira, estande tem apoio da cisco e promete visibilidade às PmEs brasileiras

FuturEcOM 2012: ESPAço inovAção, ATAlHo PARA A liDERAnçA

Trazer visibilidade a startups brasileiras que desenvolvem soluções inovadoras para o mercado de telecomuni-

cações e tecnologia da informação, abrindo portas para que elas façam novos negócios e cresçam. Esse é o objetivo do Espaço Inovação, es-tande coletivo do Futurecom 2012. É a terceira edição da iniciativa, pro-movida em parceria pelo Instituto de Tecnologia de Software (ITS) e pela Provisuale, com patrocínio da Cisco.

O Futurecom é considerado o maior evento do setor de telecom no País. Este ano ele acontece entre os dias 8 e 11 de outubro, no Rio de Janeiro. Serão escolhidas doze micro e pequenas empresas brasileiras, que poderão expor suas soluções no es-tande de 120m², um dos mais concor-ridos da tradicional feira: autoridades, investidores, fornecedores e visitantes internacionais costumam visitá-lo.

“Existem inovações espalhadas por aí, circunscritas a um ambiente quase fechado. As mentes criativas desen-volvem uma solução, encontram um

tiva de sucesso se confirmou. “Um grande banco está conversando co-nosco porque quer uma interativida-de maior entre o ITS, que organiza o Espaço Inovação, e eles, que são demandantes de tecnologias. Esse é o primeiro resultado concreto”, explica Teixeira. “Isso quer dizer que uma grande instituição financeira, atu-ante no País, está observando nosso trabalho”, comemora. •

“nosso papel é dar visibilidade, colocando a inovação onde ela precisa estar”— DESCARTES DE SOuZA TEIxEIRA, PRESIDENTE DO CONSELHO DO ITS

selho do ITS e organizador do Espaço Inovação em parceria com a Provisuale. “Nosso papel é dar visibilidade, colo-cando aquela inovação no ambiente em que ela precisa e deve estar.”

Empresas interessadas em partici-par do Espaço Inovação passaram por um processo criterioso de seleção, feito por um comitê de especialistas. Puderam se inscrever organizações brasileiras com faturamento de até R$ 7 milhões ao ano, que possuem soluções efetivamente desenvolvi-das no País e aderentes ao setor de telecom. “O produto é o objeto da seleção, não a empresa”, explica Tei-xeira. “Além de inovador, ele precisa ter ao menos um beta test, com um cliente utilizando ou testando.” Doze empresa estarão nesta edição da Fu-turecom e receberão prêmios;

ciAbO Espaço Inovação no Futurecom

2012 segue o modelo consagrado em outro evento, o CIAB. Voltado para o setor de tecnologia da informação de instituições financeiras, o Espaço

6 12 empresas foram selecionadas para apresentarem produtos durante o maior evento de telecomunicaçõesdo País, o Futurecom

amigo disposto a testá-la e o processo para por aí. A empresa fica estagnada, o fornecedor também”, explica Descartes de Souza Teixeira, presidente do con-

também conta com o apoio da Cis-co. Mobilidade e segurança foram os grandes destaques da edição do Espaço no CIAB 2012. E a expecta-

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o Cisco Live, maior evento da empresa, gera sempre gran-de expectativa. Serve não só como consagração de

um período, porque reúne parceiros, clientes e especialistas em tecnologia de todo o mundo, mas também como palco para anúncios de tecnologias inovadoras, que integrarão o amplo portfólio global da Cisco. Na edição de 2012, que ocorreu em San Diego,

1CONECT

A rEdE AgnÓSTicAAbordagem ainda em desenvolvimento possibilita a programação de redes orientadas a aplicações

na Califórnia, as atenções se voltaram para o Open Network Environment, ou simplesmente Cisco ONE.

Com abordagem ampla e versátil para programação de redes, o ONE terá a função de ajudar as empresas a lidarem com inovações e tendências corporativas, como a nuvem, mobili-dade, redes sociais e vídeo. A ideia é permitir flexibilidade e personalização de infraestruturas de rede orientadas

pelas aplicações, de forma a atingir objetivos de negócios, como aumento da velocidade de serviços, otimização de recursos e monetização.

Farão parte da oferta uma ampla varie-dade de interface para programação de aplicativos (API) de plataforma, agentes, controladores e tecnologias de rede so-brepostas. O ONE inclui soluções que vão do transporte ao gerenciamento e à orquestração. Assim, os clientes po-dem aproveitar a rede inteligente com alta capacidade de programação em várias camadas, com opções de pro-tocolos, padrões do setor e modelos de implantação baseados na utilização.

orientado a negócios“O Open Networking Environment

da Cisco é fundamental para nossa vi-são de uma rede inteligente, mais aberta, programável e preparada para aplica-tivos. A rede é transformada em um habilitador de negócios mais eficiente”, explicou Padmasree Warrior, CTO e vice-presidente de engenharia da Cisco.

Essa nova abordagem permite a co-laboração com instituições de outros setores, incluindo entidades de padro-nização. Assim, o Cisco ONE oferece suporte a uma grande variedade de modelos de implantação, incluindo universidades e institutos de pesquisa, que particionam a rede ou “dividem o campus” usando software controlador e agentes OpenFlow para pesquisa SDN.

Junto com o ONE, a Cisco anunciou o One Platform Kit (onePK), conjunto de API em todos os sistemas operacionais da empresa: IOS, IOS-XR e NX-OS. Foi apresentada também a prova de conceito de um software controlador e do agente OpenFlow para pesquisa de rede defi-nida por software (SDN).

A Cisco vai fornecer suporte em etapas para onePK em sistemas opera-cionais e plataformas de hardware IOS, IOS-XR e NX-OS, incluindo switches ASR, ISR G2, CRS, Catalyst e Nexus, iniciando pelos ASR1000 e ISRG2. •

Padmasree Warrior, vice-presidente de engenharia da cisco

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Centers (DCIM) possibilitam que sua empresa gerencie visualmente a

conectividade da rede em tempo real e rastreie os ativos de TI em

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riscos, reduzir o tempo de inatividade e obter vantagens operacionais

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#5232 (FP-PIM LA-Brazil Cisco).qxp 8/27/2012 2:41 PM Page 1

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Anunciada durante a Cisco Live! 2012, em San Diego, a solução Cisco Connect Cloud tem como principal

objetivo fornecer uma rede pronta para computação em nuvem e per-mitir a migração simplificada dos aplicativos de negócios das empre-sas. Com roteamento habilitado para nuvem e plataformas de otimização para redes remotas (WAN), a solução foi construída em arquitetura aberta.

Três elementos essenciais integram o connect cloud. O primeiro reúne os módulos de software Cloud Con-nectors, hospedados na plataforma de roteadores de serviços integrados de segunda geração (ISR G2) que in-teragem com serviços de nuvem para melhorar o desempenho, a segurança e a disponibilidade dos aplicativos. Sua plataforma aberta permite que provedo-res de serviços e parceiros desenvolvam Cloud Connectors para fornecer servi-ços diferenciados aos clientes.

A solução também tem uma versão para o Cisco Hosted Collaboration Services (HCS), para o serviço de segurança baseado na web ScanSafe e para o conector de armazenamento CTERA, do Cisco UCS-E Series.

O segundo pilar do Connect está nas plataformas habilitadas para a nuvem. A Cisco expandiu a série de roteadores de serviços agrega-dos (ASR) com o ASR 1002-X, que

connect cloud prepara redes corporativas para processamento em cloud computing

1CONECT

um JATo PARAa NuVEM

conta, inclusive, com a tecnologia AppNav - que reúne os equipamen-tos físicos e virtuais de Wide Area Application Services (WAAS) em um único pool de recursos gerenciados por um controlador central.

Ponto de controlePor último, mas não menos impor-

tante, estão novos serviços de nuvem, como o Cloud Services Router (CSR), roteador virtual que permite expandir redes privadas virtuais (VPNs) para a nuvem e a tecnologia Application Vi-sibility and Control (AVC) integrada às plataformas G2 e ASR do rotea-dor de serviços integrados (ISR), cuja meta é otimizar o fornecimento de aplicativos em nuvem na rede. Além disso, foram integrados módulos do servidor UCS E-Series no ISR G2.

“Como as empresas vêm motivando a rápida adoção de serviços baseados na nuvem, as plataformas de rotea-mento e a WAN se tornaram um pon-to de controle estratégico para ofere-cer a melhor experiência de usuário na nuvem”, explica o vice-presidente sênior e gerente geral do Grupo de Tecnologia em Serviços de Roteamen-to da Cisco, Praveen Akkiraju.

“O Cisco Connect Cloud redefine a arquitetura de WAN com inovações essenciais que aproveitam a inteligência da rede como um vínculo fundamental nas implantações de nuvem, adicio-

com o ASR 1002-X, a cisco expandiu a série de roteadores de serviços agregados

Roteador cSR 1000v oferece serviços avançados de rede e segurança prontos para implantação em nuvem

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nando mais recursos ao roteamento empresarial tradicional. Isso permite aos clientes conectarem-se à nuvem e ter uma experiência ideal”, completa.

ProdutosLíder global absoluta no mercado

de roteadores para empresas, a Cisco possui atualmente 500 mil clientes em todo o mundo, e responde por 78,6% de todo o mercado. Isso con-fere à empresa uma posição privi-legiada na transformação pela qual passam as redes de longa distância e plataformas de roteamento.

Por isso, o lançamento do Connect Cloud, que nasce como elemento essencial do Cisco Cloud Intelligent Network e, junto com o Unified Data Center e os serviços e aplicativos para nuvem da Cisco, integra o forte por-tfólio da empresa na “era das nuvens”.

A solução inclui ainda melhorias para roteamento tradicionais, segurança e otimização de WAN, além de possuir novos recursos e modelos para os equi-pamentos ASR, ISR G2 e WAAS.

Entre os principais lançamentos está o roteador CSR 1000v. Ele ofe-rece serviços avançados de rede e segurança em um formato para im-plantação em ambientes de cloud. Assim é possível ampliar e controlar diversas facetas da rede corporativa até a nuvem, oferecendo mais oportu-nidades de receita para os provedores de serviços em nuvem que queiram utilizar um modelo sob demanda fle-xível de “rede como serviço”.

Já o WAAS 5.0 com AppNav, permi-

de implantação com um modelo de atualização baseado no crescimen-to da empresa (“Pay as you Grow”), que oferece desempenho de até 36 Gbps com serviços ativados para os ambientes de borda de WAN, borda de internet e serviços gerenciados.

Também foi anunciado o ESP-100G, processador de transferência para o ASR 1000 Series em implantações de borda de nuvem, além do FlexVPN, para IPsec site-to-site de alta seguran-ça e acesso remoto via VPN.

Todos os produtos já estão dispo-níveis, exceto o CSR 1000v, o App-Nav no CSR e o Cisco UCS E-Series no ISR G2, que devem ser comerciali-zados no quarto trimestre de 2012. •

6 AlIANÇA

A cisco e a Emc anunciaram novas arquiteturas de referência em conjunto, incentivos para parceiros e suporte integrado para acelerar a evolução dos clientes para a nuvem. Foram desenvolvidos três caminhos para clientes empresariais e prestadores de serviço: implementação de infraestrutura de design customizado com os melhores produtos da categoria; instalação de arquiteturas de referência validadas e fáceis de implantar com as soluções da cisco para a infraestrutura comprovada Emc vSPEX; e aquisição de infraestrutura convergente pré-integrada com o sistema vcE vblock.os dois novos cisco validated Designs (cvD) para Emc vSPEX são arquiteturas de referência de computação unificadas adaptadas para pequenas e médias empresas. Projetados para acelerar o trajeto à nuvem privada, os cvDs são as soluções da cisco para Emc vSPEX em Arquiteturas microsoft Hyper-v e as soluções da cisco para Emc vSPEX para vmware vSphere 5.0.mais de 200 parceiros da cisco e da Emc velocity foram treinados para revender e implantar Emc vSPEX com o cisco unified Data center. A cisco e a Emc também alinharam suas estruturas de incentivos para simplificar o processo de incentivos ao canal e aumentar a lucratividade da parceria, além de criar uma estrutura de suporte colaborativo aos clientes vSPEX.

te virtualizar recursos de otimização de WAN agrupando-os elasticamente e sob demanda para melhor desem-penho e latência. A solução fornece aplicativos e conectividade com a nu-vem de forma extremamente segura, somado a um modelo de implantação que acompanha o crescimento e pos-sibilita a aceleração dos aplicativos, assim como da visibilidade do desem-penho por toda a empresa. O AppNav pode ser instalado como módulo de hardware em equipamentos WAVE ou como software no novo CSR.

A última novidade é o roteador ASR 1002-X. Ele permite aumentar o desempenho de WAN em até sete vezes, além de aprimorar a agilidade

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1COLABORAÇÃO

Durante o Enterprise 2.0, ou E2, evento realizado em Boston, EUA, a Cisco cau-sou boas impressões com

o anúncio do WebEx Social, novo nome da plataforma de colaboração Quad. As mudanças vão muito além do título: o produto passou a inte-grar o portfólio WebEx ao mesmo tempo em que migrou para a nuvem, sendo comercializado no modelo de software como serviço (SaaS).

Com a mudança, a Cisco pretende

6 O WebEx Social enfatiza a relação entre colaboração e comunicações unificadas, integrando mensagens instantâneas, telefonia e vídeo com redes sociais

WEbEx SOcial: colAboRAçãoRumo à nuvEmcisco Quad migra para o modelo SaaS, recebe novo nome e recursos para aumentar a produtividade da força de trabalho 2.0

dar um impulso ao WebEx Social ligando-o ao popular serviço na nu-vem. “O WebEx tem sido historica-mente associado a conferências web, mas a nossa aspiração é torná-lo uma ferramenta de colaboração integrada”, explica Raj Gossain, vice-presidente de gerenciamento de produtos para o grupo de colaboração da Cisco.

A E2 é uma conferência anual voltada a empresas que adotaram - ou pretendem adotar - ferramentas de colaboração e tecnologias para

comunicações unificadas, integrando mensagens instantâneas, telefonia e vídeo com redes sociais. A atualiza-ção do produto inclui a mesma tec-nologia de vídeo utilizada no Jabber, além de ferramentas de colaboração sincronizada, trazendo vídeos de alta definição para a experiência social.

RecursosRecursos como o Unified Post, por

exemplo, permitem criar e compar-tilhar conteúdo de forma mais fácil

melhorar a forma de conceber no-vas ideias, tomar decisões, executar projetos e criar novos produtos e serviços. Por isso, o Cisco WebEx Social chamou atenção no evento: ele enfatiza a relação entre colaboração e

do que em e-mails, blogs ou wikis, e com feedback muito mais efetivo. Os posts podem inclusive ser confi-gurados para permitir comentários, edição e novos compartilhamentos.

Há ainda a Rede Social Corpora-tiva – que inclui perfis de usuário, comunidades, busca, sugestões, ta-ggs e seções de Q&A , que pode ser usada para encontrar experts, ingressar em discussões e compar-tilhar conteúdos.

A integração com o Microsoft Office é total, sendo possível atuali-zar e publicar documentos no WebEx Social diretamente do Word, Excel e Power Point. Há ainda suporte nativo a dispositivos móveis, como tablets e smartphones, o que permite manter a conexão com colegas, conteúdos e aplicações, independe de onde o usuário está. •nova marca Webex Social visa ampliar oportunidade de negócios em nuvem

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2020

A novA FRonTEiRA DAS tElEcOMuNicaÇÕES

A ascensão da base instalada de smartphones no Brasil e no mundo evidencia não só a simpatia dos usuários

por esse tipo de dispositivo, mas também o aumento do consumo das redes de dados. Com esses equipa-mentos é possível enviar e receber dados, incluindo vídeo e áudio, e aumentar a autonomia do usuário,

1CAPA

inovações tecnológicas e mudanças no perfil dos usuários desafiam os serviços de telecom no brasil

comum ou corporativo, expondo os provedores de serviços à polêmica necessidade de investimentos na atualização e manutenção da qua-lidade das redes.

Na área móvel, a tecnologia LTE, base para implementação da Quarta Geração da telefonia celular, já pos-sui cases no País, apesar de todas as interrogações e expectativas quanto

às mudanças das redes de celulares no País.

Outra atualização que se faz neces-sária, não só para a rede móvel, mas para toda e qualquer infraestrutura de telecomunicações, é a migração do protocolo IPv4 para o protocolo IPv6, mais atual e com maior capa-cidade para integrar o conceito de internet das coisas. •

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um trilhão de gigabytes re-presenta uma quantidade inimaginável de zeros e uns. Esse valor corresponde a

1,3 zetabyte, medida que poucas pessoas no mundo conhecem, mas que passará pelas redes globais de telecomunicações no ano de 2016. O cálculo, parte do Visual Networking Index (VNI) divulgado pela Cisco em maio deste ano, corresponde a todo tráfego oriundo dos cada vez mais comuns dispositivos com acesso a banda larga – sem contar o aumento do acesso a redes sem fio e a própria mudança de hábito dos usuários, vo-razes consumidores de vídeo, entre outras funcionalidades.

Suportar tamanha demanda por dados não é tarefa fácil para ope-radoras, provedores de conteúdo e, claro, fabricantes de equipamentos. Exige muito investimento, trabalho e tecnologia. Mas não há alternativa: o movimento das telecomunicações rumo à onipresença das redes IP pa-rece inevitável. Mais e mais funciona-lidades dependem delas, e já é pos-sível observar alguns detalhes deste futuro no qual tudo será conectado.

Parte do caminho rumo a essa rea-

4G: mAiS invESTimEnToS, mAiS OpOrtuNidadESTecnologia lTE aumenta preocupação das operadoras, mas também cria novas oportunidades; soluções cisco já apoiam duas iniciativas no País

lidade passa pelas redes sem fio, e o Brasil deu um passo importante em junho ao leiloar as frequências que se-rão utilizadas para a quarta geração de telefonia celular, ou simplesmente 4G. A tecnologia LTE (Long Term Evolution), padrão para as redes em processo de implantação no Brasil, em conjunto com a 3G e as redes fixas, conectarão não só smartphones e tablets, mas também car-ros, dispositivos para medição de con-sumo de energia elétrica (smart grid), painéis solares, linhas de produção de grandes indústrias, além de aparelhos de televisão e até geladeiras... As aplicações potenciais são ilimitadas.

“Os usuários de dados exigem cada vez mais das operadoras, incluindo qualidade de serviço e variedade de produtos”, explica Marcio Gerbovic, gerente de vendas para a América Latina da Cisco do Brasil. Para ele, a tecnologia LTE serve de oportuni-dade de mercado para as teles, que formularão novos pacotes de servi-ços para atender a demanda.

Essas exigências, obviamente, não se restringem ao consumidor final. O usuário corporativo tem se distancia-do da cadeira do escritório e exige das companhias a mesma experiência em casa ou no ambiente de trabalho. Nesse sentido, acredita Gerbovic, o 4G facilita a colaboração remota e as iniciativas de BYOD, sigla do inglês para “traga seu próprio dispositivo”.

DesafiosClaro que tantas possibilidades não

vêm sem algumas dificuldades. A com-pra das licenças para o 4G trouxe para as operadoras obrigações de cobertura geográfica, em um primeiro momento das cidades-sede da Copa das Confe-derações de 2013 e, depois, daquelas da Copa do Mundo da FIFA de 2014. Assim, elas terão que preparar suas redes rapidamente e, de alguma for-ma, aproveitar torres e interligações já existentes. “Mas elas precisarão de mais antenas porque a propagação das ondas no 4G não é tão alta quanto no 3G”, explica Florian Hartmann, tam-bém gerente de vendas para América Latina da Cisco do Brasil.

Outro desafio é o “crescimento bru-tal do consumo de dados”, conforme define o executivo. “As operadoras precisarão ampliar a capacidade tam-bém na conexão das antenas com a rede principal (backhaul). Além disso, ocorre uma mudança na composição do uso de dados, que fica cada vez

6 “Operadoras precisarão ampliar capacidade do backhaul”— FLORIAN HARTMANN, DA CISCO

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mais imprevisível. Se antes o smartpho-ne tinha usos e se conectava a redes específicas em determinados horários, o 4G nos impossibilita de saber onde, quando e quais dispositivos estão nas redes. O impacto é muito grande.”

Para Marcio Gerbovic, o desafio comercial também é importante, pois

Existem operadoras com pacotes de 300 MB até 5 GB”, conta Gerbovic.

Última – mas não menos importante – entre as preocupações das operado-ras estão os dispositivos, ou seja, smar-tphones, tablets e modems compatíveis com o padrão de 4G utilizado no País. A frequência de 2,5 GHz leiloada pela

Evolved Packet Core (EPC), que anali-sa e aplica políticas de tráfego. Esses elementos são fundamentais para que a operadora lide com o grande tráfego previsto nas redes LTE.

“Temos uma solução de pequenas células sem fio que ajuda na imple-mentação não só do 4G, mas no offload de 3G, e amplia a cobertura para lugares de difícil alcance”, ex-plica Florian Hartmann.

A mesma infraestrutura de conexão das antenas com o core da rede principal das operadoras pode conectar redes 2G, 3G, 4G e WiFi. A tecnologia IP RAN (Radio Access Network) alia roteadores à rede para uma arquitetura que atenda a demanda de diferentes antenas. “Con-seguimos conectar tudo na mesma in-fraestrutura, e a operadora não precisa se preocupar se o crescimento do LTE vai atrapalhar o tráfego 3G. O mesmo backhaul IP é usado conforme o tráfego, sem determinar uma porcentagem para cada tecnologia”, diz Hartmann.

O EPC, por sua vez, analisa o tráfego e aplica políticas que tornam possível

6 TRÊS TEMPOS

no terreno do 4g, a cisco atua junto às provedoras de serviço principalmente em três momentos:

• Rádios com soluções de pequenas células• Infraestrutura de conexão desses rádios com backhaule shorthaul da operadora• Evolved Packet Core (EPC), que analisa e aplica políticas de tráfego.

6 Em teoria, o LTE prevê downloads de 30 a 40 vezes mais rápidos que o 3G

6 “Como fabricantes temos que explorar tudo que a Cisco pode agregar ao 4G”— MARCIO GERBOVIC, DA CISCO

a implantação de uma rede 4G exige novas formas de monetização. “É pre-ciso prover ao mercado aquilo que ele precisa. Várias operadoras no mundo estão criando pacotes mais criati-vos, e o Brasil deve seguir o mesmo caminho”, diz. A meta é fazer com que o usuário entenda os benefícios dos planos e escolha adequadamente, permitindo que a operadora obtenha o retorno esperado sobre o investi-mento, que não é pequeno. Só com a aquisição das frequências, foram gastos mais de R$ 3 bilhões.

Em teoria, o LTE prevê downloads de 30 a 40 vezes mais rápidos que o 3G. Tanta velocidade impele o usuário a consumir mais dados, o que impõe a operadora o trabalho de conscien-tizar o consumidor sobre a diferença entre consumo e plano contratado. “A tendência internacional é a mesma que já existe, com pacotes de down-load pré-contratado também no 4G.

Anatel (Agência Nacional de Teleco-municações) é única, portanto os dis-positivos brasileiros também serão. “O Brasil está utilizando uma frequência di-ferente daquela dos EUA e Europa (700 MHz). Um iPad comprado nos EUA, por exemplo, não pode se conectar ao 4G no Brasil”, explica Hartmann. “A consequência é o aumento do preço dos dispositivos comercializados no País.”

SoluçõesNo terreno do 4G, a Cisco atua jun-

to às provedoras de serviço principal-mente em três momentos: rádios com

soluções de pequenas células; infraes-trutura de conexão desses rádios com backhaul e shorthaul da operadora; e o

distinguir, por exemplo, pacotes de vídeo, recurso muito sensível à baixa latência e que pode ser priorizado so-bre downloads de arquivos ou e-mails. Importante para redes fixas, esse re-curso nas redes móveis é fundamental.

A Cisco possui um laboratório no País para que as empresas teste de so-luções, parte delas fabricadas aqui – ou em vias de serem produzidas – graças aos investimentos anunciados durante o Cisco Plus desse ano. Atualmente, duas grandes operadoras já trabalham com a fabricante em implantações de 4G no Brasil. •

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Se o futuro será marcado pela conectividade de todos os objetos, em um movimento tecnológico atualmente co-

nhecido como “internet das coisas”, antes será necessário popularizar a nova versão do protocolo de inter-net, o IPv6. Iniciativas globais para a adoção desta tecnologia – que vem para substituir o antigo e esgotado endereçamento IPv4 – serão funda-mentais em um mundo no qual cada dispositivo terá um endereço IP.

“O IPv6 é uma tecnologia do pre-sente, mas que também pode ser considerada do futuro”, explica Igor Giangrossi, engenheiro consultor de arquiteturas para operadoras da Cis-co do Brasil. “Ainda que no Brasil as implementações estejam um pouco atrasadas, estamos caminhando bem. Em alguns países da Ásia, por exem-plo, o IPv6 é mais presente porque o IPv4 já esgotou.”

Para Giangrossi, enquanto houver endereços IPv4 disponíveis para dis-tribuição, a implementação do IPv6

ipV6 guiA FuTuRo DA inTERnET E invESTimEnToS DE OpEradOraSnovo padrão pavimenta estrada para a ‘internet das coisas’

acaba sendo mais lenta. No entanto, todas as operadoras, provedoras de conteúdo e a sociedade da internet estão engajadas na transição.

longevidadeMas então por que o IPv6 também

é uma tecnologia do futuro? “Porque a maneira como ele é estruturado significa que não deve haver nova mudança de protocolo em um futu-ro próximo”, explica o engenheiro. “Isso dá espaço para a internet cres-cer por vários e vários anos.”

Ainda falando de futuro, existe uma relação direta entre a internet das coisas e o IPv6. Sem o padrão seria impossível conectar tantos ob-jetos, dispositivos e equipamentos. Há ainda uma relação óbvia com a tecnologia LTE. Na quarta geração de telefonia celular (4G), “obrigato-riamente todos os aparelhos têm um endereço IP, diferente daqueles do 2G e 3G em que isso só acontecia quando o cliente tinha um plano de dados”, explica Giangrossi.

O LTE é uma tecnologia totalmente IP, que assume que todos os disposi-tivos estão conectados na rede. Isso já seria suficiente para justificar a migração para o IPv6. Afinal, não seria possível endereçar os bilhões de terminais móveis do mundo apenas com IPv4.

AplicaçõesOutras áreas também encontrarão

muita utilidade no IPv6. O setor de utilities, por exemplo, poderá adotar soluções de smart grids, com me-didores de energia inteligentes, nas quais a coleta dos dados de consumo será totalmente automatizada. No campo das energias renováveis, con-sumidores com painéis solares e siste-mas de energia inteligente poderiam se tornar fornecedores, vendendo o excedente para a concessionária.

A aplicação do IPv6 em controles remotos conectados poderia ser uti-lizada na automatização residencial. Carros IP permitiriam não só acesso à web, mas que o automóvel trocasse informações de trânsito em tempo real com sistemas de controle dos municípios. Centrais de monitora-

1CAPA

6 “As aplicações são infinitas”— IGOR GIANGROSSI, DA CISCO

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mento de segurança poderiam se be-neficiar de redes de câmeras IP. Até a agricultura ganharia ao implantar sensores de baixa potência em reba-nhos para monitorar o deslocamento ou mesmo a saúde dos animais.

“As aplicações são infinitas. O que todas têm em comum é que preci-sam de conectividade, e por isso a importância do IPv6: somente com o número crescente de endereços é possível executar e experimentar a internet das coisas”, explica Gian-grossi. “Tudo isso vai acontecer, mas alguns países desenvolvidos vão im-plementar soluções primeiro.”

investimentosApesar do que considera uma

implantação lenta do padrão IPv6 no Brasil, Giangrossi diz que ele já faz parte do plano de negócios das operadoras. Se até dois anos atrás o trabalho era convencer essas empre-sas a adotarem o protocolo, agora elas estão preocupadas com a melhor forma de fazê-lo.

Segundo o especialista, na banda larga para o usuário final, fixa ou mó-vel, as implantações ainda estão atra-sadas. Mas o cenário muda quando se trata do mercado corporativo. “Por requerimento dos próprios clientes muitas operadoras já implementaram o IPv6”, diz.

No começo de 2013, a entrega do IPv6 para o mercado de massa deve crescer com a chegada do LTE, que apesar de não funcionar com o IPv4, deve estar presente na rede de todas as operadoras que atuarão no 4G. “Não faria sentido construir novas redes sem o IPv6. Do ponto de vista técnico é muito provável que todas as plataformas já sejam compatíveis.”

Tecnologia embarcadaSe depender da Cisco, operado-

ras e clientes finais não devem sentir dificuldade ao migrar para o novo padrão de internet. Desde 2010 os equipamentos da fabricante para operadoras e empresas suportam IPv6 por padrão. O mesmo vale para a família E de roteadores domésticos da linha Linksys.

“Este ano, durante o Lançamento Mundial do IPv6, a Cisco assumiu o compromisso de que todos os seus equipamentos residenciais passa-riam a contar com suporte nativo ao protocolo”, explica Giangrossi. “Do lado corporativo, a Cisco possui

6 CISCO lEVA VídEO A quAlquER dISPOSITIVO NA ABTA 2012

Aliada à visão de que o vídeo estará em todos os dispositivos, a cisco apresentou no congresso e Feira AbTA 2012, promovido pela Associação brasileira de Tv por Assinatura, as principais soluções tecnológicas da empresa para o setor. Entre os destaques estiveram soluções de rede WiFi doméstica e entrega de conteúdo em múltiplas telas (Tv Everywhere).uma nova funcionalidade do videoscape chamada conductor, permite que o usuário receba, em tempo real, em um tablet ou smartphone, informações ou propagandas relacionadas ao conteúdo transmitido na Tv. o videoscape é uma plataforma lançada em 2011 que reúne conteúdos de Tv digital e online com mídias sociais e comunicações em múltiplas telas.mas as atenções se voltaram, principalmente, para o anúncio do Prime Home, solução que permite o gerenciamento e provisionamento de dispositivos residenciais e móveis conectados pelas operadoras. A tecnologia é baseada no protocolo TR-069 da clearAccess, empresa adquirida no começo de 2012 pela cisco.com servidores dedicados ou em nuvem, a operadora pode gerenciar a rede do assinante sem enviar especialistas, reduzindo gastos e agilizando a solução de problemas. o Prime Home permite ainda desenvolver novos produtos e serviços a partir de relatórios de perfil dos usuários finais. um portal na internet permite ao usuário gerenciar a própria rede, filtrando conteúdo e priorizando tráfego na rede doméstica para voz ou vídeo, por exemplo.

o maior número de certificados do IPv6 Forum, com vários níveis de certificação. Claramente temos uma posição de liderança em termos de suporte ao novo padrão.”

Outra iniciativa importante da empresa junto às operadoras é o fomento não só da adesão ao IPv6, mas na capacitação dos colaborado-res que trabalham com protocolos de internet. “Todos que tem algum contato com IP terão que passar por capacitação, e esse esforço não é pe-queno, pois o IPv6 é muito diferente do IPv4”, diz o engenheiro. “Esse também é um esforço interno, com a força de trabalho da própria Cisco, além de parceiros e clientes.” •

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1

Empresas selam aliança e ampliam oferta Tic para o mercado corporativo

com um contrato que marca o primeiro passo rumo à certificação MSCP (Ma-naged Services Cisco Par-

tner), a Oi conta com a Cisco para ampliar a oferta de soluções TIC para o mercado corporativo. Hoje, a ope-radora possui em carteira as 15 mil empresas que mais investem em TI e Telecom no País, e planeja apresentar a elas soluções compostas que simplifi-cam a migração para cloud computing (Smart Cloud) e o gerenciamento de redes (gestão WAN e Back up 3G). A parceria com a Cisco deve acelerar os passos da operadora rumo à liderança em ofertas TIC para esse nicho. Em entrevista para a Cisco Live Magazine, Ronaldo Motta, diretor de marketing da unidade de negócios do corpora-tivo da Oi, detalha as soluções e fala sobre as expectativas de negócios no curto e médio prazos.

Cisco Live Magazine: Como é o projeto de parceria entre a Oi e a Cisco?

Ronaldo Motta: A Cisco nos fornece know-how e equipamentos – duas coi-sas essenciais na prestação de serviços – além de nos atender comercialmente. Tentamos unir esforços dos vendedores da Oi e da Cisco em clientes comuns, para encontrar oportunidades de negó-cios. A Cisco também é nossa parceira no fornecimento de tecnologias blade, que suportam serviços na plataforma

Oi E ciScOSomAm ESFoRçoS

Smart Cloud, um projeto que marca o início da atuação da Oi como provedor integrado de Telecom com TI.

CLM: De que forma o contrato assinado para a certificação MSCP contribuirá para a expansão dos ne-gócios da Oi?

Ronaldo Motta: O contrato marca o primeiro passo rumo à certifica-ção MSCP (Managed Services Cisco Partner), que exige a estruturação de alguns processos, como ter funcio-nários certificados pela Cisco, para dar suporte aos equipamentos envol-vidos na prestação de serviços, além de processos documentados para atestar que nossa operação siga as melhores práticas de mercado. Nessa direção, caminhamos para a busca de outra certificação, o ISO 2000, que com-plementará o MSCP.

CLM: Qual a estratégia de atuação junto às corporações?

Ronaldo Motta: Redesenhamos nosso posicionamento para o mercado corporativo. Hoje temos em carteira as 15 mil empresas que mais investem em TI e Telecom no País, e nosso objetivo é fazer com que a Oi se torne um par-ceiro dessas organizações na busca de receitas e racionalização de custos, por meio do uso de tecnologia como servi-ço. Temos muito trabalho pela frente, mas ainda precisamos estabelecer uma

política estruturada de parcerias de negócios até alcançar esse objetivo.

CLM: Como vocês estão estrutu-rados para atender a essas grandes empresas?

Ronaldo Motta: Redesenhamos nossa estrutura organizacional para ajudar o cliente a ter uma decisão de compra a favor da Oi e criamos centros de competências para atender às áreas de networking, voz fixa e convergên-cia, mobilidade, data center, segurança e novos negócios (focado em ofertas de smart world para governos, com soluções de educação, saúde, segu-rança, UC, etc).

Nas áreas de vendas, criamos equi-pes responsáveis por clientes (atender e fechar contratos) e por produtos (fazer um levantamento de determinados ser-

voz do parceiro

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“o movimento de nos tornarmos uma operadora com foco em Ti e Telecom integrados requer, na essência, a existência de parcerias, e não podemos pensar nesse movimento sem a cisco, pois a importância deles é vital para o nosso negócio”— RONALDO MOTTA, DA OI

viços desenvolvidos) e também conta-mos com uma equipe de pós-vendas.

CLM: Quais são as soluções já de-senhadas para o universo corporativo?

Ronaldo Motta: Hoje temos uma oferta de cloud privada e pública, con-templando também a infraestrutura. Nosso primeiro lançamento é a oferta de IAAS (infraestructure as a service), em que o cliente pode adquirir servidores virtuais na estrutura Cloud e gerenciar recursos remotamente, no modelo self care. Ou seja, o cliente tem acesso a um portal da Oi (backOffice técnico) que permite monitorar as máquinas e adi-cionar recursos automaticamente, por exemplo, o aumento da capacidade de processamento.

Na área de gerenciamento de redes, os clientes podem optar por serviços

que variam de gestão de falhas e inci-dentes a problemas de disponibilida-de; e relançamos o serviço de redes WAN e o de gestão de telefonia móvel (gestão mobilidade), onde oferecemos gerenciamento remoto e proativo.

CLM: Vocês também atuam com uma rede de backup 3G. Qual é o di-ferencial dessa oferta?

Ronaldo Motta: Essa rede aumenta a disponibilidade da conexão, inclusive em pontos críticos da operação dos clientes, e apoia operações em casos de falhas na rede principal de outra operadora, por um custo que pode chegar a 30% do valor que ele paga na rede principal.

CLM: Quais são as novidades para o futuro?

Ronaldo Motta: Já temos alguns no-vos projetos em discussão. Ainda não é nada oficial, mas estamos vendo com a Cisco a possibilidade de ter uma parti-cipação na oferta da Oi de UC (Unified Communication), tendo em vista que eles são um player importante nessa área e queremos contar com eles na oferta de soluções de videoconferência e telepresença para o setor corporativo. Esse tema é importante dentro da nossa oferta de gestão de LAN (redes locais de clientes) e acreditamos no potencial da Cisco de alavancar esse projeto.

CLM: Qual é a importância da Cisco no projeto da Oi de atuar no grande mercado corporativo brasileiro?

Ronaldo Motta: A Cisco é um player de tecnologia de referência mundial e nosso movimento rumo a nos tornar uma operadora com foco em TI e Te-lecom integrado requer, na essência, a existência de parcerias. Não podemos pensar nesse movimento sem parcerias com a Cisco, pois a importância deles é vital para o nosso negócio. Por isso, esperamos contar com apoio irrestrito às nossas iniciativas. •

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1A VOZ DO CLIENTE

novo prédio do instituto nacional de Traumatologia e ortopedia tem rede e mais de mil ramais 100% iP

com a mudança para uma nova sede, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), hospital público fe-

deral localizado no Rio de Janeiro, ex-pandiu significativamente sua operação: ampliou o número de leitos (de 144 para 303), de consultórios (de 14 para 60) e de salas de cirurgia (de 8 para 21); per-mitindo o aumento do volume de cirur-gias e de consultas ambulatoriais. Mas, a mudança precisava ser suportada por uma nova infraestrutura de TI, que devia ser ampliada nas mesmas proporções.

Com o projeto definido e o edital publicado, a PromonLogicalis foi es-colhida como a provedora de toda a in-fraestrutura de TI e telecomunicações, usando tecnologia Cisco. De acordo com Carlos Junior, gerente de tecno-logia do INTO, o core da rede está apoiado na família Nexus, há dezenas de switches de borda e acesso, além de soluções de balanceamento de tráfego, virtualização e segurança do ambiente. Todo o sistema de telecomunicações está baseado em telefonia IP. “São mais de mil ramais, entre aparelhos fixos, dispositivos preparados para videocha-madas, telefones móveis e softphones instalados em alguns computadores”, detalha o executivo, destacando que o gerenciamento do ambiente é realizado pelo Call Manager.

radiofrequência (RFID). “A rede wi-reless já está toda preparada para o RFID. Em breve, pretendemos usar a tecnologia para controle de ativos e materiais de alto custo, e até mesmo para a localização rápida de profissio-nais”, antecipa Carlos Junior. •

HoSPiTAlHi-tEcH gAnHA PRoDuTiviDADE

O executivo revela que toda a auto-mação predial, segurança de períme-tro (por meio de câmeras IP), assim como sistemas de gestão hospitalar e o PACS (Picture Archiving and Communication System - Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens) roda sobre a nova rede.

O ambiente também está preparado para receber as inovações previstas para a segunda etapa do projeto, entre elas a adoção de recursos de colabo-ração móvel - com o uso de tablets e smartphones - e a identificação por

6 SAlTO

o instituto nacional de Traumatologia e ortopedia (inTo) ampliou a capacidade de atendimento depois de mudar de prédio. veja os números:

lEiToS saltou de 144 para 303

conSulTÓRioS saltou de 14 para 60

SAlAS DE ciRuRgiA saltou de 8 para 21

6 “O ambiente é gerenciado integralmente pelo Cisco Call Manager” — CARLOS JuNIOR, DO INTO

Data CenterAlta performance ligando

sua empresa ao futuro.

A Embratel acaba de inaugurar o

Data Center Lapa, o 5o Data Center da

Embratel no Brasil, com certificação

TIER III. Ele oferece os melhores

serviços em Cloud Computing, Hosting,

Segurança e Disaster Recovery,

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empresa e permitindo maior foco

em seu core business. É assim que a

Embratel liga sua empresa ao futuro.

Veja alguns dos benefícios:

Redução de investimentos em infraestrutura e custos de manutenção.

Conexão direta com backbone IP com dupla redundância.

Alta segurança e alta tecnologia.

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Interligação entre sites via Rede OTN (Fotônica) com alta disponibilidade (99,999%).

www.embratel.com.br

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Rexam investe em projetomundial de telepresença comserviços da Dimension Data

tElEprESENÇa DERRubAFRonTEiRAS

necessário para o uso da tecnologia com qualidade de imagem e áudio. Na subsidiária brasileira, cerca de 30 executivos, entre gerentes e diretores que têm necessidade de comunica-ção constante com as unidades de Londres e Chicago, utilizam a sala.

EmpatiaCaneca ressalta a eficiência da

tecnologia de telepresença para uma melhor comunicação entre os execu-tivos da Rexam. “Quando você tem a oportunidade de ver a pessoa do outro lado com qualidade, a empatia é maior e os assuntos são resolvidos mais facilmente. Hoje, nossa sala de telepresença é utilizada quase todos os dias e os ganhos vão muito além dos financeiros”, diz.

O sucesso do projeto de telepresen-ça vem fazendo com que a Rexam ava-lie a ampliação da iniciativa em outras subsidiárias. “Nosso objetivo é que, a partir de 2013, outras unidades na América do Sul também tenham salas e passem a desfrutar dos mesmos be-nefícios de comunicação”, conclui. •

6 Cada uma das salas instaladas conta com uma unidade de Telepresença Cisco 3010

6 “Buscamos reduzir o número de viagens dos profissionais e ter mais rapidez na tomada de decisões”— ANDRé CANECA, DA RExAM NA AMéRICA DO SuL

líder mundial em embalagens para consumo, a Rexam in-vestiu em um amplo projeto de telepresença com tecno-

logia Cisco e serviços da Dimension Data para aprimorar a comunicação entre os executivos de suas subsidi-árias no Brasil e nos Estados Unidos, e também na matriz da empresa, que fica na Inglaterra.

De acordo com André Caneca, ge-rente de relacionamento de negócios TI da Rexam na América do Sul, a bus-ca por ganhos de produtividade dos principais executivos foi o principal fator que motivou a realização do pro-jeto. “Buscamos reduzir o número de viagens dos profissionais e ter mais ra-pidez na tomada de decisões”, explica.

Cada uma das salas instaladas con-ta com uma unidade de Telepresença Cisco 3010 - comercializada e im-plementada pela Dimension Data - e passou pelo processo de adequação

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Projeto de ativação de 10 mil hotspots também vai ampliar a capacidade de expansão da operadora

“Somos uma operadora entrante no Wi-Fi e em um ano vamos prover 10 mil hotspots a um país que conta com apenas 4 mil”— RAFAEL MARQuEZ, DA TIM INTELIG

conectividade. A palavra que tem mobilizado projetos de operadoras para expandir as redes de telecomunica-

ções em tempo de atender à demanda por transmissão de dados em espe-cial durante os eventos esportivos de 2014 e 2016, foi traduzia pela TIM como Wi-Fi. A empresa firmou con-trato com a Cisco para instalar novas redes sem fio em locais de grande circulação de público, como aero-portos, shoppings centers e estádios.

O projeto prevê a instalação de 10 mil hotspots até dezembro. A ope-radora anunciou que já deu início às instalações e testes de equipamentos em alguns locais públicos, como na comunidade de Paraisópolis (SP), além de 13 aeroportos no País.

A parceria permitirá a entrega de uma infraestrutura robusta, que promete conexão à internet de alta velocidade nas grandes cidades, in-clusive nas que sediarão os eventos esportivos. “Com certeza, antes da Copa do Mundo, vamos entregar os melhores serviços, e já estamos conversando com clubes para levar

credencia o projeto, principalmente por sua magnitude, pois somos uma operadora entrante no Wi-Fi, e em um ano vamos prover 10 mil hotspots a um país que conta com apenas 4 mil”, afirma o diretor de marketing.

Como parte da estratégia para me-lhorar o acesso à internet em locais públicos no Brasil, a TIM também acredita que investir em parcerias, inclusive com concorrentes, é im-prescindível nesse momento. “Nos eventos esportivos haverá mais gente do que o normal, então a parceria com as outras operadoras será a forma de atender à demanda por conexão às redes 3G e Wi-Fi”, afirma Marquez. •

Tim AcElERA iNStalaÇÃO dE Wi-Fi Em ESPAçoS PÚblicoS

conectividade aos estádios”, relata o diretor de marketing da TIM Intelig, Rafael Marquez.

TransbordoSegundo ele, esse projeto surge

como alternativa para desafogar o trá-fego na rede 3G e atender à demanda de internet em dispositivos móveis. “O projeto é o que chamamos de off-load da rede 3G para o Wi-Fi. Nossa estratégia é ampliar a rede móvel, que já apresenta um crescimento de base resultante da demanda por aparelhos conectados”, explica.

A infraestrutura contará com três equipamentos da Cisco. Uma linha outdoor (1552), para locais abertos; e duas Indoor (1042 e 3502) — a primei-ra para ambientes com pouca interfe-rência; e a última, a mais robusta e com espectro mais complicado, para esta-belecimentos como shopping centers.

A parceria entre a Cisco e a Intelig acrescenta qualidade à infraestrutu-ra do projeto, considerado inovador pela quantidade de hotspots insta-ladas. “A tecnologia Cisco, conhe-cida mundialmente pela qualidade,

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Aprimorar cada vez mais a experiência de compra do consumidor nas lojas, atra-vés de interação digital, pro-

mover maior agilidade na comunica-ção e colaboração entre funcionários independente da distância. Diretrizes do chamado “varejo do futuro”, esses itens já são realidade no Grupo Pão de Açúcar, que está implantando uma rede IP, considerada a maior do setor.

A Telefônica | Vivo foi contratada para migrar 100% da rede para IP. A nova infraestrutura começou a ser imple-mentada na sede da empresa e deve ser concluída até o final de 2013 em todas as 626 lojas de Pão de Açúcar, Extra (hiper, super e minimercado) e Assaí no Brasil.

gÊnERoDE PRimEiRA NEcESSidadE

A rede dará suporte a novas aplica-ções, como videoconferência, quios-ques multimídia, treinamento a distân-cia e aplicativos para o consumidor.

“Trata-se de um passo importante para que possamos oferecer o que há de mais inovador tanto para o nos-so consumidor quanto para o nosso cliente interno”, diz Ney Santos, CIO do Grupo Pão de Açúcar.

Para executivos e colaboradores, a rede IP possibilitará a instalação de quiosques multimídia e treinamento a distância, facilitando a realização de reuniões virtuais e maior colabo-ração entre os 150 mil funcionários do Grupo. “A ideia é que o aumen-to dos recursos de colaboração dê

mais agilidade à tomada de decisões”, acrescenta Santos.

big redeCom a nova rede, totalmente ba-

seada em tecnologia Cisco, o Grupo Pão de Açucar pretende integrar mais de 30 mil ramais de voz sobre IP em 700 localidades. Três mil aparelhos serão habilitados para vídeo, e a rede também terá licenças WebEx, Jabber e Jabber Video, juntamente com toda a plataforma de integração de 4 call centers, incluindo helpdesk, field ser-vice e SAC. “Trata-se da instalação de uma das maiores redes IP do País”, afirma Maurício Azevedo, diretor executivo do Segmento Corporativo da Telefônica | Vivo.

AvançoO projeto do Grupo Pão de Açúcar

foi desenhado em conjunto com con-sultores da Cisco, visando também uma nova arquitetura wireless de alto desempenho, que apoiará realidades como mobile shopping, tablets, co-letores de dados para gerenciamento de estoque em tempo real, balança Wi-Fi, entre outras.

Segundo Eduardo Frade, gerente de vendas da Cisco para o segmento de varejo, a iniciativa ilustra o projeto da Cisco de criar lojas no conceito “Flex Store”, ambientes que têm como base a arquitetura Lean Retail Architecture, sobre a qual a rede é preparada tanto para integrar aplicações existentes, quanto para receber o conceito de lo-jas de nova geração. •

grupo Pão de Açúcar terá rede iP conectando quase 700 localidades e mais de 30 mil ramais

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6 “O aumento dos recursos de colaboração irão permitir mais agilidade na tomada de decisões”— NEy SANTOS, CIO DO GRuPO PÃO DE AÇúCAR

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Em parceria com a Tecnoset, São Paulo Futebol clube renova e moderniza infraestrutura de rede

o São Paulo Futebol Clube contratou a Tecnoset, par-ceira da Cisco na área de integrações de soluções

BPO de Gestão Documental, Ne-tworking e Segurança Digital, para iniciar a modernização tecnológica da infraestrutura de redes do estádio do Morumbi, do Centro de Treina-mento da Barra Funda e o do Centro de Formação de Atletas de Cotia.

Para o SPFC, que está em ascen-são e cada vez mais recebe shows, jogos e eventos nacionais e inter-nacionais, era necessário contar com uma rede confiável e podero-sa para disponibilizar conectivida-de segura aos colaboradores, tor-cedores e visitantes.

O clube, que tem como um de seus objetivos tornar seu estádio referência em tecnologia e serviços, precisa estar preparado para as fu-turas demandas de aplicações, pu-blicidade e entretenimento móvel,

bolA nA rEdE

que requerem conexão cabeada e wireless capazes de suportar a cres-cente demanda de tráfego de dados e gerenciamento.

Assim, após estudo minucioso, a Tecnoset, em parceria com a Cisco, apresentou um projeto com a arquite-tura Borderless Networks ao SPFC,

distribuição para as demais unidades.Com a arquitetura, o clube estará

preparado para implantar as próxi-mas fases do projeto, que incluem uma nova rede wireless gerenciada, capaz de integrar os serviços de comunicação, colaboração e entre-tenimento móveis, com suporte para

6 Solução permitirá ao clube oferecer serviços de rede sem fio ao público freqüentador do estádio

capaz de atender à expectativa do clu-be em aumentar seu quadro de cola-boradores, quantidade de eventos, público e serviços de entretenimento.

PraticidadeA solução possibilitará a oferta de

serviços e informações através da rede wireless ao público, proporcionando uma experiência mais envolvedora. Além disso, o clube contará com re-dundâncias na rede e poderá centra-lizar seu link de dados no estádio com

teleconferência e videovigilância. Para Andréa Domingues Cubos,

gerente comercial da unidade de Networking & Security da Tecno-set, “a conquista deste cliente con-firma a expertise que temos para atuar em diversos setores e ratifica nossa certeza de que atingiremos as metas estipuladas para 2012, uma vez que já conseguimos um cresci-mento da ordem de 18% nesta uni-dade de negócios, apenas no primei-ro semestre de 2012”. •

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1 INOVAÇÃO

com 4g e expansão da banda larga no brasil, bob gault, vice-presidente global para operadoras da cisco, vê no País uma grande oportunidade de negócios

HoRA DEExpaNdiro AcESSo

Provedores de serviço se en-contram em um momento de inflexão: por um lado, sofrem cobranças para en-

tregar cada vez mais conectivida-de, no outro, precisam rentabilizar os altos investimentos mantendo a qualidade dos serviços. No Brasil, com iniciativas federais em curso, como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e o recente leilão das frequências para a quarta geração de telefonia móvel (4G), o mercado deve permanecer aquecido e atraindo investimentos. Conversamos com o vice-presidente global de canais para provedores de serviço da Cisco, Bob Gault, para falar um pouco sobre no-vas tecnologias e o bom momento do mercado brasileiro.

Cisco Live Magazine: Após um período de reestruturação, a Cisco voltou a mostrar resultados positivos. Qual o papel do mercado de prove-dores de serviço nesse desempenho?

Bob Gault: O segmento de pro-vedores de serviço contribuiu forte-mente com o crescimento da Cisco

desde a reestruturação em 2011. Na primeira metade de 2012, a vertical de provedores de serviço cresceu em torno de 16% no primeiro trimestre e 12% no segundo. Para o ano, espera-mos crescimento de 8%, o que o torna um dos segmentos da companhia que mais crescem. Isso se baseia na alta demanda por soluções de mobilida-de, cloud, vídeo, infraestrutura etc. Além disso, temos alto e crescente volume de investimentos em NGN (next-generation network, ou redes de próxima geração. Acreditamos que estamos ganhando participação no mercado entre os provedores de ser-viço com nosso foco em arquitetura, e ao auxiliá-los a monetizar as opor-tunidades de negócio através da rede.

CLM: O mercado financeiro global ainda hesita sobre a recuperação da Cis-co. Essa suspeita se deve à empresa ou ao mau momento da economia global?

Gault: Acho que você está certo quando olhamos os resultados do segundo trimestre, porque houve algum questionamento sobre a re-cuperação da empresa. Quando o

mercado viu os resultados mais re-centes, comemorou. Continuamos fazendo aquilo que dissemos que faríamos, e o mercado reconheceu a transformação da companhia, in-cluindo nossa habilidade de reco-nhecer tendências de mercado, com foco no consumidor e na inovação. Acredito que estamos retornando a patamares do passado. Nossas recei-tas cresceram 7%, enquanto nossa rentabilidade cresceu 14%, ou seja, duas vezes mais. Com isso, disse-mos o que somos capazes de fazer e obtivemos comentários positivos.

CLM: A crise na Europa afetou os resultados da Cisco no segmento de operadoras?

Gault: Ela continua sendo um de-safio. Ao redor do mundo continu-amos sendo desafiados pela pressão econômica, mas acho que fora da Europa há um pouco mais de esta-bilidade e visibilidade em todos os mercados, incluindo provedores de serviço, grandes empresas e o setor financeiro. No continente europeu ainda há preocupações e impacto

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nos resultados globais, não só para a Cisco, mas para todos os fabricantes de equipamentos de rede.

CLM: Qual a participação do seg-mento de operadoras nas receitas globais da Cisco?

CLM: Que avaliação pode ser feita do atual mercado brasileiro de pro-vedores de serviço?

Gault: Vejo oportunidades tremen-das de crescimento para a Cisco e para os provedores de serviço. Uma das razões principais é a baixa penetração

“As oportunidades existem em todo o País e estamos bem posicionados para capitalizá-las”— BOB GAuLT, DA CISCO

Gault: Os provedores de serviço representam cerca de um terço do faturamento global da companhia, incluindo produtos e serviços.

CLM: O Brasil acabou de leilo-ar as frequências que serão usadas para implantação das redes 4G/LTE. Como a Cisco pretende aproveitar essa oportunidade?

Gault: Vemos as operadoras brasi-leiras investindo pesadamente para implantar redes 4G a tempo de cobrir localidades específicas impostas pe-los órgãos reguladores durante gran-des eventos, como Copa do Mundo e Olimpíada. Com o tráfego móvel e a venda de dispositivos explodindo, inclusive no Brasil, os provedores de serviço estão procurando arqui-teturas mais voltadas ao tráfego de dados, na qual possam convergir LTE, SP Wi-Fi, 3G, e outras redes legadas em um único e inteligente core de rede. O resultado é que, nesse cená-rio, devemos manter nossa posição de liderança com nossas tecnologias de Packed Core junto aos maiores provedores no Brasil. Há oportuni-dades em IP RAN e arquiteturas de backhaul, como SP Wi-Fi integrado as redes móveis, além de arquitetu-ras orientadas para vídeo móvel. As oportunidades existem em todo o País e acho que estamos bem posi-cionados para capitalizá-las.

de banda larga e tevê por assinatura em todo o território. Isso aliado ao crescimento econômico recente e a ascensão de mais de 40 milhões de pessoas para a classe média, aumen-tando drasticamente a demanda por computadores, tablets, smartphones e serviços de telecomunicações. A Cisco vê um mercado crescente nos próximos anos para os provedo-res de serviço, que continuam confiando na empresa como conselheira e provedora de

6 Gostamos de pensar que ao combinar as nossas ganhamos competitividade

arquiteturas, especialmente na área de NGN, vídeo, nuvem e mobilidade.

CLM: No segmento de carrier Wi-Fi, alguns players relativamente novos estão crescendo rapidamente. Como a Cisco se prepara para com-petir nesse mercado?

Gault: Nossa plataforma ASR 5000, que é uma tecnologia chave no segmen-to de operadoras móveis, possui 67% do mercado. Em SP Wi-Fi temos quase 100%. Nossas soluções causam gran-de impacto nos provedores de serviço. As operadoras realmente entenderam e adotaram nossa abordagem focada na arquitetura. Enquanto nossos com-petidores fornecem soluções únicas, gostamos de pensar que ao combinar

as nossas ganhamos com-petitividade, e ofere-

cemos a estratégia adequada para o

mercado. •

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1SEGuRANÇA

cisco aposta em soluções que protegem o elemento central das tecnologias corporativas: a própria rede

Atribuí-se ao matemático e cientista da computação Vint Cerf, considerado um dos “pais da internet”, a

ideia de que o melhor e o pior atribu-to da rede é a possibilidade de se co-nectar com todo mundo. Ao mesmo tempo em que serve de porta para inúmeras aplicações positivas, a web também expõe pessoas e empresas a um crescente número de ameaças.

Nos últimos anos, os golpistas virtuais tornaram usuários comuns e grandes corporações seus grandes alvos. Para proteger seus clientes, fa-bricantes de tecnologia como a Cisco investem no combate e na prevenção de ameaças, o que fez com que o mer-cado de appliances para segurança de rede corporativa (que inclui firewalls, VPN, UTM e IPS) alcançasse US$ 10,2 bilhões em 2011, segundo a IDC. E estima-se que esse valor ultrapasse US$ 13,4 bilhões até o fim do ano que vem.

A SERviço DA SEGuraNÇa

A maioria dos fabricantes endereçam seus esforços para segurança de rede em equipamentos de UTM (Unified Threat Management), appliances que incluem recursos integrados de har-dware e software. “Não usamos muito o termo UTM”, explica o gerente de negócios para arquitetura Bordeless Networks da Cisco do Brasil, Ale-xandre Lessa. “Essa nos parece uma solução simples, voltada para alguns mercados, principalmente o de peque-nas e médias empresas. A Cisco não acredita nesse tipo de solução, pois entende que segurança deve atender a qualquer tamanho de empresa.”

Outro problema dessas soluções,

cada nível de segurança na rede”, diz.Arquitetura é a palavra chave para

a Cisco: com novas e cada vez mais sofisticadas formas de ataque, uma solução única não possui a mesma eficiência que uma solução bem de-senhada e endereçada.

Segundo Lessa, appliances especí-ficos atuam de forma mais efetiva do que aqueles que reúnem tantas fun-cionalidades em um só dispositivo.

“Temos equipamentos que são líderes mundiais, mas com funcionalidades específicas. Firewalls de aplicação integrados com soluções de filtragem de web na nuvem, proteção de e-mail e antivírus”, classifica.

6 “A estratégia da Cisco prevê segurança fim a fim”— ALExANDRE LESSA, DA CISCO

explica o executivo da Cisco, é a de-gradação do hardware conforme sur-gem novos e poderosos ataques. “É preciso ter soluções específicas para

Focar a segurança na rede é uma estratégia melhor, segundo a Cisco, porque leva em conta a conexão en-tre todos os elementos do ambiente:

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rança fim a fim”, explica Alexandre Lessa. “Não basta ter um bom firewall se não estou endereçando a seguran-ça pelo lado da conexão wireless, ou de um novo dispositivo entrando na rede. A mobilidade fez expandir as soluções de segurança para empresas além daquele perímetro da internet.”

Assim, provam-se eficientes abor-dagens como a da arquitetura Cisco Bordeless Networks, na qual as fron-teiras da segurança deixam de repou-sar sobre um único ponto da rede.

A demanda por segurança, aliás, nunca

6 O mercado de appliances para segurança de rede corporativa (que inclui firewalls, VPN, uTM e IPS) alcançou uS$ 10,2 bilhões em 2011 e deve ultrapassar uS$ 13,4 bilhões até o fim do ano que vem, segundo a IDC

Parte do sucesso dessas soluções pode ser explicada pelo Cisco SIO (Security Intelligence Operations), centro responsável por monitorar a internet e identificar ameaças contra as redes globais. Ele é responsável por criar uma base de dados e as-sinaturas que protegerão de forma ativa soluções na nuvem como o ScanSafe e appliances ASA, entre outros equipamentos.

“Com isso, conseguimos reagir em tempo real a novas ameaças que apare-çam. Nosso firewall ASA CX assume

6 NÚMEROS

• A Cisco lidera o mercado de appliances de segurança com 18,4% da receita

• O segmento de firewalls/vPn foi o que obteve maior crescimento no segundo trimestre de 2012 (23,3%)

Fonte: iDc

usuários, dispositivos, aplicações e data centers, sejam físicos, virtuais ou na nuvem. “A rede faz esse link, é o ponto onde se insere a segurança”, explica Lessa. “As ameaças, platafor-mas, clientes e dispositivos mudam. Dois anos atrás o líder em smartpho-nes era a RIM, hoje é a Apple. Quem será daqui a dois anos?”

DriversSe o número crescente de usuários

potencializa o surgimento de mais gol-pistas virtuais, o que dizer da explo-são de novos dispositivos, conectados em múltiplas redes de acesso (wireless, WiFi, VPN)? Para a Cisco, a mobilida-de se tornou outro grande impulsio-nador para as soluções de segurança. As empresas, de olho no aumento de produtividade decorrente do uso de dispositivos móveis, também se pre-ocupam com as vulnerabilidades que surgem no novo ambiente.

“A estratégia da Cisco prevê segu-

foi tão grande. O próprio CEO da Cis-co, John Chambers, já declarou mais de uma vez que essa é a primeira e a maior preocupação dos clientes, o que causou mudanças estruturais na própria Cisco, que passou a buscar o desenvolvimento de uma arquitetura cada vez mais forte.

“Para bem ou para mal, a tendência é que cada vez mais ameaças e ano-malias cheguem. É necessário que as empresas invistam para se proteger”, explica Lessa.

PortfólioGlobalmente, segundo a IDC, a

Cisco lidera o mercado de appliances de segurança com 18,4% da receita. O segmento de firewalls/VPN foi o que obteve o maior crescimento no segundo trimestre de 2012 (23,3%), grande parte graças ao crescimento da Cisco nesse mercado. Mas o portfólio da empresa vai bem além, abrangendo soluções de segurança web e de email, também em posição de liderança.

posição de liderança em termos de tecnologia usando uma base com mais de 1 milhão de appliances es-palhados em todo o mundo”, explica Lessa, referindo-se ao firewalls de aplicação da Cisco, já disponíveis em linhas high-end. No fim de 2012 ele terá uma versão para empresas de menor porte (mid-end). •

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1ARTIGO

AS PRinciPAiSAFliçÕES nAS DEciSÕES DoS lídErES dE ti

A tomada de decisão é a atitude mais importante e com maior capacidade de transformação das nossas vidas. Mas ainda há gestores que avaliam não ser necessária uma abordagem lógica e

estruturada para a tomada de decisões estratégicas.Na área de TI a melhoria dos processos decisórios é uma

preocupação. O Gartner realiza regularmente pesquisas com 1000 CIOs para definir os temas prioritários à condução do negócio e, desde 2005, o tema BI está no topo da lista, porque frequentemente eles buscam melhorar as decisões.

No entanto, para entendermos o quê melhorar, precisamos avaliar a realidade em algumas organizações. Habitualmente, os problemas não são bem definidos no mundo dos negócios. Os processos decisórios são fluidos, desestruturados e com metas ambíguas. É complicado definir metas consensuais quando elas e seus significados não estão claramente definidos. Por vezes, não de forma consciente, adotam-se soluções prontas baseadas em conhecimentos e habilidades que atendem aos interesses de um grupo. Por isso, podem ser criadas situações para se justificar as decisões. Dessa forma, nas organizações coexistem soluções prontas, com novos problemas, e soluções de todos os tipos que surgem ao longo do tempo.

Sei que muitos leitores pensarão que consegui descrever o seu dia-a-dia, mas esta dinâmica funcional foi descrita em 1972 no artigo A Garbage Can Model of Organizational Choice*, publicado pela Cornell University. Considero pesado o termo “garbage can”, mas a análise por ele apre-sentada espelha o que tenho vivenciado em projetos de TI de empresas dos setores aeroespacial, petroquímico, infraestrutura, celulose, financeiro entre outros.

Quando as metas são definidas e o problema identifica-do, as atividades de definição, classificação e estruturação das informações, geralmente fluem.

No rumo para a melhoria dos processos decisórios é importante observar que eles podem ser estruturados com metodologias robustas que fornecem resultados rápidos tanto para os gestores de TI como para seus colaboradores.

As metodologias de apoio à decisão levam a uma conver-sação estruturada e à busca dos questionamentos corretos.

PrioridadesAcredito que frente a decisões complexas é saudável

definir quais são as questões que precisam de respostas. Fazer as perguntas certas já é um bom começo para estru-turar uma decisão. Lembre que resolver errado o problema certo é melhor que resolver certo o problema errado.

Para que estas metodologias de apoio à decisão tenham sucesso é necessário definir o processo funcional que irá suportá-las. Além de definir o fluxo das informações é reco-mendável fazer a avaliação do ambiente, da liderança, das perguntas, da metodologia e da execução. Os tópicos em cada um destes temas estão apresentados na figura abaixo.

*ROBERTO CAMANhO

Erros estratégicos podem ser devastadores às organizações

O sucesso da implantação de processo de apoio à de-cisão depende de um sponsor dedicado. A mudança cul-tural não é simples, fica sempre a questão se não estamos complicando o processo. Para dar conforto aos gestores empenhados em estruturar seus processos decisórios in-formo que vários estudos são publicados demonstrando retorno na implantação destas metodologias. •* Roberto Camanho é sócio-fundador da Side C, con-sultor em processos decisórios estratégicos e professor da ESPM/SP nos cursos de pós-graduação e graduação. Atua nos setores de telecomunicação, aeroespacial, petroquímico, financeiro e celulose para a seleção de investimentos em TI.

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