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Casas Brasileiras “Quem já viu uma casa brasileira já viu todas” - Vauthier, eng. Francês Método de Pesquisa Novembro-2008

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Trabalho feito para Metodologia Científica - UNIP Alphaville Equipe: Barbara Barquilha, Hanna Mizoguchi e Carolina Suzuki

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Page 1: Casas Brasileiras

Casas Brasileiras

“Quem já viu uma casa brasileira

já viu todas”

- Vauthier, eng. Francês

Método de Pesquisa

Novembro-2008

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O habitar

O que caracteriza uma casa de um povo ou região social é a distribuição de atividades diferentes dentro de um mesmo espaço.

O interesse de uma residência está muito mais no seu aspecto sociológico, do que nas suas qualidades técnicas e plásticas.

Casa não é um frio sólido que envolve o homem. A casa é vivida pelo homem; adquire valores humanos...

A casa é um complicado programa de arquitetura que permite um bom funcionamento e um fluxo ideal.

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História

A história de nossas coisas tem seu começo em Portugal, assim como nas ocas indígenas e até vínculos com a África, Oriente e Índia. O português foi uma espécie de coordenador, orientador e homogeneizador dessa moradia.

No final dos anos 1650, a casa no Brasil estabeleceu-se de forma definitiva.

Abolição da Escravatura e Proclamação da República: aceleração no processo de urbanização, adensamento demográfico, compactação dos espaços. Surgem os cortiços, casas de cômodos, as favelas e as vilas operárias.

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História

Século XX:– Nas primeiras décadas: com a evolução dos cortiços surgem as vilas. E abriga a

classe média e operária.

– Anos 20: com rejeição inicial, os edifícios de apartamentos, começaram a surgir.

– Anos 40: o edifício se populariza, obrigando a classe média a ocupa-lo. Classe mais baixa da população ocupa os conjuntos habitacionais.

– Na primeira metade do século (anos 50): particular modo de morar – apartamentos para ganho. Moradias compactas, e mais uma que tem garagem e dependências de empregados e destina-se ao proprietário, que assume funções de “síndico”.

– Anos 70: investimento em programas de habitação: apartamentos com varanda, condomínios fechados, diversidade de facilidade para os usuários, isolando-o com o resto da cidade “Ame-o ou deixe-o”.

– Anos 80: sofisticando ainda mais os programas de habitação: a expansão dos flats, onde usuário só tem o trabalho de ir e vir.

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Modelos da Arquitetura Brasileira

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Modelos da Arquitetura Brasileira

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Arquitetura Brasileira – Características

- Arquitetura vernácula é aquela feita pelo povo

– Ela é uma arquitetura de expressão cultural e funcional.

Casa da Fazenda Gama - www.sc.df.gov.br/paginas/depha/depha_05.htm

- A família brasileira é um produto da miscigenação branca, índia e africana, responsável por sentimentos perceptíveis e outros sequer imagináveis geradores de seu próprio espaço.

Operários – De Tarsila do Amaral

Duas vertentes arquitetônicas distintas: a vertente rural e a vertente urbana.

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Arquitetura Brasileira - Residência Urbana

Várias foram as formas de morar, porém todas guardando inter-relações

semelhantes, mesmo com o passar do tempo, deixando entrever que a

sociedade brasileira tem uma face, independente da globalização, há ainda cultura, grande demais para sucumbir

diante das imposições externas.

A residência urbana – inicialmente simples residências térreas, de porta e janela –ampliam suas fachadas aos poucos, abrindo portas para o comércio e crescendo para o modelo assobradado. É tão adequado as condições sócio-culturais, que permanece inalterado por cerca de três séculos. São, como um todo padronizadas.

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

- Importância climática em regiões de clima tropical como o Brasil.

– Principal elemento filtrante do exterior.

– Em meios rurais, a varanda é voltada para o público. Em cidades, o elemento volta-se para o quintal dos fundos, criando uma área de convívio.

– Tão valorizadas quanto às garagens.

– A varanda torna-se o contato com a natureza, porém nem sempre é utilizado.

– Alpendres.

A Varanda

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

A Varanda

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

- O carro torna-se equipamento indispensável para transpor médias distâncias com um mínimo de conforto.

– Símbolo de posição social e prestígio contribui para a definição da hierarquia.

– Depois do Golpe militar de 1964: o carro torna-se um habitante da casa, símbolo de poder e riqueza, e também, felicidade.

– Anos 70: Febre de consumo. Anos 80: segurança contra furtos dos carros.

A garagem

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

Faz a transição entre o exterior (mundo) e o interior (doméstico).

– Precisa demonstrar organização, asseio, passes e a disciplina da família.

– Duas unidades: receber (sala de estar) e de comer (sala de jantar).

Setor Social

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

Desconhecido universo velado, raramente revelado a visitantes.

O quarto– Com poucas dimensões e chamadas

de alcovas, o local de repouso e oração não tem um mobiliário muito rebuscado.

– A partir do século XIX, janelas vão rasgando as paredes, transformando as alcovas em quartos.

– O quarto feminino normalmente é aberto para jardins ou com ligações entre si, para que haja policiamento.

– Década de 70 e 80: especulação imobiliária reduz as áreas utilizadas dos compartimentos, aumentando suas funções.

Setor íntimo

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

Não perde sua característica principal: Receber

– Nos subúrbios, a área social vai apenas estar ali, pois os pontos de integração serão o jardim e a rua.

– Período entre guerras: salas tornam-se simples e com pouca mobília, porém o rádio já começa a ser o companheiro inseparável.

– Anos 70: Televisão ocupa o espaço da sala.

– Anos 80: A sala começa a ser dentro do quarto, acumulando a função de “individualizado-socializado”.

A Sala

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

– As primeiras habitações praticamente não apresentavam esse compartimento tanto no interior quanto no exterior.

– Na área rural, era evidente o uso do “matinho”.

– Século XIX: chegada de materiais (tubulações, peças de ferro esmaltado ou louças) que valorizam o banheiro.

– Começam se aproximar da residência, acoplando-se às cozinhas.

– Suítes surgem nos anos 70.– Lavabos surgem para deixar o banheiro

mais privado.– Década de 90: Materiais de acabamento

como resinas e outros sintéticos surgem, substituindo as antigas peças nobres.

O banheiro

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

– O setor mais importante da casa brasileira, principalmente para a classe média, o proletariado e o camponês.

– É possível dentro desse setor entender muito da intimidade da família, pois é aqui que os hábitos sociais se revelam com clareza.

A Cozinha– Apresenta diversas alterações

significativas em tamanho, implantação na casa e agenciamento de seus equipamentos.

– Período colonial: real setor de serviços, que pode ocupar mais de um terço da área da casa, implantada fora da residência.

Setor de Serviços

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

A Cozinha– Apenas a dimensão diferencia a cozinha

rural da urbana.– Início do século XX: água corrente, gás,

pisos em ladrilhos hidráulicos e “empregada”.

– Novos materiais fazem com que as cozinhas fiquem perto de quintais, no fundo da casa, mas dentro dela, com acesso fácil à sala de jantar ou à copa.

– Década de 50: Quitinetes surgem, onde a diminuição da área utilizada para cozinha é vista fortemente.

– Anos 80: Sedimentação de alguns hábitos para a classe média alta, como a eletromodernização da cozinha, perdendo o papel de coração da casa.

Setor de Serviços

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

Agregada à cozinha, muitas vezes alpendrado, voltado para o quintal urbano ou para um grande terreiro arborizado.

– A tradição de copa ainda persiste.

A copa

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

Áreas de Serviços

– O quintal antigo era amplo e sem demarcações, apenas com presença de hortas, chiqueiro e galinheiro.

– Hoje o crescimento urbano elimina gradativamente essas fantásticas áreas, por espaços sufocados que se acoplam às cozinhas.

– Século XX: redução gradativa de quintais e áreas de serviço. As máquinas de lavar e secar diminuem a necessidade de espaço.

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Arquitetura Brasileira - Cômodos

– Após a abolição, o setor de serviço sofre significativas alterações, pois os assalariados requerem acomodações melhores.

– Os alojamentos de empregados, em residências urbanas, ocupam edículas nos fundos.

– Entradas de serviço independentes.

– A partir dos anos 50: códigos de obras estabelecem áreas mínimas permitidas para esses compartimentos.

– Classes mais pobres não tem o alojamento de serviço, pois o habitante desse local é serviçal das classes dominantes.

– Década de 80: Mal cabe um pequeno tanque de louça sob as roupas que recebem odores e vapores dos fogões.

Alojamento de Empregados

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Integrantes

Barbara Silveira Barquilha Carolina Baptista Suzuki Silva Hanna Carina Mizoguchi

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