cartilha sertão central

68
Festival Pernambuco Nação Cultural Educação Patrimonial Sertão Central para o Cedro | Mirandiba | Parnamirim | Salgueiro | São José do Belmonte Serrita | Terra Nova | Verdejante

Upload: fundarpe

Post on 16-Mar-2016

251 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Publicação sobre Educação Patrimonial para o Sertão Central, produzida pela Diretoria de Preservação Cultural da Fundarpe.

TRANSCRIPT

Page 1: Cartilha Sertão Central

Festival Pernambuco Nação Cultural

Educação Patrimonial

Sertão Centralpara o

Cedro | Mirandiba | Parnamirim | Salgueiro | São José do Belmonte

Serrita | Terra Nova | Verdejante

Page 2: Cartilha Sertão Central
Page 3: Cartilha Sertão Central

Festival Pernambuco Nação Cultural

Educação Patrimonial

Sertão Centralpara o

RecifeFUNDARPE

2010

a2 edição

Page 4: Cartilha Sertão Central

F418

Festival Pernambuco Nação Cultural (2010: Recife, PE)

Educação patrimonial para o Sertão Central / Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. – 2. ed. – Recife: FUNDARPE, 2010.

64 p.:il.

ISBN

1. Educação patrimonial 2. Pernambuco – Sertão Central 3. Proteção do Patrimônio 5. Patrimônio cultural 6. Turismo I. Título

FUNDARPE CDU 374

Page 5: Cartilha Sertão Central
Page 6: Cartilha Sertão Central

EXPEDIENTE DA FUNDARPEGovernador de Pernambuco | Eduardo CamposVice-governador |João Lyra NetoSecretário de Educação | Nilton MotaSecretário da Casa Civil | Ricardo LeitãoSecretário Especial de Cultura | Ariano SuassunaPresidente da Fundarpe | Luciana AzevedoDiretoria de Gestão | Alexandre DinizDiretoria de Preservação Cultural | Célia CamposDiretoria de Políticas Culturais | Carlos CarvalhoDiretoria de Difusão Cultural | Adelmo AragãoDiretoria de Projetos Especiais | Rosa SantanaDiretoria de Planejamento e Monitoramento | Fátima OliveiraDiretoria de Incentivo à Produção Cultural Independente | Martha FigueiredoAssessoria Especial de Comunicação | Rodrigo CoutinhoCoordenadoria Jurídica | Hugo BrancoCoordenadoria de Música | Rafael CortesCoordenadoria de Artes Cênicas | Teresa AmaralCoordenadoria de Cinema, Vídeo e Fotografia | Carla FrancineCoordenadoria de Artes Plásticas, Artes Gráficas e Literatura |Félix FarfanCoordenadoria de Patrimônio Histórico | Terezinha SilvaCoordenadoria de apoio à gestão do Funcultura | Irani doCarmo SilvaCoordenadoria de Cultura Popular e Pesquisa | Terezinha de J.C e AraújoChefe da Unidade de Informática | Luciano Magalhães

COLABORADORES DA DPCAna Florinda FerreiraAugusto PaashausCamila D'AlmeidaCarlos Alberto M. C. da CunhaCleonide B. de Vasconcelos FilhaConceição Eymart de Araújo FragosoCristiane Feitosa Cordeiro de SouzaDaniella Felipe EspositoDiógenes Santana de AzevedoEduardo SarmentoEricka Maria de Melo Rocha CalábriaFátima TigreGlena Salgado VieiraIzabel Paashaus

João Paulo de França Ferrão AlvesJosé Bezerra de Brito NetoLarissa Santos Cisne PessoaManoel Sotero Caio NettoMaria Cecília Vargas de AlcântaraMaria de Nazaré Oliveira ReisMaria de Lourdes Bezerra CordeiroNeide Fernandes de SousaPaula Manuela Silva de SantanaRaphaela Rezende de LimaRenata EcheverriaRoberto Carneiro da SilvaRosa Virgínia Bonfim WanderleySuzylene de Aguiar SilveiraUlisses Pernambucano de Melo Neto

APOIO:IPHAN – 5ª Superintendência Regional

TEXTOS:Anielma Maria Marques RodriguesCícera Patrícia Alcântara BezerraDiomedes Oliveira NetoFabiana de Lima SalesIsabela de Oliveira MoraesLilian de Almeida SilvaLívia Moraes e SilvaMercês de Fátima Santos SilvaMichelle Luiza Torres Macedo

REVISÃO DE TEXTO:Angela Maranhão Gandier

PROJETO GRÁFICO:Flávio Barbosa da Silva

IMAGENS E MAPAS:Emanuel Furtado BezerraFábio PestanaFlávio Barbosa da SilvaMichelle Luiza Torres Macedo

Page 7: Cartilha Sertão Central

SUMÁRIO

Apresentação

Região de Desenvolvimento Sertão Central

Introdução

Patrimônio Cultural

Formas de Proteção do Patrimônio

Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de valorização da

cultural popular e tradicional

Turismo e Patrimônio Cultural

Acervo do Patrimônio Cultural do Sertão Central

Cedro

Mirandiba

Parnamirim

Salgueiro

São José do Belmonte

Serrita

Terra Nova

Verdejante

Definições úteis

Referências e indicações de leituras

Lista de figuras

07

08

09

12

17

19

23

26

27

30

34

37

43

47

52

55

60

60

63

Page 8: Cartilha Sertão Central
Page 9: Cartilha Sertão Central

A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), através do seu

Plano de Gestão, realizou, em cada uma das doze Regiões de Desenvolvimento, seminários,

fóruns e escutas para estruturação da Política Pública de Cultura em Pernambuco ao longo do

ano de 2009, continuando uma ação iniciada em 2007-2008.

A Diretoria de Preservação Cultural (DPC) associada às demais diretorias da FUNDARPE e ao

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (5ª Superintendência Regional) –,

dá sequência ao trabalho de interiorização e democratização da cultura, retornando à Região de

Desenvolvimento Sertão Central (RD 04) com oficinas de Educação Patrimonial no Festival

Pernambuco Nação Cultural.

Esta publicação é destinada a professores e gestores das escolas dos municípios do Sertão

Central (Figura 1), assim como aos profissionais que atuam no campo da cultura e demais

interessados no tema da preservação do patrimônio cultural. O objetivo é fazer com que os

leitores reflitam sobre as ideias apresentadas, tornando-se multiplicadores das mesmas e

levando esse conhecimento, juntamente com suas experiências pessoais, para a sala de aula,

para as suas rotinas de trabalho e para a sua própria comunidade.

Pretende-se com este trabalho atingir a população, estimulando uma atitude de identificação e

preservação do patrimônio cultural e natural de modo que tal atitude seja capaz também de

reforçar a necessidade do exercício da cidadania.

APRESENTAÇÃO

Figura 01: no estado de Pernambuco. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Localização da Região de Desenvolvimento Sertão Central

07

Page 10: Cartilha Sertão Central

A preservação do patrimônio cultural do Estado de Pernambuco constitui um dos

grandes desafios em direção ao desenvolvimento sociocultural dos seus diversos

municípios. Neste trabalho, estaremos considerando particularmente os municípios da

Região de Desenvolvimento Sertão Central com suas características particulares e o seu

potencial de crescimento. Esta publicação tem como um de seus propósitos promover uma

reflexão acerca do que se entende contemporaneamente por patrimônio cultural como um

conceito abrangente, transversal, que se comunica com outros temas relacionados à

cultura, tais como: meio ambiente, identidade cultural, memória, história, cidadania e

educação patrimonial.

Uma vez que a comunidade possua laços mais estreitos com o seu patrimônio

cultural, através de um processo contínuo de identificação e de valorização de tal patrimônio,

as formas de proteção e preservação institucionalizadas tornam-se mais eficazes: os

processos de tombamento dos bens materiais e registro dos bens culturais de natureza

imaterial atingem seus objetivos mais facilmente, uma vez que se tornam processos dos

quais a população tenha se apropriado, tornando-se parceira dos mesmos.

A atividade turística associada ao patrimônio cultural pode desenvolver uma

interessante proposta no que diz respeito à utilização do patrimônio de forma sustentável,

passível de se tornar também um elemento gerador de renda para o município.

Por fim, para que possamos de fato contribuir com o conhecimento sobre os

municípios do Sertão Central em relação ao patrimônio cultural que a região possui e a

potencialidade de desenvolvimento social que ele representa, trazemos um inventário do

patrimônio cultural de cada um dos municípios da RD e esperamos com isso ter iniciado um

processo de busca e de construção do conhecimento apoiado no terreno fértil do

patrimônio cultural.

08

INTRODUÇÃO

Page 11: Cartilha Sertão Central

A Região de Desenvolvimento do Sertão Central (RD 04) compreende 8

municípios do Estado de Pernambuco: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro,

São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante, que ocupam uma área total 2de 9.144,6 km (figura 2).

O Sertão Central é conhecido culturalmente como a terra do artesanato em

couro, das rezadeiras, benzedeiras, dos deliciosos doces, das vaquejadas, das

manifestações religiosas e das festas populares, com destaque para a Missa do

Vaqueiro. A região possui ainda fazendas que produzem rapadura, farinha e ainda é

caracterizada pela presença dos repentistas e da literatura de cordel. A RD 04 possui

uma extensa malha rodoviária que faz a comunicação com o Sertão e até interliga os

Estados do Ceará e da Bahia. Dessa forma, a região tem um grande potencial para o

desenvolvimento econômico e turístico no Estado de Pernambuco. Como

patrimônios materiais em processo de reconhecimento têm-se a Estação Ferroviária

de Mirandiba e o conjunto Ferroviário de Salgueiro.

O calendário cultural da região inclui atividades durante os ciclos

carnavalesco, religioso, junino, natalino, destacando-se o carnaval da Bicharada de

Salgueiro; a Cavalgada da Pedra do Reino de São José de Belmonte; o Circuito

Vaqueiro de Ouro de Mirandiba; a Missa do Vaqueiro – Festejos de Nossa Senhora

Imaculada Conceição de Verdejante; e as vaquejadas em Parnamirim.

A formação histórica dos municípios remonta aos séculos XIX e XX, com o

surgimento das primeiras fazendas administradas pela autoridade dos coronéis,

originando os primeiros povoamentos. A devoção à Igreja Católica marca também a

Região de Desenvolvimento Sertão Central

09

Page 12: Cartilha Sertão Central

história da região com suas promessas, fazendo surgir histórias e, em alguns

municípios, as primeiras capelas. Nessas terras, ainda passaram os cangaceiros do

tempo de Lampião.

A formação histórica ainda se reflete nas condições de vida da população e

na agropecuária, a principal atividade econômica da região.

2Informações do Sertão Central

2Área Total: 9.144,6 km

População: 159.397 habitantes

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,670

Clima: semiarido

10

2 Fonte: Condepe/Fidem. Disponível em: http://www.condepefidem.pe.gov.br

Page 13: Cartilha Sertão Central

Limites Geográficos:

Norte - Estado da Paraíba

Sul - Regiões Desenvolvimento do Sertão do São Francisco e Sertão do Itaparica

Leste - Região Desenvolvimento do Araripe

Oeste - Região Desenvolvimento do Pajeú

Figura 02: Municípios da RD Sertão CentralFonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

11

Page 14: Cartilha Sertão Central

Patrimônio Cultural

12

Geralmente, quando se escuta a expressão “meio ambiente”, é comum associá-la a

paisagens naturais, que muitas vezes são imaginadas como praticamente intocadas pelo

homem, tais como as florestas tropicais, os desertos, as regiões polares, etc. Essa ideia acaba por

tornar-se bastante limitada, pois o termo “meio ambiente” deve ser entendido como qualquer

espaço geográfico ou simbólico onde exista interação entre os seres vivos e fatores como a água,

a luz, o ar, o solo, etc., e que irão influenciar o comportamento desses seres.

Portanto, seu quarto pode ser entendido como meio ambiente, assim como sua casa,

sua escola e até mesmo sua cidade. Cada um desses espaços pode ser compreendido como um

meio ambiente sociocultural, ou seja, são ambientes que foram transformados pelas ações

humanas, que, por sua vez, também foram influenciadas pelos fatores naturais. É a partir daí que

podemos discutir o que é cultura.

A forma como sua casa foi construída, o idioma que você fala, as roupas que você usa, os

alimentos que você consome, as festas que acontecem na sua cidade, suas crenças e seus

costumes, tudo isso é cultura. Cultura está ligada diretamente às ações do homem e ao modo

como essas ações transformam o espaço em que ele vive.

Diante desta realidade, podemos perceber que todos nós produzimos cultura e que é

através das diversas formas de produzi-la, de suas práticas, que criamos nossa identidade

cultural, aquilo que diferencia nossa comunidade, nossa cidade, nosso país, de todos os outros;

assim como é a partir da cultura que definimos aquilo que tem valor para nós.

Muitas dessas práticas e valores herdamos dos nossos antepassados.

Contudo, devemos perceber que nossa cultura está sempre em construção dentro de

nosso espaço-tempo; seja através do contato, da troca de experiências que

estabelecemos com outras culturas, seja pela mudança de valores, etc. Assim

podemos entender que a cultura não é um fenômeno estático, parado, e, sim, um

fenômeno social, portanto, dinâmico. No entanto, diante de nossa realidade atual,

marcada por mudanças rápidas de valores, padronização do consumo e forte

influência de culturas externas, devemos nos preocupar com a nossa identidade, com

aquilo que nos torna únicos e diferentes dos demais.

Page 15: Cartilha Sertão Central

Certamente, você já deve ter um dia puxado conversa com seu avô, ou com

aquela tia que sempre se recorda dos tempos de infância e de como a cidade em que

você vive era diferente, como os costumes e as relações entre as pessoas eram outros.

A partir daí, você percebe as mudanças que ocorreram em seu espaço, podendo até

questionar se as coisas estão melhores atualmente ou não, e provavelmente entender

um pouco mais de sua cidade e das transformações ocorridas ao longo do tempo.

Esse ato de lembrar e contar, vivenciado por algum parente seu, pode se

chamar de memória. Além do indivíduo, a memória pode fazer parte da experiência

vivida por grupos de indivíduos em comunidade, ajudando na definição da cultura de

determinado grupo e sendo um fator muito importante na preservação e transmissão

das culturas, o que auxilia no fortalecimento da identidade dos grupos.

A própria cultura também irá influenciar aquilo que será mais ou menos lembrado, ou

seja, o valor atribuído a determinado elemento ou objeto, a exemplo daquilo que sua tia mais

valoriza, ao lembrar-se do passado em sua cidade. A ideia de valor está relacionada com as coisas

que mais estimamos e que se diferenciam das outras, sendo esta importância bastante oscilante

de indivíduo para indivíduo ou entre comunidades. Esse reconhecimento também é um fator

importante na construção da identidade e da história de uma sociedade.

É importante perceber também que a memória não é apenas algo que está preso ao

passado. Quando sua tia lhe conta aquelas lembranças de sua infância e você começa a refletir mais

sobre o que foi a sua cidade e o que ela se tornou hoje em dia, você se torna uma testemunha de que

o ato de recordar torna-se um encontro do presente com o passado e possibilita uma reflexão sobre

o futuro. Diante da importância da memória para a cultura numa sociedade e da forma como ela

pode facilmente se perder no tempo, podemos nos perguntar: “Como preservar essa memória?”.

A História surge para evitar que os fatos sobre nosso passado e nossa cultura se percam

ao longo do tempo, transformando tais informações em narrativas, relatos ou registros que irão

salvaguardar a memória coletiva. Por se tratar de um fenômeno cultural, ou seja, humano, a

forma de registro desse 'recordar' variou muito ao longo do tempo e nas diferentes sociedades,

revelando interpretações diversas sobre a história das comunidades e privilegiando

determinados grupos em detrimento de outros.

Devemos considerar que todos nós somos construtores da história de nossa comunidade,

de nossa cidade, do nosso país; ou seja, a história não é formada apenas pelos chamados 'grandes

13

Page 16: Cartilha Sertão Central

homens' ligados à política, à religião, à economia, etc., e, sim, por todo e qualquer indivíduo

praticante e formador da cultura, da memória e, consequentemente, da identidade de um grupo

social. Diante disso, a História vem contribuindo na valorização e preservação dessa memória, que

está ligada diretamente ao patrimônio cultural de determinado espaço.

Imagine que, após uma viagem, ao retornar a sua cidade, você não encontrasse mais a

sua antiga moradia, os espaços religiosos, as feiras e mercados, as praças, as comidas típicas, as

festas comemorativas e populares – festas dos padroeiros, as festas juninas, o aniversário da

cidade. O que você sentiria? E se, em outra ocasião, ao voltar depois de muitos anos, tudo

pudesse ser rememorado, independente das dinâmicas sociais e mudanças ocorridas e você

pudesse se localizar no espaço e no tempo?

É nesta complexidade dinâmica, própria do lembrar e esquecer, criar e apagar, guardar

e perder, construir e destruir, que se forma o Patrimônio Cultural. Este termo remete a duas

ideias aparentemente contraditórias: 'patrimônio' que representa posse, herança; e o adjetivo

'cultural' que revela a característica de algo coletivo, social e dinâmico. Patrimônio cultural é,

pois, o conjunto formado por todos os bens em que os indivíduos e os grupos sociais

reconhecem seu valor como sendo importantes para as referências de suas culturas e

identidades culturais. São elementos, dentro do vasto universo da cultura, de representação e

de reconhecimento de si e dos outros.

As escolhas dos bens representativos – a que chamamos Patrimônio Cultural – são feitas,

sobretudo, por meio de uma interpretação da cultura e da história. Portanto, a lista dos bens

representativos é constantemente ampliada. Além disso, esses bens assumem sempre novos

valores nos quais se consolida o patrimônio. Exemplo disto são as manifestações

afrodescendentes, que antes eram proibidas, consideradas subversivas e, atualmente

são vistas como elementos da cultura nacional.

A mudança é um sinal de que a cidade está viva, mas não se pode perder as

referências enquanto o horizonte em direção ao antigo desaparece tão perto ao

redor de todos. Entre a mudança e a continuidade, existe a possibilidade de se

interpretar, optar e agir (em discussões coletivas e democráticas) com o objetivo de

salvaguardar os importantes vestígios culturais do passado e garantir uma melhor

qualidade de vida para todos.

O patrimônio cultural não representa apenas a Identidade cultural e a

14

Page 17: Cartilha Sertão Central

Memória do município ou do estado de Pernambuco, mas sua capacidade de gerir o

patrimônio, enquanto governo e sociedade; sua capacidade para administrar e

compreender os processos culturais e de desenvolvimento locais. Em Pernambuco,

do litoral ao sertão, uma verdadeira Nação Cultural produz e partilha as mais

diferentes formas de se fazer e viver a cultura. Paisagens, edifícios históricos,

manifestações religiosas, mestres de expressões artísticas, entre outros tipos de

patrimônios culturais, são encontrados em abundância nas diferentes regiões do

Estado. Essa diversidade singulariza cada município – com seus inúmeros bens e

cenários de riquezas próprias –, fundamentais para a identidade cultural e a memória

dos cidadãos pernambucanos.

Logo, a partir do rápido olhar ao seu redor, pode-se ter a certeza de que os patrimônios

estão em todos os lugares, são numerosos e diferentes. Essas características são também fatores

que dificultam sua preservação. Assim, muitas vezes, pelos maus tratos do homem ou do tempo,

esses bens correm risco de desaparecer, levando consigo a expressão da dinâmica cultural.

Ao caminhar pela cidade, podemos nos deparar com diversas situações que podem

despertar sentimentos, seja de admiração diante de nossa riqueza cultural presente nos mais

diversos elementos, ou indignação diante dos problemas existentes, como falta de saneamento,

ruas sem calçamento, coleta de lixo irregular, etc. A partir disso, as comunidades podem se

mobilizar para exigir melhorias dessas condições, o que fortalece o papel de cidadão do indivíduo

em sociedade. E o nosso patrimônio cultural?

Desta forma, a responsabilidade de cada cidadão parte do princípio de que a Cidadania

nos remete à existência de alguns direitos. Estes direitos nos fazem ter a nossa história

resguardada em todos os espaços em que nos fazemos presentes e que transformamos; que nos

permite produzir cultura, ter acesso à informação e aos bens culturais e possibilitam o respeito às

diferenças, já que, além de direito à saúde, à moradia, à educação, entre outros garantidos pela

constituição, a cultura é parte essencial de nossas vidas e, assim, deve ser reivindicada.

Porém, estes direitos nos fazem responsáveis pela preservação do Patrimônio Cultural,

seja material ou imaterial, que compõe o meio ambiente no qual estamos inseridos na busca pela

melhoria da qualidade de vida e resgate da nossa autoestima. Este meio ambiente, constituído

de forma natural ou construído, aparece ou se representa de forma física através da natureza e

15

Page 18: Cartilha Sertão Central

de todos os elementos construídos pelo próprio homem como: igrejas, edifícios, elementos

escultóricos, etc; e de forma abstrata representada pela cultura de nossas crenças religiosas,

danças, gastronomia e outros bens culturais.

Portanto, a idéia de preservação não se limita apenas à conservação dos bens materiais e,

sim, está na manutenção de todos os valores simbólicos que constituem uma determinada

cultura/identidade, seja através de registro de uma manifestação, restauro de um bem imóvel,

oficinas realizadas por mestres artesões com a comunidade, inventários, etc. E mais do que

qualquer órgão institucional, o principal agente de preservação é a própria comunidade, que pode

se mobilizar através das escolas, entre os comerciantes locais, associações, ONGs, etc, articulando-

se e cobrando os seus interesses e direitos das instituições responsáveis pela garantia dos mesmos.

O exercício da nossa cidadania pode se realizar com simples atitudes individuais e

coletivas, que, integradas com a Educação, podem gerar importantes frutos. Durante muito

tempo, a educação serviu para impor visões de mundo que pretendiam afirmar verdades

absolutas. Hoje, a educação deixa aberta a possibilidade de diálogo e discussões, permitindo a

exposição de ideias diferentes, a liberdade de se questionar a realidade e, principalmente, a

oportunidade de se compartilhar os problemas e benefícios de cada cidade.

A prática educativa, hoje, ganha contornos fora da escola, e permite uma troca benéfica

de experiências entre culturas, estando presente em casa, no trabalho, nos momentos de lazer,

etc., transformando cada cidadão em um parceiro dentro do processo educativo.

Assim, utilizando estes preceitos de Educação aplicados atualmente e relacionando-os

ao patrimônio cultural, podemos ver a Educação Patrimonial como importante aliada na

construção e (re) construção da identidade coletiva de uma sociedade e, principalmente, como

uma ferramenta que pode estimular o sentimento de pertencimento desta mesma sociedade

em relação ao patrimônio que ela possui. Produzindo, assim, uma nova forma de olhar, pensar e

transformar o mundo que a cerca e, consequentemente, uma nova relação com o patrimônio

que compõe esse mundo. O trabalho em torno da educação patrimonial pode ser iniciado a partir

dos seguintes questionamentos:

O qu reser ar?

e pv

?Por que preservar

Como e vpr ser ar?

16

Page 19: Cartilha Sertão Central

A ação de celebrar a memória através de elementos físicos parece ter pertencido a

todas as sociedades ao longo da história. Nesse sentido, a noção de monumento pode ser

considerada universal, fazendo parte da vida cultural dos homens na medida em que estes

sempre atribuíram valor a elementos com o objetivo de preservar sua identidade. Já a noção

de patrimônio é mais restrita, tendo seu nascimento associado à ideia de nação e de busca da

criação de uma identidade nacional. As primeiras ideias surgidas no campo da preservação do

patrimônio priorizaram os bens materiais ou tangíveis, tomados por critérios de

grandiosidade e excepcionalidade.

No Brasil, durante o Estado Novo, um período marcado pela afirmação da nacionalidade

brasileira, foi criada a lei para a proteção do patrimônio brasileiro. A promulgação do Decreto Lei

25, em 1937, fez parte de um movimento anterior, um projeto simbólico de busca da identidade

nacional, que vinha sendo desenvolvido por intelectuais desde o século XIX.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as discussões em torno da questão da

preservação do patrimônio se intensificaram. A partir de encontros, reuniões e debates

internacionais, o conceito de patrimônio existente até então passa a ser questionado. As

celebrações religiosas, as manifestações artísticas, as danças, a culinária, os folguedos, ou seja, o

universo dos bens imateriais começou a ser reivindicado como patrimônio, fazendo surgir uma

nova categoria: o patrimônio imaterial.

No Brasil, desde a época de Mário de Andrade (que já vislumbrava a questão do patrimônio

imaterial no anteprojeto Decreto-Lei n° 25) passando por Aloísio Magalhães, a cultura ligada

principalmente às classes menos abastadas da sociedade brasileira foi responsável por uma longa

inquietação conceitual até que, enfim, foi contemplada pelo texto da Constituição Federal de 1988.

Atualmente, o patrimônio imaterial tem se consolidado como um campo complexo de

atuação, necessitando de constantes debates e da contribuição de especialistas de diversos

campos do saber. Em Pernambuco, a Lei do Registro do Patrimônio Vivo, além de reconhecer a

riqueza cultural do Estado nos mestres da cultura popular e tradicional, vem contribuindo para

alargar o entendimento do termo patrimônio e destruir a separação conceitual entre os bens

materiais e imateriais, o abstrato e o concreto. O Patrimônio é um só!

Formas de Proteção do Patrimônio

17

Page 20: Cartilha Sertão Central

Mas o que isso significa na prática?

O Tombamento no Brasil é uma ação do Poder Público que visa proteger os bens materiais,

móveis e imóveis, colocando o seu uso sob controle de uma legislação específica. O tombamento

pode ser feito nos três níveis de governo: o federal, o estadual e o municipal, de acordo com as

respectivas legislações.

Qualquer pessoa pode solicitar a abertura do processo de tombamento de um bem cultural

que considere importante para a identidade da sua comunidade ou para a nação. No Estado de

Pernambuco, que instituiu a lei de tombamento em 1979, o processo que culmina no tombamento

do bem é iniciado com pesquisas sobre a história e a arquitetura do bem, que devem compor uma

documentação que será avaliada pelo Conselho Estadual de Cultura. Se o parecer do Conselho for

favorável, o processo será homologado pelo governador do Estado e a instituição do tombamento

do bem será publicada no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. Ao se iniciar o processo

de salvaguarda nos órgãos técnicos – que analisam a história e arquitetura dos bens – estes já

começam a desfrutar das proteções legais.

Para que um bem seja protegido pela legislação do tombamento, ele não precisa ser

desapropriado. Dito de outra forma, se sua casa for tombada, ela continuará sendo sua

propriedade. Os valores simbólicos que fizeram com que sua casa fosse reconhecida como

patrimônio cultural é que passam a ser de interesse de todos. Em relação ao patrimônio imaterial

ou intangível, percebeu-se com o tempo que haveria de ser criado outro instrumento para a sua

salvaguarda, uma vez que os bens imateriais obedecem a uma dinâmica bem diferente daquela

dos bens materiais.

Para proteger uma igreja, por exemplo, é preciso restringir as mudanças em seus

aspectos físicos, evitando sua descaracterização. Já no caso de um bem imaterial, como a

Capoeira, o Frevo, o Círio de Nazaré, o saber das baianas do acarajé, não se pode restringir

as mudanças em suas características ao longo do tempo, pois estas mudanças são

essenciais para o significado e a continuidade da manifestação.

Como o próprio nome indica, o registro é um instrumento que apresenta como se

encontra o bem cultural em um determinado momento, reconhecendo seus protagonistas,

18

Page 21: Cartilha Sertão Central

coletando informações históricas sobre sua trajetória e destacando as relações sociais que o

envolvem e que são, portanto, imprescindíveis para sua continuidade. Mas o tombamento e o

registro dos bens culturais não são os únicos instrumentos de proteção disponíveis para

salvaguardar os bens materiais e imateriais, e nem se pode afirmar que, sozinhos, eles são capazes

de garantir a permanência do bem material ou a longevidade do bem de natureza imaterial.

Antes de pensar, por exemplo, no tombamento de algum utensílio, obra de arte, edifício,

praça, floresta, temos que refletir sobre a relação entre o significado do bem para a história do

nosso bairro, cidade, estado ou país. A relação de reconhecimento entre a comunidade e o bem,

por vezes, pode ser um instrumento bastante eficiente para garantir sua integridade e

continuidade no tempo e no espaço.

Além dos instrumentos utilizados pelas instituições públicas de preservação do

patrimônio (o tombamento e o registro), a Educação Patrimonial também aparece como uma

ferramenta de preservação e proteção dos bens representativos da nossa cultura, à medida que

os insere no cotidiano da população por meio de práticas de construção de conhecimento que

estreitam o contato entre a comunidade e seu patrimônio.

As discussões no cenário global sobre o patrimônio imaterial vêm ganhando maiores

proporções nas últimas décadas, à medida que se entende melhor a íntima relação do bem

imaterial com os bens culturais de natureza material. Essa relação não é difícil de ser

compreendida se tomamos como ponto de partida a importância para a comunidade de

determinados bens culturais construídos, como, por exemplo, uma igreja. Possivelmente, as

celebrações, festas e rituais que lhe estão associadas não teriam o mesmo valor simbólico se a

igreja não estivesse ali e vice-versa.

Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de

valorização da cultura popular e tradicional

19

Page 22: Cartilha Sertão Central

Em âmbito internacional, podemos destacar o esforço de países orientais e latino-

americanos em incluir os bens imateriais na legislação acerca do patrimônio. Modelos de

programas nacionais de reconhecimento e salvaguarda, como Tesouros Humanos Vivos,

representam o empenho e o aumento dessas discussões. A UNESCO, em 2003, destacou a

relevância e complexidade desse tema com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial.

O Brasil, em sintonia com as proposições internacionais, possui como marco legal das

políticas públicas voltadas para essas duas esferas do patrimônio (material e imaterial) o Decreto nº

3.551 de 4 de agosto de 2000, que institui o “Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que

constituem o patrimônio cultural brasileiro” e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial.

Nesse sentido, Pernambuco está entre os estados pioneiros em adotar uma legislação

própria para reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial, com a instituição em 2 de

maio de 2002, pela Lei Estadual nº 12.196 e regulamentada pelo Decreto nº 27.503, de 27 de

dezembro de 2004, do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE.

O Registro de Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE tem como missão reconhecer,

valorizar e apoiar mestres e grupos que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias

para a produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular (formas de

expressão, saberes, ofícios e modos de fazer), em especial, os que sejam capazes de transmitir

seus conhecimentos, valores, técnicas e habilidades, objetivando a proteção e a difusão do

patrimônio imaterial pernambucano. Desta forma, se possibilita e potencializa o

reconhecimento, acesso, difusão e fruição dos diversos bens, memórias, saberes e histórias

presentes nas culturas populares.

Desde a instituição da Lei, o Governo do Estado de Pernambuco se compromete em 3lançar anualmente o Edital do Concurso do RPV-PE , por meio Conselho Estadual de Cultura –

CEC e da Fundarpe, que vem estabelecendo uma interlocução direta com as prefeituras, a partir

de suas secretarias e departamentos municipais de cultura, bem como com os gestores, artistas,

produtores, entidades de natureza cultural, na construção de um espaço de articulação e

viabilização de parcerias, envolvendo protagonistas do campo cultural e ampliando a

participação comunitária.

3 Com a regulamentação da lei em 2005, foram registrados 12 mestres e grupos, contemplando os anos de 2002, 2003, 2004 e

2005 intervalo entre o ano da Lei e o ano do lançamento do primeiro Edital.

20

Page 23: Cartilha Sertão Central

Além disso, considerando a diversidade regional e reconhecendo a existência de um

vasto campo cultural fora da região metropolitana do Estado, foram definidas estratégias de

descentralização, fundamentais na valorização da diversidade e promoção da cidadania

cultural, fomentando, dessa forma, as vocações culturais regionais.

Assim, todos os anos são realizadas oficinas para divulgação do edital, em todas as zonas

fisiográficas do estado de Pernambuco (Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão), mobilizando

diversos atores sociais, segmentos artísticos e grupos populares, além da presença de

comunidades rurais, indígenas, quilombolas, gestores, produtores e agentes da cultura popular e

tradicional. Acontecem, também, discussões sobre a Lei do Registro do Patrimônio Vivo no âmbito

dos Fóruns Regionais de Cultura realizados nas doze Regiões de Desenvolvimento do Estado.

A obtenção do título de Patrimônio Vivo é realizada por meio de concurso que contempla

desde a apresentação de candidatura, através de uma entidade proponente; habilitação; a

apreciação das candidaturas por uma Comissão Especial de Análise e o encaminhamento das

candidaturas para o Conselho Estadual de Cultura para análise final e decisão dos contemplados.

Podem se inscrever pessoas físicas ou grupos culturais, constituídos juridicamente ou

não que apresentem os seguintes pré-requisitos: currículo profissional que comprove pelo

menos 20 anos de atividades culturais e residência no Estado; estar capacitado a transmitir seus

conhecimentos ou técnicas e ser apresentado por uma entidade proponente, constituída

juridicamente, com caráter cultural e sem fins lucrativos.

Tais candidaturas são analisadas por uma Comissão Especial de Análise, que elabora

pareceres individuais e uma lista de recomendação, ficando a deliberação sobre os premiados a 4

cargo de uma avaliação do Conselho Estadual de Cultura . Os critérios de análise são: 1)

contribuição à cultura pernambucana; 2) idade do mestre ou antiguidade do grupo e 3) carência

social ou condição de sustentabilidade.

21

4 O Conselho Estadual de Cultura, de Pernambuco tem como finalidades a formulação de diretrizes de ações culturais e a defesa do

patrimônio histórico, artístico e cultural, tangível e intangível do Estado. Composto por 10 membros, geralmente personalidades

eminentes da cultura local, indicados pelo Governador do Estado, com mandato de 06 anos, reúnem-se semanalmente para discutir

assuntos pertinentes a sua atribuição.

Page 24: Cartilha Sertão Central

Direitos e Deveres dos Patrimônios Vivos

Dentre os direitos dos contemplados no concurso está o uso do título de Patrimônio Vivo 5do Estado de Pernambuco, recebimento de bolsa de incentivo financeiro e prioridade na análise

de projetos por eles apresentados ao Sistema de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco

(Funcultura). Esses direitos são personalíssimos, inalienáveis e impenhoráveis, sendo

expressamente proibida a sua transmissão a terceiros, familiares ou amigos. Em contrapartida, é

função dos Patrimônios Vivos manter e preservar os aspectos das culturas populares e

tradicionais pernambucanas, assumindo a missão de transmitir os seus saberes a alunos e

aprendizes em programas de ensino e aprendizagem promovidos pelo Governo de Pernambuco.

Atualmente, o Estado conta com vinte e um Patrimônios Vivos, entre pessoas e grupos

de pessoas, situados na Região Metropolitana do Recife, na Zona da Mata, no Agreste e no

Sertão. Entre eles estão ceramistas, poetas, xilógrafos, cirandeiras, coquistas, sanfoneiros,

artistas circenses, grupos de teatro, agremiação carnavalesca, bandas de música, maracatus,

caboclinhos e irmandades religiosas.

Nesse sentindo, entendemos que a experiência de implantação desta lei está

possibilitando a criação e o fortalecimento de redes, produzindo solidariedade e envolvimentos

afetivos e estimulando o respeito ao contexto cultural. Contudo, ainda é preciso ampliar e

aprofundar o debate e a participação popular, a partir do reconhecimento da história de vida das

pessoas, de seus anseios, necessidades e potencialidades.

5 As bolsas são ajustadas anualmente pelo IPCA e nesse ano de 2010 correspondem à R$ 856,47 e R$ 1.712,43, respectivamente para

pessoa física e grupos culturais.

22

Page 25: Cartilha Sertão Central

Ao percebermos o valor de nossa herança cultural dentro do município e de como esse patrimônio, formado tanto por bens materiais como imateriais, é responsável pela construção de nossa identidade, nos diferenciando dos nossos vizinhos, podemos despertar o interesse de outras pessoas em conhecer nossas construções históricas, as formas de expressão, os saberes e modos de fazer de nossa cultura, os lugares que estimamos e etc.

A partir dessa sensibilização diante o patrimônio cultural local e da figura do visitante interessado em conhecer outras culturas diversas da sua, que se desloca de sua residência e utiliza serviços que irão auxiliar em sua estadia, podemos refletir sobre a atividade do turismo em nosso município e entender os prós e contras dessa atividade.

Devemos entender o turismo como uma atividade que gera impactos socioeconomicos, que afeta vários setores de nossa economia (agricultura, comércio, indústria) possibilitando a geração de empregos para todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente. Mas ainda diante dessa realidade, é necessário compreender que o turismo nunca deve ser considerado como o salvador da economia de um município, e sim como uma atividade que irá auxiliar no desenvolvimento econômico daquela região, em conjunto com outras atividades.

Precisamos também nos questionar se desejamos o turismo em nossa cidade e posteriormente verificar se estamos preparados para esta atividade, pois o turismo necessita de planejamento e órgãos municipais que estejam capacitados para desenvolvê-lo na cidade, contando sempre com a participação efetiva de toda a comunidade na decisão e implementação das ações, de modo que estas representem os desejos e necessidades da comunidade em relação à atividade.

O município deve oferecer uma rede de infraestrutura básica (saneamento, iluminação, estruturação de vias, rede hospitalar, etc.) que atenda prioritariamente a população e, consequentemente, o turista, além criar condições que permitam que o turismo se desenvolva, como a estruturação de meios de hospedagem, alimentação, acesso, sinalização e informação turística. E o nosso patrimônio cultural nessa história?

Como já foi apresentado, as ações de conhecer, apreciar e proteger nosso patrimônio cultural devem partir de nós mesmos, pois diz respeito a tudo aquilo referente a

Turismo e Patrimônio Cultural

23

Page 26: Cartilha Sertão Central

nossa identidade, autoestima e ao que somos enquanto cidadãos, com reflexos diretos em nossa qualidade de vida. Nesse contexto, o turismo surge apenas como uma consequência desse processo. A partir dessa valorização, podemos permitir que outras pessoas, de cidades vizinhas ou mesmo de outros países, possam conhecer melhor nossa cultura, tomando como referências nossas próprias experiências.

É a partir daí que o município deve se organizar para buscar o equilíbrio entre a preservação do patrimônio cultural e natural e uma boa receptividade aos visitantes, possibilitando melhorias na estruturação das visitações e acessos aos bens culturais, porém sem agredi-los, sem descaracterizar os nossos elementos identitários, respeitando e valorizando as nossas principais riquezas: nossa cultura e meio ambiente.

Roteiros de visitação

Para um melhor conhecimento de nosso patrimônio cultural dentro da atividade do turismo, podemos construir um roteiro de visitação a ser aplicado em nosso município. Trata-se de um caminho que liga vários pontos, que sejam atrativos aos visitantes e que façam parte de um tema, como por exemplo, um determinado período de nossa história, as lendas da cidade, a arquitetura de uma época, a religiosidade e lugares importantes para a comunidade de um bairro, entre outras temáticas específicas e expressivas da cultura local.

Alguns elementos importantes irão diferenciar e agregar valor aos roteiros, a exemplo da identificação pela comunidade dos aspectos e bens culturais que possuam importância simbólica e que transmitam, verdadeiramente, a alma do lugar e das pessoas que ali vivem, por meio de recursos e técnicas de interpretação do patrimônio.

Entre os recursos e métodos de interpretação do patrimônio, podemos citar os percursos sensoriais (que envolvam cheiros, gostos, sons, toque e apreciação visual), trilhas sinalizadas, disponibilização de mapas e folhetos explicativos e o auxílio de condutores locais. É importante ressaltar a validade do condutor local, como um facilitador nesse processo de interpretação patrimonial. Por ser um morador local, o condutor terá possibilidade e sensibilidade de criar uma abordagem que considere o cotidiano da

24

Page 27: Cartilha Sertão Central

localidade, já que muitas vezes é justamente esta perspectiva particular que o visitante contemporâneo está buscando. O condutor local é ainda um multiplicador passível de transmitir experiências vividas, tanto coletiva quanto individualmente, em relação ao nosso patrimônio cultural.

Isso significa dizer, então, que o processo de interpretação patrimonial visa apenas atender as necessidades dos visitantes nas nossas cidades? De forma alguma! Um roteiro turístico-cultural, construído pela comunidade pode servir como uma opção de lazer para os próprios residentes ou até mesmo funcionar como palco para atividades escolares extraclasse, dentro de uma proposta de educação patrimonial. Os roteiros podem também ser desenhados dentro de um mesmo município, bem como se estender às regiões vizinhas que apresentem similaridades culturais e, ou geográficas.

Nesse sentido, entendemos que deve haver uma preocupação mútua entre

moradores locais e visitantes no sentido de estarmos cientes da ampla diversidade cultural

que existe e da melhor forma de explorá-las. Fiquemos, então, com uma reflexão que resume

a proposta de interpretação patrimonial aliada aos roteiros turístico-culturais: “Através da

interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação, e através da 6apreciação, a proteção ”.

6 FREEMAN, Tilden, citado por Murta e Albano (2002).

25

Page 28: Cartilha Sertão Central

Neste item, apresentamos um inventário do Patrimônio Cultural da Região de

Desenvolvimento Sertão Central. Esperamos que os dados aqui apresentados possam

auxiliar os multiplicadores de educação patrimonial nas suas práticas cotidianas em relação

ao patrimônio cultural. Foram relacionadas informações sobre a localização dos municípios

do Sertão Central com indicação de seus limites e vias de acesso; um breve histórico sobre o

município e seu processo de emancipação; informações gerais; uma listagem com os bens

materiais, atrativos, recursos naturais e bens imateriais dos municípios.

Os itens listados como bens imateriais seguem as categorias adotadas pelo Iphan 7em relação ao Registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial. Esta categorização do

patrimônio imaterial se compõe dos seguintes itens: saberes que contemplam os

conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano da sociedade; as celebrações que

incluem rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do

entretenimento e de outras práticas da vida social; as formas de expressão que se referem às

manifestações literárias, musicais, cênicas e lúdicas; e, os lugares constituídos por

mercados, feiras, santuários, praças, e demais espaços onde se concentram e reproduzem

práticas sociais coletivas.

Por se tratar de um instrumento de pesquisa em constante atualização,

gostaríamos de solicitar o entendimento diante da ausência de determinadas informações

em alguns municípios, assim como a colaboração de representantes destes mesmos

municípios no que diz respeito à disponibilização das informações que ainda não constam

em nosso banco de dados.

7 Decreto-lei 3.551 de 04 de agosto de 2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.

26

do Sertão CentralAcervo do Patrimônio Cultural

Page 29: Cartilha Sertão Central

Cedro

Distância da capital: 561,6 kmAcesso Rodoviário: BR-232, BR-116 e PE-475População: 10.784 habitantes (IBGE 2009)Data de fundação: 20/12/1963Dia de Feira: DomingoPadroeira: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (24/09)Festividades: Carnaval, Festas Juninas e Natal

Figura 03: Município de Cedro com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 30: Cartilha Sertão Central

O distrito de Cedro foi criado com o nome de Caririzinho pela Lei Municipal nº 19, de 5 de janeiro de

1920, no então município de Granito, ao qual pertencia. Posteriormente, a denominação mudou

para Caririmirim pelo Decreto-Lei Estadual n.º 235, de 9 de dezembro de 1938. Com a criação do

município de Serrinha, atualmente Serrita, o distrito passou à sua jurisdição administrativa. Em 20

de Dezembro de 1963, a Lei Estadual nº 4.963 elevou o distrito à categoria de município

autônomo, desmembrado de Serrita, passando a denominar-se Cedro. O nome está ligado ao seu

local de origem onde existia um campo de pastagens naturais com um frondoso cedro,

denominado “campo do cedro”. Atualmente, Cedro é constituído apenas pelo distrito sede e pelo

povoado de Barro Branco.

Breve Histórico

Edifício Urbano IsoladoAntigo Açougue Público Municipal - Sede

IgrejaIgreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Sede

Conjunto RuralCasa de Farinha Sítio Feijão Bravo

Bens Materiais

28

Morro do Chapéu

Atrativos e recursos naturais

Figura 04: Cedro - árvore que deu nome ao município.

Page 31: Cartilha Sertão Central

Formas de ExpressãoBandas de PífanoCaretas da Malhação do JudasLiteratura de CordelQuadrilha JuninasPastorilGrupo de Capoeira Filhos do SolGrupo de Sanfona Mala e CuiaGrupo Teatral Luz e VidaGrupo Teatral Arte e Vida

Saberes e Modos de Fazer Baião-de-dois (rubacão)PiquizadaGalinha CaipiraPirão de PeixeVaca AtoladaBuchadaChouriçoSarapatelPaçocaComidas de MilhoCalçadosRoupas em CouroMóveis

Celebrações Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - 23/24 de setembro Festa do Milho - julho - Estádio "O Camilão"São João de Todos Nós - Ciclo Junino - Estádio "O Camilão" (fogueiras, concurso de

Bens Imateriais

29

quadrilhas, sanfoneiros, bandas)Festa da Coroação de Nossa Senhora - 31 de maio (encerra o mês de novenas Louvando Maria)Cedro Folia - carnaval (desfiles de blocos, concursos)Malhação do Judas - Semana Santa (grupo de Caretas pede doações para torneio de chicotes e Malhação do Judas)Aniversário da Cidade - 20 de dezembroVaquejada de Cedro - 22/23 de setembro - Parque Etelvino Vieira Cavalcante (parte da festa da padroeira)Torneio de Chicotes - Domingo de Páscoa - Estádio "O Camilão" (evento folclórico dos Caretas na Malhação do Judas)

LugaresFeira livre

EdificaçõesCasa de Farinha - Sítio Feijão Bravo

Parque de Vaquejada Etelvino Vieira Cavalcante

Estádio Municipal O Camilão

Quadra de Esportes O Tavarão

Estação de Agricultura Irrigada (IPA/UFRPE)

C.S.C. - Cedro Social Clube

Balneário Recanto Aquático

Balneário Paraíso dos Amigos

Balneário F. G. Clube

Equipamentos ou espaços de lazer

Page 32: Cartilha Sertão Central

Mirandiba

Distância da capital: 471,8 kmAcesso Rodoviário: BR-232 e PE-423.População: 13.810 habitantes (IBGE – 2009)Data de fundação: 20/10/1958Data Cívica: 11/03Dia de Feira: Sexta-feiraPadroeiro: São João Festividades: Carnaval, Festejos Juninos, Natal, Nossa Senhora da Saúde, Sant'Ana, Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, São José e vaquejada

Figura 05: Município de Mirandiba com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 33: Cartilha Sertão Central

A história de povoamento da região remonta ao início do século XX, através do Capitão Elizeu

Campos, que instala uma feira na fazenda do seu sogro João Barbosa de Barros, gerando uma

povoação chamada de Queixada (porco selvagem). Em 1915, o povoado é elevado à categoria de

vila, denominada de São João dos Campos em homenagem ao Santo e ao fundador do núcleo

urbano; em 1932, constrói-se a igreja de São João e, em 1938, o povoado passa a se chamar

Mirandiba, tradução do jornalista Mário Melo para “porco queixada”, retomando sua antiga

denominação indígena. Pertencente ao município de São José do Belmonte, a vila consegue sua

emancipação em 20 de outubro de 1958, através de lei estadual e sua sede é instalada em 11 de

março de 1962 (data cívica da cidade). Atualmente o município é formado pelos distritos Sede e

Tupanaci, e pelos povoados de Cachoeirinha, Juá, Telha e Santa Cecília.

Breve Histórico

Edifício Urbano Isolado

Prédio do Fórum (1934)

Agência dos Correios (1936)

Casa grande central

Casarão de Tupanaci

Casarão da Vila Ferroviária

Ponte do Rio Mirandiba

Igreja

Igreja Matriz de São João Batista

Igreja de Nossa Senhora da Conceição (povoado de Juá)

Igreja de Santo Antônio (povoado de Cachoeirinha)

Igreja da Sagrada Família

Capela

Capela de Nossa Senhora de Santana

Capela do distrito de Tupanaci

Ruínas

Ruínas da estação ferroviária

Conjunto Urbano

Casario do distrito de Tupanaci

Sítio Urbano

Povoado da Várzea do Tiro

Bens Materiais

31

Page 34: Cartilha Sertão Central

Formas de Expressão

Forró pé-de-serra (Dedé de Cazuza)

Blocos carnavalescos

Quadrilhas

Vaquejada Corrida de Murão

Vaquejada Pega de Boi no Mato

Grupo Mangueirart

Grupo Zumbi - quilombolas

Corrida de Jecana

Grupo de teatro APAE

Bens Imateriais

Saberes e Modos de Fazer

Buchada

Caldo de costela

Linguiça de bode

Feijão tropeiro

Galinha cabidela

Pirão de peixe

Celebrações

Aniversário da Cidade - 11 de março

Ciclo Junino

Festa Junina do Povoado de Cachoeirinha

Missa do Vaqueiro

Circuito Vaqueiro de Ouro

Festa de Nossa Senhora de Lourdes – Fevereiro

Lugares

Baraúna do Padre Cícero (espécie de árvore)

Praça José da Silva Torres Araquan

Praça João Barbosa

Praça Padre Roberto

Praça Odilon Pires de Carvalho

Fazenda Quebra-unha

Edificações

Sociedade Educativa Mirandibense

Associação Conviver no Sertão

Biblioteca Municipal

32

Engenhos e Casas de Farinha

Engenho da Fazenda Pitombeira

Casa de Farinha de Cachoeirinha

Pedra Comprida

Pedra do equilíbrio

Serra do Talhado

Mangueira do Brejo

Açude da Fazenda Bola

Açude da Fazenda Cacimba Nova

Pedra do Sino

Furna de Lampião

Catolezeiro de Sete Copas (Palmeira excepcional)

Atrativos e recursos naturais

Page 35: Cartilha Sertão Central

Academia das cidades

Balneário Tropical

Quadra Poliesportiva da Escola Municipal

Expedito Lopes

Equipamentos ou espaços de lazer

Figura 06 : Mangueira do Brejo - Maior mangueira do Mundo - Mirandiba.

33

Page 36: Cartilha Sertão Central

Parnamirim

Figura 07: Município de Parnamirim com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Distância da capital: 550,7 kmAcesso Rodoviário: BR-232 e BR-316População: 19.850 habitantes (IBGE 2009)Data de fundação: 09/12/1938Dia de Feira: Terça-feiraPadroeira: Nossa Senhora de Santana (26/07)Festividades: Carnaval, Festas Juninas e Natal

Page 37: Cartilha Sertão Central

35

Nos meados do século XIX, o tenente-coronel Martinho da Costa Agra, acompanhado de sua família,

veio instalar-se em uma fazenda de gado à margem do rio Brígida, denominada Saco do Martinho.

Assim, a origem da cidade fica ligada ao ciclo econômico da pecuária, que teve um lugar decisivo na

formação histórica e sociológica dos sertões. Foi, na realidade, a Saco do Martinho o núcleo

habitacional que evoluíra a ponto de, pela Lei Provincial nº 733 de 6 de junho de 1867, constituir o

distrito de Santana do Saco. Posteriormente neste município surgiu a Freguesia da Leopoldina que,

desmembrada de Santana do Saco, foi elevada a município em 1º de julho de 1909. Em 31 de

dezembro de 1943, a Freguesia da Leopoldina passa a chamar-se Parnamirim. O topônimo

Parnamirim vem do tupi-guarani e significa a fusão das palavras paraná (rio) + mirim (pequeno).

Administrativamente, o município é constituído pelos distritos de Veneza e Icaiçara e pelos

povoados de Barro, Matias e Quixaba.

Breve Histórico

Edifício Urbano IsoladoReservatório do Dnocs PE 555Barragem da Codevasf Fazenda CachimboReservatório Estadual Fazenda Chapéu

Edifício Rural IsoladoRuína da Casa e Capela da Fazenda HumaitáAntiga Casa do Major da Alexandria PE 555

IgrejaIgreja Matriz de Nossa Senhora de Sant`Ana - Sede

CapelaCapela do Mucambo Fazenda MucamboCapela do Serrote da Santa

Bens Materiais

Reserva Florestal (Flora/Manejo Florestal) - Fazenda

Negreiros

Atrativos e recursos naturais

Formas de ExpressãoBanda de Pífano do Poço Cercado - Povoado Poço CercadoQuadrilha Junina Arraiá dos MatutosReisado do Matias (período natalino até Dia de Reis)Grupo de Capoeira da Associação RegiangolaGrupo Folclórico da Escola Municipal Antônio de Carvalho (resgate folclórico)Grupo Folclórico da Escola Estadual Odorico Melo

Bens Imateriais

Page 38: Cartilha Sertão Central

Associação Atlética Banco do Brasil - AABBCasa de Show Beto SomClube Recreativo Recanto CaxiasEstação Experimental de Agricultura Irrigada (IPA/UFRPE)Auditório da Escola Municipal Antônio de CarvalhoAuditório Antônio Pedro Clementino do Nascimento Câmera Municipal

Equipamentos ou espaços de lazer

Figura 08: Igreja Matriz de Sant`Ana - Parnamirim.

36

(resgate folclórico)Banda Filarmônica Maestro Parreira

Saberes e Modos de Fazer Paçoca de carne secaBaião de dois (rubacão)BuchadaBode Assado e CozidoCrochêArranjos FloraisAdornos em PedraBordados (labirinto, crivo)Cerâmica utilitária e decorativaFabrico de espingardasBonecas em papel machéMadeira (móveis)

Celebrações Festa de Nossa Senhora de Sant'Ana (tradicional baile da cidade no encerramento da festa da padroeira)Baile da Sociedade Filarmônica 26 de JulhoNoite do Vaqueiro / Forró da Esposa - julhoAniversário da cidade - 1° de JulhoVaquejada do Belmonte - Julho

LugaresFeira livrePraça de EventosConcha Acústica Praça Nossa Senhora de Sant'Ana

EdifícioClube da Sociedade FilarmônicaMuseu dos Vaqueiros Fazenda Volta/Sítio Coxo

Page 39: Cartilha Sertão Central

Salgueiro

Distância da capital: 509,9 kmAcesso Rodoviário: BR-232População: 55.435 habitantes (IBGE – 2009)Data de fundação: 30/04/1864Dia de Feira: SábadoPadroeiro: Santo Antônio Festividades: Carnaval, festas juninas e Natal

Figura 09: Município de Salgueiro com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 40: Cartilha Sertão Central

A história da cidade se inicia por volta de 1835, numa região considerada por muitos como o coração

do Nordeste, nas terras da Fazenda Boa Vista, pertencentes ao Coronel Manuel de Sá Araújo, terras

outrora povoadas por tribos dos índios Cariris. Conta-se que, em um dos dias que o coronel saiu pela

fazenda para fazer uma inspeção de rotina, ao regressar à sua casa deu por falta de seu filho

pequeno, Raimundo. Preocupado, o Coronel solicitou a seus homens que saíssem em busca do

garoto, enquanto aflitos, ele e a esposa faziam uma promessa ao seu santo devoto, Santo Antônio:

caso a criança fosse encontrada, construiriam uma capela em sua homenagem. Passados três dias

do desaparecimento, Raimundo é encontrado brincando debaixo de um salgueiro. Como

prometido, inicia-se a construção da capela no mesmo ano, nas proximidades da árvore, o que atraiu

carpinteiros, pedreiros e oleiros para realizarem a obra, formando-se um pequeno núcleo de casas

no entorno da capela, que viria a ser chamado de Salgueiro. Em 1843, o povoado é elevado à

categoria de vila, chamada de Santo Antônio do Salgueiro, pertencente ao município de Cabrobó. O

município de Salgueiro surge em 30 de abril de 1864, através de uma lei provincial. Atualmente o

município é formado pelos distritos de Conceição das Crioulas, Umãs, Vasques e Pau-ferro; e pelos

povoados de Anil, Tordilho e Bode Assado.

Breve Histórico

Edifício Urbano IsoladoEdifício da Câmara dos Vereadores - Praça da Matriz, SedeEdifício da Casa da Cultura de Salgueiro Prédio da Antiga Cadeia Pública (atual Memorial do Couro) Chalé Villa Maria Sobrado do Cantinho

Bens Materiais

Sobrado do Couro Casa de Zé de Osmundo Estação Ferroviária de Salgueiro

Elemento escultóricoCristo Rei - Praça do Cristo ReiCoreto - Praça Urbano Gomes de SáMonumento Símbolo da Fundação de Salgueiro

38

Page 41: Cartilha Sertão Central

Pedra do Frade - Sítio Serrote do Frade

Serra da Onça - Sítio Cedro, Sede

Serra do Cruzeiro - Bairro da Primavera, Sede

Chapada do Carão - Fazenda Cacimbinha

Serra das Princesas - Sítio Amparo, Conceição

das Crioulas

Pedra do Matame - Sítio Serrote, Conceição

das Crioulas

Cruzeiro da Pedra Preta - Pedra Preta

Pé da Preta - Sítio Areia, Conceição das

Crioulas

Serra do Urubu - Sítio Turdilho (ponto mais

alto de Salgueiro com 854m altitude)

Caldeirão - Sítio Chico Felix

Mata nativa do Sítio Campinhos

Parque das Crianças – Sede

Açude da Boa Vista

Fazenda Asa Branca

Atrativos e recursos naturais

39

IgrejaIgreja de Santo Antônio – SedeIgreja Assembléia de Deus – SedeIgreja PresbiterianaSantuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

CapelaCapela da Vila de Nossa Senhora da Conceição das Crioulas - Distrito de Conceição das CrioulasCapela de Umãs – Distrito de UmãsCapela de Campinhos – Distrito de Vasques

Conjunto UrbanoCasario da Praça da Matriz - Sede

Engenhos e Casas de FarinhaFazenda Ipoeira - Sítio IpoeiraUsina de Caroá - Sítio TurdilhoEngenho da Casa de Farinha - Sítio Bela VistaOlaria dos Herdeiros de Joaquim João - Sítio Campinhos

Edifício Rural IsoladoRuína da Antiga Fábrica de Caroá - Sítio TurdilhoCasa do Sítio Baixio do Gravatá – Distrito de UmãsCasa do Sítio Campinhos (em ruína) - Sítio Campinhos

Sítio ArqueológicoSítio Arqueológico da Serra das Letras (gravuras rupestres)Sítio Arqueológico do Sítio Paula (gravuras rupestres)Pedra da Mão - Sítio Lagoa, Distrito Conceição das Crioulas

Pedra das Abelhas - Sítio Cruzeiro do Sul Pedra de Antônio Raimundo (inscrições rupestres)

Sítio PaleontológicoCaldeirão dos Ossos (fósseis de animais pré-históricos) - Distrito Conceição das Crioulas

Page 42: Cartilha Sertão Central

40

Serra da Letra

Açude do Monte Alegre

Serrote da Timbaúba

Pico do Cruzeiro dos Lopes

Barragem da Canoa

Mirante da Barragem da Pedra

Açude Grande

Açude do Gato

Formas de ExpressãoDança de São Gonçalo de Luizão Banda de pífano de Conceição das CrioulasBumba meu boi de Dona BebéPastoril de UmãsQuadrilhas juninasBlocos carnavalescos com destaque para a Bicharada do Mestre JaimeDança do Trancelim - Conceição das Crioulas Dança do Pilão – Distrito de UmãsManzuca Banda 23 de dezembroGrupo de teatro TogarmaOs três do CaririSenhores da NoiteHerdeiros do ForróAntonio da MutucaBalé Popular Art Expressão

Bens Imateriais

Grupo de Teatro MensageirosGrupo de Teatro MiriçocaGrupo de Teatro Palco HumorBumba Meu Boi Filhos do SolMaracatu Nação SalgueirensePega de Boi

Saberes e Modos de FazerRezadeiras e benzedeiras do Sítio CampinhosRubacãoBuchada de bode e carneiroAssados e guisados de bode e carneiroEnrolado de bananaMunguzá salgadoPirão de galinhaPirão de peixe CarpaPuxa encolheQueijo de coalhoDoce de gergelim (Irene de Sá / Sítio Campinhos)Bolo de puba (Sítio Campinhos)Artesanato da comunidade de Conceição das Crioulas: cerâmica utilitária, corda de fibra de Caroá, vassoura de palha de Catolé, boneca de pano pretaArtesanato em couro: equipamento e vestimenta do vaqueiro - peças do Zé do MestrePapel machêCestarias e trançadosTecelagem - Sítio Vila União das Crioulas (tecido para roupas, rede, renda)Confecção de roupas (costureiras do Sítio Campinhos)

Page 43: Cartilha Sertão Central

CelebraçõesFesta da Assunção de Nossa Senhora – agosto - Distrito de Conceição das Crioulas Ciclo Junino Carnaval (destaque para Bicharada do Mestre Jaime)Festa de Nossa Senhora de Fátima - 13 de Maio Festa do Comércio - 23 a 31 de dezembroFesta dos Santos Cosme e Damião - outubro Festa de São Sebastião - 20 de janeiroFesta de Nossa Senhora Aparecida - 4 a 12 de outubro Trezenas de Santo Antônio - 01 a 13 de junhoFesta de São Francisco de AssisProcissões do Senhor Morto e Via Sacra - Semana SantaFesta da Parteira - Conceição das CrioulasFesta do Senhor Bom Jesus - agosto

Novenário de São José - 2ª semana marçoNovenário de Nossa Senhora da Saúde - Aniversário da cidade - 30 de abril

LugaresComunidade Quilombola - Conceição das CrioulasPico do Cruzeiro dos Lopes - Fazenda Bezerros, Conceição das Crioulas Serrote da Timbauba - Sítio TimbaubaPraça da MatrizPraça da BombaPraça Benjamin SoaresPraça Urbano de SáFeira Livre - SábadosFeira do Rolo

Figura 10: Câmara Municipal de Salgueiro.

41

Page 44: Cartilha Sertão Central

EdificaçõesMercado Público - Vila de Conceição das CrioulasCasa da Cultura - SedeBiblioteca Pública Francisco AugustoMuseu Levino Nunes de Alencar Barros - SedeAssociação Cultural de Salgueiro - SedeUsina de Caroá - Sítio TurdilhoEngenho da Casa de Farinha - Sítio Bela VistaEngenho de Fiar - Sítio Vila União das CrioulasOlaria dos Herdeiros de Joaquim João - Sítio CampinhosMemorial do Couro (antiga cadeia pública)Biblioteca Afro-Indigena (Comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas e Tribo Atikum)Antiga Estação Ferroviária (Centro de Cultura e Lazer/Pátio de Eventos)

Academia da cidade

ACS (Associação Cultural Salgueirense)

AABB

Clube do Lions

Clube Ana de Ataíde

Rancho Asa Branca

Clube dos Servidores Municipais

Clube do DER

Módulo Esportivo

Equipamentos ou espaços de lazer

Estádio Municipal Cornélio de Barros Parente

Muniz

Talismã Clube

Ginásio Poliesportivo

Auditório da GERE

Auditório da Escola Carlos Pena Filho

Auditório da Escola D. Malan

Auditório do TCE

Teatro da Escola D. Malan

Anfiteatro da Escola Dr. Severino Alves de Sá

42

Page 45: Cartilha Sertão Central

São José do Belmonte

Distância da capital: 535,5 kmAcesso Rodoviário: BR 232 e PE 430População: 34.118 habitantes (IBGE 2009)Data de fundação: 26/06/1893Dia de Feira: Sábado Padroeiro: São JoséFestividades: Festa de São José, Festa de Nossa Senhora das Dores - Vila Delmiro, Festa de Nossa Senhora do Carmo, Festa das Cabaças - Nossa Senhora de Fátima, Festa de Santo Antônio - Bom Nome, Festa da Vila Fortuna- Nossa Senhora de Lourdes, Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Cavalgada à Pedra do Reino e Vaquejada

Figura 11: Município de São José do Belmonte com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 46: Cartilha Sertão Central

A criação do município deu-se através da Fazenda Maniçoba (palavra que quer dizer árvore). A

denominação da fazenda deve-se à existência de muitas árvores dessa espécie na região. Na

primeira metade do século XIX, o sertão estava passando por uma epidemia de Cólera Morbus e em

função desse surto o dono da fazenda, Sr. José Pires Ribeiro, fez uma promessa para São José

pedindo que a moléstia não atingisse a região. Se tivesse sua graça alcançada, o Sr. José Ribeiro

mandaria erigir uma capela ao santo. A doença passou longe e algum tempo depois a capela foi

inaugurada pelo frei Casimiro de Mitello. Começa aí o desenvolvimento do município. A região é

conhecida pela Pedra do Reino (duas torres com cerca de 30 metros de altura), que ficou conhecida

entre os anos de 1836 e 1838, quando serviu de cenário para o fanatismo sebastianista, em que

centenas de pessoas, que acreditavam na volta de Dom Sebastião e na implantação de um reino de

felicidades, foram sacrificadas. O líder do movimento, João Antônio dos Santos, foi posteriormente

assassinado e a revolta abafada. O município foi elevado à vila e fundado em 26 de Junho de 1893.

Passou por outras denominações e finalmente, no ano de 1953, ficou conhecido como São José do

Belmonte, devido ao santo que afastou a moléstia da cólera da cidade. Atualmente, é formada por

dois distritos territorialmente: São José do Belmonte e Bom Nome.

Breve Histórico

Edifício Urbano IsoladoCasa do Coronel Gonzaga – Praça Pires Ribeiro Casa do Jenipapo – Praça Joaquim Leonel Pires de AlencarAntiga Sede da Fazenda Maniçoba Memorial da Pedra do ReinoCentro de Abastecimento (Mercado Público) – Centro da Cidade

Bens Materiais

44

IgrejaIgreja Matriz de São JoséIgreja de Nossa Senhora das Dores - Vila DelmiroIgreja Nossa Senhora do Carmo - Distrito do CarmoIgreja de Santo Antônio - Distrito do Bom Nome

CapelaCapelinha da CruzCapela de São Sebastião - Rua São José - Centro

Page 47: Cartilha Sertão Central

45

Capela de Nossa Senhora de Lourdes - Vila FortunaCapela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Cacimba Nova

Conjunto UrbanoCasario da Praça Pires Ribeiro

Sitio Histórico Sitio Histórico da Pedra do Reino - Serra do Catolé

Sitio Arqueológico Pedra do Letreiro (grafismo rupestre) - Sítio Campestre

Baobá da Santa Cruz - Fazenda Santa CruzMina de Ferro - Distrito do CarmoLençol Freático de Água Doce na Sede do MunicípioBalneário Domingos Bar - Sítio JuremaBalneário Rancho das Águas - Sítio Jurema

Atrativos e recursos naturais

Formas de ExpressãoBanda de Pífanos do Sitio Alto - Povoado de JatobáDupla de Violeiros Francinaldo e José de OliveiraGrupo de Dança São Gonçalo - Sítio TamborilBanda Filarmônica de São José do BelmonteReisado do Mestre João CíceroDança do Coco e Incelência - Centro de convivência da 3ª Idade

Saberes e Modos de FazerBodeMungunzáBaião de DoisGalinha Caipira Pirão de Peixe Associação Mãos de Fada (Bordados, crochê, jornais, lençóis) – Sítio InvejaBonecas de Pano Cordel

Celebrações Festa do Padroeiro São José - 09 a 19 de marçoFesta da Pedra do Reino - última semana de MaioCavalhada Zeca Miron - último sábado de MaioCavalgada – da Matriz à Pedra do Reino - último domingo de MaioPega de Boi - Fazendas Catolé, Inveja e ViramãoEmancipação Política da cidade - 26 de JunhoFesta de Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro

Bens Imateriais

Page 48: Cartilha Sertão Central

LugaresPraça Pires Ribeiro Praça Sá MoraesPraça da Saudade Parque Pedro Leão - em construção Feira livre - sábados

EdificaçõesQuadra Poliesportiva e Concha Acústica Pedro Leão Leal - Vila Delmiro

Estádio de Futebol “O Carvalhão”.AABB – Associação Atlética Banco do Brasil.CSB – Clube Social Belmontense.CSC – Clube Social Carmense.

Equipamentos ou espaços de lazer

Figura 12 : Pedra do Reino - São José do Belmonte.

46

Page 49: Cartilha Sertão Central

Serrita

Distância da capital: 535,5 kmAcesso Rodoviário: BR-232 e PE-507População: 18.958 habitantes (IBGE-2009)Data de fundação: 27/06/1934 Decreto-Lei Estadual n.º 314Data Cívica: 11/09 (aniversário da cidade)Dia de Feira: Segunda-FeiraPadroeira: Nossa Senhora da Conceição (08/12)Festividades: Carnaval, dia do trabalhador (maio), festas juninas, Missa do Vaqueiro (julho) e Emancipação Política (setembro), Festa da Padroeira (dezembro)

Figura 13: Município de Serrita com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 50: Cartilha Sertão Central

Serrita foi formada, durante o século XIX, por retirantes das secas da região cearense, do Vale do

Cariri, localizado nas proximidades de uma pequena Serra. Daí o município denominar-se

inicialmente Serrinha. Nesta serra, situada às margens do Riacho Traíras ergueu-se a primeira casa

de Miguel Torquato de Bulhões, onde se edificou uma capelinha em que eram celebradas missas com

o padre da cidade de Salgueiro. Serrinha pertencia ao município de Salgueiro. Em 11 de setembro de

1928 Serrinha foi elevada à categoria de município. Em 1933, o município foi extinto e retornou à

categoria de distrito de Salgueiro. Em 27 de junho de 1934, retorna à condição de município. Em 31 de

dezembro de 1943, passa a se chamar Serrita, conservando a divisão distrital, o distrito sede e os

distritos de Ipueira, Ori, Santa Rosa e São Francisco de Brígida.

Breve Histórico

Edifício Urbano IsoladoChalé Vila MariaFórum Desembargador Rodolfo AurelianoDelegacia de Polícia Militar 23 USPC Circunscrição Mercado Público Municipal Galdino Sampaio Açougue Público Municipal José Candido FilhoCasarão dos Xavier (Distrito Ipueira)Casarão da Praça Principal (Distrito Santa Rosa)

Elemento escultóricoEstátua do Vaqueiro Raimundo Jacó no Sitio LajesMonumento ao Padre Cícero Romão BatistaMonumento do Cristo Redentor - Rua Barbosa LimaMonumento de Frei DamiãoBusto do Coronel Chico RomãoO Cruzeiro

Bens Materiais

IgrejaIgreja Matriz Nossa Senhora da Conceição Igreja Betel BrasileiraIgreja Assembléia de DeusIgreja Batista Igreja Episcopal Carismática Igreja Mundial

Capela e PadroeiroCapela Nossa Senhora do Carmo - Sítio Amescla (Julho)Capela Nossa Senhora de Fátima - Sítio Apertada Hora (Outubro)Capela de Santo Antônio - Sítio Baixio do Juá (Junho)Capela Nossa Senhora da Assunção - Sítio Baixio dos Silva (Agosto)

48

Page 51: Cartilha Sertão Central

Capela do Divino Espírito Santo - Sítio Barra Verde (Maio)Capela de São José - Sítio Barrinha (Março)Capela de Santa Luzia - Sítio Canto Escuro (Dezembro)Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Sítio Caracol (Junho)Capela Nossa Senhora Aparecida - Sítio Carnaúba (Outubro)Capela do Bom Jesus - Sítio Espírito Santo (Setembro)Capela Nossa Senhora Rainha dos Anjos - Sítio Ingá dos Anjos (Agosto)Capela de São Francisco - Sítio Ingá dos Catinin (outubro)Capela de Santo Antônio - Sítio Juá dos Bens (Junho)Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Sítio Malhada Vermelha (Junho)Capela de Nossa Senhora Auxiliadora – Sítio Barra da Forquilha (Maio) Capela de São José - Povoado de Mundo Novo (Março)Capela de São João Batista - Povoado de Orí (Junho)Capela de Nossa Senhora de Santana - Sítio Poço do Cachorro (Julho)Capela de Santo Antônio - Sítio Queimadas (Junho)Capela Veneranda Santa Cruz - Sítio Santa Cruz (Setembro)Capela de São Francisco do Brígida - Povoado de São Francisco do Brígida (Outubro)Capela de Nossa Senhora das Dores - Sítio

Serrote (Setembro)Capela de Nossa Senhora de Aparecida - Sítio Trempes (Outubro)Capela de Dom Guanela - Sítio Umarí (Outubro)Capela de Nossa Senhora da Divina Providência - Sítio Urubu (Novembro)Capela de Nossa Senhora do Trabalho - Sítio Várzea Cercada (Outubro)Capela de São José - Distrito de Ipuêira – (Março)Capela de Nossa Senhora Medianeira da Paz – Sede (Maio)Capela de Nossa Senhora Aparecida – Sede (Outubro)Capela de São Pedro – Sede (Junho)

Engenhos e Casas de FarinhaCasa de Farinha – Sítio Trempes

Edifício Rural IsoladoCasarão do Sítio Meloso - Sítio MelosoCasarão da família Luciano - Vila MamelucoCasarão da Família Couto - Sítio Pau de ColherCasarão da Família Lavor - Sítio Serrote

Floresta dos Negreiros Balneário Vila Mundo NovoSerra dos Macacos - Pinturas arqueológicas, trilhas e mirante Serra da Vassoura

Atrativos e recursos naturais

49

Page 52: Cartilha Sertão Central

Formas de ExpressãoAboiosXaxadoPoesias PopularesVaquejadaQuadrilhas Juninas CirandaCircuito Serritense de Pega de Boi na CaatingaBlocos CarnavalescosBanda Filarmônica José Barros de LimaGrupo de Capoeira do Mestre JandaíGrupo de Teatro Caminho do VaqueiroGrupo de ReizadoSegunda Cultural Saberes e Modos de Fazer Buchada de BodeSarapatelPirão de carneCaldo de MocotóCostela de boiBode assado na brasaMungunzá Baião de doisArtesanato em couro Artesanato em madeira Artesanato em argila RezadeiraRepentistasCantadoresZabumbeiros Aboiadores

Bens ImateriaisCelebrações CarnavalCavalgada (Sábado de Aleluia)Festa do dia do Trabalhador (maio)Festas JuninasMissa do Vaqueiro (julho)Aniversário da Cidade e Emancipação Política (11/09)Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição (08/12)

LugaresFeira Livre Parque Nacional do Vaqueiro (Missa do Vaqueiro e vaquejadas)Praça de Eventos Calçadão da Matriz Praça de Eventos Calçadão da PrefeituraPraça Coronel Chico RomãoPraça João Batista CanêjoPraça da MatrizPraça Getúlio VargasPraça Bem-Aventurado Luiz Guanela

EdificaçõesCentro Cultural do Vaqueiro José Peixoto de AlencarCasa do Artesão Aluísio da Franca SampaioBiblioteca MunicipalCentro Cultural Mansueto de Lavor Memorial Padre Cícero

50

Page 53: Cartilha Sertão Central

Social Clube Centro Recreativo Pedro XavierRecanto Clube Clube da JUS JB Clube Serrinha Parque Aquático Estádio de Futebol O FerreirãoGinásio Poliesportivo Antônio Domingos Academia das Cidades Centro Comunitário do Distrito Orí

Equipamentos ou espaços de lazer

Figura 14: Missa do Vaqueiro - Serrita.

51

Page 54: Cartilha Sertão Central

Terra Nova

Distância da capital: 572,2 kmAcesso Rodoviário: BR-232População: 9.801 habitantes (IBGE-2009)Data de fundação: 31/12/1958Data cívica: 01/03 (aniversário da cidade)Dia de Feira: Quinta-feiraPadroeiro: São Sebastião (20/01) Festividades: Festa de São Sebastião, Carnaval, Festas Juninas e Natal

Figura 15: Município de Terra Nova com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 55: Cartilha Sertão Central

O município de Terra Nova foi criado em março de 1893, com sede na povoação de Pau de Ferro,

pertencente ao distrito de Leopoldina, hoje Parnamirim. Conta a tradição oral que os moradores da

Fazenda do coronel Jeremias Parente de Sá articularam a realização de uma feira livre, cujo

funcionamento ocorreu em 16 de novembro deste ano, formando um povoado. Com a extinção de

Leopoldina, a sede de Terra Nova integra o município de Serrita (na época chamada Serrinha). Em

1938, com a restauração do distrito de Leopoldina, Terra Nova volta a pertencer a esta cidade,

emancipando-se 20 anos depois pela Lei Estadual nº 3.340, de 31 de dezembro. A origem do nome,

pelo que relata a história oral, decorre da existência anterior de um Sítio chamado Novo Roçado ou

Roça Nova. Daí o nome Terra Nova, atualmente, formado pelo distrito sede e o povoado Guarani.

Breve Histórico

IgrejaIgreja de São SebastiãoIgreja Assembléia de DeusIgreja Congregação Cristã no BrasilIgreja Batista MissionáriaIgreja Testemunha de Jeová

Edifício Urbano IsoladoMercado Municipal José Araújo de SáPrefeitura Municipal de Terra NovaCâmara de Vereadores de Terra NovaEscola Antônio Lustosa de Oliveira CabralMercado do Produtor Antônio Freire de Sá

Bens Materiais

Barragem Nilo CoelhoSerrote do CruzeiroSerrote dos Casé Árvore da Tamarineira

Atrativos e recursos naturais

Formas de ExpressãoXaxadoCoco

Bens Imateriais

53

Page 56: Cartilha Sertão Central

PastorilVaquejada (Missa do Vaqueiro)Feiras de Artes MensaisBlocos carnavalescosGrupos de Forró Pé de Serra Banda Filarmônica Moacir Callou

Saberes e Modos de Fazer Buchada de bodeDoces de frutas da regiãoCrochêPintura em tecidoBiscuitBordadosCerâmicaArtesanato em couroArtesanato em madeiraCantadores da TerraPoetas

Quadra Poliesportiva Mariano Freire

Equipamentos ou espaços de lazer

54

Celebrações Festa de São Sebastião (20/01)Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (19/12)Aniversário de Cidade (01/03)Missa do Vaqueiro (setembro)

LugaresPraça Coronel Jeremias Parente de Sá Praça Ministro Marcos FreirePraça São SebastiãoFazenda Algodões (Missa do Vaqueiro)

Figura 16: Igreja São Sebastião.

Page 57: Cartilha Sertão Central

Verdejante

Distância da capital: 499,9 kmAcesso Rodoviário: BR 232 PE 450População: 10.098 habitantes (IBGE-2009)Data de fundação: 25/03/1962Dia de Feira: Segunda-feira Padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Festividades: Carnaval, festas juninas e Natal

Figura 17: Município de Verdejante com sistema viário e municípios limítrofes.

Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.

Page 58: Cartilha Sertão Central

Existe a informação sobre uma fazenda chamada Bezerros à margem do riacho Verde desde meados

do século XIX. O ano de 1917 foi marcado por acontecimentos que contribuíram para o

desenvolvimento do município, como, por exemplo, a realização da primeira feira e a construção de

uma capela, cuja padroeira foi Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A formação do município deu-se

também por ter sido rota do cangaço. Por ocasião do sequestro do Coronel David Jacinto, em 1926, a

sua esposa fez uma promessa pedindo para que seu marido retornasse a salvo. Tendo em vista que a

promessa foi atendida, realizou-se uma festa com os vaqueiros, originando a tradição da missa do

Vaqueiro, comemorada há 83 anos. A denominação do município foi alterada algumas vezes,

passando a se chamar Bezerros em referência à fazenda, depois Riacho Verde para não confundir

com outro município do Agreste e, por fim, Verdejante, em 1943. Atualmente o município é formado

pelo Distrito Sede.

Breve Histórico

Edifício urbano isoladoCasarão Sazinho na Rua Agamenon MagalhãesCasarão na Rua Mariano GomesPrédio do Açougue PúblicoPrédio da Sociedade Lítero-recreativa de Verdejante

Elemento escultóricoCruzeiro (Cruz de Cristo) - Praça Central

IgrejaIgreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo SocorroIgreja de Nossa Senhora dos Milagres (Povoado Lagoa dos Milagres)Igreja Sagrado Coração de Jesus

Bens Materiais

56

Conjunto UrbanoCasario da Avenida David Jacinto

Engenhos e Casas de farinhaEngenho do Sítio EncantadoEngenho do Sítio MilagresEngenho do Sítio OiticicaEngenho Anjo FreireEngenho do Sítio GregórioCasa de Farinha do Sítio GregórioCasa de Farinha do Sítio Riacho VerdeEngenho Riacho VerdeEngenho São Gregório

Page 59: Cartilha Sertão Central

Formas de ExpressãoXaxadoDança de fitasManzucaForróCirandaBambolê Banda de Pífano Pedro de AngelinaBanda de Pífano Pedro GerônimoBanda de Pífano Reis do Sertão - Seu HelenoQuadrilha da Escola Joaquim Tavares de Sá

Bens Imateriais

57

Açude do povoado de Grossor Gruta de Pedra - Sítio Baixio do BoiPedra Pé de Deus - Sítio São Gregório

Atrativos e recursos naturais

Quadrilha Rei do Sertão Dança de São Gonçalo Joaquina Maurício Blocos CarnavalescosBanda Filarmônica Municipal - Francisco Lopes de Sá BarrosGrupo de Teatro Popular - TENOG Dança de São Gonçalo - Mestra Dona AnaPegas de Boi no mato

Saberes e Modos de Fazer Baião-de-doisBuchada de bodeCachaça grigorão Sítio São GregórioMungunzá salgadoPirão de galinhaBodeFeijão TropeiroBolo de MilhoBeijú de MandiocaCaldo de Cana de EngenhoAlfenimRapaduraCestaria com palha de milhoCestaria com palha de bananaTapeçariasTrabalho em couro Bordado com fitasCrochêFuxicoBonecas de PanoBarroSanfoneiro Luiz de VerdejanteSanfoneiro Vavá do Mamoeiro

Edifício Rural IsoladoAntigo Casarão Senhores de Engenho - Sítio Cabaças Casarão da família Pires - Sítio CabaçasCasarão do Sítio MamoeiroCasarão do Açude A TaboqueiraCasarão do Sítio Limoeiro

Page 60: Cartilha Sertão Central

Auditório do Espaço Cultural Cícero Lopes de Sá Estádio Municipal Gabriel Lopes TavaresQuadra poliesportiva

Equipamentos ou espaços de lazerCelebrações Festa de São GonçaloFesta do Vaqueiro - Riacho VerdeCarnavalCiclo JuninoCiclo NatalinoFesta da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Corrida de JeguePegas de novilhaVaquejada de VerdejanteAniversário da cidade - 25 de MarçoFesta de São Pedro da CohabFestival de Música PopularMissa do Vaqueiro - Festejos N. Sra Imaculada ConceiçãoFestejos de São SebastiãoSão José das Cacimbas

LugaresFeira Livre Mercado PúblicoPraça Raimundo Targino FerreiraParque de vaquejada Santa Tereza - Sítio Riacho Verde

EdificaçõesEspaço Cultural Cícero Lopes de Sá - SedeSociedade Lítero-recreativa de VerdejanteACAVE (Associação Cultural e Artística de Verdejante)

Figura 18: Igreja Matriz de N. Senhora do Perpétuo Socorro - Verdejante.

58

Page 61: Cartilha Sertão Central

A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC),

possui uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial

e vem elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema

nas diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.

Espera-se que você possa fazer parte dessa equipe, desenvolvendo tais

atividades em seu município, elaborando novas propostas na sua escola ou

comunidade, e compartilhando, se possível, os resultados das atividades

realizadas com a DPC, localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista,

Recife-PE, CEP 50.050-000, ou, ainda, entrando em contato com a equipe

de educação patrimonial através do número (81) 3184.3062. A partir disso,

podemos realizar um importante intercâmbio de ideias, trocando

experiências e construindo novas formas de preservar o nosso patrimônio

por meio da educação patrimonial.

59

A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC),

possui uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial

e vem elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema

nas diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco.

Espera-se que você possa fazer parte dessa equipe, desenvolvendo tais

atividades em seu município, elaborando novas propostas na sua escola ou

comunidade, e compartilhando, se possível, os resultados das atividades

realizadas com a DPC, localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista,

Recife-PE, CEP 50.050-000, ou, ainda, entrando em contato com a equipe

de educação patrimonial através do número (81) 3184.3062. A partir disso,

podemos realizar um importante intercâmbio de ideias, trocando

experiências e construindo novas formas de preservar o nosso patrimônio

por meio da educação patrimonial.

Page 62: Cartilha Sertão Central

Bens Culturais: são todas as atividades e modos de viver e agir de um grupo, bem como a

materialização da manifestação de sua cultura.

Cidadania: conceito atrelado à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que

permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado.

Cultura: é tudo aquilo construído pela humanidade, desde artefatos e objetos até idéias e

crenças. Além disso, é todo comportamento apreendido pelo indivíduo,

independentemente de sua herança biológica.

Educação Patrimonial: Toda prática educativa que utiliza o Patrimônio Cultural nos seus

múltiplos aspectos como instrumento de ação e de construção de conhecimento.

História: A ciência da história procura interpretar e narrar uma série de acontecimentos

selecionados através das ações humanas ao longo do tempo.

Identidade: característica de um ser que se percebe como tal ao longo do tempo.

Meio Ambiente: é o conjunto de todos os fatores que afetam diretamente o

comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente.

Memória: É o ato de lembrar e recordar. A memória pode ser individual ou coletiva, porém ela é

seletiva. Os registros de nossas memórias podem ser, então, considerados para a preservação.

Patrimônio Cultural:herança coletiva, importante ou representativa para a história e para a

identidade de uma coletividade, representada pelos bens culturais.

Valor: é algo significativo, importante para um indivíduo ou grupo social.

DEFINIÇÕES ÚTEIS

Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.1.

Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.2.

Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.3.

REFERÊNCIAS

60

Page 63: Cartilha Sertão Central

COUCEIRO, Sylvia; BARBOSA,Cibele. Patrimônio imaterial: debates contemporâneos. In: Cadernos de Estudos Sociais,v. 24, n. 2, jul./dez., 2008.

FONSECA, Homero. Pernambucânia; o que há nos nomes das nossas cidades/xilogravuras: Marcelo Soares. - Recife: CEPE, 2006.

GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília, DF: IPHAN, 2007.

VAMOS preservar Triunfo: idéias para preservação do Patrimônio Cultural pela escola/texto de Moysés Marcionilo de Siqueira Neto et al. Recife:FUNCULTURA,2009.16 p.il. Projeto Piloto de Cultura Patrimonial da FUNDARPE/DPC.

Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD/Diper)Disponível em http://addiper.pe.gov.br

Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) Disponível em http://www.condepefidem.pe.gov.br

Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE)Disponível em http:// www.fundarpe.pe.gov.br

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em http:// www.ibge.gov.br

Prefeitura Municipal de MirandibaDisponível em http://www.mirandiba.pe.gov.br

SITES VISITADOS

61

Page 64: Cartilha Sertão Central

Prefeitura Municipal de SalgueiroDisponível em http://www.salgueiro.pe.gov.br

Portal SalgueiroDisponível em http://www.portalsalgueiro.com.br/conheca/a_historia.htm

Prefeitura Municipal de SerritaDisponível em http://www.pmserrita.com.br

O Portal do Sertão. Terra NovaDisponível em http://www.sertaonet.com.br/terranova/cultura.html

Informações complementares fornecidas pelas Secretarias Municipais de Educação e Cultura de Terra Nova e Salgueiro e pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Serrita.

62

Page 65: Cartilha Sertão Central

01 -

02 -

03 -

04 -

05 -

06 -

07 -

08 -

09 -

10 -

11 -

12 -

13 -

14 -

15 -

16 -

17 -

18 -

LISTA DE FIGURAS

Localização da Região de Desenvolvimento Sertão Central no Estado de Pernambuco

Municípios da RD Sertão Central

Município de Cedro com sistema viário e municípios limítrofes

Cedro - árvore que deu nome ao município

Município de Mirandiba com sistema viário e municípios limítrofes

Mangueira do Brejo - Maior mangueira do Mundo - Mirandiba

Município de Parnamirim com sistema viário e municípios limítrofes

Igreja Matriz de Sant`Ana - Parnamirim

Município de Salgueiro com sistema viário e municípios limítrofes

Câmara Municipal de Salgueiro

Município de São José do Belmonte com sistema viário e municípios limítrofes

Pedra do Reino - São José do Belmonte

Município de Serrita com sistema viário e municípios limítrofes

Missa do Vaqueiro - Serrita

Município de Terra Nova com sistema viário e municípios limítrofes

Igreja São Sebastião - Terra Nova

Município de Verdejante com sistema viário e municípios limítrofes

Igreja Matriz de N. Senhora do Perpétuo Socorro - Verdejante

63

Page 66: Cartilha Sertão Central

* Visite também a página de preservação cultural:www.nacaocultural.pe.gov.br/preservacao* Visite também a página de preservação cultural:www.nacaocultural.pe.gov.br/preservacao

Page 67: Cartilha Sertão Central
Page 68: Cartilha Sertão Central

Realização:

Apoio:

Prefeituras municipais de:

Cedro | Mirandiba | Parnamirim | Salgueiro | São José do Belmonte

Serrita | Terra Nova | Verdejante