c.8 – taxa de mortalidade específica por doenças do...

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Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade Folha 1 // 14 C.8 – Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório O indicador estima o risco de morte por doenças do aparelho circulatório e dimensiona a sua magnitude como problema de saúde pública. Corresponde ao número de óbitos que tem como causa básica as doenças do aparelho circulatório, códigos I00 a I99 do Capitulo IX da CID-10 ( de 1996 em diante) e 390 a 459 do Capitulo VII da CID-9 (até 1995). A fonte de dados é representada pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério de Saúde, para o numerador, e as estimativas populacionais do IBGE, para o denominador (ver indicador A.1). Tem como limitações o fato de o numerador estar subestimado sempre que ocorrer alta freqüência de óbitos por causas mal definidas e as demais inerentes às fontes (ver indicador F.11) Os dados para o país são elevados e as taxas correspondem às mais altas dentre todas as causas de morte. Na série histórica de 1990 em diante mantém-se em certa estabilidade. Do ponto de vista geográfico, as Regiões Sudeste e Sul contribuem com os valores mais elevados, talvez por congregar a população mais idosa e por apresentar maior oferta de serviços. Chamam a atenção os dados do Nordeste e do Centro-Oeste, que se mostraram em ascensão, provavelmente em decorrência do declínio das causas mal definidas (ver indicador C.5). (Gráficos 8.1 a 8.6) O indicador está subdividido em: (Gráfico 8.7) C.8.1 – Doenças isquêmicas do coração (Gráficos 8.8 a 8.13) As doenças isquêmicas do coração apresentam taxas, praticamente, estacionárias, variando muito pouco no período analisado. Os valores mais elevados pertencem ao Rio Grande do Sul, onde a taxa é cerca de 2 vezes a verificada em muitos estados das Regiões Norte e Nordeste. Seguem-se Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, com taxas bastante altas em 2006. A contrário senso, os valores mais baixos estão nas Regiões Norte e Nordeste, em razão de suas populações serem mais jovens, além da maior ocorrência de causas mal definidas. C.8.2 – Doenças cerebrovasculares (Gráficos 8.14 a 8.19) As taxas por doenças cerebrovasculares parecem apresentar um leve declínio no período analisado (cerca de 5%, quando se comparam os valores de 1990 e de 2006). As unidades de Federação com valores mais altos, em 2006, são o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraíba, nessa ordem. É

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Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 1 // 14

C.8 – Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório

O indicador estima o risco de morte por doenças do aparelho circulatório e dimensiona a sua magnitude como problema de saúde pública. Corresponde ao número de óbitos que tem como causa básica as doenças do aparelho circulatório, códigos I00 a I99 do Capitulo IX da CID-10 ( de 1996 em diante) e 390 a 459 do Capitulo VII da CID-9 (até 1995). A fonte de dados é representada pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério de Saúde, para o numerador, e as estimativas populacionais do IBGE, para o denominador (ver indicador A.1).

Tem como limitações o fato de o numerador estar subestimado sempre que ocorrer alta freqüência de óbitos por causas mal definidas e as demais inerentes às fontes (ver indicador F.11)

Os dados para o país são elevados e as taxas correspondem às mais altas dentre todas as causas de morte. Na série histórica de 1990 em diante mantém-se em certa estabilidade.

Do ponto de vista geográfico, as Regiões Sudeste e Sul contribuem com os valores mais elevados, talvez por congregar a população mais idosa e por apresentar maior oferta de serviços. Chamam a atenção os dados do Nordeste e do Centro-Oeste, que se mostraram em ascensão, provavelmente em decorrência do declínio das causas mal definidas (ver indicador C.5). (Gráficos 8.1 a 8.6)

O indicador está subdividido em: (Gráfico 8.7)

C.8.1 – Doenças isquêmicas do coração (Gráficos 8.8 a 8.13)

As doenças isquêmicas do coração apresentam taxas, praticamente, estacionárias, variando muito pouco no período analisado. Os valores mais elevados pertencem ao Rio Grande do Sul, onde a taxa é cerca de 2 vezes a verificada em muitos estados das Regiões Norte e Nordeste. Seguem-se Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, com taxas bastante altas em 2006.

A contrário senso, os valores mais baixos estão nas Regiões Norte e Nordeste, em razão de suas populações serem mais jovens, além da maior ocorrência de causas mal definidas.

C.8.2 – Doenças cerebrovasculares (Gráficos 8.14 a 8.19)

As taxas por doenças cerebrovasculares parecem apresentar um leve declínio no período analisado (cerca de 5%, quando se comparam os valores de 1990 e de 2006).

As unidades de Federação com valores mais altos, em 2006, são o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraíba, nessa ordem. É

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 2 // 14

de se notar, entretanto, que, no Rio de Janeiro, as taxas decresceram no período, o mesmo acontecendo no Rio Grande do Sul, contrariamente ao que se verificou nos dois estados do Nordeste, referidos. A explicação possível para esse fato é devida, provavelmente, à melhoria de qualidade da informação nessas áreas.

Aos usuários do IDB, interessados nessa causa, sugere-se analisar as taxas segundo sexo e idade, já que variações importantes do ponto de vista epidemiológico ocorrem com essas variáveis.

C.8.3 – Outras doenças do aparelho circulatório (Gráficos 8.20 a 8.25)

Gráfico 8.1 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Brasil e Grandes Regiões, 1990-2006

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Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 3 // 14

Gráfico 8.2 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Região Norte, 1990-2006

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Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins

Gráfico 8.3 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Região Nordeste, 1990-2006

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Maranhão Piauí Ceará

Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco

Alagoas Sergipe Bahia

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 4 // 14

Gráfico 8.4 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Região Sudeste, 1990-2006

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Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo

Gráfico 8.5 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Região Sul, 1990-2006

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Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 5 // 14

Gráfico 8.6 - Taxa de mortalidade por doença do aparelho circulatório. Região Centro-Oeste, 1990-2006

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Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal

Gráfico 8.7 - Taxa de mortalidade por doenças do segundo tipo. Brasil, 1990-2006

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Doença cerebrovascular Doença isquemica do coração Outras Total

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 6 // 14

Gráfico 8.8 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Brasil e Grandes Regiões, 1990-2006

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Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Gráfico 8.9 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Região Norte, 1990-2006

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Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 7 // 14

Gráfico 8.10 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Região Nordeste, 1990-2006

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Maranhão Piauí Ceará

Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco

Alagoas Sergipe Bahia

Gráfico 8.11 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Região Sudeste, 1990-2006

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Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 8 // 14

Gráfico 8.12 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Região Sul, 1990-2006

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

Gráfico 8.13 - Taxa de mortalidade por doença isquemica do coração. Região Centro-Oeste, 1990-2006

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Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 9 // 14

Gráfico 8.14 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Brasil e Grandes Regiões, 1990-2006

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Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Gráfico 8.15 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Região Norte, 1990-2006

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Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 10 // 14

Gráfico 8.16 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Região Nordeste, 1990-2006

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Maranhão Piauí Ceará

Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco

Alagoas Sergipe Bahia

Gráfico 8.17 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Região Sudeste, 1990-2006

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 11 // 14

Gráfico 8.18 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Região Sul, 1990-2006

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Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

Gráfico 8.19 - Taxa de mortalidade por doença cerebrovasculares. Região Centro-Oeste, 1990-2006

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 12 // 14

Gráfico 8.20 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Brasil e Grandes Regiões, 1990-2006

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Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Gráfico 8.21 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Região Norte, 1990-2006

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 13 // 14

Gráfico 8.22 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Região Nordeste, 1990-2006

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Maranhão Piauí Ceará

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Gráfico 8.23 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Região Sudeste, 1990-2006

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Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Folha 14 // 14

Gráfico 8.24 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Região Sul, 1990-2006

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Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

Gráfico 8.25 - Taxa de mortalidade por demais doenças do aparelho circulatório. Região Centro-Oeste, 1990-2006

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