boletim clg 16

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Boletim CLG ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 03 a 09 de setembro de 2012 16 Servidores públicos federais em greve estiveram reunidos na quinta-feira, 30, para pressionar o governo a negociar com as categorias. Marcaram presença os professores da UFS e do IFS, servidores da Saúde, Previdência Social e Justiça. O Ato Público Unificado foi uma oportunidade para dialogar com a sociedade sobre a situação do serviço público federal. Além da exposição das reivindicações das categorias, o evento contou com atividades culturais entre os presentes, como oficina de fanzine e teatro, e doação de livros na barraca dos professores. Segundo o presidente da ADUFS, professor Antônio Carlos Campos, o governo se mantém inflexível com a categoria. “Nós formulamos uma contraproposta rebaixando o piso do professor com carga horária de 20h, mas mesmo assim o governo se nega a apreciá-la, o que significa que não está disposto a negociar”, afirmou. Para a professora Marlucy Gama, do CODAP, os servidores já alcançaram uma vitória. “O fato de as entidades estarem reunidas aqui na luta por seus direitos já é uma grande conquista. Mostra que o trabalhador está vivo, na rua, na luta e acredita na sua força”, disse em seu discurso. Manutenção da greve Os professores federais estão em greve a mais de 100 dias. A direção do ANDES-SN para os próximos dias é manter a greve, mesmo com o prazo para o envio do orçamento de 2013 ao Congresso Nacional, que acaba em 31 de agosto. Apesar da data, o Plano de Carreira ainda pode ser discutido em âmbito Legislativo. Reivindicação das outras categorias Sindicato dos Servidores do Ministério da Saúde e Funasa (SINDSMISFU) Tempo de greve: desde 18 de junho de 2012 Processo de negociação: governo apresentou reajuste de 15,8% parcelado em 3 anos. A categoria analisa a possibilidade de terminar a greve e fortalecer o movimento tanto no âmbito federal quanto estadual e municipal. “O serviço público vem sofrendo uma descontinuidade no seu projeto há aproximadamente 20 anos. Percebemos uma falta de investimento nos órgãos públicos e o sucateamento da estrutura física dos prédios. Por isso, nós deflagramos a greve buscando mais investimento e também melhores salários”, diz Ricardo Nunes, presidente do sindicato. $ Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Sergipe (SINDIJUS) Tempo de greve: desde 15 de agosto de 2012 Processo de negociação: o governo apresentou o mesmo reajuste dos servidores do Executivo de 15,8% para os do Judiciário, o que vem provocando indignação da categoria. “Nós estamos em greve porque nossa situação é diferenciada dos servidores do Executivo. Nosso projeto de cargos e salário tramita no Congresso Nacional desde 2006 e até o momento não houve qualquer reajuste. Para se ter uma ideia, saiu no Diário Oficial da União uma lista de três páginas de nomeações tornadas sem efeito , ou seja, pessoas que não querem mais tomar posse no órgão porque a carreira não está mais atrativa, e isso nos preocupa”, diz Cristiano de Oliveira, representante das categorias do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público da União. Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência no Estado de Sergipe (SINDIPREV) Tempo de greve: desde 9 de julho 2012 Processo de negociação: Na proposta do governo, houve aumento na gratificação e no salário base, porém, aquém do esperado pela categoria. Houve ameaça de corte de ponto e a categoria planeja uma nova greve em 2013. “Nós estamos desde 2009 sem um reajuste de quadros. Reivindicamos substituição de gratificação variável por gratificação fixa, a recuperação do salário base e a reestruturação da carreira. Também estamos nos movimentando pela abertura de concurso público. Parte da desestruturação do serviço público se dá exatamente pela falta de mão de obra qualificada, e enquanto o governo mantiver essa lógica administrativa não será possível oferecer um serviço de qualidade à população”, diz Isac Silveira, diretor e coordenador-geral do sindicato. Servidores federais reivindicam melhorias em Ato Público Unificado

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O Boletim CLG é um periódico do Comando Local de Greve da ADUFS com informações sobre o movimento grevista dos professores federais da UFS

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Page 1: Boletim CLG 16

Boletim CLG

ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

03 a 09 de setembro de 201216

Servidores públicos federais em greve

estiveram reunidos na quinta-feira, 30, para

pressionar o governo a negociar com as

categorias. Marcaram presença os professores

da UFS e do IFS, servidores da Saúde,

Previdência Social e Justiça. O Ato Público

Unificado foi uma oportunidade para dialogar

com a sociedade sobre a situação do serviço

público federal. Além da exposição das

reivindicações das categorias, o evento contou

com atividades culturais entre os presentes,

como oficina de fanzine e teatro, e doação de

livros na barraca dos professores.

Segundo o presidente da ADUFS, professor

Antônio Carlos Campos, o governo se mantém

inflexível com a categoria. “Nós formulamos

uma contraproposta rebaixando o piso do

professor com carga horária de 20h, mas

mesmo assim o governo se nega a apreciá-la, o

que significa que não está disposto a negociar”,

afirmou.

Para a professora Marlucy Gama, do CODAP,

os servidores já alcançaram uma vitória. “O fato

de as entidades estarem reunidas aqui na luta

por seus direitos já é uma grande conquista.

Mostra que o trabalhador está vivo, na rua, na

luta e acredita na sua força”, disse em seu

discurso.

Manutenção da greve

Os professores federais estão em greve a mais

de 100 dias. A direção do ANDES-SN para os

próximos dias é manter a greve, mesmo com o

prazo para o envio do orçamento de 2013 ao

Congresso Nacional, que acaba em 31 de

agosto. Apesar da data, o Plano de Carreira

ainda pode ser discutido em âmbito Legislativo.

Reivindicação das outras categorias

Sindicato dos Servidores do Ministério da Saúde e Funasa (SINDSMISFU)

Tempo de greve: desde 18 de junho de 2012

Processo de negociação: governo apresentou reajuste de 15,8% parcelado em 3 anos. A categoria analisa a possibilidade de terminar a greve e fortalecer o movimento tanto no âmbito federal quanto estadual e municipal.“O serviço público vem sofrendo uma descontinuidade no seu projeto há aproximadamente 20 anos. Percebemos uma falta de investimento nos órgãos públicos e o sucateamento da estrutura física dos prédios. Por isso, nós deflagramos a greve buscando mais investimento e também melhores salários”, diz Ricardo Nunes, presidente do sindicato.

$

Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Sergipe (SINDIJUS)

Tempo de greve: desde 15 de agosto de 2012

Processo de negociação: o governo apresentou o mesmo reajuste dos servidores do Executivo de 15,8% para os do Judiciário, o que vem provocando indignação da categoria.“Nós estamos em greve porque nossa situação é diferenciada dos servidores do Executivo. Nosso projeto de cargos e salário tramita no Congresso Nacional desde 2006 e até o momento não houve qualquer reajuste. Para se ter uma ideia, saiu no Diário Oficial da União uma lista de três páginas de nomeações tornadas sem efeito , ou seja, pessoas que não querem mais tomar posse no órgão porque a carreira não está mais atrativa, e isso nos preocupa”, diz Cristiano de Ol iveira, representante das categorias do Poder Judiciário Federal e do Ministério Público da União.

Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência no Estado de Sergipe (SINDIPREV)

Tempo de greve: desde 9 de julho 2012

Processo de negociação: Na proposta do governo, houve aumento na gratificação e no salário base, porém, aquém do esperado pela categoria. Houve ameaça de corte de ponto e a categoria planeja uma nova greve em 2013.“Nós estamos desde 2009 sem um reajuste de quadros. Reivindicamos substituição de gratificação variável por gratificação fixa, a recuperação do salário base e a reestruturação da carreira. Também estamos nos movimentando pela abertura de concurso públ ico. Parte da desestruturação do serviço público se dá exatamente pela falta de mão de obra qualificada, e enquanto o governo mantiver essa lógica administrativa não será possível oferecer um serviço de qualidade à população”, diz Isac Silveira, diretor e coordenador-geral do sindicato.

Servidores federais reivindicam melhorias em Ato Público Unificado

Page 2: Boletim CLG 16

pelo governo federal para negociação com os servidores públicos federais, no dia 31 de agosto, por parte da categoria docente garante uma vitória política da autonomia das decisões democráticas das Assembleias Gerais do ANDES-SN, sem os conluios dos dir igentes do PROIFES. Entretanto, a saída da greve de várias categorias do serviço público federal e a proximidade com as eleições municipais impõem uma nova conjuntura para o movimento docente, que precisa avançar para quebrar a intransigência do governo federal e estabelecer negociações no âmbito do congresso nacional. Não podemos sair da greve neste momento, mas temos que avaliar os horizontes do

Vivemos um momento decisivo na g r e v e d o s d o c e n t e s d a s universidades públicas brasileiras, em que precisamos elaborar estratégias de luta para enfrentar a desestruturação da carreira docente proposta pelo governo federal, com a anuência do sindicato pelego PROIFES, por meio de Projeto de Lei, e ampliar o debate sobre as condições de trabalho no interior das Instituições Federais de Ensino Superior. A intransigência do governo federal em não negociar com o ANDES-SN evidencia sua busca de isolá-lo frente às outras categorias do setor da Educação do Serviço Público Federal. Depois de quase uma década sem uma grande greve no Serviço Público Federal, a unidade da luta entre os servidores públicos f e d e r a i s r e v e l o u - s e u m a necessidade concreta para o avanço da luta geral da sociedade brasileira, na garantia da qualidade dos serviços prestados e na crítica à privatização e terceirização do Estado brasileiro.

A ultrapassagem do limite imposto

EXPEDIENTEDIRETORIA 2010-2012 - GESTÃO ‘‘A LUTA CONTINUA’’Presidente: Antônio Carlos Campos; Vice-presidente: Marcos Antônio da Silva Pedroso; Secretária: Manuela Ramos da Silva; Diretor Administrativo e Financeiro: Júlio Cesar Gandarela Resende;Diretor Acadêmico e Cultural: Fernando de Araújo Sá. Suplentes: Sonia Cristina Pimentel de Santana e Carlos Dias da Silva JuniorBoletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino SuperiorEndereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SE Jornalismo: Raquel Brabec (DRT-1517) Estagiário em Design Gráfico e Charge: Fernando CaldasO conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não corresponde necessariamente à opinião da diretoria da ADUFS Contato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021E-mail: adufs@infonet .com.br Site: http://www.adufs.org.brN° de Tiragem: 1000 exemplares

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Editorialmovimento paredista e evitar saídas isoladas que prejudicam a unidade duramente conquistada pelo movimento docente. As ações dessa semana devem preservar a realização de atos públicos que visibi l izem nossa greve na soc iedade b ras i l e i ra , com destaque para o Grito dos Excluídos no dia 7 de setembro próximo.

O comando nacional de greve i n d i c a a n e c e s s i d a d e d e debatermos a suspensão unificada da greve nacional, bem como discutir o Projeto de Lei n. 4368/2012. Por isso, todos à Assembleia Geral do dia 5 de setembro para deliberarmos sobre a continuidade da nossa luta para além da greve.

a PEQUENA DIFERENCA ENTRE O SALARIO

DOS POLITICOS

E DOS PROFESSORES

Charge da semana

Eleições ADUFSEleições ADUFSgestão 2012 - 2014

De 11 a 12/09, em todos os campi da UFS.

Participe!

Page 3: Boletim CLG 16

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Moção nº. 001/2012

Moção de apoio a greve dos (as) Professores (as) das

Universidades Federais

Nossa Senhora de Socorro (SE), 10 de agosto de 2012.

Em Sergipe, 200 representantes dos movimentos sociais do campo:

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação

dos Trabalhadores da Agricultura de Sergipe (FETASE), Movimento

dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento das Mulheres

Camponesas (MMC), Movimento da Mulher Trabalhadora Rural

(MMTR), Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC), Marcha

Mundial das Mulheres (MMM), Quilombolas, associações de

Pescadores e Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela

Vida reunidos nos dias 08 a 10 de agosto, na I Conferência

Camponesa do Estado de Sergipe,no assentamento Moacir

Wanderley, Nossa senhora do Socorro, debateram temas

relacionados a terra, ao trabalho e a organização social do

campesinato, apoiam a justa greve dos (as) Professores (as) das

Universidades Federais paralisados desde 17 de maio, em luta pela

valorização salarial e por melhores condições de trabalho e pela

educação pública de qualidade, na cidade e no campo, que é também

a nossa luta.

Moção de apoio

Nº16

De 04 a 10 de setembro acontece a

rodada de debates para as eleições da

Diretoria e Conselho de Representantes

da ADUFS, gestão 2012-2014. Os

debates acontecerão nos campi da UFS

em Laranjeiras, Itabaiana, Lagarto e São

Cristóvão para que os candidatos

apresentem suas propostas de trabalho.

No período de inscrição, duas chapas se

candidataram para as eleições: Chapa 1,

intitulada “Autonomia na Luta”, com a

professora Brancilene Santos como

presidenta, e Chapa 2, intitulada “Por

uma ADUFS de Luta: Transformando o

Tédio em Melodia”, com a professora

Sonia Meire como presidenta.

As eleições para Diretoria e Conselho de

R e p r e s e n t a n t e s A D U F S s e r ã o

realizadas nos dias 11 e 12 de setembro

de 2012, com urnas instaladas em todos

os campi da UFS, além do Hospital

Universitário e Colégio de Aplicação

(CODAP). A posse da diretoria e dos

novos conselheiros eleitos acontecerá

em Assembleia Geral Ordinária

convocada para o dia 18 de setembro de

2012.

Composição Chapa 1

Presidenta: Brancilene Santos

Vice-presidente: Genésio José

Secretário-Geral: Jailton Costa

Diretor Administrativo e Financeiro: Elysson Carvalho

Diretora Acadêmica-Cultural: Maria Aparecida

1ª Suplente: Noemia Lima

2º Suplente: Sérgio Queiroz

3º Suplente: Carlos Franco Liberato

Composição Chapa 2

Presidenta: Sonia Meire

Vice-presidente: Romero Venâncio

Secretária-Geral: Oneize Amoras

Diretora Administrativa e Financeira: Marleide Maria

Diretor Acadêmico-Cultural: Saulo Henrique

1ª Suplente: Catarina Nascimento

2º Suplente: Evaldo Becker

3ª Suplente: Vera Nubia

Começam debates para eleições da ADUFS

Data Horário Atividade 27 a 31/09 Inscrições das chapas e candidatos ao Conselho

04/09 15h Debate no campus de Itabaiana 05/09 15h Debate no campus de Lagarto 06/09 9h Debate no campus de São Cristóvão 10/09 9h Debate no campus de Laranjeiras

11 a 12/09 8h às 18h Eleições em todos os campi 18/09 Posse da nova diretoria e conselheiros em Assembleia Geral

Ordinária

Calendário das eleições ADUFS

Page 4: Boletim CLG 16

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A greve dos docentes das IFE

completou 107 dias em 31 de

agosto, data em que o governo

encaminhou ao Congresso

Nacional os projetos de lei que

reestruturam carreiras e tabelas

remuneratórias dos servidores,

dentre esses, o que trata das

carreiras do magistério federal. A

duração da greve exprime a força

desse movimento que se

consolidou na quase totalidade

das IFE, numa intensa luta contra

a precarização das condições de

trabalho e a desestruturação da

carreira docente. A proposta de

c a r r e i r a c o n s t r u í d a p e l o

movimento docente e defendida

nesta greve exprime um projeto

de educação federal, calcado na

indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão e com um

padrão unitário de qualidade,

fazendo frente às políticas de

expansão sem qua l idade

promovidas pelo governo,

marcadas por um deliberado

processo de precarização das

instituições, das condições de

t r a b a l h o d e f o r m a ç ã o e

desestruturando a carreira

docente.

A proposta de carreira feita pelo

governo foi rejeitada por todas as

assembleias nas IFE, mesmo

assim, em ato arbitrário e

antidemocrático, o governo

desrespeitou as decisões das

assembleias de base e firmou

acordo com o Proifes em 1º de

agosto, interrompendo as

negociações com a categoria. A

greve teve continuidade, os

professores elaboraram uma

contraproposta e investiram seus

esforços em ações nacionais e

locais pela reabertura das

negociações, buscando interferir

no projeto antes de seu envio ao

Congresso Nacional.

r e to rnou ao t r aba lho . Os

servidores técnico-administrativos

da IFE, após conquistas relativas à

sua pauta de reivindicações,

terminaram a greve, enquanto o

Sinasefe, aceitando a proposta

para os STA e rejeitando o acordo

firmado pelo governo com o

Proifes, aprovou a saída de greve

para o dia 10 de setembro. Na

última semana, os estudantes que

construíram uma greve de caráter

nacional, com conquistas locais,

encerraram o funcionamento de

seu comando nacional de greve

em Brasília, para dar continuidade

da luta nas IFE.

O C N G a v a l i a q u e t e m

acer tadamente ind icado a

necessidade de manutenção e

intensificação da greve para

conquistar a reabertura das

negociações, ao que o movimento

tem respondido com intensificação

da luta e mantido uma forte

unidade. Isso tem possibilitado

pautar, para a sociedade, os

problemas da educação pública,

em particular as condições em que

se encontram as IFE; desmascarar

a política educacional, a expansão

desordenada e precarizada e a

intransigência do governo em não

reabrir as negociações; influenciar

a m o b i l i z a ç ã o d e o u t r a s

categorias, tanto do setor da

educação federal como dos

demais SPF, conquistando maior

legitimação do ANDES-SN junto à

sociedade como portador de um

projeto para a educação brasileira,

fortemente enraizado em suas

bases.

O envio do PL ao Congresso

Nacional inaugura uma nova fase

de nossa luta. Sua tramitação

legislativa traz novos desafios para

o movimento, sobre o que deve ser

destacado, por exemplo: que o

Merece destaque o fato de que o

governo não iniciou qualquer

d i s c u s s ã o e f e t i v a c o m o

CNG/ANDES acerca da pauta das

condições de trabalho. Questões

como expansão universitária,

infraestrutura, contratação e

capac i tação de docentes ,

condições para permanência

docente em lugares de difícil

acesso, dentre outras, não foram

tratadas. Não obstante, o MEC

criou uma comissão, composta

pela Une, Andifes e o próprio

MEC, para acompanhar o

processo de expansão, numa

clara estratégia midiática para

desviar o foco de nossas

reivindicações e desconsiderar o

Andes-SN e os estudantes em

greve, representados pelo

comando nacional de greve

estudantil, instalado em Brasília.

O PL do governo, então, mantém a

proposta de carreira docente

rejeitada pela categoria e não é

produto de uma negociação,

sendo rejeitada, também, pela

base do Sinasefe. Outras

categorias dos SPF também

rejeitaram as propostas do

governo relativas às suas pautas

específicas e não firmaram

acordos. Nesse processo, o

governo insiste num método de

tratamento das demandas dos

servidores, qual seja, judicializa os

movimentos grevistas, corta o

ponto, cr ia s imulacros de

negociações para impor suas

políticas que desestruturam

carre i ras e encaminhando

acordos com entidade que não

represen ta as bases das

categor ias , mantendo sua

i n t r a n s i g ê n c i a e p o s t u r a

antissindical.

A maior parte das categorias dos

SPF que estavam em greve

Avaliação Política: Perspectivas da greve e desafios do novo momento

ANDES-SN

Page 5: Boletim CLG 16

Nº16

seu conteúdo fundamental foi

rejeitado pela base do movimento;

que as eleições municipais estão

impondo a diminuição no ritmo das

atividades parlamentares; que

modificações significativas só

serão possíveis com o aval do

Executivo. Para que o movimento

encare esse novo momento e seus

desafios, deverá fazer uma

avaliação da correlação de forças

e das perspectivas para a

continuidade da luta.

Além desses elementos que

c a r a c t e r i z a m o m o m e n t o

conjuntural de nossa greve,

também ressaltamos os resultados

da rodada de AGs, realizadas na

ú l t ima semana . De modo

inequívoco, a ampla maioria

dessas AGs apontou, em suas

deliberações, a continuidade da

greve como forma de continuar a

pressão sobre o governo para a

retomada das negociações e

atendimento de nossa pauta de

reivindicações. Este resultado

atesta a força que desde o início

teve nosso movimento, e que a

data-limite apresentada pelo

governo como final do processo de

negociação com os SPF e o fato

dele ter assinado acordo com o

Proifes não foram aceitos pela

categor ia como e lementos

inibidores da determinação dos

docentes em levar adiante o

movimento paredista. Superamos

o dia 31 com a determinação de

continuarmos em greve, e isso é

uma vitória do nosso movimento

em relação às pressões que o

governo e setores governistas,

dentro e fora das IFE, tentaram

impor para finalizar a greve.

Todavia, a análise dos resultados

das AGs e as avaliações feitas por

v á r i o s C L G s q u a n t o à

greve/perspectivas da luta, nos

trazem elementos que precisam

ser considerados, entre eles, o

questionamento sobre as reais

possibilidades de conquistar a

reabertura de negociações em

docentes.

Os desafios postos na conjuntura,

para serem enfrentados, exigem

precisão na tática da luta para

conquistar nossas reivindicações e

consolidarmos as conquistas

político-organizativas que tivemos

em todo o Brasil, fortalecendo

nosso sindicato, evitando a quebra

de nossa unidade e a fragilização

de nosso movimento. Isto implica

construirmos, independente dos

horizontes de nossa greve, uma

estratégia comum que contemple:

prazos, plano de lutas e uma

agenda unificada, com atos

p ú b l i c o s e m o b i l i z a ç ã o ,

continuando nossa luta em um

novo patamar e em novas

instâncias.

C O M U N I C A D O E S P E C I A L

ANDES-SN

02/09/2012

curto prazo e sobre o arsenal de

iniciativas que seria necessário

d i s p o r p a r a q u e b r a r a

intransigência do governo. Em

várias IFE as AGs têm sido cada

vez mais disputadas na avaliação

quanto as possibilidades e limites

d a g r e v e . A l é m d i s s o ,

reitorias/direções intensificaram

movimentos no sentido de forçar a

retomada gradual das atividades

para enfraquecer a greve. Os

professores em greve tem sabido

dar respostas a esses ataques.

Considerando as características

desse novo momento e as

decisões das AGs realizadas na

última semana, o CNG reafirma a

continuidade da greve e a

necessidade de avaliação do

movimento e da correlação de

f o r ç a s n e c e s s á r i a a o s

enfrentamentos que se impõem,

produzindo encaminhamentos e

agenda de trabalho. Outrossim,

pautar, nas próximas AGs, a

discussão dos horizontes da greve

e o debate sobre a suspensão

unificada da greve nacional dos

5

Page 6: Boletim CLG 16

Reunião relâmpago da mesa diretora do Senado aprovou 'pacote de bondades'

28/08/12 - Em recesso branco por causa da campanha eleitoral, o Senado Federal iniciou na terça-feira uma semana de esforço concentrado para votar medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta. Mas o saldo do primeiro dia foi um "pacote de bondades" que vai sangrar os cofres e beneficiar servidores do Senado e familiares de ex-senadores. Nem foi preciso fazer greve ou barulho. Numa reunião relâmpago da Mesa Diretora, o presidente José Sarney (PMDB-MA) colocou em votação simbólica projeto de resolução que estenderá aos servidores da Casa o reajuste de 15,8% - escalonado nos próximos três anos - concedido pelo Executivo aos servidores em greve há mais de um mês. Levando em conta apenas 2013, o impacto na folha de pagamento será de R$132 milhões. (O Globo)

Após assembleia, professores mantêm greve na Ufes

Os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) decidiram pela manutenção da greve, que já dura mais de três meses, após realização de assembleia docente no campus de Goiabeiras da Ufes, na tarde da terça-feira (28). Segundo a Associação dos Docentes da Ufes, 139 professores assinaram a ata da reunião e apenas seis votaram contra a manutenção da greve e pelo reinício das aulas. Segundo o professor Helder Gomes, do Comando de Greve, a proposta do governo federal ainda não é satisfatória. (G1 Globo)

S i n d i c a t o s u g e r e f i m d a paralisação, mas professores da UFMG decidem manter greve

28/08/2012 - Em assembleia realizada na tarde da terça-feira, os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram mais uma vez pela continuidade da greve que já dura 71 dias na inst i tuição. Dos 281 professores presentes na reunião, 178 foram favoráveis à paralisação, 92 contrários e 11 se abstiveram de opinar. Com isso, as aulas continuam suspensas na UFMG por tempo indeterminado e o 1º semestre deste ano segue sem previsão de acabar para alguns cursos. (Estado de Minas)

NotíciasRápidas

AGENDA DE GREVE DOS DOCENTES DA UFS

SinopseUm triângulo amoroso envolve Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo de passagem pelo interior da Amazônia, a bela e instável Lavínia (Camila Pitanga) e seu marido, o pastor Ernani (Zecarlos Machado), que acredita ser possível consertar as contradições do mundo.C

INE

G

RE

VE

Leia resenha desse filme emwww.adufs.org.br

CONVITECINE GREVE UNIFICADO

DATA:05/09 HORA: 15h

LOCAL: Auditório ADUFS

Filme:

(Beto Brant, 2012)

Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios