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Artigo Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE Carta dilacerante foi encaminhada pela Rede de Educação Cidadã-São Paulo (RECID-SP) à Reunião Ampliada Nacional da RECID, dirigida à sociedade e ao governo federal, deixando todos do Brasil inteiro impactados e à beira das lágrimas: "Esta carta vem em meio a uma conjuntura massacrante de São Paulo. Estamos escrevendo para partilhar situações, episódios e enca- minhamentos que temos tido ao longo destes últimos meses. As periferias vêm sendo sitiadas, invadidas dia após dia, sem nenhuma explicação pertinente. As famílias estão ficando amedrontadas a ponto de evitarem que seus filhos saiam de casa e vão, seja para a escola, seja para oficinas da RECID, seja para uma atividade cultural. Precisamos fazer ecoar as dores das mães que vêm perdendo seus filhos desde 2006, quando cerca de 500 pessoas foram assassinadas entre sociedade civil e funcionários da segurança pública. Os excessos nestes últimos meses, tanto da polícia oficial (fardada), como através de grupos de extermínio formados por uma parcela desta mesma polícia têm como alvo, tan- to pelo aprisionamento ostensivo quanto pelo extermínio sistemático, aqueles que podemos identificar sob três adjetivos: pretos, pobres e periféricos.” Em 27/9, foi lançado em Maceió, o Plano Juventude Viva, elaborado pela Secretaria Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional da Juventude e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), com o apoio de um conjunto de Ministérios e a participação ativa da sociedade civil. É o começo da resposta urgente e necessária a ser dada para uma realida- de alarmante. Atualmente, o homicídio é a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Com um fato agravante: os jovens negros são as principais vítimas. Em 2010, foram assassinadas quase 50 mil pessoas no Brasil. Mais da metade delas eram jovens (53,3%), das quais 76,6% negros e 91,3% homens. Entre 2001 e 2010, mais de 270 mil jovens foram vítimas de homicídio no País. Nas palavras de Severine Macedo, Secretária Nacional da Juventude, está nos objetivos do Juventude Viva: "Levar aos territórios mais afetados pelos homi- cídios oportunidades de renovação das relações sociais; superar discriminações e desigualdades históricas e fortalecer as instituições democráticas, para que o Estado se consolide como promotor e principal defensor dos direitos humanos; construir um País em que o direito à vida sem violência e sem discriminações seja a verdadeira base de convivência social”. É de chorar. De dor: pelas mortes e assassinatos, pela repressão, pelo sofrimento, pelas injustiças. De alegria: porque o povo se levanta, jovens se levantam, educadores/as populares se levantam. E quando um povo se levanta, a esperança existe, acontece e se realiza. Selvino Heck – Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República Viva a juventude viva! Banco do Brasil: prática antissindical constrange gerentes e funcionários (Matéria pág. 3) Circuito Natalino encanta bancários e clientes O Circuito Natalino realizado pelo Coral do Sindicato dos Bancários do Ceará, da Afabec e dos Aposentados da Caixa percorreu as agências bancárias da Av. Dom Luis e Aldeota, na última semana. Nas apresentações, os Corais ganharam aplausos e elogios de clientes e funcionários emocionados. A programação prossegue esta semana com apresentações nas agências de Messejana e Av. Washington Soares (pág. 2) • Banco do Brasil: sob determinação judicial, Sindicato irá ajuizar ações autônomas para liquidação do anuênio (pág. 3) • Santander se negou a negociar emprego, fim da rotatividade e PCS durante reunião com Contraf-CUT, dia 22/11 (pág. 4) • Os diretores do Sindicato levaram apoio aos colegas do BB feitos reféns em tentativa de assalto, em Nova Russas (pág. 5) • BNB: Sindicato está atento ao Ponto Eletrônico, ciente do quadro deplorável de extrapolação de jornada (pág. 6)

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Artigo

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Carta dilacerante foi encaminhada pela Rede de Educação Cidadã-São Paulo (RECID-SP) à Reunião Ampliada Nacional da RECID, dirigida à sociedade e ao governo federal, deixando todos do Brasil inteiro impactados e à beira das lágrimas: "Esta carta vem em meio a uma conjuntura massacrante de São Paulo. Estamos escrevendo para partilhar situações, episódios e enca-minhamentos que temos tido ao longo destes últimos meses. As periferias vêm sendo sitiadas, invadidas dia após dia, sem nenhuma explicação pertinente. As famílias estão fi cando amedrontadas a ponto de evitarem que seus fi lhos saiam de casa e vão, seja para a escola, seja para ofi cinas da RECID, seja para uma atividade cultural.

Precisamos fazer ecoar as dores das mães que vêm perdendo seus fi lhos desde 2006, quando cerca de 500 pessoas foram assassinadas entre sociedade civil e funcionários da segurança pública. Os excessos nestes últimos meses, tanto da polícia ofi cial (fardada), como através de grupos de extermínio formados por uma parcela desta mesma polícia têm como alvo, tan-to pelo aprisionamento ostensivo quanto pelo extermínio sistemático, aqueles que podemos identifi car sob três adjetivos: pretos, pobres e periféricos.”

Em 27/9, foi lançado em Maceió, o Plano Juventude Viva, elaborado pela Secretaria Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional da Juventude e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), com o apoio de um conjunto de Ministérios e a participação ativa da sociedade civil.

É o começo da resposta urgente e necessária a ser dada para uma realida-de alarmante. Atualmente, o homicídio é a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Com um fato agravante: os jovens negros são as principais vítimas. Em 2010, foram assassinadas quase 50 mil pessoas no Brasil. Mais da metade delas eram jovens (53,3%), das quais 76,6% negros e 91,3% homens. Entre 2001 e 2010, mais de 270 mil jovens foram vítimas de homicídio no País.

Nas palavras de Severine Macedo, Secretária Nacional da Juventude, está nos objetivos do Juventude Viva: "Levar aos territórios mais afetados pelos homi-cídios oportunidades de renovação das relações sociais; superar discriminações e desigualdades históricas e fortalecer as instituições democráticas, para que o Estado se consolide como promotor e principal defensor dos direitos humanos; construir um País em que o direito à vida sem violência e sem discriminações seja a verdadeira base de convivência social”.

É de chorar. De dor: pelas mortes e assassinatos, pela repressão, pelo sofrimento, pelas injustiças. De alegria: porque o povo se levanta, jovens se levantam, educadores/as populares se levantam. E quando um povo se levanta, a esperança existe, acontece e se realiza.

Selvino Heck – Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República

Viva a juventude viva!

Banco do Brasil: prática antissindical constrange gerentes

e funcionários

(Matéria pág. 3)

Circuito Natalino encanta bancários e clientes

O Circuito Natalino realizado pelo Coral do Sindicato dos Bancários do Ceará, da Afabec

e dos Aposentados da Caixa percorreu as agências bancárias da Av. Dom Luis e Aldeota,

na última semana. Nas apresentações, os Corais ganharam aplausos e elogios de clientes e funcionários emocionados. A

programação prossegue esta semana com apresentações nas agências de Messejana e

Av. Washington Soares (pág. 2)

• Banco do Brasil: sob determinação judicial, Sindicato irá ajuizar ações autônomas para liquidação do anuênio (pág. 3)

• Santander se negou a negociar emprego, fi m da rotatividade e PCS durante reunião com Contraf-CUT, dia 22/11 (pág. 4)

• Os diretores do Sindicato levaram apoio aos colegas do BB feitos reféns em tentativa de assalto, em Nova Russas (pág. 5)

• BNB: Sindicato está atento ao Ponto Eletrônico, ciente do quadro deplorável de extrapolação de jornada (pág. 6)

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: José Eduardo Marinho – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

DICA CULTURAL

CONVÊNIO

Na semana passada, teve iní-cio o Circuito Natalino do Coral do Sindicato dos Bancários do Ceará, que este ano contou com a participação do Coral da Afabec e do Coral dos Aposentados da Cai-xa. A programação começou dia 19/11, pelas agências bancárias da Avenida Dom Luiz e adjacências. No segundo dia, 22/11, o Circuito percorreu as unidades da Alde-ota. Em todas as apresentações, os Corais ganharam aplausos do público, ganhando, inclusive, elogios de clientes e funcionários emocionados.

Há cinco anos, com a pro-ximidade das festas de fim de ano, o Coral do Sindicato dos Bancários do Ceará dá início a temporada de apresentações. Esta iniciativa do Sindicato visa levar aos clientes e bancários músicas natalinas, que envolvem a todos no clima de amor, paz e confraternização.

A diretora do SEEB/CE e coralista, Rita Ferreira fez a saudação aos colegas nas várias agências visitadas. “O Sindicato neste momento traz as vibrações positivas de muita alegria, espe-rança e paz para os bancários e clientes. É nossa mensagem de um renascer de esperanças, que o ano de 2013 chegue com muita alegria, muita prosperidade e que seja um ano muito melhor. Que todos os anjos digam amém a todos os nossos projetos!”

Música e emoção – Para o maestro do Coral do SEEB/CE, Rogério Jales, “as festas de final de ano anunciam um fim de ciclo. Todo mundo vive um momento emocional muito positivo, de reflexão e confraternização. E a música tem muito significado nas nossas vidas. A música nos

Coral do Sindicato encanta bancários e clientes no Circuito Natalino 2012

Marina Lima, escriturária – Adorei o Coral, bem sincronizado. Essa música emocionante em plena agência relaxa a gente. É bem mais rela-xante começar o dia com uma música linda dessa.

Aguiná Vieira, assistente de gerência – Eu fi co contando os dias para receber o coral aqui. É uma emoção muito grande ouvir essas músicas. Todos nós sabemos que nosso trabalho não é fácil, mas esse momento gratifi cante com o Coral une as pessoas e deixa a gente mais humano. Esse momento é único e eu espero o ano todo por ele.

Iracema Guedes Ribeiro, aposentada – Lindo, lindo, maravilhoso! É uma alegria muito grande, é uma emoção a gente encontrar gente cantando dentro da agência e emocionando a gente, os nossos corações.

Cláudio Matias, auxiliar de escritório – Maravilha! Eu gostoso de ouvir. A gente fi ca emocionado. O espírito da gente se eleva, é muito bom. Foi uma surpresa boa.

acompanha desde que nascemos e até a morte. Está muito presente na nossa vida e quando a gente chega com o Coral nas agências, nesse momento, nesse final de ciclo, nós sensibilizamos mais as pessoas. A música é um elemento que pode contribuir para que as pessoas reflitam mais, parem para pensar e se emocionem. Para nós cantores e maestro é muito importante, porque a música também tem significado para nós. Chegamos, assim, nesse momento, com uma mensagem

de esperança. Nossa música traz essa reflexão e emoção para as pessoas”.

Programação – O Circuito Natalino, com os três Corais for-mados por bancários aposenta-dos e da ativa, fará apresentações até o dia 19/12, em Fortaleza. Na segunda-feira, dia 26/11, o Corais percorrerão as agências de Messejana. Na quarta-feira, dia 28/11, as apresentações serão nas agências da Avenida Washington Soares, finalizando no Iprede.

Bancários e clientes falam da emoção

Entre os dias 26 de novembro e 5 de dezembro, a Casa Amarela/UFC e o Campus da Liberdade/Unilab irão receber a VI Mostra de Cinema Africano. O evento é oferecido pelo grupo de pesquisa Trabalhadores Livres e Escravos no Ceará, Diferenças e Identida-des, do Departamento de História da UFC, e pela Universidade de Integração de Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em parceria com a Casa Amarela, a Cinema-teca da Embaixada da França e o Instituto Frei Tito de Alencar. O acesso será público e gratuito.

A programação da Mostra conta com a projeção de 12 fi lmes, antigos ou mais recentes (fi cções, documentários e curtas metragens), e com a presença de convidados africanos e de debatedores espe-cialistas para cada fi lme. Este ano, o evento aborda o tema “Oralidades Contemporâneas” como modo de entrever a riqueza e a complexidade

Cinema africano é objeto de mostra em Fortaleza e Redenção

de “tradições vivas” que, entre a manutenção de memórias e o en-frentamento das problemáticas do dia a dia, declinam, na linguagem criativa dos cinemas africanos, a força da palavra e de vozes em busca de ser ao Mundo.

VI Mostra de Cinema AfricanoDe 26 de novembro a 5 de dezembroHorário: 18h30 Local: Casa Amarela/UFC (26 a 30/11) e Campus da Liberdade/Unilab, em Redenção/CE (3 a 5/12). Entrada francaCoordenação Geral: Prof. Franck Ribard e Túlio Muniz (História/ UFC)Para mais informações sobre a programação:Blog: http://6mostradecinemaafricano.wordpress.com/Telefone: 3366-7742 / 7738

O Sindicato dos Bancários do Ceará fi rmou convênio com o complexo turís-tico iPark que oferece 30% de desconto nos valores de in-gressos de en-trada e pacote com passeios para fi liados e funcionários da en-tidade. Mais uma opção de lazer facilitada para bancários e seus familiares. Os descontos serão concedidos na portaria de entrada do parque mediante apresentação de documentos de identifi cação da fi liação e com foto.

Localizado ao pé da serra de Maranguape, a apenas 30 km de Fortaleza, o parque oferece diversas atrações, como o Museu da Cachaça. Trata-se de um passeio pela história de mais de 160 anos da Ypióca, onde se pode conhecer também o maior tonel de madeira do mundo, com capacidade para 374 mil litros de aguardente.

iPark fi rma parceria com SEEB/CE e oferece desconto para sindicalizados

Outro destaque é o Campo de Aventura, que oferece atrações mais radicais, a exemplo da maior tirolesa do Nordeste (com 260 metros de extensão), além de arvorismo, tri-lhas ecológicas, muro de escalada e caiaque. Há ainda passeios de charrete e de jardineira, pedalinho, minifazenda e um restaurante re-gional onde são preparados pratos típicos do Nordeste.

Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 17h

Endereço: Sítio Ypióca S/N – Maranguape

Contato: (85) 3341-0407 E-mail: [email protected]: www.ipark.tur.br

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. 3Desrespeito

BANCO DO BRASIL

FÓRUM SINDICAL

O Sindicato dos Bancários do Ceará recebeu diversas de-núncias de constrangimentos aos gerentes e funcionários praticados pelo Banco do Bra-sil. A orientação do presidente Aldemir Bendine, o Dida, chegou como ordem sumária a todos os pilares do Banco: vice-presidentes, diretores, superintendências regionais e, por fim, aos gerentes e fun-cionários, para que cobrassem, por escrito, o cumprimento da compensação de horas de-correntes da greve de forma individualizada. Carlos Netto, da Dipes, quando recebeu a ordem, ampliou as ameaças com a ajuda da Dinop e da Dired, instalando o sentimento de revolta em todo o País.

No fim do ano, a festa que o presidente do Banco do Brasil, Dida, quer para o funcionário é o constrangimento, a pressão e a irracionalidade revanchista de uma direção que não suporta a organização dos funcionários e do movimento sindical.

“Se o Banco do Brasil não queria greve, resolvesse a Cam-panha deste ano na negociação antes do conflito. Essas ameaças constrangem, não somente os funcionários, mas também os gerentes que não entendem racionalmente a postura da empresa e assim perdem a liderança e a equipe”, disse o

Presidente Dida constrange gerentes e

funcionários do BB

presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra.

Orientação – O Sindicato orienta para que os funcioná-rios não assinem, nem deem ciência em comunicado, pois o documento não tem ampa-ro legal, nem normativo e é apenas para criar prova contra o funcionário. O Sindicato es-clarece que nenhum funcioná-rio é obrigado a assinar esse documento, uma vez que a compensação está regulada na Convenção Coletiva de Traba-lho (CCT), de que o Banco do Brasil é signatário. O SEEB/CE tomará as devidas providências junto aos órgãos competentes em relação às práticas antissin-dicais e às perseguições contra funcionários.

CCT é documento legal – Esta é mais uma prática an-tissindical do Banco do Brasil, ao enviar carta individual aos funcionários que participaram da greve deste ano cobrando o comprometimento com a com-pensação das horas. No texto, o banco tenta fragilizar a luta coletiva, individualizando a res-ponsabilidade pelo movimento. Na carta, o próprio BB reconhece que as horas de greve poderão ser compensadas até o dia 15 de dezembro.

A estrutura de compensa-ção das horas de greve está prevista na CCT, que é um documento reconhecidamente legal. Portanto, nenhum bancá-rio é obrigado a assinar e/ou praticar ações que não estão previstas no acordo.

Após denúncias e manifesta-ções do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE), a Superinten-dência Regional do Banco do Brasil e a Gepes solicitaram reunião com a entidade para tratar sobre alguns temas que têm causado transtornos nas condições de trabalho dos fun-cionários. A reunião aconteceu na quarta-feira, 21/11, quando entra-ram em pauta segurança, posse de novos funcionários e compensação de horas da greve.

Segurança – Em relação à se-gurança bancária, os representan-tes locais do banco afi rmaram que estão se organizando, em termos de licitação, para implantar alguns itens previstos no Estatuto de Segurança Bancária, como: câmeras internas e externas, biombos e divisórias nos caixas e no autoatendimento. Quanto ao abastecimento de nume-rário, o banco irá se reunir com uma empresa de segurança para tratar sobre o assunto. A implantação dos vigilantes no autoatendimento ainda está sendo avaliada.

Posse – Logo após a greve, o BB anunciou a suspensão das convocações e posses de novos funcionários. A medida gerou inúmeros desconfortos para os concursados e indignação nos sindicatos da categoria, já que existe grande demanda para refor-çar o atendimento nas agências e diminuir a sobrecarga de trabalho do funcionalismo. Após pressão, o banco voltou atrás. Na reunião com o Sindicato, foi anunciada a posse de 25 funcionários na segunda-feira, 26/11.

Sindicato cobra do BB no Ceará mais respeito, segurança e contratações

Compensação de horas – Na semana passada, o Sindicato denunciou uma prática constran-gedora e abusiva do banco: sob orientação da Presidência, a ordem era de que a compensação de horas da greve deveria ser cobrada de forma individualizada. No encontro, o Sindicato cobrou explicações e foi informado de que a medida é uma decisão estratégica do banco, principalmente em relação àqueles grevistas que compensaram pou-cas horas.

Inclusive, segundo os represen-tantes, o encaminhamento incluía o modelo de documento a ser assinado pelo trabalhador para fi car ciente de suas obrigações. Uma prática, aos olhos do Sindicato, de caráter antissin-dical e revanchista. A entidade sindical não concorda com o documento, detectando o alto nível de revolta e pressão que a prática causou entre os funcionários, afetando ainda a relação interna nas agências.

Com isso exposto, a Superin-tendência e a Gepes garantiram que não se trata de processo revan-chista e que irão analisar os casos justifi cados para não prejudicar os funcionários que precisam cumprir a compensação de horas até o dia 15/12, sem afetar férias e abonos.

“A negociação foi positiva porque, ao contrário do presidente Aldemir Bendine, o Dida, e do diretor de Gestão de Pessoas, Carlos Netto, a direção local se comprometeu em apresentar soluções para as reivindicações que tem deixado os funcionários do BB com essas péssimas condições de trabalho”, afi rma o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Foto: SEEB/CE

O grupo de trabalho do projeto-piloto de segurança bancária, formado por dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos e por representantes dos bancos, se reúne pela primeira vez na próxima terça-feira, dia 27/11, às 9h, na sede da Fenaban, em São Paulo. O objetivo é discutir essa iniciati-va pioneira, a partir do programa apresentado pelos bancos e das propostas feitas pelo Comando Nacional dos Bancários e Coletivo Nacional de Segurança Bancária, durante negociação ocorrida no último dia 7, na capital paulista.

O projeto-piloto, a ser implan-tado nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão, conforme indicação an-teriormente feita pela Fenaban, foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários 2012. Na negociação, a Fenaban apresentou o "Programa de Melhorias de Segu-rança Bancária no Recife". Dentre os equipamentos previstos estão portas de segurança com detectores de metais, biombos ou divisórias em frente aos caixas e câmeras internas e externas nas agências.

Os bancos também propu-seram a redução das tarifas de transferência (DOC e TED) nos caixas para o mesmo valor cobrado via internet, bem como a diminuição do limite do TED, hoje em R$ 3 mil,

Grupo de trabalho do projeto-piloto se reúne no dia 27

SEGURANÇA BANCÁRIA

para R$ 2 mil e depois de alguns meses para R$ 1 mil.

Para a Contraf-CUT, esse progra-ma traz avanços signifi cativos, uma vez que inclui portas de segurança, biombos e câmeras. "São equipa-mentos de prevenção que há muito tempo vêm sendo reivindicados por bancários, vigilantes e sociedade para proteger a vida de trabalhadores e clientes", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coorde-nador do Comando Nacional. "Mas é possível e necessário avançar mais", destacou.

Os bancários apontaram tam-bém lacunas na proposta da Fenaban. "Precisamos reforçar a segurança das fachadas, mediante a blindagem. Também é preciso incluir medidas contra sequestros, como o fi m da guarda das chaves por bancários", observou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional.

Propostas dos bancários – O presidente da Contraf-CUT apresen-tou durante a negociação um conjunto de propostas defi nidas pelo Comando e Coletivo Nacional para avançar no projeto-piloto:

• implantação do projeto-piloto em agências e postos de atendimento bancário;

• porta de segurança com detector de metais antes do auto-atendimento;

• câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real fora do local controlado;

• vidros blindados nas fachadas externas;

• biombos opacos ente a fi la e a bateria de caixas;

• divisórias opacas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;

• mais funcionários nos caixas para reduzir as fi las e evitar olheiros;

• isenção das tarifas de trans-ferência de recursos (DOC, TED);

• fi m da guarda das chaves pelos bancários para evitar se-questros;

• abertura e fechamento das agências e postos por empresas de segurança para combater se-questros;

• presença de vigilantes em toda jornada de trabalho dos bancários;

• guarda-volumes antes da porta de segurança para evitar constrangimento de clientes;

• abastecimento dos caixas eletrônicos no autoatendimento na parte traseira e em local fechado;

• escudo com assento para vigilantes

• local específi co para esta-cionamento do carro-forte para abastecimento das unidades.

Sindicato prosseguirá com ações autônomas para liquidação

do AnuênioO Sindicato dos Bancários do

Ceará (SEEB/CE) comunica aos funcionários do Banco do Brasil benefi ciários da ação do Anuênio que, sob determinação judicial, irá ajuizar ações autônomas para execução dos direitos garantidos na sentença. A decisão partiu do juiz José Maria Coelho Filho, da 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza. O Sindicato irá entrar com as ações autônomas por grupos menores, e quase ao mesmo tempo, para uma liquidação mais acelerada.

“Esta decisão veio em boa hora, visto que as negociações com o BB para possível acordo estancaram e não avançam mais. Desta forma, o Sindicato conseguiu uma medida judicial que acelerasse

o processo de execução”, afirma Gustavo Tabatinga, diretor de Assuntos Jurídicos Coletivos do Sindicato dos Bancários.

Os funcionários que ainda não entregaram os contracheques de setembro de 1999 a junho de 2009 têm até um ano para providenciarem tais documentos e devem procurar o Sindicato para entregá-los (de preferência digitalizados e enviados para [email protected]). Os funcionários que já entre-garam os contracheques estão com a ação devidamente encaminhada – não precisando, portanto, reen-viarem os documentos. Em caso de dúvidas e maiores esclarecimentos, entrar em contato pelo mesmo e-mail citado acima.

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. 4 Negociação CASSI

Por negligência da gestão anterior da Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e da própria Cassi, que deixaram de fazer a regularização das cobranças a partir de 2008, a Caixa de Assistência começou a regularizar a partir de agosto a cobrança de coparticipação de uma série de eventos estatutários, previstos no regulamento do plano, realizados por titulares do Plano de Associados e dependentes entre 2003 e 2012, tais como consultas, exames e terapias.

Essas coparticipações estão previstas no Regulamento do Plano de Associados, aprovado em 1998. As inconsistências nas cobranças foram descobertas por volta de 2008 e foram inicialmente adiadas para que a Cassi fi zesse uma avaliação rigorosa dos valores pendentes, para evitar cobranças injustas. As conferências dos cálculos foram concluídas em 2009, mas a Cassi não encaminhou logo a regulariza-ção do problema.

“A antiga diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e a própria Cassi, res-ponsáveis pelas cobranças, não tiveram coragem de enfrentar o problema, preferindo não fazerem nada. Foi somente no apagar das luzes, no final do mandato daquela gestão em 2012, que a ex-diretora encaminhou a instrução para fa-zer a cobrança retroativa”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coor-denador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

A cobrança precisa ser feita porque está prevista no estatuto - se quem deve não pagar, a conta terá de ser coberta por todos os associados, inclusive por quem não utilizou os serviços naquele período. "O que seria um acerto do período entre 2003 e 2008, porque deveria ter sido feita a correção do sistema de cobrança imediatamente e averiguado o quanto havia de passado a cobrar, os valores segui-ram crescendo e se transformaram em um acerto entre 2003 e 2012", acrescenta William.

Eleitos e movimento sindi-cal limitaram valor dos débitos – Para complicar, os valores dos acertos poderiam ser cobrados de uma vez porque não há limites nes-sas coparticipações já previstas no regulamento desde 1998 (diferente da coparticipação em exames de 2007). Isso só não aconteceu em razão da pronta resistência dos dirigentes eleitos na Caixa de As-sistência e do movimento sindical, que reivindicaram em mesa de negociação com o banco (em 10 de julho) que fosse estabelecido um teto máximo de 1/24 nas parcelas de acertos para não prejudicar os associados por atrasos da gestão anterior do plano.

“Assim que soube do problema, a atual diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Mirian Fochi, procurou a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa para buscar uma ação conjunta que não prejudicasse os associados”, informa William Mendes.

Em razão dessa pressão dos eleitos da Cassi e do movimento sindical, o valor máximo do des-conto mensal também respeitará o limite de 1/24 do salário - o mesmo critério da coparticipação em exames previsto no estatuto aprovado em 2007.

Diretoria antiga deixou acumular coparticipação, afetando associados

Como está sendo feita a co-brança – Para os associados que deviam até R$ 50,00, a cobrança ocorreu em parcela única na folha de pagamento de agosto de 2012 ou por meio de débito em conta-corrente para os que não possuem folha. Para aqueles cujo valor de coparticipação ultrapassa R$ 50,00, a Cassi iniciará a cobrança em 20 de novembro de 2012, sendo que a ampla maioria terá o saldo zerado em até quatro parcelas.

"Para a maioria dos participan-tes (85%) o débito será cobrado em uma única parcela. O restante terá a cobrança parcelada para respei-tar o limite de desconto mensal de até 1/24 do salário. Mais de 97% das pessoas com coparticipação pendente quitará atrasados em até quatro parcelas", informa o coorde-nador da CEBB.

Coparticipações previstas no Regulamento do Plano de Associados da Cassi:

Art. 25 – O associado é obri-gado a arcar com coparticipação de 30% (trinta por cento) sobre o valor da TGA para os seguintes procedimentos cobertos pelo Pla-no de Associados, exceto quando realizados em regime de internação hospitalar, internação domiciliar ou hospital-dia (day-clinic):

I. consulta;II. visita domiciliar;III. sessão psicoterápica;IV. acupuntura.Parágrafo único – Não cabe

cobrança de coparticipação para consultas realizadas por médico in-dicado pela CASSI para realização de perícia médica.

Art. 26 – O associado é obriga-do a arcar com coparticipação de 10% sobre eventos de diagnose e terapia que não estejam vinculados a internação hospitalar, limitada sua participação mensal a 1/24 da base de cálculo da contribuição à CASSI.

§ 1º – Entende-se como eventos de diagnose o conjunto de procedi-mentos realizados com objetivo de esclarecer o agente causal de uma determinada patologia ou condição de saúde.

§ 2º – Entende-se como eventos de terapia os recursos utilizados para tratamento de uma determina-da patologia ou condição de saúde.

§ 3º – A coparticipação men-cionada no caput deste artigo é cobrada de acordo com a base de cálculo da contribuição à CASSI vigente no mês do atendimento/realização do evento.

§ 4º – Não é devida cobrança de coparticipação para:

I. eventos de diagnose e terapia vinculados a internação hospitalar;

II. quimioterapia;III. radioterapia;IV. hemodiálise;V. diálise;VI. transfusão de sangue, assim

como o processamento, honorários médicos e exames vinculados;

VII. procedimentos constantes do capítulo 81 da TGA específi cos para participantes com defi ciência;

VIII. exames e tratamentos vinculados à doenças do trabalho;

IX. procedimentos realizados sob regime de internação domiciliar;

X. procedimentos realizados sob regime de day-clinic (hospital-dia);

XI. tratamentos sem internação que utilizem sala cirúrgica de médio ou grande porte; e

XII. oxigenoterapia hiperbárica.

O Santander se recusou no dia 22/11, a negociar emprego, fi m da rotatividade e Plano de Cargos e Salários (PCS), durante reunião do Comitê de Relações Trabalhis-tas (CRT), em São Paulo. Outras reivindicações discutidas, como a melhoria das condições de trabalho, a redução das taxas de juros e a isenção de tarifas para funcionários e aposentados, também não trou-xeram avanços, frustrando ainda mais os dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos.

O CRT é um espaço bimestral de negociação permanente, que está previsto na cláusula 31ª do acordo coletivo aditivo assinado entre as en-tidades sindicais e o banco espanhol.

Emprego - Os bancos privados deveriam seguir as boas práticas de responsabilidade social do mercado e negociar também contratações. Nos últimos seis meses, entre abril e setembro, o Santander criou apenas 67 empregos, segundo levantamento do Dieese. "Em vez de contratar trabalhadores para as novas agências, o banco remaneja pessoal de outras unidades, aumen-tando ainda mais a sobrecarga de trabalho, o adoecimento de funcio-nários e piorando o atendimento aos clientes", denunciou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

O fi m da rotatividade também foi rejeitado pelo banco. Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, mostra que no primeiro semestre deste ano a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que signifi ca uma redução de 35,40%. Já na economia brasileira, como um todo, a diferença é em média 7%.

PCS – As entidades sindicais também reivindicaram a criação de um PCS, apresentando a mesma reivindicação feita pela categoria na Campanha 2012 para a Fenaban que, assim como o emprego, havia sido encaminhada para negociação banco a banco. O Santander, no entanto, recusou as demandas, alegando que as propostas de PCS não são para os bancos privados e sim para os públicos.

Condições de trabalho – Os bancários cobraram melhores con-dições de trabalho. Uma demanda novamente discutida foi o fim das metas para caixas. Os represen-tantes do Santander disseram que esse comunicado ainda está sendo elaborado, mas reiteraram que "o caixa não pode ser punido em razão de vender ou não vender". Para o banco, “os caixas devem ser avaliados pela sua função pre-ponderante, que é o atendimento aos clientes”.

Todas as propostas das entida-des sindicais, como o fi m das metas individuais, o fi m das reuniões diárias para cobrança de metas, a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, o fi m do desvio de funções nas agências, envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, e a proibição de cobrança de metas para estagiários e aprendizes, serão discutidas em reunião do grupo de trabalho sobre condições de traba-lho, agendada para o dia 9 janeiro.

Santander se nega a negociar mais contratações, fi m da

rotatividade e PCS

Ranking individual – Os ban-cários cobraram o cumprimento da cláusula 35ª da convenção coletiva, pela qual "no monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados". Para os dirigen-tes sindicais, essa conquista que visa combater o assédio moral está sendo desrespeitada pelo Santander. O banco disse que já fez alterações no sistema e que os gestores têm sido orientados para não expor publica-mente o ranking dos funcionários. Os dirigentes sindicais reafi rmaram que o assédio moral virou política de gestão, o que é inaceitável.

Redução das taxas de juros e isenção de tarifas – Os bancários voltaram a cobrar a redução das ta-xas de juros e a isenção das tarifas para funcionários e aposentados do banco. Os representantes do San-tander se comprometeram em levar o assunto para nova apreciação nas áreas próprias do banco.

Bolsas auxílio estudo – Os bancários reivindicaram informações sobre o total de solicitações, número de vagas preenchidas, quantidade de recusas e os motivos das mesmas em relação ao segundo semestre de 2012. O banco disse que ainda não possui o levantamento concluído, fi cando de informar os dados no iní-cio do próximo ano. Já as inscrições para o pedido de bolsas do primeiro semestre de 2013 serão abertas no próximo dia 3 de dezembro e se estenderão até o dia 28 de fevereiro.

Súmula 124 do TST – A re-presentação sindical reivindicou a aplicação imediata da Súmula 124, de 14.09.2012, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considera o sábado como dia de descanso remu-nerado dos bancários, impactando, assim, no cálculo de pagamento das horas extras. O banco disse que aguarda um posicionamento da Fenaban.

Pessoas com defi ciência – Os dirigentes sindicais cobraram a marcação de reunião específi ca

para tratar das demandas dos fun-cionários com defi ciência (PDD). Foi indicada a data de 22 ou 24 de janeiro, às 14h, a ser confi rmada pelo banco.

Manutenção de assistência médica para aposentados – Os bancários reivindicaram a manu-tenção do plano de saúde aos apo-sentados do Santander nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozavam na ativa, mediante o pagamento de mensalidade no valor que era descontado no holerite (contracheque). Foi lembrado que hoje os banespianos, associados da Cabesp, já possuem esse direito.

O Santander disse que aguarda análise da norma da ANS que regu-lamenta o direito previsto na lei nº 9.656, de 1998, que mantém o plano de saúde para aposentados median-te custeio integral, bem como para demitidos por dois anos. O banco fi cou de agendar uma reunião para discutir o assunto.

Acesso ao portal RH para trabalhadores afastados e li-cenciados – Os dirigentes sindicais reivindicaram melhorias no acesso externo ao portal RH. Há vários problemas, como a impossibilidade de agendamento de férias. O banco reconheceu que o sistema impede essa solicitação, orientando que por enquanto os funcionários com frequência livre devem enviar e-mail para [email protected] in-formando nome, matrícula funcional, data de início, quantidade de dias, com ou sem abono pecuniário, etc. O banco prometeu agendar uma reunião para fazer nova apresenta-ção do portal.

Folga no dia de aniversário – Outra reivindicação apresenta-da pelos dirigentes sindicais foi a concessão de folga no dia de aniversário para todos os funcio-nários do banco, conforme já tem sido praticado em várias unidades. "No HSBC, a folga já é um direito previsto no regulamento do banco inglês", destacou Ademir. O banco fi cou de analisar a demanda.

Calendário

• 5 de dezembro 2012: Grupo de Trabalho do SantanderPrevi

• 13 de dezembro 2012: Grupo de Trabalho do Call Center

• 9 de janeiro 2013: Fórum de Saúde e Condições de Trabalho

• 9 de janeiro 2013: Grupo de Trabalho de Condições de Trabalho

• 23 de janeiro 2013: Reunião sobre Igualdade de Oportunidades

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PLANEJAMENTO

Fotos: SEEB-CE

Foto: Drawlio Joca

VIOLÊNCIA

Durante toda semana pas-sada, o Sindicato dos Bancários do Ceará promoveu visitas às agências bancárias no Interior para verificar a questão da se-gurança bancária, entre outras questões. Nas reuniões realizadas nas unidades, foram abordados temas como as conquistas da campanha salarial deste ano e foram debatidos assuntos espe-cíficos de cada banco.

Nesse contato direto com os bancários do Interior, os diretores Bosco Mota, Rochael Almeida e Eugênio Silva visitaram unidades do Banco do Brasil, Caixa e Bradesco das cidades de Canindé, Nova Russas, Ipueiras, Ipú e Hidrolândia. Os dirigentes sindicais denunciam que a situa-ção encontrada é que nenhuma agência contempla 100% dos itens previstos na legislação so-bre segurança bancária.

Nova agência – Em Ipuei-ras, os diretores do Sindicato conversaram com os bancários da agência Caixa inaugurada no último mês de setembro. A unidade conta com oito empre-gados, que agradeceram a visita dos dirigentes sindicais.

Sindicato visita agências bancárias no Interior Durante audiência no dia 21/11,

com a CUT, o presidente da Câma-ra Federal, deputado Marco Maia (PT-RS), afi rmou que o fi m do fator previdenciário deve ir à votação na Casa na próxima quarta-feira (28).

Resultado dos trabalhos de um grupo de negociação formado por tra-balhadores e empresários, a emenda aglutinativa ao substitutivo do depu-tado Pepe Vargas (PT-RS) sobre o Projeto de Lei (PL) 3.299/08, mantém o fator 85/95 criado pelo petista, que soma o tempo de contribuição e a idade. Caso o resultado seja 95, para os homens, e 85, para as mulheres, a aposentadoria será integral e não dependerá mais do fator.

A emenda estabelece ainda um redutor de 2% para cada ano que faltar até atingir a fórmula e um acréscimo também de 2% para cada ano que o trabalhador permanecer na ativa após cumprir os requisitos.

“Fizemos uma passeata pelos corredores do Congresso para pressionar os lideres parlamenta-res a votarem a favor da emenda e acabar com o fator criado pelo governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC) para tirar o poder de compra dos trabalhadores aposentados. Quem votar contra, estará traindo a classe trabalhado-ra”, afi rmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Freitas lembrou que em 2008 havia um acordo com o governo Lula para acabar com o redutor, mas a discussão não avançou. Durante as eleições presidenciais, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o com-promisso de dar prosseguimento a esse debate.

Fim do fator previdenciário será votado dia 28, na Câmara

A proposta do grupo determina ainda que seja considerada a média das contribuições previdenciárias dos últimos 36 meses. Além disso, as em-presas que demitirem um trabalhador 12 meses antes da aposentadoria serão obrigadas a recolher esse período de contribuição para o em-pregado. “Os parlamentares podem nos aguardar aqui na próxima quarta porque vamos ocupar o Congresso e denunciar quem quiser manter essa medida nefasta”, garantiu Vagner Freitas.

Porque fator previdenciário prejudica o trabalhador – Atu-almente, para se aposentar, um trabalhador precisa ter 35 anos de contribuição e 63 anos e quatro meses para ter direito a 100% do benefício. Já as mulheres devem ter 33 anos de contribuição e 61 de ida-de. Por obra de FHC, que chamava os aposentados de vagabundos, o fator previdenciário passou a valer em 1998 e estabeleceu que o cálculo das aposentadorias só exclui 20% dos piores salários recebidos. Como a rotatividade da mão de obra no Brasil é grande, os trabalhadores perdem o emprego e, muitas ve-zes, conseguem outro ganhando menos, o que acaba rebaixando seus vencimentos.

Além disso, o tempo de contri-buição aumenta a cada ano e o valor dos vencimentos diminui em função da média de expectativa de vida divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Com a nova regra, bastaria ao trabalhador atingir o fator 85/95 para ter direito à aposentadoria integral.

O Departamento Jurídico do Sindicato realizou, na segunda-feira 19/11, uma reunião de planejamento para conduzir as suas ações durante o triênio 2012/2015 de mandato da atual diretoria. A reunião contou com a presença de toda a equipe do setor: advogados, estagiários, secretárias e calculista, além dos dirigentes sindicais titulares de pastas para assuntos jurídicos.

Gustavo Tabatinga, diretor de Assuntos Jurídicos Coletivos do SEEB/CE, explica que a reunião serviu para apontar erros e acertos do departamento. “Com base na avaliação situacional que fizemos, nós podemos agora construir pro-postas para um segundo encontro a ser realizado em dezembro, quando iremos formar uma estratégia de atuação para os próximos anos”, afirma.

Departamento Jurídico do Sindicato se reúne para discutir atuação

O intuito dessas reuniões é defi nir estratégias para atender a categoria de forma mais efi ciente. “Queremos aperfeiçoar o funciona-mento do Jurídico para melhorar o atendimento à demanda dos traba-lhadores bancários sindicalizados, que só aumenta diante dos mandos e desmandos dos banqueiros”, afi rma Erotildes Teixeira, diretor de Assuntos Jurídicos Individuais do SEEB/CE.

Entre os objetivos já estabele-cidos estão: tornar o Departamento Jurídico a melhor opção para os bancários procurarem, juridicamen-te, a manutenção de seus direitos e aumentar a atuação social do de-partamento através de seminários, congressos, participação em even-tos externos. A diretoria pretende realizar anualmente os encontros de planejamento.

No último dia 20/11, um gerente do Banco do Brasil e funcionários foram feitos reféns na agência bancária em Nova Russas, a 316 km de Fortaleza. Os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará, Bosco Mota, Rochael Almeida e Eugênio Silva estiveram no local no mesmo dia, para dar apoio aos colegas do Banco do Brasil.

Também estiveram na agência do BB para dar apoio aos bancários, Dárcio, gerente do BB Crateús, representando a Superintendência Estadual do banco; Dr. Ricardo, da Cassi; Luciana, da GEPES; Dr. Fernando da AJURE e Gurgel da RESEG.

Segundo os diretores do SEEB/CE, na noite do dia 19/11, por volta das 21 horas, o Gerente do BB e sua família foram feitos reféns em sua residência, onde passaram toda a noite com os bandidos. Na manhã do dia seguinte, dia 20/11, dois dos assaltantes levaram o gerente até a agência do BB, para obrigá-lo a abrir o cofre. Enquanto isso, a família do gerente e uma babá se encontravam com o restante do bando de assaltantes.

Na manhã do dia 20/11, se encontravam na agência do Banco do Brasil, oito bancários, uma esta-giária, um vigilante, e um funcionário de serviços gerais. O cofre só po-deria ser aberto dentro do tempo de segurança. Os bandidos, no interior da unidade, se inquietaram. Do lado de fora, vizinhos notaram uma movimentação diferente e a Polícia também notou o jeito estranho do gerente dizer que estava tudo bem.

A Polícia cercou o local e soldados tentaram negociar a liber-

O bancário que quiser a pre-sença do Sindicato dos Bancários na sua agência, pode entrar em contato com a entidade e agendar

uma visita. Ligue para (85) 3252 42 66 e fale com a Secretaria Sub-Sedes do Interior, com o diretor Rochael Almeida.

tação dos funcionários do BB feitos reféns, que ocorreu por volta de 8h50. Segundo a Polícia, a quadrilha era formada por quatro homens e fugiu após a libertação de todos os reféns – familiares do gerente e funcionários do banco.

Dois deles mantinham a família refém em um cativeiro e a outra dupla foi com o gerente sacar o di-nheiro do resgate na agência. “Eles perceberam que estavam cercados e viram que não podiam prosseguir a operação”, explica o major Adrianizio

Oliveira, que esteve no local. Os familiares do gerente foram liber-tados a 10 quilômetros do cativeiro.

Funcionários reféns – Na agência, os funcionários foram feitos reféns e colocados em um compartimento do prédio, enquanto os criminosos negociavam com a Polícia. Todos foram liberados sem maiores transtornos. Não houve feridos. Os suspeitos seguem fo-ragidos e a Polícia faz diligências para localizá-los.

Gerente e funcionários do BB foram feitos reféns em Nova Russas

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INFORMAÇÃO PRESTADA PELOPORTEIRO OU SÍNDICOREINTEGRAÇÃO AO SERVIÇOPOSTAL EM / /

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9912180326-DR/CESIND. DOS BANCÁRIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Mala DiretaPostal

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PROJETO DE LEI

Ciente do quadro deplorável de extrapolação de jornada de trabalho do BNB, principal-mente nas agências, o Sindicato dos Bancários do Ceará estará acompanhando atentamente todo o desenrolar do processo de funcionamento do Registro Eletrônico de Ponto (REP) a ser iniciado nesta segunda-feira, 26/11, conforme mensagem divulgada pela área de gestão de pessoas, no último dia 20/11.

Por determinação da Procura-doria Regional do Trabalho (PRT) o SEEB-CE está visitando todas as unidades operadoras do BNB com o objetivo de constatar irregula-ridades nesse campo e elaborar relatório para instruir processo instaurado pela PRT do Ceará. As primeiras visitas já detectaram anormalidades no expediente dos trabalhadores de 6 e 8 horas, no BNB, inclusive a convocação para trabalho aos sábados.

O Sindicato pede aos funcio-nários que cumpram estritamente a sua jornada de trabalho e, ao registrar o ponto, guardem os recibos emitidos pelo equipa-mento, comprovando os seus horários de entrada e saída do expediente e denunciem qual-quer pressão de gestores para registrar o ponto e continuar informalmente no trabalho, pois assim procedendo estarão agindo contra si próprios e dificultando o trabalho sindical.

O SEEB-CE esclarece que não existe qualquer acordo com o BNB tratando de Banco de Horas que vise à compensação das horas extras trabalhadas. Se o gestor demandar serviço ex-traordinário, sob essa alegativa, não aceite. Registre o ponto nas horas efetivas de entrada e saída do trabalho, pois assim o tempo que extrapolar a jornada, ficará registrado e terá que ser pago como hora extra.

Sindicato atento às pressões para trabalho após registro

eletrônico do pontoReunidos no dia 20/11, com o

presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara Federal, depu-tado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), representantes dos trabalhadores solicitaram a realização de uma au-diência pública para discutir o Projeto de Lei (PL) nº 2530/2011, de autoria da deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ), que visa alterar a Lei nº 7.783, conhecida como a Lei da Greve.

O movimento sindical é contrário ao PL, que determina que os servi-ços prestados pelos bancários aos idosos sejam considerados como essenciais durante a greve nacional da categoria. A reunião foi solicitada pela CUT, Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de Brasília, dentre outras entidades.

A vice-presidente da CUT, Car-men Foro, afi rmou durante o encontro que a proposta prejudica os trabalha-dores e a mobilização da categoria. “Estamos preocupados com as con-sequências que a aprovação desse PL poderia causar aos bancários. A Lei de Greve é um direito legítimo conquistado com muito suor pelos trabalhadores, a que eles recorrem

Bancários querem audiência pública sobre PL que ameaça direito de greve

depois que as negociações já se esgotaram”, explicou.

“A justifi cativa para o PL é que a greve dos bancários atrapalha a pres-tação de serviços para o segmento dos idosos, mas deixamos bem claro que nosso movimento não impede a entrada dessas pessoas nas agên-cias. Temos o cuidado de não preju-dicar e nem criar constrangimentos para idosos e aposentados, já que a maioria deles não tem acesso à internet e a outros meios alternativos para transações bancárias”, apontou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Regulamentação do sistema financeiro – Os representantes dos trabalhadores aproveitaram a oportunidade para levantar temas relevantes, como a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, a redução das taxas e das tarifas bancá-rias e o fi m da rotatividade. Esse é um momento de discussões importantes para o ramo fi nanceiro. A rotatividade nos bancos, por exemplo, é um pro-blema latente. Os novos bancários contratados ganham 40% menos do que os que foram dispensados.

Efeito estufaInundação de cidades costeiras,

agravamento de seca em algumas regiões do mundo e de ondas de calor são cenários prováveis, caso os países não cumpram as promessas que têm

fi rmado de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Estudo encomendado pelo Banco Mundial revelou que se as economias do mundo não adotarem

posturas mais ambiciosas em relação ao clima e ao meio ambiente, a temperatura

pode registrar até 4ºC a mais no fi m deste século. De acordo com a pesquisa, as nações mais pobres seriam as mais

afetadas pelos riscos à produção de alimentos, que podem elevar as taxas

de subnutrição e desnutrição, e ao agravamento da escassez de água.

“Qual o recado que o Brasil vai dar ao mundo? O de que somos um País em desenvolvimento, que

respeita o direito do trabalhador, a organização sindical, o trabalho decente ou de retrocesso?”

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

Cotas no serviço públicoA ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, disse no último dia 21/11, que o governo avalia a proposta de criar cotas para negros no serviço público. De acordo com a ministra,

as discussões estão “em fase muito inicial” e a expectativa é de que até o fi nal do ano seja possível fi nalizar uma proposta para ser apresentada à

presidenta Dilma Rousseff, que tem defendido ações afi rmativas.

Segundo idiomaUm estudo salarial realizado pela Catho, empresa de currículos e vagas on-line, revelou que o grau de conhecimento em um idioma estrangeiro

pode aumentar o salário em até 51,89%. O levantamento foi feito analisando remunerações de 2.444 cargos em 19 mil empresas de todo o Brasil. A maior diferença foi constatada nos cargos de supervisão com

o idioma inglês. Um profi ssional que é fl uente tem remuneração média de R$ 4.759, enquanto um que não fala recebe R$ 3.133,26. Na fl uência da

língua espanhola, os cargos de supervisão foram os mais afetados, sendo encontrada variação de 23,82% entre os fl uentes e os que não falam.

Não esqueça as milhasOs brasileiros deixaram de resgatar

o equivalente a 5,3 milhões de passagens aéreas em 2011 em

milhas acumuladas nos programas de fi delidade dos cartões de crédito. A

conta, feita a partir de dados do Banco Central sobre o mercado de cartões de crédito, considera uma média de 20 mil

pontos por passagem. “Todo mundo tem um programa de milhagem, mas

pouca gente sabe quantas milhas tem e menos ainda sabe quando elas vão expirar”, diz Samy Dana, professor da Fundação Getulio Vargas. “O estoque de milhas que expiram faz parte desse modelo de negócios. Se todo mundo resgatasse tudo, não compensaria para os bancos e as empresas”,

acrescenta.

Funcionamento do BNB é precário na Capital e no Interior

O BNB tem um número insufi ciente de agências no Ceará, fato que aliado à quantidade de funcionários também insufi ciente, gera superlota-ção e transtornos no atendimento ao público. O Sindicato dos Bancários do Ceará visitou as agências do BNB de Tianguá, Sobral, São Benedito e Granja e constatou defi ciências, que prejudicam a população e os fun-cionários. Os dirigentes sindicais Mateus Neto, Océlio Silveira e Erotildes Teixeira detectaram, em visita às unidades, extrapolação de jornada, rede de agências sem capilaridade, poucos funcionários, infraestrutura precária, não-pagamento de horas extras e desvio de função.

Na Capital – O mesmo cenário caótico foi detectado em Fortaleza pelo Sindicato, que constatou transtornos nas agências Bezerra de Menezes e Centro. Superlotação, fi las ultrapassando as dependências do prédio, clientes sob sol forte e falta de ar condicionado no autoatendimento na Bezerra de Menezes. Já na agência Centro, várias denúncias apontam que as obras do prédio da Justiça Federal atrapalham o trabalho dos bancários por conta de barulho e poeira. O Sindicato comunicou as situ-ações à Superintendência de logística do Banco, que se comprometeu em tomar providências.

ITAÚ

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho confi rmou a condenação decretada pelo Tri-bunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), que considerou o Itaú responsável pelo sofrimento de um empregado causado por falsa impu-tação de crime. Com a decisão, o ex-bancário receberá quase R$ 500 mil. Segundo o Regional, o trabalha-dor fi cou preso por nove dias, teve seu nome exposto pela imprensa e associado a estelionatários, além de ter sido demitido sumariamente, por justa causa, após longo período dedicado ao Banco, sem que tenha recebido qualquer apoio.

Crime – O reclamante, no exercício da função de gerente de negócios, recebeu recomendações sobre um candidato a cliente, feitas pessoalmente por uma correntista do banco, subsecretária municipal de Niterói, a qual assegurou tanto a idoneidade da pessoa indicada, como a grande movimentação fi nan-

TST condena banco a pagar R$ 480 mil a funcionário demitido

ceira que ela traria para a agência bancária. Mas o correntista acabou se envolvendo em uma fraude com repercussões para o bancário. Um cheque para pagamento de tributo estadual foi depositado na conta do novo cliente. O gerente desconfi ou da fraude e impediu o saque do valor depositado. Avisou ao gerente geral do banco que ordenou fosse feita auditoria no cheque. O bancário acabou sendo preso.

Justa causa – Para os desem-bargadores do Tribunal do Rio de Janeiro, a gravidade do fato não autorizaria a demissão do empregado por justa causa. Nesse sentido, o Tri-bunal manteve a sentença de primeiro grau que decidiu que o encerramento do vínculo de emprego ocorreu sem motivação. "Verifi ca-se que o autor não participou do golpe engendrado. Na verdade, foi uma das vítimas da situação, sendo enredado nas ma-lhas da máfi a do ICMS", destacou o acórdão Regional.