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 AUTOCUIDADO: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA E DE COLO DO ÚTERO ENTRE AS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Joana Cristina Riewe¹ Jane Lilian Brum² Mirian Herath Rascovetzki³ Fauzi de Moraes Shubeita 4 Sociedade Educacional Três de Maio – SETREM 5 RESUMO Ao longo da história brasileira o câncer já foi tratado de diversas maneiras. Passou a ser um problema de saúde pública com camp an has educativas e esclarece dor as par a a popula çã o con seg uir aderir aos exames pre ve nti vos e diagnósticos precoces. Considerada uma doença temida pela sociedade pela morte social, hoje é uma doença curável, marcada pelo uso de tecnologias modernas e tratamentos resolutivos. Já se falava na existência do câncer, desde os primórdios da humanidade, e até hoje se fala, e muito. Esse é um tema que tem se sobressaído muito na mídia, e ela tem contribuído de maneira significativa, levando informações às pessoas. O presente estudo indaga se os exames de prevenção de câncer de colo do útero e de mama fazem parte da rotina anual das trabalhadoras dos serviços de saúde. Entendemos que a enfermagem tem por sua essência o cuidado com o ser humano, em contra par tida essas me sma s pes soa s realizam seu s ex ames estritamente destinados ao ser mulher. Sabe-se que os profissionais de saúde são os resp onsá ve is pela assistência aos indi duos doentes e que requ erem de orientação para a sua saúde, tanto em nível ambulatorial quanto hospitalar. As pro fis sio nais, em es pec ial aqu elas que atu am na sa úde púb lic a, diariam en te informam, esclarecem e sabem da importância da realização de exames preventivos de câncer de mama e do colo do útero. A segunda causa de morte no Brasil continua sendo as neop lasias, o câncer de colo do út er o atinge um número expressivo de mulheres e o câncer de mama é o que mais tem levado à morte as mulheres. Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo exploratório-descritiva em que se obj etivou identificar os fatore s que int erfe rem na realiz açã o do exame preventivo do câncer do colo do útero, autoexame de mama, exame clínico de mama e mamografia/ecografia entre as profissionais de enfermagem. Para tanto se realizou um entrevista com todas que atuam em um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, nas Unidades Básicas de Saúde e em uma instituição hospitalar de um município de pequeno porte da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A coleta ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2010. Para a análise dos dados coletados foram construídos gráficos, com o auxílio do Epi Info para organizar os dados, onde estes, posteriormente foram fundamentados com autores encontrados na literatura.  _________________________________________________________________________________ ¹ Acadêmica do 8° período do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail:  [email protected] ² Enfermeira e Docente do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail:  [email protected] ³ Enfermeira e Docente do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail: [email protected] 4 Docente do Curso Bacharelado e m Enfermagem SETREM, e-mail: [email protected] 5 Sociedade Educacional Três de Maio – SETREM, Av. Santa Rosa, 2504, Três de Maio – RS, e-mail: [email protected] A pr es ente pe squisa está embasada nos pr incí pio s éticos qu e constam na Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados deste estudo

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AUTOCUIDADO: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA E DE COLO DOÚTERO ENTRE AS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Joana Cristina Riewe¹

Jane Lilian Brum²Mirian Herath Rascovetzki³Fauzi de Moraes Shubeita4

Sociedade Educacional Três de Maio – SETREM5

RESUMO

Ao longo da história brasileira o câncer já foi tratado de diversas maneiras.Passou a ser um problema de saúde pública com campanhas educativas e

esclarecedoras para a população conseguir aderir aos exames preventivos ediagnósticos precoces. Considerada uma doença temida pela sociedade pela mortesocial, hoje é uma doença curável, marcada pelo uso de tecnologias modernas etratamentos resolutivos. Já se falava na existência do câncer, desde os primórdiosda humanidade, e até hoje se fala, e muito. Esse é um tema que tem se sobressaídomuito na mídia, e ela tem contribuído de maneira significativa, levando informaçõesàs pessoas. O presente estudo indaga se os exames de prevenção de câncer decolo do útero e de mama fazem parte da rotina anual das trabalhadoras dos serviçosde saúde. Entendemos que a enfermagem tem por sua essência o cuidado com oser humano, em contrapartida essas mesmas pessoas realizam seus examesestritamente destinados ao ser mulher. Sabe-se que os profissionais de saúde são

os responsáveis pela assistência aos indivíduos doentes e que requerem deorientação para a sua saúde, tanto em nível ambulatorial quanto hospitalar. Asprofissionais, em especial aquelas que atuam na saúde pública, diariamenteinformam, esclarecem e sabem da importância da realização de exames preventivosde câncer de mama e do colo do útero. A segunda causa de morte no Brasilcontinua sendo as neoplasias, o câncer de colo do útero atinge um númeroexpressivo de mulheres e o câncer de mama é o que mais tem levado à morte asmulheres. Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo exploratório-descritiva emque se objetivou identificar os fatores que interferem na realização do examepreventivo do câncer do colo do útero, autoexame de mama, exame clínico demama e mamografia/ecografia entre as profissionais de enfermagem. Para tanto se

realizou um entrevista com todas que atuam em um Serviço de Atendimento Móvelde Urgência, nas Unidades Básicas de Saúde e em uma instituição hospitalar de ummunicípio de pequeno porte da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Acoleta ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2010. Para a análise dos dadoscoletados foram construídos gráficos, com o auxílio do Epi Info para organizar osdados, onde estes, posteriormente foram fundamentados com autores encontradosna literatura. _________________________________________________________________________________ ¹ Acadêmica do 8° período do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail: [email protected]² Enfermeira e Docente do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail: [email protected] 

³ Enfermeira e Docente do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail:[email protected] 4 Docente do Curso Bacharelado em Enfermagem SETREM, e-mail: [email protected] 5 Sociedade Educacional Três de Maio – SETREM, Av. Santa Rosa, 2504, Três de Maio – RS, e-mail:[email protected] A presente pesquisa está embasada nos princípios éticos que constam naResolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados deste estudo

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mostram que a grande maioria das entrevistadas realiza seus exames preventivosdo câncer do colo do útero, ficando de fora apenas uma pequena parcela dapopulação. Em relação à prevenção do câncer de mama, poucas entrevistadasfizeram o autoexame, praticamente todas realizaram o exame clínico de mama.

Palavras-chave: Prevenção; Saúde da mulher; Papanicolau; Mama.

 ABSTRACT 

Throughout Brazilian history, cancer has been treated in several ways.It became a public health problem with educational campaigns for people be able touse the preventive exams and early diagnosis. Considered a disease feared by society for social death, today is a curable disease, marked by the use of moderntechnologies and resolving treatments. Since the beginnings of humanity, people

already talked about the existence of cancer, and even today we talk about it, and much. This is a theme that is much talk in the media, and it has contributed significantly, bringing information to people. This study investigates whether the Papsmears test for cervical cancer and breast cancer are part of annual routine of healthworkers. We believe that nursing is the essence of human being care, however thesesame people do their examinations strictly intended to be a woman. We know that health professionals are responsible for assisting individuals and patients whorequire orientation to their health, both in outpatient and hospital. Professionals,especially those who work in public health, daily inform, clarify and understand theimportance of the preventive exams for breast and cervical cancer. The second cause of death in Brazil remains being the neoplasms, cervical cancer affects a

significant number of women and breast cancer is what has led more women todeath. This is a quantitative research of exploratory-descriptive type aiming toidentify factors that influence the realization of cervical cancer exams, breast self exam, clinical breast examination and mammography / ultrasonography among nursing professionals. An interview was made with all professional nurses working inthe Mobile Emergency Care Service in the Basic Health Units and in a hospital froma small town in the northwest region of Rio Grande do Sul State. The data wascollected in August and September 2010. For data analysis graphics wereconstructed with the help of Epi info to organize them, and they were subsequently substantiated with the authors found in the literature. This research is based on theethical principles contained in the Resolution No. 196/96 of the National Health

Council. The results of this study show that most respondents made their preventiveexams of cervical cancer, missing only a small portion of this population. Regarding to the prevention of breast cancer, few respondents made self-examination, but almost all made their clinical breast exam.

Keywords: Prevention, Women's Health, Pap smears, Breast.Ouvir 

Ler foneticamente

 

Dicionário - Ver dicionário detalhado

1. substantivo

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1. fitment

2. adjetivo

1. mobile

2. moving

3. movable

4. portable

5. rolling

6. shifting

7. traveling

8. flying

9. wandering

10. flexile

Ouvir 

Ler foneticamente

 

Dicionário - Ver dicionário detalhado

1. preposição

1. to

2. in

3. at

4. with

2. pronome

1. it

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2. you

3. ye

3. artigo

1. the

INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir se refere ao Trabalho de Conclusão de Curso

desenvolvido pela acadêmica do 8º período do Curso Bacharelado em Enfermagemda Sociedade Educacional Três de Maio – SETREM, identificando a realização deexames de prevenção para o câncer de mama e colo do útero nas profissionais desaúde que trabalham em instituições de saúde.

A escolha do tema da pesquisa ocorreu pelo acompanhamento de um casode câncer de mama em uma profissional de Enfermagem, no município em estudo.

A referida pesquisa está estruturada em três capítulos sendo que no primeirocontempla todos os aspectos metodológicos, incluindo o processo de elaboração, aforma de apresentação e a execução da pesquisa. O capítulo dois apresenta-sedescrito com um referencial teórico voltado à patologia do Câncer de Mama e doColo do Útero, descrevendo seu diagnóstico, prevenção e formas de tratamento. Oterceiro capítulo expõe o perfil das entrevistadas juntamente com a análise ediscussão dos dados coletados.

Ao longo da história brasileira o câncer já foi tratado de diversas maneiras. Detragédia pessoal passou a um problema público, deixou de ser incurável e hoje émarcado pelo uso de tecnologias modernas e estudos constantes a cerca demedicações e tratamentos novos, aliado ao incessante esforço da medicina eprofissionais da área da saúde (TEIXEIRA; FONSECA, 2007).

Já se falava na existência do câncer, desde os primórdios da humanidade, eaté hoje se fala, e muito. Esse é um tema que tem se sobressaído muito na mídia, eela tem contribuído de maneira significativa, levando informações às pessoas.

Os tumores de mama e do colo do útero representam hoje as principaiscausas de morte por câncer entre as mulheres brasileiras, o que deixaria deacontecer se elas procurassem um serviço de saúde para realizar examespreventivos, detectando assim a doença em um estágio inicial, sendo passível detratamento e podendo levar até a cura.

Os profissionais de saúde são os responsáveis pela assistência aosindivíduos doentes, tanto em nível ambulatorial quanto hospitalar. As profissionais,em especial aquelas que atuam na saúde pública, todo dia informam e sabem daimportância da realização de exames preventivos de câncer de mama e do colo doútero. Neste sentido, considera-se importante saber se elas realizam sua própria

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prevenção por meio de coleta do exame preventivo de câncer do colo do útero (CP)e do autoexame, exame clínico de mama (ECM) e mamografia/ecografia.

Acredita-se que, muitas vezes, os profissionais de Enfermagem, pelo volume

de trabalho, acabam deixando sua saúde um pouco de lado. No entanto, questiona-se como se pode cuidar dos outros sem estar em plenas condições de saúde?

Dessa forma, considera-se imprescindível conhecer a realidade de saúde equais os cuidados que as profissionais de Enfermagem têm consigo mesmas, umavez que estando em boas condições de saúde, além delas se sentirem bem, nãoterão muitas preocupações e poderão desempenhar suas tarefas, atendimentos eaconselhamentos com muito mais vigor.

2. METODOLOGIA

Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo descritivo exploratória,segundo Richardson (1999) e Gil (2008). A coleta dos dados foi realizada nohospital, no SAMU e nas UBS de um município de pequeno porte da RegiãoNoroeste do RS, nos meses de agosto e setembro de 2010, por uma acadêmica doCurso de Bacharelado em Enfermagem da Sociedade Educacional Três de Maio(SETREM).

Primeiramente foi realizada uma entrevista piloto para testar o instrumento,após as alterações necessárias, foi construído um formulário contendo questõesfechadas às profissionais de Enfermagem. Com esse instrumento foi possívelidentificar dados como perfil,a assiduidade com que as mesmas realizam os examespreventivos de mama e de útero e os motivos que levam ao autocuidado ou não.

Para a análise dos dados coletados, os formulários foram cadastrados no EpiInfo, instrumento que auxiliou na construção dos gráficos para a posterior análise.

Durante o processo de execução do estudo, foram observados as normas eprincípios éticos, descritos na Resolução n° 196 de 10 de outubro de 1996, que tratade pesquisa com seres humanos (BRASIL, 1996). Foi entregue um Termo deConsentimento Livre e Esclarecido às participantes da pesquisa, de forma clara e

detalhada, assegurando seu anonimato e privacidade, dando-lhes a liberdade departicipar ou não da pesquisa, livre de quaisquer constrangimentos. Para cumprir com todos os requisitos éticos, foi encaminhado um Termo de Solicitação para arealização da coleta de dados às instituições responsáveis.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo consta uma breve revisão da literatura sobre as alteraçõescelulares que podem acontecer na estrutura as mama e do colo do útero, constaainda a nomenclatura utilizada pelo Ministério da Saúde, seus fatores de risco, os

métodos de diagnóstico, as manifestações clínicas e tratamento.

3.1 CÂNCER

O câncer é entendido por Smeltzer; Bare (2002, p.252-53) como:

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[ ]um processo patológico que começa quando uma célula anormal étransformada pela mutação genética de DNA celular. Essa célula anormalforma um clone e começa a proliferar-se de maneira anormal, ignorando assinalizações de regulação do crescimento no ambiente circunvizinho àcélula. [...]. As células infiltram-se nesses tecidos e acessam os vasos

sanguíneos e linfáticos, os quais as transportam até outras regiões docorpo.

Segundo as mesmas autoras, o tratamento oferecido aos pacientes comcâncer varia para cada tipo de tumor, alguns deles podem levar à cura, outrospodem, apenas, controlar a doença ou aliviar a dor, no entanto, o método maisfrequentemente utilizado, e considerado o ideal, é a cirurgia, onde é feita a excisãoda totalidade do câncer.

Existe ainda o tratamento por radioterapia, onde a radiação ionizante é usadapara interromper o crescimento celular. Ela pode curar o câncer ou, apenas,controlar a doença maligna quando um tumor não pode ser removido por meioscirúrgicos. Já na quimioterapia, os agentes antineoplásicos são utilizados natentativa de matar células tumorais interferindo na reprodução. Outro métodoutilizado são os modificadores da resposta biológica, que são agentes de ocorrêncianatural ou recombinante, que podem alterar a relação imunológica entre o tumor e opaciente com câncer para gerar um beneficio terapêutico. O objetivo dessetratamento é destruir ou interromper o crescimento maligno, a base reside narestauração, modificação, estimulação ou aumento das defesas imunes naturais docorpo contra o câncer (SMELTZER; BARE, 2002).

3.1.1 Câncer de mama

Na maioria dos casos, a mulher é a principal responsável pela descoberta docâncer, para tanto é preciso que ela conheça sua mama e que ela realize oautoexame mensalmente, cinco dias após a menstruação e as mulheres namenopausa estipulam um dia no mês em que sempre realizarão este exame, dessemodo, frente a qualquer alteração visível ou palpável, ela irá imediatamente procurar um serviço especializado, podendo dessa forma evitar o avanço da doença (IBCC,2010).

A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido

à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidasna sua etiologia. Entretanto, recomenda-se uma dieta equilibrada e a prática deexercícios físicos para evitar a obesidade, já que o excesso de peso aumenta o riscode desenvolver a doença (BRASIL, 2010a).

A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada é contra indicada, por ser fator de risco para esse tumor, bem como a exposição a radiações ionizantes empessoas com idade inferior aos 35 anos. Não é totalmente correto afirmar que háassociação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco dessecâncer, porém, podem estar mais predispostas a ter a doença, mulheres que usaramcontraceptivos orais com dosagens elevadas de estrogênio e durante longo períodoe também aquelas que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes mesmo daprimeira gravidez (BRASIL, 2010a).

Para a detecção precoce, Brasil (2010e) recomenda rastreamento por meiodo ECM para as todas as mulheres a partir de 40 anos de idade, realizado

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anualmente (este procedimento é ainda compreendido como parte do atendimentointegral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas,independente da faixa etária). Para as mulheres com idade entre 50 e 69 anos,rastreamento por mamografia, com o máximo de dois anos entre os exames. O ECM

e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres pertencentes a grupospopulacionais com risco elevado de desenvolver a patologia. A ultrassonografia é ométodo mais indicado para a avaliação de lesões palpáveis em mulheres commenos de 35 anos e em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, amamografia é o método de eleição. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia - SBM,(2010, p.1) recomenda mamografias anuais a partir dos 40 anos, segundo o Dr.Ricardo Chagas, presidente SBM:

Nossa realidade é muito diferente daquela encontrada nos Estados Unidose na Europa. Nos Estados Unidos há uma cultura antiga de se fazer amamografia. Os tumores encontrados lá são de estágios iniciais, em médiade um centímetro. Diferente dos que encontramos no Brasil, que tem umaalta incidência de tumores em estágio avançado por causa de diagnósticotardio, explica.

Como tratamento Carvalho (2004, p. 124), diz que pode ser “cirúrgico e comterapias complementares. Tumores menores de 4 cm podem ser tratados através deprocedimentos conservadores”.

Recomenda-se mastectomia radical, para a retirada da mama atingida,gânglios da axila correspondente e os músculos peitorais maior e menor. Namastectomia radical modificada é “retirada a mama atingida, os gânglios da axila

correspondente e o músculo peitoral menor. Esta é menos mutiladora que a anterior,tornando a reconstituição mamária mais fácil”. A quadrantectomia consiste naretirada do quadrante da mama onde se localiza o tumor e os gânglios da axila, norestante da mama realiza-se radioterapia. Na tumorectomia é “retirado o tumor, otecido ao redor e os gânglios da axila da mama correspondente, é realizadaradioterapia no restante da mama” (CARVALHO, 2004, p.124).

3.1.2 Câncer do colo do útero

Esse tipo de câncer é mais difícil de ser identificado pela mulher, pois noinício ele quase não apresenta sintomas, mas com o progresso da doença podemaparecer sangramento, corrimento vaginal e dores, por isso a importância darealização do CP periodicamente.

Segundo Brasil (2010f), mais de 70 % das pacientes diagnosticadas comcâncer de colo do útero apresentam a doença em estágio avançado já na primeiraconsulta, o que limita, em muito, a possibilidade de cura. De todas as mortes por câncer em mulheres brasileiras da faixa etária entre 35 e 49 anos, 15% morremdevido ao câncer de útero.

Estudos realizados comprovam que 50 a 80% das mulheres sexualmente

ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suasvidas, no entanto, a maioria dessas infecções são transitórias, sendo combatidasespontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens (BRASIL, 2010g).

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O exame realizado para prevenir ou detectar a doença, consiste na coleta dematerial citológico do colo do útero.

Segundo Brasil (2010h), inicialmente, o exame deve ser feito todo ano, se os

dois exames seguidos apresentarem resultados normais a coleta passa a ser feita acada três anos. No caso de alteração (NIC I): o exame deve ser repetido em 6meses; outras alterações (NIC II ou III): recomenda-se encaminhamento imediatopara a colposcopia; constando infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido em6 meses.

De acordo com o Brasil (2000), o diagnóstico precoce pode ser feito em 90%dos casos pelo exame de Papanicolau. A colposcopia e a biópsia devem ser realizadas sempre em caso de citopatologias anormais de alto risco. No caso delesões exofíticas, realiza-se a biópsia incisional com pinça de saca-bocado ou deBaliu, ou biópsia excisional com alça (Cirurgia de Alta Frequência); nas lesõesendofíticas, faz-se a biópsia de canal com cureta. Para ambas, realiza-se o examehistopatológico do material biopsiado.

O tipo de tratamento deve ser avaliado e orientado por um médico, cada casoé um caso. Para este tipo de câncer os mais comuns são a cirurgia e a radioterapia.No entanto, tudo dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor efatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos (BRASIL, 2010i).

Segundo Bastos (1998) apud  Carvalho (2004, p.95), o tratamento “será deacordo com o grau da NIC, pelas características epidemiológicas da paciente, pela

idade e pela paridade”, após a realização do estadiamento.

Continuando conforme autores acima, na NIC I a conduta a ser seguida érepetição do exame em seis meses, pois o câncer pode regredir espontaneamentena maioria dos casos, sendo tratados os processos inflamatórios. Na NIC II, emmulheres jovens e sem filhos, ou mesmo aquelas que ainda desejam engravidar étratado apenas o colo uterino. É feito um acompanhamento semestralmente comcolposcopia e citologia oncótica. Em mulheres mais velhas ou com números defilhos constituídos pode ser realizada a conduta já dita anteriormente ou conizaçãodo colo uterino. Na NIC III, o diagnostico é feito pela biópsia, é realizada a conizaçãoou amputação do colo, realizando-se primeiramente o teste de Schiller para delimitar e fazer a incisão além do limite de positividade do teste. Para pacientes jovens e queainda desejam engravidar, realiza-se a conização, já em mulheres mais próximas àmenopausa a amputação é o método de escolha.

Para Carvalho (2004, p.99) é considerado curado “o câncer que nãoapresenta recidivas por um período mínimo de cinco anos, após o término dotratamento. Em média a cura no estádio I é de 80%, no II 60%. O prognóstico émuito ruim nos estádios III e IV”.

3.2 ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO CÂNCER DE MAMA E DE ÚTERO

Para ter qualidade de vida é preciso cuidar e preservar saúde. Para tanto, épreciso praticar exercícios físicos, manter uma alimentação saudável e balanceada,ter momentos de lazer junto à família e amigos, deve-se juntar o útil ao agradável.

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Fleck (1998) entende a qualidade de vida como “a percepção do indivíduosobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nosquais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões epreocupações”.

O papel do enfermeiro é de fundamental importância na promoção da saúde,atuando na prevenção dos tumores de mama e de útero, principalmente na área dasaúde pública, através da consulta de Enfermagem, onde é realizado o ECM e feitoa coleta de CP. O profissional enfermeiro pode requisitar o exame de mamografianos casos necessários conforme rotina aprovada pela instituição de saúde eprotocolo de assistência a mulher, respaldado na Lei n° 7.498, de 25 de junho de1986 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outrasprovidências (BRASIL,2010j).

O principal papel dos profissionais de Enfermagem é promover a saúde eprevenir as doenças. Porém, nem sempre será possível prevenir o câncer de mamae do colo do útero, ou até mesmo diagnosticá-los precocemente, o que leva amulher à doença.

De acordo com Tulli; Pinheiro; Teixeira (2010):

o enfermeiro é o profissional da área da saúde que permanece mais tempo junto ao paciente com dor, portanto, tem a oportunidade de contribuir muitopara aumentar o conforto do paciente e aliviar a sua dor, através decuidados especiais, de modo que ele possa desenvolver sua capacidadefuncional e sobreviver sem dor.

É nesse instante que se identifica outro papel do enfermeiro, dentre os váriosque ele possui, que é atuar na redução da dor, considerado o principal sintoma empacientes oncológicos.

3.3 CUIDANDO DO CUIDADOR

O profissional de Enfermagem, todo dia, presta assistência à pacientes comvários tipos de patologia, mas tem a necessidade de ser cuidado, pois só assim elepoderá prestar um atendimento de forma humanizada à pessoa. Além da assistência

propriamente dita, o enfermeiro envolve-se com aspectos de gerenciamento deunidades de saúde,ocorrendo assim uma sobrecarga de trabalho e levando aoestresse.

Waldow (2004, p.19) nos diz que:

ser é cuidar, e as várias maneiras de estar-no-mundo compreendemdiferentes maneiras de cuidar. Para se tornar um ser cuidado, um cuidador,o ser precisa, primeiro, ter experienciado o cuidado, ou seja, ter sidocuidado. A capacidade de cuidar está, portanto, relacionada ao quanto ecomo o ser foi cuidado.

Em uma pesquisa realizada em um hospital de médio porte da mesma regiãopesquisada, concluiu-se que o cuidado dos profissionais de enfermagem consigopróprios são pouco discutidos, são escassos entre os mesmos e que se esperadeles que sejam exemplo de saúde, o que não acontece em alguns casos, sendo

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fundamental o desenvolvimento de um trabalho que enfatize o autocuidado (REIS;BRUM, 2007).

Nesse sentido, os profissionais, devem e precisam se preocupar consigo

mesmos e dar lugar também às suas necessidades, bem como ter alguém por pertopara lhe dar atenção, afeto, bom ambiente de trabalho onde há troca de energiashumanizadoras, pois cuidadores também necessitam de cuidados.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

O capítulo três pretende analisar e discutir os dados coletados. Esta coleta foirealizada nos locais de trabalho das participantes da pesquisa. (ver formatação)

Para a melhor compreensão dos resultados, o capítulo divide-se em três

partes, a primeira descreve o perfil das mulheres entrevistadas, a segunda procurainvestigar se as profissionais realizam os exames preventivos de mama e de útero ecom que freqüência os realizam e a terceira busca elencar o que desmotiva arealização dos exames preventivos.

4.1 PERFIL DAS MULHERES ENTREVISTADAS

O presente estudo é direcionado a uma classe trabalhadora, logo conhecer operfil dessas mulheres pode beneficiar o entendimento dos resultados. Esse perfilcaracteriza-se em conhecer a categoria profissional, a idade, o status conjugal, a

renda mensal, o local de atuação, as horas de trabalho diário e o número de filhosvivos.

Profissão Idade

(anos)

Status

conjugal

Renda

mensal

Local de

atuação

Carga

horária

diária

N° de

filhos

P1 Enfermeir

a

27 solteira 3 a 5 sál. Hospital 8 horas 0

P2  Técnica 42 casada Até 2

sál.

SAMU 6 horas 1

P3   Técnica 41 casada Até 2

sál.

Hospital 6 horas 2

P4   Técnica 39 casada Até 2

sál.

Hospital 6 horas 1

P5   Técnica 42 casada Até 2

sál.

Hospital 6 horas 1

P6   Técnica 46 casada Até 2

sál.

Hospital 6 horas 2

P7 Enfermeir

a

30 casada 3 a 5 sál. ESF 8 horas 2

P8 Auxiliar 57 casada Até 2 ESF 8 horas 2

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sál.

P9 Outros 50 casada Até 2

sál.

ESF 8 horas 2

P1

0

  Técnica 40 U. C. Até 2

sál.

ESF 8 horas 1

P1

1

Outros 36 U.C. 2 a 3 sál. ESF 8 horas 2

P1

2

Auxiliar 41 casada Até 2

sál.

ESF 8 horas 0

P1

3

Enfermeir

a

28 U.C. 2 a 3 sál. Hospital 8 horas 0

P1

4

  Técnica 23 casada 1 sál. Hospital 6 horas 1

P1

5

  Técnica 42 casada Até 2

sál.

Hospital 6 horas 3

P1

6

  Técnica 22 solteira Até 2

sál.

Hospital 6 horas 0

P1

7

  Técnica 26 U.C. Até 2

sál.

Hospital 6 horas 0

P1

8

  Técnica 47 divorciada Até 2

sál.

SAMU 6 horas 2

P1

9

  Técnica 28 U.C. Até 2

sál.

Hospital 12 horas 0

P2

0

  Técnica 29 U.C. Até 2

sál.

Hospital 6 horas 1

P2

1

  Técnica 39 casada Até 2

sál.

Hospital 12 horas 1

P2

2

  Técnica 43 solteira Até 2

sál.

Hospital 12 horas 2

P2

3

Enfermeir

a

41 solteira 3 a 5 sál. ESF 8 horas 1

P2

4

  Técnica 25 solteira Até 2

sál.

ESF 8 horas 0

P2

5

  Técnica 43 casada Até 2

sál.

SAMU 6 horas 2

P2

6

  Técnica 33 viúva 2 a 3 sál. Hospital 6 horas 1

P2 Enfermeir 30 casada 3 a 5 sál. ESF 8 horas 0

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7 a

P2

8

Auxiliar 44 casada 3 a 5 sál. ESF 8 horas 1

P2

9

  Técnica 49 U.C. Até 2

sál.

Hospital 12 horas 3

P3

0

  Técnica 23 solteira 1 sál. Hospital 12 horas 0

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Quadro 1: perfil das entrevistadas

Analisando a tabela acima, identifica-se que a maioria das entrevistadas sãoTécnicas de Enfermagem, trabalham em uma instituição hospitalar, durante 6 horasdiárias e recebem até 2 salários mínimos. Grande parte delas mantem uma relaçãoestável, sendo casados ou vivendo em união consensual (U.C.) e maioria tem 40anos ou menos.

4.2 FREQUÊNCIA DA REALIZAÇÃO DOS EXAMES PREVENTIVOS

O capítulo decorrente investigou se as profissionais entrevistadas realizam osexames preventivos de mama e de colo do útero e a frequência com que osrealizam.

4.2.1 Idade do primeiro CP por início da vida sexual

Será apresentada a seguir a figura 15, onde realizou-se um cruzamento coma idade do primeiro CP pela idade do início da vida sexual.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 15: Idade do primeiro CP por início da vida sexual

Evidencia-se que o início da atividade sexual não está relacionado com ohábito de realizar o exame de prevenção do câncer do colo do útero, do total de 30mulheres temos 17 mulheres que fizeram o exame de prevenção do câncer de coloposterior ao início de sua atividade sexual.

Se for considerada a orientação do Ministério da Saúde, de um total de 30mulheres, 24 fizeram seu exame de prevenção antes da idade dos 25 anos,restando 6 mulheres que fizeram os seus exames de prevenção após os 25 anos.Isso mostra a conscientização para o exame indicado.

Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve se submeter ao examepreventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos (BRASIL,2010k).

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Considera-se que fazer o exame de prevenção é um posicionamento damulher em relação à sua saúde ginecológica, não surpreende que as mulheres doestudo não fizeram o exame nos anos subsequentes ao início de sua atividadesexual. O comportamento da mulher no cotidiano da prevenção está muito perto das

influências do falatório, da curiosidade e da ambiguidade, levando aocomportamento de aderir ou não às campanhas de prevenção.

4.2.2 Motivos da realização do primeiro CP

Está sendo apresentada a seguir a figura 17 apontando os motivos quelevaram as profissionais a realizarem o seu primeiro CP.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 16: Motivos do início da realização do CP

Percebe-se que 57% das mulheres enfatiza a realização do exame deprevenção do câncer do colo do útero com o ato de prevenção e 27% com o inícioda vida sexual, satisfazendo a adesão aos exames.

Segundo Lopes; Souza (1997, p. 53):

a realização do exame ginecológico de caráter preventivo, é ser-com e,como tal, é estar lançada num mundo de sala de espera, de mesa deexame, de horizontalidade, de nudez, de desconhecimento do corpo, deinsegurança, de desconforto ao uso instrumental, de cobrança dorelaxamento, de terminologia... É também coex-sistir no mundo deprofissionais de saúde, de outras clientes, de familiares e de amigos, assimcomo ex-sistir no seu mundo próprio constituído de significados.

Através do enunciado percebemos a complexidade que é a realização doexame ginecológico de caráter preventivo, pelo fato de serem profissionais da áreada saúde, justifica-se a adesão ao exame pelo fato de conhecerem e saberem daimportância do mesmo.

4.2.3 Frequência da realização do CP

Será apresentada a seguir a figura 17 mostrando a frequência com que asprofissionais entrevistadas realizam o CP.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 17: Frequência que realizam o CP

Metade das mulheres entrevistadas faz o seu exame anual, confirmando aadesão aos exames de prevenção de forma mais conscienciosa que a própria

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orientação do Ministério da Saúde. Já 37% das mulheres realizam a cada 2 anos e7% a cada 3 anos, obedecendo ainda a indicação do Ministério da Saúde.

Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente, após dois anos exames

seguidos (com um intervalo de um ano) apresentarem resultado normal, o preventivopassa a ser feito a cada três anos (BRASIL, 2010k).

Segundo Pessini; Silveira (2006, p. 472):

considerando rastreamento populacional, de acordo com as normas doMinistério da Saúde, a citologia é colhida a cada três anos após doisexames consecutivos anuais negativos, em mulheres de 25 a 60 anos deidade, por resultar no menor custo benefício. Entretanto, em atendimentoindividual, nos ambulatórios e consultórios, o exame é feito anualmente.

Discute-se hoje a orientação do Ministério da Saúde em relação ao tempo derealizar o exame de prevenção do câncer do colo do útero, mesmo sabendo que ocâncer do colo do útero é de evolução lenta, questiona-se a confiabilidade doslaboratórios na emissão dos resultados, por isso uma grande parte dos profissionaistem orientado as mulheres a fazer o exame de prevenção a cada ano.

4.2.4 Frequência do autoexame das mamas

Está sendo apresentada a seguir a figura 18 indicando a frequência com queas participantes realizam o autoexame das mamas.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 20: Frequência que realiza o autoexame das mamas

Evidencia-se que 44% das mulheres entrevistadas praticam o autoexameesporadicamente e 23 % praticam mensalmente. Essas mulheres se utilizam dométodo de ultrassonografia para o exame de prevenção considerando a faixa etária

que se encontram.

O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado dedetecção de câncer de mama. A recomendação é que o exame feito pelamulher faça parte das ações de educação em saúde. Evidências científicassugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção enão contribui para a redução da mortalidade por esse tipo de câncer,podendo trazer consequências negativas, como o aumento do número debiópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos examesfalsamente negativos e impacto psicológico negativo nos examesfalsamente positivos (BRASIL, 2010l).

Essa análise está em conformidade com as orientações do Ministério daSaúde considerando que o autoexame das mamas deve ser encarado como umadas ações em saúde, sendo que as mulheres do estudo seguem a normatizaçãofederal.

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4.2.5 Realização de ECM por profissional capacitado

A figura 19 que está sendo apresentada visa descobrir se as entrevistadasrealizam ECM por algum profissional capacitado.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 19: Realização de ECM por profissional capacitado

Percebe-se um bom percentual de mulheres que seguem o ECM,evidenciando que as mulheres ao fazerem os seus exames de prevenção do câncer de colo do útero realizam o ECM naturalmente, sendo atendidos por profissionaisque têm este entendimento. Acredita-se que as mulheres que não se sujeitam aoECM são as mesmas mulheres que estão com os seus exames de câncer de colodo útero atrasados há mais de 5 e 10 anos.

Este procedimento é ainda entendido como parte do atendimento integral àsaúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas,independente da faixa etária e obrigatoriamente pelas mulheres entre 40 e 49 anos(BRASIL, 2010m).

4.2.6 Realização de ecografia mamária

Está sendo apresentada a seguir a figura 20 indicando os motivos darealização de ecografia mamária.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 20: Motivos da realização de ecografia mamária

Na figura acima 58% das entrevistadas nunca realizaram a ecografia por nãoapresentarem nenhuma alteração no ECM e 36% das entrevistadas se utilizou paraexame complementar, pelo fato de que a maioria das mulheres entrevistadas temmenos de 40 anos.

Segundo Caleffi (2006, p. 433):

a mamografia se impõe como método propedêutico de maior valor nadetecção do câncer de mama. A confiabilidade do método depende daqualidade da radiografia e da idade da paciente. As mamografias realizadasem mulheres com menos de 35 anos geralmente são de difícil interpretaçãodevendo ser evitadas. Nesses casos a ecografia da mama pode ser muitoútil no diagnóstico diferencial de massa de difícil palpação.

Isso fundamenta a conduta quanto a realização de ecografia mamária emamografia. Dependendo da situação de cada paciente, pode-se utilizar do

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procedimento de uma biópsia se um nódulo suspeito ou uma alteração namamografia ou ecografia sugerir.

4.2.7 Frequência da realização de mamografia

A figura 21 mostra a frequência com que as entrevistadas realizammamografia.

  Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 21: Frequência que realiza mamografia

Observa-se na figura acima, que 47% das entrevistadas nunca realizarammamografia, novamente pelo fato da maioria ter menos de 40 anos.

Segundo Caleffi (2006, p. 433):

além de um criterioso exame físico a mamografia se impõe como métodopropedêutico de maior valor na detecção do câncer de mama. Aconfiabilidade do método depende da qualidade da radiografia e da idade dapaciente. Carcinomas muito pequenos não palpáveis, infiltrativos ou não,podem ser detectados facilmente por um radiologista experiente, embora,em circunstâncias ideais 15% das mamografias não mostrem tumoresmalignos já existentes.

Chama a atenção que 15% das mamografias não mostrem tumores malignos já existentes, isso deixa a mulher vulnerável para a doença. Nas mulheres jovens dealto risco para câncer de mama devido a sua história familiar, a mamografiaassociada a criterioso exame físico e ecografia deve ser solicitada. 

4.3 MOTIVOS QUE INTERFEREM NA REALIZAÇÃO DOS EXAMESPREVENTIVOS

No capítulo que segue, foram analisados os motivos apontados pelasentrevistadas que interferem na realização dos exames preventivos.

4.3.1 Estimulação oriunda do local de trabalho para a realização dosexames

A figura 22 está apontando, a seguir, se o local de trabalho das entrevistadasestimula ou não a realização dos exames preventivos de mama e do colo do útero.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 22: Estimulação oriunda do local de trabalho

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Na figura acima, 67% das entrevistadas referem que o local de trabalhoinveste na realização de exames. Acredita-se o próprio local de convivência diáriacom as patologias citadas leva as profissionais de saúde a elaborarem de formasubjetiva e intrínseca os exames recomendados. Esse é um fator importante e de

reconhecimento para a prática de atenção primária.

4.3.2 Constrangimento para a realização dos exames preventivos

Está sendo apresentada a seguir a figura 23 indicando se existe e qual oconstrangimento que as entrevistadas relataram na realização dos examespreventivos.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 23: Existência de constrangimentos

Na figura acima verificou-se que 73% das entrevistadas dizem não ter nenhum constrangimento para a realização dos exames, 17% sente vergonha, 4%não gosta de fazer, 3% não gostam de se expor e por ser realizado por um colegade serviço.

Percebe-se que as profissionais de saúde aceitam bem os exames e os

fazem conforme os critérios definidos. Acredita-se que a vivência nos serviços desaúde contribua para esse sentimento de cuidar-se, também enquanto pessoa e queas mesmas estão conscientizadas quanto a importância dos exames. O não gostar explicitado pelas entrevistadas não representa a não adesão aos exames. Aentrevistada que respondeu que não gosta que o exame seja feito por um colega deserviço, depende do olhar que a mesma vê este colega, que no momento deve ser visto como profissional, em contrapartida, a outra alternativa é a procura pelo exameem uma outra instituição de saúde.

Segundo Lopes; Souza (1997, p. 55) “os depoimentos expressam que aadesão à atividade de prevenir o câncer cérvico uterino significa deixar revelar a

situação conflituosa em que a mulher vive e da qual emerge nos sentimentos devergonha, de tensão, de insegurança...”

Na observação da ambiguidade para a realização do exame e que depois nãoretorna para saber do resultado, deve ser feito a busca ativa para informar doresultado do exame mesmo que esse seja normal, para que a mesma observe que aperiodicidade do exame é uma justificativa do cuidado de si mesma.

4.3.3 Restrição quanto ao sexo do profissional

A figura 24, a seguir, está apontando se existe alguma restrição quanto aosexo do profissional que realiza os exames preventivos.

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Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki; Shubeita, 2010.

Figura 24: Restrição quanto ao sexo do profissional

Na figura acima, observa-se que 93% das entrevistadas não tem nenhumarestrição quanto ao sexo do profissional que faz os exames preventivos e 7%relatam sentir vergonha.

Segundo Lopes; Souza (1997, p. 59):

a mulher ao não assumir-se no seu ser mais próprio, tem um discursoequivocado, que denota o desejo de não ser submetida ao exame e que aomesmo tempo aponta para a necessidade do cumprimento de umaobrigação. O sentimento revelado é relativo ao próprio exame comoprocedimento, como resultado do mesmo e ao próprio profissional como

presença.

A maioria das profissionais aceita o profissional que faz o exame, entendendoque este equilíbrio para a realização dos exames não lhe restringe a possibilidadede voltar-se para si mesma de modo autêntico. A mulher envolvida ecompromissada com sua saúde aceita o exame como uma possibilidade íntima daexistência humana.

4.3.4 Fatores de interferência

A seguir na figura 25 está sendo identificada a existência de fatores deinterferência para a realização dos exames preventivos.

Fonte: Riewe; Brum; Rascovetzki, Shubeita, 2010.

Figura 25: Fatores de interferência

Na figura 25, 70% das entrevistadas dizem não ter nenhum fator que interfira

para a realização dos exames, 20% referem esquecimento, 7% referem falta detempo e 3% tem dificuldade em marcar a consulta. Além dos 70% que realizam seusexames de maneira tranquila chama a atenção os 20% que referem esquecimentopara um exame anual. Segundo Lopes; Souza (1997, p.61):

a realização do exame ginecológico possibilita que a mulher atribua a essavivência uma proximidade concreta de morte, associando o câncer à certezado acabamento. Considera o procedimento como a prevenção de algumacoisa que na situação de ser lançada pode voltar-se para ela. Nãocompreende que a instância preventiva do câncer, envolve não só asdimensões biológicas, psicológicas e social, mas sobre tudo a dimensãoexistencial.

Quanto a resposta de esquecimento, acreditamos nos fatores intrínsecos járelatados no trabalho para a não realização do exame, é difícil imaginar profissionaisda saúde, fazendo produção de saúde com orientação, folhetos, ilustrações, visitasdomiciliares e busca ativa esquecer de realizar o seu próprio exame.

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Quanto a resposta de falta de tempo, não conjuga a resposta da figura 22 queaborda que as instituições de trabalho são uma forma de estímulo para a realizaçãodos exames. Questiona-se a liberação eventual do profissional de saúde paraproporcionar a sua prevenção, oferecido nas folgas de escala ou em horários que

não interfiram no trabalho da empresa.

5 CONCLUSÃO

A presente pesquisa foi de grande importância para a formação acadêmica,notando o quão importante é a prevenção. O tema envolveu profissionais da área daEnfermagem, que são atuantes do SAMU, UBS e de uma instituição hospitalar deum município de pequeno porte da Região Noroeste do RS. O objetivo foi aconstatação se as mesmas realizavam o autocuidado em relação aos examespreventivos do câncer de mama e de útero, a frequência da realização e quais osmotivos que interferem para a realização desses exames.

Diante dos resultados obtidos, concluiu-se que a maioria das entrevistadasrealiza seus exames preventivos do câncer do colo do útero, periodicamente,ficando de fora apenas uma pequena parcela da população estudada. Em relação àprevenção do câncer de mama, poucas entrevistadas fazem o autoexameperiodicamente e praticamente todas realizam o ECM. Quanto a realização demamografia, 47% das entrevistadas não fizeram o exame, isso se deve ao fato damaioria ter menos de 40 anos, 58% nunca realizaram ecografia mamária por nãoapresentarem nenhuma alteração no ECM e, novamente, pelo fato de que uma partedas mulheres entrevistadas tem menos de 40 anos, 36% das entrevistadas se

utilizou da ecografia mamária para exame complementar.

Sobre a indagação quanto aos estímulos externos que possam ter recebido,67% das entrevistadas relataram terem percebido estímulo por parte das instituiçõesde trabalho para a realização dos exames preventivos. Quanto ao constrangimentopara a realização dos exames, 73% responderam não terem constrangimento para arealização dos exames seguindo-se de algumas respostas quanto aoconstrangimento, pela exposição e por ser realizados por um colega de serviço.

O trabalho remete a uma compreensão intrínseca e fenomenológica quanto avivência do exame ginecológico de caráter preventivo.

Segundo Lopes; Souza (1997, p.64):

[...] deve considerar que a proposta assistencial de caráter preventivo quenão observe a compreensão como modo de ser no mundo, não conseguealcançar o compromisso do outro, isto é a essência do humano, a quem ocuidado profissional é destinado.

Frente a toda essa temática torna-se necessário registrar o acesso dasmulheres aos serviços públicos e privados que ofereçam suporte a todo o processo

que abrange os exames preventivos, é importante que os profissionais proporcionemações dirigidas ao cuidado. A capacidade de cuidar é exercida através da habilidadee da qualidade do cuidado que será manifestado pelos profissionais deEnfermagem. A atividade central da Enfermagem perpassa o cuidado com toda afundamentação científica que se tem, mas oferecer cuidado pode significar ouvir ospacientes e expressar sentimentos de acordo com seus hábitos e crenças.

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O profissional de Enfermagem presta assistência à pacientes com vários tiposde patologia, mas tem a necessidade de ser cuidado, pois só assim ele poderáprestar um atendimento de forma humanizada à pessoa.

A identificação de algum sinal ou sintoma como um problema de saúde, e asformas de restabelecer a saúde variam conforme a cultura, os conhecimentos erecursos disponíveis em cada sociedade e época histórica.

O trabalho em saúde se dá com uma identidade singular de maneira a poder se pensar em estratégias de intervenção, trata-se de um momento de dizer, em queo usuário e aqui na presente pesquisa, as profissionais de Enfermagem seapresentam com as marcas do seu viver e onde as falas e gestos fazem parte deuma complexa comunicação.

Apesar das respostas vagas quanto às interferências nos exames, pode ter sido uma dificuldade de captar as necessidades singulares de saúde dessasusuárias nesse momento e isso se faz com a escuta, vínculo e laços de confiança.Por outro lado, ressalta-se durante a fundamentação teórica uma preocupaçãoantecipatória, sentimento que é relativo ao próprio exame como procedimento.

REFERÊNCIAS

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