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  • 1

    INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR

    FACULDADE MAURCIO DE NASSAU

    CURSO DE FISIOTERAPIA

    JORDNIA SILVA DA NBREGA

    A IMPORTNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CRIANAS

    PORTADORAS DE MIELOMENINGOCELE - UM ESTUDO DE REVISO

    CAMPINA GRANDE-PB

    2014

  • 2

    JORDNIA SILVA DA NBREGA

    A IMPORTNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CRIANAS

    PORTADORAS DE MIELOMENINGOCELE - UM ESTUDO DE REVISO

    Projeto de Pesquisa apresentado Coordenao

    de Trabalho de Concluso de Curso da Faculdade Maurcio de Nassau, como requisito parcial para

    concluso da disciplina de TCC II do curso de graduao em Fisioterapia pela referida instituio.

    Orientador (a): Prof. Ms. Rosineide Fernandes

    da Silva

    CAMPINA GRANDE PB

    2014

  • 3

    JORDNIA SILVA DA NBREGA

    A IMPORTNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CRIANAS

    PORTADORAS DE MIELOMENINGOCELE - UM ESTUDO DE REVISO

    Projeto de Pesquisa apresentado Coordenao

    de Trabalho de Concluso de Curso da Faculdade Maurcio de Nassau, como requisito parcial para

    concluso da disciplina de TCC II do curso de graduao em Fisioterapia pela referida instituio.

    Orientador (a): Prof. Ms. Rosineide Fernandes da Silva

    Aprovado em _____/______/_______

    BANCA EXAMINADORA

    ______________________________________________________________

    Orientadora: Prof. Ms. Rosineide Fernandes da Silva

    _______________________________________________________________

    Prof. Rui Araujo Junior

    ______________________________________________________________

    Profa.

    CAMPINA GRANDE PB

    2014

  • 4

    RESUMO

    A mielomeningocele uma m formao congnita, caracterizada por uma protuberncia

    cstica que pode acometer vrias regies da medula, levando criana portadora a desenvolver incapacidades funcionais crnicas severas e necessrias de um tratamento

    multidisciplinar, do qual a Fisioterapia parte integrante. Este estudo teve como objetivo observar a importncia da atuao fisioteraputica no tratamento dessas crianas, e se deu a partir de um levantamento bibliogrfico realizado atravs de buscas em artigos, livros e

    peridicos para a obteno dos resultados, no perodo de janeiro abril de 2014. Ao final desta pesquisa ficou clara a grande importncia da atuao da Fisioterapia, a qual

    disponibiliza de mtodos tradicionalmente eficazes, tais como: o mtodo Bobath, a Equoterapia, o uso do Stretching e a Hidroterapia, todos tidos como de excelncia para o tratamento do paciente com mielomeningocele, que visa melhorar a qualidade de vida da

    criana, bem como torn-la o mais independente possvel na sua vida diria.

    Palavras-chave: Mielomeningocele. Reabilitao. Fisioterapia.

    ABSTRACT

    Myelomeningocele is a congenital malformation characterized by a cystic bulge that can affect various regions of the cord, leading to children with develop severe and chronic functional disabilities required a multidisciplinary approach where physical therapy is an

    integral part. This study aimed to observe the importance of physiotherapy performance in the treatment of these children, and took from a bibliographical survey by searching for articles,

    books and journals to obtain the results, from January to April 2014. At the end of this research it became clear the great importance of physiotherapy performance, which traditionally offers effective methods, such as the Bobath method, Equine therapy, the use of

    Stretching and Hydrotherapy, all taken as excellent for the treatment of children with myelomeningocele, which aims to improve the quality of life of children and make it as

    independent as possible in their daily life.

    Keywords: Myelomeningocele. Rehabilitation. Physiotherapy.

  • 5

    1 INTRODUO

    A mielomeningocele uma m formao que se caracteriza por uma protuberncia

    cstica ocorrida nas meninges que revestem a medula espinhal podendo levar a paralisia ao

    longo da vida, alm de complicaes urinrias e intestinais, dficit mental, e deficincias

    ortopdicas (ADZICK, 2010). Apesar de ser um defeito congnito da medula espinhal a que

    apresenta maior sobrevida em longo prazo (OTTENHOFF et al., 2012; CRUZ et al., 2011).

    Entende-se que a etiologia desta patologia consiste em uma multifatorialidade e que,

    possivelmente, o principal tratamento para os defeitos da malformao do tubo neural seja

    ainda a preveno. bem comprovado cientificamente que a utilizao adequada do cido

    flico diminui em 46% as chances de erros do tubo neural (PLAGGERT, 2012, p. 59).

    A incidncia desta malformao congnita de aproximadamente 1 neonato afetado

    para cada 1000 nascidos vivos (BRANDO, FUJISAWA & CARDOSO, 2009). Geralmente,

    a mielomeningocele vem associada com a malformao de Arnold-Chiari, trazendo alteraes

    sensoriais, motoras e cognitivas (CHRISTOFOLETTI et al., 2007).

    Um defeito do tubo neural pode se desenvolver em diferentes regies da medula,

    desde a poro cervical at a regio sacral. Em cada nvel de leso, h a possibilidade de se

    observar um diferente grau de disfuno neurolgica (ULSENHEIMER et al., 2004). O nvel

    mais acometido pela leso o traco-lombar baixa com 85% dos casos em direo ao sacro,

    depois vem a regio torcica com 10% e apenas 5% apresentam defeito na regio cervical,

    representando ser uma condio extremamente rara (SPERS, PENACHIM & GARBELLINI,

    2011, p. 30; HABIBI et al., 2006). O nvel neurolgico parece ser o fator mais importante

    para determinar a capacidade de andar (GABRIELI et al., 2004).

    A criana pode desenvolver ainda incapacidades crnicas graves, como paralisia e

    deformao dos membros, deformao da coluna vertebral, disfuno vesical, intestinal,

    sexual e dificuldades de aprendizagem, com risco de desajustes psicolgicos e uma

    consequente alterao na interao social (AGUIAR et al., 2003). A presente patologia

    necessita de uma cirurgia imediata logo depois do nascimento. Superado esse procedimento, a

    criana dever ser encaminhada a um servio de reabilitao motora e, em seguida, iniciar a

    avaliao para o tratamento o mais precocemente possvel para obteno de melhores

    resultados (MORALES, 2010).

    evidente que o papel da fisioterapia importante na criana portadora de

    mielomeningocele, visto que a relao funcional entre os vrios seguimentos do corpo

    acometem o crescimento e o desenvolvimento. Os tratamentos destinados a manter o tamanho

  • 6

    dos msculos possuem a capacidade de impedir a instalao das deformidades sseas

    (ZOMIGNANI et al., 2009).

    Para promover uma boa qualidade de vida criana, a fisioterapia tem nfase em

    evitar lceras de decbito, reparar e impedir deformidades, promover independncia

    funcional, prevenir deficincias cognitivas secundrias, estimular aprendizado das habilidades

    motoras, promover ajustes posturais, deambulao independente ou ensaiar o uso de cadeiras

    de rodas e fortalecer a musculatura necessria (SANTOS, 2010).

    As sequelas encontradas na criana com mielomeningocele so bem complexas e no

    devem ser discutidas separadamente. A criana precisa de um tratamento que envolva no

    somente os procedimentos para evitar ou corrigir deformidades decorrentes do desequilbrio

    muscular existente, mas tambm acompanhar a evoluo psicomotora que certamente ser

    alterada (HERNNDEZ, 1999).

    Um planejamento fisioteraputico adequado que atenda as dificuldades da criana

    engrandece a habilidade de resolver obstculos caractersticos do trabalho funcional e no

    somente da atividade repetida de padres normais de movimentos, isso acontece por

    aperfeioar aes funcionais de movimentos ativos que esperam que a criana acate com a

    finalidade da tarefa e melhore suas habilidades (LEITE, 2012).

    O presente trabalho tem como objetivo observar a importncia das condutas

    fisioteraputicas em crianas portadoras de mielomeningocele.

  • 7

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 CONSIDERAES GERAIS

    A espinha bfida um dos defeitos congnitos que acontecem com maior frequncia

    em todo o mundo, sendo o causador de significantes sequelas neurolgicas (HISABA et al,

    2003). Essa patologia se caracteriza por uma malformao da medula espinal e das estruturas

    que a protege (SOARES, MOREIRA & MONTEIRO, 2008). Ela envolve tecidos

    sobrejacentes medula espinhal, arco vertebral, msculos dorsais e pele, e classifica-se em

    espinha bfida oculta e espinha bfida cstica, cujas formas principais so a meningocele e a

    mielomeningocele. A mais observada a mielomeningocele, na qual h uma protruso cstica

    contendo tecido nervoso exposto no coberto por pele. Defeito esse que pode aparecer em

    qualquer nvel vertebral, sendo a regio lombosacral a mais acometida (GAIVA, NEVES &

    SIQUEIRA, 2009; LEITE, 2010).

    O Sistema Nervoso comea a partir da placa neural, uma rea espessada do ectoderma,

    que se forma na superfcie do embrio e se estende da cabea a regio caudal. A placa possui

    duas bordas que vo se dobrando formando o sulco neural, conforme elas vo crescendo, vo

    se tocando uma na outra at formar o tubo neural. Seu fechamento se d primeiramente na

    regio cervical, em seguida na regio rostral e sacral, permitindo algumas extremidades

    abertas denominadas de neuroporos (LUNDY-EKMAN, 2008, p. 72).

    O tubo neural aumenta e se transforma em uma estrutura recoberta por trs dilataes

    conhecidas como vesculas enceflicas primitivas: a vescula rostral conhecida como o

    prosencfalo e d origem ao telencfalo e ao diencfalo. J a vescula do meio, conhecida

    como mesencfalo, no se modifica muito. A vescula caudal se chama rombencfalo e a

    que d origem ao metencfalo (que derivar o cerebelo e a ponte), e ao mielencfalo (que

    derivar o bulbo). Atrs do mielencfalo, o tubo neural continua redondo e pouco a pouco se

    transforma na medula primitiva, que posteriormente ser a medula espinal do indivduo adulto

    (PINHEIRO, 2003).

    O no-fechamento do tubo neural e dos elementos mesodrmicos e ectodrmicos

    associados responsvel pelo aparecimento de defeitos congnitos da linha mdia,

    designados como disrafismo (GREER, 2007, p. 553). Um defeito no fechamento desse

    seguimento est associado a severas complicaes neurolgicas, podendo ocasionar diversas

    sequelas que evoluem para um quadro significativo de morbidade e at mesmo levar a

    mortalidade (COLLANGE et al., 2008).

  • 8

    Segundo Florio (2012, p. 416), a mielomeningocele um tipo de manifestao mais

    grave da conhecida falha do desenvolvimento do tubo neural. Nessa falha, as partes

    posteriores da coluna vertebral no se fecham como devem, ficando exposio, em graus

    diferenciados, o contedo do sistema nervoso da regio acometida.

    A mielomeningocele pode ser identificada no perodo pr-natal pelo exame de

    ultrassonografia a partir da 16 semana de gestao. Sua etiologia ainda no bem conhecida,

    pode ser acometida por fatores genticos e ambientais. Sobre os fatores ambientais, sabe-se

    que a mulher com deficincia na ingesto do cido flico tem uma probabilidade maior de

    gerar um filho portador desta patologia (BERGAMASCHI, FARIA & SANTOS, 2012).

    Segundo dados de estudos realizados, a incidncia dessa malformao congnita na

    populao mundial de aproximadamente 1 neonato afetado para cada 1000 nascidos vivos

    (BRANDO, FUJISAWA & CARDOSO, 2009). Ela pode se desenvolver em diferentes

    regies da medula, desde a poro cervical at a regio sacral. Em cada nvel de leso, h a

    possibilidade de se observar um diferente grau de disfuno neurolgica (ULSENHEIMER et

    al., 2004).

    O nvel mais acometido pela leso o traco-lombar baixa com 85% dos casos em

    direo ao sacro, depois vem a regio torcica com 10% e apenas 5% apresentam defeito na

    regio cervical, representando ser uma condio extremamente rara (SPERS, PENACHIM &

    GARBELLINI, 2011, p. 30; HABIBI et al., 2006). O nvel neurolgico talvez seja o fator

    mais importante para determinar a capacidade de andar (GABRIELI et al., 2004).

    Na maioria das vezes, a mielomeningocele se encontra associada com a malformao

    de Arnold-Chiari, consequente a isso, alteraes sensoriais, motoras e cognitivas podem ser

    manifestadas (CHRISTOFOLETTI et al., 2007). Das alteraes musculoesquelticas a

    escoliose a mais comum. Com o passar do tempo, os pacientes que possuem uma evoluo

    da escoliose podem apresentar perda do equilbrio, dor e dificuldades para respirar

    (CARVALHO et al, 2013).

    As disfunes fsicas relacionadas mielomeningocele envolvem graus variados de

    disfunes urogenitais e intestinais, dficits neurolgicos sensrio-motores, alm de mal-

    formaes esquelticas. A criana que porta essa patologia apresenta um desenvolvimento

    lento da independncia nas atividades de autocuidados (COLLANGE et al., 2008). Os

    sintomas apresentados vo depender do local e do grau em que a coluna foi acometida

    (SANTOS, 2010).

  • 9

    2.2 O TRATAMENTO NA CRIANA COM MIELOMENINGOCELE

    Ter um filho que porte esse tipo de patologia causa um temor nos pais, e uma das

    primeiras dvidas que aparecem o jeito de como seu filho ir desenvolver suas atividades no

    decorrer de sua vida, em especial a deambulao. Considera-se que a amplitude dos defeitos

    neurolgicos em crianas com mielomeningocele defina o grau de tratamento fisioterpico,

    orttico, cirrgico, e anlise do prognstico de deambulao. Assim, sabe-se que os diferentes

    resultados de tratamento so bem ambguos e complexos, devido aos variados sistemas de

    classificao usados para relatar a atividade motora e o grau neurolgico da leso (SPERS,

    PENACHIM, GARBELLINI, 2011, p. 97-98).

    visvel a frequncia de imperfeies nos pacientes com mielomeningocele, o que

    torna o tratamento difcil, a ponto de impedir a sua evoluo. Os defeitos secundrios,

    decorrentes das posies em tempos prolongados ou ao desequilbrio muscular, podem ser

    menos graves que os defeitos congnitos, a no ser que a criana passe muito tempo sem o

    incio do tratamento, pois, quando o defeito instalado ele capaz de piorar, podendo no se

    reverter no desenvolvimento da criana (FERNANDES, 2002).

    Com o advento do tratamento multidisciplinar para essas crianas nos ltimos anos, a

    perspectiva e a qualidade de vida progrediram, com a maioria conseguindo atingir uma idade

    avanada com um bom nvel funcional (MARTINS et al, 2012).

    As sequelas encontradas nas crianas com mielomeningocele so bem complexas e

    no devem ser discutidas separadamente, pois, requer um tratamento que envolva no

    somente os procedimentos para evitar ou corrigir deformidades decorrentes do desequilbrio

    muscular existente, mas tambm acompanhar a evoluo psicomotora que certamente ser

    alterada (HERNNDEZ, 1999).

    Em todos os casos da mielomeningocele, o tratamento feito por meio de cirurgia

    com a finalidade de fazer a plstica das meninges e da pele que reveste o erro. Normalmente,

    a cirurgia feita logo nas primeiras horas de vida do beb (CARAFFA & BIANCHI, 2012).

    Segundo Plaggert (2012, p. 59) a eficcia da cirurgia e os resultados vo de acordo

    com o grau de comprometimento e da dimenso da malformao. Alm de evitar o

    desenvolvimento de hidrocefalia, tambm tem o objetivo de baixar o risco de trao ou foras

    de presso nas estruturas radiculares e medulares, diminuindo assim, o perigo de destruio

    das vias nervosas e dos tratos motores e sensitivos.

    O avano de novas tcnicas cirrgicas resultou em um aumento de sobrevivncia em

    crianas com mielomeningocele. Com essa taxa de sobrevivncia elevada, o fisioterapeuta

  • 10

    tem mais oportunidades para se envolver na reabilitao desses pacientes (MANELLA &

    VARNI, 1984).

    O paciente que porta essa patologia deve ser submetido no somente ao tratamento

    cirrgico, mas a um acompanhamento multidisciplinar que envolva pediatra, neurocirurgio,

    urologista, neurologista infantil, ortopedista e fisioterapeuta, no mbito de programar um

    controle de complicaes secundrias, tais como a bexiga neurognica e distrbios

    esfincterianos, o uso de rteses e o cuidado para no formar deformidades. Esses tratamentos

    iro de acordo com a gravidade de cada caso (PLAGGERT, 2012, p. 60).

    2.2.1 TRATAMENTO FISIOTERPICO

    Depois das primeiras intervenes por especialistas diversos, o profissional que trata a

    criana com mais proximidade e durante mais tempo o fisioterapeuta. Este, que deve

    enfrentar s inmeras dvidas dos pais, tais como: possibilidades de deambulao,

    dificuldades relacionadas incontinncia, como iro interagir na escola e questes relativas

    prognstico. Dadas as consequncias e toda a problemtica que envolve a mielomeningocele,

    faz-se necessrio conhecer cada vez mais detalhadamente sobre os aspectos morfofuncionais

    que incidem nesta patolologia, assim como, nvel anatmico envolvido na leso e suas

    repercusses, e ainda o respectivo prognstico, afim de que se possa orientar com clareza e

    preparar bem os pais dessas crianas, para que eles entendam e estejam dispostos a colaborar

    com o tratamento (MORALES, 2010).

    De acordo com Caraffa & Bianchi (2012), aps a interveno cirrgica, a criana deve

    ser liberada para a Fisioterapia, para a qual realizada uma criteriosa avaliao

    fisioteraputica. A partir desta anlise tornar-se- possvel elaborar um programa de

    tratamento fsico-funcional que proporcione uma melhoria geral das necessidades do portador

    de mielomeningocele. A escolha correta das condutas fisioterpicas de fundamental

    importncia, visto que, a relao disfuncional entre os vrios seguimentos corporais da

    criana podem acometer seriamente o seu crescimento e desenvolvimento. Para tanto, os

    tratamentos destinados a manter o tamanho dos msculos devem possuir a capacidade

    tambm de impedir imperfeies sseas. Geralmente, atravs de movimentos passivos e de

    atividades de alongamentos musculares que se busca conservar e aperfeioar a fora muscular

    e a amplitude das articulaes (ZOMIGNANI et al., 2009).

    Os objetivos da Fisioterapia na reabilitao das manifestaes instaladas so: evitar

    lceras de decbito, reparar e prevenir deformidades, promover independncia funcional,

  • 11

    prevenir deficincias cognitivas secundrias, estimular aprendizado das habilidades motoras,

    promover ajustes posturais, deambulao independente ou ensaiar o uso de cadeiras de rodas,

    fortalecimento muscular, e por fim, designar qualidade de vida no decorrer da evoluo da

    criana (SANTOS, 2010).

    Destinando-se a alcanar estes objetivos, a Fisioterapia emprega mtodos e recursos

    especficos de acordo com a necessidade de cada paciente (ZOMIGNANI et al., 2009). No

    mbito de evitar diminuio da musculatura, que possivelmente levar ao desenvolvimento de

    contraturas e deformidades, os procedimentos para a reabilitao podem ser a partir de:

    atividades passivas, alongamentos das cadeias musculares que apresentem o tnus normal ou

    elevado, decorrente da sua tendncia retrao; massoterapia, de acordo com o sentido das

    fibras; trao manual de estruturas e mobilizao intra-articulares (SANTOS et al, 2007).

    A criana com mielomeningocele deve receber assistncia prioritria para a

    deambulao funcional, o que tem sido frequentemente utilizada devido aos benefcios

    psicolgicos e tambm fisiolgicos no decorrer do seu desenvolvimento (MANELLA &

    VARNI, 1984).

    O treinamento da postura ortosttica possui a capacidade de beneficiar a posio em

    extenso promovendo o desenvolvimento motor e visual da criana, incentivando a utilizao

    de membros superiores, bem como nas habilidades dos membros inferiores, visto que as

    habilidades da cintura para baixo so ausentes, apresentando assim, uma deficincia. Alm

    disso, esse treinamento pode ajudar na funo intestinal e urinria. Contudo, por apresentarem

    um defeito, importante que essas crianas tenham um entendimento do prprio corpo,

    amadurecendo a mente, e assim, interagir melhor na vida social (FERNANDES, 2002).

    rteses so oferecidas a essas crianas, mesmo no tendo muito conhecimento de sua

    eficcia. Nos membros inferiores, as rteses so separadas em trs grupos de acordo com o

    grau da fraqueza muscular: quando o grau da leso lombar-alta exige-se apoio de uma rtese

    parapodium; na leso a nvel lombar-baixa, pode precisar do uso de rteses tornozelo-p para

    conseguir uma estabilizao do tornozelo e favorecer a extenso do joelho na fase de apoio da

    marcha; j os pacientes com o nvel sacral no precisam de rteses, ou se no, utilizam apenas

    para compensar a fraqueza da musculatura intrnseca do p (MANZUR & KYLE, 2004).

    Para facilitar o desenvolvimento da criana, a utilizao do conceito Bobath apresenta

    bons resultados. Vale ressaltar que esse conceito faz uso de tcnicas para normalizar o tnus

    alterado, diminuir o aparecimento de movimentos defeituosos e tambm de melhorar o

    equilbrio. Para a obteno desses resultados, vrios pontos chaves so ativados. Os

  • 12

    movimentos no devem ser feitos apenas passivamente uma vez que a inteno ter uma

    melhora funcional (HERNNDEZ, 1999).

    Em relao ao desenvolvimento do controle muscular nos membros inferiores,

    necessrio promover um ambiente com capacidade de realizar mais atividades que ponham

    em prtica a movimentao deles, sendo mais significativo se for com padres que tenham

    relao com conduta funcional, como exemplo a marcha. Um treino de marcha realizado em

    esteira utilizado como interveno precoce com mbito de promover uma boa resposta,

    absorvendo um grau elevado de neuroplasticidade, e com isso, conseguir um aprendizado

    motor em consequncia da ativao dos geradores de padro central (LEITE, 2012).

    A Fisioterapia aqutica tambm pode ser utilizada no tratamento dessas crianas com

    o objetivo de aliviar as dores, o espasmo muscular, aumentar a circulao sangunea e a

    amplitude dos movimentos, reeducar a musculatura paralisada, aumentar a fora muscular e

    melhorar sua independncia funcional (CARAFFA & BIANCHI, 2012).

    O tratamento com a hidroterapia pode ser iniciado de vrios modos, atravs de

    exerccios realizados individualmente ou em grupos. A tcnica conhecida como Halliwick

    causa reaes de endireitamento devido s atividades de rotao transversal de tronco que

    aumenta a fora da musculatura flexora e extensora do tronco. Pode estimular o

    desenvolvimento neuropsicomotor e o equilbrio atravs de exerccios rotacionais, controle

    muscular da cabea e do tronco para sustentao da posio supina, treino de equilbrio

    dinmico para uma maior independncia em solo, e alongamentos (ORTIZ, MONTES &

    LIMA, 2010).

    De acordo com Leite (2010), a mielomeningocele apresenta uma gravidade de

    transtornos defecais levando a existncia de incontinncia fecal por causa da deficincia na

    inervao retal. A fisioterapia uroginecolgica realiza treinos para aumentar a contrao, bem

    como o controle voluntrio do esfncter anal externo e do elevador do nus. Quanto ao

    mecanismo de defecao, para que ele tenha uma funo normal, preciso a presena de

    contrao muscular do perneo e a sensibilidade anorretal. Por mais que exista uma variedade

    de tcnicas teraputicas, a melhor para ser feita em uma criana a tcnica Stretching, extra-

    cavitaria, com o intuito de causar uma melhoria na sensibilidade e na percepo retal, alm de

    fortalecer essa regio.

    Segundo Andrade & Augusto (2007) a Equoterapia, tcnica feita com cavalo, est

    sendo usada como um recurso fisioterpico opcional na reabilitao de alteraes motoras,

    sociais e cognitivas. Contudo, a criana com mielomeningocele vem mostrando melhoras

  • 13

    significativas quando a conduta fisioterpica associada Equoterapia. Apesar dos resultados

    serem positivos nesta rea, os trabalhos cientficos ainda so escassos.

  • 14

    3 METODOLOGIA

    Procedeu-se uma reviso de literatura realizada no perodo de janeiro abril de 2014, a

    qual utilizou bases de dados eletrnicos como: Lilacs, Medline, Scielo, Google Acadmico,

    alm de livros e peridicos nacionais para a obteno dos resultados. Os artigos foram vistos

    de forma criteriosa de modo a serem includos apenas os que se referiam a mielomeningocele

    e o tratamento fisioterpico realizado nas crianas que portam a patologia. Para o

    levantamento da pesquisa utilizou-se os seguintes descritores: mielomeningocele

    (myelomeningocele), reabilitao na mielomeningocele (rehabilitation in myelomeningocele),

    fisioterapia para mielomeningocle (physiotherapy for myelomeningocele).

  • 15

    4 RESULTADOS E DISCUSSO

    De acordo com Santos (2010), o tratamento fisioterpico possui uma importncia

    considervel na melhora dos sintomas apresentados por crianas com mielomeningocele, pois

    tem como objetivos torn-las mais independentes, evitar deformidades secundrias ou corrigi-

    las, impedir o surgimento de lceras de decbito, ensinar habilidades motoras, aumentar a

    fora muscular, enfim, estabelecer uma vida com qualidade para essas crianas.

    Brando, Fujisawa & Cardoso (2009) relatam que a fisioterapia para a

    mielomeningocele necessita de uma avaliao cuidadosa, pelo fato da criana precisar de uma

    conduta fisioterpica especfica e apropriada. Sabe-se que o trabalho do fisioterapeuta deve se

    interagir a uma equipe multidisciplinar.

    Para Collange et al (2008) a reabilitao fsica na criana com mielomeningocele se

    concentra no aumento da fora muscular, na diminuio de contraturas, na normatizao do

    tnus e na melhora do desenvolvimento funcional.

    Em um estudo de Zomignani et al (2009), foram realizadas sessenta sesses de

    fisioterapia em uma criana com mielomeningocele, com durao de uma hora cada, trs

    vezes semanais. Dessas trs vezes, duas eram para exerccios baseados no Conceito Bobath e

    uma era para exerccios feitos na piscina. Nos dois modos, utilizaram os mesmos exerccios,

    tais como: rolar, quadrupedia e bipedestao, fortalecimento muscular e sedestao. Desse

    modo, mostraram que uma conduta que associa a hidroterapia com o Tratamento

    Neuroevolutivo- Conceito Bobath se mostra eficaz, pois apresenta uma significante melhora

    nos exerccios funcionais e no aumento de fora muscular tanto de membros quanto de tronco.

    J Caraffa & Bianchi (2012), fizeram um estudo com quinze sesses de cinquenta

    minutos utilizando somente a hidroterapia associada a alongamentos e exerccios usando o

    mtodo Halliwick. Com isso, mostraram que o tratamento com a fisioterapia aqutica no

    paciente portador de mielo teve resultado positivo, favorecendo o equilbrio e a marcha,

    aumentando os movimentos musculares e a confiana em si mesmo ao executar exerccios

    independentes.

    Conforme Fernandes (2002) importante o uso de rteses nessas crianas, uma vez

    que colabora para o aperfeioamento visual e motor, ajuda na posio ortosttica, contribui

    com a funo urinria e intestinal e torna mais fcil a realizao de atividades funcionais

    estimulando uma marcha mais desenvolvida, o que ajuda num convvio social mais

    confortvel.

  • 16

    Em um estudo de Leite (2012), seis crianas com mielomeningocele foram submetidas

    a um acompanhamento fisioterpico durante onze meses, ocorrendo em duas vezes na semana

    com durao de uma hora, onde era realizados treinos de marcha na esteira associado ao

    fortalecimento muscular. A resposta obtida com a pesquisa foi que, o fortalecimento muscular

    e o treino de marcha de acordo com o esforo do paciente ajuda no desenvolvimento

    funcional, possibilitando a capacidade de resolver problemas. Isso acontece por causa dos

    movimentos ativos que so feitos e que cobra do paciente uma melhora de suas habilidades. O

    uso de esteira para o treino de marcha e fortalecimento muscular foi eficaz para a melhora da

    execuo de atividades de auto-cuidado e interao social, tornando assim, a criana mais

    independente na sua vida diria.

    Andrade & Augusto (2007) avaliaram quatro crianas que portam essa patologia num

    perodo de seis meses na utilizao de cavalo para o tratamento. Associaram a Equoterapia

    exerccios de estimulao sensorial, de equilbrio, de estimulo aos movimentos e de

    coordenao. Com isso, viram que o equilbrio e o tnus da criana com mielomeningocle

    podem ser melhorados atravs da Equoterapia, uma vez que obtiveram bons resultados em

    seus estudos.

    Leite (2010) relata que apesar de existir inmeros mtodos teraputicos, o que melhor

    se enquadra para o tratamento uroginecolgico na criana portadora de mielomeningocele a

    tcnica Stretching, extra-cavitaria, que tem o propsito de favorecer o fortalecimento, a

    percepo e a sensibilidade retal. Para esse conhecimento, foram realizadas vinte sesses,

    duas vezes semanais, em trinta minutos de atendimento utilizando o Stretching passivo e logo

    em seguida o Stretching ativo por meio de comandos verbais. Os resultados foram positivos,

    pois, as crianas tratadas com esse mtodo apresentaram uma melhora dos sintomas

    mostrados pelo ganho de fora da musculatura perineal-anal.

  • 17

    5 CONCLUSO

    Por se tratar de uma neuropatologia congnita, capaz de imprimir em seus portadores

    mltiplas deformidades com srias repercusses neurolgicas, a mielomeningocele, como tal

    deve ser tratada com um foco interdisciplinar, e neste contexto, a fisioterapia se destaca como

    uma rea que visa atender muitas das necessidades funcionais dessas crianas, j que as

    mesmas apresentam disfunes motoras, sensitivas, intestinais e urinrias.

    A realizao deste trabalho possibilitou identificar a importncia da atuao da

    Fisioterapia no tratamento da criana com mielomeningocele, e que alguns mtodos utilizados

    so bastante eficazes, tais como: o mtodo Bobath, a Equoterapia, o uso do Stretching e a

    Hidroterapia, todos com o objetivo de tornar a criana mais independente na sua vida diria.

    Apesar de estar evidente a importncia da Fisioterapia como parte essencial no processo de

    educao e reeducao funcional de crianas com esta patologia, ainda se faz necessria a

    realizao de mais estudos sobre essa temtica.

  • 18

    REFERNCIAS

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    INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIORFACULDADE MAURCIO DE NASSAUCURSO DE FISIOTERAPIAJORDNIA SILVA DA NBREGACAMPINA GRANDE-PBCAMPINA GRANDE PB2014JORDNIA SILVA DA NBREGAPalavras-chave: Mielomeningocele. Reabilitao. Fisioterapia.Keywords: Myelomeningocele. Rehabilitation. Physiotherapy.1 INTRODUO2 FUNDAMENTAO TERICAProcedeu-se uma reviso de literatura realizada no perodo de janeiro abril de 2014, a qual utilizou bases de dados eletrnicos como: Lilacs, Medline, Scielo, Google Acadmico, alm de livros e peridicos nacionais para a obteno dos resultados. O...4 RESULTADOS E DISCUSSODe acordo com Santos (2010), o tratamento fisioterpico possui uma importncia considervel na melhora dos sintomas apresentados por crianas com mielomeningocele, pois tem como objetivos torn-las mais independentes, evitar deformidades secundrias o...Brando, Fujisawa & Cardoso (2009) relatam que a fisioterapia para a mielomeningocele necessita de uma avaliao cuidadosa, pelo fato da criana precisar de uma conduta fisioterpica especfica e apropriada. Sabe-se que o trabalho do fisioterapeuta de...Para Collange et al (2008) a reabilitao fsica na criana com mielomeningocele se concentra no aumento da fora muscular, na diminuio de contraturas, na normatizao do tnus e na melhora do desenvolvimento funcional.5 CONCLUSOPor se tratar de uma neuropatologia congnita, capaz de imprimir em seus portadores mltiplas deformidades com srias repercusses neurolgicas, a mielomeningocele, como tal deve ser tratada com um foco interdisciplinar, e neste contexto, a fisiotera...A realizao deste trabalho possibilitou identificar a importncia da atuao da Fisioterapia no tratamento da criana com mielomeningocele, e que alguns mtodos utilizados so bastante eficazes, tais como: o mtodo Bobath, a Equoterapia, o uso do Str...REFERNCIAS