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FACULDADE DE EDUCAÇAO DE BACABAL- FEBAC CURSO DE ENFERMAGEM Darlene Maria da Silva Elayne Cristina Amorim Pinto Prevalência de doença hipertensiva específica da gestação numa Instituição Pública no município de Alto Alegre MA. Bacabal-MA 2016

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Page 1: Artigo DHEG

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FACULDADE DE EDUCAÇAO DE BACABAL- FEBAC

CURSO DE ENFERMAGEM

Darlene Maria da Silva

Elayne Cristina Amorim Pinto

Prevalência de doença hipertensiva específica da gestação numa Instituição

Pública no município de Alto Alegre – MA.

Bacabal-MA

2016

Page 2: Artigo DHEG

2

FACULDADE DE EDUCAÇAO DE BACABAL- FEBAC

CURSO DE ENFERMAGEM

Darlene Maria da Silva

Elayne Cristina Amorim Pinto

Prevalência de doença hipertensiva específica da gestação numa Instituição

Pública no município de Alto Alegre – MA

Artigo apresentado ao Curso de Enfermagem

da Faculdade de educação de Bacabal-

FEBAC, como requisito Parcial para obtenção

da Graduação de Bacharel em Enfermagem.

Orientador (a): Profª. Sandi Manchester

Bacabal-MA

2016

Page 3: Artigo DHEG

3

Darlene Maria da Silva

Elayne Cristina Amorim Pinto

Prevalência de doença hipertensiva específica da gestação numa Instituição

Pública no município de Alto Alegre – MA

Artigo Científico apresentado à Faculdade de

Educação de Bacabal – FEBAC, como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel em

Enfermagem.

Orientador (a):Profª. Sandi Manchester.

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

Sandi Manchester

Orientadora

_______________________________________________________________

Nome completo do Examinador I

_______________________________________________________________ Nome completo do Examinador II

Page 4: Artigo DHEG

4

Prevalência de doença hipertensiva específica da gestação numa Instituição

Pública no município de Alto Alegre – MA

Darlene Maria da Silva1, ElayneCristina

Amorim Pinto2 , Sandi Manchester3.

RESUMO

Sabe-se que a doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), tem sido cada

vez mais observada nas gestantes em decorrência do próprio estilo de vida das

mulheres pós-modernas uma vez que este está associado a fatores de risco

hipertensivos: obesidade, sedentarismo, tabagismo, prática alimentar inadequada. O

objetivo do presente estudo foi conhecer a prevalência de DHEG em gestantes

atendidas em um hospital da região central do Estado do Maranhão. Trata-se de um

estudo documental, descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Diante dos

resultados encontrados algumas considerações merecem ser destacadas, quanto a

prevalencia de doença hipertensiva específica da gestação em um hospital da região

central do Maranhão, dos quais 71,44% tinham idade entre 28 a 38 anos, 57,14%

eram parda, 55,37% realizaram de 5 a 7 consultas pré-natal, 85,72% estavam com

cartão da gestante, 50% apresentavam pressão arterial sistólica (PAS) 161 a 180

mmHg, 78,58% eram multigesta, 58,92% realizaram parto cesário, 69,64% tiveram

pré-eclâmpsia, 85,72% realizaram exames laboratoriais e 67,85% foram

encaminhadas para o alojamento conjunto (ALCON).Durante este estudo vimos a

necessidade de uma melhoria na assistência àmulher desde o pré-natal, seja no

acolhimento, na detecção e tratamento da DHEG que podem surgir no decorrer da

gestação, além do monitoramento e prevenção das complicações maternas e fetais.

Palavras-chave: Conhecimento. Gestação. Hipertensão.

________________________________________________________________

¹ Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade de Educação de Bacabal – FEBAC. Email: [email protected]; 2 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade de Educação de Bacabal – FEBAC. Email: [email protected]; 3Professora da Faculdade de Educação de Bacabal – FEBAC. Email: [email protected].

Page 5: Artigo DHEG

5

ABSTRAT

It is known that pregnancy-specific hypertensive disease (DHEG) has been

increasingly observed in pregnant women due to the lifestyle of postmodern women

since it is associated with hypertensive risk factors: obesity, sedentary lifestyle,

Smoking, improper food practice. The objective of the present study was to know the

prevalence of DHEG in pregnant women attended at a hospital in the central region

of the State of Maranhão. This is a documentary, descriptive, cross-sectional study of

quantitative approach. Considering the results found, some considerations deserve

to be emphasized regarding the prevalence of gestational hypertensive disease in a

hospital in the central region of Maranhão, of which 71.44% were aged between 28

and 38 years, 57.14% were brown, 55 , 37% had 5 to 7 prenatal consultations,

85.72% had a pregnant woman's card, 50% had 180 X 140 mmHg arterial pressure,

78.58% were multigestic, 58.92% had a cesarean section , 69.64% had pre-

eclampsia, 85.72% had laboratory tests and 67.85% were referred to the joint

accommodation (ALCON). During this study we have seen the need for an

improvement in the care of women from prenatal care, in the reception, in the

detection and treatment of DHEG that may arise during pregnancy, in addition to the

monitoring and prevention of maternal and fetal complications.

Keywords: Knowledge. Gestation. Hypertension.

Page 6: Artigo DHEG

6

INTRODUÇÃO

A gravidez é um processo fisiológico, marcada por modificações

hormonais,metabólicas e físicas, alterações essas que se iniciam desde as fases de

nidação até o período gestacional e lactação. Mesmo com todas essas alterações, o

organismo feminino se mantém em equilíbrio dinâmico por mecanismos

compensatórios; entretanto, condições ou processo patológico associado à gravidez

podem ocorrer neste período (CHAIM et al, 2008).

Rezende (2007) afirma que gestações silenciosas, sem distúrbios ou

complicações estão cada vez mais raras. Essas complicações geralmente são

decorrentes da sobrecarga gestatória, e dentre elas as síndromes hipertensivas têm

grande relevância por sua alta morbimortalidade que põem em risco a vida do

binômio mãe e filho (VALE, 2008).

A pressão arterial geralmente diminui na gravidez. Como resultado de

redução da resistência vascular, a pressão arterial diminui na metade final do

primeiro trimestre, alcançando seu ponto mais baixo em meados do segundo

trimestre geralmente, durante o terceiro semestre, a pressão arterial aumenta, mais

não deve subir além da pressão anterior a gravidez. A hipertensão arterial pode esta

presente antes da gravidez, como a hipertensão crônica, ou pode ser induzida

também pela gravidez, como a hipertensão gestacional (DHEG), a pré-eclâmpsia e a

eclampsia (CALLAHAN; CAUGHEY, 2010).

Quanto à sua incidência, Almeida (2006) e Peixoto (2008) registram maior

ocorrência entre mulheres primíparas, primeira gravidez com um novo parceiro,

história de pré-eclâmpsia em parente próximo, hipertensão crônica, gestações

múltiplas, gestantes adolescentes e gravidez em extremos de idade.

Sabe-se, ainda, que a DHEG tem sido cada vez mais observada nas

gestantes em decorrência do próprio estilo de vida das mulheres pós-modernas uma

vez que este está associado a fatores de risco hipertensivos: obesidade,

sedentarismo, tabagismo, prática alimentar inadequada, gestação cada vez mais

tardia entre outros que potencializam a chance da mulher desenvolver síndrome

hipertensiva gestacional (SHG) (SANTOS, 2010).

Para Rezende Filho (2008), a DHEG pode apresentar evolução distinta: a

pré-eclâmpsia (PE), que é caracterizada por hipertensão, edema e/ou proteinúria, e

Page 7: Artigo DHEG

7

o agravamento da pré-eclâmpsia conhecida como eclâmpsia, representada pelo

aparecimento de crise convulsiva tônico-clônica, não secundária a doenças

neurológicas e associadas à tríade: hipertensão, proteinúria e edema.

Pesquisas mostram que 5% das mulheres eclâmpticas evoluem para óbito,

ou podem evoluir para formas mais graves como a síndrome HELLP (Hemolysis

Elevated Liverenzymes Low Platets Count), a qual está associada a altos índices de

mortalidade materna (24%) e mortalidade perinatal variando entre taxas de 7,7% a

60% dos casos (CASTRO apud PASTORE et.al, 2007)

Dentre todas as patologias que se manifestam ou se agravam no período

gestacional, a hipertensão arterial é a mais frequente e a de maior índice de

morbimortalidade materna e neonatal (NEME, 2006). No Brasil, a principal causa de

morte materna, cerca de 30%, ocorre em decorrência da hipertensão na gestação.

Já nos Estados Unido esta patologia configura-se como segunda causa de

mortalidade materna, alcançando taxas de 15% (BRANDÃO et. al, 2006).

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2009) considera Hipertensão Arterial

na gravidez quando os níveis pressóricos for maior ou igual a 140 X 90 mmHg em

duas aferições com intervalo mínimode 4 horas, com a paciente em repouso; ou

quando a pressão arterial sistólica (PAS) formaior ou igual a 30 mmHg e/ou pressão

arterial diastólica (PAD) maior ou igual 15 mmHg em relação aos níveis pressóricos

prévios à gestação.

Peraçoli et al., (2006) afirmam que a identificação dessas formas de

manifestação é fundamental para diferenciar a hipertensão que antecede a gravidez,

daquela que é condição específica da mesma. Na primeira, a elevação da pressão

arterial é o aspecto fisiopatológico básico da doença, a segunda é resultado da má

adaptação do organismo materno à gravidez, sendo a hipertensão apenas um de

seus achados. O impacto dessas duas condições, sobre mãe e feto, é bem

diferente, assim como seu controle.

Conforme Brandão e Cols (2006), os fatores de risco para desenvolvimento

da DHEG são: primiparidade, gestação múltiplas, mola hidatiforme, hipertensão

arterial preexistente, hereditariedade, idade materna maior que 35 anos na primeira

gravidez, raça negra e mudança de parceiro. Um estudo realizado por Martins

(2008) evidenciou que 56,48% das gestantes com DHEG eram primigestas. Esse

grupo de gestantes, tem 6 a 8 vezes mais susceptibilidade de apresentar DHEG e as

complicações dela decorrente (NEME, 2006).

Page 8: Artigo DHEG

8

Segundo Gonçalves (2005) a incidência da eclampsia é maior nas gestantes

negras e nos extremos de idade. Ainda segundo o mesmo autor, a eclampsia tem

sua incidência aumentada nas gestantes que não fizeram pré-natal ou que estavam

vinculadas a programas que não primam a qualidade da assistência, haja vista que a

eclampsia é uma patologia evitável, pois sua ocorrência é influenciada pelo acesso

ao diagnóstico precoce e tratamento através do pré-natal.

Daí, ressalta-se a importância da gestante iniciar seu pré-natal o quanto

antes, e diminuir o intervalo de tempo entre as consultas pré-natais no último

trimestre, para que o profissional que a acompanha possa detectar o mais precoce

possível quaisquer intercorrências e faça os devido encaminhamentos afim de se

evitar complicações decorrentes da pré-eclâmpsia, considerando que na maioria das

vezes a doença passa imperceptível à mulher, já que a mesma entende o edema e

todos os outro sintomas como algo fisiológico à gravidez (SANTOS, 2010).

Considerando a gravidade das síndromes hipertensivas na gravidez, foi

necessária a implementação de Políticas Públicas para atender a mulher em sua

integralidade, em todas as fases da vida, respeitando as necessidades e

características de cada uma delas. O Programa de Atenção Integral de Saúde da

Mulher (PAISM) foi criado na década de 80, com enfoque na atenção ao pré-natal,

no planejamento familiar e na melhora da atenção à saúde da mulher, na tentativa

de reduzir os índices de mortalidade materna e neonatal. Com isso,ocorreu queda

de 8,7% da mortalidade infantil em crianças com até um ano de idade e de 7,3% da

mortalidade neonatal (BARROS, 2006).

No Brasil, os transtornos hipertensivos ocupam a segunda causa de morte

(24,9%)entre a mortalidade materna, sendo ultrapassada apenas pelas medidas

inseguras das práticas abortivas. De todas as mortes maternas obstétricas diretas,

os transtornos hipertensivos, com grande destaque para a DHEG corresponderam a

37,0% das mortes (SBC, 2009).

Segundo o Ministério da Saúde:

“A DHEG é considerada entre outras patologias referentes à

gestação, uma doença de alto risco e deve ser tratada com

equipe multidisciplinar especializada (Brasil, 2010 p. 181).”

Dentre todas as patologias que manifestam ou se agravam no decorrer da

gravidez,a hipertensão é a mais frequente e aquela que se acompanha de maior

Page 9: Artigo DHEG

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morbimortalidade materna e perinatal. Em países em desenvolvimento, como o

Brasil, a DHEG, é uma das principais causas de mortalidade com cerca de 30% do

total das mortes maternas ao lado dos quadros hemorrágicos e infecciosos (Brasil,

2009).

No pré-natal o enfermeiro oferece instruções à futura mãe, como cuidados

com a alimentação, formas de se manter confortável, estimulação do bico do seio,

polivitamínicos a serem ingeridos, realização de exames, oferecendo respostas e

apoio aos sentimentos de medo, dúvidas, angústias, fantasias e a curiosidade de

saber sobre o que acontece com o seu corpo nesse processo de transição

(BARROS, 2006).

Sendo assim, o profissional de saúde tem como responsabilidade a

manutenção da vida da mãe e do bebê, com destaque no profissional

enfermeiro,que ocupa um papel fundamental no acompanhamento às gestantes de

alto risco, que necessitam de cuidados para que a gestação chegue a termo (37ª

semana à 42ª semana incompleta), a fim de prevenir a prematuridade e riscos à

saúde da mulher e à do concepto (BARROS, 2006).

A hipertensão arterial na gestante,quando detectada,exige dos profissionais

da área de saúde uma melhor preparação e ações preventivas, levando para o

campo prático e teórico uma assistência para o binômio materno-fetal voltado para a

importância da prevenção. Sendo assim, a enfermagem tem como objetivo promover

reflexões das gestantes sobre o risco da hipertensão gestacional (BRASIL,2010).

O atendimento obstétrico tem como características essenciais a qualidade e

a humanização. É dever dos serviços e profissionais de saúde acolher com

dignidade a gestante, oferecendo seus direitos. O enfermeiro deve considerar a

gestante como sujeito e não como objeto passivo da atenção, sendo a base que

sustenta o processo de humanização (BRASIL, 2006).

O enfermeiro, antes do parto, deve avaliar e estabilizar o quadro clínico

materno e bem-estar fetal, administrar o sulfato de magnésio hepta-hidratado,

realizar a tipagem e prova cruzada (sangue), realizar cateterismo vesical de demora,

medir volume urinário, restringir a ingestão líquida de 100 ml/hora para evitar edema

pulmonar.Em caso de suspeita de edema pulmonar,realizar RX tórax e administrar

diurético, monitorar PA, pulso (P), frequência respiratória (FR), reflexos e proteinúria,

monitorar sinais de intoxicação pelo sulfato de magnésio.Em caso de reflexo patelar

ausente ou FR menor que 16 rpm ou diurese menor que 25 ml/hora, administrar

Page 10: Artigo DHEG

10

Gluconato de Cálcio 10%, 10 ml endovenoso lentamente, determinar magnésio

sérico a cada 12 horas, continuara monitorização fetal. Manter a observação

materna na sala de recuperação 12 a 24 horas de uso de sulfato de magnésio. A

resolução da maioria dos casos de síndrome de HELLP ocorre dentro das primeiras

24horas, mas a monitorização dessas pacientes deve persistir por 2 a 4 dias. Na alta

hospitalar, a maioria das pacientes está normotensa. (BRASIL, 2009).

A atenção dada ao pré-natal contribui significativamente na redução das

taxas de morbimortalidade materna, promovendo, dessa forma, uma maternidade

segura. Esse cuidado é um desafio a ser vencido e está diretamente ligada ao bom

desempenho por parte dos enfermeiros e sua equipe que assistem as mulheres na

sua gestação, prestando assim um serviço de excelência (SILVA et al., 2011).

Diante desse contexto o presente estudo tem como objetivo conhecer a

prevalência de DHEG em gestantes atendidas em um hospital da região central do

Estado do Maranhão.

MATERIAL E MÉTODOS

Tipo de pesquisa

Trata-se de um estudo documental, descritivo, transversal de abordagem

quantitativa.

Oliveira (2007) afirma estudo documental caracterizam-se pela busca de

informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico,

como relatórios, reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravações,

fotografias, entre outras matérias de divulgação.

Estudo descritivo apresenta-se de forma organizada informações sobre os

pacientes atendidos ou dados produzidos por serviços de informação (ALENCAR,

2012).

Estudos transversais são estudos que visualizam a situação de uma

população em um determinado momento, como instantâneos da realidade

(ROUQUAYROL; ALMEIDA, 2006).

Abordagem quantitativa segundo Dyniewicz (2009), diz que esses estudos

têm como propósito observar, descrever, explorar, classificar, esclarecer e

interpretar os fatos e fenômenos, proporcionando uma visão geral em dimensões

mais ampliadas dos fatos.

Page 11: Artigo DHEG

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Local do estudo

A pesquisa foi realizada no setor obstétrico do Hospital Geral de Alto Alegre

do Maranhão, referência estadual em Maternidade, o município fica localizado na

região central do estado do Maranhão, com uma distância de 235 km da capital São

Luís, possui uma população de 30.896 mil habitantes (IBGE, 2010).

Amostragem

A amostra foi de 56 prontuários de pacientes diagnosticados com DHEG. E

como critérios de não inclusão, as pacientes que não foram diagnosticada com a

doença no período de julho a dezembro de 2015.

Coleta de dados

Foram analisados 56 prontuários de pacientes diagnosticados com DHEG,

para isso utilizou um roteiro de observação “checklist”, contendo as seguintes

variáveis: idade, raça/cor, ocupação, data de internação, consulta pré-natal, carteira

de gestante, idade gestacional, valor da pressão arterial, tipo de gestação, número

de gestações anteriores, antecedentes pessoais de risco, exames laboratoriais, tipo

de parto, tipo de DHEG.

Análise de dados

Os dados foram organizados e compilados em Tabelas e Gráficos utilizando

os Programas Microsoft Office Word® 2013 e Microsoft Office Excel® 2013.

Page 12: Artigo DHEG

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 – Distribuição da frequência de número e porcentagem, segundo variáveis sóciodemograficos de pacientes com DHEG do hospital Geral de Alto Alegre-MA.

DESCRIÇÃO N %

Idade

De 16 a 21 anos

De 24 a 25 anos

De 28a 38 anos

-

08

03

45

-

14,28

05,35

71,44

Etnia

Branca

Parda

Negra

Índia

-

10

32

14

00

-

17,85

57,14

25,01

00,00

Escolaridade

Não alfabetizada

Ensino Fundamental incompleto

Ensino Fundamental completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

-

00

19

26

00

11

-

00,00

33,94

46,42

00,00

19,64

Profissão

Lavradora

Autônoma

Estudante

Outras

-

31

16

09

00

-

55,35

28,58

16,07

00,00

TOTAL 56 100%

Fonte: Autores (2016).

O presente estudo, verificou que a maioria das pacientes encontrava-se na

faixa etária entre 28 a 38 anos com 71,44% e com percentuais mais baixos as que

se encontrava nas faixa etárias entre 16 a 21 e 24 a 25 anos, ambas com 14,28%.

Page 13: Artigo DHEG

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Segundo Neme (2006) a idade materna constitui um fator de risco para o

surgimento da hipertensão na gestação, porém, há controvérsias na literatura se a

gravidez nos extremos do período procriativo eleva os riscos das síndromes

hipertensivas.

Estudo realizado por Santos (2010) verificou-se que a maioria das pacientes

encontrava-se na faixa etária entre 20 e 34 anos (73,1%), seguida daquelas com

idade igual ou superior a 35 anos (16%) e com idade igual ou inferior a 19 anos

(10,9%). Dessa forma, os dados evidenciam que o maior predomínio de casos de

SHG ocorreu na fase com maior probabilidade de engravidar e não nos extremos da

fase procriativa. Dado este semelhante com o do presente estudo.

Quanto a etnia observa-se que a maioria das pacientes eram parda com

57,14% em seguida a raça negra com 25,01% (Tabela 1).

Estudos realizados por Coelho et al., (2008) e Gonçalves et al., (2006),

ambos realizados no estado de São Paulo, evidenciam uma predominância de SHG

na população branca de 61% e 54% respectivamente; já um estudo realizado na

Bahia, por Vale (2006) e outro realizado em Fortaleza por Santos e cols (2007)

evidenciaram maior prevalência da raça parda em detrimento da raça branca, este

dado corroba com o achado da presente pesquisa, uma vez que na região nordeste

predomina-se a cor parda.

Quanto ao grau de escolaridade vimos que 46,42% das pacientes tinham

ensino fundamental completo, 33,94% fundamental incompleto e apenas 19,64%

ensino médio completo.

Ferraz (2006) conceitua a baixa escolaridade como condição desfavorável

para a gestação, pois, acredita-se que estas mulheres utilizam mal os serviços pré-

natais, não só por questões financeiras, mas também pela falta de orientação sobre

a importância do acompanhamento pré-natal.

Ainda do estudo realizado por Ferraz (2006), afirma que 66,2% das

gestantes com SHG não possuíam o 1º grau completo, confirmando que a baixa

escolaridade pode ser um fator que dificulta o acesso das mulheres às informações

e ao conhecimento, interferindo negativamente nas condições do auto-cuidado, pois

influencia negativamente na busca e na assimilação das informações recebida sobre

os cuidados com a saúde.

Em relação à profissão destaca-se a de lavradora com 55,35% em seguida a

de autônoma com 28,58% e por ultimo a de estudante com 16,07% (Tabela 1).

Page 14: Artigo DHEG

14

Segundo Brasil (2010) em quase todas as sociedades, mesmo nas mais

desenvolvidas, simplesmente pelo fato de serem mulheres, estas se encontram em

maior situação de pobreza trabalhando mais horas e ganhando menos.

Tabela 2 Distribuição numérica e percentual, de acordo com o número de consultas realizadas no pré-natal e existência do cartão da gestante. Alto Alegre – MA.

DESCRIÇÃO N %

Realizou consulta Pré Natal

De 1 a 4 consultas

De 5 a 7 consultas

Nenhuma consulta

-

17

31

08

-

30,35

55,37

14,28

Tinha cartão da gestante

Sim

Não

-

48

08

-

85,72

14,28

TOTAL 56 100%

Fonte: Autores (2016).

A Tabela 2 mostra que 55,37% das gestantes realizaram entre 5 a 7

consultas durante o pré-natal, 30,35% de 1 a 4 consultas e 14,28% não realizaram.

Em ralação ao cartão de gestante 85,72% estavam com seu cartão.

A realização do pré-natal tem um papel importante na prevenção da

mobimortalidade materna e perinatal. No Brasil, vem ocorrendo aumento no número

de consulta pré-natal por mulher que realiza o parto no SUS, partindo de 1,2

consultas por ano em 1995 para 5,45 consultas por ano em 2005 (BRASIL, 2006).

A qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto depende tanto da

instituição de saúde como do profissional que presta o atendimento, a instituição

deve estar preparada para atender as necessidades da gestante com doença

hipertensiva. (REDE SAÚDE, 2011). Entretanto, vale ressaltar que não é a

quantidade de consulta que nos garantem a eficácia, e sim a qualidade desse

atendimento, haja vista a SHG tem sua incidência aumentada nas gestantes que

não fizeram pré-natal ou que estavam vinculadas a programas que não primam a

qualidade da assistência (SANTOS, 2010).

Page 15: Artigo DHEG

15

Todavia foi evidenciado no presente estudo, que entre as gestantes que

realizaram pré-natal 55,37% participaram de pelo menos seis consulta, a

quantidade mínima preconizada pelo Ministério da Saúde.

Gráfico 1 Distribuição percentual, quanto os valores da pressão arterial apresentados pelas pacientes do hospital Geral. Alto Alegre-MA, 2016.

Fonte: Autores (2016).

O Gráfico acima observa-se que 50% das pacientes apresentaram valores

da PAS 161 até 180 mmHg, 30,35% 140 até 160 mmHg e 19,65% acima de 181

mmHg.

Entre os tipos de hipertensão presentes na gravidez, é necessário dá

destaque especial às manifestações específicas da gestação, conhecida como

DHEG, que pode apresentar evolução distinta; pré-eclâmpsia, eclampsia e sua

forma grave a síndrome HELLP, as quais estão associados aos piores resultados

maternos e perinatais das síndromes hipertensivas (PERAÇOLI et. al, 2006).

Por outro lado, a maioria das grávidas com hipertensão preexistente ou

gestacional tem elevação discreta ou moderada da pressão arterial (pressão

diastólica de 90 a 109 mmHg) e esses níveis de pressão arterial estão associados a

menor risco materno quando comparados aos daquelas pacientes com hipertensão

arterial grave (pressão diastólica maior que ou igual a 110mmHg); neste grupo

(hipertensão arterial leve a moderada), óbito materno, convulsão, acidente vascular

cerebral e eclampsia não são complicações frequentes (KNOBEL, 2006).

Os valores da PAS são os parâmetros mais importantes para o diagnóstico

da doença hipertensiva específica da gravidez. Assim, a medida precisa da pressão

50%

30,35%

19,65%

PAS 161 a 180 mmHg PAS 140 a 160 mmHg PAS acima de 181 mmHg

Page 16: Artigo DHEG

16

arterial é uma condição imprescindível na avaliação clínica da gestante, durante o

pré- natal, com o objetivo de diagnosticar precocemente a DHEG, uma vez que o

aumento da pressão arterial é, geralmente, o primeiro sinal clínico da doença

(FREITAS et al., 2006).

Tabela 3 Distribuição númerica e percentual, quanto ao tipo de gestação, número de estação anterior e tipo de parto.

DESCRIÇÃO

N %

Tipo de gestação

Gemelar

Única

- - 08 14,28 48 85,72

Nº de gestação anterior Primigesta

Secundigesta

Multigesta

- - 08 14,28

04 07,14

44 78,58

Tipo de parto Normal

Cesário

- - 23 41,07

33 58,92

TOTAL 56 100% Fonte: Autores (2016).

A Tabela 3 apresenta que 85,72% das pacientes eram gestação única,

78,58% eram multigesta, ou seja mais de duas gestação e 58,92% realizaram parto

Cesário.

Segundo Melo e Saá (2010) a pré-eclâmpsia acomete apenas as gestações

humanas. É mais comum o aparecimento em mulheres primíparas, mulheres com

gestações múltiplas, com mola hidatiforme, com história familiar (mãe, irmã) ou

mesmo com essa complicação em gravidez anterior, sendo que, nesta última

situação, o aparecimento será sempre mais antecipado. Segundo o mesmo estudo

existe maior frequência na raça negra, em obesas e tabagistas, mas, ainda

concludentes explicações para as suas bases genéticas e bioquímicas não existe.

Page 17: Artigo DHEG

17

Gestação múltipla apresenta risco para pré-eclâmpsia cinco vezes maior,

que a gestação simples. Segundo pesquisas comparando 3.407 gestações

gemelares com 8.287 simples,comprovaram que a incidência de DHEG em

primigesta é de 14 vezes maior que na gestação gemelar (Neme, 2006).

Estudos realizado por Dusse (2007) aponta dados analisados em sua

amostra, o maior índice foi de multíparas 67%. O aumento dos níveis de pressão

arterial é a partir da 20 semanas de gestação, na fase inicial é assintomática, porém

se não tratada pode evoluir com quadros que podem evoluir ainda mais complexos

como eclampsia, síndrome de Hellp (Dusse,2007). Dado este semelhante ao da

presente pesquisa.

Tabela 4 Distribuição numérica e percentual quanto aos antecedentes pessoais e familiares de risco de gestantes atendidas no hospital Geral. Alto Alegre – MA.

DESCRIÇÃO

N %

Antecedentes pessoais de risco Hipertenção

Edema

- - 32 57,14

24 42,86

Antecedentes familiar de risco DM

HAS

- - 22 39,28

34 85,72

TOTAL N 100% Fonte: Autores (2016).

Conforme a Tabela acima observa-se que 57,14% das gestantes

apresentaram como antecedentes de risco o edema e 85,72% dos riscos familiares

a hipertensão arterial sistêmica.

A hipertensão pode ser percebida pelo edema visível ou oculta (aumento

brusco de peso) e, excepcionalmente, por discreta proteinúria (traços ou menos de

0,5%). Entretanto é a elevação da pressão arterial além 140x90 mmHg ou o

aumento dos níveis tensionais em 30 mmHg para a pressão sistólica e de 15 mmHg

para a pressão diastólica, o principal elemento para a identificação da entidade. Tais

aumentos devem ser comprovados pelo menos duas vezes dentro de 6 horas

(RESENDE, 2012).

Page 18: Artigo DHEG

18

Estudo realizado por Santos (2010) relata que no primeiro caso DHEG pura

predomina o edema e, no segundo DHEG sobreposta além de o processo ser mais

precoce, a hipertensão e a proteinúria como sintomas superam o edema.

Vários fatores concorrem para o desenvolvimento da síndrome hipertensiva

gestacional, sendo a incidência maior quando presente em situações como

obesidade, idade nos extremos da fase reprodutiva, diabetes, hipertensão,

nefropatias, história familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia ou eclampsia, dietas

hipoprotéicas e hipersódicas, baixa escolaridade e atividade profissional fora do

domicílio, grupo sanguíneo AB, primigestas, gestações múltiplas, hidropisia fetal e

neoplasia trofoblástica. (MOURA et al., 2010).

Dados esses que corrobam com o presente estudo, dos quais se afirmam

tanto com outros autores, como também nos achados em literatura.

Gráfico 2 . Distribuição percentual quanto a realização de exames laboratoriais duarante a gestação. Alto Alegre. 2016.

Fonte: Autores (2016).

O Gráfico 2 observa-se que 85,72% das gestantes realizaram exames

durante o pré-natal e 14, 28% não realizaram.

De acordo com Rodrigues (2007) os exames mais importantes, realizados,

em toda a rede pública, são hemograma completo, na avaliação da anemia e de

possíveis infecções; glicemia, pesquisando a existência de diabetes; tipagem

sanguínea; exame de urina - EAS na detecção de infecção urinária e urinocultura na

identificação da bactéria causadora da infecção, assim como a que tipo de

antibiótico ela se mostra sensível; parasitológico de fezes; sorologia para sífilis

14,28%

85,72%

NÃO

SIM

Page 19: Artigo DHEG

19

(VDRL, TPHA) que, se positiva, a gestante deverá ser tratada com penicilina,

podendo afastar o risco de transmissão; sorologia para toxoplasmose; sorologia para

rubéola; sorologia para hepatite B; Elisa – Anti HIV. Estes exames laboratoriais

devem ser realizados pelo menos duas vezes (no primeiro e último trimestres),

durante o pré-natal e de acordo com o acompanhamento médico da gestante.

Outros exames laboratoriais, como provas de função renal, provas de função

hepática, dosagem dos eletrólitos, podem ser realizados, durante o pré-natal, de

acordo com a avaliação médica e o quadro clínico da gestante.

O atendimento obstétrico tem como características essenciais a qualidade e

a humanização. É dever dos serviços e profissionais de saúde acolher com

dignidade a gestante, oferecendo seus direitos (BRASIL, 2006).

Peixoto et al., (2008), cita algumas propostas de intervenções para o

enfermeiro. Primeiramente ele deve tentar estabelecer um vínculo de confiabilidade

com a gestante, facilitar acesso aos exames laboratoriais, dando prioridade a essa

gestante.Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da

amamentação (quando possível, devido interação medicamentosa), vacinação,

preparo para o parto e puerpério.

Entretanto vimos que no presente estudo a as gestantes realizaram seus

exames de acordo como preconiza o ministério da saúde, pois o exames pode

rastrear não só doenças hipertensivas durante a gestação como também doenças

infectocontagiosas, por isso a importância de começar o pré-natal precocemente

onde médicos e enfermeiros são profissionais capacitados a acolher a gestantes e

esclarecer sobre todos os exames de rotina, dentre outras informações importantes.

Gráfico 3 Distribuição percentual quanto ao tipo de DHEG que as pacientes apresentavam. Alto Alegre. 2016.

Page 20: Artigo DHEG

20

Fonte: Autores (2016).

O Gráfico 3 mostra que 69,64% das pacientes apresentaram pré-eclampsia

e 30,36% eclampsia.

A hipertensão arterial pode acometer gestantes anteriormente normotensas

ou ser agravada em gestantes previamente hipertensas. A importância do estudo

dos estados hipertensivos durante a gravidez deve-se principalmente á grande

morbimortalidade materno-fetal associada. A incidência da Pré-eclâmpsia varia entre

5% a 10% das gestações, enquanto a da eclampsia é de 1%.Os estados

hipertensivos na gravidez são a principal causa de morte materna de morbidade e

mortalidade perinatais (KNOBEL, 2006).

Dentre as SHG, a pré-eclâmpsia grave é potencialmente a que apresenta

pior prognóstico materno-fetal. Conceptos de mães com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia

sobreposta têm maiores riscos de prematuridade, ocorrência de partos com fetos

pequenos para a idade gestacional, necessidade de Unidade de Tratamento

Intensivo (UTI) neonatal, necessidade de suporte ventilatório e maior incidência de

mortalidade perinatal, quando comparados aos conceptos de mães portadoras de

hipertensão gestacional leve, hipertensão arterial crônica (HAC) isolada e

normotensas. Apresentam, também, maior ocorrência de doenças associadas à

prematuridade, como: síndrome da angústia respiratória, hemorragia intraventricular

e enterocolite necrotizante. A piora do prognóstico materno-fetal está diretamente

relacionada à gravidade da hipertensão gestacional / pré-eclâmpsia (OLIVEIRA et

al., 2006).

De acordo com Medina (2009) é importante considerar que 75% das mortes

por hipertensão na gravidez têm como causa a pré-eclampsia e a eclampsia. Isso é

69,64%

30,36%

Pré-eclâmpsia

Eclâmpsia

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21

lastimável porque a eclampsia em especial, que é uma forma grave da pré-

eclampsia, é uma patologia que pode ser prevenida desde que se consiga atuar

precocemente.

Gráfico 4 . Distribuição percentual quanto ao prognóstico da mãe no hospital geral. Alto Alegre – MA. 2016.

Fonte: Autores (2016).

O Gráfico 4 apresenta que 67,85% tiveram o prognostico para o Alcon e

32,15 foram para UTI.

Segundo o Ministério da Saúde as condutas a serem seguidas nas

eclampsias são: internação em UTI, manter uma vigilância permanente, realizar a

contenção no leito, aspiração orotraqueal e cânula de Guedel. Assim que o quadro

clínico da gestante estabilizar, interromper a gestação pela via mais rápida e segura

(BRASIL, 2006).

A atenção dada ao pré-natal contribui significativamente na redução das

taxas de morbimortalidade materna, promovendo, dessa forma, uma maternidade

segura. Esse cuidado é um desafio a ser vencido e está diretamente ligada ao bom

desempenho por parte dos enfermeiros e sua equipe que assistem as mulheres na

sua gestação, prestando assim um serviço de excelência (SILVA et al., 2011).

Então no presente estudo observou que a maioria das gestantes após o

parto foram encaminhadas pro ALCON (67,85), tendo assim um bom prognóstico,

todavia a assistência prestada a essas pacientes de maneira correta evita várias

complicações entre mãe/filho, como também o encaminhamento dos mesmo para

UTI.

67,85%

32,15%

ALCON

UTI

Page 22: Artigo DHEG

22

CONCLUSÃO

Diante dos resultados encontrados algumas considerações merecem ser

destacadas, quanto a prevalência de doença hipertensiva específica da gestação em

um hospital da região central do Maranhão, dos quais 71,44% tinham idade entre 28

a 38 anos, 57,14% eram parda, 55,37% realizaram de 5 a 7 consultas pré-natal,

85,72% estavam com cartão da gestante, 50% apresentavam pressão arterial 161 a

180 mmHg, 78,58% eram multigesta, 58,92% realizaram parto cesário, 69,64%

tiveram pré-eclâmpsia, 85,72% realizaram exames laboratoriais e 67,85% foram

encaminhadas para o ALCON.

Com base nesses achados, considera-se primordial uma assistência pré-

natal de qualidade, em que as gestantes de risco sejam identificadas desde o inicio

da doença, pois caso haja necessidade, devem-se realizar intervenções para

minimizar as complicações de doenças hipertensivas durante o período gravídico.

Durante este estudo vimos a necessidade de uma melhoria na assistência

à mulher desde o pré-natal, seja no acolhimento, na detecção e tratamento da

DHEG que podem surgir no decorrer da gestação, além do monitoramento e

prevenção das complicações maternas e fetais.

Acredita-se na necessidade dos profissionais de saúde em especial os

enfermeiros a atuarem na assistência pré-natal adequada as gestantes afetadas por

doenças hipertensivas, bem como qualquer gestação de risco. Neste sentido o

enfermeiro pode atuar de forma significativa para redução das complicações

relacionadas à gravidez, parto e puerpério.

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