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CARTAZ o seu suplemento diário de lazer e cultura Literatura Ângelo Reis defende mais ac- ções literárias, com vista o sur- gimento de novos talentos. Televisão III temporada da série “Mister Brau” estreou ontem com a participação de convidados especiais. Património Hábitos e costumes do antigo Reino do Kongo estão preserva- dos, admite Alfredo Cardoso. Música Projecto musical “Raízes da Minha Banda” descobre talentos na cida- de do Luena (Moxico). Celebridade Elton John contraiu uma “infec- ção mortal” durante uma viagem ao Chile. Artes plásticas angolanas participam na Feira Internacional de Nova Iorque O artista plástico Angel Ihosvanny da Galeria Mov’Art vai participar na III edição da Feira “1:54 Contemporary African Art Fair”, a decorrer de 5 a 7 de Maio, em Nova Iorque, Estados Unidos da América T rata-se da principal feira in- ternacional para projectos e práticas artísticas africanas ou relacionadas com a África, sobre arte contemporânea. A designação é uma referência aos 54 países que constituem o continente africano. Neste certame participam 19 gale- rias, com mais de 60 artistas con- temporâneos de perfil emergente nas artes plásticas, sendo a galeria Mov’Art a única angolana que se faz representar por Ihosvanny, com a mostra “Insomnia City”, com curadoria de Kiluanjy-Kia-Henda. Na manhã desta Terça-feira,25, em conferência de imprensa, o curador da exposição, em repre- sentação do autor, explicou que o trabalho do artista vai espelhar a mística da cidade de Luanda, a ca- pital de Angola, desde a parte ur- bana aos escombros nas suas telas. Sem precisar o número de qua- dros que o artista levará para a fei- ra, pelo facto de estar ainda a con- cluir outras obras inéditas para es- se mesmo evento, ele apresentará também uma instalação de vídeo de animação. Com esta apresentação, preten- de-se dar visibilidade à produção múltipla e diversa do continente junto a uma audiência internacio- nal, promovendo o envolvimen- to de coleccionadores, instituições culturais e audiências mais amplas Jorge Fernandes com a cena da arte contemporânea africana, segundo o curador. Presentemente está patente na galeria Mov’Art em Luanda, parte do espólio que vai a Nova Iorque, onde os quadros estarão à venda, com valores variando entre os 2 e os 10 mil dólares americanos. Reacção A responsável da Mov’Art, Janire Bilbao, disse que com esta apresen- tação de Ihosvanny abre-se mais uma porta para internacionaliza- ção da arte contemporânea ango- lana no mundo, que é o foco da sua galeria. Por opção, o Mov´Art leva apenas um único artista, mas para os próximos anos o número pode- rá ser alargado, na medida em que cada artista poderá mostrar o seu potencial a partir das vivências e pela especificidade da sua arte. Este ano, a escolha virou-se pa- ra o artista Ihosvanny, com quem a Mov’Art já trabalha há cerca de três anos, sendo ele um artista emer- gente que aborda questões muito específicas sobre a cidade de Lu- anda. VIRGILIO PINTO Perfil Angel Ihosvanny Cisneros Felicidade nasceu na pro- víncia do Moxico, em 1975. É um artista auto-didacta e membro do “Movimento Nacionalista”. Em Angola o seu trabalho concentra-se no urbanis- mo, seus aspectos físicos e psicológicos. A sua experiência artísti- ca começou em Cuba, onde viveu por vários anos e ex- pôs pela primeira vez. Já se apresentou em mais de uma dúzia de exposições (indivi- duais e colectivas) em An- gola, Brasil, França, Itália, Portugal, Espanha, Ugan- da e nos Estados Unidos da América. Esta será a sua pri- meira participação na “1:54 Contemporary African Art Fair”. Quadro de pintura do artista Angel, da Galeria Mov´Arte, que será apresentado na feira de Nova Iorque Artista plástico Angel Ihosvanny Mov’Art É uma galeria angolana cria- da com o foco em novas possi- bilidades de trabalho que a Cul- tura e a Arte Contemporânea angolana suscitam. Presta serviços de consulto- ria em Arte Contemporânea, desenvolve e promove projec- tos artísticos e apresenta ainda toda uma gama profissional de serviços complementares, tais como catalogação profissional de acervos, análise e avaliação de colecções de arte, e produ- ção de eventos culturais e ex- posições. A sua trajectória está funda- mentada pela excelência em três áreas de actuação que in- teragem na elaboração de pro- jectos, conferindo domínio, di- namismo, inovação e qualida- de nas acções de consultoria, art services e galeria de arte.

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Page 1: Artes plásticas angolanas participam Perfil Angel …...Artes plásticas angolanas participam na Feira Internacional de Nova Iorque O artista plástico Angel Ihosvanny da Galeria

CARTAZ o seu suplemento diário de lazer e cultura

LiteraturaÂngelo Reis defende mais ac-ções literárias, com vista o sur-gimento de novos talentos.

TelevisãoIII temporada da série “Mister Brau” estreou ontem com a participação de convidados especiais.

PatrimónioHábitos e costumes do antigo Reino do Kongo estão preserva-dos, admite Alfredo Cardoso.

MúsicaProjecto musical “Raízes da Minha Banda” descobre talentos na cida-de do Luena (Moxico).

CelebridadeElton John contraiu uma “infec-ção mortal” durante uma viagem ao Chile.

Artes plásticas angolanas participam na Feira Internacional de Nova IorqueO artista plástico Angel Ihosvanny da Galeria Mov’Art vai participar na III edição da Feira “1:54 Contemporary African Art Fair”, a decorrer de 5 a 7 de Maio, em Nova Iorque, Estados Unidos da América

Trata-se da principal feira in-ternacional para projectos e práticas artísticas africanas

ou relacionadas com a África, sobre arte contemporânea. A designação é uma referência aos 54 países que constituem o continente africano. Neste certame participam 19 gale-rias, com mais de 60 artistas con-temporâneos de perfil emergente nas artes plásticas, sendo a galeria Mov’Art a única angolana que se faz representar por Ihosvanny, com a mostra “Insomnia City”, com curadoria de Kiluanjy-Kia-Henda.

Na manhã desta Terça-feira,25, em conferência de imprensa, o curador da exposição, em repre-sentação do autor, explicou que o trabalho do artista vai espelhar a mística da cidade de Luanda, a ca-pital de Angola, desde a parte ur-bana aos escombros nas suas telas.

Sem precisar o número de qua-dros que o artista levará para a fei-ra, pelo facto de estar ainda a con-cluir outras obras inéditas para es-se mesmo evento, ele apresentará também uma instalação de vídeo de animação.

Com esta apresentação, preten-de-se dar visibilidade à produção múltipla e diversa do continente junto a uma audiência internacio-nal, promovendo o envolvimen-to de coleccionadores, instituições culturais e audiências mais amplas

Jorge Fernandes

com a cena da arte contemporânea africana, segundo o curador.

Presentemente está patente na galeria Mov’Art em Luanda, parte do espólio que vai a Nova Iorque, onde os quadros estarão à venda, com valores variando entre os 2 e os 10 mil dólares americanos.

Reacção A responsável da Mov’Art, Janire

Bilbao, disse que com esta apresen-tação de Ihosvanny abre-se mais uma porta para internacionaliza-ção da arte contemporânea ango-

lana no mundo, que é o foco da sua galeria. Por opção, o Mov Art leva apenas um único artista, mas para os próximos anos o número pode-rá ser alargado, na medida em que cada artista poderá mostrar o seu potencial a partir das vivências e pela especificidade da sua arte.

Este ano, a escolha virou-se pa-ra o artista Ihosvanny, com quem a Mov’Art já trabalha há cerca de três anos, sendo ele um artista emer-gente que aborda questões muito específicas sobre a cidade de Lu-anda.

VIRGILIO PINTO

Perfil

Angel Ihosvanny Cisneros Felicidade nasceu na pro-víncia do Moxico, em 1975. É um artista auto-didacta e membro do “Movimento Nacionalista”. Em Angola o seu trabalho concentra-se no urbanis-mo, seus aspectos físicos e psicológicos.

A sua experiência artísti-ca começou em Cuba, onde viveu por vários anos e ex-pôs pela primeira vez. Já se apresentou em mais de uma dúzia de exposições (indivi-duais e colectivas) em An-gola, Brasil, França, Itália, Portugal, Espanha, Ugan-da e nos Estados Unidos da América. Esta será a sua pri-meira participação na “1:54 Contemporary African Art Fair”.

Quadro de pintura do artista Angel, da Galeria Mov´Arte, que será apresentado na feira de Nova Iorque

Artista plástico Angel Ihosvanny

Mov’Art

É uma galeria angolana cria-da com o foco em novas possi-bilidades de trabalho que a Cul-tura e a Arte Contemporânea angolana suscitam.

Presta serviços de consulto-ria em Arte Contemporânea, desenvolve e promove projec-tos artísticos e apresenta ainda toda uma gama profissional de serviços complementares, tais

como catalogação profissional de acervos, análise e avaliação de colecções de arte, e produ-ção de eventos culturais e ex-posições.

A sua trajectória está funda-mentada pela excelência em três áreas de actuação que in-teragem na elaboração de pro-jectos, conferindo domínio, di-namismo, inovação e qualida-de nas acções de consultoria, art services e galeria de arte.

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O PAÍS Quarta-feira, 26 de Abril de 2017 15

Selagem de produtos como livros permitirá a sua protecção no mercado

Selagem de produtos culturais ajuda a combater a pirataria O director nacional dos Direitos de Autor e Conexos do Ministério da Cultura(MINCULT), Barros Licença, disse na Segunda-feira, 24, em Luanda, que o uso de selos em livros ou noutros produtos culturais ajuda a proteger esses bens e combate a pirataria

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O responsável fez essas de-clarações quando abor-dava o tema “A selagem

dos livros e direitos de autores”, num workshop promovido pelo Ministério da Cultura, no âmbi-to do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, assinalado a 23 de Abril.

Explicou que a aplicação dos selos em produtos culturais deve ser en-tendida como medida de protecção dos bens e combate à contrafacção.

A selagem, reforçou, é também um elemento de referência para as entidades fiscalizadoras, na sua missão de inspeccionar e a apli-car a lei.

“A selagem dos produtos cultu-rais permite identificar as obras re-produzidas indevidamente e dis-tingui-las das originais”, clarifi-cou.

Fez saber que a direcção dos Di-reitos Autorais está trabalhar no aperfeiçoamento de nova legisla-

ção, no sentido de tornar mais ri-goroso e cerrado o combate à pira-taria.

“Este sistema será mais benéfico, não só para os autores, mas tam-bém para o Governo. É uma forma

de termos o controlo das obras ori-ginais e combater a contrafacção”, frisou.

Tão logo a medida entre em vi-gor, referiu, será obrigatório a se-lagem dos produtos culturais, por

parte dos comerciantes, no sentido de conferir a originalidade e a lega-lidade do bem. Caso o produto não possua o selo, advertiu, as autori-dades poderão agir, considerando o material ilegal. Anunciou que es-ta medida vai entrar em vigor nos próximos tempos.

Por sua vez, o director-geral da Plural Editores, Paulo Ribeiro, re-conheceu que um dos principais constrangimentos que a sua ins-tituição enfrenta no mercado é a problemática da pirataria.

Apelou às autoridades para se-rem mais actuantes e inflexíveis no combate à contrafacção, no sentido de se acabar com esse mal, que pre-judica o desenvolvimento do sector cultural do país.

Sobre a dataO Dia Mundial do Livro e do Di-reito de Autor (também conheci-do como o Dia Mundial do Livro), foi criado na 28ª Conferência Ge-ral da UNESCO, para promover o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais. Todos os anos são orga-nizados uma série de eventos pa-ra celebrar o dia.

PEDRO NICODEMOS