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TREINAMENTO EM GESTÃO DA SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO POR AMÔNIA NR – 13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES

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Ciclo de Refrigeração por Absorção

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Page 1: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

TREINAMENTO EM GESTÃO DA SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE SISTEMAS

DE REFRIGERAÇÃO POR AMÔNIA

NR – 13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES

Page 2: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

INTRODUÇÃO

Esta seção do treinamento tem por objetivo apresentar algumas definições termodinâmicas e as propriedades das substâncias mais usadas na análise de sistemas frigoríficos. Mostrará ainda, as relações entre as propriedades termodinâmicas de uma substância pura, que é o caso dos fluídos frigoríficos. Também serão apresentados os conceitos básicos relacionados com transferência de calor.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

• Propriedades termodinâmicas. São características macroscópicas de um sistema, como: volume, massa, temperatura, pressão etc.

• Estado Termodinâmico. Pode ser entendido como sendo a condição em que se encontra a substância, sendo caracterizado pelas suas propriedades.

• Processo. É uma mudança de estado de um sistema. O processo representa qualquer mudança nas propriedades da substância. Uma descrição de um processo típico envolve a especificação dos estados de equilíbrio inicial e final.

• Ciclo. É um processo, ou mais especificamente uma série de processos, onde o estado inicial e o estado final do sistema (substância) coincidem.

Page 4: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

• Substância Pura. É qualquer substância que tenha composição química invariável e homogênea. Ela pode existir em mais de uma fase (sólida, líquida e gasosa), mas a sua composição química é a mesma em qualquer das fases.

• Temperatura de saturação. Este termo demonstra a temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura a uma dada pressão. Essa pressão é chamada “pressão de saturação” para a temperatura dada. Assim, para a água (utiliza-se a água para facilitar o entendimento da definição dada) a 100 o C, a pressão de saturação é de 1,01325 bar, e para a água a 1,01325 bar de pressão, a temperatura de saturação é de 100 oC. Para uma substância pura há uma relação definida entre a pressão de saturação e a temperatura de saturação correspondente.

Page 5: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

• Líquido Saturado. Se uma substância se encontra como líquido à temperatura e pressão de saturação, diz-se que ela está no estado de líquido saturado.

• Líquido Sub-resfriado. Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação, para a pressão existente, o líquido é chamado de líquido sub-resfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a temperatura de saturação para a pressão dada), ou líquido comprimido, (significando ser a pressão maior que a pressão de saturação para a temperatura dada).

Page 6: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

• Título (x). Quando uma substância se encontra parte líquida e parte vapor, na temperatura de saturação (isto ocorre, em particular, nos sistemas de refrigeração, no condensador e no evaporador), a relação entre a massa de vapor e a massa total, isto é, massa de líquido mais a massa de vapor, é chamada de título (x). Matematicamente, tem-se:

Page 7: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

Page 8: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

DEFINIÇÕES

• Vapor Saturado. Se uma substância se encontra completamente como vapor na temperatura de saturação, é chamada de “vapor saturado”, e neste caso o título é igual a 1 ou 100%, pois a massa total (mt) é igual à massa de vapor (mv).

• Vapor Superaquecido - Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é chamado “vapor superaquecido”. A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em verdade, as substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos.

Page 9: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE UMA SUBSTÂNCIA

Uma propriedade de uma substância é qualquer característica observável dessa substância.Um número suficiente de propriedades termodinâmicas independentes constitui uma definição completa do estado da substância.As propriedades termodinâmicas mais comuns são: temperatura (T), pressão (P), volume específico (v) e massa específica (ρ). Além destas propriedades termodinâmicas mais familiares, e que são mensuráveis diretamente, existem outras propriedades termodinâmicas fundamentais para a análise de transferência de calor, trabalho e energia, não mensuráveis diretamente, que são: energia interna (u), entalpia (h) e entropia (s).

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE UMA SUBSTÂNCIA

Energia Interna (u). É a energia que a matéria possui devido ao movimento e/ou forças intermoleculares. Esta forma de energia pode ser decomposta em duas partes:

a) Energia cinética interna relacionada à velocidade das moléculas;⇒b) Energia potencial interna relacionada às forças de atração entre as ⇒moléculas.

As mudanças na velocidade das moléculas são identificadas, macroscopicamente, pela alteração da temperatura da substância (sistema), enquanto que as variações na posição são identificadas pela mudança de fase da substância (sólido, líquido ou vapor).

Page 11: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE UMA SUBSTÂNCIA

Entalpia (h). Na análise térmica de alguns processos específicos, freqüentemente são encontradas certas combinações de propriedades termodinâmicas. Uma dessas combinações ocorre quando se tem um processo a pressão constante, resultando a combinação u + pv. Assim é conveniente definir uma nova propriedade termodinâmica chamada “entalpia”, a qual é representada pela letra h. Matematicamente, tem-se:

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE UMA SUBSTÂNCIA

Entropia (s). Esta propriedade termodinâmica representa uma medida da desordem molecular da substância ou a medida da probabilidade de ocorrência de um dado estado da substância.

Cada propriedade de uma substância, em um dado estado, tem somente um valor finito. Essa propriedade sempre tem o mesmo valor para um estado dado, independentemente de como foi atingido tal estado.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

A primeira lei da termodinâmica também é conhecida como o “Principio de Conservação de Energia”, o qual estabelece que a energia não pode ser criada nem destruída, mas somente transformada, entre as várias formas de energia existentes.

Para se efetuar balanços de energia, isto é, para se aplicar a primeira lei da termodinâmica, é necessário primeiro estabelecer o conceito de sistema termodinâmico.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

A Primeira Lei da Termodinâmica nada mais é que o princípio da conservação de energia e, apesar de ser estudado para os gases, pode ser aplicado em quaisquer processos em que a energia de um sistema é trocado com o meio externo na forma de calor e trabalho.

Page 15: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Quando fornecemos a um sistema certa quantidade de energia Q, esta energia pode ser usada de duas maneiras:

1. Uma parte da energia pode ser usada para o sistema realizar um trabalho (t), expandindo-se ou contraindo-se, ou também pode acontecer de o sistema não alterar seu volume (t = 0);

2. A outra parte pode ser absorvida pelo sistema, virando energia interna, ou seja, essa outra parte de energia é igual à variação de energia (ΔU) do sistema. Se a variação de energia for zero (ΔU = 0) o sistema utilizou toda a energia em forma de trabalho.

ΔU= Q - t

Page 16: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Assim temos enunciada a primeira lei da termodinâmica: a variação de energia interna ΔU de um sistema é igual a diferença entre o calor Q trocado com o meio externo e o trabalho t por ele realizado durante uma transformação.

Page 17: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Aplicando a lei de conservação da energia, temos:

ΔU= Q – t Q = ΔU + t

Q Quantidade de calor trocado com o meio:Q > 0 o sistema recebe calor;Q < 0 o sistema perde calor.

ΔU Variação da energia interna do gás:ΔU > 0 a energia interna aumenta, portanto, sua temperatura aumenta;ΔU < 0 a energia interna diminui, portanto, sua temperatura diminui.

t Energia que o gás troca com o meio sob a forma de trabalho:t > 0 o gás fornece energia ao meio, portanto, o volume aumenta;t < 0 o gás recebe energia do meio, portanto, o volume diminui.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Assim, o sistema termodinâmico consiste em uma quantidade de matéria (massa), ou região, para a qual a atenção está voltada.

Demarca-se um sistema termodinâmico em função daquilo que se deseja analisar, e tudo aquilo que se situa fora do sistema termodinâmico é chamado meio ou vizinhança.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Page 20: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

O sistema termodinâmico é delimitado através de suas fronteiras, as

quais podem ser móveis, fixas, reais ou imaginárias. O sistema pode

ainda ser classificado em sistema fechado (a), correspondendo a uma

região onde não ocorre fluxo de massa através de suas fronteiras

(tem massa fixa), e sistema aberto (b), que corresponde a uma região

onde ocorre fluxo de massa através de suas fronteiras, sendo

também conhecido por volume de controle.

Page 21: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

O balanço de energia estabelece que, para um determinado intervalo de tempo, o somatório dos fluxos de energia entrando no volume de controle, é igual ao somatório dos fluxos de energia saindo do volume de controle mais a variação da quantidade de energia armazenada pelo mesmo (perdas), durante o intervalo de tempo considerado.

Matematicamente, tem-se:

Page 22: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

onde:

Page 23: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Imagine dois corpos com temperaturas diferentes: um

quente e um frio. Se colocarmos os dois corpos em contato

a energia térmica do mais quente passará ao mais frio até

que ocorra o equilíbrio térmico entre eles.

Page 24: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Page 25: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

A segunda lei da termodinâmica envolve o funcionamento das

máquinas térmicas, ou seja, situações em que o calor é transformado

em outras formas de energia.

Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior

aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria, pois

trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICADois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck:

Enunciado de Clausius:O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema.

Page 27: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Page 28: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Enunciado de Kelvin-Planck:

É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho.Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo.

Page 29: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

Page 30: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Quando existe uma diferença de temperatura entre dois sistemas (duas regiões), a mesma tende a desaparecer espontaneamente, pelo aparecimento da forma de energia calor. Ao conjunto de fenômenos que caracterizam os mecanismos da transmissão de energia na forma de calor denomina-se Transferência de Calor.

Page 31: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Calor é a energia térmica em movimento entre corpos que estão a temperaturas diferentes. O calor passa de um corpo para o outro até que seja atingido o equilíbrio térmico.

Page 32: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Page 33: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Teoricamente a transferência de calor pode ocorrer isoladamente por condução, convecção ou radiação. No entanto, praticamente, as três formas citadas ocorrem simultaneamente, ficando a critério do interessado o estudo da possibilidade de serem desprezadas uma ou duas das formas, em função do problema analisado.

Page 34: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

Ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética).

Page 35: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor.

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PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

Page 37: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO

Page 38: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO

Somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído.Consideremos um recipiente contendo água e colocado sobre uma chama. A água contida no recipiente recebe calor da fonte de maneira que o aquecimento ocorre na sua parte inferior.

Page 39: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO

É bom saber que a água é isolante térmico, ou seja, a transmissão de calor por condução é muito baixa.

A cada camada inferior de água, ao se aquecer, sofre dilatação e, consequentemente, a sua densidade diminui.A água quente, menos densa, sob a água fria, mais densa, desce, ocupando o lugar da primeira, formando assim correntes de convecção.

Page 40: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO

Page 41: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR RADIAÇÃO

Consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da

luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio,

esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe

energia do Sol e libera energia para o espaço.

Page 42: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

PRINCÍPIOS DA TERMODINÂMICA

TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR RADIAÇÃO

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

Se um líquido for introduzido num vaso onde existe, inicialmente, um grau de vácuo e cujas paredes são mantidas a temperatura constante, ele se evaporará imediatamente. No processo, o calor latente de vaporização, ou seja, o calor necessário para a mudança do estado líquido para o estado vapor é fornecido pelas paredes do vaso. O efeito de resfriamento resultante é o ponto de partida do ciclo de refrigeração, que será examinado neste capítulo.

Page 44: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

À medida que o líquido se evapora, a pressão dentro do vaso aumenta até atingir,eventualmente, a pressão de saturação para a temperatura considerada. Depois disto nenhuma quantidade de líquido evaporará e, naturalmente, o efeito de resfriamento cessará. Qualquer quantidade adicional de líquido introduzido permanecerá no neste estado, isto é, como líquido no fundo do vaso.

Page 45: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

Se for removida parte do vapor do recipiente conectando-o ao lado de sucção de uma bomba, a pressão tenderá a cair, isto provocará uma evaporação adicional do líquido. Neste aspecto, o processo de resfriamento pode ser considerado contínuo. E, para tal, necessita-se: de um fluido adequado, o refrigerante; um recipiente onde a vaporização e o resfriamento sejam realizados, chamado de evaporador; e um elemento para remoção do vapor, chamado de compressor.

Page 46: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

O sistema apresentado até agora não é prático, pois envolve um consumo contínuo de refrigerante. Para evitar este problema é necessário converter o processo num ciclo. Para fazer o vapor retornar ao estado líquido, o mesmo deve ser resfriado e condensado. Usualmente, utiliza-se a água ou o ar, como meio de resfriamento, os quais se encontram a uma temperatura, substancialmente, mais elevada do que a temperatura reinante no evaporador.

Page 47: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

A pressão de vapor correspondente à temperatura de condensação deve, portanto, ser bem mais elevada do que a pressão no evaporador. O aumento desejado de pressão é promovido pelo compressor.A liquefação do refrigerante é realizada num condensador que é, essencialmente, um recipiente resfriado externamente pelo ar ou água. O gás refrigerante quente (superaquecido) com alta pressão é conduzido do compressor para o condensador, onde é condensado.

Page 48: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

INTRODUÇÃO

Resta agora completar o ciclo, o que pode ser feito pela inclusão de uma válvula ou outro dispositivo regulador, que será usado para injeção de líquido no evaporador. Este é um componente essencial de uma instalação de refrigeração e é chamado de válvula de expansão.

Page 49: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de CARNOT, por ser este o ciclo de maior rendimento térmico possível. Entretanto, dado as peculiaridades do ciclo de refrigeração por compressão de vapor, define-se um outro ciclo que é chamado de ciclo teórico, no qual os processos são mais próximos aos do ciclo real.

Page 50: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Portanto, torna-se mais fácil comparar o ciclo real com este ciclo teórico (existem vários ciclos termodinâmicos ideais, diferentes do ciclo de Carnot, como o ciclo ideal de Rankine, dos sistemas de potência a vapor, o ciclo padrão ar Otto, para os motores de combustão interna a gasolina e álcool, o ciclo padrão ar Brayton, das turbinas a gás, etc). Este ciclo teórico ideal é aquele que terá melhor performance operando nas mesmas condições do ciclo real.

Page 51: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Page 52: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

A Figura anterior mostra um esquema básico de um sistema de refrigeração por compressão de vapor com seus principais componentes, e o seu respectivo ciclo teórico construído sobre um diagrama de Mollier, no plano P-h. Os equipamentos esquematizados na Figura representam, genericamente, qualquer dispositivo capaz de realizar os respectivos processos específicos indicados.

Page 53: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOROs processos termodinâmicos que constituem o ciclo teórico em seus respectivos equipamentos são:

Processo 1→2. Ocorre no compressor. O refrigerante entra no compressor à pressão do evaporador (Po) e com título igual a 1 (x =1, vapor saturado). O refrigerante é então comprimido até atingir a pressão de condensação (Pc) e, ao sair do compressor está superaquecido à temperatura T2, que é maior que a temperatura de condensação TC.

Page 54: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Processo 2→3. Ocorre no condensador, sendo um processo de rejeição de calor, onde o refrigerante transfere parte do calor para o meio ambiente, à pressão constante. Neste processo o fluido frigorífico é resfriado da temperatura T2 até a temperatura de condensação TC e, a seguir, condensado até se tornar líquido saturado na temperatura T3.

Page 55: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Processo 3→4. Ocorre no dispositivo de expansão, sendo uma expansão irreversível à entalpia constante (processo isentálpico), desde a pressão PC e líquido saturado (x=0), até a pressão de vaporização (Po). Observe que o processo é irreversível e, portanto, aentropia do refrigerante na saída do dispositivo de expansão (s4) será maior que a entropia do refrigerante na sua entrada (s3).

Page 56: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO TEÓRICO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE

VAPOR

Processo 4→1. Ocorre no evaporador, sendo um processo de transferência de calor a pressão constante (Po), conseqüentemente a temperatura constante (To), desde vapor úmido (estado 4), até atingir o estado de vapor saturado seco (x=1). Observe que o calor transferido ao refrigerante no evaporador não modifica a temperatura do refrigerante, mas somente muda sua qualidade (título).

Page 57: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO REAL DE COMPRESSÃO DE VAPOR

As diferenças principais entre o ciclo real e o ciclo teórico estão mostradas na Figura a seguir. Uma das diferenças entre o ciclo real e o teórico é a queda de pressão nas linhas de descarga, líquido e de sucção assim como no condensador e no evaporador.Estas perdas de carga são denomonadas ΔPd e ΔPs .

Page 58: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO REAL DE COMPRESSÃO DE VAPOR

Outra diferença é o sub-resfriamento do refrigerante na saída do condensador (nem todos os sistemas são projetados com sub-resfriamento), e o superaquecimento na sucção do compressor, sendo este também um processo importante que tem a finalidade de evitar a entrada de líquido no compressor.

Page 59: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO REAL DE COMPRESSÃO DE VAPORDevido ao superaquecimento e ao processo de compressão, a temperatura de descarga do compressor (T2) pode ser muito elevada, tornando-se um problema para os óleos lubrificantes usados nos compressores frigoríficos. A temperatura de descarga não deve ser superior a 130 °C, o que, por vezes, exige o resfriamento forçado do cabeçote dos compressores, principalmente quando são utilizados os refrigerantes R717 e R22, (com baixas temperaturas de evaporação).

Page 60: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR

COMPRESSÃO DE VAPOR

CICLO REAL DE COMPRESSÃO DE VAPOR

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REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Considerações econômicas e ambientais trouxeram um novo interesse nos refrigeradores alimentados por uma fonte de calor. Esses sistemas podem utilizar fontes de energia renováveis, tais como gases quentes expelidos por outros sistemas, ou mesmo energia solar.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 62: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Quando a refrigeração tem que ser fornecida de maneira ininterrupta, torna-se necessário estabelecer uma fonte de energia suplementar, tal como um queimador a gás e ainda assim se apresentando como uma boa alternativa, já que para a energia térmica são necessárias fontes bem menos nobres do que para a energia elétrica, sendo esta a principal vantagem do sistema.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 63: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Os sistemas de refrigeração por absorção têm o princípio físico do efeito de refrigeração semelhante ao dos sistemas por compressão: a evaporação de uma massa fluida líquida à temperatura controlada, em contato indireto com o meio a resfriar. O controle da temperatura é efetuado pelo controle da pressão de evaporação.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 64: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

EXEMPLOS DE CONFIGURAÇÕES DE EQUIPAMENTOS

RESFRIADORES COM AMÔNIA

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Absorvedor

Page 65: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

A diferença entre os dois sistemas está na maneira como a elevação da pressão do vapor da zona de baixa para a zona de alta é efetuada. Nos sistemas por absorção, o vapor proveniente do evaporador é recebido por um elemento chamado absorvedor.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 66: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

No absorvedor, o vapor de refrigerante entra em contato e é absorvido por um absorvente (uma solução líquida). A solução líquida é então bombeada até a pressão de alta (pressão de condensação do vapor), e descarregada no gerador.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 67: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

No gerador, ela recebe calor de uma fonte externa, a uma temperatura controlada (gás, eletricidade, vapor, fluidos a alta temperatura, aquecimento solar) para separar o vapor de amônia da solução. O vapor é, então, enviado ao condensador, onde irá trocar calor com o meio externo, retornando à fase líquida. Posteriormente, é expandido novamente até a pressão de evaporação e retorna ao evaporador, seguindo os mesmos passos de um ciclo por compressão.

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 68: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Page 69: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Coeficiente de performance – COP

O coeficiente de performance - COP, também conhecido como coeficiente de eficácia, caracteriza o desempenho de um ciclo de refrigeração, relacionando o efeito desejado de refrigeração, com o que se paga por isso - energia consumida.

Page 70: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Coeficiente de performance – COP

No caso de um ciclo de refrigeração por absorção, o COP é definido como a relação entre a taxa de refrigeração e a taxa de fornecimento de potência no compressor.

Page 71: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

Coeficiente de performance – COP

Page 72: Apresentação SENAI - Mod. I . Termodinâmica

EXEMPLOS DE CONFIGURAÇÕES DE EQUIPAMENTOS

RESFRIADORES COM AMÔNIA

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO !!!!!!!!!