apresentação de benedicto moreira
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SEMINÁRIO2011-2014: o Brasil e os desafios
do novo ciclo de desenvolvimento
O Brasil e sua integração com o mundo:
o que pode mudar na nossa política
de exportação
Benedicto Fonseca Moreira Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2010
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I - A base da transformação da economia mundial
1 - Desde a década de 50, os avanços nas tecnologias, principalmente nas comunicações e na informática, induzidas pela busca de conhecimentos para garantir hegemonia nos Programas Espaciais, propiciou “nova” Revolução Industrial. 2 - A incorporação de tecnologias passa a ser fator básico de competição à medida que facilita o aumento da produção com menores custos e saltos na qualidade. Induziu, ao longo dos anos importantes modificações na economia mundial, e abriu caminho para o processo de crescente globalização. 3 - A Revolução Tecnológica dá nova dimensão ao processo de produção e propicia saltos na qualidade dos produtos, e força crescente inserção internacional, definida na maior abertura dos mercados, com integração globalizante.
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estimular a produção em escala; dominar espaços internos; reduzir custos de produção e dar saltos na produtividade; incorporar tecnologias; garantir o suprimento de insumos e bens de capital; lucratividade.
ao setor privado
aos governos
garantir o abastecimento interno (conceito anti-inflacionário); garantir a geração de empregos (conceito social); garantir importações essenciais e maximizar exportações de mercadorias e serviços (conceito cambial); estimular a absorção de tecnologias, melhoria da produtividade e da
qualidade (conceito econômico da competitividade); estimular escala de produção (conceito de custos e sustentação do crescimento econômico).
4 - Em tese a abertura das economias une países e seusmercados possibilitando:
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a) adaptação das estruturas produtivas, da organização política e do ambiente social
b) esforço continuado para a incorporação de novas tecnologias, como fator de competição
escala de produção
internacionalização das cadeias produtivas
aumento da produtividade
saltos na qualidade, etc.
c) ênfase na produção de produtos de média e alta tecnologias domínio de mercado valoração de produção receita cambial emprego, etc.
5 - Os efeitos visíveis do processo de abertura econômica e inserção internacional (globalização)
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d) fusões, acordos interempresas e internacionalização de empresas maior absorção tecnológica escala de produção redução de custos competitividade e domínio de mercados
e) fragmentação da produção internacionalização cadeia produtiva internacional domínio de mercado produto mundial verticalização da produção redução de custos
f) acordos de preferência comercial (multilateral,bilateral,regional e subregional) soberania compartilhada mercado supranacional direcionamento de investimentos vantagens competitivas 05
g) crescente normatização e regulamentação do comércio mundial (OMC) modificação da forma de operar
protecionismo sai da tarifa para medidas não tarifárias
h) ênfase nos serviços de logística de transportes e comercialização
domínio da cadeia produtiva
domínio de mercados
j) comércio exterior como instrumento de força e fator estratégico e hegemônico
domínio das vantagens competitivas força negocial
i) uso estratégico do tempo X burocracia
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II - Cenário Global
Era do conhecimento Globalização e seus efeitos
1- Adaptação de organização política e do ambiente social das estruturas produtivas
fusões de empresas
ação internalizadora escala e emprego
desemprego
domínio dos serviços
ampliação do espaço externo (fragmentação da produção, etc.)
crescimento vertical da produção
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2- Extroversão internacionalizadora
novo espaço econômico externo, com preferência comercialcriar mercado supranacional, para estimular investimentos, com tecnologias avançadas, nova escala de produção e produtividade
unilateral, interesses específicos multilateralismo cauteloso (OMC) integracionismo regional e sub-regional, para formação de blocos aumento
produção produtividade capacidade de competição geração de emprego
provável “bilateralismo” interblocos econômicos
3- Redução da soberania dos Estados Nacionais crescente normatização e regula-mentação do comércio mundial (OMC)
4- Sofisticação do protecionismo, que passa do campo tarifário para o não tarifário
normatização técnica e de natureza tecnológica, ecologia, normas sanitárias e fitossanitários, direitos humanos modificações genéticas, medida antiterroristas, procedimentos conceituais antidumping e antisubsídios, subsídios para P&D, garantias de preço de compras, financiamentos especiais, acordos “voluntários”, ideológico, institucional, conjuntural, etc. 08
5- Comércio exterior, como instrumento de força e fator estratégico na reestruturação das economias (fator hegemônico)
firme organização e forte exercício negocial diante da erosão da soberania;
comércio exterior, transferência de tecnologias e investimentos estrangeiros, formam um todo;
reorganização do sistema produtivo, com domínio das vantagens competitivas
conhecimento e educação sem limites (segurança nacional e soberania)
incorporar avanços tecnológicos
maximizar eficiência e eficácia logística
maximizar uso de serviços
saltos na produtividade e na qualidade
capacidade para absorver informações estratégicas
tempo como fator determinante
produto mundial X fragmentação
desburocratização extrema
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III - O Brasil e sua Integração no Mundo
Em 1990, após 43 anos de total controle da economia, o Brasil iniciou o processo de abertura econômica, com crescente inserção internacional, visando três objetivos principais: maximizar o crescimento econômico, corrigir a tendência desequilibrante do balanço de pagamentos em transações correntes e debelar a inflação
Decorridos 20 anos, observa-se:
a inflação está contida, pela compressão da demanda, mas não debelada;
o crescimento econômico é insuficiente para garantir a aceleração do desenvolvimento social;
o balanço em transações correntes volta a alcançar níveis elevados. 10
IV - Brasil: uma política para o comércio exterior e arealidade mundial
a) O que deveria ser
Premissa: a exportação, numericamente, está bem, mas a política de exportação está mal
Princípio: abertura econômica exige (dogmatizar a competitividade) eficiência na economia e eficácia do Governo
crescente capacidade de competição, com ênfase nas vantagens competitivas
Definição: cerne da política de exportação
crescente capacidade de competir em: mercado disputado “espaços ocupados”
predominância de produtos de média e alta tecnologia
empresas com presença e acordos societários externos (comércio interempresas) 11
colocar no exterior, no estabelecimento do importador, mercadoria com:
melhor preço
tecnologia moderna
melhor qualidade
maior segurança
melhores condições de pagamento
menor tempo
Competitividade: capacidade para
crescer na exportação mesmo com: demanda externa marginal ou estagnada
crescentes obstáculos externos não tarifários
ocupar “espaços” externos e, qualquer circunstância
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As barreiras internas e a formação de preços de competição
Princípio: as barreiras internas à exportação são mais danosas e
constrangedoras que as barreiras externas. Definição: conjunto de leis, atos públicos institucionais, decisões, ações
políticas, deficiências estruturais, despreparo educacional e cultural, ideologismo,
exacerbação da burocracia como sistema de controle, que dificultam,
desestimulam, limitam ou impedem o fortalecimento da produção e da capacidade
competitiva na exportação e na importação.
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b) Análise de fatores formadores dos preços de competição:
formação de escala de produção
política de investimentos conceito de oferta fraca
valorização do produto conceito de produtividade e qualidade deficiente
maior grau de industrialização setor primário, produto de alta
tecnologia, reindustrialização,
fragmentação,serviços, etc. fraco
Situação Atual
Fatores Estruturais
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ação indutiva
educação e treinamento (RH) fraca
reformas político-institucionais imprevisível
desregulamentação e simplificação difícil (processo cultural)
eliminação dos estrangulamentos estruturais moroso e incerto
apoio a integração da cadeia produtiva marginal. Não há visão
P&D insuficiente
legislação trabalhista e previdenciária induz salários baixos e informalidade, limita a produtividade. Ruim
infraestrutura fortemente deficiente
ruptura do viés antiempresa privada processo cultural
confiança nas regras e nas instituições fraca
Situação Atual
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capacitação
factual
desoneração de investimentos morosa e confusa
financiamento caro e burocrático
burocracia pesada e onerosa
empresarial
conhecimento (P&D)
- pesquisa
- tecnologia em evolução
- produtividade
imagem
- qualidade
- eficiência em evolução
- design
Situação Atual
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Fatores institucionais
excesso de leis e normasadministrativas custo
excesso de órgãos normativos e controladores tempo
excesso de gravames cerceamento
conflitos entre autoridades
superposições hierárquicas
intervencionismo
prolixia, cara e punitiva
Situação Atual
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Fatores setoriais corretivos de preços
política cambial negativa
política tributária burocrática, agressiva, e altamente negativa
política de financiamento deficiente
política de seguros e garantias de crédito deficiente
política de transportes
transportes internos e sua logística
portos
multimodalismo
Situação Atual
altamente deficientedificulta a competitividade
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Ação comercial competitiva
tempo moroso
imagem eficiência
correção em formação. Ainda deficiente qualidade
informação e promoçãodivulgação para disseminar propaganda para induzir promoção para conquistar marketing para dominar mercados
ocupação de espaços externos confiança no Governo e instituições fraca dinâmica da política negocial insuficiente sistema de vantagens preferenciais fraca política tributária indutiva negativa rede externa e operacionalização em formação internacionalização de empresas em crescimento
em formação
Situação Atual
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c) Resumo das medidas básicas para o Brasil viabilizar crescimento econômico a taxas elevadas, em regime de abertura econômica com inserção internacional
educação e treinamento profissional fator produtividade e qualidade
total desoneração de investimentos, como base para maximizar a produção, elevar a oferta de bens e o
emprego fator combate a inflação e aumento da exportação
infraestrutura de transportes e sua logística, para reduzir custos, facilitar abastecimento e competição
fator exportação
reformas político institucionais (política, trabalhista, tributária, previdenciária, justiça, etc.) para
governabilidade, gerar confiança e estimular investimentos adaptar a estrutura do país, ao regime
de inserção internacional competitiva
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comércio exterior eficiente e competitivo, para gerar escala e sustentar o crescimento econômico fator
hegemônico
desburocratização máxima, com racionalização e informatização fator custo, com ganho do tempo
apoio a externalidade da economia
fusões e acordos entre empresas
internacionalização de empresas
fragmentação de produção
ampliação de acordos preferenciais
priorização dos serviços e da logística de comercialização 21
Obrigado!
Benedicto Fonseca Moreira
Presidente da AEB
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