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Revista A Pátria Para Cristo Edição 264 Abril/Maio 2014

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Na última As-sembleia da

Convenção Ba-tista Brasileira em João Pessoa na Paraíba, lan-çamos a visão de Igreja Multi-plicadora, base-

ada em cinco princípios bíblicos: oração, evangelização discipula-dora, plantação de igrejas, forma-ção de líderes multiplicadores e compaixão e graça. Toda a visão está descrita em dois livros es-tratégicos, que foram publicados naquela ocasião: Igreja Multiplica-dora e Pequenos Grupos Multipli-cadores.

Toda a visão foi construída com muita oração e a participação de missionários, líderes e pastores de igrejas locais. Ela é, portanto, o resultado de muita pesquisa e ex-periências de campo. Não tenho dúvida de que a implementação da visão multiplicadora abençoa-rá a multiplicação de discípulos e igrejas em todo o Brasil. Mas para

isso é fundamental o envolvimen-to dos pastores e líderes e um es-tudo aprofundado dos princípios. Não adianta tentarmos implantar estratégias e programas na igreja local se não assimilarmos os prin-cípios básicos de sustentabilida-de de toda a visão. Caso isso não aconteça, será mais uma tentativa de implementação de uma nova estratégia. Acima de qualquer estratégia ou modelo estão os princípios. Assim, esclarecemos que a Igreja Multiplicadora não é nem uma estratégia nem um novo modelo de igreja. Na verdade são princípios bíblicos encontrados no Novo Testamento, que podem e devem ser implementados em qualquer contexto social e cultu-ral. Nos próximos meses teremos várias reuniões e conferências em todo o Brasil sobre a visão de Igre-ja Multiplicadora. Serão oportuni-dades para você conhecer a visão e iniciar um grande movimento de multiplicação em sua igreja.

Estamos em tempos de colhei-ta e semeadura em todo o país.

Não podemos perder a oportu-nidade de avançar e multiplicar exponencialmente a obra do Se-nhor na nossa geração. Mas não haverá crescimento sem muita oração, dedicação, perseverança e trabalho. Também é importante lembrar que precisamos trabalhar a mentalidade de muitos crentes que não estão comprometidos com o “fazer discípulos”. São ape-nas frequentadores de igreja.

Esta edição da revista A Pá-tria Para Cristo é dedicada à vi-são de Igreja Multiplicadora. Nela você encontrará a descrição dos pontos fundamentais da visão e o trilho do discipulado. Também teremos algumas páginas em es-panhol e português dedicadas ao movimento Jesus, Transfor-mação e Vida, promovido pela União Batista Latino Americana – UBLA.

Vamos avançar! Multiplique!

Pr. Fernando Brandão Diretor Executivo

PALAVRA DO DIRETOR

1

Visão Multiplicadora

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Uma publicação da Junta de Missões Nacionais da

Convenção Batista BrasileiraAno LXIX nº 264 Tiragem: 40.000

Abril de 2014

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de Comunicação e

MobilizaçãoPr. Jeremias Nunes

RedaçãoJornalista Responsável

Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJ

Ana Luiza Menezes Tiago Pinheiro Monteiro

RevisãoAdalberto Alves de Sousa

ArteOliverartelucas

Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo.

Nossa Visão: Ser uma agência missionária

dinâmica e criativa, com excelência na gestão

missionária, voltada para servir às igrejas da CBB no

cumprimento da sua missão.

Endereço da Sede:Rua Gonzaga Bastos, 300

Vila Isabel - 20541-015 Rio de Janeiro – RJ

Telefax: (21) 2107-1818

ISSN 2316-6843

2

Cartas e e-mails ..............................................................3

Histórias de ParceriasUma mulher com DNA Missionário ............................................ 4

TestemunhoTransformado por Jesus e comprometido com a multiplicação ... 8

CapaMultiplicar para conquistar ..................................................... 10

Sempre OrandoOração pelos Povos Indígenas................................................. 14

EspecialTecnologia a serviço de missões .............................................. 16

Panorama Missionário Notícias do campo .................................................................. 19

Missões Nacionais perto de vocêConheça a função do missionário em cada região .................. 22

MOVIMENTO JESUS - TRANSFORMAÇÃO E VIDA ............. 24

Entrevista Igreja Multiplicadora ................................................................ 27

Artigo Mantendo o foco missionário .................................................. 30

ÍNDICE

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EDITORIAL

Neste espaço, publicamos comentários deixados em nossas redes sociais ou recebidos por cartas ou e-mails. Participe você também, enviando a sua colaboração.

Visão Multiplicadora

Fiquei maravilhado com a Edição Especial da Revis-ta A Pátria Para Cristo – Visão Multiplicadora X Brasil 2020. Vou levar a Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira a aplicar estes princípios de multiplicação. Não vejo a hora de estar com os dois livros em mãos e compartilhar com a igreja. Parabéns! Cleverson Pereira do Valle, presidente da OPBB-SP Campinas e Adjacências e pastor da 1ª IB em Artur

NogueiraPor e-mail

Missões

Quero dizer que o trabalho que vocês têm feito é incrível. Por enquanto, ainda não tive a oportunida-de de participar e conhecer pessoalmente. Que Deus continue abençoando, capacitando e dando força e sabedoria cada dia mais! Espero, quem sabe daqui a algum tempo, poder evangelizar com vocês.”

Karine Guimarães, membro da 8ª IB em Itaperuna (RJ)

Por e-mail

Voluntária por um dia

Graça e paz, queridos! Estou impactada com o tra-balho de vocês! Tive a oportunidade de conhecer a Cristolândia do Centro do Rio. Eu e minha filha esta-mos maravilhadas! Fui voluntária por um dia e amei aquelas pessoas! Que o nosso Bom Deus derrame bênçãos sem medida sobre toda a equipe! Um abra-ço!

Lídia SantosPor e-mail

Gratidão

Gostaria de agradecer, pois estas revistas têm feito grande diferença na minha vida. Que Deus continue abençoando a todos.

Catarina Barbosa da Silva, Santo Antônio de Pádua (RJ)

Por e-mail

APPC Missões Nacionais

Ótima iniciativa da JMN. Assim, podemos estar intei-rados com o que acontece no meio batista brasileiro e ao mesmo tempo em oração pelos desafios.

Tácia MenesesPor e-mail

CARTAS E E-MAILS

3

Missões Nacionais está vivendo um

tempo de grande mobilização para

a multiplicação. Conforme o livro de

Atos 5.42, todos os dias, em todos os

lugares, os discípulos de Cristo não

cessavam de ensinar e anunciar Jesus,

o Cristo, fazendo novos discípulos e

plantando novas igrejas.

No dia a dia dos discípulos tudo girava em torno de

cinco princípios estratégicos. Se desejamos conquistar

a Pátria Para Cristo, precisamos orar, evangelizar, for-

mar líderes, agir com compaixão e graça, e plantar igre-

jas que não parem de se multiplicar, tendo o Espírito

Santo na liderança de tudo.

Você está convidado a conhecer os cinco princípios

bíblicos da Igreja Multiplicadora para o crescimento

da igreja. Esta é uma grande oportunidade de juntos

cumprirmos a Grande Comissão. A nossa nação precisa

conhecer os princípios de vida cristã no testemunho

de cada crente. Sua participação nesta visão é muito

importante. Você e sua igreja não podem ficar de fora

dessa visão missionária. Saiba mais na matéria de capa.

Nesta edição damos destaque, também, a mais uma

iniciativa de Missões Nacionais para se comunicar e se

aproximar mais das igrejas e dos crentes, possibilitando

o encontro de informações que vão fortalecer os con-

ceitos sobre vocação, evangelização e missão. Trata-se

do aplicativo de Missões Nacionais (leia na página 16 –

Especial). Queremos oferecer ferramentas para manter

os batistas brasileiros informados sobre o trabalho de

Missões Nacionais no Brasil.

Acompanhe na sessão Testemunho (página 8) o que

conta o jovem Alexandro Laurindo de Souza, um surdo

que foi alcançado pelo poder do evangelho. Enquanto

ele se divertia com amigos a missionária Gláucia e um

grupo de surdos evangelizavam e convidavam para es-

tudarem a Bíblia na Igreja Batista de Libras em Nova

Iguaçu, RJ.

Neste mês de abril, você está recebendo (página 14)

30 motivos especiais de oração pelos povos indígenas

no Brasil. Ainda há muito a ser feito e cremos que a

oração é o primeiro grande passo para isso.

Na Entrevista (página 27) o pastor Fernando Bran-

dão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais,

responde a questões sobre Igreja Multiplicadora. Leia e

entenda quais são as bases desta visão que sistemati-

zou os princípios da igreja do Novo Testamento.

Boa Leitura!

Pr. Jeremias Nunes dos Santos Gerente Executivo de Comunicação e Mobilização

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Por: Marize Gomes Garcia

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Uma mulher com DNAMissionário

HISTóRIA DE PARCERIAS

Edla comemorando seus 105 anos

Assim Áurea Carvalho, responsá-vel por missões na Igreja Batis-

ta em Catete (Rio de Janeiro, RJ) definiu a irmã Edla Lins de Oliveira, durante as comemorações de seus 105 anos de vida, num culto em ação de graças que contou com a pregação do pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Mis-sões Nacionais.

A história de Edla se mistura com a de Missões Nacionais. Nascida na cidade de Rio Largo, AL, aos quatro anos de idade esteve nos braços de Salomão Ginsburg, que estava em viagem pelo Nordeste, acompa-nhado por missionários, tendo sido responsável pela conversão de seu avô, José Cândido Lins. Um homem de muitas posses e que doou ainda em vida o terreno onde se encontra a Igreja Batista de Rio Largo.

Mesmo com 105 anos, Edla contou que seu avô era sacristão da igreja católica. Ele recebeu Salomão em sua casa e pediu que o missionário lesse a Bíblia. Ao ouvir que só ao Se-nhor Deus se devia adorar, disse à mãe que estavam errados e mandou colocar no rio os ídolos que tinham. “Creu na Palavra, tornando-se ciente de que a verdade está na Bíblia e as-sim se converteu”.

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Evio à esquerda, seu irmão Ernesto, pastores Fernando e Eraldo Sena – seu cunhado

Numa segunda visita a Rio Largo, Salomão posou para uma foto com a menina em seus braços. “Eu tirei uma foto com Salomão, na frente da igreja do Rio Largo, com vestidinho vermelhinho”, relatou com uma im-pressionante memória.

Destes tempos, lembrou ainda da fábrica que foi instalada em Rio Lar-go, sendo assim uma oportunidade de muitas vidas (operários da fá-brica) terem sido alcançadas pelas Boas-Novas e se tornaram mem-bros da igreja local. Faziam ativi-dades nas praças, com o harmônio. “Investiu em pastores para a igre-ja. O velho se converteu mesmo e morreu fiel a Deus; suas filhas eram cooperadoras cristãs”, declarou ain-da sobre o avô José Cândido. Edla crescia atuante na igreja, cantando nos cultos e convivendo com mis-sionários em sua casa, pois o avô tinha um quarto separado para re-cebê-los em suas viagens.

Aos 20 anos, Edla casou-se com o pastor Eliézer Correa de Oliveira, teve nove filhos: Eliézer, Évio, Edise (já falecidos), Eliézer Jr., Edile, Er-luce, Eva, Ernesto e Eduardo, além de filhos adotivos – Lindalva e Irton, também já falecidos. Tem 17 netos; 19 bisnetos e seis trinetos. Em 1949 vieram para o Rio, onde o esposo assumiu o pastorado na IB em Ca-tete. Sempre envolvida com a obra missionária, auxiliou o trabalho de evangelização das comunidades próximas à igreja.

Viúva, vive ao lado da igreja e con-tinua ativa, e de acordo com Áurea, “com toda a lucidez e bom senso, continua com o mesmo ardor mis-sionário”. É a irmã Áurea quem nos conta que todas as terças-feiras é realizado um culto de oração na casa da irmã Edla e que nunca assis-tiu a um em que ela não priorizasse missões. “Ao ler as revistas A Pátria Para Cristo ou A Colheita, fica tão preocupada com as obras que es-tão sendo realizadas e suas necessi-dades, os desafios dos missionários que intercede não só durante os cultos como também no silêncio das madrugadas. Dotada de uma exce-lente memória e lucidez, os nomes

dos missionários, mesmo os que ela não conhece, são citados em suas intercessões”.

Foi no material de campanha de 2012, publicado na Visão Missioná-ria da União Feminina Missionária Batista do Brasil, que irmã Edla e as irmãs de outro grupo de oração, do qual também faz parte, tiveram conhecimento da necessidade do projeto Radical Amazônia de adqui-rir rabetas para facilitar o trabalho nas comunidades ribeirinhas, e re-solveram ajudar. Após contato com os missionários Donaldo e Marinal-va Santos, para apurar melhor as necessidades, em janeiro de 2013 a igreja enviou recursos que julgavam suficientes para aquisição de dois barcos. No entanto, com a oferta foi possível comprar dois motores Hon-da, dois barcos pequenos, um maior (usado, mas em boas condições),

um bebedouro industrial para o Centro de Formação Missionária da Amazônia e grades para as portas e janelas do refeitório e da cozinha do CFMA. Como homenagem, pastor Donaldo deu o nome de Edla Lins a um dos barcos e aos outros dois os nomes de Catete I e II.

Como hoje Edla não pode estar pessoalmente naquela localidade, dedica-se a interceder por aqueles que estão lá navegando no bar-quinho que leva seu nome. Tam-bém está sempre envolvida com as campanhas missionárias, como nos conta a irmã Áurea. “Costu-mamos realizar chás, filmes, etc., quando são vendidos lanches para engordar nossas ofertas. Quando menos esperamos, aparece alguém trazendo um panelão de canjica (munguzá, que como boa nordes-tina chama) feito por ela mesma,

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apesar dos protestos de suas filhas, protestos estes por cuidado”.

Questionada sobre o segredo de chegar a esta idade tão ativa, Edla responde: “Eu vivi a vida dedicada a Deus, à evangelização. Foi uma bên-ção poder evangelizar os morros. Uma oportunidade grande que Deus me deu e não poupei minhas pernas. E tenho pra mim que tudo concor-reu para que eu hoje pudesse estar aqui. Não foi outra coisa”.

Sobre a oportunidade de investir no trabalho com ribeirinhos, afirma

LutoOremos para que Deus console o coração da família e,

principalmente, da irmã Edla, pela perda recente de dois de seus filhos. Evio, inclusive é o autor do hino Marchai com o Evangelho. Piloto de avião, em seus voos era surpreendido por tantos lugares onde não havia igrejas e nem mesmo um ponto de pregação. “Eu, piloto, trajando meu macacão, reu-nia em um casebre com as pessoas do local e realizava ali um culto, ainda que não fosse um pregador”, compartilhou. O hino surgiu como fruto das experiências vividas no inte-rior do país nestas viagens. Ao apresentar o hino ao então diretor executivo de Missões Nacionais, pastor Samuel Mitt, ouviu dele: Esse é o hino de nossa campanha.

Fonte: APPC 242

Evio durante as viagens pelo interior da Pátria

sentir muita alegria. “Do pouco que tenho, tirava para a evangelização dos ribeirinhos. Tem sido uma bên-ção contribuir com este trabalho. Tenho alegria em poder ajudar. Nun-ca pensei que tivesse esta oportu-nidade de ajudar as ribeirinhas do Amazonas, os PEPE’s, os Radicais. Deus tem me abençoado e ajudado”.

Ao fim das comemorações de seus 105 anos vividos para a glória de Deus, irmã Edla agradeceu aos filhos, por sua bondade, e à igreja. “Porque Deus tem me abençoado muito na IB em Catete. Toda a nossa

família. Tem sido uma bênção. Meus filhos vieram pequenos, cresceram na igreja e para mim foi um privilégio santo dado por Deus”. Para a irmã Áurea, Edla é exemplo de dedica-ção. “Toda a nossa gratidão a Deus pela vida desta mulher, vida de fide-lidade, exemplo de dedicação, com-promisso com a causa, digna de ser imitada!”

Obrigada, irmã Edla, por seu exemplo de vida dedicada a Deus e à sua obra. Que seu testemunho produza muitos frutos de geração em geração.

Com o filho Eduardo ao piano e solo da cantora lírica Elisete Gomes

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TESTEMUNHO

Transformadopor Jesus e comprometido com a multiplicação

Evangelizar é tarefa de todo cristão. Porque um grupo de

pessoas investiu no evangelismo de surdos em um shopping de Nova Iguaçu, mais um jovem foi alcançado por Cristo e agora experimenta uma nova vida,

além de ajudar a evangelização e discipulado de outros.

Acompanhe seu relato, a seguir.

Minha mãe é evangélica, me dava conselhos, mas eu nunca

dava atenção.Usava cabelo moi-cano, piercing, muitos cordões, ia dormir na casa de outras pessoas, era um motivo de preocupação para os meus pais. Sempre me mandavam mensagem perguntan-do onde eu estava, e sempre briga-vam comigo por causa disso. Mas eu falava que queria ir para aqueles lugares, ficar com meus amigos.

Um dia, eu estava no shopping, bebendo com uns amigos de São Paulo, quando chegou um grupo com a missionária Gláucia da Silva. Eles me cumprimentaram, falaram comigo e me mostraram um folhe-to – A Escolha. Mas na hora eu falei que não queria e a pessoa disse para olhar, para eu conhecer sobre aque-le folheto. Eu guardei e eles também me convidaram para ir à igreja. Con-tinuei lá e não entendi bem por que eles estavam naquele lugar. Chegou certa hora o grupo se retirou e falou para mim: “Deus te abençoe!”

E eu nem entendi que sinal era aquele. Fiquei vendo aquele folheto, querendo saber por que a Gláucia e

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pping e da igreja. Em um havia mui-tas brigas, pessoas falando palavrão. Fiquei analisando tudo enquanto es-tava em casa e decidi que queria ter um compromisso com a igreja, estar ali mantendo um relacionamento saudável com aquelas pessoas. Senti que era um ambiente muito melhor para mim.

Agradeço à Glaucia, agradeço à igreja que tem me incentivado a es-tudar a Palavra de Deus. Eu tenho sido abençoado por isso. Também tenho mostrado o amor de Deus a outras pessoas e decidi não mais fre-quentar os lugares de antes.

Atualmente, a igreja está cres-cendo. Estamos evangelizando e eu tenho ajudado. Estamos evangeli-zando e discipulando as pessoas, in-centivando que elas venham à igreja. Tenho aprendido muitas coisas na igreja, muitas coisas da Palavra do Senhor e dou glória a Deus por isso.

Às vezes a missionária não pode ir, e eu vou sozinho, e faço discipula-do com um surdo. Peço a Deus que abençoe a vida da Gláucia e que os

surdos da igreja cresçam. Temos ido a vários lugares para evangelizar e estamos vendo a igreja crescer com a graça de Deus. Eu fico bem emo-cionado com tudo isso. Nós quere-mos que todos os surdos aceitem Jesus, e sejam abençoados por Ele, estando firmes e seguros com a gra-ça de Deus.

Eu agradeço muito a Deus pela vida dos missionários. Queremos conquistar outras pessoas, mostrar o amor de Deus e o quanto o pecado é perigoso na vida delas. Queremos trabalhar para ver a igreja em libras crescer. Um auxiliando o outro para a igreja crescer e incentivar os novos crentes. Nós estamos preocupados com estas pessoas, nós temos ou-tras atividades, mas sempre nós ora-mos e desejamos que Deus abençoe a vida dos missionários para que continuem firmes e unidos como uma família no Senhor, em nome de Jesus.

Alexandro Laurindo de Souza – Fruto da Igreja Batista em Libras de Nova Iguaçu, RJ dos missionários Marco Aurélio e Glaucia da Silva

aquelas pessoas estavam ali naque-le lugar. Depois, deixei o folheto em casa e fui conversar, passear com meus amigos e quando voltei, fui olhar o folheto. Comecei a perceber aquilo que estava escrito e vi que era uma mensagem. Continuava a fre-quentar aquele local com os amigos e encontrei o missionário Marcos da Silva. Ele falou comigo sobre o amor de Deus, me cumprimentou, me de-sejou saúde, perguntou se estava tudo bem e falou sobre a igreja. Eu não sabia onde era, mas um amigo sabia e me mostrou o caminho.

Chegamos lá e encontrei os mis-sionários, mas continuava usando os cordões, os piercings. Assisti ao fil-me de Jesus sobre como Ele sofreu na cruz, e fiquei muito pensativo. Ti-nha muitas pessoas sentadas ali e na hora que Gláucia perguntou quem queria aceitar Jesus, eu levantei a minha mão. Ela me explicou várias coisas sobre isso e resolvi ter um compromisso com Jesus, aceitando--o em meu coração.

Quando cheguei em casa, percebi a diferença entre o ambiente do sho-

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Preocupados com a expansão

do evangelho, líderes batistas

adotam a estratégia Igreja

Multiplicadora

Multiplicarpara conquistar

Há mais de 2 mil anos, uma ordenan-ça foi deixada por Cristo aos seus

discípulos. A tarefa era a da multiplica-ção, da propagação das Boas-Novas até que Ele retornasse para levar consigo os que tivessem optado por seu plano de salvação. Apesar de esse mandamento continuar ecoando e motivando igrejas à pregação do evangelho, a maioria de-las parece não conseguir fazer com que seus membros sejam genuínas ferramen-tas para a formação de novos discípu-los. O que nos faz pensar: onde estamos falhando?Qual seria o segredo do avanço missionário vivenciado pelas igrejas do primeiro século?

Convencionais praticam estratégia de pequenos grupos

CAPA

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A Junta de Missões Nacionais tem enfatizado a importância da multiplicação de discípulos e igre-jas para que o Brasil possa ser con-quistado para Cristo. Esse discurso é resultado de uma visão bíblica, extraída do livro de Atos, que tem seus resultados comprovados no campo, na vida ministerial de obrei-ros em diferentes contextos sociais e culturais. A estratégia recebeu o nome de Igreja Multiplicadora, e toma como base princípios fun-damentados na oração, evangeli-zação discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes e ações de compaixão e graça.

Unidade e estratégia

Em janeiro, na 94ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), a JMN lançou a visão de Igreja Mul-tiplicadora. A ideia de igrejas geran-do filhos, formando líderes que as-sumam suas vocações e a mentoria de seu próprio grupo de discípulos empolgou os convencionais e, es-pecialmente, a diretoria da CBB.

Na mensagem de abertura da Assembleia, o presidente, pastor Luiz Roberto Silvado, pregou sobre os cinco princípios da Igreja Multi-plicadora. Sua palavra autenticou a proposta da Junta de Missões Nacionais, e seu modelo de abor-dagem incentivou os presentes a retornarem à prática dos pequenos grupos, em que se pode comparti-lhar a Bíblia de maneira mais eficaz, numa estrutura baseada em rela-cionamentos, em vida na vida. Ali mesmo, na plenária, convencionais foram separados em grupos de cinco pessoas para experimentar (ou relembrar) os benefícios de um diálogo amistoso, à luz da Palavra.

A Noite Missionária foi o ápice da propagação da visão Igreja Multi-plicadora. Na programação, os pas-tores Sócrates de Oliveira (diretor executivo da CBB), João Marcos Soares (diretor executivo da JMM) e Fernando Brandão (diretor execu-tivo de Missões Nacionais) realiza-ram um sermão a três, destacando o crescimento da igreja primitiva,

segundo Atos. Como ilustração, eles apresentaram exemplos de projetos missionários que trabalham focados na multiplicação de discípulos.

CapaCitação de líderes

Buscando aproximação com a liderança das igrejas, Missões Na-cionais passou a realizar, no Rio de Janeiro, treinamentos sobre os princípios da visão multiplicadora, mostrando como eles podem im-pulsionar a tarefa de evangelização na realidade local. Os encontros, realizados às quintas-feiras, contam com presença média de 10 pasto-res, previamente inscritos através do link http://migre.me/ikkPL .

O pastor Jaci Dahmer, da 1ª IB em Higienópolis, Rio de Janeiro - RJ, foi um dos que participaram do treinamento. Com sorriso no rosto, mostrou sua alegria em ver a preo-cupação dos batistas com questões que são vitais para a sobrevivência da igreja. “Queria agradecer à JMN

pela sistematização desses princí-pios bíblicos, que são uma restau-ração das necessidades essenciais da igreja. Queremos agradecer e desafiar todos os pastores a que venham conhecer o que está sendo apresentado. Saio daqui fortalecido e motivado em aplicar em nossas igrejas porque queremos ter vidas salvas e igrejas fortalecidas”.

Materiais de apoio

Para apoiar líderes que desejam implementar a visão Igreja Multi-plicadora, Missões Nacionais lan-çou vários materiais literários que explicam os fundamentos (oração, evangelização discipuladora, plan-tação de igrejas, formação de líde-res e compaixão e graça) e ainda orientam a como desenvolver cada princípio. Dentre as ferramentas de apoio, destacam-se dois livros lan-çados na 94ª Assembleia da CBB: Igreja Multiplicadora: cinco princí-pios para crescimento e Pequeno Grupo Multiplicador.

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1 -Por sabedoria à liderança cristã guajajara que ministra o ensino bíblico em suas próprias aldeias.

2 - Pelo projeto de educação bilíngue com os professores indígenas. Treina-mento ministrado aos professores guaja-jaras dado pelos missionários;

3 – Pelo envio de um casal de obrei-ros para trabalhar com o povo Xakriabá – São João das Missões – Minas Gerais.

4 – Pelo envio de um casal de obrei-ros para trabalhar com o povo Guarani Kaiuá – Amambai – Mato Grosso do Sul.

5 – Pelo envio de um casal de obreiros para trabalhar na região do Alto Solimões – Amazonas.

6 – Pela cura da saúde da missioná-ria Nara Taets, que trabalha com o povo indígena em Roraima na aldeia Palimi-u.

7 – Pelo trabalho de tradução das his-tórias bíblicas sobre a vida de Jesus Cris-to na língua arara- Ji – Paraná- Rondônia, sob a coordenação dos missionários Joel e Aparecida Silva.

8 – Pela capacitação dos líderes da Igreja Arara, Ji-Paraná – Rondônia, minis-trada pelo missionário Joel Silva.

9 – Pelos estudos bíblicos às crianças, jovens da etnia Arara, Ji – Paraná – Ron-dônia, pelos missionários Joel e Apareci-da Silva.

10 – Pela adaptação do primeiro semi-narista xerente, Juraci Saparzane Xeren-te, enviado pela Igreja Xerente a estudar no Centro de Treinamento AMI – Chapa-da dos Guimarães – Mato Grosso, no iní-cio do ano de 2014.

11 – Pela missionária Edina Prado, que começou a plantação de igreja a um povo ainda não alcançado na Bahia com o povo Kariri.

12 –Pela preparação dos batismos de 10 indígenas da etnia Uapixana e Macu-xi em Roraima, sob a coordenação dos missionários Wanderlei Pina e Marcelo Okasura.

13 – Pela recuperação dos indígenas macuxis e uapixanas, que estão na de-pendência do alcoolismo no estado de Roraima.

14 -Pelo Projeto Uso das Escrituras, que será realizado no mês de julho com o povo xavante – Mato Grosso.

15 – Pelas Conferências Missionárias Indígenas nos meses de setembro em Recife e no mês de outubro em Matupá – Mato Grosso.

16 – Pela Trans-Indígena que será re-alizada no mês de novembro no Amazo-nas.

17 –Pelas crianças indígenas das et-nias Macuxi e Uapixana que estão sendo evangelizadas pelos missionários Marcelo Okasawara, Elaine e Wanderlei Pina e So-lange Pina.

18 – Pela mobilização das igrejas em prol da Campanha de Clamor pelos Po-vos Indígenas em 19 de abril, Dia do Índio.

19 –Pelo trabalho de tradução de li-vros do Antigo Testamento que são cita-dos no Novo Testamento na língua xeren-te pelo do casal de missionários Guenther Carlos Grieger e Wanda Grieger.

20 – Orar pelo envio de uma equipe de missionários para alcançar os povos indígenas no Vale do Rio São Francisco, para plantar igrejas nas 16 etnias sem pre-sença evangélica.

21 – Pela construção do templo na Al-deia Funil da etnia Xerente, sob a coorde-nação do casal de missionários Cláudio e Renilva Viana e da participação das famí-lias indígenas daquela comunidade.

22 –Pelos três líderes xerentes que estão sendo preparados para a consa-gração ao ministério pastoral em suas respectivas aldeias.

23 –Pelo trabalho de revisão do Di-cionário Xerente pela missionária Wanda Grieger para a sua publicação para aten-der as escolas xerentes.

24 – Pela construção de uma casa de apoio nas regiões da Aldeia Porteira, da Etnia Xerente-Tocantins, para que o casal de missionários Mário Luiz Gomes Moura e Sueli Leopoldina de Souza Moura possam atender as várias aldeias naquela região.

25 –Pelo aprendizado da língua Gua-rani em Parati, Rio de Janeiro, pelos mis-sionários Valdeval de Almeida Santos e Roseli Alves dos Santos.

26 –Pelo trabalho com crianças in-dígenas xerentes na Aldeia Salto, sob a coordenação do líder indígena Armando Sopre Xerente.

27 –Pelo Projeto de Lições Bíblicas Ilustradas para crianças na língua iano-mâmi, sob a coordenação do casal de missionários Elias e Nara Taets.

28 –Oremos pela paralização dos con-flitos de posse de terra no Acampamento Indígena Curral de Arame (APYKA’I) da etnia Guarani Kaiowá, na região Sul de Mato Grosso do Sul, onde atuam o casal de missionários Samuel e Ilma Souza.

29 – Oremos pela recuperação dos jovens indígenas guaranis e kaiowás que estão envolvidos com álcool e drogas na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, onde atuam o casal de missionários Samuel e Ilma de Souza.

30 – Oremos pelo fortalecimento da liderança da Igreja Indígena Ianomâmi na aldeia Palimi-U, sob a coordenação dos nossos missionários Elias e Nara Taets.

SEMPRE ORANDO - ABRIL

Oração pelos Povos Indígenas

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anj_sim_2014_jornalbatista4_205x270_curvas.pdf 1 03/04/14 17:12anj_sim_2014_jornalbatista4_205x270_curvas.pdf 1 03/04/14 17:12

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ESPECIAL

Buscando aproximação com parceiros Missões

Nacionais segue tendências e f lex ibi l iza comunicação

Já se foi o tempo quando as notícias enviadas por agências missionárias

estavam restritas às cartas dos obrei-ros. Na era da informação, marcada pelos grandes avanços tecnológicos, a instantaneidade marca o fluxo da comunicação e aproxima cada vez mais emissor e receptor. A Junta de Missões Nacionais tem acompanha-do o espírito inovador que rege este século, e por meio de ferramentas di-gitais tem inspirado batistas em todo o mundo a vivenciarem experiências missionárias no Brasil. É a tecnologia a favor do reino de Deus.

Em 2008, a JMN deixava o pro-cesso trivial de comunicação digi-tal para entrar na era da web 2.0, período marcado pela interativida-de e práticas colaborativas. Essa mudança de comportamento foi proporcionada pelo nascimento das primeiras redes sociais (blogs e vlog) e permitiu o surgimento de uma proposta de comunicação com feedbacks mais ágeis. Foi justamen-te nesse período que entramos no Youtube (youtube.com/missoesna-

cionais), disponibilizando aos usu-ários de internet um rico material audiovisual. Vídeos de campanha, antes enviados pelos Correios às igrejas, passaram a ser acessados de qualquer computador, a custo zero de distribuição. Mensagens do diretor e conteúdo exclusivo para internet começaram a ser publica-dos, dando início a uma nova expe-riência de comunicação entre Mis-sões Nacionais e os batistas.

Indo a reboque da tecnologia, fo-mos uma das primeiras organizações batistas a entrar no Orkut e, seguindo o fluxo migratório de nossos parceiros, a criar perfis no Twitter (@jmncbb) e Facebook (facebook.com/missoes-nacionais). Todas essas plataformas são alimentadas constantemente com notícias dos campos, anúncios de eventos e práticas de relacionamento que geram novas parcerias. Por meio da análise do comportamento de seus parceiros, a JMN identifica necessida-des e caminha lado a lado com quem está a fim de contribuir com o avanço do evangelho.

Além das plataformas sociais, em 2013 produzimos o aplicativo de Missões Nacionais para smartpho-nes (http://app.vc/missoesnacio-nais). A ideia acompanhou a ten-dência mundial de crescimento da era mobile. Para este projeto, foram analisadas as principais deman-das de nossos parceiros, chegan-do à constatação de que notícias, agenda de eventos, plataforma de contribuição, entre outros, eram recursos que poderíamos colocar na palma da mão de cada batista. Irmã Tácia Menezes, que já insta-lou o app em seu celular, aprovou a ideia. “Ótima iniciativa da JMN! Assim podemos estar inteirados do que acontece no meio batista bra-sileiro e ao mesmo tempo em ora-ção pelos desafios!”.

A Junta de Missões Nacionais continua alimentando o desejo de servir com excelência aos batistas brasileiros. Acompanhar tecnolo-gias é garantir que isso aconteça, é fazer com que o clamor do Brasil seja ouvido por todos.

Tecnologia a serviço de missões

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ConferênCia Continental de líderes Batistas

latino-aMeriCanos e lançaMento dos 100 dias de oração pela

aMériCa latinaA União Batista Latino-Americana

convida pastores e líderes de Evan-gelismo, Missões e Educação Teo-lógica para o Congresso da União Batista Latino-Americana, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de abril. O evento representa a cúpu-la para lançamento do movimento Jesus Transformação e Vida, e será realizado no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. No último dia do congres-so, será realizada a noite missioná-ria na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Também no dia 26 de abril, terá início a campanha dos 100 Dias de Oração pela América Lati-na, com lançamento do livro desta campanha de oração.

Durante o congresso, estarão em pauta conceitos fundamentais para desenvolvimento ministerial, cres-cimento da igreja, integração das novas gerações, evangelismo, en-tre outros. Serão dias de reflexão, com momentos de troca de experi-ências e desenvolvimento. O valor da inscrição é de R$ 150,00. Para mais informações e reservas, basta entrar em contato com a Agência Move Us: (21) 2298-1319 [email protected]

siMDurante os dias 1, 2 e 3 de maio

será realizado o congresso SIM – To-dos Somos Vocacionados, na Primei-ra Igreja Batista do Rio de Janeiro. Neste ano, o evento tem o objetivo de ajudar cada participante a não apenas entender qual a sua vocação, mas também colocá-la em prática em todas as áreas de sua vida.

As vagas são limitadas, por isso não perca tempo e acesse www.vo-cacao4d.com.br para fazer sua ins-crição. Hospedagem e acomodação são por conta de cada congressista.

trans Copa

Devido ao fato de os voluntários só se apresentarem nos dias dos jogos e se despedirem no mesmo dia, não será oferecida hospeda-gem. Haverá apenas um ponto de apoio para alimentação no dia de cada jogo.

Para participar, é preciso apre-sentar uma carta de recomenda-ção do pastor de sua igreja. Nos casos de membros de igrejas que não sejam filiadas a Convenção Batista Brasileira, é recomendado que seja enviado um e-mail para trans@missoesnacionais, relatando suas informações e informando da-dos do pastor e igreja para possível contato. Voluntários menores de 18 anos só poderão atuar acompa-nhados de um responsável maior de 18 anos autorizado pelos pais.

Mais informações e o formulário de inscrição você encontra no site www.avancabrasil.org

MOBILIZAÇÃO

Deus conta com você para que vidas sejam alcançadas também durante a Copa do Mundo. A Trans Copa 2014 ocorrerá em dias específicos durante o período de 12 de junho a 13 de julho, com um formato diferente das demais Trans. Nela, as ações de evange-lismo ocorrerão apenas nos dias de jogos e exclusivamente nas ci-dades que sediarão o torneio.

Os voluntários devem se inscre-ver para atuar em uma só cidade. Uma vez inscritos e com a taxa de R$ 80,00 paga, cada um poderá se apresentar na base do projeto (igreja ou local próximo ao proje-to) nas datas dos jogos e no horá-rio divulgado em cada base. Eles passarão o dia inteiro em ações de evangelização de brasileiros e estrangeiros.

CeleBração no toCantins

No dia 3 de maio, às 15h, será realizada a festa de aniversário do Lar Batista F. F. Soren. O evento ocorre, pelo terceiro ano conse-cutivo, em parceria com a Con-venção Batista do Tocantins e igrejas da região.

Segundo os diretores do lar, Pr. Robson e Judite Pereira, serão montadas barracas com variados tipos de alimentos, jogos e arte-sanato. A programação oferece-rá atividades de entretenimento para as crianças e apresentações de palco. Na última celebração, cerca de 2.500 pessoas estiveram presentes. Neste ano, a direção espera que novamente um gran-de número de pessoas participe, apoiando mais uma vez o lar.

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PANORAMA MISSIONÁRIO

parCeria CoM CBBa BenefiCia Cristolândia da Bahia

Pr. Fernando Brandão em visita ao local cedido pela Convenção

Em uma parte da área do CENTRE, acampamento que pertence à Convenção Batista Baiana (CBBA),

funcionará o Centro de Formação Cristã II da Cris-tolândia de Salvador (BA). Essta conquista é fruto da parceria firmada entre o secretário-geral da CBBA, pastor Erivaldo Barros, e o diretor executivo de Mis-sões Nacionais, pastor Fernando Brandão.

O Centro de Formação Cristã corresponde à terceira fase do projeto de recuperação e reinserção social dos dependentes químicos ajudados pelo ministério da Missão Batista Cristolândia. Pastor Erivaldo destacou a importância e a satisfação de apoiar uma obra que tem ajudado vidas a serem reinseridas na sociedade.

“É um exemplo para todos nós batistas, a atitude da Convenção Batista Baiana, que tem a visão de colocar o local à disposição para receber pessoas que um dia estavam morrendo nas drogas, nas ruas das cidades da Bahia e de outros estados também”, declarou pas-tor Fernando Brandão.

festa e sonho realizado no lar Batista david goMes

O Lar Batista David Gomes é mais um projeto que tem feito a diferença na vida das crianças e ado-

lescentes acolhidos. Além dos cuidados básicos como saúde, alimentação, educação, entre outros, os missio-nários têm ajudado na realização de sonhos.

Recentemente, mais uma menina completou 15 anos de idade. Por isso, os diretores, pastor Elizângelo e Tian-dra Oliveira, promoveram uma festa para ela. “Vê-la com um lindo sorriso no rosto foi gratificante”, afirmam eles.

Um dos destaques foi o apoio oferecido por pes-soas que, em parceria, contribuíram para a realização do sonho da adolescente. A irmã Edna Pinheiro, da IB

Plenitude, doou a decoração do ambiente; irmã Alze-nir, dona do espaço Sonho de Noiva, cedeu um vestido para a aniversariante; e a irmã Susi Carvalho presenteou a todos com o bolo da festa. A ação de cada uma delas evidencia a importância do apoio dos(as) parceiros(as) para a realização de um trabalho de excelência no lar.

vale a pena investir

Débora é um dos frutos que provam a importância do lar

Desde sua criação, em 1942, o Lar Batista F. F. So-ren tem acolhido e protegido crianças em situa-

ção de risco. “As histórias de vida das 30 crianças e adolescentes atendidas são marcadas pelo abandono, negligência, abuso sexual, drogadição de suas famí-lias”, relata a missionária Judite Pereira, que também atua como assistente social na instituição.

Garantindo os direitos dos meninos e meninas acolhi-dos, segundo as premissas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o lar tem ajudado crianças a reto-marem relações no processo educativo, visando quali-dade de vida. Novas formações e regras de convivência social, novos hábitos de higiene, saúde e alimentação também têm sido apresentadas aos menores.

Ainda de acordo com a missionária, as provas da efici-ência do apoio dos batistas brasileiros ao lar podem ser vistas a partir dos testemunhos daqueles que tiveram a vida transformada por Cristo dentro da instituição. A jovem Débora Cristina Ribeiro, de 22 anos, teve sua vida mudada no período em que passou pelo lar batista.

“Lembro-me de quando chegou até nós com muita revolta e com uma imagem que ela dizia ser sua pro-tetora. Após alguns meses, ela veio até a direção e en-tregou a imagem, dizendo que não a queria mais, pois havia conhecido seu verdadeiro protetor: Jesus. Um

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dos principais objetivos da instituição é ganhar vidas para Jesus, e Débora e tantos outros têm sido alcança-dos nestes anos de trabalho”, conta Judite. Atualmen-te, Débora estuda jornalismo na Universidade Federal do Tocantins e tem trabalhado como secretária da Se-gunda Igreja Batista de Palmas (TO).

inaUgUração do CfC feMinino no distrito federal

Momento de gratidão durante o culto

Celebrando ao Senhor, em gratidão por mais uma conquista, a Cristolândia do Distrito Federal inau-

gurou o Centro de Formação Cristã Feminino, conhe-cido como Casa Rosa. Esta, que é a fase I do projeto, representa um novo passo que mulheres retiradas das ruas dão em direção ao tratamento contra a depen-dência química.

O local onde o CFC funciona é uma chácara locali-zada em Ceilândia (DF), com capacidade para aten-der até 20 mulheres interessadas em conhecer a Cris-to enquanto lutam contra o vício. Muitas pessoas, de diversas igrejas batistas da capital federal, estiveram presente no culto de inauguração realizado nas de-pendências do CFC, demonstrando apoio ao projeto.

salão de Beleza no Centro de forMação de CaMpinas

O Centro de Formação Cristã Feminino, em Campi-nas (SP), tem ajudado na recuperação de mulhe-

res que um dia estiveram presas ao crack. Além de conhecerem a Cristo e aprenderem a Bíblia, elas têm tido a oportunidade de retomar os estudos. Muitas já concluíram o supletivo, já fazendo planos para um fu-turo na universidade, e outras têm feito também cur-sos profissionalizantes que possibilitarão uma rápida reinserção no mercado de trabalho.

Recentemente, o CFC inaugurou um espaço que servirá como salão de beleza. Nesta sala, as alunas que estão fazendo cursos de cabeleireiro e depilação poderão colocar em prática o que têm aprendido, be-

neficiando também as outras internas com cuidados na área da beleza.

A missionária Geane Campos, que dirige o CFC, agradece a todos que colaboraram para que os equi-pamentos fossem comprados. Ela citou, em especial, o pastor Leandro, da Igreja Batista em Nova Europa, de Campinas (SP), que doou também seu tempo e foi ao CFC para instalar os equipamentos.

Missões Nacionais agradece o apoio de cada parceiro(a) deste ministério.

avanço do evangelho no aMapá

A líder Dorcas e seu filho na fé

Os missionários Marcos e Graciely Chaves têm de-senvolvido o projeto de fortalecimento e aplicação

da visão de Igreja Multiplicadora na cidade de Santana (AP). Por isso, realizaram treinamento para formação de líderes na 3ª IB de Santana, onde estão à frente do trabalho, e em outras duas, IB Manancial e IB Memorial.

No trabalho que dirigem, já existem nove pessoas treinadas de acordo com a visão de Igreja Multiplica-dora. E os frutos já têm surgido. As cinco pessoas ba-tizadas recentemente estão sendo discipuladas pelos líderes multiplicadores que foram formados no treina-mento ministrado pelos missionários.

Com líderes formados, a obra em Santana tem cres-cido e se multiplicado. “A igreja conta com oito pe-quenos grupos multiplicadores e uma congregação”, relatou o obreiro.

Com pouco mais de seis meses de trabalho, a igreja passou de 29 para 129 membros. “Louvo a Deus pela vida dos missionários, que deram ânimo novo a esta igreja. Vemos surgir uma igreja edificada em Cristo e com muito potencial”, testemunha a irmã Dorcas, líder do pequeno grupo Pérolas Encontradas.

Missões Nacionais louva ao Senhor pela vida dos missionários Marcos e Graciely, que têm sido grande-mente usados por Deus por onde passam. Em Oiapo-que, antigo campo de atuação deles, um dos frutos é um líder que, após ter sido preparado por eles, tem feito a obra de Deus à frente de três congregações, sendo duas delas em área indígena.

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Por Pr. Valdir SoaresGerente nacional para evangelização

dos povos indígenas

Missões Nacionais tem atuado no campo missionário indí-

gena há várias décadas nas cin-co regiões do nosso vasto Brasil. Tem sido maravilhoso contem-plar a bravura dos nossos mis-sionários. Com isso louvamos a Deus pela vida de cada um e das suas respectivas famílias.

É importante acompanhar o avanço da Terceira Onda missio-nária Indígena no cenário missio-lógico do plantio de igrejas. Deus tem despertado líderes indígenas na liderança de igrejas, ensino e na capacitação para a tradução da Palavra de Deus.

Quando olhamos para os gran-des desafios do trabalho indígena no Brasil, como Instituição Missio-nária que por mais de um século realiza o trabalho missionário em nossa Pátria, não podemos deixar de ampliar as nossas ações missio-nárias, considerando que a popu-lação indígena representa hoje 861 mil indígenas distribuídos nas cinco regiões do Brasil com os seguin-tes percentuais: Norte 37%; Nor-deste 26%; Centro-Oeste 16%; Su-deste 12% e o Sul 9%.Somos mais uma vez desafiados a continuar plantando novas igrejas, enviando

nossos missionários indígenas e não in-dígenas para que a mensagem do evan-gelho alcance cada um destes corações que ainda não rece-beram a Palavra do Senhor.

Como meta para o avanço missionário no plantio de novas igrejas indígenas nestes sete anos de planejamento e na dependên-cia do Senhor, visamos implantar mais projetos: Nordeste 14;Norte 13; Centro Oeste 11; Sul 4; Sudeste 6, totalizando 48 novos Projetos e 100 novos obreiros. É um desafio tremendo. Não podemos recuar, avançar sempre para a glória do nosso Deus.

Em breve enviaremos novos obreiros para a plantação de no-vas igrejas indígenas para o povo XaKriabá – São João das Missões--MG; Alto Solimões – Amazonas; Guarani Kaiuá- Amambai(MS); Ticuna- São Paulo de Olivença – Amazonas.

Recentemente, recebemos a in-formação do nosso missionário Eli Ticuna, que realizou uma viagem missionária nas cabeceiras dos pe-quenos rios afluentes do rio Soli-mões, no propósito de conhecer a etnia Yagua, que fica da tri-frontei-

ra amazônica, para levar o evange-lho àquele povo na aldeia Limoeiro. Foram 12 horas de barco percor-rendo em busca de indígenas lon-ge do conhecimento da graça de Deus. Vários indígenas ouviram o evangelho naquela aldeia por meio dos indígenas ticunas. O senhor Alberto, indígena da etnia Yagua, aceitou o evangelho nesta viagem missionária. Vários líderes indíge-nas na região do Alto Solimões – Amazonas estão sendo desafiados a buscar os seus “parentes” ao co-nhecimento de Jesus Cristo. Esta é mais uma bela história do agir de Deus com relação aos povos indí-genas em nossa Pátria.

Por isso temos que orar, mobi-lizar o povo batista brasileiro na busca de novos obreiros e o sus-tento para cada um destes proje-tos. Eu acredito. E você?

Missões com Povos Indígenas: Minha tarefa, Sua Tarefa. Juntos Vamos completá-la!

plantando novas igrejas no Contexto indígena na visão Brasil 2020

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MOVIMENTO JESUS - TRANSFORMAÇÃO E VIDA

Jesus, Transformação e Vida é um movimento de oração, evan-gelização discipuladora e planta-ção de igrejas em toda a América Latina. O movimento tem como objetivo mobilizar e envolver to-

das as convenções batistas, associações, organizações, igrejas, pastores, líderes e batistas latino-americanos para impactar o continente com a proclamação da mensagem transformadora do Evangelho de Cristo Je-sus. As estratégias foram definidas na Cúpula da UBLA na Cidade do México em maio de 2013 e estão funda-mentadas em três pilares da UBLA: oração compassiva, evangelização transformadora e plantação de igrejas multiplicadoras.

Considerando os cenários dos países latino-america-nos, que são muito similares e os índices de crescimento dos batistas nas últimas décadas, somos desafiados a nos empenharmos unidos num grande movimento para multiplicar o número de batistas e também de igrejas em todo o continente. Mais de 60% dos habitantes da América Latina tem até 35 anos de idade. Portanto, te-mos que priorizar a evangelização de crianças, adoles-centes e jovens. A nova geração é a grande oportuni-dade da Igreja Batista na América Latina.

Também temos outros desafios comuns a todos os países latino americanos: grandes centros urbanos, as drogas e a violência, grupos não alcançados, migração continental, cidades em desenvolvimento, estudantes universitários, comunidades pobres e rurais. Todos es-ses contextos requerem a presença da Igreja do Se-nhor Jesus com a mensagem do evangelho transfor-mador.

A América Latina vive um grande momento de crescimento e desenvolvimento no cenário mundial. A América Latina é o continente da esperança, da água, do verde... Deus está levantando os batistas latino--americanos para abençoar o mundo. A América Latina está se tornando um continente que envia missionários. Portanto temos que trabalhar focados na Grande Co-missão e na total dependência do Espírito Santo.

É tempo de avançar na conquista da América Latina para Cristo. Em 2010 éramos 2,6 milhões de batistas em 22.460 igrejas. Isso representava 0,47% da popu-lação. Sonhamos que em 2020 seremos pelo menos 1% da população latino-americana (6 milhões de ba-tistas); que teremos mais de 40 mil igrejas em todo o continente, uma igreja batista para cada grupo de 15 mil habitantes. Para isso vamos orar, evangelizar, discipular e plantar muitas igrejas multiplicadoras nos próximos anos.

Fernando BrandãoDiretor de Evangelismo da UBLA

MOVIMIENTO JESÚS-TRANSFORMACIóN Y VIDA

Jesús - Transformación y Vida es un movimiento de oración, evan-gelización discipuladora y planta-ción de iglesias en toda América Latina. El movimiento tiene como objetivo movilizar y arrollar todas

las convenciones bautistas, asociaciones, organizacio-nes, iglesias, pastores, líderes y bautistas latinoameri-canos para impactar el continente con la proclamación del mensaje transformador del Evangelio de Cristo Je-sús. Las estrategias fueron definidas en la Cumbre de UBLA en Ciudad de México en mayo de 2013 y están fundamentadas en tres pilares de UBLA: oración com-pasiva, evangelización transformadora y plantación de iglesias multiplicadoras.

Considerando los encenários de los países latinoa-mericanos, que son muy similares y los índices de cre-cimiento de los bautistas en las últimas décadas, so-mos desafiados a nos empeñarnos unidos en un gran movimiento para multiplicar el número de bautistas y también de iglesias en todo el continente. Más de 60% de los habitantes de América Latina tiene hasta 35 años de edad. Por lo tanto, tenemos que priorizar la evangelización de niños, adolescentes y jóvenes. La nueva generación es la gran oportunidad de la Iglesia Bautista en América Latina.

También tenemos otros desafíos comunes a todos los países latinoamericanos: grandes centros urbanos, las drogas y la violencia, grupos no alcanzados, migración continental, ciudades en desarrollo, estudiantes uni-versitarios, comunidades pobres y rurales. Todos eses contextos requieren la presencia de la Iglesia del Señor Jesús con el mensaje del Evangelio transformador.

América Latina vive un gran momento de crecimien-to y desarrollo en el escenario mundial. América Latina es el continente de la esperanza, del agua, del verde... Dios está levantando a los bautistas latino-americanos para bendecir el mundo. América Latina se está con-virtiendo en un continente que les envía misioneros. Por lo tanto tenemos que trabajar fijados en la Gran Comisión y en la total dependencia del Espíritu Santo.

Es el tiempo de avanzar en la conquista de Améri-ca Latina para Cristo. En 2010 éramos 2,6 millones de bautistas en 22.460 iglesias. Eso representaba 0,47% da población. Soñamos que en 2020 seamos por lo menos 1% da población latino-americana (seis millones de bautistas); que tendremos más de 40 mil iglesias en todo el continente, una iglesia bautista para cada grupo de 15 mil habitantes. Para eso vamos a orar, evangelizar, discipular y plantar muchas iglesias multi-plicadoras en los próximos años.

Fernando BrandãoDirector de Evangelismo de UBLA

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COMO FAZER OS CEM DIAS DE ORAÇÃO PELA AMÉRICA LATINA?

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha presença, e se desviar dos seus maus caminhos, então ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” 2 Cr 7.14

Querido Pastor e líder, Graça e paz!É com muita alegria que compartilhamos com você a

Campanha dos 100 Dias de Oração pela América Latina. A União Batista Latino América - UBLA, com o apoio das Convenções Batistas de toda a América Latina, convoca o povo batista para uma grande mobilização de interces-são em favor da transformação do nosso continente para a glória de Deus.

A UBLA tem como objetivar conectar os batistas la-tino-americanos para compartilhar suas experiências, re-cursos e estratégias que contribuíam para expansão do reino de Deus. Por isso convocamos você a participar conosco do Grande Movimento Jesus Transformação e Vida, com a grande meta de termos 1% de toda a popula-ção da América Latina como Batistas servindo ao Senhor, multiplicando mais discípulos e plantando novas igrejas. Mas, para que isso aconteça, precisamos começar pela oração. Por isso, o Movimento Jesus Transformação e Vida está mobilizando todos os batistas latino-america-nos para este Plano de Oração Continental, com o obje-tivo de gerar um grande movimento de oração em todo o continente.

Precisamos nos unir em oração para que o Senhor possa transformar o nosso continente e sarar todas as feridas da nossa região. Somente através de um grande mover de Deus poderemos ver a América latina glorificando a Jesus. Contamos com o seu apoio para que esta campanha se torne uma realidade aí na sua igreja, abençoando as vidas preciosas de sua comunidade e de seu país e impactando toda a América Latina com o Evangelho de Jesus.

1 - A América Latina Precisa de Transformação e Vida

Quando olhamos os dados e as estatísticas da América Latina, notamos o quanto o nosso continente necessita de Jesus e chegamos à conclusão de que necessitamos avançar muito.

A partir dos números obtidos por meio de pesquisas, concluimos que não somos nem 0,5% da população da América Latina e que temos uma média de 115 membros por igreja. Não podemos olhar para estes números e ficar quietos. Como exército de Cristo, precisamos reagir. Para isso, convidamos você a se envolver com o Movimento Jesus Transformação e Vida, com o objetivo mudarmos esta realidade. Veja as nossas grandes metas:

2 – A Visão do Movimento de Oração

Ser um programa de oração que impacte e transforme a realidade da América Latina.

3 – Os nossos grandes Desafios

• Despertar pessoas e igrejas para oração (intercessão);

¿CóMO HACER LOS CIEN DÍAS DE ORACIóN POR AMÉRICA LATINA?

“Si se humillare mi pueblo, sobre los cuales ni nombre es invocado, y oraren, y buscaren mi rostro, y se convirtieren de sus malos caminos; entonces yo oiré desde los cielos, y perdonaré sus pecados, y sanaré su tierra”. 2 Crónicas 7:14

Amado Pastor y Líder,¡Gracia y Paz!Con mucha alegría compartimos contigo la Campaña

de los 100 Días de Oración por América Latina. La Unión Bautista Latinoamericana - UBLA, con el apoyo de las Convenciones Bautistas de toda América Latina, convoca al pueblo bautista para una gran movilización de interce-sión en favor de la transformación de nuestro continente para la Gloria de Dios.

UBLA tiene como objetivo conectar a los bautistas la-tinoamericanos para compartir sus experiencias, recursos y estrategias que contribuyan para la expansión del Rei-no de Dios. Por eso, te convocamos a ti a participar con nosotros del Gran Movimiento Jesús-Transformación y Vida, con el gran reto de que tengamos 1% de toda pobla-ción de América Latina como Bautistas sirviendo al Señor, multiplicando más discípulos y plantando nuevas iglesias. Sin embargo, para que eso ocurra, necesitamos comen-zar por la oración. Por eso, el Movimiento Jesús-Transfor-mación y Vida está movilizando a todos los bautistas lati-noamericanos para este Plan de Oración Continental, con el objetivo de generar un gran movimiento de oración en todo el continente.

Necesitamos unirnos en oración para que el Señor pue-da transformar nuestro continente y sanar todas las he-ridas de nuestra región. Solamente a través de un gran mover de Dios podremos ver América Latina glorificando a Jesús. Contamos con tu apoyo para que esta campaña se convierta en una realidad cerca de ti y de tu iglesia, bendiciendo a las vidas preciosas de tu comunidad y de tu país e impactando toda América Latina con el Evange-lio de Jesús.

1 - América Latina necesita de Transformación y Vida

Cuándo observamos los datos y las estadísticas de América Latina, percibimos cuánto nuestro continente necesita de Jesús y llegamos a la conclusión de que tene-mos que avanzar bastante.

A partir de los números obtenidos por medio de en-cuestas, concluimos que no representamos ni siquiera 0,5% de la población de América Latina y que tenemos aproximadamente 115 miembros por iglesia. No podemos mirar a estos números y ponernos quietos. Como ejército de Cristo, necesitamos reaccionar. Para eso, te invitamos a ti que te arrolles al Movimiento Jesús Transformación y Vida, con su objetivo de cambiar esta realidad. Mira a nuestras grandes metas:

2 – La Visión del Movimiento de Oración

Ser un programa de oración que impactúe y transforme la realidad de América Latina.

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• Estimular que as famílias orem juntas (culto doméstico);• Reforçar os valores bíblicos para oração, evangelização

discipuladora e plantação de igrejas;• Ganhar familiares, amigos e desconhecidos não crentes

para Cristo;• Abençoar a América Latina por intermédio da oração.

4 – Nossos Grandes Objetivos

• Mobilizar os batistas latino americanos para orar sem cessar pela transformação do nosso continente;

• Impactar latino-americanos com o poder de Deus;• Implementar um programa de oração por pessoas do

nosso relacionamento que ainda não conhecem a Jesus ou estão afastadas da igreja;

• Realizar um Movimento de Oração em cada país;• Alcançar familiares e amigos que estão afastados da

igreja;• Realizar um programa de evangelização de familiares

e amigos – Evangelização Via Relacionamentos (EVR).

5 – Nossas Metas Gerais da Campanha

• 500 mil intercessores;• 250 mil famílias orando;• 10 mil igrejas orando por um período de 3 horas;• 10 mil igrejas e congregações realizando o Culto do

Amigo (colheita dos frutos)• Alcançar 500 mil pessoas para Cristo por meio da Cam-

panha Jesus Transformação e Vida.

Como frutos destas metas, poderemos juntos alcançar:• 10 mil vigílias de oração • 30 mil horas de oração• 1.800.000 minutos de oração• 10 mil igrejas e congregações locais envolvidas

6 – Como realizar o projeto em sua igreja local

• Iniciar a mobilização da igreja, compartilhando sobre a importância da Campanha;

• Motivar o maior número de membros a realizar a Cam-panha dos 100 dias de Oração;

• Motivar o maior número de membros a comprar o Guia Devocional;

• Programar e convidar toda a igreja para o Culto de Lan-çamento da Campanha no seu país, estado ou cidade, de acordo com sua realidade. O lançamento geral será na CUMBRE da UBLA no Brasil, no dia 19 de abril de 2014;

• Motivar e realizar o Culto de Abertura em sua igreja no dia 12 de maio.

7 – Informações

Para a conhecer um pouco mais sobre este Movimento, entre em contato com a Convenção Batista do seu país, ou através da Área de Evangelismo da UBLA pelo e-mail [email protected]

Pr. Fernando BrandãoPastor, líder de Evangelismo da UBLA – União Batista

Latinoamericana Contato: [email protected]

3 – Nuestros Grandes Desafíos

• Despertar personas e iglesias para oración (intercesión);• Estimular a que las familias oren juntas (culto domés-

tico);• Reforzar los valores bíblicos para oración, evangeliza-

ción discipuladora y plantación de iglesias;• Ganar familiares, amigos y desconocidos no creyentes

para Cristo;• Bendecir a América Latina por intermedio de la oración.

4 – Nuestros Grandes Objetivos

• Movilizar los bautistas latinoamericanos a orar sin cesar por la transformación de nuestro continente;

• Impactar latinoamericanos con el poder de Dios;• Implementar un programa de oración por personas co-

nocidas que aún no conozcan a Jesús o estén alejadas de la iglesia;

• Realizar un Movimiento de Oración en cada país;• Alcanzar familiares y amigos que estén alejados de la

iglesia;• Realizar un programa de evangelización de familiares y

amigos – Evangelización Vía Relacionamientos (EVR).

5 – Nuestras Metas Generales de la Campaña

• 500 mil intercesores;• 250 mil familias orando;• 10 mil iglesias orando por un período de 3 horas;• 10 mil iglesias y congregaciones realizando el Culto del

Amigo (cosecha de los frutos)• Alcanzar 500 mil personas para Cristo a través da Cam-

paña Jesús-Transformación y Vida.• Como frutos de estas metas, podremos juntos alcanzar:• 10 mil vigilias de oración • 30 mil horas de oración• 1.800.000 minutos de oración• 10 mil iglesias y congregaciones locales arrolladas

6– ¿Cómo realizar el proyecto en su iglesia local?

• Iniciar la movilización de la iglesia, compartiendo sobre la importancia de la Campaña;

• Motivar el más gran número de miembros a realizar la Campaña de los 100 días de Oración;

• Motivar el más gran número de miembros a comprar el Guía Devocional;

• Programar e invitar a tu iglesia para el Culto de Lanza-miento da Campaña en tu país, provincia o ciudad, de acuerdo con tu realidad. El lanzamiento general será en la CUMBRE de UBLA en Brasil, en 22 de abril de 2014;

• Motivar y realizar el Culto de Abertura en tu iglesia en 12 de mayo.

7 – Informaciones

Para que conozcas un poco más sobre este Movimien-to, contáctanos en la Convención Bautista de tu país, o a través del Área de Evangelismo de UBLA por el correo electrónico [email protected]

Fernando BrandãoGerente Ejecutivo de la Junta de

Misiones Nacionales de CBB

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O diretor execut ivo de Missões Nacionais , Pr. Fer nando Brandão, fa la sobre a v isão de Igre ja Mult ip l icadora e seus benef íc ios para o

crescimento espir i tua l de cada envolv ido com

esta missão.

ENTREVISTA

IgrejaMultiplicadora

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APPC – O que é a visão Igreja Multiplicadora e como ela surgiu?

FB – A visão Igreja Multiplicadora é a de multiplicação intencional de discípulos, baseada em cinco princí-pios bíblicos de crescimento para a igreja local, com o objetivo de cum-prir a Grande Comissão. As duas fontes dessa visão são as Escritu-ras, especialmente o exemplo das igrejas do livro de Atos, e os mais de cem anos de experiência da Jun-ta de Missões Nacionais, da prática dos nossos missionários e das igre-jas batistas brasileiras. Na verdade, não existe nada de novo em termos de visão. O que fizemos foi sistema-tizar os princípios de multiplicação praticados pela igreja do Senhor Jesus no Novo Testamento à luz de nossa centenária experiência de contextualização desses princípios.

APPC – O que esta visão traz de novo aos batistas?

FB – O grande desafio é transfor-mar cada batista em um multiplica-dor. Todos nós recebemos a missão de fazer discípulos. Geralmente, entendemos que um bom membro de igreja é aquele que frequenta os cultos e programas, entrega o dízi-mo e ofertas e se mantém dentro da doutrina batista. Isso tudo é im-portante. Mas o que é fundamental é que cada crente cumpra a sua missão de fazer discípulos. Orar, evangelizar e discipular devem ser rotina no dia a dia de cada crente. Outro aspecto da visão multiplica-dora é o foco na plantação de igre-jas multiplicadoras alinhado com a visão Brasil 2020.Também retoma-mos a visão dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs), resgatan-do os Núcleos de Estudos Bíblicos (NEBs), só que com uma nova di-nâmica de multiplicação.

APPC – Qualquer igreja, em qualquer contexto,

pode adotar a visão Igreja Multiplicadora?

FB – Sim. Ela é muito simples, prá-tica e objetiva. O mais importante é compreender os princípios e trei-nar as pessoas. O resto é perseve-rança e trabalho, e muita oração e dependência do Espírito Santo.

APPC – O senhor poderia citar alguns resultados desta visão

no campo missionário?FB – Várias experiências de multi-

plicação no campo missionário são relatadas no livro de Igreja Multipli-cadora, a exemplo do trabalho dos pastores Manoel Moreira, no Vale do Açu-RN, e Cirino Refosco, no Vale do Piancó-PB.

APPC – No que a visão Igreja Multiplicadora se diferencia de outras visões de crescimento já conhecidas pelos evangélicos?

FB – A simplicidade e a funda-mentação bíblica. A valorização do relacionamento discipulador como estilo de vida para o crente é um ponto diferencial. Outro aspecto fundamental é a sintonia entre os cinco princípios: oração, evangeli-zação discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes mul-tiplicadores e compaixão e graça. Tudo isso, além da manutenção da visão missionária para as futuras gerações e da cooperação deno-minacional.

APPC – Oração é sempre importante. Mas qual o seu

papel como uma das bases de um movimento de multiplicação

de discípulos e igrejas?FB – Sem oração nada acontece.

Na visão multiplicadora oramos por objetivos específicos visando à multiplicação de discípulos. A reali-dade é que nós oramos muito pou-co. Os cultos de oração na maioria das igrejas é o menos frequentado, e isso pode ser um reflexo de como está a vida de oração de cada cren-

te. Nós precisamos de um aviva-mento de oração em nosso meio.

APPC – O relacionamento discipulador ganha bastante

ênfase na Igreja Multiplicadora. Qual a importância dos

vínculos pessoais no processo de conversão e de

amadurecimento da fé?FB – A maioria das conversões acon-

tece por meio dos relacionamentos. Estabelecer um relacionamento in-tencional para evangelizar e discipu-lar uma pessoa é uma das principais estratégias da visão Igreja Multiplica-dora. Além disso, a própria expressão relacionamento discipulador significa que o conceito de discipulado deve ser muito mais do que oito lições para novos convertidos. É mais uma cami-nhada que inclui a transmissão de ver-dade e vida com o objetivo de tornar uma pessoa um discípulo de Cristo, integrá-lo na igreja e levá-lo ao ama-durecimento cristão.

APPC – O leigo surge como uma peça importante para as engrenagens da Igreja

Multiplicadora. Qual seria o papel dele dentro dessa visão e qual a responsabilidade da igreja com o vocacionado?

FB – Precisamos resgatar um dos princípios da nossa doutrina: o sacerdócio universal do cren-te. Cada crente foi capacitado e comissionado pelo Senhor Jesus para ministrar a outras pessoas, e também será responsabilizado por isso. Discípulos geram discípulos. Nas nossas igrejas temos muitas pessoas que poderiam plantar uma nova igreja, implantar e liderar um pequeno grupo multiplicador ou coordenar um projeto com volun-tariado. Algumas vezes os mem-bros da igreja pensam que pagam o pastor para realizar tarefas espiri-tuais que na verdade eles mesmos deveriam realizar. Todo crente é um ministro da graça de Deus.

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APPC – Compaixão é um princípio multiplicador. Como a relevância ou irrelevância social de uma igreja podem afetar seu

crescimento?

FB – A igreja sempre está inse-rida em algum contexto social. Com certeza, esse contexto social oferece oportunidades para que a igreja seja relevante e compar-tilhe graça com a comunidade. Isso abre inúmeras portas para o desenvolvimento dos ministérios da igreja. Os cristãos não podem ficar alienados dos problemas da sua comunidade. Se examinarmos o Novo Testamento, encontrare-mos Jesus abençoando as comu-nidades por onde passava e com-partilhando graça com todos os necessitados.

APPC – No livro Igreja Multiplicadora: cinco princípios

bíblicos para crescimento observamos um processo intencional de plantação

de igrejas que parece estar desconectado do modo

de atuação de muitas comunidades eclesiásticas.

Nestes casos, como é possível mudar essa chave, ou seja,

fazer com que pastores priorizem a reprodução de

filhas e não apenas o aumento do rol de membros de uma

única igreja?

FB – As duas coisas são impor-tantes. O crescimento numérico da igreja e a plantação de novas igre-

jas são ações concomitantes no Novo Testamento. O Espírito Santo agiu de forma estratégica envian-do pessoas para que novas igrejas fossem plantadas. A visão de Atos 1.8 é ampla e vai muito além de Je-rusalém. A expectativa do Senhor Jesus é que sua igreja se multipli-que e plante muitas outras igrejas para alcançar mais pessoas. A cha-ve para a plantação de mais igrejas pode mudar se os líderes entende-rem a plenitude da visão de Atos 1.8 e praticá-la. Ninguém precisa ter medo de que se investir em ou-tro lugar a igreja perderá recursos (humanos e financeiros). A igreja de Antioquia experimentava um bom crescimento quando o Senhor chamou Paulo e Barnabé, dois de seus principais líderes, para plantar novas igrejas em outras regiões. A visão precisa ser de Reino.

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Por Gilvan Barbosa Pastor da Primeira Igreja Batista em Teresina (PI)

Mantendo o foco missionário

ARTIGO

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Há muitos motivos para a perda do foco missionário da igreja

hodierna, mas o principal é a per-da do sentido de ser igreja. Nes-te mundo pós-moderno, da busca da felicidade, do entretenimento desenfreado, a igreja adaptou-se. Perdeu o sentido de “um grupo em missão” para “um grupo em reu-nião”. Com isto entramos na igreja da “rede”, que existe virtualmente, como muito da vida moderna. Co-municamo-nos por e-mail, redes sociais, mas não convivemos, não dividimos dores, alegrias e sonhos. Passamos a ser estranhos que di-zem se conhecer e que se intitu-lam irmãos. Quando Jesus fundou sua igreja, Ele o fez para que ela fosse para a sua glória e esta gló-ria retratada no exercício de uma missão, e esta iniciada por Ele. So-mos um povo em missão, e esta é resgatar das trevas e trazer para a luz aqueles que Deus amou e ama.

Claro que, no mundo de relati-vismo em que vivemos, os concei-tos vão também se perdendo, se relativizando. Assim como o con-ceito de igreja diluiu-se, também o de missões. Só para ilustrar o que estou tentando dizer: ganhamos uma Van para a obra missionária. Estabelecemos como critério bási-co de uso deste veículo a regra de que ele servirá à obra missionária. Recebemos o telefonema de um líder de um grupo musical solici-tando que lhe cedêssemos a Van para o lançamento do CD do gru-po em um estado vizinho ao nos-so, e a justificativa para o pedido é que isso era missões. Em nosso conceito isto não é missões; pode ser algo acessório, mas não é mis-sões. É incrível como tanta coisa hoje se denomina “missões” e não tem como foco principal partilhar as Boas-Novas da salvação em Cristo!

Entendo que este foco foi per-dido quando perdemos o concei-to de igreja e de missões. Com isto passamos a pensar mais em nós mesmos, no grupo que se diz igreja, do que naqueles que não são parte do aprisco do Senhor. A maior parte dos recursos finan-

Enquanto elitizamos o evangelho, deixando que seja produto de uma classe intelectualizada, a Refor-ma buscou fazer “o evangelho do povo”. Leigos pregando, evangeli-zando, partilhando a salvação é a igreja cumprindo seu papel como projetado pelo Senhor.

Precisamos deixar o foco do An-tigo Testamento, o templo e o sa-cerdote, para vivenciarmos o foco do Novo Testamento, “Cristo em todos”. Cada crente um ministro, cada lar uma igreja.

Estou como pastor da Primeira Igreja Batista em Teresina (PI) há cinco anos. Quando chegamos, a igreja havia saído de uma grande divisão. Precisávamos decidir o rumo, o foco a ser seguido. Com tantas necessidades, esta não era uma decisão fácil. Como eu havia escrito uma carta à igreja, antes de aceitar o convite, dizendo de mi-nha visão pessoal de pastor e de igreja, e esta carta foi votada em assembleia, facilitou a definição de nosso foco. “Ser uma igreja agra-decida, vibrante e missionária” foi nossa definição de visão. Em um estado, à época, com 86 cidades sem a presença batista, sendo o menos evangélico do Brasil, prio-rizamos abrir igrejas nas cidades sem a presença batista. A maioria absoluta destas cidades tem me-nos de cinco mil habitantes e me-nos de 5% de evangélicos.

Com a definição do foco, pas-samos a orar e esperar de Deus a indicação para onde iríamos, pois não definimos a área do es-tado para nossa atuação. Só para você ter uma ideia, temos uma congregação no extremo sul do estado, a 703 km de Teresina, e outra a 284 km, no norte do es-tado. A última congregação que abrimos, está a 284 Km de Te-resina, e foi iniciada em parceria com uma igreja do Maranhão, em setembro do ano passado. Inicia-mos aquela congregação porque recebemos o telefonema da lide-rança da igreja dizendo que eles tinham uma obreira em formação, que precisava da experiência prá-

ceiros arrecadados pelas igrejas de Cristo está sendo investida no conforto e bem-estar das “ovelhas que estão no aprisco”. Por quê? Porque o conceito de igreja vol-tou-se para dentro e o de missões perdeu o sentido de ir. Preferimos investir milhões em megatemplos, onde se reúnem milhares que não se conhecem, que não sabem por quê, ou para quê estão ali, do que pensar nas ovelhas desgarradas, que vagam como quem não tem pastor (e de fato não têm).

A parábola do “bom” samaritano nunca foi tão verdadeira! Estamos mais preocupados em não nos contaminarmos do que em esten-der a mão. Estender a mão e en-volver-se com o outro dá trabalho, implica parar a agenda e meter a mão no bolso para arcar com des-pesas não orçadas e que não são minhas, nem da minha família. A igreja virtual ou a megaigreja finge resolver este problema, pois me leva a fingir que contribuo, que me importo, mas de fato não envolve meu coração, nem minha alma. É um “me dou a distância”.

Estas perguntas de “como” sem-pre passam a ideia de que algo se resolve com tantos passos, como algo simples. Este não é um qua-dro simples de ser revertido, se é que é possível. Mas creio que po-demos começar uma nova cami-nhada, investindo corretamente naqueles que lideram e hão de li-derar as igrejas. Estamos forman-do mais homens do discurso do que das ruas. Estamos fazendo mais homens de comando do que servos. Lemos e discutimos muito sobre líderes servos, mas na práti-ca eles são raros. Como escreveu Waylon Moore, “a igreja é o que é seu pastor”. Erramos na formação e multiplicamos o erro na visão do ser igreja. Pastores do discurso er-guem igrejas do discurso. Pastores das ruas, dos “becos e valados”, erguerão igrejas das ruas, dos “be-cos e valados”.

Urge também investir em trei-namento de liderança, em leigos que saibam cuidar e proclamar.

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tica de liderar um trabalho, e eles estavam dispostos a pagar o alu-guel de uma casa para início de uma congregação. Perguntaram se aceitávamos cuidar da con-gregação. Respondemos que sim, desde que fosse dentro do perfil que temos seguido: uma cidade sem a presença batista. Eles acei-taram. Passamos o desafio a um missionário nosso, que dirige uma congregação naquela região, a 93 Km da cidade-alvo. Tudo acerta-do, alugamos a casa onde a obrei-ra residiria e funcionaria a congre-gação, marcamos a data de início, levamos uma equipe para um impacto... ali está a congregação com três membros (estes foram ganhos e batizados) e cerca de 15 congregados.

Cada congregação iniciada tem uma história da ação de Deus. Não estamos indo a uma cidade por causa de crentes de outras igrejas ou porque alguém de nossa igreja mudou-se e não queremos perdê--lo para a igreja da cidade. Esta-mos indo às cidades sem a pre-sença batista para ganhar pessoas que estão sem Cristo. O plano é simples: oramos, esperamos Deus indicar uma cidade, alugamos uma casa, enviamos uma família para morar na casa, que também se tor-na o templo (com placa e tudo), apoiamos com ações de impacto, treinamentos e material. Nestes cinco anos foram 15 congregações iniciadas. Também elas não são somente nossas, são da Junta de Missões Nacionais, da Convenção Batista Piauiense, da Convenção Meio Norte do Brasil, da 1ª IB de Vitória, da 2ª IB do Plano Piloto, da IB Emanuel, da 1ª IB em Castelo do Piauí, da 1ª IB de Campo Maior (PI), da IB Jardim das Oliveiras (DF), da 1ª IB de Gilbués (PI), da IB Memo-rial de Timon (MA), da Missão In-ternacional da Esperança (IMHO-PE) e de muitos irmãos que contri-buem para o sustento desta obra. Há congregações em que alguns batizados são membros de nossa igreja, e outros da igreja parceira.

Deus tem nos abençoado gran-demente! Nunca deixamos de en-

tregar o Plano Cooperativo e nun-ca deixamos de levantar as ofer-tas missionárias da denominação. Não fazemos isto porque temos dinheiro. Uma igreja com uma média de dízimos de 40 mil reais não pode fazer missões confiada em recursos financeiros. Priori-zamos a obra missionária porque entendemos que é a ordem de Deus para sua igreja.

Nestes últimos cinco anos, construímos quatro templos, re-formamos outros dois, compra-mos seis terrenos, ganhamos uma Van, mandamos fabricar um con-sultório dentário sobre rodas (um trailer odontológico), ganhamos três motos, estamos reforman-do o templo da sede e o centro de retiros da igreja. Iniciamos um projeto social e missionário para alcançar as crianças de 4 a 14 anos, a chamada janela 4/14. Hoje atendemos mais de 100 crianças em três de nossas congregações. Nosso alvo é implantar o projeto em todas as nossas congrega-ções. Temos uma equipe de nove missionários cuidando de 14 con-gregações, das quais 10 são no in-terior. Isto significa que algumas congregações já estão se multi-plicando, abrindo outras congre-gações.

O conselho que dou, dou a mim mesmo:

Não espere recursos para abrir igrejas.

Procure e espere uma determi-nação de Deus. Obedeça!

Viva a experiência de uma igre-ja de ministros de Deus que estão envolvidos em uma grande mis-são, e ministros envolvidos em uma grande missão não têm tem-po para os negócios desta vida, apenas procuram agradar àquele que os arregimentou para a mis-são.

Saia para ganhar almas e com-partilhe com a igreja a experiência.

Deixe os novos convertidos compartilharem com a igreja a ex-periência da salvação em Cristo.

Não tenha medo de avançar. Aquele que deixou toda a glória no céu e desceu à Terra em uma missão de resgate não deixará você sem recursos e direção.

Quando estiver no conforto de seu templo, estudando ou pregan-do a Palavra, pense naqueles que não possuem templo, largados, como ovelhas errantes sem pas-tor, sem Bíblia, sem esperança, es-cravos do pecado e com destino à perdição eterna. É justo que se destinem à perdição sem ao menos serem avisados? Todo ser humano tem o direito de ouvir o evangelho. E, se Deus deixou toda a sua glória no céu, e experimentou todo tipo de sofrimento para salvar estas vidas, não há sofrimento grande demais para mim ou para você no cumprimento desta missão.

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