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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro 1

Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro 2

Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Quadro social

Base social( campo complexo e controverso que constitui a estrutura essencial no estudo das mentalidades de uma determinada época).

A escassez de estudos sistemáticos sobre a nossa sociedade tornou-se mais difícil no aprofundamento do tema.

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Classes sociais e Antigo Regime

Estratificação

Nascimento Privilégio na religião e na fortuna

Séc . XVIII – hierarquia

Definiam o grupo social

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Em Portugal - séc. XVIII

O burguês não possuía a força nem o prestígio do estrangeiro.O guerreiro fora substituído pelo comerciante no topo da pirâmide

social, formando uma grande burguesia comercial e industrial.

Em meados do séc. XVI a Burguesia entra em declínio, devido:à concorrência económica ( exercida pela nobreza, Estado

e clero)tinha uma mentalidade conservadoraera pouco activaa nobreza não aplicava os capitais nos rendosos

investimentos, mas sim em terras, solares, jóias, vestuário e criados.

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Países da Europa Portugal

Formavam as autênticas classes sociais

Só com a política de reforço do aparelho se vislumbra uma possível mudança, mas sem consequências

imediatas

Há grupos sociais que convivem, que não se impõem e que não se hostilizam senão dentro do seu próprio agrupamento.

O nobre - mercador O mercador – nobreO lavrador – fidalgoO fidalgo – proprietário da

terra

Uma complementaridade de funções e não uma rivalidade compartimentada em classes que só se podem definir pelo seu antagonismo.

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

� A.Silbert afirma que, no principio do século, Portugal não sofria uma crise social grave, pois o regime feudal era, de um modo geral, aceite; a nobreza não se mostrava com capacidade de actuação e a burguesia ligada ao Estado não tinha ambições.

� A força adquirida pelo Estado Absoluto éaparentemente desfavorável aos grupos sociais em geral, mas este aumenta o poder dos mais desfavorecidos.

� A nobilitação em massa dos grupos populares pela legislação pombalina revela a tendência para alteração dos preconceitos de índole social.

• Época onde o imobilismo da estrutura não permitia ainda mudança.• Está na origem da formação de classes sociais

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Foram definidas após a Revolução Industrial(fim do séc XVIII e primeira metade do séc. XIX)

Só se pode aplicar às sociedades industrializadas.

• Mostra que há hierarquia social dos corpos constituídos:

•Nobreza•Clero

•Terceiro Estado •Camponeses

•Ordens da nobreza

•Nobreza•Clero

•Terceiro Estado •Camponeses

•Ordens da nobreza

Opõem-se à divisão das classes sociais nascentes.

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro 9

Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

As ordens eram obrigatoriamente agrupadas

Criavam uma

dinâmicaprópria

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Nobreza

Distinguia – se pelo privilégio, enobrecendo-se:

� Pela actividade guerreira;� Criação de riqueza pela acumulação de títulos;� Honras;� Rendas;� Terras ou pelas transacções comerciais.

Era genericamente privilegiada:� Na ordem jurídica;

� No imposto (direitos senhoriais);� No tratamento;

� Nas funções do Estado (administração colonial);

� Na guerra.

Ligada directamente ao Rei

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

� Em Portugal, o poder central crescia, sobretudo apoiado no “Feudalismo agrário e no Funcionalismo colonial”

Categoria de nobreza dos fins do séc. XVIII

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Nobreza Provinciana

Ligada à terra Exercia cargos regionaisou locais

Por vezes, detinha funções administrativase jurídicas.

No Norte do país

Dirigia as actividades agrícolase comerciais

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Nobreza de Função

Exercia cargos dentro da administraçãoregional e na própria Corte.

Desempenhava cargos relevantes

nas diversas partes do império colonial

português.

O funcionalismo, favorecido pelo poder absoluto, nunca contribuiu para o enfraquecimento da nobreza de função.

O rei ia buscar os seus quadros a cidadãos oriundos da nobreza com título ou da antiga fidalguia

( “Elite”)

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Nobreza de Corte

Constitui o corpo apoiante do poder real e a nobreza de cargosultramarinos, os militares de categoria superior e a magistratura

jurídica.

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� O reforço do poder régio conduziu àespecialização das funções.

É no tempo de D. José I que se dá o mais forte golpe na influência social da nobreza.

Actividades diplomáticas, jurídicas, militares, culturais, administrativas.

AntesAtribuem-se exclusivamente à alta nobreza ou ao clero.

DepoisAtribuem-se àqueles cujo mérito próprio o exigia.

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� A nobreza

Actividades mercantis Actividades ultramarinas

É afastada pela garra indomável de Pombal

Refugia-se na terra ou no funcionalismodo Estado.

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A nobilitação de numerosos grupos sociais, tais como:

� Doutores em Teologia;� Os Licenciados;� Os Bacharéis;

� Os negociantes de grosso trato;� Lavradores da Província de Além – Tejo;

� Professores das “Artes Liberais”;� Capitães;� Sargentos;

� Oficiais da milícia

Mostra que Pombal não queria acabar com a nobreza

Mas

Transformá-la, revigorando–ae pondo–a ao serviço do Estado.

Substituindo: O Critério de nascimento

peloCritério pela competência.

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� Adquirir o título de nobreza associava – se:

O engrandecimento deste implicava que ao corpoSocial não fossem estranhas as prerrogativas da nobilitação

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Segundo A.H. Oliveira Marques

� A nobreza tradicional “Não possuía a preparação adequada” para as novas actividades profissionais e

lucrativas que urgiam para o ressurgimento económico do país.

Daí que o comércio fosse declaradoprofissão nobre

Os comerciantes beneficiassem de vários

privilégios, que até aí eram destinados à nobreza.Ex: a instituição de

morgados.* Foram atribuídos 23

novos títulos em 27 anos, desaparecendo 23.

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Acentua-se o declínio da nobreza com o emergir de dois grupos sociais (tradicionalmente integrados nela)

Magistrado

• Exerce funções e beneficia de privilégios reservados à

nobreza;• Ganha peso político e

social.

Militar

Mas

Defrontam a influência que a Igreja ainda possuía , visto que não tinham o direito de intervenção, pondo – os ao

seu serviço.

• Esta actividade ligava – se a um exercício nobre, visto que os postos mais elevados eram ocupados pela alta nobreza.

Enquanto

O resto da oficialidadee subalternos provinham

de uma aristocracia provincialde baixa linhagem.

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� Ao longo do reinado de D. Maria I o exército já não continua a ser apanágio do nobre pelos cargos relevantes que desempenhava.

Devido

Ao surgimento de escolas militares destinadas à formação de quadros competentes, de modo a substituírem no futuro oscritérios da origem pelos da eficácia e do merecimento.

Academia Real da Marinha (1779)

• Aula de Engenharia• Estudos Matemáticos

Academia Real Dos Guardas Marinhos (1796)

• Artilharia • Desenho

Carácter bem mais teórico do que prático.

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As armas estavam enferrujadas, praticamente inutilizadas e grande parte dos soldados ( camponeses, artesãos e artífices) e dos quadros, caracterizavam – se pela sua idade avançada.

� Em 1801 é constituído um conselho para a reorganização do exército e até 1806 são tomadas diversas medidas tendentes ao enquadramento disciplinar do conjunto das tropas nacionais.

� De 1791 a 1792 surgem outras iniciativas, que condicionaram numerosas regalias económicas e sociais ao militar – soldado, tais como:

• Criação de uma casa para militares inválidos;• Criação de um montepio para viúvas e filhos órfãos de militares.

� Resultante das invasões francesas, são esses anos de crise que começam a impôr não só o militar, como também o magistrado

� De facto, no passado as tensões entre os dois grupos, em ascensão, eram vulgares.

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Em suma:

Os magistrados cultivaram a independência do seu estatuto sociale os militares ao ganharam autonomia com a penetração do conceito de nobre onde nascimento, título e privilégio condicionavam a sua honorabilidade no conjunto da sociedade portuguesa.

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Clero

Esta categoria social distingue-se pelos inúmeros privilégios, regalias e influência que exerce em todos os planos da vida

nacional.

Podemos salientar dois grupos: alto clero e o baixo

clero

� O clero era um estado que:

• Era o detentor das imunidades e isenções ;• Tinha ainda grandes proventos de ordem económica;

• Eram os grandes senhores da terra;• Constituía uma camada social com audiência popular (desde o mais modesto camponês ao mais orgulhoso

fidalgo);• Tinha um foro privativo onde todos os seus membros eram julgados por elementos da Igreja (não estavam sujeitos às

penas aplicadas a outros cidadãos e estavam dispensados do serviço militar).

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� Todos queriam que os seus filhos envergassem uma dignidade eclesiástica, podendo esta ser regular ou secular.

Porque:

A religião envolvia toda a sociedade, contudo isto não podia deixar de consignar os seus membros uma preponderância que ninguém ousava

contestar porque o seu cariz divino a legitimava.

� O seu poder começa a ser atingido com a chegada ao poder de Sebastião José de Carvalho e Melo.

Só ele não temeu hostilizá-lo (mas para dar força a uma política anticlerical) teve de recorrer a argumentos poderosos:

• O superior interesse do estado;•o nome do rei;

• o pensamento das Luzes

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A Religião seria subordinada à razão (Deus seria vis to à luz dos racionais).

� A transformação da Inquisição em tribunal régio, ma rca o início da perda da sua influência ideológica, sobretudo nas c amadas mais altas

da população (letrados, magistrados, economistas, n obres).

� Ao fortalecimento do poder real correspondia a submissão social.

(A obediência e vassalagem que o povo tinha que prestar.)

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� A expulsão dos Jesuítas (1759) será um importante golpe no grupo dominante, na educação média e superior do país.

� Desde D. João III a cultura portuguesa dependia dos pressupostos e métodos da escolástica medievais, numa Europa em que o método

experimental era vulgar.

Então:

Era preciso libertar o saber das amarras de uma religião que não se renovava, cujos representantes tinham procedimentos que em nada abonavam os princípios que diziam defender.

O Santo Ofício – arma essencial do clero em todos os domínios da vida nacional.

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� Para a sua decadência ideológica (no séc. XVIII) contribuiu também a difusão das ideias jacobinas, a infiltração das lojas maçónicas , a criação

de institutos divulgadores do racionalismo dos filósofos franceses.

A Academia das Ciências de Lisboa é um exemplo. As leis de 1788, 1796, 1801, 1802 também lhes são contrárias, pois retiram-lhes numerosas

isenções.

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A Burguesia

• Conjunto de cidadãos de raiz popular e de difícil caracterização social.

• Participava em actividades específicas que lhe criaram um estatuto e uma identidade próprias.

•Obtinham funções urbanas.

Pequenos e grandes mercados legistas e magistrados

• Obtinham funções regionais

Pequena e grande burguesia fundiária

•Defrontou a concorrência da Nobreza no campo mercantil e funcional.

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� A partir do séc. XVII e XVIII a nobreza limitou-se a desempenhar uma actividade essencialmente ligada ao transporte de matérias-primas ou de produtos fabricados no estrangeiro.

Contraindo o crescimento manufactureiro levando àacumulação de grandes

capitais.

Contraindo o crescimento manufactureiro levando àacumulação de grandes

capitais.

� O favoritismo concedido pela Coroa à nobreza não a deixa prosperar, logo foi importante o papel desempenhado pelos Judeusportugueses perante a economia Europeia.

� A inquisição criara condições indispensáveis à formação do capitalismo, desviava fortunas para os réditos eclesiásticos, para a Coroa ou para o estrangeiro.

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�A invasão do mercado português por produtos estrangeiros mais baratos e de qualidade superior no principio do século

Coloca a nossa produção manufactureira numa situação de manifesto atraso e de dependência superior, que não consegue ser superada pelo Estado pós–Pombal

� No fim do séc. XVIII, a burguesia nacional–capitalista localizava-se nas cidades de Lisboa e Porto

(associava-se a pequena burguesia mercantil, que, detendo alguma participação no tráfego ultramarino, dominava sobretudo o grosso do

comércio metropolitano).

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Burguesia urbana - regional

•Eram os principais dinamizadores das feiras e mercados;•Constituíam o grupo de ligação entre:

Camponeses e pastores

Numerosos e activos

Burocratas e nobres

•Eram pouco empreendedores;•Receavam o grande comércio e as grandes companhias;•Eram hostis a toda a forma de organização;•Tinham uma fraca consciência de si próprios •Estavam inteiramente dependentes da nobreza, da burocracia e da Igreja.

Mas:

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Burguesia rural

A aplicação dos capitais não se destinava fundamentalmente ao aumento do rendimento.

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No princípio do séc. XIX, a burguesia mercantil comportava dois grupos rivais

Mercador português(maioritariamente médio e

pequeno)

Mercadores estrangeiros(maioritariamente

grande)

Em suma:A ascensão social da burguesia é considerada genericamente dependente dos êxitos políticos e jurídicos de dois grupos tradicionalmente inseridos na nobreza: o militar e o magistrado. Aliando-se-lhes pela comunhão de objectivos, pretende a autonomia social e o fim dos privilégios concentrados até então, nas categorias da nobreza e do clero.

Burguesia Mercantil

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O Povo

Grupo social onde se enquadrava o conjunto mais vasto da população e o mais diversificado pelas ocupações

que executa:

� Camponeses;� Jornaleiros;

� Donos de pequenas oficinas;� Detentores de pequenas

parcelas de terra;� Transportadores de géneros;� Vendedores-ambulantes;

� Rendeiros;� Artesãos;

� Pequenos proprietários de tenda ou loja para a venda a retalho;

� Assalariados de serviços públicos;

� Criados domésticos;� Pescadores;� Mendigos;� Vadios

A expressão “povo” abrangeu diferentes sentidos e características

ao longo dos séculos

Estrutura social básica da nação pelas suas responsabilidades na

produção

Agrícola Oficial

Porque assegurava o funcionamento dos serviços públicos, por nela se recrutarem os soldados e pela sua

contribuição a favor do Estado por meio de numerosos impostos (monetários, em

serviços ou em géneros)

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• Em tempo de paz e prosperidade a sua função era insubstituível• Em período de guerra era ele que suportava os maiores

sacrifícios.

� No fim do século XVIII:• A melhoria das comunicações;

• Os progressos técnicos;• Os aumentos da exportação;

• A conjuntura política internacional.

A noção exacta do seu valor, como grupo autónomo, da sua influência nos destinos da nação.

O que está na origem da sua actuação política, activa, coerente e patriótica, no momento da grave crise nacional que atinge Portugal

em 1807 a 1810.37

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� No princípio do século XIX a camada popular era mentalmente enformada da religião.

O clero mantinha uma influência activa tanto no lugarejocomo na igreja.

Mas

• O seu comportamento individual;• A ligação de mais representantes aos mais poderosos.

Contribuem para o seu desprestígiojunto do povo.

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Neste vasto conjunto pode – se distinguir alguns grupos:

• Maior autonomia: artifícies, pescadores, transportadores.• Mais numerosos, mas com menor protecção: camponeses.

� Constituíam 74 % da população no ano 1806.� Eram os mais sobrecarregados com impostos, serviços gratuitos

e um recrutamento militar.

Indiscriminado, mal renumerado etemporariamente muito longo.

“Era do campo que se retirava o soldado que teria de servir, por vezes, mais de 10 anos, sem regalias, sem um tratamento hierárquico adequado e digno e sem quaisquer

apoios monetários que superassem as dificuldades da sua família com menos um braço para o amanho da terra”.

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� Com uma situação menos gravosa, os artíficies são o grupo com maior coesão, devido aos progressos dos fins do século XVIII.

• Nesta época, este aumenta consideravelmente o seu número, residindo:

• Aldeias;• Vilas;

• Cidades.

• Possuíam profissões complementares: carpinteiros, pedreiros, ferreiros, sapateiros – torna–os importantes para serem requisitados pelo exército.

• Embora sem poder financeiro e empreendedor, eram indispensáveis na cidade ou na região.

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� O pescador tinha uma identidade bem acentuada executando, por vezes, funções de autêntico mercador no litoral ou à distância,

dificultando a formação de um grupo autónomo.

• Efectuava o tráfico por mar, logo eram responsáveis pela circulação dos produtos na cidade .

� De não menor importância, pelos seu elevado número e pelas consequências nefastas da sua existência para a economia nacional, foram os mendigos.

• Existiam com abundância e eram aceites pela própria rainha.•

“ De todos os bairros da cidade vinham chegando bandos de mendigos, para tomarem o seu lugar às portas do palácio, e esperarem a saída da rainha; porque sua Majestade é mãe indulgentíssima destes imprudentes filhos da ociosidade e raras vezes sai na sua

carruagem sem lhes distribuir consideráveis esmolas”

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Aspectos sobre os quais um enigma ainda permanece :

• Como é que estes grupos funcionavam internamente e quais as suas relações mútuas?

• Quais os seus reais rendimentos anuais?

• Que obstáculos superaram para defrontar os preços dos mercados?

• Que implicações tinham os débeis salários na sua vida quotidiana e na sua mentalidade?

• Como reagiam aos abusos dos privilegiados?

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Antagonismo – oposição de sistemas, rivalidades.

Ambições - desejo de riqueza, honras ou glórias.

Índole – carácter.

Proletário - trabalhador/operário.

Prerrogativas – regalias, privilégios, direitos.

Lugarejo – lugar, povo.

Ociosidade – vadiagem, preguiça.

Consignar – consagrar, recomendar.

Preponderância – superioridade.

Cariz – aparência, aspecto.

Legitimava – validava.

GLOSSÁRIO

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Andreia Barros; Cátia Dias; Susana Monteiro

Escola E.B 2,3/S de Baião

Curso: Ciências Sociais e Humanas – Línguas e Humanidades

Disciplina: História

Docente: Fernando Matos

Trabalho realizado por:• Andreia Barros 11ºE nº4

• Cátia Dias 11ºE nº6• Susana Monteiro 11ºE nº16

Baião, 2008/2009

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