analytica controle de qualidade

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Revista Analytica Agosto/Setembro 2010 Ano 9 Nº 48 R$ 13,90

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2010 • Ano

9 Nº 48

R$ 13,90

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AnalyticaA revista da instrumentação e controle de qualidade www.revistaanalytica.com.br

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº4804

A cada dois anos, profissionais da área de cromatografia se reúnem no SIMCRO - evento organizado pelo Instituto de Cromatografia da USP de São Carlos, para discutir os grandes avan-ços e temas relevantes da área. Esta edição pela segunda vez consecutiva acontece na cidade paulista de Campos do Jordão, entre os dias 14 e 16 de setembro e a Revista Analytica estará presente para acompanhar tudo de perto.

Aproveitando o tema cromatografia, a PerkinElmer, que ilustra a capa dessa edição, é uma empresa que pode discorrer com propriedade sobre o assunto. A empresa lançou durante a Pittcon desse ano, sua nova família de cromatógrafos a gás Clarus, que reúne inúmeras caracte-rísticas de produtividade. Além das novidades tecnológicas, a PerkinElmer mostra também que está em uma de suas melhores fases, aproveitando-se de transformações para se consolidar como um dos nomes mais expressivos da área analítica. Mais sobre equipamentos e suas novas diretrizes podem ser lidas na matéria de capa.

Outra empresa que aparece nas páginas dessa edição é a alemã Heraeus Sensor Technology. Em 2009 a empresa passou a oferecer seus produtos das linhas de vidros de quartzo e ultravio-leta e infravermelho para aplicações especiais, iniciando um trabalho mais do que reconhecido em outras partes do mundo. Saiba mais sobre a multinacional e suas tecnologias em Perfil Em-presarial.

Outro assunto abordado nessa edição é a questão da contaminação em salas limpas. O que fazer caso isso aconteça? Leia as dicas de profissionais da área em Salas Limpas.

Aproveite mais essa edição, nossas notícias, dicas de leitura em Livraria, cursos e eventos e saiba o que a área acadêmica do país vem produzindo em pesquisas.

Uma ótima leitura!

Os editores

Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum ([email protected]) (11) 8357-9857 Editora: Milena Tutumi (Mtb 32.115) ([email protected])Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich (11) 8357-9849Contato Publicitário: Daniele Nogueira (11) 8140-8900 ([email protected]) Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão ([email protected])Departamento de Assinaturas: Daniela Faria ([email protected])

Conselho Editorial:Carla Utescher, Pesquisadora Científica e Chefe da Seção de Controle Microbiológico do Serviço de Controle de Qualidade do I.Butantan - Cheila Gonçalvez Mothé, Profª. Titular da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Prof. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA/Unicamp - Joaquim de Araújo Nóbrega, Depto. de Química da Universidade Federal de São Carlos - Marcos Eberlin, Prof. de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Científica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S.Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Marina Tavares, Profª. do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes, Pesquisadora Titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldino Dantas, Diretor Presidente da OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness

Colaboraram nesta edição:Aline Sartório Raymundo, Araceli Verónica Flores Nardy Ribeiro, Bill Costa, Eliane da Costa Vilela, Eudécio Bonfim dos Santos Dias, Joel Alonso Palomino Romero, Joselito Nardy Ribeiro, Marciela Belisário, Maria Olímpia Oliveira Rezende, Pedro Henrique Ferri, Renato Sossela, Romina Zanarotto, Seme Youssef Reda

Impressão: Prol GráficaEditoração: Omar Salomão – (11) 9501-1145

Filiada à Anatec

ANO IX - Nº 48(Ago/Set 2010)

Redação e administração:Av. Paulista, 2.073Ed. Horsa I - cj. 2.315CEP: 01311-940. São Paulo. SPFone: (11) 3171-2190C.G.C.: 74.310.962/0001-83Insc. Est.: 113.931.870.114ISSN 1677-3055

A Revista Analytica é uma publicação bimes-tral da ESKALAB, com distribuição dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qua-lidade dos setores farmacêutico, alimentí-cio, químico, ambiental, mineração, médico, cosmético, petroquímico e tintas. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamen-te, a opinião da revista.

Editorial

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04Editorial/Expediente

08Microbiologia em Foco: Contagem Microbiana em Produtos Farmacêuticos de Forma Sólida

10Notícias

26Matéria de Capa: PerkinElmer

32PERFIL EMPRESARIAL: Heraeus Sensor Technology

36Em Foco

72Salas Limpas: Contaminação em Salas Limpas I

ARTIGOS

76Eletroflotação Aplicada ao Tratamento de Esgoto Sanitário: Joel Alonso Palomino Romero e Maria Olímpia Oliveira Rezende

90Aplicação do Programa JV.NH-1 na Análise da Qualidade do Biodiesel Etílico de Limão Rosa, uma Fonte Não Convencional: Seme Youssef Reda, Renato Sossela e Bill Costa

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Sumário

Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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95A Casca de Banana como Bioadsorvente na Remoção de Corantes Tóxicos Presentes em Efluentes Industriais: Marciela Belisário, Romina Zanarotto, Aline Sartório Raymundo, Joselito Nardy Ribeiro e Araceli Verónica Flores Nardy Ribeiro

103Estudo de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) em Material Particulado Atmosférico de Áreas Urbanas de Goiânia/GO: Eliane da Costa Vilela, Eudécio Bonfim dos Santos Dias e Pedro Henrique Ferri

111Livraria

112Analytica Web

113Agenda Analyitca

114Anunciantes

Fale com a gente

Se você quer fazer comentários, sugestões, críticas ou tiver dúvidas, entre em contato com a gente.

Fone/Fax: (11) 3171-2190, de 2ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 14 às 18h.Cartas: Av. Paulista, 2.073Edifício Horsa I – 23ºA – cj. 2.315 CEP 01311-940. São Paulo. SP.E-mail: [email protected] page:www.revistaanalytica.com.br

Novas Assinaturas, Renovação, Alteração de Endereço e Dúvidas sobre sua Assinatura

Fone: (11) 3171-2190, com Daniela Faria, de 2ª a 6ª feira, das 10h às 12h e das 14h às 18h. E-mail:[email protected]

Edições AnterioresSolicite ao Departamento de Assinatura. O valor cobrado será o mesmo da última edição em vigor.Fone: (11) 3171-2190, com Daniela Faria, ou e-mail [email protected]

Para AnunciarFone: (11) 3171-2190, fale com Daniele Nogueira, ou envie um e-mail para [email protected]

www.twitter.com/RevAnalytica

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Esta seção é de responsabilidade da BCQ Consultoria e Qualidade – (11) 5539-6710 – www.bcq.com.br

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microbiologiaem foco

A contagem microbiana de produtos sólidos faz parte da rotina da maioria dos laboratórios de controle de qualidade das indústrias farmacêuticas. No entanto, ensaio lote a lote não é necessário devido a baixa ativi-dade de água destes produtos e que não favorecem o crescimento dos micro-organismos. Além do mais, os ambientes de produção das indústrias farmacêuticas não são favoráveis ao crescimento microbiano, desde que estes ambientes sejam projetados para desfavore-cer o crescimento das bactérias e fungos.

A evolução fez com que os seres humanos se adap-tassem ao convívio com os micro-organismos. Por exemplo, as bactérias exercem papel importante na di-gestão dos alimentos, na síntese de vitaminas etc.

A contagem microbiana na pele humana pode che-gar a 1012 bactérias, 1010 na cavidade oral, 1014 no trato gastrointestinal.

A flora normal de uma pessoa saudável, os tecidos internos, ex. sangue, cérebro, músculos etc., são isentos de micro-organismos. No entanto, a superfície dos tecidos como a pele e membranas mucosas está sempre em con-tato com micro-organismos do meio ambiente que podem vir a se colonizar e tornar-se parte da flora normal.

No trato gastrointestinal a população bacteriana é complexa. Existem descritos mais de 400 espécies nas fezes de uma única pessoa.

No trato gastrointestinal superior (estômago, duode-no, jejuno e íleo superior) a contagem é menor do que 104 unidades formadoras de colônias por mL de secre-ção intestinal.

Na flora bacteriana do cólon humano podem ser en-contrados: Bacteroides fragilis, Bacteroides melaninoge-nicus, Bacteroides oralis, Lactobacillus spp., Clostridium spp., Bifidobacterium bifidum, Staphylococcus aureus, Streptococcus faecalis, Escherichia coli, Salmonella ente-ritidis, Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa e cocos anaeróbicos.

O número de bactérias no cólon é quantitativa-mente similar ao das fezes, chegando a cerca de 1011

bactérias/g de fezes. O número de coliformes predomina; estreptococos,

clostridios e lactobacilos são encontrados de maneira regular sendo que a espécie predominante são os Bac-teroides e alguns cocos anaeróbicos.

De maneira geral, o controle da contaminação mi-crobiana deve seguir ao seguinte critério: ausência de micro-organismos potencialmente perigosos. O signifi-cado disso é potencialmente perigoso e tem diversas facetas, precisando ser avaliado caso a caso.

CONTAGEM MICROBIANA EM PRODUTOS FARMACÊUTICOS DE FORMA SÓLIDA

Deve-se considerar a espécie microbiana isolada, número de contaminantes, forma farmacêutica, finali-dade de uso do medicamento, população alvo, via de administração sendo que todos os micro-organismos considerados potencialmente perigosos são os que oferecem risco ao paciente.

De acordo com a USP 32, o capítulo “microbiologi-cal atributes of nonsterile pharmaceutical products”, a significância da presença de micro-organismos em pro-dutos farmacêuticos não estéreis, deve ser avaliada em termos de finalidade de uso do produto.

A Farmacopeia americana leva em conta o trata-mento dado ao produto em relação aos padrões de contagem e sugere a adoção do ensaio limite da USP. A ingestão de micro-organismos contaminantes de produtos farmacêuticos pode levar a doenças que são normalmente diagnosticados em intoxicações alimen-tares, assim sendo, existem estatísticas que nos EUA por ano são relatados 76.000.000 de casos, resultando em 5 mil óbitos por ano.

Nos alimentos as principais causas de doenças cau-sadas por micro-organismos são: Salmonella, Listeria, E.coli O157. Esporadicamente são relatados casos de infeções por: Bacillus cereus, Clostridium perfringens e Staphylococcus aureus.

Pseudômonas aeruginosa é um micro-organismo presente em quase todos os ambientes úmidos e é considerado saprófita. O FDA considera que contagens menores do que 10 mil unidades formadoras de colô-nias não são considerados como patógenos.

As Cândidas são associadas a infecções em pa-cientes imunocomprometidos, especialmente aque-les que necessitam de hiperventilação, cateteres etc. Visto que nestes casos o paciente é colonizado pelo micro-organismo, o risco da sua própria microbiota é maior que o consumo de um comprimido contamina-do ou cápsula.

A atividade dos comprimidos em cápsulas varia de 0,3 a 0,6, sendo, portanto, desfavorável ao crescimento da maioria dos micro-organismos.

Os processos de fabricação adotados pela indús-tria farmacêutica baseados nas Boas Práticas de Fa-bricação diminuem o risco da contaminação por estes micro-organismos.

Os comprimidos cápsulas duras têm baixa atividade de água, o índice necessário para se obter o cresci-mento de Pseudômonas, E. coli , Bacillus, Micrococcus, Salmonella é de 0,90 a 0,95. Para o Staphylococcus au-reus é de 0,86, e Aspergillus, de 0,77.

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notícias

10 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

Centro Universitário Senac tem nova pós-graduação voltada à legislação e gestão ambiental

O Centro Universitário Senac inova o setor de meio ambiente da instituição e oferece, pela primeira vez, a Especialização em Direito e Gestão do Meio Ambiente. O diferencial da pós-graduação é a junção dos fatores jurídicos com os conhecimentos técnicos apli-cados na gestão, com o objetivo de preparar os profissionais para atuar na diminuição do impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente.

Oferecida no Campus Santo Amaro, zona sul da na capital paulista, a especialização possibi-lita a melhor atuação em diversos segmentos da área ambiental, in-cluindo consultoria, planejamento, projetos, diagnósticos, licencia-mento e estudos de impactos. O profissional também poderá tra-balhar na implementação de sis-temas e na gestão ambiental das cidades, do controle da poluição e dos recursos hídricos.

Segundo a coordenadora da área de meio ambiente do Senac São Paulo, Mônica Medina, a fal-ta de discussão sobre o impac-to das ações humanas resultou

em diversos efeitos colaterais como risco de esgotamento de recursos naturais, extinção de elementos da biodiversidade, mudanças climáticas, entre ou-tros. “A partir desse cenário, o discurso jurídico consolidou o desenvolvimento sustentável co-mo forma desejada de evolução por atender às necessidades do avanço econômico e tecnoló-gico de modo equilibrado com a preservação ambiental. Por isso, o conceito passou a fazer parte das diversas regras de di-reito e das legislações, tanto na-cionais quanto internacionais”, conclui Mônica.

Pesquisa realizada no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP testou com êxito a utilização do catalisador ácido fósfo-tungstíco, sob um suporte de

ormosil (abreviação de “organically modified silicates”, silicatos organicamente modificados), um material híbrido, orgânico e inorgânico, para a produção de biodiesel, baseado em compostos ácidos. O catalisador testado pelo químico Guilherme Tremiliosi pode ser recuperado e reaproveitado em novos processos de produção de biodiesel. A substância também pode ser adicionada a um maior número de matérias-primas do que o catalisador básico, sem a necessidade de serem tratadas antes da reação. “Ele foi testado em óleo de soja com alto índice de acidez, que apresenta grandes dificuldades para seu emprego na produção de biodiesel”, ressalta o químico. “O objetivo era obter um rendimento satisfatório na reação entre óleo, etanol e catalisador, que gera o combustível.”

Atualmente, a produção de biodiesel no Brasil utiliza catalisadores básicos e homogêneos, que não podem ser reaprovei-tados. “O catalisador ácido permite maior versatilidade no uso de matérias-primas, sem necessidade de tratamento prévio, como sobras de óleo de cozinha ou óleos de plantas oleaginosas não comestíveis, como o crambe”, conta o químico.

No experimento, o rendimento obtido chegou a 60% (ou seja, 60% do óleo utilizado se transformou em biodiesel), ainda abaixo do nível mínimo considerado ideal pelas indústrias, que é de 95%. “Além da reação ter sido realizada em laboratório, não houve ajustes nos parâmetros do processo reacional”, observa o químico.

Segundo Tremiliosi, o catalisador ácido tem potencial para chegar a 99% de rendimento. “Para chegar a esse nível, serão necessárias novas pesquisas para aprimorar a interação entre o ácido e ormosil”, avalia. “Ao mesmo tempo, é preciso otimizar os procedimentos envolvidos na reação.”

Ele explica que devido ao fato de o catalisador ácido ser heterogêneo, ele pode ser regenerado. “Por filtração, ele é sepa-rado do biodiesel e reaproveitado em novos processos reacionais”, descreve. “O catalisador básico em contato com a água produz sabão, que é muito difícil de ser separado do combustível.”

O catalisador ácido também permite o uso de etanol que não seja totalmente anidro (sem moléculas de água). Tremiliosi afirma que a pesquisa não estimou os custos de produção do catalisador, mas que a possibilidade de reaproveitamento pode gerar uma redução. “Além disso, há a perspectiva de utilização com uma gama maior de matérias-primas”, acrescenta.

De acordo com o pesquisador, as matérias-primas utilizadas no ormosil são produzidas no Brasil, mas não em grande escala. “Caso o catalisador ácido seja utilizado para a produção de biodiesel, existe a possibilidade de adaptar o volume de produção para atender o processo de produção do combustível”, afirma o químico.

Mais informações: [email protected]ência USP de Notícias

Catalisador ácido para produzir biodiesel é reaproveitável

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EMS é eleita a melhor empresa do setor farmacêuticoA EMS, maior laboratório brasileiro, foi eleita pela Revista Exame a me-

lhor empresa do setor farmacêutico. O resultado da pesquisa está publica-do na edição especial Melhores e Maiores 2010, que reúne as companhias de maior destaque em 18 segmentos da economia. A premiação foi rece-bida pelo presidente da EMS, Luiz Borgonovi, em cerimônia realizada no início de julho.

O laboratório está entre as sete maiores empresas farmacêuticas da América Latina e há quatro anos lidera o ranking das farmacêuticas no Brasil, de acordo com a IMS Health, principal auditoria do segmento. Em 2009, a EMS faturou R$ 2,45 bilhões e comercializou 183,3 milhões de unidades, um avanço de 15% em relação ao ano anterior. Atualmente, a empresa conta com o maior portfólio do Brasil, composto por mais de 1,7 mil apresentações de produtos, e investe 6% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento.

Laboratório da Nalco recebe acreditações do INMETROO Laboratório de Serviços Analíticos da Nalco recebeu a acreditação do

INMETRO para identificação de fungos em amostras de ar e identificação de Legionella pneumophila, tornando-se desta forma o único laboratório, até o momento, a ser acreditado para essas identificações. Além dessas duas avaliações, o laboratório também recebeu acreditação do INMETRO, em mais outros 49 itens.

Como se sabe, está cada vez maior a exigência de clientes e da maioria dos órgãos ambientais e de segurança a competência técnica dos labo-ratórios para recebimento de relatórios de ensaio apenas de laboratórios acreditados pelo INMETRO (www.inmetro.gov.br) de acordo com os requi-sitos da norma ISO/IEC 17025, que estabelece os requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração.

O Laboratório de Serviços Analíticos da Nalco recebeu essa acreditação do INMETRO e passou a fazer parte da RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio) sob o nº de acreditação CRL 0415, isso aumenta a confiabilidade dos resultados analíticos, além de ser um reco-nhecimento da sua competência para realizar os ensaios constantes no Escopo de Acreditação.

Durante a avaliação do INMETRO, o laboratório passou por mais de 50 requisitos, entre eles, o Programa de Qualidade do Laboratório, que avalia, por exemplo, a validação dos métodos do escopo, cálculo de incerteza, análise crítica dos resultados, participação em testes de proficiência, con-trole de equipamentos e materiais/padrão de referência e o programa do laboratório para assegurar a competência técnica da equipe.

Um dos benefícios dessa acreditação é poder atender e fornecer re-latórios de ensaios válidos para os principais órgãos ambientais do país, como Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessier (FEPAM) entre outros.

Além dessa certificação, a Nalco também possui outras três: ANVISA - REBLAS - Nº Habilitação ANALI 054 / INEA - Instituto Estadual do Ambiente - Rio de Janeiro (antigo FEEMA) - Nº Credenciamento CCL IN000165 / FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente Nº Cadastro F011949/2006.

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notícias

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Concursos no ICBO Departamento de

Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP está com inscrições abertas para dois concursos para pro-fessor doutor. As vagas são nas disciplinas Biologia Estrutural Aplicada a Micro-organismos e Bioinformática e Biologia de Sistemas Aplicadas a Micro-organismos, em regime de dedi-cação exclusiva à docência e à pesquisa (RDIDP).

Os candidatos devem ter doutorado e produção científica relacionada ao cargo. O salário é de R$ 7.574,75.

As inscrições já estão aber-tas e podem ser feitas até dia 18 de outubro e devem ser feitas na Assistência Acadêmica do ICB, na Av. Prof. Lineu Prestes, 2415, edifício Biomédicas III, Cidade Universitária, São Paulo.USP Online

Aesas assina acordo com Cetesb para capacitar gestores em áreas contaminadas

A Associação Brasileira das Empresas de Consultoria e Engenharia Ambiental (Aesas) acaba de assinar um acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e outras entidades representativas do setor de distribuição e venda de combustíveis e derivados de petróleo no Brasil para capacitar gestores dos setores público e privado e técnicos que execu-tam serviços relacionados à in-vestigação de áreas contamina-das no Estado de São Paulo.

De acordo com o último in-ventário da CETESB, existem 2.279 áreas contaminadas no Estado de São Paulo, sendo que 79% correspondem a postos de serviços. Outro dado importan-te é o levantamento sobre aci-dentes ambientais envolvendo postos e sistemas retalhistas de combustíveis. De 1978 a 2010, foram 707 ocorrências, sendo 80% na Região Metropolitana de São Paulo.

A Aesas, como represen-tante das empresas de consul-toria e engenharia ambiental, esteve desde o início apoiando e participando deste programa. “Contribuímos para a criação do PIA por meio de representantes nos grupos de trabalho. E va-mos continuar colaborando na implementação do programa,

auxiliando tecnicamente nos conteúdos dos cursos e for-necendo docentes. Temos ex-celentes profissionais nas em-presas associadas à Aesas”, complementa Giovanna.

Neste início, o principal apoio financeiro para desen-volvimento do programa virá do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). A entidade repre-senta, em nível nacional, as principais companhias distribui-doras de combustíveis, como a Ale, Castrol, Chevron, Ipiranga, Shell e Petrobrás, atingindo mais de 80% do volume de dis-tribuição do produto no país.

De acordo com Rodrigo Cunha, gerente do Departamento de Desenvolvimento Institucional Estratégico da Cetesb, outras entidades ou empresas do setor podem também apoiar o progra-ma, aderindo ao termo de ade-são. Para o segundo semestre, está prevista a realização dos primeiros cursos de capacita-ção na área de remediação de solo contaminado.

Projeto para dispositivos repelentes naturais de mosquitos é desenvolvido no Ipen

Repelentes são boa estraté-gia para o controle de epidemia, porém os repelentes conhecidos e adquiridos em supermercados ou farmácias, na forma de cre-mes ou sprays, podem causar alergias de pele ou toxicidade sistêmica, além de interferência endócrina. Assim, pesquisa-dores da área de Biomateriais Poliméricos do Centro de Química e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Ener-géticas e Nucleares (Ipen)

Criado para me-dir a qualidade

da água e de extratos aquosos de amostras am-bientais e também verificar a concentração de determinados gases na atmosfera, o Laboratório de Pesquisa Ambiental em Aerossóis, Soluções Aquosas e Tecnologias (Laquatec) foi inau-gurado no fim do mês de julho pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).

Com competência para manipulação e análise de amostras ambientais, o Laquatec, uma facilidade do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do INPE, será utili-zado por pesquisadores de diversas áreas do Instituto, como Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Sensores e Materiais (LAS), Combustão e Propulsão (LCP) e Observação da Terra (OBT), além de instituições parceiras.

Instalado em duas salas do prédio Circuito Impresso, o Laquatec já possui equipamentos para realizar análise por técnica de cromatogra-fia a líquido, medições de carbono e nitrogê-nio e está adquirindo outras facilidades. O local está preparado para manipulação de amostras, calibração de sondas de qualidade de águas, caracterização de sensores, montagem de co-letores de aerossóis, entre outras atividades.

Inaugurado laboratório de pesquisa ambiental

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desenvolvem um projeto para a obtenção de dispositivos repelentes na-turais de mosquitos. O projeto, coordenado pela farmacêutica bioquímica, Mestre Sizue Ota Rogero, objetiva a criação de um dispositivo repelente em forma de pulseira, botão ou outro artefato similar, para liberar lentamente substâncias repelentes de origem vegetal, numa combinação de óleos es-senciais com eficácia comprovada.

A pesquisadora conta que já existem produtos similares disponíveis no mercado. “No Brasil já existem pulseiras e adesivos repelentes à base de citronela, um tipo de óleo essencial. Porém estudamos o desenvolvi-mento de pulseiras repelentes contendo um mistura de óleos essenciais de plantas, com propriedades repelentes, que é 100% natural. Além dis-so, pretendemos que os dispositivos repelentes apresentem liberação len-ta dos óleos essenciais, garantindo um tempo de ação prolongado, que suas propriedades sejam seguras para o uso por crianças e gestantes, sem qualquer prejuízo à saúde e que seja econômico”, ressalta a pesquisadora, Sizue Rogero.

No projeto PIPE-fase I da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) foi enfatizado o estudo de matrizes poliméricas com o objetivo de desenvolver um dispositivo de liberação lenta de óleos essen-ciais de origem vegetal, com propriedades repelentes.

Sizue complementa: “O produto, uma vez desenvolvido, deverá ser sub-metido aos testes de eficácia, de segurança e de tempo de duração do efeito desejado, por laboratórios especializados. A matriz polimérica utili-zada será a de silicone, por ser biocompatível, não tóxico e não interferir na eficácia do produto. Após incorporação da mistura de óleos essenciais com propriedade repelente para mosquitos, poderão ser confeccionados cordões para uso como pulseiras, além de diferentes formatos para uso como broches ou pingentes”.

Esses produtos também poderão ser utilizados em animais de estima-ção, com a incorporação de óleo essencial com propriedade repelente de pulgas e carrapatos ou simplesmente como adereços perfumados.

IPT é relacionado entre as 12 mil instituições de pesquisa mais relevantes no mundo em lista do CSIC espanhol

O IPT ocupa a 2067ª posição no ranking de instituições de pesquisa divul-gado na edição de julho do jornal eletrônico “Cybermetrics”, do Laboratório de Cibermetria do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) vinculado ao Ministério de Ciência e Inovação da Espanha. Foram analisa-das 20 mil instituições de ensino e pesquisa em diversos países e classifi-cadas as primeiras 12 mil. “A excelência nas pesquisas é fundamental para atingir posições entre os primeiros colocados no mundo”, afirmou Isidro Aguillo, editor deste ranking do CSIC.

O IPT aparece à frente de institutos reconhecidos internacionalmente como algumas unidades do Max Plank Institut e Fraunhofer Institut, ambos na Alemanha, e do Korean Institute of Industrial Technology, entre outros. Diferentemente de rankings que mostram as instituições focalizando espe-cialmente resultados de pesquisas, o ranking do CSIC procura estimular produção e acesso a informações científicas e tecnológicas via internet. Baseia-se em indicadores da web contemplando o desempenho global e a visibilidade dessas instituições.IPT

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notícias

14 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

IB-Unesp tem concurso artístico

O Instituto de Biociências (IB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, abriu inscrições para o concurso artístico “Instituto de Biociências: olhares revelados”.

Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Botucatu, o concurso tem por finalidade reunir, fomentar, incentivar e valorizar a produ-ção artística, além de descobrir novos talentos. As obras pre-miadas serão expostas em co-memoração ao aniversário do IB e passarão a fazer parte de seu acervo.

Poderão participar docen-tes, estudantes e técnico-admi-nistrativos da Unesp e o público em geral. As obras deverão ser inéditas ou produzidas a partir de 2008.

Cada participante poderá inscrever uma obra em uma das categorias –Desenho, Pintura e Gravura –, sem exceder as me-didas de 1 metro de altura por 2 metros de comprimento.

As obras deverão conter no verso a etiqueta de identifica-ção contendo nome do autor, título, técnica, dimensão e data. Também deverão estar devida-mente emolduradas (para pai-néis ou outros suportes, não se exige moldura) com ganchos para fixação.

A inscrição se dará median-te a apresentação da obra com etiqueta de identificação e ficha de inscrição preenchida (mode-lo no site do IB). As despesas quanto à elaboração da obra, embalagem e transporte ficarão a cargo do participante.

Serão premiados com troféus os três primeiros lugares. Haverá também seis menções honrosas

e um prêmio de júri popular, que será votado em cédula nominal durante a exposição.

As inscrições são gratuitas e vão até 10 de setembro. O participante poderá ser realizar pessoalmente das 9h às 17h na vice-diretoria do IB, ou na Secretaria Municipal de Cultura, localizado na Av. Dom Lúcio, 755, em Botucatu.

Saiba mais: www.ibb.unesp.br/eventos/olhares_revelados/index.php

3º International Workshop on Spectroscopy for Biology

A terceira edição do International Workshop on Spectroscopy for Biology (IWSB) será realizada de 18 a 22 de outu-bro, em Maresias (SP).

O objetivo do evento é disse-minar, entre estudantes de pós-graduação e jovens pesquisa-dores, novas técnicas biofísicas para investigação de sistemas biológicos.

O workshop também co-memorará o 70º aniversário de Shyrley Schreier, professora

titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, pio-neira da biofísica no Brasil.

Pesquisadores farão apre-sentações com foco em técni-cas biofísicas e suas aplicações, desde o estudo da conformação de proteínas, passando por siste-mas biomiméticos até aplicações biotecnológicas.

Ian Smith, do Conselho de Pesquisas do Canadá, Wayne Hubbell, da Universidade da Califórnia (Estados Unidos), Bruno Maggio, da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina), Paolo Mariani, da Universidade Politécnica de Marche (Itália), Derek Marsh, do Instituto Max Planck de Química Biofísica (Alemanha), e Manuel Prieto, da Universidade Técnica de Lisboa (Portugal), são alguns dos pales-trantes confirmados.

O evento será realizado no Maresias Beach Hotel, localizado na Rua Francisco Loup, 1109, em Maresias, litoral norte de São Paulo.

Mais informações: www.if.usp.br/iwsb, [email protected] Agência Fapesp

O Grupo de Estudos Agrários realiza em Ribeirão Preto, no dia 13 de setembro, o workshop Biocombustíveis e Sustentabilidade, organizado pela Faculdade de Direito (FD), pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), todas da USP.

O evento, no auditório do Bloco Didático da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, contará com a partici-pação das principais autoridades do país no assunto. As inscrições, gratuitas e limitadas a 200 vagas, podem ser feitas na FDRP ou pelo.

O endereço do campus de Ribeirão Preto, onde ficam FDRP e FMRP, é Av. Bandeirantes, 3.900, Ribeirão Preto.

Informações adicionais em: www.usp.br/fdrp/noticias/biocom-bustivel_sustentatibilidade/Biocombustivel_sustentabilidade.htm

Biocombustíveis e sustentabilidade

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Brasil caminha para ser o maior mercado de agroquímicos

Em dois anos, o país vai su-perar os Estados Unidos, que re-gistra um consumo médio anual de US$ 7 bilhões. Isso é o que preveem os especialistas que es-tiveram presentes na Crop World (www.cropworld-southamerica.com.br), que aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto no Centro de Convenções Amcham na cidade de São Paulo.

A estimativa, feita pelo pre-sidente para América Latina da Nufarm Indústria Química, Valdemar Fischer, foi um dos prin-cipais recados do evento, que trouxe para o país as novidades mundiais em tecnologia de agro-químicos para a produção de de-fensivos e fertilizantes.

A Crop World reuniu empre-sas fornecedoras de produtos e soluções na área de agroquími-cos, sementes, nutrientes, fitos-sanitários, entre outras aplica-ções e insumos essenciais para a produção agrícola.

Realizada conjuntamente com a Informex Latin America, dedicada ao segmento químico, ambas as feiras reuniram mais de 40 expositores e 1,2 mil par-ticipantes. Os principais forma-dores de opinião e tomadores de decisão dos setores químico e de defensivos conferiram os lançamentos de produtos nacio-nais e internacionais.

Expositores e patrocinadores destacaram o intercâmbio tec-nológico e o ambiente favorá-vel à geração de oportunidades e negócios, que a Crop World proporcionou.

A programação de pales-tras da Crop World contou com lideranças do agronegó-cio, consultores e executivos

de grandes empresas do setor como a Syngenta, Andef, Basf, Monsanto, entre outras.

A relevância, o impacto das pesquisas científicas, tecnológicas e suas aplicações

A Fundação Fórum Campi-nas, que reúne 11 instituições de pesquisa da região, realizará sua 2ª Mostra de Ciência e Tecnologia entre os dias 18 e 24 de outubro. O evento acontecerá no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), inserido nas atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promo-vida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em um pavilhão de mais de 3000 m², a Mostra irá reunir stands com trabalhos da Unicamp, PUC-Campinas, Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Embrapa, CATI, CPqD, IAC, Instituto de Zootecnia e Instituto Biológico, e do próprio CTI, além de editoras e espaços para eventos culturais e oficinas.

O evento tem como objetivo mobilizar a população em torno de temas e atividades de Ciência e Tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científi-ca e a inovação. Pretende tam-bém chamar a atenção para a importância da C&T para a vida de cada um e para o desenvol-vimento do País, assim como contribuir para que a popula-ção possa conhecer e discutir os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas e tecno-logias e suas aplicações.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia acontece desde 2004, com grande êxito e partici-pação crescente a cada ano. No ano passado, foram realizadas mais de 10.000 atividades, em 400 cidades, e com a participa-ção de aproximadamente 1.400 instituições de ensino e pesquisa e entidades.

Neste ano, Campinas será privilegiada com a junção de dois grandes eventos para a promoção da Ciência e Tecnologia.

Informações pelo e-mail [email protected] ou telefone: (19) 3343-7209.

A Petrobras Biocombustível anunciou no fim de agosto a

aquisição de 50% do capital social da empresa Bioóleo Industrial e Comercial por R$ 15,5 milhões.

A Bioóleo é uma empresa de extração de óleos vegetais, lo-calizada na cidade de Feira de Santana (BA), com capacidade de processar 130 mil toneladas por ano de grãos de várias espécies de oleaginosas. A unidade tem capacidade instalada para armazenar 30 mil toneladas de grãos e de tancagem para 10 milhões de litros de óleo.

O controle da empresa passará a ser compartilhado entre a Petrobras Biocombustível e os demais sócios, que permanecem com 50% de participação acionária na Bioóleo. O acordo prevê ain-da investimentos de R$ 6 milhões para melhorias operacionais e de segurança, meio ambiente e saúde, a serem desembolsados em partes iguais pelos sócios.

Nova aquisição da Petrobras Biocombustível

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Novos editais no IQ da USPO Instituto de Química da

Universidade de São Paulo está com três vagas em aberto: uma para o cargo de Professor Doutor, no conjunto de disciplinas de Química Analítica, junto ao Departamento de Química Fundamental, e outras duas para cargos de Professor Doutor, na área de conhecimento Bioquímica e Biologia Molecular, junto ao Departamento de Bioquímica. As inscrições vão até os dias 24 e 23 de setembro, respec-tivamente. Mais informações em: www2.iq.usp.br/

Novidades SIMCROEntre os dias 14 e 16 de se-

tembro, grandes nomes liga-dos à cromatografia estarão

reunidos no Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins (SIMCRO), que será realizado de 14 a 16 de setembro no Arts and Convention Center em Campos do Jordão.

Em sua quarta edição, este ano, além de se dedicar exclusiva-mente às técnicas de separação, a ser realizado no Brasil. o SIMCRO 2010 terá workshop denominado ReCAFluB - Workshop Brasileiro de Resíduos e Contaminantes em Alimentos e Fluidos Biológicos.

Um programa preliminar de ati-vidades e resumos aceitos já está montado e pode ser acessado no site do evento, em formato pdf. No arquivo estão elencadas infor-mações já definidas para o evento com relação à sala e horário de

cada atividade. Informações sobre Sessão de Pôsteres, Cursos Pré-Congresso, Palestras Plenárias, Simpósios Satélite, Exposição, Seminários Técnicos e outras ati-vidades estão já disponibilizadas neste arquivo.

Acesse: www.simcro.com.br/arqs/SIMCRO_2010-Programa_Preliminar.pdf

Unesp avança em ranking das 500 melhores universidades do mundo

Pelo 5º ano consecutivo, a Unesp ganha posições no Ranking Acadêmico das Universidades do Mundo (ARWU, sigla em inglês), realizado pela Universidade Jiao Tong, de Xangai, China. Na edi-ção de 2010, divulgada em 13 de agosto, a universidade aparece no grupo que vai da posição 301ª à 400ª. Na edição anterior, ela es-tava classificada entre a 402ª e a 500ª posições.

O ranking de Xangai, como é conhecido, apresenta também a classificação regional e nacional, em que a Universidade apare-ce no conjunto 134º a 162º, das Américas, e 3º a 5º, no Brasil. Seu critério principal é a quantidade de artigos publicados nos periódicos indexados em bases internacionais no ano anterior. A Universidade publicou 1.385 trabalhos em 2009, 174 a mais que 2008.

Além da produção aca-dêmica, o ARWU é feito com base em mais três critérios: prê-mios Nobel (de Física, Química, Medicina e Economia) ou Fields (Matemática) de professores e pesquisadores, e citações de ar-tigos; premiações de ex-alunos; e o desempenho per capita, em que a pontuação da instituição é divi-dida pelo número de docentes em período integral. Portal Unesp

Aproximar o mercado la-tino-americano, especial-

mente o brasileiro, dos principais fornecedores da indústria química mundial. Este foi o objetivo da primeira Informex Latin America (www.informexlatam.com.br), que aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto no Centro de Convenções Amcham na cidade de São Paulo.

Os principais formadores de opinião e tomadores de decisão do setor conferiram os lançamentos de produtos nas áreas de química e defensivos agrícolas. Expositores e patrocinadores destacaram o intercâmbio tecnológico e o ambiente favorável à geração de oportunidades e negócios, que a Informex proporcionou.

No painel de conferências, destaque para palestra sobre as perspectivas para a in-dústria química nacional. Nesta apresentação, o diretor técnico de assuntos industriais e regulatórios da Abiquim, Marcelo Kós Silveira Campos, adiantou que o consumo domés-tico de produtos químicos saltará dos atuais US$ 145 bilhões para US$ 260 bi em 2020. Para atender esta demanda interna e mais US$ 23 bi em exportações, o complexo quí-mico industrial brasileiro terá que investir aproximadamente US$ 167 bi em novos proje-tos e mais US$ 32 bi em pesquisa e desenvolvimento (P&D) nos próximos dez anos.

Outro importante destaque do congresso foi a palestra de abertura, coordenada pelo gerente de inovação da Braskem, Paulo Luiz de Andrade, que traçou o horizonte da química verde no Brasil e no mundo. Em sua palestra, Andrade pontuou que as fontes renováveis avançam como matérias-primas no setor.

Registro também para mais duas apresentações. A primeira, do coordenador de desenvolvimento da unidade de plásticos da Basf, Júlio Harada, que tratou dos inves-timentos da indústria para a criação de novos biopolímeros e plásticos biodegradáveis, que combinem rigidez e elasticidade. A segunda, do diretor da Biocycle, Robert Vianna Nonato, que abordou o desenvolvimento de polímeros a partir de fontes como cana-de-açúcar, óleo de soja e amido de milho. Segundo ele, os chamados plásticos verdes têm como grande nicho de mercado setores aonde é complicado separar o material orgânico do inorgânico.

Informex Latin America gera oportunidades e negócios para a indústria química nacional

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Nanotecnologia – estudo da Embrapa figura entre os melhores do Journal of Food Science

Uma pesquisa na área de na-notecnologia desenvolvida pela pesquisadora Henriette Azeredo, da Embrapa Agroindústria Tropical, figura entre os dez mais relevan-tes estudos da área publicados no Journal of Food Science (EUA), entre os anos de 2008 e 2009, segundo o portal da editora Wiley-Blackwell - um serviço on-line que fornece acesso a artigos em cerca de 1.500 revistas, além de livros e obras de referência importantes.

O Journal of Food Science é uma publicação científica ligada ao Institute of Food Technologists (IFT), sediado em Chicago (EUA), que abrange várias áreas da Ciência e Tecnologia de Alimentos.

O artigo trata da pesquisa de-senvolvida por Henriette Azeredo durante o pós-doutorado, realizado no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em 2008. A pes-quisadora estudou filmes comes-tíveis à base de polpa de manga adicionada de diferentes concentra-ções de nanofibras de celulose. O estudo mostrou que, com a adição das fibras muito pequenas de celu-lose, os filmes tornaram-se mais for-tes, com melhor barreira à umidade e melhor estabilidade térmica

A Embrapa aparece ainda em outro artigo da lista dos dez mais importantes em nanotecnologia do Journal of Food Science, segundo a Wiley-Blackwell. O artigo, que trata de propriedades de novos filmes contendo nanopartículas de quito-sana, foi produzido durante o dou-torado da autora, Márcia Moura, sob orientação do pesquisador Luiz Henrique Mattoso, da Embrapa Instrumentação Agropecuária.

Para Henriette Azeredo, a im-portância atribuída aos artigos

produzidos por pesquisadores da Embrapa revela não só o reconhe-cimento da qualidade dos trabalhos dos cientistas brasileiros, mas tam-bém a relevância da Rede Brasileira de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio, um projeto coordena-do pelo pesquisador Luiz Henrique Mattoso que envolve 90 pesquisa-dores de 17 centros da Embrapa e de 15 universidades. “Os dois tra-balhos considerados importantes estão ligados ao projeto da rede. Ambos têm a participação do co-ordenador da rede, Luiz Henrique Mattoso. Isso mostra que a rede está fazendo barulho”, afirma a pes-quisadora Henriette Azeredo.

A pesquisadora produziu filmes comestíveis à base de polpa de manga adicionada de diferentes concentrações de nanofibras de celulose. Em seguida, analisou pro-priedades mecânicas, de barreira e térmicas dos filmes, e observou que praticamente todas as proprieda-des foram melhoradas pela adição de nanofibras.

Segundo Henriette Azeredo, como ainda não se conhecem pos-síveis efeitos adversos que as na-nofibras possam, eventualmente, ter sobre o organismo humano, a aplicação da tecnologia ainda está limitada. O próximo passo é a rea-lização de testes toxicológicos das nanofibras de celulose. Um projeto recentemente aprovado pela pes-quisadora Morsyleide Rosa, tam-bém da Embrapa Agroindústria Tropical, prevê a realização des-ses testes, o que deve contribuir para que a tecnologia seja utiliza-da comercialmente em um futuro próximo. Os testes toxicológicos serão coordenados pelo pesquisa-dor Eraldo José Madureira Tavares (Embrapa Amazônia Oriental), que também faz parte da Rede Brasileira de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio.

Indústria brasileira vai produzir vacina para a esquistossomose

O Brasil está pela primeira vez numa posição inédita na área cien-tífica. A vacina contra a esquistos-somose – primeira vacina brasileira da história e também a primeira do mundo no combate a vermes - será produzida pela Ourofino, uma in-dústria 100% nacional. A doença, também conhecida como barriga d’ água, atinge 200 milhões de pes-soas em 74 países e causa 200 mil mortes por ano.

A Ourofino formalizou a com-pra da Alvos Consultoria, empresa de fomento que detinha a licença da tecnologia da Fiocruz desde 2005. “A Ourofino é uma empresa que acredita e investe na pesquisa nacional. Entendemos que o futuro está na prospecção da biotecnolo-gia e no controle das doenças por meio da prevenção”, afirma o dire-tor de Pesquisa e Inovação, Carlos Henrique.

A médica Miriam Tendler, pes-quisadora titular da Fiocruz e coorde-nadora da equipe que desenvolveu a vacina contra a esquistossomose, está confiante na produção da vaci-na pela Ourofino. “De nada adianta tanto esforço se as pesquisas per-manecerem dentro do laboratório. A tecnologia gerada precisa chegar às populações a que se destina e para isto precisamos de parceria in-dustrial”, diz.

Foi no início dos anos 90 que o grupo de pesquisadores da Fiocruz descobriu a proteína SM 14, um antígeno contra o verme Schistossoma mansoni, causador da esquistossomose. A substância foi um dos seis antígenos prioritá-rios selecionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso porque a proteína descoberta por Mirian está em todos os helmintos causadores da doença e a técnica

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utilizada permite a produção de uma vacina mais segura e com maior qualidade. Mais tarde, apenas duas vacinas se mostra-ram promissoras, sendo a brasileira a mais abrangente e de maior impacto.

Descobriu-se também, posteriormente, que a mesma prote-ína SM 14 também serve na proteção contra a fasciolose hepá-tica, doença que atinge 300 milhões de cabeças de bovinos e ovinos no mundo e causa prejuízos superiores a três bilhões de dólares por ano.

O grupo Ourofino, que atua há 23 anos no setor de saúde animal, vai construir uma nova planta para a produção da vaci-na contra a esquistossomose, que poderá estar disponível até 2015. Já a vacina contra a fasciolose hepática, que se encontra em estágio mais avançado e poderá ser produzida no próprio complexo da empresa, em Cravinhos-SP, deve chegar ao mer-cado dentro de dois anos.

Seja um patrocinador do Jantar ABC 2010A Associação Brasileira de Cosmetologia promoverá no

dia 26 de novembro, a partir das 20h30, a mais importante festa do setor cosmético, que conta com mais de 1.200 con-vidados, no Clube Monte Líbano, em São Paulo. Para pre-parar esse evento especial, a Associação busca empresas parceiras que queiram ajudar com cotas de patrocínio.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou telefone (11) 5044-5466.

Incoterm amplia escopo de serviço com nova acreditação do INMETRO

Com o reconhecimento do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), a empresa Incoterm passa a ser o terceiro laboratório no Brasil, único no RS, a realizar o procedimento de calibração de densímetros.

O serviço foi acreditado pelo Inmetro depois de passar por uma avaliação criteriosa do seu processo de cumpri-mento de normas nacionais e internacionais, feita por equi-pe do centro do país. Atualmente são feitas calibrações em cerca de 200 densímetros ao mês, oriundos de todo o Brasil. A previsão é de que, a partir de agora, essa marca seja dobrada e a indústria obtenha um incremento no volu-me de negócios de até 40%.

Segundo o gerente de qualidade, Pery Rocha Filho, os auditores do INMETRO avaliaram todos os requisitos exigi-dos para a acreditação, entre eles: o cumprimento da norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), utili-zação de equipamentos adequados, ambiente climatizado, uso de Manual de Calibração e de Procedimentos, capaci-tações técnicas dos colaboradores, entre outros itens que garantem a qualidade dos serviços oferecidos à indústria petroquímica, farmacêutica, de bebidas e outras.

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Notícias da Química ITomou posse no dia 2 de agosto

a nova diretoria da ABEQ, eleita para o biênio 2010-2012. A apuração dos votos ocorreu durante Assembléia Geral Extraordinária, no dia 1 de ju-lho, na sede da Associação, em São Paulo (SP). O novo diretor presiden-te da ABEQ é o engenheiro químico Dr. Edson Bouer. ABEQ

Notícias da Química IIEmpresas, pesquisadores e em-

presas nascentes que tenham de-senvolvido projetos ou casos de ino-vação tecnológica na área química podem se inscrever para o Prêmio Abiquim de Tecnologia 2010.

Os vencedores serão anuncia-dos durante o Encontro Anual da Indústria Química, que será realiza-do no dia 10 de dezembro. Criado

em 2001, o prêmio tem o objetivo de promover a inovação e o aumen-to da competitividade do setor quí-mico no País. Informações: www.abiquim.org.br/premiotecnologiaABEQ

Notícias da Química IIIO CNPq - Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, abriu as inscri-ções para o edital 48/2010 – Divulgação Científica para o Ano Internacional da Química. As pro-postas podem ser submetidas até 5 de outubro. O objetivo é apoiar projetos de popularização da química junto à sociedade brasileira, seja em universida-des, instituições de pesquisa, museus, centros de ciência, pla-netários, fundações, entidades e sociedades científicas.

Serão consideradas as seguin-tes linhas temáticas: elaboração de materiais destinados a atividades de divulgação científica e tecnológi-ca; promoção de eventos, cursos, oficinas; produção de conteúdos destinados aos diferentes meios de comunicação; produção de livros, softwares, vídeos; entre outros.

As propostas aprovadas se-rão financiadas com recursos da ordem de R$ 2 milhões, oriundos do FNDCT - Ação Transversal. O proponente deve ser professor e especialista com formação supe-rior na área de química ou afins, além de ter seu currículo cadas-trado na Plataforma Lattes e vín-culo formal com a instituição de execução do projeto.

Informações: www.cnpq.br/editais/ct/2010/048.htmABEQ

Uma nova forma para a realização do diagnóstico de leishmaniose visceral em crianças foi alvo de estudo desenvolvido pelo Instituto

Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A iniciativa, realizada em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, analisou amostras de sangue periférico para confirmar a infecção por meio da técnica molecular de reação em cadeia de polimerase (PCR, na sigla em inglês), baseada na identificação da presença de material genético do parasito. Mais sensível do que os métodos tradicionais, a PCR detectou o DNA do parasito causador da doença em 95,6% das amostras analisadas e confir-mou o diagnóstico em seis crianças que tiveram resultados negativos por outras técnicas convencionais (como a microscopia direta, cultura e sorologia).

“A leishmaniose visceral é a forma mais grave entre as leishmanioses e os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, por isso a importância da confirmação do diagnóstico. Já é sabido que a técnica de PCR tem sensibilidade mais alta, mas o que estamos mostrando é a possibilidade da utilização de uma técnica não invasiva para uma população muito atingida, no caso a população infantil”, explica Claude Pirmez, pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas do IOC e atual vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Durante o estudo, foram analisadas amos-tras de 45 pacientes internados entre maio de 2008 e março de 2009 para tratamento da doença.

Segundo Claude, não só aspectos como a maior sensibilidade e menor invasividade tornam o PCR uma boa solução. “Além disso, o PCR é uma técnica rápida de fácil execução, que diminui o tempo de diagnóstico e possibilita o tratamento precoce, fazendo com que as chances do paciente se recuperar aumentem e as taxas de morbidade e mortalidade diminu-am”, avalia a coordenadora do estudo.

A pesquisadora ainda chama atenção para outros fatores positivos da utilização da técnica. “Existe um mito de que o diag-nóstico molecular é um diagnóstico caro. Hoje em dia, a realização dessa técnica tornou-se uma rotina na maioria absoluta dos laboratórios, e os insumos tornaram-se muito mais accessíveis. Além disso, por causa da alta sensibilidade, o resultado é obtido muito mais rapidamente e é possível utilizar sangue periférico em vez de punção de medula óssea, uma técnica invasiva para uma criança já debilitada”, esclarece.

A validação do método na rotina do dia-a-dia é o próximo desafio dos pesquisadores. O estudo foi publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Agência Fiocruz de Notícias

Trabalho comprova maior sensibilidade de método para detecção da leishmaniose

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C

De maneira ativa, a PerkinElmer vem aprimorando a saúde e o bem-estar das pessoas e do meio ambiente para um presente mais saudável e um futuro ainda melhor

Transformando e Gerando oporTunidades*

onsolidação e transforma-ção são palavras-chave que refletem o atual momento

da PerkinElmer na sua missão de melhorar a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente ba-seada em sua nova marca For The Better. A consolidação também está presente no que se refere às diversas mudanças e investimen-tos realizados nos últimos dois anos a fim de atender de forma completa as necessidades dos clientes. Simultaneamente a isso, a empresa está em constante transformação de seus conceitos e práticas de acordo com as ten-dências e demandas de mercado, o que a torna uma empresa de vanguarda. “A empresa entende a importância de firmar as ações já iniciadas, mas não deixa de acom-panhar a evolução do mundo em que vivemos. As transformações são necessárias para gerar mais oportunidades.”, ressalta a Direto-ra Presidente para América Latina, Denise Schwartz.

Nos últimos dois anos a empre-sa remodelou as áreas de serviços e vendas. A assistência técnica re-cebeu novas bases nas capitais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais e São Paulo, aumentando significativamente seu quadro de funcionários e investindo

Fotos: Divulgação

Segurança e proteção dos produtos para o consumidor estão entre as prioridades da PerkinElmer

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em um forte programa de treina-mentos internacionais. Como con-sequência, conta com profissionais mais especializados, além de mais agilidade no atendimento aos clien-tes. “Tudo isto contribuiu para uma melhora significativa nos nossos indicadores de qualidade incluindo tempo de atendimento e de resolu-ção de problemas”, pontua Denise. Ao mesmo tempo, grandes esforços foram direcionados para uma ampla e completa cobertura de território, através de uma atuação mais dire-ta do time de vendas. Sempre an-tenada às evoluções, a PerkinElmer investiu no desenvolvimento da área de marketing que passou a atuar de forma intensa através de estratégias e planos, identificando grupos de clientes em potencial com objetivos de alcançar e conquistar nichos es-pecíficos de mercado, além de con-tribuir para uma maior produtividade e efetividade em vendas.

O alinhamento das ações de marketing da corporação com segmentos de mercado resultou na formatação das áreas-chave na empresa: Meio Ambiente, Se-gurança & Proteção e Indústria.

Meio AmbienteA área de meio ambiente está

atualmente focada em testes am-bientais e desenvolvimento de energia renovável. As soluções ambientais PerkinElmer foram de-senvolvidas para todos se mante-rem seguros no trabalho e em casa todos os dias. “Nossos recursos são usadas para a determinação de chumbo e arsênio em fontes de água potável, bem como no monitoramento de precursores de ozônio que indicam a qualidade do ar que respiramos”, exemplifica a Diretora. A PerkinElmer realiza

parcerias com grupos regulamen-tadores, colabora com organiza-ções internacionais como a Water Environment Federation e fornece soluções especializadas para as aplicações. No que se refere a energia renovável, a empresa con-tribui para o desenvolvimento de fontes de novas energias tais como biocombustíveis e painéis solares, fornecendo instrumentação e me-todologias personalizadas.

Segurança & ProteçãoA globalização da cadeia de

fornecimento causou um aumen-to significativo no número de pro-dutos importados e exportados globalmente, despertando uma preocupação em termos de se-gurança e proteção dos produtos para o consumidor. A PerkinElmer oferece várias soluções que de-tectam a presença de materiais potencialmente nocivos, incluindo chumbo e ftalatos em brinquedos para garantir a segurança do uso ou consumo humano. Por meio da aplicação do conhecimento

de seus profissionais, a empresa identifica e previne os efeitos cola-terais de medicamentos, garantin-do a qualidade dos alimentos para consumo, além de características como frescor, sabor, textura e con-teúdo nutricional. As metodolo- gias analíticas desenvolvidas pela PerkinElmer são transferíveis ao longo de toda a cadeia de for-necimento, assim os clientes se mantêm atualizados com as re-gulamentações e certificações in-dustriais e internacionais.

IndústriaA PerkinElmer acompanha a

evolução e fornece suporte ao crescimento industrial através de uma ampla gama de aplicações para monitoramento pró-ativo, prevenção de problemas e contro-le de qualidade e processos. De-nise Schwartz explica como isso é viabilizado: “Nós estabelecemos parcerias com as marcas mais res-peitadas do mundo dentro de in-dústrias químicas, petroquímicas, mineradoras, siderúrgicas, entre

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outras, mantendo suas máquinas funcionando de forma eficiente e com baixo custo”.

A partir de todas essas ações, observa-se claramente que o foco da empresa está relaciona-do a questões e preocupações globais, que direcionam os in-vestimentos e decisões de seu portfólio. Dentre estas questões globais, destacam-se:

aumento da preocupação am-•biental: regulamentações, de-manda para novas fontes de água, necessidade de infraes-trutura em países emergentes;globalização da cadeia de for-•necimento: aumento da preo-cupação com o risco à saúde, regulamentações para segu-rança dos alimentos e produtos para consumo humano, prote-

ção de marcas, mobilização da população;inovação global em ciência de •materiais: necessidade de no-vos materiais, necessidades de energia solar e eólica, desen-volvimentos na área farmacêu-tica, proteção de marcas;diversificação do portfólio de •energia: instabilidade dos pre-ços de combustíveis, aqueci-mento global, necessidade de combustíveis limpos;pressões e custos nos labo-•ratórios: necessidades de re-dução de custos e aceleração de retorno sobre investimen-tos (ROI).Além de questões e preocu-

pações globais, a empresa se questiona em “como ser relevan-te para os clientes e mercados em que atua”. E, como respostas, surgem estratégias em termos de produtividade, efetividade, dife-renciação e valores.

Tecnologia e produtividadeA crescente necessidade de

produtos e soluções cada vez mais produtivos vem sendo soma-da à demanda de efetividade, ou seja, alcançar maiores e melhores resultados com recursos cada vez mais escassos. Exemplos podem ser vistos nos mais recentes lan-çamentos de produtos e soluções da PerkinElmer. A nova família de cromatógrafos a gás Clarus PerkinElmer, lançada este ano na Pittcon, apresenta inúmeras ca-racterísticas de produtividade: au-toamostradores com maior capa-cidade e sistema de pré-lavagem da seringa, sistemas rápidos de resfriamento de forno e injetores, entre outras. Tudo isto permite ao cliente obter resultados rápidos e

completos com o recurso de um único equipamento, alcançando uma maior efetividade nos seus laboratórios.

Prover tecnologias únicas com diferenciais de valor para seus clientes vem sendo outra forma de se tornar relevante no mercado. Os lançamentos de produtos de Espectrometria de Massas aco-plados a técnicas cromatográficas e espectrofotométricas são bons exemplos disto. A célula universal do novo ICP-MS NexION permite a escolha da técnica mais adequada para as amostras e aplicações, pois oferece num único equipamento a simplicidade da célula de colisão e também a excepcional sensibili-dade de uma verdadeira célula de reação. Ampla faixa de massas, in-terfaces UltraSpray (ESI) e Ultras-pray 2TM (ESI duplo), tecnologia

denise schwartz, diretora presidente para américa Latina, destaca novas bases de assistência técnica fundamentais para melhora de índices de qualidade

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CID - Collision Induced Dissocia-tion, são características do novo LCMS Flexar SQ300 possibilitan-do maior flexibilidade em análises confirmatórias com o compromis-so inigualável da robustez, veloci-dade e sensibilidade.

Produtividade e diferenciação são também obtidas através de investimentos da empresa nas áreas de Consumíveis e Serviços. “Nós entendemos o quanto os itens consumíveis são essenciais para as operações de laboratório e estamos comprometidos com a entrega dentro do prazo, com qualidade superior e com desem-penho confiável”, destaca Denise. Além disto, como forma de solu-ção às demandas de controle de custos e otimização de produtivi-dade dos laboratórios, a PerkinEl-mer desenvolveu o OneSource, com capacidade de atendimento a equipamentos de outras marcas, completa relocação e serviços de gerenciamento de ativos.

Além de a empresa contar com um portfólio completo de produ-tos com capacidades em automa-ção, detecção, imagem, software, reagentes e ferramentas analíti-cas, sua política centrada nas ne-cessidades dos clientes somada à constante preocupação com a evolução dos mercados, vêm le-vando ao longo dos anos a uma transformação no modelo de ne-gócios, que vai desde o simples fornecedor de produtos tecnoló-gicos do passado, passando pelo provedor de soluções produto/software/serviço integradas e, al-cançando as aplicações destas soluções integradas na forma de conhecimento, o que proporciona um valor agregado e diferenciado nas relações com seus clientes

nos seus diversos estágios de de-senvolvimento.

Nesta nova era, a PerkinElmer se preocupa em desenvolver, con-solidar e compartilhar conheci-mentos através da integração de seus diversos produtos, serviços e soluções tecnológicas, estabele-cendo parcerias com seus clientes e alcançando uma diferenciação no mercado que agregue valor às questões globais.

*Com a colaboração de Denise Schwartz, Diretora Presidente; Deolinda Martins, Gerente de Marketing; e Natalia Ronchi, Coordenadora de Marketing

PerkinElmerFone: (11) 3868-6200www.perkinelmer.com.br

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perfil empresarial

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ma infinidade de aplicações. Assim a Heraeus Sensor Technology de-fine a utilidade de seus produtos,

distribuídos no país desde abril de 2009. Produtos em vidro de quartzo para apli-cações especiais e fontes de luzes ultra-violeta (UV) e infravermelha (IR) são as novidades da multinacional alemã que, desde 1851, atua em diversos continen-tes por meio de suas divisões.

perfil empresarial

UNesses quase 160 anos de constante

desenvolvimento, constituiu-se a Heraeus Holding, baseada em cinco áreas: WC He-raeus, Heraeus Electro-Nite, Heraeus Kul-zer, Heraeus QuarzGlas e Heraeus Noble-light (ver box). Por aqui, a empresa já está presente há mais de 30 anos com a divi-são Electro-Nite, fabricante de sensores de temperatura de alta precisão. Afora as divisões QuarzGlas e Noblelight, todas as demais possuem seus escritórios ou fábri-cas no país. Dessa forma, está a cargo da Sensor Technology a distribuição dos pro-dutos dessas áreas, que são responsáveis pelos vidros de quartzo especiais e fontes de luzes ultravioleta e infravermelha, res-pectivamente, com uma representação exclusiva da QuarzGlas e subsidiada para distribuição da Noblelight.

Atendendo, principalmente, os mer-cados siderúrgico, automotivo, semicon-dutores, eletrônicos, odontológico, quí-mico, farmacêutico e médico, a Heraeus Sensor Technology pretende com esses novos produtos ampliar sua atuação, já que há uma diversidade imensa de apli-cações para eles acontecendo no merca-do mundial. “Aplicações com vidros es-peciais que podem ser temperados com altas temperaturas (600°C até 1300°C); aplicações ópticas; espaciais; laborato-riais; prismas diferenciados para labora-tórios analíticos; visores, tubos, lingotes, tarugos, placas, lãs e discos sinteriza-dos; formas geométricas customizadas (bidestiladores, cadinho, cápsula, cubeta e reatores); opacos ou transparentes”, enumera algumas das utilizações do vi-dro de quartzo o Engenheiro de Aplica-ção da empresa, Ricardo Gama. Já as

PRODUTOS HERAEUS ESPECIFICIDADE PARA EXTENSA GAMA DE APLICAÇÕES

Foto

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ivulg

ação

Vidros de quartzo alcançam temperaturas de até 1300ºC: ideais para necessidades específicas dos laboratórios

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Heraeus Sensor Technology(11) 4070-5922Info-hstbr@heraeus.comwww.heraeus-sensor-technology.com.br

luzes especiais podem ser utilizadas para cura ou secagem de pinturas em geral, tratamento de água (tecnologia já utiliza-da com frequência na Europa em que a lâmpada de ultravioleta na água elimina as bactérias), aplicações médicas como a cura de icterícia, entre outras. Para as luzes UV, especificamente, ainda podem ser fabricadas lâmpadas de baixa, média e alta pressão, sistemas e cassetes; os produtos para IR são aquecedores, lâm-padas de ondas curtas, médias e altas, sistemas e cassetes.

Organizando o mercado“O nosso foco é ajudar o mercado

latino-americano a se organizar. No Brasil não temos empresas trabalhando nessa área com a mesma tecnologia de ponta utilizada pela Heraeus. Hoje vemos um mercado carente “, opina Gama, sobre a situação geral da área. Para o engenheiro, a entrada dos novos produtos por meio da Heraeus Sensor Technology evitará que o mercado continue a comprar esses produ-tos no exterior, esbarrando em empecilhos como barreiras de idioma, alfandegárias e comerciais. “Estamos trazendo o melhor produto, alta qualidade, preço interessan-te e apoio técnico para o desenvolvimento do parque nacional”, reforça.

Assim como foi com as demais divi-sões da empresa quando iniciaram suas atividades no país, Ricardo Gama prevê que as expectativas nas áreas QuarzGlas e Noblelight seguirão o mesmo rumo, antecipando o que acontecerá com a empresa nos próximos dez anos: “A ex-pectativa é se solidificar como as outras divisões, acompanhando o crescimento econômico do país e ajudando com esse tipo de tecnologia no desenvolvimento do Brasil, pois já temos percebido nesse pouco mais de um ano de atuação com essas linhas a expansão de serviços e volumes de vendas”, comemora.

Quem é a Heraeus Holding

WC HearaeusProdutos feitos de metais preciosos

Heraeus Electro-NiteSensores de temperatura de alta precisão

Heraeus KulzerProdutos odontológicos, resinas sintéticas

Heraeus QuarzGlasVidros especiais, em quartzo para aplicações especiais

Heraeus NoblelightFontes de luzes infravermelhas e ultravioletas especiais

Tratamento de água e pintura estão entre as aplicações de UV

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perfil empresarial

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(11) 5667-2979

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Roupas técnicas e EPIs

A Cotebras atua na fabricação de roupas técnicas para uso em salas limpas, ambientes controlados, viro-logia, microbiologia, farmácia e indústria em geral.

Entre suas linhas de produtos estão: roupas com carbono para sala limpa ISO 6; uniformes em geral (aventais, macacão, propé); limpeza-toalhas de alta absorção; capa de vassoura para sala limpa; embalagens em SMS (material com barreira bacteriana % BFE), baixo desprendimento de partículas; equipamentos de proteção individual, sapatos com barreira aos efeitos da ESD, touca para uso em ambientes com alto índice de con-taminação por hormônio, óculos, luvas, máscaras respiratórias, botas em PVC; entre outros.

Workshop: Polimorfismo e nanofármacos - oportunidades, tendências e desafios na indústria farmacêutica

NanoBusiness, juntamente com a PUC-Rio, está organizando o workshop sobre “Polimorfismo e nanofármacos: oportunidades, tendências e de-safios na indústria farmacêutica” que será reali-zado no dia 08/10/2010 no Espaço Amex (Prédio IAG / PUC-Rio).

O evento contará com a presença de pales-trantes renomados da Unicamp, Fiocruz, INPI, UFABC, Panalytical, DEMa/PUC-Rio e Ceprocor (Argentina), além do Reitor da PUC-Rio Padre Josafá Carlos Siqueira, S.J. realizando a abertu-ra do encontro. O público-alvo são estudantes de engenharia de materiais, engenharia química, engenharia em nanotecnologia, farmácia, quími-ca, direito, medicina, biologia além de profissio-nais da indústria farmacêutica.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail [email protected]. As vagas são limitadas. Mais informações em www.nanobusiness.com.br

A empresa NanoBusiness®, associada a labo-ratórios de P&D e consultores técnicos especiali-zados, lança no mercado o e-Diffraction Pharma (www.e-diffraction.com). Graças a um modelo inovador de prestação de serviços, o e-Diffrac-tion Pharma permite que os fabricantes de fár-macos e medicamentos atendam com agilidade as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relacionadas aos testes de de-terminação e caracterização de polimorfismo.

A legislação brasileira vem seguindo as di-retrizes e tendências internacionais no que diz respeito ao controle de polimorfismo em todo o processo de fabricação e utilização de fárma-cos sólidos. A Anvisa determina que ao registrar insumos farmacêuticos ativos e medicamentos novos, genéricos e similares, é necessário de-clarar se os fármacos utilizados estão sujeitos a polimorfismo. No caso de fármacos sujeitos a polimorfismo, os fabricantes devem fornecer informações sobre o método analítico adotado e apresentar os resultados dos testes de determi-nação dos prováveis polimorfos.

Com os objetivos de disseminar a temática na sociedade e, em particular, na indústria far-macêutica; apresentar soluções para a indús-tria farmacêutica para os desafios impostos pe-las tendências da legislação, do mercado e das questões patentárias; reduzir a barreira técnica percebida por profissionais da indústria farma-cêutica na técnica de difração de raios-X e ou-tras técnicas correlatas; e apresentar as oportu-nidades de trabalho e carreira para os atuais e futuros profissionais da indústria farmacêutica, a

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(21) 3527-1242

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(11) 4166-7400

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(21) 2437-0106 / (11) 3020-9007

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águas PW, WFI e Validação de Limpeza. Seu princí-pio de oxidação é por UV utilizando a detecção por condutividade com membrana permeável a CO2, tornando-o imune aos interferentes halogenados. Não utilizam linhas de gases e sua calibração é rea-lizada a cada 12 meses.

O recente modelo 500RL foi projetado para fun-cionar em linha nos sistemas de geração de água. Possui faixa de leituras de TOC de 0,03 ppb a 2,5 ppm tornando-o ideal para águas PW e WFI. É com-patível com amostras de condutividade de 0,01 a 35 µS/cm. Não utiliza reagentes e possui comunica-ção via Ethernet, USB e 4-20 mA.

As linhas Sievers 900 e 500RL utilizam os Proto-colos de IQ/OQ/PQ e foram projetadas para atender aos requisitos da 21 CFR Part 11.

Atuando no mercado de instrumentos analíticos há mais de 15 anos, a equipe da Spectra valoriza os princípios de credibilidade técnica e profissional.

Spectra é o canal da GE Analytical Instruments para indústrias farmacêuticas em todo o território nacional

Spectra Instrumentos Analíticos: análises de TOC em bancada ou em linha

Conceito GWP® da Mettler Toledo: método gerencia riscos em instrumentos de pesagem e controle da qualidade

Baseada em princípios científicos, a Mettler Toledo desenvolveu uma metodologia para a análise de riscos nos processos de pesagem que abrange todo o ciclo de vida da balança. Única no mercado, a ferramenta denominada Good Weighing Practice® (Boas Práticas de Pesagem) faz um mapeamento completo sobre a aplicação do instrumento, os riscos específicos daquele instrumento ao processo de indústrias (farmacêuticas, químicas e petroquímicas e aromas, por exemplo) e a correlação com a tolerância do processo.

Com esse levantamento, além de analisar se a balança está em conformidade com todos os requisitos da qualidade, em alguns casos identifica-se a necessidade de troca por balanças de 0,00001 µg. Também é possível verificar recomendações para testes mais efetivos e para a verificação periódica, a fim de determinar a periodicidade da calibração.

Aplicável a todos os setores da indústria, o método contempla, entre outros pontos, redução de custos na contratação de serviços de calibração e na demanda por tempo de mão de obra, já que o funcionário respon-sável pela manutenção não precisará gastar horas para checar todas as balanças da fábrica.

O programa passa por cinco estágios do ciclo de vida de uma balança, iniciando com uma avaliação com-pleta das características do processo de pesagem como: riscos e impacto no processo, regulamentações ou normas relevantes. A partir deste levantamento, o programa fornece ao usuário uma recomendação específica e individual para cada balança com informações sobre o peso mínimo, testes necessários para verificações periódicas, periodi-cidade de verificações e calibrações, pesos padrão necessários e tolerâncias de controle para cada teste.

Desde 1996, a Spectra representa com exclusivi-dade os analisadores de TOC da consagrada marca Sievers da GE Analytical Instruments para indústrias farmacêuticas em todo o território nacional.

Sua robusta linha Sievers 900 nas versões portá-til, de bancada e em linha, possui faixa de leituras de TOC de 0,03 ppb a 50 ppm sendo indicado para

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(11) 2162-8080

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Como a automatização de procedimentos pode melhorar o desempenho do laboratório

Há mais de 20 anos a LEAPTEC fabrica equipamentos automatizados para prepara-ção de amostras para GC e LC usando as plataformas PAL/CTC.

Alguns dos procedimentos que podem ser automatizados são:

Filtração de amostras para HPLC em li-nha, com substituição dos filtros de seringa;

Preparação de amostras semissólidas (geles, pastas, cremes, cosmé-ticos, alimentos) com realização de diluições gravimétricas, ressuspensão, filtração etc.;

Automatização de procedimentos de pesagem para diluições precisas, adição de reagentes e/ou padrões internos ou simplesmente para acelerar a pesagem de amostras;

Injeção e coleta de frações para isolamento e purificação de compostos em amostras complexas.Muitos outros procedimentos podem ser automatizados com os sistemas customizados da LEAPTEC, fa-

zendo com que o laboratório se torne mais produtivo. A Penta Analytical acaba de formalizar uma parceria com a LEAPTEC, tor-

nando-se sua representante oficial no Brasil, estando apta a oferecer suporte técnico para a definição da melhor configuração do sistema para laborató-rios, e prestar assistência técnica aos produtos novos e aos já instalados.

Pipetman M: resultados mais exatos e precisos aliado ao total conforto

A Analitica traz ao Brasil o novo lançamen-to da Gilson, líder mun-dial em micropipetas: a Pipetman M, com a tradicional confiabilidade e robustez da marca aliada ao conforto. Com a Pipetman M é possível conduzir os trabalhos de forma simples, fácil e rápida com os benefícios de um equipamento de operação eletrônica.

Traz funções extras como modo repetitivo e de mistura, permite ajuste da velocidade de aspiração e dispensa para facilitar o trabalho com líquidos de naturezas diversas.

Para que o usuário tenha sempre uma pipeta pronta pode ser carregada durante o uso ou ser descansada em um suporte carregador. Além disso, sua bateria, das mais modernas na atualidade, carrega 80% de sua capacidade em uma hora. A Pipetman M é a perfeita união entre avan-ço e simplicidade. Informa-ções adicionais estão em www.analiticaweb.com.br

Moderna bateria carrega 80% de sua capacidade em apenas uma hora

Empresa propõe automação para suprir necessidades de qualquer laboratório

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(11) 2165-1138

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(11) 3224-6868

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A Gehaka apresenta a sua nova linha de pHmetros de bancada

A Gehaka, empresa com 54 anos de tradição no mercado na-cional, apresenta a sua nova linha de pHmetros de bancada deno-minada Linha PG.

Os novos pHmetros de ban-cada microprocessados Gehaka possuem design moderno, mais ergonômicos e ocupam menos espaço na bancada. São equipa-mentos de fácil utilização e ideais para uso em laboratório.

O display LCD permite uma fá-cil leitura dos textos em português que auxiliam de forma interativa o usuário a operar o instrumento. Dispõem de novas funções como: HOLD, que congela a leitura no display; Check de Eletrodo, testa o estado do eletrodo emitindo um relatório completo e Seleção en-tre uma e três decimais na leitura de pH, garantindo total confiabili-dade e precisão na medida.

O pantógrafo agora pode ser montado à direita ou à esquerda facilitando a utilização para usuá-rios destros e canhotos, alem de

ocupar pouco espaço de bancada. O modelo PG 2000 ainda pos-

sui display com backlight, propor-cionando melhor visibilidade em ambientes com pouca luminosida-de e saída Serial que atende aos mais altos níveis de GLP (Boas Práticas de Laboratório), emitin-do relatórios de calibração e das medidas com data e hora e garan-tindo rastreabilidade das leituras geradas e impressas.

Os novos pHmetros Gehaka são os únicos fornecidos com sensor de temperatura, suporte de eletrodos pantográfico e eletrodo para soluções.

Os medidores de pH de bancada PG 2000 e PG 1800, respectivamente

Projeto Farmacuba / Quimefa

As empresas Pharmaster, SVS e TPRO que compõe o CTFR – Consórcio Técnicas Farmacêuticas Reunidas deram, no mês de julho, início a um projeto que terá grande repercussão no mercado nacional e internacional. Trata-se de uma nova planta de fabricação de SPGV e CHD localizada em Havana, Cuba.

Esta planta contará com duas linhas de fabricação de SPGV e uma linha semiautomática de produção de CHD (concentrado para hemodiálise). Os trabalhos de engenharia serão realizados em parceria entre CTFR e CIIQ - companhia cubana de engenharia.

Os equipamentos e materiais serão adquiridos em sua grande maioria de fornecedores com fabricação nacional, aproveitando a linha de crédito criada junto ao BNDES, especificamente para este fim.

A montagem e validação total da planta ficarão a cargo do CTFR. Esta fábrica está sendo construída atendendo aos padrões da farmacopeia cubana, que é bastante similar a farmacopeia europeia e destina-se a atender o mercado interno de Cuba.

Está prevista a utilização dos mais modernos métodos de produção de SPGV como:•Sistema totalmente fechado;•Máquina de fabricação integrada de bolsas e envase;•Sistema de filtração esterilizante;•Esterilização final;•Linha de embalagem automática.No projeto estão contempladas também todas as utilidades necessárias para a fábrica

como: Clean utilities; Black utilities; HVAC; Arquitetura; Vestiários; Almoxarifado de maté-ria-prima, material de embalagem, produto acabado.

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(19) 3865-8603

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A alphaCenter lança as colunas da ZirChrom no mercado brasileiro

resultado desta configuração original é uma partícula com pH superior (1-14) e estabilidade térmica (até 200ºC). Além disso, essa estrutura permite uma quí-mica de superfície singular. Entre as aplicações, en-contramos análises de DNA, RNA, carboidratos, pes-ticidas, amostras ambientais, clínicas e farmacêuticas com um excelente rendimento e custo por análise.

A Katálysis lança no Brasil o LimsLink - Pro da Labtronics

A Katálysis Instrumentação Científica - empresa na área de serviços, treinamentos de instrumentos da HP/Agilent, automação laboratorial (LIMS, etc), fornecedora de espectrômetros de massas e equipamentos para cromatografia gasosa multidimensional (GCxGC) apresenta o sof-tware para integração de equipamentos com sistemas corporativos (SAP e qualquer ERP, LIS, LIMS, ELN e SDMS): O LimsLink Pro da Labtronics.

A Labtronics é uma empresa canadense líder absoluta na integração de instrumentos com sistemas corporativos e que conta com 15 anos de experiência. Na compra de licenças do LimsLink Pro a Labtronics oferece uma licença gratuita do software Nexxis SDMS para o gerenciamento de dados de diversos instrumentos. Além disso, as soluções são 21 CFR Part 11 Full Compliant e atendem as normas da ANVISA - RDC 17/2010. A Katály-sis representa a empresa e suas soluções desde 2006 e conta com técnicos treina-dos e certificados pela Labtronics para atender todo o mercado nacional.

Regulador para cilindro de amostragem: VMG 100 VC da Valmig

Os profissionais da área de seguran-ça ocupacional e meio ambiente po-dem encontrar agora no mercado, o novo regulador VMG 1000 VC, fornecido pela Valmig. Este regu-lador é ideal para a calibração de de-tectores para gases, portáteis ou fixos.

De fácil manu-seio, garante signi-ficativa economia no consumo de gás com vazão constante, sendo as mais usadas 0,3 l/min e 0,5 l/min.

Sua aplicação principal é em cilindros descartáveis para gás inerte ou corrosivo, pois apresenta corpo e capa inox.

A alphaCenter, empresa brasileira representante das marcas GL Sciences, Fortis Technologies, LabHut, Cro-nus e com diversas soluções

multimarcas traz para o país a marca ZirChrom. A empresa ZirChrom Separations Inc. foi formada

em 1995 em Anoka, Minnesota (EUA) e conta com uma linha completa para cromatografia com colunas baseadas em zircônia para aplicações de UPLC/UH-PLC, LC/MS, entre outros.

A estrutura básica cristalina da zircônia lhe em-presta inigualável estabilidade química e térmica. O

Regulador VMG 1000 VC em um cilindro descartável

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White Martins oferece laboratório móvel para análise de gases industriais

A White Martins oferece, com exclusividade no mercado brasileiro de gases, um laboratório móvel, to-talmente equipado, para fazer amostragem e análises de gases de chaminés e fornos, emissões gasosas para controle ambiental e análises ligadas a aspectos de segurança e saúde ocupacional. O White Lab presta ser-viços de consultoria técnica com maior praticidade e comodidade para clientes dos mais diversos segmentos da indústria.

O trabalho é realizado por equipe com larga experiência e qualificação técnica específica para esse tipo de consultoria. A rapidez na obtenção dos relatórios de análises permite fazer os ajustes no processo com o suporte da White Martins no local.

A área de atendimento do laboratório abrange todas as regiões brasileiras e a análise pode ser feita no mesmo dia em que foi solicitada ou em até três dias, dependendo da localização da empresa. São oferecidos serviços como análises cromatográficas de componentes em corren-tes gasosas, análises de compostos orgânicos em atmosferas ambien-tais, monitoramento de efluentes gasosos em chaminés e calibração de equipamentos de medição e ensaio.

Nova Família GC CLARUS X80 PerkinElmer

Com a tradição e pioneirismo de mais de 50 anos na fabricação e fornecimento de soluções ex-clusivas e especiais em Cromato-grafia Gasosa aliada à filosofia da sustentabilidade e responsabilida-de social “For the Better”, a Perki-nElmer lança sua nova família de Cromatógrafos Gasosos CLARUS X80, trazendo maiores desempe-nho e sensibilidade, inovação e, principalmente, melhor relação de retorno operacional de investi-mento (ROI) do mercado.

Atualmente, o equipamento com maior velocidade de resfria-mento do mercado, o GC Clarus, mantém os principais benefí-cios já conhecidos anteriormente como economia de gás por não necessitar da compensação de “make-up” em seus principais detectores; eficiência, robustez superior e economia alcançada através de injetores com sistema independente de resfriamento, sem a necessidade de utilização de fluídos refrigerantes. A nova fi-losofia “Inject-To-Inject Time” de série possibilita o preparo prévio do sistema de injeção antes do término do tempo de equilíbrio da programação entre as análi-ses, eliminando o tempo ocioso do instrumento entre as análises e incrementando consideravel-mente a produtividade de sua rotina. Aliado a este benefício está o aumento da capacidade de acondicionamento de amostras do Amostrador Automático, ago-ra com 108 posições, permitindo também a programação de pre-paro das amostras diretamente na

bandeja dos frascos. Possui tam-bém capacidade para a utilização do revolucionário sistema “SWA-FER D and S” onde, num único dispositivo, oferece 13 funções diferentes de programação, for-necendo maior comodidade para direcionamento dos fluxos do gás de arraste e aumento considerável do tempo de vida útil das partes principais do instrumento com sistema de “backflush” de limpe-za automático. A nova Família CLARUS oferece três opções de modelos de acordo com a sua necessidade: CLARUS 480, 580 e 680, além de mais de 100 tipos de analisadores e soluções personali-zadas pré-configuradas de fábrica, disponível em todas as platafor-mas. Desse modo, a PerkinElmer redefine as facilidades operacio-nais para as aplicações de rotina com o máximo de performance agregada.

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Simplicidade, robustez e tradição com as melhores Soluções Turn Key

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(11) 2162-8091

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MicroGC com programação de temperatura

A Analítica apresenta o novo microGC C2V-200 da Thermo Scientific, um cromatógrafo a gás de di-mensões reduzidas que realiza análises de gases em segundos, graças a taxas de aquecimento rápidas. Sua tecnologia de micro chip, combinada com colu-nas capilares narrow bore, resulta em melhor perfor-mance e baixo custo. O C2V-200 é um GC compacto e transportável, de fácil operação, pouca manutenção e baixo consumo de gases. Suas colunas são alojadas em módulos intercambiáveis e de fácil instalação, com zonas de aquecimento integradas.

O injetor integrado a uma pastilha - microchip - ga-rante injeções precisas, enquanto que as altas veloci-dades de aquecimento da coluna possibilitam análises com duração de poucos segundos, altamente repetíveis. A temperatura das colunas pode ser programada com taxa de 240°C/min até 180ºC, com até 10 rampas de temperatura e repetibilidade de 0,1°C.

Os canais do C2V-200 operam como microGCs independentes que podem ser montados como um instrumento integrado ou como instrumentos autô-nomos. Para atualizar o C2V-200 com um canal adi-cional não é necessário nenhum investimento.

A partir do primeiro canal de GC, um seletor de correntes para padrão e amostra pode ser instalado op-cionalmente, o que permite a troca controlada pelo sof-tware entre o gás em análise e o gás de calibração. No

MicroGC C2V com Programação de Temperatura

Coluna Zebron™ para Cromatografia Gasosa

A Phenomenex, representada no Brasil pela Allcrom, oferece as colunas ZEBRON™ para Cromatografia Gasosa com alto desempenho, uma ampla gama de fases para atender os desafios da indústria e de várias aplicações, fornecendo uma sepa-ração de compostos altamente reprodutível e eficaz. Além das fases tradicionais de CG, a Phenomenex oferece colunas para análise em alta temperatura e colunas específicas.

As colunas ZEBRON™ Inferno são as primeiras colunas de CG disponíveis mun-dialmente em material não-metal, sendo estáveis a 430°C. Elas utilizam um novo material de revestimento de resina poliamida e um novo processo de colagem para fornecer este desempenho à alta temperatura. O aumento da estabilidade da coluna pode ser benéfico, mesmo para métodos que não atingem até 430°C. As rotinas de rampas de temperatura acima de 360°C podem causar fragilidade e sangramento ex-cessivo. Essas colunas são estáveis a 430°C, imagine quanto duram a 360°C?

As colunas ZEBRON™ Inferno estão disponíveis em quatro fases, de baixa a media polaridade (ZB-1, ZB-5, ZB-XLT, ZB-35).

A Phenomenex desenvolveu fases especiais para atender as necessidades de cada setor: ZB-MultiResidue 1 & 2 para análises ambientais; ZB-BAC 1 & 2 para a análises forenses; ZB-Bioethanol para análises de bioetanol; ZB-Drug-1 para análises toxicológi-cas e ZB-1XT-SimDist para análises petroquímicas.

último canal de GC, uma bomba de vácuo pode ser ins-talada opcionalmente para purgar todos os módulos.

O microGC C2V-200 é fornecido com um sistema de controle dedicado ao instrumento e um software para tratamento de dados que roda em um computa-dor. O C2V-200 pode ser conectado à internet e ser controlado a partir de qualquer lugar. Para aplica-ção em processos, o protocolo de conexão opcional NeSSI (SP76-1.0) está disponível para comunicação com computadores.

Conheça as especificações técnicas do microGC C2V-200 no endereço: analiticaweb.com.br/revista

Colunas de CG estão disponíveis em material não-metal

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0800-7049004

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Sistema de LC/MS/MS AB SCIEX TripleTOFTM 5600: alta resolução para análises qualitativas e quantitativas

do. O sistema permite ao usuário estudar amostras complexas com grande profundidade explorando as características de alta resolução e exatidão em massa bem como estudos de varredura, com a ob-tenção de análises qualitativas e quantitativas em uma mesma corrida. Além disso, o sistema é capaz de quantificar analitos com High Resolution MRM para maior especificidade e confiança, obten-do alta resolução a massa baixa e massa alta no mesmo espectro para quantificação do tipo MRM com alta resolução. Os limites de quantificação e faixa dinâmica do sistema são equivalentes ao que se pode obter em triploquadrupo-los de alto desempenho, inclusive permitindo o uso de cromatogra-fia rápida. A quantificação requer pouca otimização e ainda é pos-sível a escolha de múltiplos frag-mentos por precursor provenien-te dos dados de full scan MS/MS adquiridos.

O sistema AB SCIEX Triple-TOFTM 5600 fornece alto desem-penho com alta resolução, alta sensibilidade, excelente estabili-dade de exatidão em massa e al-tas taxas de aquisição. Através de seus avanços tecnológicos e sof-twares inovadores, o sistema AB SCIEX TripleTOFTM 5600 constitui a próxima geração em tecnologia Quadrupolo TOF.

O sistema da Applied Biosys-tems AB SCIEX TripleTOFTM 5600 é o primeiro sistema de espectro-metria de massas LC/MS/MS de alta resolução e massa exata para análises qualitativas que possui a velocidade e sensibilidade para análises quantitativas com o de-sempenho comparável a um tri-ploquadrupolo. Desta forma, pela primeira vez, o usuário pode inte-grar fluxos de trabalho de análises qualitativas e quantificação em uma única plataforma, obtendo respostas mais rápidas e exatas.

O sistema possui sensibilida-de para quantificação em baixos níveis, faixa dinâmica maior de quatro ordens de magnitude e diversos avanços tecnológicos. O sistema é capaz de adquirir 100 es-pectros por segundo, exatidão em massa de 1 ppm por 24 horas com calibração externa e resolução de 25.000 FWHM em massa baixa, m/z 100 e até 40.000 FWHM a m/z 950, a 100 espectros por segun-

Sistema é capaz de adquirir 100 espectros por segundo

Permution e as novidades na SIMCRO

treabilidade de diversos parâmetros tais como resisti-vidade, condutividade, temperatura, tempo de troca dos elementos filtrantes e lâmpada UV.

Fabricados no país apresentam soluções diferencia-das para atender cada necessidade e estarão disponíveis já em outubro próximo em um dos distribuidores.

A Permution investe pesadamente em Pesquisa & Desenvolvimento consolidando os mais de 43 anos dedicados ao conhecimento das necessidades de aplicação de água nos mais variados processos sejam eles laboratoriais, industriais ou saúde, e espera com estes novos lançamentos consolidar a posição de es-pecialista na concepção, fabricação, comercialização e atendimento pós-venda.

Durante a SIMCRO 2010 (4º Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins), que acontece de 14 a 16 de Setembro, no Arts and Convention Center em Campos do Jordão (SP), a Permution lançará a linha laboratorial de ultrapurificadores de água, po-sicionando-se fortemente neste mercado agregando cada vez mais tecnologias aos equipamentos e apre-sentando soluções inovadoras.

Num mercado cada vez mais exigente e compe-titivo, a Permution traz a linha de equipamentos de ultrapurificação concebidos para atender às necessi-dades mais exigentes dos laboratórios nos mais va-riados segmentos, nos quais a qualidade da água nos processos analíticos é de fundamental importância.

Os novos modelos contam com controle micro-processado através de teclas soft-touch, painel em LCD retroiluminado e saída USB para gerar dados gravados diretamente em pen drive. Acompanha software em ambiente Windows para registro e ras-

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em foco

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Nova série de Analisadores de Aminoácidos é apresentada ao mercado

A Analitica apresenta o novo Biochrom 30+, uma Série de Analisadores de Aminoácidos (AAA) desen-volvidos especificamente para a análise de aminoácidos. A Série Biochrom 30+ é composta por sistemas cromatográficos de troca iônica com derivatização pós-coluna com niridrina, o que garante a identificação e quantificação exatas de aminoácidos livres, assim como a determinação da composição em aminoácidos de proteínas e peptídeos. As grandes áreas de aplicação dos AAA são hospitais, indústrias, laboratórios farma-cêuticos e de pesquisa. São aplicações específicas: a detecção e o monitoramento de doenças metabólicas e erros inatos do metabolismo, como a fenilcetonúria na urina, plasma e LCR (líquido cefalorraquidiano), análi-se de proteínas e peptídeos em aplicações farmacêuticas e análise nutricional e composicional de alimentos, bebidas e ração animal.

A nova Série Biochrom 30+ permite a execução de protocolos de análise rápidos, que aumentam a pro-dutividade do laboratório pela diminuição dos tempos de análise em comparação aos protocolos padrão. Um software amigável controla todas as funções do instrumento, desde o amostrador automático até a análise e tratamento de dados.

A Série Biochrom 30+ é composta pelos modelos:•Biochrom 30: para análise de amostras fisiológicas.•Biochrom 31: para análise de proteínas hidrolisadas.•Biochrom 32: para análise de proteínas oxidadas hidrolisadas.

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(11) 2162-8091

[email protected]

Biochrom 30+: Série de Analisadores Específicos de Aminoácidos

Estes instrumentos são fornecidos com um kit de reagentes adequados ao sistema ordenado, os quais contêm os produtos químicos e consumíveis neces-sários para a maioria das análises de rotina. Os kits ou os reagentes e consumíveis individuais podem ser adquiridos ao longo do tempo para permitir a conti-nuidade das análises. Existem também kits com peças de reposição.

Conheça as especificações técnicas da nova Série de Analisadores de Aminoácidos Biochrom 30+ no endereço: analiticaweb.com.br/revista

MAGNOTEC: instalações de gases especiais, reguladores de pressão e solda orbital

Manifold central gasosa 2x1

Saiba MaiS

(11) 4997-0703

[email protected]

A experiência de 15 anos permite à Magnotec en-contrar soluções que atendam todas as expectativas dos nosso clientes. A qualidade dos equipamentos e investimentos intensos em pesquisas e desenvolvi-mento permitiram desenvolver produtos inovadores, satisfazendo hoje as demandas e requisitos técnicos do mercado de amanhã.

Profissionais altamente qualificados e equipamen-tos com tecnologia de ponta são os fatores que fazem da Magnotec a empresa ideal para instalações de ga-ses e fornecimento de reguladores de pressão de alta performance.

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55Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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em foco

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Analisadores por Infravermelho próximo FT-NIR

Originalmente desenvolvida para a análise de produtos agrí-colas por K. Norris na década de 60, hoje a espectroscopia NIR en-contra aplicações em indústrias dos mais diversos segmentos, en-globando as áreas de alimentos & bebidas, farmacêuticas, químicas & petroquímicas e papel & celu-lose, entre outras.

O crescimento do uso e de áreas de aplicação da técnica têm sido motivado pelas melhorias propiciadas pela técnica FT-NIR, o que inclui rapidez na obtenção de resultados, oferecendo respos-tas em menos de 30 segundos, pouca ou nenhuma preparação da amostra, análises não-destru-tivas, baixo custo e simplicidade operacional.

Os equipamentos da série Ni-colet Antaris são bons exemplos desta tecnologia aplicada, pois oferecem maior estabilidade, me-nor custo de manutenção, melhor resolução, aprimorada relação si-nal/ruído e exatidão de medição no comprimento de onda, levan-do a métodos muito mais robus-tos e confiáveis.

A espectroscopia FT-NIR tam-bém vem despontando como a principal escolha em controle on-line de processo - PAT. Nesse segmento, o modelo Nicolet Anta-ris MX oferece um sistema único

de aquisição de dados multiponto por fibra ótica, sem multiplexação mecânica, o que era uma das prin-cipais limitações nas aplicações on-line, em um gabinete robusto capaz de permitir sua utilização em ambientes industriais sujeitos a variações repentinas de tempe-ratura e umidade.

Essas e outras inovações tam-bém são encontradas no Nicolet Antaris Target™, que funciona a bateria e possui comunicação sem fio com o software operacional RESULT™, tornando os Sistemas Nicolet Antaris a mais completa linha de soluções NIR disponíveis no mercado hoje.

A Charis é a responsável pela linha no mercado.

Saiba MaiS

(19) 3836-3110

[email protected]

Área Superficial Específica

A Bel Japan, presente no mercado nacional por meio da dpUNION, disponibiliza uma linha de instrumentos de alta tecnologia, compactos e consumo reduzido de nitrogênio, para testes de Quimisorção, Fisisorção, Ad-sorção e BET na determinação de Área Superficial Es-pecífica, Tamanho e Distribuição de Poros, por método volumétrico ou gravimétrico, por balança de suspensão magnética, que também possui opção de alta pressão temperatura e gases corrosivos. A Bel Japan também oferece instrumentos para a área de catalisadores (TPD, TPO, TPR, Dispersão de Metais), reatores catalíticos, ava-liadores de células de combustível. Todos os sistemas Bel Japan possuem único e exclusivo sistema de inser-ção de gases e tratamentos automatizados.

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(11) 5079-8411

[email protected] Bel Japan: instrumentos de alta tecnologia e compactos

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57Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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58 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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Laboratório CEMSA: especializado em espectrometria de massas

Fundado em 2008, o CEMSA – Centro de Espectrometria de Massas Apli-cada Ltda. é uma empresa que tem como objetivo principal a prestação de serviço laboratorial utilizando a espectrometria de massas como ferramenta para desenvolvimento de métodos analíticos eficientes, fornecendo respos-tas rápidas com alta confiabilidade para as diversas áreas das ciências quí-micas, farmacêuticas, biológicas e correlatas.

Os empreendedores do CEMSA, com alta qualificação administrativa e científica, colocam à disposição do mercado todo o conhecimento e expe-riências adquiridas em tecnologias e soluções inovadoras com a meta e o esforço de auxiliar seus clientes a atingirem suas empreitadas, acelerando e maximizando os objetivos na busca firme, incessante e convicta do su-cesso.

O CEMSA inova na atuação incondicional na pesquisa e desenvolvimento junto às indústrias farmacêuticas nacionais para auxiliar, melhorar e acelerar o processo de desenvolvimento e descoberta de novos fármacos, aplicando e conhecendo as propriedades de Absorção, Distribuição, Metabolismo e Eliminação (ADME) para verificação das qualidades farmacológicas do ativo descoberto, permitindo que o fármaco siga para uma etapa mais avançada do processo de desenvolvimento, com maior segurança e menor custo.

Seu portfólio de serviços, além dos testes de ADME, inclui:Verificação da massa molecular do composto/fármaco e seu espectro de MS/MS: Determinação da massa molecular e seus • produtos de fragmentação para o composto-teste, utilizando o sistema de LC-MS/MS.Testes de impurezas em produtos de síntese ou formulação: Identificação de impurezas provenientes de síntese ou proce-• dimentos de purificação de amostra. Identificação de impurezas provenientes de síntese ou procedimentos de purificação de amostra.Testes de estabilidade controlada/forçada de fármacos: Identificação de produtos de degradação provenientes de hidrólise • (ácido ou base), oxidação, fotólise e temperatura, segundo guias do FDA e ANVISAIdentificação de produtos de degrada-ção provenientes de hidrólise (ácido ou base), oxidação, fotólize e temperatura, segundo guias do FDA e ANVISAConsultoria e desenvolvimento de métodos analíticos utilizando LC-MS para diferentes áreas • de aplicação (farmacêutico, alimentos, forense, clínica e outros)Cursos e treinamentos de nível básico à avançados na técnica de espectrometria de massas • (LC-MS/MS, MALDI-TOF, MALDI-TOF/TOF) e suas aplicações

Saiba MaiS

(11) 3039-8358

[email protected]

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(71) 9962-2865

[email protected]

Avançando nos detalhes da norma NBR ISO/IEC 17025

dutividade é um constante desa-fio com o qual a Labwin trabalha desde 1996 (quando ainda era usado o ISO GUIA 25).

Nos últimos anos a empresa tem conseguido informatizar tarefas im-portantes e complexas como: regis-tros e cálculos com rastreabilidade completa, registros de preparos de soluções e meios de cultura, con-trole de revisões em documentos, cálculos de incertezas, validações de métodos, cálculos e alertas au-tomático sobre correlações entre ensaios, cartas de controle etc.

Muitas vezes os usuários dos softwares Labwin se surpreendem ao receberem um alerta sobre cor-relações pouco esperadas como balanço iônico, por exemplo, ou ao perceberem com que nível de detalhamento as informações so-bre rastreabilidade dos cálculos são gravadas.

Nos últimos meses foram fei-tos muitos avanços na parte de re-gistros de ensaios microbiológicos e ecotoxicológicos.

Softwares Labwin surpreendem usuários com funções inesperadas

Manter o cumprimento dos requisitos de qualidade da ISO 17025 sem perder o foco na pro-

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Sistemas de descontaminação de efluentes

A STEQ, em parceria com a empresa francesa ACTINI, apresenta seu exclusivo Sistema de Descontaminação de Efluentes Biológicos.

Como alternativa aos sistemas de tratamento por lote ou de trata-mento químico, o Sistema de Descontaminação de Efluentes Biológicos da ACTINI trabalha de forma contínua e é facilmente adaptável às ne-cessidades da indústria de biofármacos que manipula micro-organismos classificados como BSL 1, 2, 3 ou 4.

O processo de descontaminação de um efluente contaminado com vírus ou bactérias consiste na eliminação de micro-organismos patogê-nicos através da aplicação de um tratamento térmico específico durante um tempo pré-determinado. Através de avançados recursos tecnológi-cos, a inativação térmica garante um processo seguro e eficaz que pode ser aplicado em escala laboratorial, piloto ou de produção.

O princípio de descontaminação é simples: os efluentes são con-tinuamente coletados em um tanque. O processo inicia-se quando os efluentes no tanque atingem um nível determinado. Quando a tem-peratura de tratamento é alcançada o efluente é bombeado, tratado e eliminado através do dreno. Ao final de cada ciclo, todo o sistema é automaticamente limpo e sanitizado. Durante todo o ciclo, os parâme-tros são controlados via CLP.

Saiba MaiS

(11) 5181-5570

[email protected]

Novo sistema é alternativa aos sistemas de tratamento por lote ou de tratamento químico

Nova série de vials na Graulab

A Comercial Graulab lança uma nova série de vials da marca Labware, que veem ajudar a ma-nipulação de pequenos volumes de amostra, como demonstrado e descritivo a seguir:

A série Vu permite manipular • um volume de 150ul e um vo-lume mínimo de 15ul, sendo o volume total deste vial de 1,5ml.Os vials da série u permitem o • manuseio de pequenos volu-mes de amostras sem a necessi-dade de uso de insert. Permite manipular um volume de 15ul e um volume mínimo de 10ul, sendo o volume total deste vial de 0,3ml.A Série iV2u permite manipular • um volume de 25ul e um volu-me mínimo de 8ul, sendo o vo-lume total deste vial de 0,25ml.

Saiba MaiS

(11) 5512-5744

[email protected]

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63Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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em foco

64 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

Há mais de 13 anos garantindo a eficácia de produtos e processos

Tecnologia em equipamentos e mobiliário Hipperquímica

A qualidade dos produtos comercializados pela Hipperquímica é marca registrada, com a fabricação pela Vitrine Científica de equipamentos inovadores, a parceria trouxe para o setor de pesquisa uma linha exclusiva de Dry-Box Sppencer®, equipamentos que substituem o dessecador de vidro com a vantagem de oferecer uma área aproveitável muito maior para armazenagem e organização de padrões e equipamentos que necessitem em sua acomoda-ção uma redução na umidade do ar. Os Dry Box Sppencer® conferem ao seu laboratório maior praticidade e facilidade de manuseio e são peças desenvolvidas com qualidade e tec-nologia aliados a um design moderno e clean, além de ser um produto com maior facilidade de manuseio e trabalho.

Fabricado em aço carbono com pintura eletrostática e tratamento anticorrosivo; Capacidade de redução de umidade em 20% aprox.; visor em vidro temperado e porta com vedação e fechos rápidos.

Acompanha duas prateleiras, uma bandeja para si-licagel e umidostato, vacuômetro e saídas de ar. Ide-al para trabalhos em temperaturas altas até 650ºC.

Com o intuito de inovar e faciliitar a aquisição e montagem de laboratório, a Hipperquimica também disponibiliza mó-veis modulares com 1 metro, 0,5 metro, gaveteiro, módulo pia, tudo planejado de acordo com o espaço do laboratório. Os móveis são confeccionados em MDF – Madeira ecologicamente correta, com tra-tamento anticupim e mofo, e as bases de sustentação possuem grande durabilidade contra umidade.

A Linha Sppace® é sinônimo de mo-dernidade, praticidade e conforto em mobiliários de laboratório

Saiba MaiS

(11) 4428-1212

[email protected]

Saiba MaiS

(19) 3252-2677

[email protected]

A Air Clean é uma empresa sediada em Campinas (SP) e está constituída por profissionais com larga experiência na área de mi-crocontaminação de ambientes.

Há mais de 13 anos no merca-do realizando serviços de manu-tenção preventiva, corretiva, con-sultoria e treinamento, a empresa atua em indústrias farmacêuticas, veterinárias, alimentícias, quími-cas, automobilística, hospitais, la-boratórios, entre outros.

Os equipamentos utilizados nas certificações estão entre os

mais precisos do mercado, com rígido controle de calibração, assegurando assim, a confiabi-lidade dos resultados dos en-saios. Como parâmetro adota as principais normas nacionais e internacionais ABNT, RDC, IES, FDA, ANVISA, ISO, WHO, EU-DRALEX.

Alguns testes realizados: velo-cidade do ar, uniformidade, teste de estanqueidade e integridade em filtros absolutos (DOP/PAO), contagem eletrônica de partícu-las (As Built / At Rest / In Opera-tion), pressão dos filtros absolu-tos (∆P), níveis de luminosidade, níveis de ruído, temperatura e umidade, teste de recuperação, queda de energia, entre outros.

Dry-Box Sppencer®

Capela

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Soluções completas

Soluções completas para arquitetura de salas limpas aplicadas em todas as fases do processo: projetos, fabricação, logística e montagem. Todos os produtos e processos se destacam pela tecnologia e materiais utilizados em sua produção, baseados em alta tecnologia européia atendendo as normas e procedimentos de GMP (Good Manufacturing Practice), exigidos pelo FDA (Food and Drug Administration) e Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária), atendendo assim necessidades específicas de cada cliente. A se-guir, dois exemplos oferecidos pela Dânica:

Sistema Click (Painel SL Click) – PUR, PIR ou LDRCom núcleo isolante e revestimento metálico são aplicados como divisó-

rias e forros autoportantes em ambientes livres de contaminação. Junção por meio de um perfil de alumínio e uma presilha (Click) de inox. Sistema que possibilita a remoção dos painéis em caso de alterações no layout do projeto. Ideal para ambientes estéreis ISO 5 (Classes A e B).

Painel SL ArEste tipo de painel contém um duto embutido para retorno de ar

ou saída de estações de trabalho; flange em aço inox incorporada ao duto embutido ao painel para adaptação aos ramais de ar da ins-talação; grelha em aço inox com canto arredondado, embutidas no painel na altura padrão 500mm; sistema de encaixe do painel tipo Click ou MF (macho/fêmea);Modelos

• Painel SL Click Ar PUR, PIR ou LDR• Painel SL MF Ar PUR, PIR ou LDR

Microscópio se calibra?

Alguns afirmam que não há necessidade de se calibrar microscópios, mas, caso seja ne-cessário se fazer um trabalho qualquer se utilizando uma objetiva de 40x de ampliação de um microscópio, como o laboratório que realiza este trabalho vai garantir ao seu cliente que esse equipamento atende ao requisito do procedimento se não tiver um certificado de calibração? E se no procedimento ainda há a informação sobre a tolerância de desvio aceitável, como o laboratório saberá se naquela objetiva do microscópio o desvio apresentado está dentro do cri-tério de aceitação? E quando um microscópio tem instalado um retículo para realizar medições, a necessidade de calibração torna-se ainda mais crítica. Portanto a calibração do microscópio é fundamental para que um laboratório possa ter confiança no trabalho que realiza e também é uma maneira de apresentar ao seu cliente mais confiança nos serviços prestados a eles.

A Micro Óptica é pioneira na prestação de serviço de calibração de microscópios ópticos com acreditação INMETRO. Para solicitar um orçamento, basta consultar a empresa.

Saiba MaiS

(47) 3461-5300

[email protected]

Saiba MaiS

Laboratório: (11) 5928-3784

Escritório: (47) 3387-5930

[email protected]

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Page 66: Analytica Controle de Qualidade

67Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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em foco

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Inaladores COPLEY agora no Brasil

A COPLEY é a fornecedora principal no mundo dos equipamentos de testes de inaladores. Os equipamentos são projeta-dos especificamente para seguir as exigências da Farmacopéia Americana (USP) e a Farmacopéia Européia (EP).

Os aparelhos para teste de inalação oferecidos pela Copley são: • Inalador MDI: Metered Dose Inhalers (para aerosol);• Inalador DPI: Metered Dose Inhalers (para pó);• Nebulisers (inalador aquosos por gota); • Pulverizadores nasais e aerossóis;• O controlador do fluxo crítico modela TPK & TPK 2000; • O medidor de fluxo modelo DFM 2 e DFM 2000; • Elemento Andersen Cascade Impactor (ACI); • Pré-separador para o Andersen Cascade Impactor (ACI); • Elemento Impactor da Geração Seguinte (NGI); • Impinger Líquido de Vários Estágios (MSLI); • Impinger de Vidro Single-Stage (SSGI); • Elemento de Impactor de Marple-Miller (MMI); • Simulador da respiração para Nebulisers; • Glaxo S/S Impactor• entre outros.Esses aparelhos testam em laboratório, por exemplo, onde as substâncias químicas irão depositar

após uma dose de inalação, como pode ser visto na figura.A Catena é a representante técnica autorizada e exclusiva da COPLEY no Brasil.

Alem Mar inicia representação da alemã CALEVA

adicionais; possibilidade de conexão com sistema on-line ou off-line (com o menu do programa de upgrade); Menus IQ / OQ para executar uma instalação completa com Qualificação Ope-racional e submenu FDA.

Já o durômetro de comprimidos, modelo THT 15, automá-tico, pode operar em duas opções de medição, tanto com “ve-locidade constante” como com “força constante”. Realiza, no máximo, 99 medições de comprimidos dos mais diversos tipos, formas e revestimentos. O menu integrado permite a configura-ção do modo de medição, data / hora, sensibilidade da medição de dureza e uma pausa entre os ensaios para remover a poeira e os detritos. Os resultados dos testes e análises estatísticas são apresentados por dois mostradores LED, juntamente com a data, hora, número de série e a data da última calibração. Estes resul-tados podem ser documentados por uma impressora (opcional) conectada via saída USB padrão.

Todos os equipamentos acompanham manual de operação em inglês.

A empresa Caleva possui linha de equipamentos para indús-trias farmacêuticas e centros de pesquisa na área de controle de qualidade de medicamentos, tais como: dissolutor, desintegra-dor, friabilômetro, densímetro para pós e granulados, durôme-tro dentre outros.

O Dissolutor CALEVA modelo Série 10 ST foi projetado para testar pastilhas, comprimidos revestidos, oblongos e outras for-mas farmacêuticas. Os modelos 10 ST, 10 ST+ e 10 ST ++ es-tão de acordo com as especificações conforme USP / EP. O equipamento está disponível com 6, 7 ou 8 estações de testes dispostas em duas linhas com quatro cubas de fácil acesso. Para os modelos 10 ST + e 10 ST 10 ++ estão disponíveis: interfaces

Saiba MaiS

(11) 3229-8344

[email protected]

Saiba MaiS

(11) 2441-1475

[email protected]

Durômetro permite que resultados dos testes e análises estatísticas sejam apresentados por dois mostradores LED

Dissolutor CALEVA para testar pastilhas,

comprimidos revestidos, oblongos e outras

formas farmacêuticas

pharynx

trachea & primary bronchi

secondary bronchi

terminal bronchi

alveoli

alveoli

PRESEPARATOR10 micrometers and above

STAgE 09.9pm - 10.0pm

STAgE 1

STAgE 2

STAgE 3

STAgE 4

STAgE 5

STAgE 6

STAgE 7

5.8pm - 9.0pm

4.7pm - 5.8pm

3.3pm - 4.7pm

2.1pm - 3.3pm

1.1pm - 2.1pm

0.65pm - 1.1pm

0.43pm - 0.65pm

Simulation of the Human Respiratory System

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Isodur participa da 26ª edição da Fispal

A Isodur, empresa especializa-

da no desenvolvimento de solu-ções para salas limpas e classifi-cadas, participou entre os dias 8 a 11 de junho, da 26ª edição da Fispal - Feira Internacional de Embalagem, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas – que aconteceu no pavi-lhão de exposições do Anhembi, em São Paulo.

Na ocasião, como atrativo, a Isodur apresentou em seu estan-de parte de sua linha de produ-tos, como o pass through (caixa de passagem), além de duas ver-sões de salas limpas, abertas à visitação. A estratégia chamou a atenção dos profissionais, empre-sas e estudantes do segmento que

puderam observar em detalhes o design inovador e a tecnologia presentes nas estruturas.

A participação no evento foi bastante positiva, propiciando a divulgação da marca e amplian-do as oportunidades de negócios, além de projetar a Isodur no ce-nário nacional e internacional.

Saiba MaiS

(19) 3272-6244

[email protected]

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71Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº4872

SalaS limpaS

CONTAMINAÇÃO EM SALAS LIMPAS I

máxima ‘prevenir é me-lhor que remediar’ não tem aplicação mais ade-

quada do que em um labora-tório quando o assunto é sala limpa ou, mais especifica-mente, a contaminação nes-ses ambientes. Muitas vezes, testes de esterilidade de de-terminados produtos podem não apresentar problemas, mesmo que se descubra uma contaminação no monitora-mento ambiental. Assim, é fundamental que para proces-sos assépticos seja conduzida investigação detalhada, “rea-valiando o produto para evitar que seja liberado contamina-do”, ressalta Angela Mattos, Supervisora de Microbiologia da Theraskin Farmacêutica Ltda. e professora dos Cur-sos sobre Técnicas de Áreas Limpas do CEP Cursos. “A ideia é sempre a prevenção, pois se for verificada a conta-minação não é possível pro-duzir em sala limpa antes que se resolva o problema, nesse caso para processos assépti-cos os cuidados são maiores devido à suscetibilidade”.

Com a intenção justamen-te de prevenir acidentes, a Traumedica, empresa do in-terior paulista desenvolvedo-ra de tecnologias voltadas ao setor de ortopedia e trauma-tologia, adotou a sala limpa e construiu uma antecâmara a fim de evitar o acúmulo de particulados e a saturação de substâncias no ambien-te para reduzir o índice de contaminação e assegurar maior valor ao produto final. Além dos benefícios na saú-de do consumidor, as novas instalações contribuem para aumentar o nível de competi-tividade da empresa frente ao mercado. Para a adequação do sistema de climatização do ambiente, vários aspectos técnicos envolvendo a quali-dade do ar e conforto térmico foram avaliados pela empre-sa Isodur – especializada em salas limpas – que utilizou na obra climatizador horizontal modular, especialmente pro-jetado em gabinete metálico estruturado em painéis, com isolamento termoacústico e eficiência de filtragem G4

+ F9, conforme ABNT NBR 16401, direcionado a atender com eficácia e versatilidade às exigências da empresa. Complementando o projeto foi instalado um pass through diferenciado, com intertrava-mento de portas, controles de acesso frontal - com dis-play indicativo - e proteção contra agentes químicos, que permite a passagem do ma-terial da produção para a sala de embalagem sem haver a contaminação da mesma.

Se as instalações adequa-das são de extrema impor-tância, a especialista Angela Mattos enfatiza a importân-cia de um programa eficaz de monitoramento ambiental, limpeza e sanitização, ava-liando os resultados e a ne-cessidade ou não de ter ro-dízio de sanitizantes, pois o que ocorre muitas vezes é a seleção de algumas espécies que futuramente poderão tra-zer um problema maior de contaminação no ambiente: “Normalmente em ambientes encontramos bacilos Gram negativos relacionados a pro-blemas com matérias-primas, água e Cocos Gram positivos ligados a pessoas e um pro-blema grave que nem sempre é considerado tão grave, que são fungos e micobactérias”.

Agora, caso a contami-nação seja iminente, Angela aconselha a utilização de um sanitizante mais potente, ava-liando-se caso a caso para prevenir problemas futuros: “Introdução novo sanitizante, avaliação por meio de moni-toramento ambiental antes de reiniciar qualquer processo”.

Como prevenir a contaminação em salas limpas? Quais as medidas a serem tomadas, caso isso ocorra? Nessa primeira matéria leia sobre contaminação microbiológica e um case da empresa Traumedica

A

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ElEtroflotação aplicada ao tratamEnto dE Esgoto sanitário

RESUMO

Neste trabalho construiu-se um reator em escala de bancada para aplicar a eletroflotação no tratamento do esgoto, sem etapas de pré-tratamento. Para tanto, caracterizou-se o esgoto sanitário antes e após o tratamento quanto às suas propriedades físicas, químicas e bacteriológicas, comparando-se estes resultados com os valores estipulados pela Reso-lução CONAMA No. 357 e outros métodos de tratamento. Amostras de esgoto bruto (EB) e esgoto eletroflotado (EF) foram coletadas após sete minutos de iniciado o processo de eletroflotação e caracterizadas com a finalidade de comparar a qualidade destas e assim poder determinar o desempenho do sistema de eletroflotação. Os parâmetros analisados foram: turbidez, cor verdadeira, pH, sólidos totais, oxigênio dissolvido, assim como as concentrações de Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn e Pb. O esgoto eletro-flotado possui características físico-químicas semelhantes às estipuladas pela Resolução CONAMA No. 357 para águas doces de classe 3. O espaço físico requerido pelo reator, a facilidade de automação e a pouca manutenção que requer o processo de eletroflotação são pontos favoráveis que tornam o processo de eletroflotação uma alternativa viável se comparada a outros métodos de tratamento existentes. O processo de eletroflotação pode ser adotado como sistema de tratamento de esgoto e águas da gestão de disposição de resíduos e reuso de águas dos chamados “prédios verdes” que visam à sustentabilidade das suas construções e ao reaproveitamento dos resíduos gerados nelas.

palavras chave: Eletroflotação. Tratamento de Esgoto. Reator

SUMMARY

In this paper the construction of a reactor in a bench scale is presented. The objective of using the reactor is to apply the electroflotation in the treatment of sewage, with non-step pre-treatment. To evaluate the process, the sewage before and after the treatment was compared, taking in account the values established by CONAMA Resolution No. 357 and other methods of treatment. Samples of raw sewage (RS) and electroflotated sewage (ES) were collected after 7 minutes after the electroflotation begins and characterized in order to compare their quality and thus evaluate the electroflotation performance. The parameters analyzed in the samples collected were: turbidity, true color, pH, total solids, dissolved oxygen, and the concentrations of Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn and Pb. Comparing the results on the physical and chemical properties of the ES with the maximum allowable values by CONAMA Resolution No. 357, it shows that the characteristics of the so treated sewage reach similar characteristics to those specified by CONAMA Resolution No. 357 for freshwaters class 3. The physical space required by the reactor, the easiness of automation and low maintenance that requires the electroflotation are the positive points that make the electroflotation a viable alternative compared to other methods of treatment. The process can be adopted as a system of sewage treatment and water management of waste disposal and reuse of water of the so-called “green buildings” that aim at the sustai-nability of their buildings and the reuse of waste generated in them.

Keywords: Electroflotation. Sewage Treatment. Reactor

Joel Alonso Palomino Romero e Maria Olímpia Oliveira Rezende*

Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo

*Correspondência:E-mail: [email protected]

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IntROdUçãO

A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva (1); todas as formas conhecidas de vida precisam de água. No entanto, é importante conhecer com que finalidade se utiliza a água. Em geral, os usos da água abarcam as atividades humanas em sua glo-balidade e isso permite dizer que ela tanto pode servir para consumo como para insumo em diferentes pro-cessos produtivos.

O amplo uso que o ser humano faz da água traz como consequência a poluição desta em menor ou maior grau. De forma geral, a poluição das águas de-corre da adição de substâncias ou de formas de ener-gia que direta ou indiretamente alteram as característi-cas físicas, químicas e biológicas das coleções hídricas de uma maneira tal que prejudique a utilização de suas águas para determinados usos.

O esgoto

Dentre as formas de poluição das águas, a mais co-mum é aquela causada pelo esgoto jogado nos rios. A norma brasileira NBR 9648 (1986) (2) define o esgoto sanitário como o “despejo líquido constituído de esgo-tos doméstico e industrial, água de infiltração e a con-tribuição pluvial parasitária”.

O esgoto é um líquido cuja composição, quando não contém resíduos industriais, é de aproximada-mente: 99,87% de água; 0,04% de sólidos sedimen-táveis; 0,02% de sólidos não sedimentáveis e 0,07% de substâncias dissolvidas. Geralmente contém nume-rosos agentes patogênicos, microrganismos, resíduos tóxicos e nutrientes que provocam o crescimento de outros tipos de bactérias, vírus ou fungos presentes em menor número. Por esta razão, os sistemas de coleta e tratamento de esgotos são importantes, não só por recuperar a água do esgoto e devolvê-la ao meio am-biente, mas também para manutenção da saúde pú-blica, ao evitar riscos de contaminação e transmissão de doenças; e ao meio ambiente - no que se refere ao controle da poluição das águas (3).

A eletroflotação

A eletroflotação é uma técnica eletroquímica de separação que vem ganhando espaço no tratamento dos mais diversos tipos de efluentes e suspensões (4), como por exemplo: curtumes (5), separações de emul-sões água-óleo (6, 7), remoção de espécies metálicas de águas subterrâneas e de águas residuárias (8 – 10).

ESCOBAR, SOTO-SALAZAR e TORAL (11) reportaram a remoção de 100% de espécies de chumbo, cádmio e cobre por eletroflotação em águas residuárias e águas naturais. A eletroflotação também é bastante empre-gada na área de alimentos. ROA-MORALES et al. (12) aplicaram a eletroflotação em águas residuárias pro-venientes da indústria de massas e biscoitos. ARAYA-FARIAS et al. (13) documentaram a clarificação de suco de maça por eletroflotação. Estudos da aplicação de eletroflotação em efluentes provenientes de fábricas de papel também são reportados na literatura. MANSOUR, KSENTINI e ELLEUCH (14) aplicaram a eletroflotação a um efluente que continha uma quantidade considerável de sólidos suspensos e conseguiram uma redução na concentração destes, superior aos 95%, assim como também obtiveram reduções significativas na demanda química e bioquímica de oxigênio e nas concentrações de cloretos. UĞURLU et al. (15) utilizaram a eletroflota-ção para remover a lignina e o fenol presentes em efluen-tes de fábricas de papel. Em recente estudo publicado em 2009 (16) foi reportado o tratamento de efluentes de lavanderia por eletroflotação. Os autores desenvolve-ram um sistema que auxilia o processo. Este consiste em um ultrassom acoplado ao reator; permitindo um aumento na eficiência da remoção da demanda quími-ca de oxigênio que alcançou valores superiores a 62%. Eles testaram dois tipos de arranjos para os eletrodos: monopolar e bipolar, e concluíram que o arranjo mono-polar era o que mostrava melhor desempenho empre-gando eletrodos de alumínio em comparação com os de ferro. Também observaram que enquanto maior a quantidade de eletrodos empregados, melhor era a efi-ciência atingida. Em outro trabalho recente os autores acoplaram um pré-tratamento oxidativo empregando o método de Fenton à eletroflotação (17).

A eletroflotação é um processo que consiste na ge-ração de agente coagulante devido à liberação de cá-tions metálicos que ao se hidrolisarem formam flocos de hidróxido metálicos dentro do efluente, isto devido à eletro-dissolução de ânodos (18), usualmente de alumí-nio ou de ferro (19). Esses flocos gerados in situ atuam como agentes coagulantes que são gerados de modo controlado devido à corrente aplicada (20, 21), promo-vendo assim a floculação das partículas em suspensão dentro do efluente (Figura 1).

A dissolução eletrolítica de eletrodos é um parâmetro que depende de fatores como a corrente aplicada, a con-dutividade da solução e a resistividade do meio. Contro-lando todos esses fatores pode-se controlar a geração do agente coagulante (22). A dissolução eletrolítica de ânodos de alumínio produz espécies como Al3+ que ao serem hi-

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drolisadas formam o agente coagulante Al(OH)3 que final-mente é polimerizado a Aln(OH)3n como pode ser observa-do nas equações 1 - 4 (21, 7, 22) e que será o responsável pela coagulação e formação das partículas coloidais (21).

mação de flocos depende da hidrólise do alumínio (que por sua vez depende do pH e da concentração final de Al3+) e do transporte das espécies hidrolisadas, que promovem o contato com as impurezas (22).

Além da formação do agente coagulante, a eletroflo-tação gera microbolhas de gases que são responsáveis pela flotação dos flocos formados (20,21). A formação de microbolhas é um parâmetro que depende da cor-rente aplicada, esta última acelera a formação das mes-mas. Entretanto, altas densidades de corrente dificul-tam a eletroflotação porque promovem a formação de bolhas maiores, dando lugar à turbulência, que torna o processo ineficiente (9,24,25).

No ânodo a reação de desprendimento de oxigênio é observada segundo a equação (5), enquanto que no cátodo a reação principal é a do desprendimento de hi-drogênio, como descrito por MOLLAH et al. (2004) (26) e observado na equação (6) (27).

Reação de Desprendimento de Oxigênio:2H2O → O2(g) + 4H+

(aq) + 4e- (5)

Reação de Desprendimento de Hidrogênio:2H2O + 2e- → H2 + 2OH- Ered = -0,83V (6)

Neste trabalho construiu-se um reator em escala de bancada para aplicar a eletroflotação no tratamento do esgoto, sem etapas de pré-tratamento. Para tanto, caracterizou-se o esgoto sanitário antes e após o trata-mento quanto às suas propriedades físicas, químicas e bacteriológicas, comparando-se estes resultados com os valores estipulados pela Resolução CONAMA No. 357 (28) e outros métodos de tratamento.

MAtERIAl E MétOdOS

Caracterização da qualidade dos efluentes

Amostras de esgoto bruto (EB) e esgoto eletroflotado (EF) foram coletadas após 7 minutos de iniciado o proces-so de eletroflotação e caracterizadas com a finalidade de comparar a qualidade destas e assim poder determinar o desempenho do sistema de eletroflotação. Os parâmetros analisados nas amostras coletadas foram: turbidez, cor verdadeira, pH, sólidos totais, oxigênio dissolvido. Assim como também foram feitas análises para identificar espé-cies metálicas e não metálicas presentes no EB e no EF. Neste sentido foram determinadas as concentrações de Al, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Ag, Cd, Sn e Pb.

A cor verdadeira foi determinada medindo-se as ab-sorbâncias das amostras em 550 nm em um espectro-

Oxidação do Alumínio Sólido (Reação Anódica)Al (s)→ Al3+

(aq) + 3e- Eoxi = +1,66V (1)

Solvatação do Cátion FormadoAl3+

(aq) + 6H2O → Al(H2O)63+ (2)

Formação do Agente CoagulanteAl(H2O)6

3+ → Al(OH)3 (s) + 3H+(aq) (3)

Reações SecundáriasnAl(OH)3 → Aln(OH)3n (s) (4)

A equação (4) indica que vários complexos de alumí-nio podem ser formados, os quais são os responsáveis pela remoção de contaminantes ao se adsorverem às partículas e formar os flocos. No entanto, dependendo do pH do meio, outras espécies iônicas como Al(OH)2+, Al (OH)+2, Al(OH)-4 e Al2(OH)2

4+ podem estar presentes. Estes podem remover eficientemente poluentes por ad-sorção devido à neutralização da carga e por aprisiona-mento no precipitado (21,23).

A etapa da formação dos flocos, denominada de floculação, consiste em uma maior desestabilização do sistema. É nessa etapa que os flocos podem ser remo-vidos por decantação, filtração ou flotação. Essa for-

Figura 1. Diagrama esquemático de uma cela de eletroflotação

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fotômetro da marca HACH® modelo Odyssey DR/2500 (29). A turbidez foi determinada pelo método nefelomé-trico (30, 31) em um turbidímetro da marca Micronal modelo B250. O pH requer um monitoramento acurado devido à dependência das espécies de alumínio com a acidez do meio. Utilizou-se um pH-metro da marca Tecnovolt e o método 4500 do Standard Methods (31). A condutividade das amostras foi determinada utilizan-do-se um condutivímetro da marca Micronal, modelo Digimed DM31, método 2510 do já citado Standard Methods (31). Para a caracterização do esgoto bruto e tratado, determinaram-se os sólidos totais a partir de 20 mL das amostras, por gravimetria. As medições de oxigênio dissolvido foram realizadas com o auxílio do medidor multiparâmetro, marca Horiba modelo U-10.

Foram determinadas as concentrações de espécies metálicas e não metálicas por espectroscopia de emissão atômica com plasma de argônio induzido em um equipa-mento da marca Perkin Elmer, modelo Optima 3000DV. Para poder determinar a concentração destas espécies foram construídas curvas analíticas no espectrômetro com soluções padrão de cada espécie. Utilizou-se ácido nítrico para dissolver as espécies metálicas complexadas e ad-sorvidas no material particulado (32). Para determinar as espécies presentes nos efluentes, 100 mL de cada amos-tra foram colocados em tubos distintos de um bloco di-gestor, em seguida, foram adicionados cerca de 30 mL de ácido nítrico concentrado e 10 mL de peróxido de hidrogê-nio (30% v/v). Após três horas no bloco digestor, à 95ºC, o volume foi corrigido com água purificada pelo processo Mili-Q®, procedendo-se à determinação dos elementos em meio aquoso.

RESUltAdOS E dISCUSSãO

O reator de eletroflotação – REF – foi construído em forma cilíndrica (15,0 cm altura x 6,0 cm diâmetro), em ma-terial acrílico, com capacidade de 0,5 L. Esse reator está constituído por um sistema de cinco eletrodos de alumínio, de dimensões: 13,5 x 4,5 x 0,25 cm (comprimento x largu-ra x espessura), os quais ficam sustentados por suportes do tipo gaveta. Na Figura 2 mostra-se em detalhe a área da seção transversal do reator REF (33).

Como pode ser observado na Figura 2, o REF possui o canal de entrada e de saída de efluente em posições opostas. Assim, com o auxílio de uma bomba, o efluente entra pela parte inferior do reator, percorre todo o sistema de eletrodos e sai pela parte superior, onde, então, pode ser conduzido para uma câmara de separação. Na Figura 3 mostra-se o desenho “em explosão” das linhas de con-torno do REF com os detalhes destacados (33).

Os eletrodos estão dispostos em paralelo, sustenta-dos por um suporte do tipo gaveta, Figura 4. O suporte contém pinos em acrílico que possuem a finalidade de evitar o deslocamento do eletrodo durante a operação, além de manter os eletrodos separados entre si a uma distância de 0,9 cm.

O contato elétrico entre os eletrodos do reator e a fonte externa é feito por meio de bastonetes de aço inox, com dimensões de 0,4 x 20,0 cm (diâmetro x comprimento) com ranhuras em suas pontas. Essas ra-nhuras têm a finalidade de se encaixarem no eletrodo, promovendo o contato (33). A Figura 5 apresenta o de-senho do bastonete.

Figura 2. Seção transversal do reator de eletroflotação REF. (1) Entrada do efluente bruto; (2) eletrodos de alumínio; (3) Saída do efluente; (4) e (5) Tampas laterais com o-ring, contato elétrico em aço do tipo inox e suportes do tipo gavetas; (6) Parafusos de fixação por pressão

Figura 3. Desenho em explosão do reator REF

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Ensaios em batelada

Graças aos resultados obtidos pelos ensaios em batelada no reator REF, determina-se a densidade de corrente que será aplicada quando em fluxo con-tínuo. Observou-se que a maior diminuição da tur-bidez no menor tempo foi alcançada aplicando uma

Figura 4. Modelo das tampas laterais com o-ring e suporte dos eletrodos do tipo gaveta

Figura 5. Bastonete em aço inox com ranhura

Tabela 1. Comparação das características físico-químicas de amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) por ensaios em batelada

Parâmetro Unidade

Valores do Efluente

d P C V (%) Remoção (%)EB EF

Min. Max. Média

turbidez ntU 155 3,8 7 4,88 1,49 0,30 96,85

cor Verdadeira mg pt co l-1 143 19 27 23,50 3,42 0,15 83,57

oxigênio dissolvido mg o2 l-1 1,8 6,31 8,72 7,42 1,12 0,15 412,221

pH - 6,36 7,21 8,06 7,53 0,37 0,05 não se aplica

sólidos totais mg l-1 615 53,7 61,2 57,55 3,35 0,02 90,64

D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância

densidade de corrente de 13,82 A m-2. Na Tabela 1 apresentam-se os resultados das análises feitas em amostras de EF e EB. As amostras de EF foram co-letadas após 7 minutos de tratamento.

Na Figura 6 pode-se observar o esgoto antes de ser submetido à eletroflotação e ao final, após 7 mi-nutos de tratamento. A significativa diminuição da turbidez (Tabela 1), assim como também a formação de uma camada de lodo eletroflotado na superfície, pode ser facilmente percebida.

Figura 6. Reator REF. Esgoto antes e após 7 minutos de tratamento por eletroflotação

Outro parâmetro importante nos processos ele-troquímicos é a condutividade do meio. O cloreto de sódio é comumente utilizado para aumentar a condutividade da água ou de efluentes que serão tratados eletroquimicamente. Além de sua contri-buição iônica no transporte de cargas elétricas foi observado que os íons cloreto podem reduzir sig-nificativamente os efeitos tamponantes dos ânions HCO-

3 e SO42− (34).

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Considerando estas propriedades do NaCl, diferen-tes quantidades foram adicionados ao esgoto com a finalidade de conferir-lhe diferentes condutividades e, assim, poder determinar qual destas permitia menor consumo de energia no processo eletroquímico.

O aumento na concentração de NaCl no esgoto trouxe como consequência o aumento proporcional na condutividade deste, como mostra a Tabela 2.

sem adição de NaCl. Isto traz um menor consumo de energia para efetuar o mesmo processo, que se refletirá em uma economia significativa no custo operacional.

Ensaios em fluxo contínuo

Uma vez determinada a densidade de corrente a ser aplicada no REF, procedeu-se à determinação da vazão de entrada e saída do esgoto no reator. Várias vazões foram testadas e, posteriormente, calculados os respectivos tempos de detenção hidráulicos (36,37).

As diversas vazões foram testadas para determinar o melhor compromisso entre o tempo e o conteúdo de Al3+ no efluente tratado. Os parâmetros adotados para determinar a vazão mais adequada foram eficiência na remoção de DBO5 e a concentração de Al3+ no esgoto tratado, como mostrado na Figura 8.

Uma remoção de DBO5 acima de 80% aliada a um baixo conteúdo de Al3+ no efluente foi alcançada quan-do se utilizou a menor vazão. Considerando estes resul-tados a vazão de trabalho adotada foi 0,07 L min-1.

Tabela 2. Condutividade do esgoto segundo a concentração de NaCl adicionado

Concentração de naCl (g l-1) Condutividade (µS cm-1)

sem adição 390

0,17 970

0,33 1700

0,50 2300

Uma maior concentração de NaCl no esgoto conduz a um aumento na condutividade e a uma diminuição na tensão oferecida pelo efluente, reduzindo, assim, a quantidade de energia necessária para poder efetuar o processo de eletroflotação (35).

Trabalhando com as concentrações citadas na Ta-bela 2 e aplicando uma densidade de corrente de 13,82 A m-2 (densidade de corrente de trabalho), procedeu-se aos ensaios de eletroflotação. Os resultados são mos-trados na Figura 7.

Como pode ser observado, a tensão registrada pelo esgoto com adição de 0,50 g de NaCl L-1 foi a menor de todas, chegando-se a trabalhar estavelmente em 4,25 V, quase a metade da tensão registrada pelo esgoto

0 5 10 15 20 25 30

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

Tens

ão (V

)

Tempo de Operação (min)

Sem NaCl NaCl = 0,17 g L

-1

NaCl = 0,33 g L-1

NaCl = 0,50 g L-1

Figura 7. Comportamento da tensão em função da concentração de NaCl

0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40 0.45565860626466687072747678808284

% Remoção de DBO5

Concentração Al3+

Vazão (L min-1)

% R

emoç

ão D

BO 5

0,07 L min-1

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

Con

cent

raçã

o A

l3+ (m

g L-1 )

Figura 8. Eficiência na remoção de DBO5 e concentração de Al3+ em função da vazão

Novos ensaios foram realizados, sendo os resulta-dos apresentados na Tabela 3.

Os resultados obtidos em fluxo contínuo são bastan-te parecidos aos registrados em ensaios em batelada, isto é, devido à baixa vazão empregada, que permite que o tempo de contato entre as placas de alumínio com o efluente seja o suficiente para diminuir signifi-cativamente a turbidez, cor verdadeira, sólidos totais e também aumentar significativamente a concentração de oxigênio dissolvido, devido à liberação de microbo-lhas de oxigênio.

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Foi feita também uma determinação de espécies me-tálicas e não metálicas em amostras de EB e EF obtidas do reator operando em fluxo contínuo e, comparadas com os valores estipulados pela Resolução CONAMA No. 357 (28) (Tabela 4).

O efluente estudado apresenta baixas concentra-ções de espécies metálicas e não metálicas no seu estado bruto. Como pode ser observado, as concen-trações de arsênio, cádmio cobalto, cromo e manganês não foram registradas por estarem abaixo do limite de detecção do equipamento.

Já no caso do chumbo, cobre, ferro, estanho, níquel, prata, zinco e alumínio, suas concentrações no EB con-seguiram ser registradas. Porém, só no caso do cobre

e alumínio, estas se encontravam acima dos valores máximos permissíveis estipulados pela Resolução CO-NAMA No. 357 (28), para lançamento de efluentes nos corpos de água. Mas, no caso do cobre, esta concen-tração atende aos valores estipulados para lançamento de efluentes que é de 1 mg Cu L-1 (28).

Mesmo sendo as concentrações iniciais baixas, verificou-se que após o processo de eletroflotação as concentrações das espécies diminuíram. No caso do estanho, níquel e prata a diminuição foi de 18%, 19% e 26%, respectivamente, e no caso do chumbo, cobre e ferro foi de 76%, 97% e 86% respectivamente.

Já no caso do alumínio, a diminuição das concentra-ções iniciais foi de 67%. Esta diminuição permite que

Tabela 3. Comparação das características físico-químicas de amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) por ensaios em fluxo contínuo

Parâmetro Unidade

Valores do EfluenteResolução

COnAMA no. 357 d P C V (%) Remoção (%)EB EF

Min. Max. Média

turbidez ntU 155 3,37 7,1 4,91 até 100 1,60 0,33 96,84

cor Verdadeira mg pt co l-1 143 23 27 24,25 75 1,89 0,08 83,05

oxigênio dissolvido mg o2 l-1 1,8 7,45 9,54 8,07 >4 0,94 0,12 448,331

pH - 6,36 7,28 8,05 7,54 6,0 a 9,0 0,35 0,05 não se aplica

sólidos totais mg l-1 615 53,4 62 58,73 500 3,92 0,07 90,45

D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância • 1: aumento

Tabela 4. Concentração de espécies em amostras de esgoto bruto (EB) e de esgoto eletroflotado (EF) operando em fluxo contínuo, comparada com os limites máximos estipulados na Resolução CONAMA No. 357

EspéciesResolução CONAMA

No. 357 (mg L-1)

Valores do EfluenteD p C V (%)

EB (mg L-1) EF Média (mg L-1)

As 0,033 < LD < LD - -

Cd 0,01 < LD < LD - -

Pb 0,033 0,00546 0,0013 9,57x10-5 0,07

Co 0,2 < LD < LD - -

Cu 0,013 0,01729 0,0005 8,16x10-5 0,16

Cr 0,05 <LD < LD - -

Fe 5,0 0,26880 0,0351 2,58x10-4 0,01

Sn N.E. 0,05824 0,0472 0,001 0,02

Mn 0,5 < LD < LD - -

Ni 0,025 0,00315 0,0025 4,20x10-4 0,16

Ag 0,05 0,00133 0,0007 5,25x10-4 0,54

Zn 5,0 0,02296 0,0234 8,41x10-4 0,04

Al 0,2 0,4354 0,1420 1,91x10-3 0,01D P: Desvio padrão, para 4 amostras • C V: Coeficiente de variância • < LD: Abaixo do limite de detecção • N.E.: Não estipulado

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os valores das concentrações no EF não ultrapassem os valores máximos permitidos.

Passivação e desgaste dos eletrodos

Observou-se uma diminuição leve na tensão registra-da após duas horas de processo eletroflotativo, graças à passivação dos cátodos que no decorrer do processo produzem excesso de OH-, fazendo com que a superfície seja atacada por estes ânions e promovendo a formação de um filme passivo (38). Esta fina camada de óxido de alumínio é formada espontaneamente na presença de oxi-gênio do ar.

Uma forma de evitar tal passivação é aplicar uma den-sidade de corrente inversa nos eletrodos (39). Esta não só ajuda a minimizar os efeitos da passivação, mas também a distribuir homogeneamente o desgaste das placas de alu-mínio. Com tal finalidade, a cada 90 minutos foi realizada a inversão da polaridade no sistema, via fonte retificadora. Tal inversão foi feita invertendo as posições dos contatos das placas de alumínio nos terminais de saída da fonte re-tificadora.

A constante formação do agente coagulante Al(OH)3 deve-se ao constante desgaste dos ânodos de alumínio devido à aplicação de uma diferença de potencial. O cál-culo da massa teórica de alumínio desgastada nos ânodos foi feito a partir da 1° lei de Faraday como observado na equação (7) (26).

W= (7)

Onde:w = Massa de eletrodo desgastado (g)I = Intensidade de corrente (A)t = tempo de tratamento (s)M = Massa molecular do eletrodo de sacrifício (para o Al: M = 27 g mol-1)z = Número de elétrons envolvidos (para o Al: z = 3)F = Constante de Faraday (96485,3415 C mol-1)

Com base na equação (7) foi calculado um desgaste de 15,7 g de alumínio por metro cúbico de esgoto tra-tado. Para evitar que este desgaste se dê unicamente nos ânodos, foi realizada a inversão da polaridade no sistema, assim, o desgaste é distribuído uniformemente em todas as placas.

Lodo gerado no processo de eletroflotação

O lodo gerado no processo de eletroflotação acu-mula-se na superfície do reator e tem de ser removido

para posterior desaguamento. A quantidade de lodo gerado é de 0,16 m3, o qual, depois de ser submetido à secagem pesa 0,368 kg.

Tomando-se como exemplo alguns dados da SA-BESP (40), o consumo médio de água por habitante é estimado em 6,63 m3 por mês. Já o SAAE da cidade de São Carlos estima esse valor em 6,0 m3 por mês. Assu-mindo que cada pessoa ingira 2 L de água por dia, o res-tante seria convertido em esgoto; sendo assim, seriam gerados 5,94 m3 de esgoto por mês por habitante.

Considerando os 0,16 m3 de lodo gerado no pro-cesso de eletroflotação, estima-se que a quantidade de lodo gerado por habitante por mês seja de 0,9494 m3 de lodo eletroflotado.

COnClUSõES

O processo de eletroflotação mostrou-se eficiente no tratamento de esgoto doméstico tanto na escala de bancada ao ser aplicada uma densidade de corrente próxima a 13,82 A m-2, quanto em fluxo contínuo. A comparação dos resultados das análises físico-quími-cas do esgoto eletroflotado com os valores máximos permissíveis estipulados pela Resolução CONAMA No. 357 mostram que as características deste atingem as condições estipuladas para lançamento de efluentes nos corpos de água. O esgoto eletroflotado possui ca-racterísticas físico-químicas semelhantes às estipula-das pela Resolução CONAMA No. 357 para águas do-ces de classe 3.

O aumento da condutividade do esgoto graças à adição de um sal facilita o tratamento e diminui o con-sumo de energia gasta. O espaço físico requerido pelo reator, a facilidade de automação e a pouca manuten-ção que requer o processo de eletroflotação são pon-tos favoráveis que tornam o processo de eletroflotação uma alternativa viável se comparada a outros métodos de tratamento existentes.

O processo de eletroflotação pode ser adotado como sistema de tratamento de esgoto e águas da ges-tão de disposição de resíduos e reuso de águas dos chamados “prédios verdes” que visam à sustentabili-dade das suas construções e ao reaproveitamento dos resíduos gerados nelas.

AGRAdECIMEntOS

Os autores agradecem à CAPES, CNPq e FAPESP pelo auxilio financeiro. Aos profs. Sérgio Spinola Ma-chado do IQSC e Luiz Daniel do EESC da USP São Car-los pelos equipamentos e infra-estrutura prestados.

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APLICAÇÃO DO PROGRAMA JV.NH-1 NA ANÁLISE DA QUALIDADE DO BIODIESEL ETÍLICO DE LIMÃO ROSA, UMA FONTE NÃO CONVENCIONAL

RESUMO

Este trabalho envolveu a caracterização de uma amostra de biodiesel etílico obtido a partir de das sementes de limão rosa (Citrus limonia), em que foi determinado o índice de iodo, índice de acidez e glicerina livre através do JV.NH-1 programa es-crito em Visual Basic 5.0, cujos campos de entrada e saída de dados específicos foram fundamentadas na análise de espectros integrados de RMN de hidrogênio da amostra. Os resultados mostraram que o biodiesel estudado manteve-se dentro das normas definidas pela ANP e que é possível usar o programa JV.NH-1 como uma ferramenta alternativa na análise da qualidade do biodiesel.

Palavras-chave: Limão Rosa. JV.NH-1. Biodiesel. NMR-H1. Visual Basic.

SUMMARY

This work involved the characterization of an ethylic biodiesel sample obtained from Rangpur lime, setting up the iodine value, acidity index and free glycerin through the JV.NH-1 program written in Visual Basic-5.0, whose fields of entry and exit of spe-cific data were substantiated in the integrated hydrogen NMR spectra analysis of the sample. The results showed that the biodiesel studied conform to the standards defined by ANP and it is possible to use the JV.NH-1 program as an alternative tool in analyzing the biodiesel quality.

Keywords: Rangpur Lime. JV.NH-1. Biodiesel. 1H-NMR. Visual Basic.

Seme Youssef Reda¹*,Renato Sossela² eBill Costa³

¹Departamento de Pós-Graduação em Processos Biotecnológicos – Universidade Federal do Paraná

²Departamento de Pós-Graduação em Processos Biotecnológicos – Universidade Federal do Paraná: Centro Politécnico

³Instituto de Tecnologia do Paraná

*Correspondência:E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO

De acordo com Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (1) alguns parâmetros de qualidade devem ser investigados para o biodiesel po-der ser usado em motores do ciclo diesel. Dentre es-ses parâmetros, tem-se o índice de acidez, muito rele-vante para a determinação da qualidade do biodiesel, cujo valor deve ser o menor possível para evitar que a corrosão do motor (2,3), o índice de iodo, que indica o nível de insaturação do biodiesel produzido e quando em níveis elevados, confere à amostra pequena pro-teção nos processos termo-oxidativos resultantes do trabalho do motor (6) e a quantidade de glicerina livre no biodiesel, um resíduo não-desejado do processo de transesterificação, que em concentrações maiores do que o preconizado pela ANP pode obstruir o sistema de

alimentação do motor, além do produto de sua trans-formação no motor, a acroleína, ser tóxica para o meio ambiente (4).

Logo, o cálculo destes parâmetros é de notória re-levância na caracterização da qualidade de qualquer amostra de biodiesel (5). As determinações oficiais atu-ais em uso para se determinar o índice de acidez, índice de iodo e de glicerina livre, utilizam reações químicas, muitas vezes trabalhosos e complexos, que exige rigor na aplicação da metodologia a fim de não reduzir a pre-cisão e exatidão na obtenção dos resultados (7).

Neste trabalho foi utilizado o programa JV.NH-1, com uma nova ferramenta para se determinar alguns parâmetros físico-químicos, com base na ressonância nuclear magnética de hidrogênio, em uma amostra de

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biodiesel, uma fonte não-convencional, para testar o modelo e a qualidade do biodiesel produzido.

MATERIAIS E MÉTODOS

Coleta, preparo e extração do óleo

As amostras de limão rosa (Citrus limonia, O.) fo-ram coletadas em pomar, sendo as sementes extraí-das após extrusão dos frutos, separadas manualmente do bagaço, lavadas com água e colocadas em estufa à temperatura de 50-55°C, até peso constante (72 horas). As sementes foram trituradas em multiprocessador e o óleo das sementes foi extraído com hexano, em extra-tor de soxhlet. O solvente foi removido em evaporador rotatório e o óleo obtido foi analisado (8).

Determinação das propriedades físico-químicas do óleo das sementes de limão rosa (Citrus limonia, O.)

As propriedades físico-químicas do óleo extraí-do das sementes de limão rosa foram realizadas por meio da Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN H1), utilizando-se o programa PROTEUS RMN H1 para nas determinações do índice de iodo, índice de saponificação e peso molecular médio (9). Para o cálculo da acidez do óleo foi utilizado a Equação 1 e a Equação 2: (10)

(1)

Em que:A = Acidez;Ro,a = Relação hidrogênios olefínicos/alifáticos;

(2)

Em que:V = hidrogênios olefínicos;a + b = soma dos hidrogênios alifáticos da molécula de triacilglicerol;

Determinação das propriedades físico-químicas do biodiesel obtido do óleo das sementes de limão rosa (Citrus limonia, O.)

As propriedades físico-químicas dos etil-ésteres de ácido graxo obtidos após a transesterificação fo-ram realizadas por meio da tecnologia de Ressonância

Magnética Nuclear de hidrogênio (RMN H1), pelo pro-grama JV.NH-1, em que as seguintes determinações foram realizadas: índice de acidez (IA), índice de iodo (I.I.)(12) e peso molecular médio (PM)(12) teor de glice-rina livre (GL)(13).

As propriedades físico-químicas da amostra em es-tudo, também foram realizadas pelo método oficial pre-conizado pela AOCS (1985) (2).

Obtenção dos ésteres etílicos por transesterificação

Os ésteres etílicos foram produzidos por tran-sesterificação alcalina do óleo de semente de limão rosa bruto com etanol anidro (p.a), em excesso es-tequiométrico, empregando o hidróxido de potássio (KOH), numa proporção molar etanol: óleo de 12:1 a 0,5% (m/m) de [KOH] a uma temperatura de reação de 65°C por 35 min sob agitação constante. Os tra-ços de etanol excedente ao término da reação foram retirados da fase orgânica por evaporação, aumen-tando-se a temperatura do meio para 80ºC por 15 min. Após essa fase, adicionou-se hexano para se extrair a fase orgânica. O hexano foi removido em evaporador rotatório e o biodiesel recuperado foi seco em sulfato de sódio anidro e utilizado para as determinações físico-químicas.

Determinação quantitativa dos etil-ésteres produzidos (%EE)

A quantidade de etil-éster produzido foi determina-da pela análise do espectro integrado de RMN H1 do biodiesel produzido, dividindo-se o valor da integral em δ 4,2 ppm pelo valor da integral em δ 2,3 ppm, multipli-cando-se o resultado por 100. O resultado foi dado em porcentagem de etil-éster produzido (%EE).

Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio–1 (RMN H1)

As amostras foram dissolvidas em clorofórmio deu-terado e seus espectros de RMN foram registrados em espectrômetro Varian, modelo Mercury-300 MHz, operando no modo FT à temperatura ambiente. Para os núcleos de Hidrogênio-1 foram utilizados os se-guintes parâmetros de aquisição: pulso: 45º, tempo de relaxação: 1,359 s; tempo de aquisição: 3,64s; largura de varredura: 4.120 Hz, largura de linha 0,3 Hz. Foram acumuladas 16 repetições para cada decaimento in-duzido livre (FID).

3.3381a)(Ro, 6.3181a)(Ro, 3.0597A 2 +−= xx

baVaRo,+

=

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do espectro integrado de RMN H1 do óleo das se-mentes de limão rosa (Figura 1) foi possível calcular pelo programa PROTEUS RMN H1, o índice de iodo (I.I), acidez (A), o índice de saponificação (IS) e o peso molecular médio dos triacilgliceróis do óleo extraído, conforme demonstrado na Tabela 1.

Observam-se no espectro da Figura 1, as insatura-ções presentes no óleo vegetal da semente de limão rosa, especificamente em δ 5.40-5.26 ppm, bem como em δ ~2,80 ppm, região dos hidrogênios alílicos inter-nos às insaturações e em δ ~2,20 ppm, região dos hi-drogênios alílicos externos às ligações duplas da molé-cula, conferindo alto grau de insaturação ao biodiesel etílico produzido a partir dessa fonte.

Tabela 1. Análises físico-químicas do óleo vegetal, calculadas pelo programa PROTEUS RMN H1

Análises Físico-químicas calculadas por RMN H1 Resultado

Índice de iodo 101,4309

Índice de saponificação 183,14

Acidez 0,2891

Peso molecular médio 912,9611

Figura 3. Formato geral do programa JV.NH-1

A Figura 2 mostra o espectro integrado de RMN H1 do biodiesel de semente de limão rosa, onde se podem obser-var os deslocamentos característicos referentes aos diver-sos hidrogênios da molécula. No espectro têm-se duas re-giões importantes para os cálculos propostos, assinalados como R (δ 4,2 ppm) e L (δ 5,2 ppm). L é também a região do espectro relativo à insaturação da molécula. Os sinais inerentes a essas regiões do espectro mostram que a in-saturação característica do óleo vegetal que deu origem ao biodiesel em estudo foi transferida ao biocombustível.

Figura 1. Espectro integrado de RMN H1 do óleo vegetal da semente de limão rosa

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Foi possível calcular o índice de iodo, o índice de acidez e a concentração da glicerina livre, além do peso molecular médio na amostra de biodiesel estudada pelo programa JVN-H1, cujo fundamento está na analise dos dados obti-dos do espectro integrado de RMN de hidrogênio.

O programa foi escrito em linguagem Visual Basic-5.0, conforme demonstrado na Figura 3 para se determinar a viabilidade da sua aplicação na determinação de parâme-tros físico-químicos de uma amostra de biodiesel.

O programa calculou automaticamente os valores do índice de iodo, índice de acidez e a concentração de gli-cerina livre por RMN H1 do biodiesel de semente de limão rosa, pela entrada dos dados nos campos determinados no programa.

Assim, no programa é possível identificar os campos relacionados aos valores das integrais do espectro de RMN de hidrogênio da amostra estudada.

No campo “valor de M” foi digitado o valor da soma da integral entre δ 2,3 e 0,5 ppm; no campo “valor de L”, digitou-se o valor da integral em δ 5,2 ppm; no campo “va-lor de R” a entrada foi o valor da integral em δ 4,2 ppm e no campo “valor de a + b” a soma dos valores da integral entre δ 1,0 e 0,5 ppm.

No passo seguinte, os demais valores foram calculados automaticamente pelo programa, iniciando pelo cálculo do valor da relação prótons olefínicos/alifáticos (Ro,a), calcu-lado pelo programa pela aplicação da Equação 3:

(3)

O cálculo da variável integral (r) é a aplicação auto-mática da Equação 4:

(4)

O cálculo do total de prótons (T) é calculado pela aplicação da Equação 5:

(5)

Logo, o peso molecular médio foi calculado segun-do a Equação 6:

(6)

Por fim o valor do índice de iodo (I.I) foi calculado conforme a Equação 7:

(7)

Para o cálculo da acidez da amostra estudada, pri-meiramente foi necessário encontrar o valor da variável Z e a relação Z/prótons alifáticos (Rz,a), aplicando-se para isso as Equações 8 e 9:

(8)

Em que L e R são os valores das integrais em δ 5,2 e δ 4,2 ppm, respectivamente.

(9)

Em que a+b é o valor da integral entre δ 1,0 e 0,5 ppm.

Assim, o valor do índice de acidez calculado pelo pro-grama foi o retorno da aplicação direta da Equação 10:

(10)

Na determinação da concentração de glicerina livre (GL), o programa fez a aplicação da Equação 11, retor-nando ao usuário o valor desse dado.

(11)

Em que L é o valor da integral em δ 5,2 ppm e r é a variável integral previamente calculada pelo programa.

A Tabela 2 mostra os resultados das análises reali-zadas pelo programa e pelo método oficial, bem como a quantidade de etil-ésteres produzidos (%EE) e os li-mites preconizados pela ANP para os parâmetros de qualidade estudados.

Observa-se na Tabela 2 que o índice de acidez e o teor de glicerina livre estão dentro dos limites oficiais determinados, assim como a quantidade de etil-éster

Figura 2. Espectro integrado de RMN H1 do biodiesel etílico da semente de limão rosa

baOaRo,+

=

2Rr =

rr M + L=T +

O 6,005 + T 7,013 + 31,999 =PM xx

PM(r) 100 x 126,904=I.I x

RRLZ −

=

baZaRz,+

=

IA = -301,22 (Rz,a)2 + 17,007 (Rz,a) + 0,5204 [r2 = 0,9520; r = 9757]

92,1r x r LGL −

=

R

L

8 7 6 5 4 3 2 1 0

5,49

5,02

1,84

5,10

7,76

6,26

60,1

4

8,39

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produzido foi satisfatória. Os resultados dos índices de iodo mostraram que a amostra tem alto grau de insa-turação, o que está dentro do esperado, visto que o óleo vegetal que originou o biodiesel revelou essa ca-racterística. Os resultados obtidos pelo programa estão próximos dos obtidos pelo método oficial, embora os resultados do índice de iodo e de acidez estejam dis-cretamente superiores ao método oficial.

Contudo, na determinação por bancada do índice de iodo, algumas ligações duplas podem ter ficado intac-tas mesmo depois de transcorrido o tempo estipulado

para a reação se completar, resultando em um valor li-geiramente menor, o que não ocorreu na determinação do índice de iodo por RMN.

A diferença na determinação do índice de acidez pode estar nas discretas oscilações na aplicação do método de bancada, que acabaram se somando e re-tornando valores discretamente imprecisos.

CONCLUSÃO

A metodologia empregada para a produção de bio-diesel de semente de limão rosa foi satisfatória, medido pela quantidade de etil-ésteres de ácido graxo produ-zidos, mostrando que o processo de transesterificação foi eficiente.

Os resultados obtidos pela aplicação do programa JV.NH-1 para os cálculos do índice de iodo, índice de acidez e teor de glicerina livre no biodiesel de semente de limão rosa, ficaram dentro dos limites preconizados pela ANP, para a qualificação da amostra de biodiesel.

Logo, como os resultados obtidos pelo programa JV.NH-1 ficaram próximos dos resultados obtidos pelo método oficial, isso confirma a possibilidade de aplica-ção do programa como uma ferramenta alternativa na análise da qualidade do biodiesel.

R E F E R ê N C I A S

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Tabela 2. Dados obtidos pelo programa JV.NH-1 e pelo método oficial

Parâmetros calculados

Resultado encontrado pelo

programa JV.NH-1

Método oficial

Limites - ANP

Índice de iodo (I.I) 103,96 102,00 Anotar

Índice de acidez (IA) 0,66 0,60 Até 0,80

Teor de Glicerina livre

(GL)0,012 0,015 Até 0,020

%EE 98,43% - ≥ 96%

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A CASCA DE BANANA COMO BIOADSORVENTE NA REMOÇÃO DE CORANTES TÓXICOS PRESENTES EM EFLUENTES INDUSTRIAIS

RESUMO

Neste trabalho foi avaliada a capacidade do bioadsorvente, casca de banana em remover corantes presentes em efluentes de indústrias têxteis. Este bioadsorvente é útil principalmente devido ao seu reduzido custo e abundância. Os dados demons-traram que a casca de banana conseguiu remover cerca de 90% do corante Verme-lho Congo e 82% da mistura de corantes presentes no efluente da indústria Blink Jeans. Essa elevada adsorção do vermelho congo foi possível devido à combinação dos seguintes parâmetros otimizados: pH da solução do corante vermelho congo – pH 8; tempo de contato de 35 minutos, 2g de massa do adsorvente e concentração de vermelho congo 42 mg/L. Já para a mistura de corantes do efluente industrial, a melhor combinação dos parâmetros otimizados foi: pH da solução do efluente – pH 6, 14g de massa do adsorvente, concentração de vermelho congo de 7mg/L.

Palavras-chave: Vermelho Congo. Adsorção. Casca de Banana.

SUMMARY

In this study was considered the capacity of banana shell as adsorbent to remove dyes proceeding from effluents of textiles industries. This bioadsorbent is useful particularly to its reduced costs and abundance. The statistic gives that banana shell has removed about 90% of dye congo red (CV) and about 82% of mixing seve-ral dyes composition existing in effluents of Blink Jeans factory. This high adsorbing of congo red dye was possible it had only the combination of the following optimi-zed parameters: coloring solution congo red pH = 8; contact time 35 minutes; 2g adsorbing mass and 42mg/L congo red intent solution. To mixing several dyes from the factory effluents the best combination of optimized paremeters was: effluent solution pH = 6; 14g adsorbing mass; 7mg/L congo red intent solution.

Keywords: Congo Red. Adsorption. Banana Shell.

Marciela Belisário1*, Romina Zanarotto2, Aline Sartório Raymundo2, Joselito Nardy Ribeiro1 eAraceli Verónica Flores Nardy Ribeiro1,2

1Laboratório de Pesquisa em Química Aplicada, Prédio Básico do CBM, Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

2Coordenadoria de Licenciatura em Química, Instituto Federal do Espírito Santo - IFES

*Correspondência:[email protected]

INTRODUÇÃO

Muitas indústrias, tais como as de tintas, têxtil, papel e plástico empregam grandes quantidades de corantes na manufatura de seus produtos. Pelo fato deste pro-cesso necessitar de um volume substancial de água, o resultado é a geração de uma quantidade conside-rável de efluentes contaminados com corantes (CRINI, 2005). Na indústria têxtil, o alto consumo de água é proveniente das operações de lavagem, tingimento e acabamento dos tecidos (IMMICH, 2006). Os efluentes gerados nesses processos, se não tratados convenien-

temente antes de serem lançados nos corpos d’água, são capazes de atingir reservatórios e estações de tra-tamento, podendo provocar sérios problemas de saúde pública (IMMICH, 2006), uma vez que muitos corantes são altamente carcinogênicos e mutagênicos (MALL et al., 2005). Além disso, a contaminação de rios e lagos com estes compostos restringe a passagem de radia-ção solar, diminuindo a atividade fotossintética natu-ral e provocando graves alterações na biota aquática (GUARATINI & ZANONI, 2000). Alguns corantes têxteis

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como o vermelho congo, podem provocar o apareci-mento de alergias, dermatites e tumores (LIMA, 2004; PAVAN et al., 2007; LL et al., 2005).

Devido aos graves problemas gerados pela presença inadequada de corantes no meio ambiente nos últimos anos, medidas governamentais têm sido adotadas com a finalidade de assegurar que indústrias têxteis tratem seus efluentes, minimizando assim o impacto ambien-tal causado por esses poluentes (ANJANEYULU et al., 2005). Deste modo, o desenvolvimento de tecnologias adequadas para tratamento destes rejeitos torna-se extremamente necessário (HOLME, 1984). Dentre tais tecnologias destaca-se o processo de adsorção de po-luentes por adsorventes sintéticos (FERREIRA, 2006) e bioadsorventes (BRASIL et al, 2007; CRISAFULLY et al, 2008). O processo de adsorção consiste em ligar/reter moléculas ou íons em superfícies sólidas. Devido às dife-rentes forças de interações envolvidas no fenômeno de adsorção este é comumente distinguido em adsorção física (fisissorção) ou química (quimissorção). Adsorção física ou adsorção de Van der Waals é um fenômeno re-versível. A fisissorção é o resultado de forças intermole-culares de atração relativamente fracas entre as molécu-las do sólido e a substância adsorvida (MEZZARI, 2002). Os dados de uma adsorção física podem ser expressos, muitas vezes, por meio de uma equação empírica. As equações mais comuns são as isotermas de adsorção de: Freundlich e Langmuir (FOUST et al., 1982). Já a ad-sorção química é o resultado da interação química entre o sólido e a substância adsorvida. O processo é frequen-temente irreversível. Na quimissorção as forças de intera-ção adsorbato-adsorvente são relativamente superiores quando comparadas às forças observadas na adsorção física (TEIXEIRA, 2001; MEZZARI, 2002).

A adsorção tem sido considerada superior a outras técnicas para reuso de água em termos de custo inicial, flexibilidade, simplicidade de projetos e facilidade de operação. Contudo, o primeiro passo para um proces-so de adsorção eficiente é a escolha de um adsorvente com alta seletividade, alta capacidade, longa vida e que esteja disponível em grandes quantidades e a um bai-xo custo (FIGUEIREDO et al., 2000). O carvão ativado é o adsorvente mais comumente utilizado (PERUZZO, 2003). No entanto, o seu elevado custo, considerando as grandes quantidades de efluentes a serem tratados, estimula estudos e emprego de adsorventes naturais. Tais adsorventes geralmente possuem custo signifi-cativamente inferior, quando comparados com carvão ativado e costumam estar disponíveis em abundância (VIRARAGHAVAN & FLOR, 1998; FERNANDES, 2005). Entre os adsorventes naturais mais estudados desta-

cam-se: celulose (NAWAR & DOMA, 1989), vermiculita (SILVA et al., 2005), pó de madeiras (SHUKLA et al., 2002), casca de arroz (FOLETTO et al., 2005), bagaço de cana-de-açúcar (SILVA et al., 2007) e quitosana (KI-MURA et al., 1999).

A casca de banana também apresenta um grande potencial como bioadsorvente; estudos demonstraram sua eficiência no tratamento de efluentes radiotóxicos em que o índice de remoção de íons de urânio chegou a 65% (IPEN, 2008). Considerando-se que o Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana e também o maior consumidor, existe uma grande abundância deste adsorvente natural no país (EMBRAPA, 2007). Este traba-lho teve como objetivo avaliar a potencialidade da casca de banana como adsorvente natural para remoção do corante têxtil Vermelho Congo (VC) e de uma mistura de corantes contidos no efluente da indústria Blink Jeans, situada no pólo industrial de Vila Velha (ES).

PARTE EXPERIMENTAL

Materiais e equipamentos

Foram utilizados os seguintes equipamentos: ba-lança (Shimadzu AY220, Brasil), potenciômetro (Lutron pH-206, Brasil), espectrofotômetro Vis (Bioespectro SP-220, Brasil), estufa de secagem (Quimis), placa agi-tadora (Biomixer 78HW-1, Brasil), colunas de percola-ção de vidro 3,0 x 72 cm (Roni Alzi), vidrarias comuns de laboratório de química.

Reagentes e amostras Foram utilizados reagentes de grau analítico e todas

as soluções foram preparadas utilizando água destilada. Destacam-se: corante Vermelho Congo (Vetec, Brasil), amostra de efluente real (disponibilizado pela indústria têxtil Blink Jeans, localizada no pólo de confecções da Glória, Vila Velha. E.S.), ácido clorídrico (Vetec, Brasil), hidróxido de sódio (Dinâmica, Brasil) e casca de banana obtida de produtores do estado do Espírito Santo.

MéTODOS

Em todas as etapas de otimização, as amostras fo-ram filtradas e analisadas em espectrofotômetro UV/Vis a 500 nm. Para determinação do teor de corante retido no material adsorvente foi empregada a curva de cali-bração. O material retido no adsorvente foi armazenado em local adequado para posterior descarte. Todas as amostras foram avaliadas em triplicata.

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Preparo do material adsortivo

As cascas foram cortadas em pedaços de aproxi-madamente 0,5 cm de comprimento e secas em estufa durante 24 horas a 50°C. Em seguida foram trituradas em gral de vidro e acondicionadas em frascos hermeti-camente fechados.

Teste da umidade do adsorvente

Pesou-se uma massa de 3,0 g de casca de banana e triturou-a até obtenção de partículas menores ou iguais a 1,19 mm, em seguida colocou-a na estufa a 70ºC. O valor dessa massa foi monitorado em intervalos de 60 minutos, após resfriamento em dessecador. Esse procedimento foi repetido até obtenção de uma massa de 2,847 g, que se manteve constante nos intervalos seguintes.

Otimização das variáveis pH e tempo de contato

Para esta etapa foram preparadas soluções conten-do corante VC na concentração de 7 mg/L em diferen-tes pHs (3, 4, 6, 8 e 10). Em cada uma destas soluções, a um volume de 50 mL, foram adicionados 5 g de cas-ca de banana triturada (CBT). A mistura foi mantida em agitação magnética, a 200 rpm, durante diferentes tem-pos de contato (5, 20, 35 e 60 minutos).

Otimização da massa do adsorvente

Para este ensaio foram pesadas diferentes massas da CBT (2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14 g). A cada uma dessas massas foram adicionados 50 mL da solução de VC 7 mg/L em pH 8. Em seguida a mistura foi colocada em agitação durante 20 minutos, a 200 rpm.

Otimização da concentração do corante

Para otimização da concentração do corante foram preparadas soluções em pH 8 contendo diferentes con-centrações de VC (3, 5; 7, 14, 24, 42, 56, 70; 84; 98; 112; 126; 140; 175; 210; 245 e 280 mg/L). Em 50 mL de cada uma dessas soluções foram adicionadas 2 g da CBT. Estas misturas foram agitadas magneticamente (a 200 rpm) durante um tempo de contato de 20 minutos.

Obtenção das isotermas de adsorção

Foi empregado o modelo de isoterma de Langmuir, que considera que a superfície do sólido é constituída por um número finito de sítios de adsorção nos quais as

moléculas do corante ficam adsorvidas. Este modelo é um dos mais utilizado para verificação gráfica da quan-tidade máxima de corante adsorvida em uma determi-nada massa do adsorvente.

Para a construção da isoterma de Lagmuir utilizou-se os dados obtidos na etapa de otimização da con-centração do corante VC.

Otimização da massa do adsorvente em colunas de percolação

Para este processo foram adicionadas diferentes massas da CBT (2 ; 4; 6; 10 e 14 g) em colunas de percolação. Posteriormente, em cada coluna de perco-lação, foram percolados 50 mL de solução contendo 7 mg/L de VC em pH 8,0. Esta etapa teve como objetivo verificar a capacidade de retenção de VC por parte da CBT, em uma situação de vazão do efluente.

Tratamento de efluente industrial enriquecido com vermelho congo

Amostras reais de efluente têxtil contendo o corante VC foram testadas para verificar a eficácia do processo otimizado. Para essa etapa foi empregado o efluente em pH 6,0 da indústria têxtil Blink Jeans, enriquecido com o corante VC na concentração de 7mg/L. Nas co-lunas de percolação contendo as massas otimizadas, foram percolados 50 mL do efluente enriquecido, em-pregando a vazão total (87 mL/min.) Para determinação do teor de corante retido no material adsorvente, fez-se o perfil do espectro de absorbância de ambas as soluções e posteriormente empregou-se a absorbância máxima do efluente in natura (670 nm) e do efluente enriquecido (500 nm). O cálculo da porcentagem de remoção dos corantes foi realizado comparando-se as absorbâncias dos corantes antes e depois do efluente passar pela coluna de percolação. Optou-se pelo pH natural do efluente para viabilizar o tratamento por par-te da empresa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Teste da umidade do adsorvente

Por meio dos resultados obtidos nesta etapa, pode-se concluir que a casca de banana utilizada nos expe-rimentos possui cerca de 4,49% de água e 95,51% de outros constituintes em sua estrutura. Portanto, a casca de banana mostrou-se como um adsorvente com baixa umidade, o que proporciona uma boa adsorção, já que

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a maioria dos sítios ativos não estaria sendo ocupada por um excesso de moléculas de água (LEAL, 2003).

Otimização do pH e tempo de contato

A Figura 1 revela que em pH 8 ocorre maior adsorção (aproximadamente 75%) de VC pela CBT, ao contrário do que se observa em pH 6,0 (aproximadamente 30%).

De acordo com Peruzzo (2003), a adsorção de co-rantes por alguns adsorventes naturais é mais eficiente em valores de pH tendendo a básico. Isto pode ser ex-plicado pela presença de maior concentração de cátions H+ em valores de pHs ácidos. Neste caso, os prótons competiriam, com o corante protonado pelos sítios car-boxílicos e carbonílicos disponíveis na superfície destes adsorventes. Estes íons H+ ligados aos grupos que con-tém oxigênio no interior do adsorvente proporcionariam sítios ideais para a formação de aglomerados adsorvidos de água por pontes de hidrogênio, diminuindo assim os sítios disponíveis para a adsorção do corante.

Nota-se também na Figura 1, que a melhor adsorção ocorre nos tempos de 35 e 60 minutos (pH 8,0). Portan-to, como as indústrias buscam reduzir seus custos e oti-mizar seu tempo de produção, optou-se pela utilização do menor tempo de contato (35 min.) para realização das outras etapas do trabalho. Nesta etapa foram definidos os parâmetros: pH da solução do corante (pH 8,0) e tem-po de contato de VC com a CBT (35 minutos).

Otimização da massa do adsorvente

Nesta etapa foram fixados os parâmetros pH 8,0 e tempo de contato 35 minutos, variando-se apenas a

massa da CBT no processo adsortivo. A Figura 2 revela que com 2,0g de CBT obtém-se a melhor porcentagem de adsorção de VC (65 ± 3,7%).

Tsai e colaboradores (2008), em estudos utilizando casca de ovo como adsorvente na remoção de corantes, demonstrou que a medida que aumentava-se a massa do adsorvente, diminuia-se a porcentagem de adsorção do corante ácido laranja 51. No entanto, os autores não explicaram o motivo desse comportamento.

Supõe-se que as forças de interação entre o VC e a CBT sejam fracas, assim a agitação e o acréscimo de massa do adsorvente promoveram o fenômeno de adsorção-dessorção que resultou na ligeira queda da porcentagem de adsorção desse corante.

Otimização da concentração do corante

A determinação da concentração do soluto é im-portante uma vez que uma dada massa de adsorvente pode adsorver somente uma quantidade limitada de corante. Portanto, quanto maior a concentração inicial da solução, menor será o volume que uma dada massa de adsorvente pode purificar (SOARES, 1998).

Com os parâmetros citados anteriormente já otimi-zados e fixados (pH 8, tempo de contato 35 min., massa de CBT 2g) foram avaliadas diferentes concentrações do corante VC a fim de se obter a concentração de sa-turação (CS). A CS indica a concentração na qual ocor-re a maior adsorção do corante (JORDÃO et al, 2000).

Os resultados desta avaliação apresentados na Figu-ra 3 revelam que a maior adsorção de VC por CBT ocor-re a partir de 30 mg/L deste corante, a qual representa a CS. Segundo Tsai e colaboradores (2008) esse resultado

Figura 1. Porcentagem de adsorção do VC em função do tempo de contato

Figura 2. Porcentagem de adsorção do VC (pH 8,0; tempo 35 min.) em função da massa do adsorvente

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está atribuído ao número fixo de sítio adsortivos dado pela massa do adsorvente. Assim à medida que se aumenta a concentração do corante, aumenta-se a porcentagem de adsorção até que a CS seja atingida e todos os sítios adsortivos fiquem ocupados, a partir desse momento a re-moção do corante torna-se praticamente constante.

Construção das isotermas de adsorção

A Isoterma de Adsorção é a relação entre a quanti-dade adsorvida e a concentração do adsorvente na fase fluida a uma determinada temperatura (SUZUKI, 1990). A partir dela obtém-se a capacidade máxima de adsor-ção que indica a massa de poluente retida por grama do adsorvente (SOARES, 1998). Existem diversos mo-delos de isoterma, as mais comumente adotadas são de Langmuir e Freundlich (TSAI et al., 2008).

A equação de Langmuir pode ser linearizada cons-truindo-se o gráfico de Ceq/ qe vs Ceq (NAMASIVAYAM & SUMITHRA, 2005), ilustrado na Figura 5. A partir do qual, pode-se obter a equação da reta (y= 0,6244+0,49981 * X) e o seu coeficiente angular (0,6244), que permite calcular Qo. A capacidade máxima adsortiva da CBT foi de 2 mg/g, isso indica que cada grama da CBT retém 2 mg do VC.

Mall e colaboradores (2005) utilizando carvão ativa-do comercial e laboratorial na remoção de VC de solu-ções aquosas, obtiveram os seguintes Qo, 0,635 mg/g e 1,875 mg/g, respectivamente.

Tor & Cengeloglu (2006) em experimentos utili-zando resíduo de lama vermelha como adsorvente na remoção de VC obtiveram uma capacidade adsortiva (Qo) de 4,05 mg/g.

Figura 3. Porcentagem de adsorção do VC (pH 8,0; massa de CBT 2g, tempo de contato 35 min.) em função da concentração do corante

Figura 4. Isoterma de Lagmuir para o Vermelho Congo

Figura 5. Isoterma de Langmuir Linearizada para o Vermelho Congo

A partir dos dados obtidos anteriormente, elaborou-se a isoterma de adsorção, segundo o modelo de Lang-muir (PEREIRA & ARRUDA , 2003). A isoterma de Lang-muir (Figura 4) é representada pela seguinte equação (TOR & GENCELOGLU, 2006):

Ceq/qe = 1/Qob + Ceq/Qo

Em que Ceq é a concentração de equilíbrio da solu-ção do VC (mg/L) (TOR & GENCELOGLU, 2006), qe é a quantidade de corante adsorvida no equilíbrio (NAMASI-VAYAM & SUMITHRA, 2005), Qo é a capacidade adsor-tiva do adsorvente (mg/g) e b é a constante de adsorção de Langmuir (L/mg) (TOR & GENCELOGLU, 2006).

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A CBT apresenta uma capacidade adsortiva rele-vante, quando comparada aos resultados apresenta-dos a cima para remoção do VC. Isso torna viável sua aplicação em estações de tratamento de efluentes con-taminados com VC.

Otimização da massa do adsorvente em colunas de percolação

A Figura 6 mostra que com uma massa de 14,0g de CBT obtém-se uma porcentagem de adsorção de apro-ximadamente 90%. Os experimentos utilizando a colu-na de percolação foram fundamentais, pois simulam o comportamento real em uma estação de tratamento de efluentes industriais (PERUZZO, 2003).

Segundo alguns autores, o aumento da massa do adsorvente promove o aumento da porcentagem de remoção do adsorbato. Isso é esperado, pois se au-mentando a massa do adsorvente, aumenta-se o nú-mero de sítios adsortivos para ligação do corante (TOR & CENGELOGLU, 2006; TSAI et al., 2008).

Tratamento de efluente industrial enriquecido com vermelho congo

De acordo com a Figura 7 a adsorção do efluente enriquecido com vermelho congo (7mg/L) em pH 6 foi eficiente. Os resultados mostraram que a remoção de VC foi de 76,34% e a remoção dos outros corantes, foi de 82,16%.

Figura 6. Porcentagem de adsorção do VC em colunas de percolação em função da massa

Figura 7. Porcentagem de remoção do corante Vermelho Congo e do efluente industrial

Considerando os resultados obtidos, nota-se que a cas-ca de banana promoveu uma remoção eficaz do corante VC e também de outros corantes presentes no efluente da Indústria Blink Jeans. Isso é vantajoso, pois os efluentes do setor têxtil geralmente apresentam mais de um tipo de corante em sua composição (MELO, 2005).

CONCLUSÃO

De acordo com os testes apresentados, verificou-se que a casca de banana apresenta viabilidade como material adsortivo no tratamento de efluentes têx-teis contendo o corante vermelho congo. Esse pro-cesso mostrou-se como uma alternativa promissora do ponto de vista econômico e ambiental, uma vez que o emprego de resíduos agrícolas no tratamento de efluentes líquidos, principalmente como materiais adsorventes alternativos é extremamente vantajoso, pois além de remover os contaminantes de efluentes, pode também contribuir para minimizar os impactos ambientais causados pela disposição inadequada destes resíduos.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Fundação de Apoio à Ci-ência e Tecnologia do Espírito Santo (FAPES), à FUN-CEFETES pelos recursos financeiros e pelas bolsas concedidas e à Indústria Têxtil Blink Jeans pelo forneci-mento do efluente têxtil.

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ESTUDO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS (HPAS) EM MATERIAL PARTICULADO ATMOSFÉRICO DE ÁREAS URBANAS DE GOIÂNIA/GORESUMO

A emissão de poluentes na atmosfera expõe, muitas vezes, a população de forma direta e/ou indireta a inúmeras substâncias tóxicas gasosas ou adsorvidas em material parti-culado atmosférico. Neste trabalho estudou-se a composição de HPAs presentes em amostras de material particulado atmosférico proveniente de Goiânia (GO). Os HPAs foram submetidos à extração por Soxhlet e SFE, comparando-se a eficiência e sele-tividade dos dois métodos sob diferentes solvente/fluido extrator. Os extratos foram analisados por GC-MS, o que permitiu a identificação de vários compostos, principal-mente derivados de biftalatos nos extratos. Nos extratos os HPAs ocorreram em nível de traços e o melhor solvente para extração foi o diclorometano nos dois sistemas de extração, sendo esse solvente bastante seletivo, pois em ambos os sistemas extraiu oito dos nove HPAs estudados. No entanto, o SFE apresentou a vantagem de menor tempo de extração e menor volume de solvente. As quantidades de material particulado atmosférico presente nas amostras analisadas estavam à cima da permitida pela Legislação Brasileira (CONAMA), fato esse relaciona-do provavelmente com o período de coleta ser predominantemente na época de seca, sendo que nesse período ocorre no cerrado brasileiro muitas queimadas, outro fator importante é a direção dos ventos e as fontes móveis, pois em ambos sítios de amos-tragem ocorre um intenso fluxo de veículos automotores.

Palavras-chave: HPA´s. SFE. Material Particulado.

SUMMARY

In this work, it was performed composition of HPAs hereby in particulate matter’s sam-ples of atmosphere in an urban area (Goiânia, Brazil).The PAH’s was subjected on So-xhlet and SFE extraction, equalizing in efficiency and in selectivetly at the two method about differents solvent/fluid extractor systems.The extracts was analysed by GC-MS, that permited the identification of several components, especially variations of phtalatos in the extracts. In the extracts, the PAH’s, occurred in trace level and the best solvent for extraction was the methylene chloride in the two systems of extraction, this solvent being great selective, in the both systems extracted eight of the nine studied’s HPAs. But, the SFE brought the advantage of least time of extraction and lower solvent volume. The amounts of in litle material atmospheric gift in the analyzed samples were above of the allowed one for Brazilian Law (CONAMA), fact this related probably with the period of collection to be predominantly at the time of dry, being that in this period it occurs in the Brazilian open pasture many forest fires, another important factor are the mobile direction of the winds and sources, therefore in both small farms of sampling an intense flow of automachine vehicles occurs.

Keywords: PAHs. SFE. Particulate Mattter´s.

Eliane da Costa Vilela*,Eudécio Bonfim dos Santos Dias e Pedro Henrique Ferri

Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia

*Correspondência:E-mail: elicosta@química.ufg.br

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INTRODUÇÃO

A poluição do ar é causada pela presença de par-tículas totais em suspensão e de gases tóxicos, como dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio etc. (11). Assim, portanto, sendo um assunto de interesse mundial devido às suas influências na saúde humana (2,3). A contaminação do ar e os esforços para mantê-lo sob controle não são fenômenos recentes. Relatos revelam que, no século XIII, o rei Eduardo II da Inglaterra proibiu em Londres a queima de certos materiais que em sua combustão emitiam gases altamente tóxicos (4).

A emissão de poluentes na atmosfera muitas ve-zes expõe a população de forma direta e/ou indireta a inúmeras substâncias tóxicas. Essas emissões são essencialmente relevantes em áreas de grande fluxo populacional devido à contiguidade entre pessoas e as fontes de emissões que podem ser naturais ou antro-pogênicas (3,5,6).

Dentre os poluentes atmosféricos encontramos traços de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) que são substâncias carcinogênicas e/ou mu-tagênicas, os quais são emitidos por fontes biogê-nicas e antropogênicas (6,7), esses compostos são encontrados com maior facilidade em atmosferas de centros urbanos (9,10). Os HPAs estão associa-dos principalmente a partículas submicrométricas - fração do material particulado respirável (< 0,7 µm) que persiste na atmosfera entre 100 a 1000 horas, na ausência de deposição úmida. Os HPAs podem ser encontrados na fase vapor e/ou particulada, cuja dis-tribuição depende da pressão de vapor do HPAs e da temperatura ambiente. Os materiais particulados urbanos com pressão de vapor de 1.10-5 kPa estão na fase vapor e os de pressão de vapor menores que 1.10-9 kPa estão na fase particulada; em aerossóis de ar limpo correspondem a 1.10-6 kPa para fase vapor e 1.10-10 kPa para a fase partículada. Em termos de estruturas, a 25ºC, HPAs com três anéis condensados se encontram na fase vapor, com quatro e cinco anéis em ambas as fases e com seis ou mais praticamente na fase partícula. Em temperaturas mais baixas ha-verá um aumento dos HPAs na fase partícula e uma possível redução na degradação química. Portanto, encontram-se mais HPAs associados ao material par-ticulado no inverno do que no verão.

Estes compostos infiltram-se nas vegetações, solos, rios, lagos e oceanos através dos processos de depo-sição úmida e seca. O processo de deposição seca compreende a difusão, compactação e sedimentação,

depende da forma e tamanho das partículas sobre os quais os HPAs estão adsorvidos, velocidade do vento, atrito atmosférico, peso molecular e polaridade da mo-lécula. O processo de deposição úmida é influenciado pelo tipo de tempestade (chuva, nevada) e outros parâ-metros meteorológicos (8).

Uma forma de controlar esses compostos na atmos-fera é localizar as fontes de emissão. Nas metrópoles a poluição que ocorre na atmosfera é ocasionada ba-sicamente por duas fontes: estacionárias e móveis. As fontes estacionárias são produzidas pelas chaminés das fábricas, pela queima de óleo bruto nas indústrias e postos de combustíveis. As fontes móveis são gera-das pelos diversos sistemas de transporte que usam combustíveis fósseis, dos quais os caminhões, ônibus e automóveis são os mais significativos (2,9,10,11).

Outras fontes de emissões são as queimadas nos canaviais, nas matas e os fornos das carvoarias (12,13). A queima nos aterros sanitários e o processo de com-pactação e cobertura parcial do lixo também produzem poeiras suspensas nestas áreas (14). Estudos mostra-ram que a poluição atmosférica em países desenvolvi-dos causou milhares de mortes e prejuízos de bilhões de dólares devido às despesas com medicamentos (4).

Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo investigar os melhores sistemas de extração de HPAs presentes em material particulado atmosférico.

MATERIAL E MÉTODOS

Todos os reagentes utilizados neste trabalho foram de grau analítico (Merck), com exceção do diclorome-tano (UV - HPLC, Grupo Química).

Para obtenção dos extratos dos HPAs foram utiliza-dos o Extrator de Fluido Supercrítico, no modo estático, desenvolvido e construído no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQ-USP/SC), e o extrator de Soxhlet, com capacidade de 250 mL.

A concentração dos extratos orgânicos foi realiza-da em evaporador rotativo Micronal, modelo E 300, acoplado a uma bomba de vácuo da Tecnal, modelo TE - 058, na temperatura de 45ºC.

As análises de espectrometria de massas foram de-senvolvidas no Laboratório de Bioatividade Molecular do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ-UFG) em um GC-MS da Shimadzu, modelo QP 5050A, nos modos SCAN e SIM.

A amostra de material particulado foi coletada pelo Amostrador de Grande Volume do tipo Hi-Vol PTS, da Agência Ambiental de Goiás, marca Energética, em fil-tro de fibra de vidro (marca E100, do tipo P.A. da Ener-

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gética), com 78 g/m2; 0,32 mm de espessura; com 1,8 µm de retenção de partícula líquida; com 18 segundos de escoamento d’água (tempo para filtragem de 1 litro de água deionizada a 20ºC através de um filtro de 9,6 cm2 em um vácuo de 300 mmHg); com 99,9% de efi-ciência e 32 mmH2O/5 cm/s de queda de pressão, em conformidade com a Norma Reguladora NBR 9547/86 da ABNT para determinação da concentração total de material particulado atmosférico através do método de amostrador de grande volume.

O filtro foi pesado antes e após a coleta com preci-são de 0,1 mg. Antes da pesagem, o filtro foi armaze-nado em um dessecador a uma temperatura entre 15-35ºC, e umidade relativa inferior a 50%, por 24 horas. Foi definido um sítio de amostragem, instalado pela Agência Ambiental do Estado de Goiás: sendo pró-ximo ao Terminal Isidória, Setor Pedro Ludovico em Goiânia/GO. Com a seguinte localização georeferen-cial S 16º 42’ 8,71”; W 49º15’ 2,00”. A Figura 1 repre-senta o mapeamento da região urbana de Goiânia e o sítio de amostragem em tamanho menor.

As extrações de HPAs foram realizadas com um único filtro de amostragem coletado no dia 16 de ou-tubro de 2004 do sítio de amostragem do Terminal Isidória.

O procedimento de lavagem de vidraria para análise dos HPAs foi feito com Extran (Merck). Em seguida, pesou-se cerca de 200 mg do filtro de amostragem, transferindo-o para o extrator de Soxhlet. Acrescentou-se 250 mL de cada solvente, e procedeu-se a extração sob aquecimento, du-rante oito horas, mantendo para cada uma das extrações as temperaturas ideais, os solventes utilizados foram eta-nol, metanol, diclorometano e diclorometano:acetona(1:1). Após o período de extração, cada extrato foi submetido ao evaporador rotativo e, posteriormente, armazenado em um frasco de vidro âmbar de 10 mL a 5ºC.

Para as extrações dos HPAs por SFE, pesou-se cer-ca de 200 mg do filtro de amostragem, transferindo-o para a cela do extrator. Adicionou-se 30 mL do fluido extrator à cela, fechando-a em seguida. O sistema foi pressurizado com nitrogênio à pressão supercrítica do fluido extrator. Foram usados os seguintes fluidos

Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Goiânia-GO e localização do sítio de amostragem do Terminal Isidória

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extratores:etanol, metanol, diclorometano e a mistura diclorometano:acetona (1:1) com as respectivas tem-peraturas e pressões críticas 270ºC e 7,8MPa, 270ºC e 8,0MPa, 237ºC e 6,0MPa, 236ºC e 5,5 MPa. Em segui-da, colocou-se a cela no forno pré-aquecido à tempe-ratura supercrítica, mantendo-o sob agitação por uma hora. Após a remoção da cela cada extrato foi filtrado e lavado com o mesmo solvente utilizado na extração e concentrado sob fluxo de nitrogênio, sendo armazena-do em vidro âmbar a 5ºC.

A caracterização dos HPAs foi realizada através da técnica GC-MS nos modos SCAN (varredura) e SIM (monitoramento do íon seletivo).

Foram injetados três grupos de três padrões em cada varredura e, intencionalmente, os isômeros foram injetados em grupos separados. Nas seguintes con-dições de análise: coluna 5% fenil, 95% metilpolisilo-xano (CBP-5) (Shimadzu) (30,0m x 0,25mmx 0,25µm), temperatura do injetor 270ºC, temperatura do detector 300ºc, gás de arraste He; 1,0mL/min, volume da amos-tra 0,2µL com a programação 60-270ºC a 5ºC/min e o modo de injeção “split” 1:20. Os padrões utilizados fo-ram naftaleno(m/z 128), acenafteno (m/z 153), fluoreno (m/z 166), fenantreno (m/z 178), antraceno (m/z 178), fluorenteno (m/z 202), pireno (m/z 202), criseno (m/z 228), benzo(g,h,i)perileno (m/z 252).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não obstante, neste trabalho tornou-se interessante comparar a capacidade de extração de HPAs em mate-rial particulado atmosférico nos métodos convencional e SFE utilizando o modo estático, verificou-se as van-tagens e limitações dos métodos de extração de HPAs em material particulado atmosférico.

Os mesmos solventes foram utilizados para ambos os métodos, permitindo a comparação da eficiência de extração em termos da quantidade extraída, tem-po de extração e rendimento global. Após análise pela técnica de GC-MS-SIM se observou que os extratos provenientes das técnicas de Soxhlet e SFE possuem semelhanças qualitativas, apesar de apresentarem relativamente, algumas diferenças significativas. Esse mesmo procedimento foi previamente utilizado por Assis (14) e por Matta (15) na extração de HPAs em sólidos ambientais cujos resultados evidenciaram o potencial extrativo superior da SFE em relação à ex-tração por Soxhlet. Na análise dos extratos por Assis (14) a comparação das metodologias demonstrou que a SFE fornece os melhores rendimentos de extração para todas as classes (AHs, HPAs e PACs) e, depen-

dendo das condições empregadas, também podendo ser muito seletiva.

Para Matta (15), a extração de HPAs em sistema Soxhlet é amplamente utilizada em estudos de amos-tras de sólidos ambientais. Vasconcellos et al. (14) uti-lizaram Soxhlet para extração de HPAs presentes no material particulado da atmosfera Amazônica. Também Vasconcellos et al. (16) também utilizaram esse método de extração para analisar HPAs em material particulado da atmosfera de São Paulo.

Para a identificação o GC-MS apresentou a vanta-gem de fornecer informações estruturais para muitos dos componentes responsáveis pelos picos cromato-gráficos e capacidade de identificá-los a níveis de tra-ços. Em cada varredura do MS resulta uma série de valores de m/z e abundâncias, que são armazenadas no computador. O cromatograma gasoso reconstituído é rotineiramente denominado de cromatograma iônico total (TIC). O TIC apresenta graficamente todos os pi-cos eluídos por GC.

A vantagem desta técnica é que pela escolha corre-ta dos valores de m/z a serem expressos graficamente, seletivamente é realizada uma análise de compostos específicos ou classe de compostos, possibilitando as-sim, a identificação.

O uso de cromatogramas iônicos pode ser muito im-portante para a identificação se os íons característicos forem selecionados. Obtendo-se um pico para a mas-sa correta e tempo de retenção para um determinado composto específico será forte a evidência a presença deste composto na amostra.

Por GC-MS foi obtido o padrão de fragmentação de cada composto e também seus tempos de reten-ção, Figura 2.

A análise dos extratos de HPAs pelo método GC-MS-SCAN permitiu detectar os componentes majoritá-rios do material particulado atmosférico através de seus fragmentogramas de massas e dos tempos de retenção no cromatograma.

Figura 2. Perfil cromatográfico da mistura de padrões de HPAs por GC-MS-SCAN

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Este experimento pelo modo SCAN mostra a pre-sença majoritária de ftalatos (metila, etila, n-octila) na amostra de material particulado atmosférico por nós estudado. Nos cromatogramas por GC-MS-SCAN não foi possível a identificação HPAs nos extratos, contudo, podem-se observar vários picos espaçados uniforme-mente característicos de série homólogas de compos-tos alifáticos, tais como hidrocarbonetos.

Zamperlini (8) descreveu sobre a interferência de fta-latos em seus extratos durante a investigação de HPAs na fuligem proveniente da queima de cana de açúcar. Também, Vasconcellos et al. (14) observaram em extra-tos do material particulado da atmosfera da Amazônia a presença de ftalatos entre outros compostos, con-firmando a idéia que esses compostos podem ser en-contrados em zonas remotas. Tsapakis et al. (17) tam-bém observaram a presença de ftalatos em amostras atmosféricas em centros urbanos. Em adição, Souza e Carvalho (18) descreveram a presença de ácidos car-boxílicos em material particulado atmosférico em dife-rentes ambientes.

Várias atividades antropogênicas originam os ácidos carboxílicos na atmosfera como processos de com-bustão, tais como a queima de combustíveis, a quei-ma de vegetação e a incineração de matéria orgânica. As fontes móveis (veículos automotores) liberam para a atmosfera diferentes ácidos orgânicos, essa taxa de emissão depende da quantidade e tempo de uso des-ses veículos que circulam diariamente. Também segun-do Matta (15), ocorre ozonólise com os HPAs forman-dos quinonas e ácidos ftálicos.

O cromatograma (Figura 3) obtido por GC-MS-SCAN apresenta os picos dos vários compostos presentes no extrato etanólico obtido por Soxhlet.

Através das análises dos cromatogramas por GC-MS-SCAN, pode-se concluir que as concentrações de HPAs nos extratos provavelmente eram baixas, portanto não sendo detectáveis por esta técnica. Esta dificuldade também foi encontrada por Assis (14), no qual a identifi-cação de HPAs em baixa concentração em carvão mine-ral foi dificultada devido à presença de ftalatos.

A alternativa encontrada foi a análise dos HPAs por espectrometria de massas usando o monitoramento de íons seletivos (SIM). Foram feitas quatro janelas, nas quais foram monitorados nove íons. O monito-ramento dos íons em diferentes intervalos aumenta a sensibilidade e a seletividade da detecção. Assim, a técnica de GC-MS-SIM identificou os noves HPAs. De fato, Tavares et al. (19) encontraram HPAs em ní-vel de traços em material particulado atmosférico de Londrina. Aceves & Grimalt (5) também observaram a presença desses compostos, em nível de traços em material particulado atmosférico em Barcelona, Espa-nha. As Figuras 4 a 7 apresentam os cromatogramas dos íons totais dos extratos obtidos por Soxhlet e SFE com o mesmo fluído extrator.

Observou-se que o naftaleno (Naf) só foi extra-ído apenas utilizando etanol como solvente/fluido nos dois métodos e por SFE com o fluido extrator diclorometano:acetona (1:1). O fluoreno (Flu) foi extra-ído por Soxhlet com etanol, e por SFE com metanol. Soxhlet com diclorometano:acetona (1:1) e em ambos métodos de extração com diclorometano. Os compos-tos: acenafteno (Ace), fenantreno (Fen), antraceno (Ant), fluoranteno (Flt); foram encontrados em todos os extra-tos de modo que o pireno foi encontrado nos extratos obtidos com metanol, nos extratos obtidos com diclo-rometano e diclorometano:acetona (1:1), o Benzo(g,h,i)Perileno (BghiP) somente não foi extraído por SFE com diclorometano:acetona(1:1). No entanto, Fernandes et al. (20) descrevaram sobre o Bg, h, iP presente na at-mosfera ao analisar BTX e HPAs na atmosfera do Rio de Janeiro e concluíram que ele é proveniente de veí-culos automotores e que juntamente com o chumbo e o benzeno serão responsáveis por mais de 1000 novos casos de câncer em regiões urbanas.

De acordo com Martins (12), o naftaleno (Naf) apre-senta muita volatilidade, sendo possível a sua perda durante as extrações em que se utilizam temperaturas elevadas. Vasconcellos et al. (16) também descreveram a presença de pireno (Pir), criseno (Cri) e fluoranteno (Flt), e atribuíram a emissão destes por veículos à gaso-lina, sendo esta a origem provável das amostras anali-sadas, pois os sítios de coleta são próximos a terminais rodoviários e em ruas de grande tráfego de veículos.

Figura 3. Análise por GC-MS-SCAN da amostra extraída por Soxhlet usando etanol como solvente extrator, onde 1 = acetaloxima, 2 = ácido nonanóico, 3 = ácido tetradecanóico, 4= dibutilftalato, 5 = ácido tridecanóico, 6 = 2-etilhexilftalato, 7 = 9-eicoseno, 8 = Ácido octadecanoíco, 9 = 2-butil-piridina, 10 = 2-ác. propenóico-3-14-metoxifenil,2-hepetil hexil éter, 11 = Ácido hexanóico, bis[-2- etilhexilester], 12 = 7-metilheptadecano, 13 = o-n-ocftalato, 14 = 5-etil-5- propil undecano, 15 = Hexacosano, 2, 5, 13, 14-tetrametilftano, 16 = oxirano

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Por outro lado, Vasconcellos et al. (14) descreveram as presenças de criseno (Cri) e pireno (Pir) em amostras de partículas totais em suspensão da Floresta Amazônica, atribuindo-as às queimadas na região.

De acordo com Martins (12), a queima da vegetação no cerrado no período de inverno, clima seco na região centro-oeste, que vai de maio a setembro, contribui para o aumento de material particulado na atmosfera.

Adicionalmente Yang et al. (21) descreveram sobre a presença de HPAs na atmosfera provenientes de escapa-mentos de motocicletas em Taiwan, dessa forma pode-se sugerir que uma das fontes de HPAs em Goiânia seja devi-do à grande circulação desse meio de transporte.

Jaffé et al. (22) descreveram como fonte de HPAs na atmosfera de Montego Bay, na Jamaica, os processos de combustão de combustíveis fósseis.

Figura 4. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato obtido com etanol por (a) Soxhlet; (b) SFE

Figura 5. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato obtido com metanol por (a) Soxhlet; (b) SFE

Figura 6. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato obtido com diclorometano por (a) Soxhlet; (b) SFE

Figura 7. Cromatograma dos HPAs por GC-MS-SIM do extrato obtido com diclorometano: acetona (1:1) por (a) Soxhlet; (b) SFE

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Tsai et al. (23) descreveram que a maior fonte de emissão de HPAs na atmosfera são os combustíveis fósseis; também citam que a topografia do local in-fluencia na amostragem, a região de amostragem deste trabalho é próxima a um terminal rodoviário e em uma região de grande fluxo de veículos automotivos, por-tanto esses podem ser uma das principais fontes de emissão de HPAs.

As extrações pelo sistema Soxhlet se mostraram bastante eficientes, assim como as extrações por SFE. Em nenhuma das extrações foi possível detectar todos os nove HPAs estudados.

As extrações apresentam resultados qualitativos se-melhantes contradizendo alguns resultados previamen-te descritos, indicam que o melhor método de extração foi o SFE. Matta, (15) e Crespo et al. (24) compararam os métodos de extração por Soxhlet e SFE e concluí-ram que o método SFE foi mais eficiente para extração em amostras ambientais.

Zamperlini (8) comparou o método de extração por Soxlhet com o método de ultrassom e concluiu que a extração por Soxhlet foi mais eficiente extraindo mais substâncias da fuligem e proporcionando maior recu-peração dos HPAs em suas amostras.

CONCLUSÕES

Este trabalho permitiu concluir a ocorrência dos

noves HPAs estudados em nível de traços, em amos-tra de material particulado atmosférico de um sítio de amostragem da Região de Goiânia.

As análises por GC-MS pelo modo SCAN permiti-ram confirmar a presença majoritária de substâncias de ftalatos como sendo os constituintes principais da fuligem.

A comparação das metodologias para extração dos HPAs demonstrou que a extração por Soxhlet e por SFE no modo estático, dependendo das condi-ções empregadas, foram seletivas para os HPAs es-tudados. A rapidez com que se realiza uma extração por SFE torna este método preferível em relação à extração por Soxhlet.

Usando-se diclorometano como fluído extrator foi possível extrair um maior número HPAs, seguido da extração com Soxhlet com metanol e SFE com diclo-rometano : acetona (1:1).

Os cromatogramas dos íons totais usados nas análises permitiram a pesquisa rápida e objetiva de HPAs, porém a identificação individual de todos os compostos requer o emprego de HPAs isoméricos ou aplicar outras técnicas de análise.

Embora não se tenha feito a quantificação dos HPAs no material particulado atmosférico, a presen-ça dos mesmos já é, por si só, um alerta quanto à ex-posição da população à esses compostos altamente cancerígenos e/ou mutagênicos.

R E f E R ê N C I A S

VESENTINI, J. W. Geografia, série Brasil. São Paulo Ed. Ática, 2004, 543p.

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A r t i g o

110 Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48

R E f E R ê N C I A S

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 111

A Revista Analytica, em parceria com editoras de todo o país, disponibiliza uma série de títulos de interesse para a área analítica. Confira esses e muitos outros disponíveis no endereço www.revistaanalytica.com.br

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Amostragem Fora e Dentro do LaboratórioAutor: Flávio Leite98 páginaR$ 25,00

Desejo adquirir o(s) seguinte(s) livro(s) Título Preço Título Preço

Valor total de minha compra: Desejo pagar da seguinte forma: ( ) Cheque anexo nº e nominal à Editora Eskalab Ltda.( ) Por meio de boleto bancário que será enviado para o endereço abaixo.( ) Por meio de depósito bancário, que será feito no Banco Itaú, Ag. 0262, conta corrente: 13061-0, em nome de Editora Eskalab Ltda. - CNPJ 74.310.962/0001-83. Razão Social / Nome: Endereço:Cidade: Estado: CEP.:Fone: ( ) E-mail: Esses preços são válidos até a publicação da próxima edição (nº 49) ou final do estoque. Todos os preços estão sujeitos a alteração. Para encomendas feitas na cidade de São Paulo e Grande São Paulo, não cobramos frete. Para outras localidades, o frete é de R$ 12,00 por livro.

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Validação de Métodos Cromatográficos de Análise(+ software Validate – standard version)Autor: Fernando M. Lanças62 páginasR$ 30,00

Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água – 4ªed.Autores: Neusely/Valéria/NelianePáginas: 624 / R$ 275,00

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48112

Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitáriawww.anvisa.gov.br

Abrabi - Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologiawww.abrabi.org.br

Abeq - Associação Brasileira de Engenharia Químicawww.abeq.org.br

Abifina: Associação Brasileira de Química Fina, Biotecnologia e Suas Especialidadeswww.abifina.org.br

Abiquif: Associação Brasileira da Indústria Farmoquímicawww.abiquif.org.br

Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Químicawww.abiquim.org.br

Abipti - Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológicawww.abipti.org.br

Anpei - Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoraswww.anpei.org.br

Capeswww.capes.gov.br

CTGas - Centro de Tecnologia do Gáswww.ctgas.com.br

CETEM - Centro de Tecnologia Mineralwww.cetem.gov.br

Conselho Regional de Químicawww.crq4.org.br

Cromatography On-linewww.chromatographyonline.com

Dissolution Technologieswww.dissolutiontech.com

Embrapawww.ctaa.embrapa.br

Finep – Financiadora de Estudos e Projetoswww.finep.org.br

Fundação Certiwww.certi.org.br

Fundação Osvaldo Cruzwww.fiocruz.br

HPLC Portalwww.hplcweb.com

Instituto Adolfo Lutzwww.ial.sp.gov.br

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologiawww.ibict.br

Instituto Brasileiro de Petróleo e Gáswww.ibp.org.br

Instituto Butantanwww.butantan.gov.br

INT - Instituto Nacional de Tecnologiawww.int.gov.br

IPT - Instituto de Pesquisa Tecnológicawww.ipt.br

Ipen - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleareswww.ipen.br

Ital - Instituto de Tecnologia de Alimentoswww.ital.sp.gov.br

Itep - Instituto Tecnológico do Estado de Pernambucowww.itep.br

Instituto Uniemp – Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresawww.uniemp.org.br

International Institute for Environment and Developmentwww.iied.org

International Mass Spectrometry Societywww.imss.nl

International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC)www.iupac.org

Laboratório Thomsom de Espectrometria de Massahttp://thomson.iqm.unicamp.br

MicrobeLibrarywww.microbelibrary.org

Ministério da Ciência e Tecnologiawww.mct.gov.br

Petroleum Services Association of Canadawww.psac.ca

Portal das Análiseswww.portaldasanalises.com.br

Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecularwww.sbbq.org.br

Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentoswww.sbcta.org.br

Sociedade Brasileira de Controle de Contaminaçãowww.sbcc.com.br

Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massaswww.brmass.com.br

Sociedade Brasileira de Genéticawww.sbg.org.br

Sociedade Brasileira de Microbiologiawww.sbmicrobiologia.org.br

Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálisewww.sbmm.org.br

Sociedade Brasileira de Químicawww.sbq.org.br

United State Pharmacopeia (USP)www.usp.org

Discuta

Controle de Qualidade Físico-Químico e Microbioló[email protected]

Controle Bioló[email protected]

Controle de [email protected]

All Qualityhttp://groups.yahoo.com/group/allquality/

analytica web

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Revista Analytica • Agosto/Setembro 2010 • Nº48 113

Rio Oil & GasDe: 13 a 16 de setembroLocal: Riocentro - Centro de Convenções do RJInformações: (21) [email protected]

SIMCRO 2010 – Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas AfinsDe: 14 a 16 de setembroLocal: Arts and Convention Center Campos do Jordão. SPInformações: (16) 3501-4140www.simcro.com.br

Curso: Determinações por Karl Fischer e CoulometriaDia: 16 de setembroLocal: São Paulo. SPInformações: (11) 3721-3245 [email protected]

Curso: PAMI - Preparatório de Analistas de Laboratório de Microbiologia Industrial - (Intensivo)Dias: 18, 25 de setembro e 2, 16 de outubroDuração: 32 horas (4 dias) Local: São Paulo. SPInvestimento: R$ 999,00Inscrições: (11) [email protected]

Fi South America De: 21 a 23 de setembroLocal: Expo Center Norte São Paulo. SPInformações: (11) 4689-1935www.fi-events.com.br

III Simpósio Científico dos Pós-Graduandos no CENA-USPDe: 22 a 24 de setembroLocal: CENA – Piracicaba. SPInformações: www.cena.usp.br/scpg/

FeitintasDe: 22 a 25 de setembroLocal: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo. SP Informações: (11) 3262-4566www.feitintas.com.br

agenda analytica

Fórum GAMP 2010De: 27 a 29 de setembroLocal: Quality Suites CongonhasSão Paulo. SPInformações: (11) 3758-1779Inscrições: www.ispe.org.br

4th International Congress on Bioprocess in Food IndustriesDe: 05 a 08 de outubroLocal: Curitiba. PRInformações: (41) 3022-1247Home Page: www.icbf2010.com

Seminário: Economia de Energia em Salas LimpasDia: 07 de outubroLocal: Mercure Executive OneSão Paulo. SPInformações: (11) 3758-1779Inscrições: www.ispe.org.br

Workshop: Polimorfismo e Nanofármacos - Oportunidades, Tendências e Desafios na Indústria FarmacêuticaDia: 08 de outubro Local: Espaço Amex (Prédio IAG / PUC-Rio) – Rio de Janeiro. RJInscrições gratuitas: [email protected]ções: www.nanobusiness.com.br

3º Congresso Brasileiro de BiotecnologiaDe: 12 a 15 de outubroLocal: Hotel Vila Galé – Fortaleza. CEInformações: (16) 3236-8600www.sigaeventos.com.br

Curso: PAMI -Preparatório de Analistas de Laboratório de Microbiologia Industrial - (Intensivo)Dias: 15,16 e 22,23 de outubroDuração: 32 horas (4 dias) Local: Rio de Janeiro. RJInvestimento: R$ 999,00Inscrições: (11) [email protected]

2ª Semana de Biotecnologia IndustrialDe: 20 a 22 de outubroLocal: Escola de Engenharia de Lorena (EEL/USP) – Lorena. [email protected]/sbi/

Petfood Safe´2010 e 14º Encontro Nacional de MicotoxinasDe: 25 a 28 de outubroLocal: Florianópolis. SCInformações: (48) 3721-53863721-5387 [email protected] www.labmico.ufsc.br

Curso: VMA2 - Validação de Métodos Analíticos (Avançado)Data: 08, 09 e 10 de novembro Duração: 24 horas Local: São Paulo. SP Investimento: R$ 795,00 Inscrições: (11) [email protected] Curso: Gerenciamento de Riscos e Segurança em LaboratóriosDia: 09 de novembroLocal: São Paulo. SPFone: (11) 3721-3245 [email protected] Curso: Cromatografia em Fase GasosaDias: 23 e 24 de novembroLocal: São Paulo. SPFone: (11) 3721-3245 [email protected] 2º Encontro Brasileiro sobre Especiação QuímicaDe: 12 a 15 de dezembroLocal: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde São Pedro. [email protected]

Confira também programação de cursos em diversas áreas de interesse em:

www.cepcursos.com • www.expolabor.com.br • http://eventos.fundepag.br/ • www.isolalabcursos.com.brwww.ispe.org.br • www.katalysiscientifica.com.br • www.shimadzu.com.br/analitica/noticias/cursos/

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IsodurR. 7 de Setembro, 31013035-350. Campinas. SPFone: (19) [email protected]ágina: 11

Isolab R. dos Três Irmãos, 6205615-190. São Paulo. SPFone/Fax: (11) 3721-3245 [email protected]ágina: 13

KatálysisCalçada Antares, 232 – 1ºA.06541-065. Santana de Parnaíba. SPFone: (11) 2122-0206 Fax: (11) 4152-2593 [email protected] www.katalysiscientifica.com.brPágina: 2ª Capa, 03

LabwinAv. Tancredo Neves, 274 – BI B / sala 734Centro Empresarial Iguatemi41820-020. Salvador. BAFone: (71) 9962-2865 Fax: (71) [email protected]ágina: 57

Lucadema Científica Ltda – MER. Francisco Alves, 59514093-070. Ribeirão Preto. SP Fone: (16) 3441-7200 Fax: (16) [email protected]ágina: 57

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Mettler-Tolledo AG, AnalyticalCH-8603 – Schwerzenbach, SuíçaFone: +41 -44-806 77 11Fax: +41 -44-806 7350www.mt.com/liquiphysicsPágina: 53

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Alem MarAv. Senador Queiroz, 96 – 5ºA.01026-000. São Paulo. SPFone: (11) 3229-8344Fax: (11) [email protected]ágina: 51

AlkoR. Mapendi, 36022710-255. Rio de Janeiro. RJFone: (21) 2435-9335 Fax: (21) [email protected]ágina: 67

AllcromR. David Bem Gurin, 70105634-001. São Paulo. SPFone: (11) 3464-8900Fax: (11) [email protected]ágina:65, 79

AlpaxR. Guarani, 1.090 / 1.10409991-060. São Paulo. SPFone: (11) [email protected]ágina: 43

alphaCenter R. Senador Flaquer, 877 – 7ºA. / sala 7209010-160. Santo André. SPFone: (11) 2122-0206Fax: (11) [email protected]ágina: 2ª Capa, 03

Applied BiosystemsAv. do Café, 277 – 1ºA.04311-000. São Paulo. SPFone: (11) 5070-9662 / 0800-7049004Fax: (11) [email protected]ágina: 3ª Capa

BCQ Consultoria e Qualidade Ltda.R. Cel. Arthur de Godói, 157 04018-050. São Paulo. SPFone: (11) 5539-6710 / 5579-7130 Fax: (11) [email protected]ágina: 09

CatenaR. Nossa Senhora Mãe dos Homens, 49107091-000. Guarulhos. SPFone/Fax: (11) [email protected]ágina: 49

CEMSA - Centro de Espectrometria de Massas Aplicada Ltda.Av. Professor Lineu Prestes, 2242 CIETEC/IPEN05508-000. São Paulo. SPFones: (11) 3039 8358Fax: (11) [email protected]ágina: 41

Charis TechnologiesR. dos Cardeais, 78 – cjto.0613280-000. Vinhedo. SPFone: (19) 3836-3110Fax: (19) [email protected]ágina:4ª Capa

CQAAv. Júlio Diniz, 27 13075-420. Campinas. SPFone/Fax: (19) [email protected]ágina: 67

DânicaAv. Nações Unidas, 12.551 – 24ºA / cjto.2.40404578-903. São Paulo. SPFone: (11) [email protected]ágina: 21

DIONEX Brasil Instrumentos Científicos Ltda.R. Grauçá, 389 05626-020. São Paulo. SPFone: (11) 3731-5140 Fax: (11) [email protected]ágina: 63

DivorseR. Alexandre de Gusmão, 51 – cjto.5.10204760-020. São Paulo. SPFone: (11) [email protected]ágina: 75

dpUnionR. Monsenhor Basílio Pereira, 5004343-090. São Paulo. SPFone/Fax: (11) [email protected]ágina: 49

ExpolaborRod. Régis Bittencourt, 3.370 - Km 272,5 06793-000. Taboão da Serra. SP Fone: (11) 4787-8973 Fax: (11) 4787-3399 [email protected]ágina: 87

FanemAv. General Ataliba Leonel, 1.79002033-020. São Paulo. SPFone: (11) 2972-5700Fax: (11) [email protected]ágina: 15

FI South America(11) [email protected]ágina: 77

G-CROM R. Mataripe, 71504807-040. São Paulo. SPFone: (11) 5667-6086 Fax: (11) [email protected]ágina: 39

GehakaAv. Duquesa de Goiás, 23505686-900. São Paulo. SPFone: (11) [email protected]ágina: 41

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PerkinElmerR. Cardoso de Almeida, 1.46005013-001. São Paulo. SPFone: (11) 3868-6200Fax: (11) [email protected]ágina: Capa, 58, 59

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SpectraR. Alberto Cavalcanti, 580/20122790-850. Rio de Janeiro. RJFone: (21) [email protected]ágina: 71

STEQ R. Verbo Divino, 1.601 – cjto. 63CEP: 04719-002. São Paulo. SPFone/Fax: (11) [email protected] www.steq.com.brPágina: 17

ValmigR. Willi Paul Baranski, 352/37213187-000. Hortolândia. SPFone: (19) [email protected]ágina: 34, 35

VetecR. Pastor Manoel Avelino de Souza, 1.02125250-000. Duque de Caxias. RJFone: (21) 3125-1920Fax: (21) [email protected]ágina: 47

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