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ASMAnálise do Mercado Brasileiro de Serviços de Cloud Computing Fevereiro,2018

Applied Scientific Methods

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461

Jardim Paulistano

São Paulo - SP

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Panorama

O mercado de serviços de cloud caminha para a maturidade. A infraestrutura de comunicação evoluiu consideravelmente, o conceito passou a ser melhor compreendido, e uma série de serviços foram contratados e comprovados por empresas brasileiras de diferentes portes e setores.

Os serviços de Infraestrutura as a Service (IaaS), assim como de plataformas de desenvolvimento ofertadas na mesma modalidade, já são uma realidade para uma quantidade crescente de empresas no Brasil, incluindo o próprio setor público.

Alguns setores vêm aderindo aos serviços de cloud computing mais rapidamente como o financeiro e de serviços. Atualmente, uma série de empresas já são concebidas em um ambiente de nuvem. Esse fato vem se tornando comum especialmente entre empresas de serviços baseados em tecnologia.

Um dos desafios principais para o consumo desse tipo de serviço é justamente a integração entre as aplicações legadas e aquelas baseadas na nuvem. Nesse sentido, não é incomum que os objetivos iniciais de um projeto não sejam atingidos, pois uma série de obstáculos relacionados à integração não são devidamente avaliados previamente. A resposta dos ofertantes dos serviços de cloud para este desafio tem se mostrado bastante adequada: desenvolvimento e melhorias nas metodologias de migração para nuvem.

Nesse sentido, o foco é movido do aspecto unicamente tecnológico para o processo de migração em si, o que inclui o descritivo apurado das aplicações legadas (e as que potencialmente serão contratadas ou desenvolvidas), requisitos de conhecimento necessários para os projetos,

análise dos diferentes workloads envolvidos, dentre outros aspectos.

O mercado de serviços e aplicações baseadas em cloud computing vem, na contramão da maioria dos setores, crescendo em receita total apesar da crise econômica. Esse fato se deve, além dos próprios benefícios técnicos e operacionais oferecidos pelo modelo, ao seu apelo econômico, já que o uso de aplicações em cloud contribui para a redução dos investimentos em capital fixo e o consumo de acordo com a demanda efetiva, portanto, uma maior racionalização e melhor gestão dos custos.

A perspectiva para o mercado de serviços de cloud nos próximos anos é bastante positiva. A ASM acredita na adoção massiva em diversos setores incluindo aqueles tradicionalmente mais conservadores. A gestão dos custos, flexibilidade e qualidade dos serviços contratados, comparativamente aos investimentos que seriam realizados no modelo tradicional, são os principais aspectos que sustentarão este crescimento. As empresas tenderão a reconhecer que o foco dos provedores de serviços de cloud resulta em ganhos de escala e qualidade que elas dificilmente conseguiriam atingir em seus ambientes. Esse é um dos aspectos mais importantes da proposta de valor de cloud computing.

A gestão otimizada dos recursos realizada pelos provedores dos serviços baseados na nuvem permite às empresas usuárias uma maior agilidade para responder as demandas de seus ambientes de negócios de forma economicamente viável. Pode-se, por exemplo, em pouco tempo colocar “no ar” um novo sistema utilizado para uma promoção de vendas ou teste de produto sem o comprometimento de investimentos em ativos fixos de tecnologia (licenças de software, armazenamento, processamento, etc.). Muitas empresas se beneficiarão com a flexibilidade para testar novas ideias e atender às demandas de seus consumidores e parceiros de negócios

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Nuvem Pública: é um serviço prestado por um provedor de serviços para usuários domésticos ou empresas através da Internet. Nesse modelo, todo o hardware, software e demais itens de infraestrutura pertencem ao provedor e são por ele gerenciados. A cobrança está baseada nos recursos utilizados, como a infraestrutura das aplicações, infraestrutura física ou softwares. Os recursos disponíveis são compartilhados pelos diferentes clientes que pagam segundo sua utilização particular.

Nuvem privada: tem como principal característica a exclusividade na utilização dos recursos disponíveis por uma única empresa (ou cliente, sob a perspectiva de um prestador de serviços em nuvem). Nesse modelo a nuvem pode estar hospedada tanto no ambiente da própria empresa usuária quanto em um datacenter de um provedor de serviço. Uma das vantagens principais deste tipo de nuvem é o alto potencial de customização inerente, já que a empresa usuária tem a sua disposição recursos exclusivos.

Nuvem híbrida: é a adoção da nuvem pública e privada, simultaneamente. Por ser dinâmica, consegue atender uma alta demanda de escalabilidade, moldando-se de acordo com as necessidades e o modelo de negócios da empresa.

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Conceito e formas de utilização

de cloud computing

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de forma ágil e simplificada.

A demanda por aplicações baseadas em cloud provem de diferentes áreas das estruturas das organizações, por exemplo, finanças, marketing, vendas e RH. Esses departamentos contratam as aplicações como serviços para suas operações diárias e demandas pontuais. Em especial, no caso das áreas de finanças e marketing, a adoção de cloud pelas organizações de forma oficial e estruturada vem sendo motivada também como forma de minimizar o que se convencionou chamar de Shadow IT, ou seja, a contratação de serviços de tecnologia de forma independente das políticas e gestão das áreas de informática.

Em termos setoriais, o mercado de aplicações e serviços de cloud deve ser impulsionado no biênio 2018-19 especialmente pelas demandas dos setores financeiro, agropecuário, varejo, saúde e governo.

O crescimento da adoção de cloud computing nos próximos anos deverá ser impulsionado em grande parte também pela demanda de empresas de pequeno porte. Nesse caso, muitas vezes a baixa complexidade dos ambientes de tecnologia favorece uma inserção natural e sem sobressaltos no mundo das nuvens.

Em relação às empresas grandes e médias, a existência de aplicações legadas constitui muitas vezes o maior desafio, tanto para integração destas com aquelas baseadas em

nuvem, quanto a própria migração dessas aplicações para esse modelo. Nesse contexto, a metodologia e os processos adotados para os projetos de migração e integração das aplicações são fatores críticos para que os investimentos sejam devidamente recompensados.

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Tipos de Serviços Investimento em cloud

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Infraestrutura como um serviço ou Infrastructure as a

Service (IaaS): serviços que envolvem o pagamento pelo uso de recursos de infraestrutura ofertados através da nuvem, como servidores, equipamentos de rede, softwares de segurança e armazenamento. Tais recursos são de propriedade da empresa proprietária do datacenter a partir do qual os serviços são disponibilizados. Não há perda do controle por parte do cliente final sobre a instalação, gerenciamento e configuração de suas aplicações e bases de dados.

Plataforma como um serviço ou Platform as a Service

(PaaS): oferece um ambiente completo para rodar ou aperfeiçoar uma aplicação. Através deste serviço é possível compilar, testar, implantar, gerenciar e atualizar aplicações de diferentes tipos. A infraestrutura oferecida pela plataforma inclui, por exemplo, servidores, armazenamento e rede, além de ferramentas de desenvolvimento, serviços de BI (Business Intelligence) e sistemas de gerenciamento de banco de dados. A PaaS disponibiliza também o planejamento de capacidade, aquisição e manutenção de licenças de produtos de software, infraestrutura e middleware de aplicativo subjacente e ferramentas de desenvolvimento.

Software como um serviço ou Software as a Service

(SaaS): este é o tipo de serviço em nuvem mais utilizado, os exemplos mais comuns no mundo empresarial são as contratações como serviço de aplicações de CRM, e-mail corporativo e, de forma mais consistente nos últimos anos, ERP. Através do SaaS, a empresa contrata o serviço de utilização da aplicação de um provedor responsável pela infraestrutura, segurança e suporte ao software contratado.

Um dos motivadores da adoção de cloud computing é a atual situação econômica, que impulsiona as empresas a repensarem suas estratégias e a romperem paradigmas em busca da redução de custos. Somado a isso, o cenário corporativo exige um aumento da eficiência dos serviços e, ainda, apresenta uma crescente demanda por inovações baseadas em tecnologia.

Em um contexto caracterizado pela diversidade de sistemas e ambientes, e custos de manutenção crescentes para manter a tecnologia, cloud surgiu como uma alternativa lógica. Projetos que propõem recursos internos são considerados conservadores, uma vez que a agilidade reduzida e as limitadas opções de inovação acabam comprometendo os planos de aumento de competitividade.

Estudos recentes realizados pela ASM indicam que na América Latina mais de 60% das empresas já utilizam serviços entregues através da nuvem, incluindo aplicações de e-mail e de gestão empresarial, como ERP. Especificamente no Brasil, a adoção de serviços de cloud se intensificou nos últimos anos. Dentre os modelos de serviço disponíveis, SaaS é o que lidera em termos de adoção na região latino-americana, seguido por IaaS e PaaS.

O Brasil ocupa a 9ª posição no ranking da Asia Cloud Computing Association (ACCA) entre as nações que oferecem melhores condições para a oferta de computação em nuvem, atrás somente de Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão e Estados Unidos.

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Benefícios da adoção do cloud

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A computação em nuvem permite que as empresas eliminem ou reduzam os investimentos em infraestrutura de tecnologia física, diminuindo as despesas e custos com espaço físico, recursos de iluminação, refrigeração, gestão do ambiente e recursos humanos envolvidos na manutenção do espaço. Ademais, existe a possibilidade de um redirecionamento imediato de recursos antes dedicados a gestão de ativos físicos, como servidores e armazenamento, para outras atividades de maior valor agregado para a empresa.

Neste modelo, hubs especializados fornecem de forma precisa a infraestrutura necessária para rodar cada operação, evitando que empresas ou setores parem por falta de recursos, espaço e capacidade. Dessa forma, são evitados os altos investimentos em capacidade para atender picos de utilização de recursos, o que foi durante muitos anos um grande desafio para as áreas de tecnologia, já que a infraestrutura tinha que ser muitas vezes dimensionada pelo teto de utilização, operando com capacidade ociosa a maior parte do ano.

Outra vantagem é a redução do tempo de provisionamento de serviços. Trata-se de um valor identificado pela maioria das empresas que adotaram o modelo nos últimos anos. A computação em nuvem oferece agilidade e elasticidade para provisionar serviços e entregá-los sob demanda.

Ao migrar os dados para uma empresa especializada no fornecimento de soluções de computação em nuvem, a organização não está apenas investindo em uma solução de armazenamento off-site, mas também comprando um pouco de tranquilidade. Isso porque, provedores de

soluções em nuvem como Amazon, Microsoft, IBM e Google contam com profissionais treinados prontos para responder à emergências, frustrações e fracassos 24 horas por dia. Por padrão, a computação em nuvem oferece uma solução de backup instantânea fora do local em que está rodando. Em casos de desastres, por exemplo, a continuidade dos negócios fica assegurada.

Em essência, a nuvem muda a estrutura de custos e gestão de TI, com a mudança a partir de uma realidade de compra de equipamentos, contratação de profissionais e operação de data centers internos, para um paradigma orientado a aquisição de serviços a partir do que realmente é necessário, e somente quando for necessário. Torna-se responsabilidade de outra empresa certificar-se que tudo está seguro, disponível e confiável. Isto gerou, nos últimos 5 anos, uma tendência mundial de migração para nuvem. As empresas (clientes da nuvem) passaram a preocupar-se mais com seus objetivos de negócios e operações e menos com a tecnologia que suporta suas iniciativas e a manutenção a ela relacionada. Em paralelo, a computação em nuvem abriu espaço para que a tecnologia seja cada vez mais utilizada de forma estratégica, atrelada a grande parte das iniciativas de inovação empreendidas pelas empresas.

Por meio da nuvem também é possível separar dois ambientes diferentes de TI, na chamada TI bimodal: a união da TI tradicional, aquela que objetiva estabilidade, integração e eficiência operacional, com a responsabilidade de manter todos os processos ininterruptos; e a TI experimental, que se diferencia pela rapidez, agilidade e experimentação, como a criação de um aplicativo para uso interno.

Utilizando os serviços certos, operados da forma correta, a nuvem pode englobar todos os processos internos e até externos, bem como, atender à mobilidade que as empresas precisam, independente do porte e do

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Desafios da

migração

para o

cloud

computing Orientações para a adoção

segura de cloud computing

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segmento em que atuam. Afinal, grande parte do atrativo da computação em nuvem é se adequar à necessidade de cada modelo de negócio.

Migrar para o modelo cloud não se resume a simplesmente levar todo o conteúdo do data center para a nuvem. A tecnologia traz uma série de questionamentos, envolvendo desde os aspectos mais simples, como a escolha do modelo ideal e o momento certo de migração, até os mais complexos, como o monitoramento da segurança de dados e a necessidade de mudar a infraestrutura, sem afetar o atendimento. Ainda, é preciso avaliar quais aplicações podem ser substituídas por software como serviço (SaaS), remodeladas ou recriadas.

Nem todos os projetos podem utilizar serviços em nuvem por questões regulamentares, de segurança ou até mesmo pelo alto valor a ser investido nas iniciativas. Além disso, muitas empresas não contam com profissionais habilitados para gerenciar essa implantação.

A avaliação precisa e clara de todo o ambiente atual de tecnologia, incluindo infraestrutura e aplicações, e o desenvolvimento de um plano de migração gradual para a nuvem constitui atualmente o maior desafio para

Muitos profissionais de segurança são altamente céticos sobre a segurança de serviços e a infraestrutura baseadas na nuvem. Nesse sentido, algumas práticas e diretrizes são recomendadas para aproveitar seus pontos fortes e superar questões que, tradicionalmente, foram rotuladas como fraquezas.

Uma delas é a capacidade de criptografar dados confidenciais, tanto quando estes estão estáticos, quanto na transmissão através de uma rede. É a única maneira de cumprir com confiança as políticas de privacidade, requisitos regulamentares e obrigações contratuais para o tratamento de dados sensíveis. Os dados armazenados em discos na nuvem devem ser criptografados usando o AES-256 (padrão de criptografia avançada) e as chaves devem ser criptografadas com um conjunto de chaves-mestras, trocadas regularmente.

É importante ter controles de privacidade sobre quem pode acessar os dados da empresa e por quanto tempo estes poderão ser utilizados. Além de assegurar que o provedor de serviços tenha controles de manutenção e

as empresas adotarem o modelo de cloud computing, especialmente entre as de maior porte, que são aquelas que possuem normalmente um legado maior de aplicações, muitas delas totalmente customizadas para suas realidades, o que torna ainda mais complexo o processo de mudança.

Outro desafio da migração para o Cloud Computing é a formação de um novo perfil profissional de tecnologia da informação (TI). Este terá também que se transformar num expert em diversas áreas, seja na criação de apps, na

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Transformações e tendências

da computação em nuvem

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A computação em nuvem, consolidada no formato em que a conhecemos hoje, passará por mudanças dentro de poucos anos. O poder computacional da Internet das Coisas (IoT), combinado com tecnologias de aprendizagem de máquina (Machine Learning), substituirá algumas aplicações de cloud ao coletar dados em tempo real sem a

necessidade de que a informação volte para a nuvem central a fim de ser processada. Um exemplo disso são as máquinas autônomas, robôs, eletrodomésticos e carros inteligentes.

Não obstante, ao longo dos próximos anos, boa parte das empresas manterá ambientes híbridos que combinam software como serviço (SaaS), plataforma (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS) com aplicações legadas no datacenter local.

É fundamental que os profissionais estejam preparados para as transformações que moldarão, o que vem sendo chamado de “segunda onda” da adoção da nuvem. Nos próximos anos observaremos algumas iniciativas que trarão ganhos ainda maiores de produtividade para as empresas, tanto no que tange à gestão da tecnologia, quanto aos processos de inovação.

Crescimento da co-localização: uma estratégia multi-cloud, na qual os CIOs podem testar serviços de diversos provedores ao mesmo tempo, sem a necessidade de estarem totalmente comprometidos. Uma forma de aproveitar a conectividade oriunda de vários serviços, como a IaaS e o SaaS, até que a empresa esteja pronta para migrar definitivamente seus sistemas.

Uso da hiperconvergência na nuvem privada: ao contrário das nuvens públicas, os serviços de cloud privada requerem virtualização avançada, normalização, automação, acesso com auto-serviço e monitoramento de recursos. Conjugar essas capacidades num sistema coeso é assustador e caro. As soluções de infraestrutura hiperconvergente (HCI) prometem ajudar, oferecendo recursos de computação, armazenamento e rede pré-integrados, os quais auxiliam as implementações de cloud, as quais passam a funcionar mais rapidamente, criando clouds privadas que funcionam como clouds públicas.

gerenciamento para garantir que o sistema esteja sempre protegido e atualizado com os mais recentes patches de segurança.

Os testes de vulnerabilidade devem ser rigorosos e contínuos. O provedor de serviços em nuvem deve empregar ferramentas de resposta a incidentes e vulnerabilidades líderes de mercado. Por exemplo, ferramentas de resposta a incidentes que permitam avaliações de segurança automatizadas e que possam identificar e testar as vulnerabilidades dos sistemas.

Outra prática recomendada é ter uma política de exclusão de dados definida e aplicada. Após o período de retenção de dados de um cliente (conforme especificado em um contrato) ter terminado, os dados devem ser excluídos programaticamente.

No contexto geral, as empresas ainda precisam obter muito conhecimento para se transformarem digitalmente, e isso não ocorrerá tão rapidamente. Por um bom tempo, presenciaremos a convivência de ambientes híbridos. Por isso, optar por delegar todo esse processo a um provedor de serviços de nuvem, o qual ofereça os profissionais certos e capacitados, a fim de atender a todas essas tarefas, tem sido uma alternativa atraente para que os gestores possam alcançar seus objetivos.

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De nuvem para névoa: o domínio do

Edge Computing

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Além do que o cloud pode oferecer, em termos de infraestrutura e facilidade no desenvolvimento e gestão de software, o grande poder computacional torna possível o uso de aprendizado automático, chamado de machine learning (ML), e o uso de inteligência artificial (AI). Com o ML é possível automatizar funções de serviços de TI, como resets de senha para os clientes. Confiar essas operações corporativas a algoritmos de máquinas pode render uma expressiva economia de custos.

O Edge Computing, impulsionado por dispositivos de IoT

(sobre esse tema, confira o estudo “Internet of Things, 2017” publicado pela ASM), transformará a nuvem de hoje na névoa de amanhã. À medida que mais capacidade de computação se move para os chamados dispositivos de "borda", desde carros sem motorista, drones e até os dispositivos de Internet das Coisas, a nuvem começará a evaporar lentamente, em um fenômeno que os especialis-tas batizaram de Edge Computing ou Fog Computing. Ou seja, uma grande parte da inteligência e processamento hoje alocados na nuvem voltarão para as extremidades da rede.

Caso contrário, os carros autônomos, por exemplo, verda-deiros data centers sobre rodas, equipados com GPUs ou CPUs de alto desempenho, encontrariam dificuldades no processo pleno de funcionamento. Sem esse poder local, se dependessem 100% da nuvem, questões como latência, disponibilidade e qualidade da infraestrutura de trans-missão de dados do carro seriam um grande problema. Em situações onde o tempo é crítico, atrasos causados por congestionamento de largura de banda ou dados roteados de forma ineficiente, podem ser um sinônimo de fracasso.

Todas estas mudanças estão definindo o futuro da com-putação e terão impacto nos novos produtos e modelos de negócio. Por trás de tudo isso, está o velho (não tão velho assim) cloud computing. Ele dá sustentação e permite esse salto tecnológico que estamos vivenciando.

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Utilização de invólucros de virtualização: também chamados de “containers", são capazes de permitir que os programadores façam a gestão e a migração de código de forma mais fácil. Muitas empresas estão usando containers para permitir a portabilidade entre os serviços da nuvem, à medida que desenvolvem as suas estratégias de DevOps para uma produção de software mais rápida. O desafio nesta nova prática surge à medida que os invólucros são implantados amplamente em produção, quando as empresas têm de lidar com novos problemas de segurança, monitoramento, armazenamento e rede.