análise comparativa kant vs mill

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  • 7/24/2019 Anlise Comparativa Kant vs Mill

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    Apesar de ambas as teorias refetirem sobre o modo como o serhumano deve agir e quanto moralidade das aes praticadas, estaspropem princpios dierentes em prol das teses que deendem assimsendo existem dois tipos de ticas- a deontolgica, deendida por!ant e a "eleolgica deendida por #tuart $ill%

    A tica !antiana a tica do dever% #egundo !ant, o valor moraldas aes depende da inten&o com que o agente pratica uma a&o edeste modo n&o existe qualquer meio que 'usti(que um determinado(m pois uma a&o com valor moral deve sempre conter um (m em simesma, sendo assim apenas moral a a&o cu'o motivo o respeitopelo dever% )ara !ant, todo o ser humano um ser racional, livre eautnomo ao qual compete determinar a sua vontade mas a(rmaainda que o homem deve *escolher s aquilo que a ra+&o,independentemente da inclina&o . reconhece como bom/ apesarde distinguir tr0s tipos de disposies1 animalidade- nature+abiolgica inerente ao homem- a humanidade- resultado do processode sociali+a&o- e a personalidade que admite infuenciarem avontade% A lei moral concreti+a o imperativo categrico- ordemcondicional que impe a a&o como absolutamente necessria1 *Ageapenas segundo uma mxima tal que possas ao mesmo tempo quererque ela se torne lei universal/, logo devemos agir sempre segundoprincpios que se'a da nossa vontade que se tornem universais erespeitando sempre a dignidade humana, ou se'a, ver o outro comoum (m em si mesmo e n&o como um meio para atingir umdeterminado (m% A lei expressa-se atravs do imperativo categricoque se ope ao imperativo hipottico na medida que ordena de orma

    universal e necessria, ou se'a, esta lei moral exige respeito absolutoe n&o admite excees e esta condi&o vale para todos, se'a qual ora circunst2ncia% )odemos assim a(rmar que segundo esta teoriaexistem deveres morais absolutos pois existem normas absolutas eincondicionais que quando violadas a+em com que uma a&o n&otenha valor moral% 3ual o critrio utili+ado para saber se uma a&o moral4 !ant denominou este critrio por mxima- principio sub'etivoda a&o% 5sta est articulada com o imperativo categrico e com a leimoral na medida que pelo imperativo categrico que a mxima-regra particular- est obrigada a estar de acordo com a lei moral%6esta orma a tica de !ant deontolgica porque de(ne como moral

    a a&o cu'o motivo e inten&o o dever%)or oposi&o 7 tica !antiana temos uma teoria

    consequencialista- a tica utilitarista de #tuart $ill% 5sta deende quea validade moral de uma a&o determinada pelas consequ0ncias damesma, logo uma a&o moral aquela que tem as melhoresconsequ0ncias para o maior n8mero de pessoas% 6esta orma, oprincpio moral do utilitarismo o princpio da utilidade ou da maiorelicidade que consiste em maximi+ar o maior bem possvel para omaior n8mero de pessoas% 9omo reerido anteriormente uma a&o s boa ou 8til quando promove a elicidade% $as o que a elicidadesegundo #tuart $ill4 A elicidade consiste no pra+er e na aus0ncia dedor : sendo assim uma teoria hedonista- entre os quais podemosdistinguir dois tipos de pra+eres, os ineriores relacionados com as

  • 7/24/2019 Anlise Comparativa Kant vs Mill

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    necessidades sicas e os superiores que envolvem as capacidadesintelectuais e por isso s&o mais valiosos% 5stes podem serclassi(cados e calculados atravs de indicadores como a quantidademas tambm a qualidade% 5sta teoria tambm respeita o princpio daimparcialidade na medida que o utilitarismo n&o se centra no bem-

    estar de quem age mas sim, d igual import2ncia tanto aos interessesdo prprio agente como aos de todos os outros envolvidos na a&o%

    "endo em conta que todos os seres humanos pretendem ser eli+esesta teoria n&o admite deveres morais absolutos pois toda a a&opode ser considerada moral se esta promover a elicidade, porexemplo durante um despiste de um carro seria mais sensato ocondutor desviar-se para o passeio e matar um inocente do quecontinuar e acabar por atropelar uma multid&o de pessoas que seencontra na passadeira pois desta orma este agente estaria a agir deacordo com a tica deendida por #tuart $ill na medida que tra+ asmelhores consequ0ncias para um maior n8mero das pessoas, ou se'a,concreti+ando o exemplo, a morte do inocente evita quehipoteticamente se deem mais mortes%

    5m suma, temos uma teoria deontolgica que ignora as

    consequ0ncias da a&o e deende o carcter absoluto da lei moral,

    permitindo a exist0ncia de deveres morais absolutos : deendida por !ant-

    ace a uma consequencialista, utilitria, hedonista e imparcial que n&o

    admite deveres morais absolutos- deendida por #tuart $ill

    Margarida Fortes 10 I