ampliação da residÊncia dr. albergaria … “comer em ... cohen, schoenfeld e do português...

12
HDS In Forma Nº 28 | Bimestral | Julho 2009 Sempre consigo a cuidar de si Com Seriedade, Solidariedade e Segurança Ampliação da RESIDÊNCIA DR. ALBERGARIA MARTINS Pediatria é objecto de solidariedade I Reunião de Doenças Auto-Imunes do HDS Nova Sala de Imagiologia 5º Aniversário da VMER Projecto “Comer em Segurança”

Upload: hoangkhuong

Post on 08-Jun-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

HDSInFormaNº 28 | Bimestral | Julho 2009

Sempre consigo a cuidar de si

Com Seriedade,

Solidariedade e Segurança

Ampliação daRESIDÊNCIA DR. ALBERGARIA MARTINS

Pediatria é objecto desolidariedade

I Reunião de DoençasAuto-Imunes do HDS

Nova Sala de Imagiologia

5º Aniversário da VMER

Projecto “Comer emSegurança”

índice

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ficha Técnica:Propriedade: Hospital Distr ital de Santarém, EPE, Avenida BernardoSantareno, 2005-177 Santarém | Direcção: Conselho de Administra-ção | Edição: Ana Bento | Marta Bacelar Xavier | Contactos: Telef: 243300 200 | E-mail: [email protected] | Site: www.hds.pt |Impressão: Nobre Brindes, Lda | Tiragem 1.000 exemplares | Distribui-ção Gratuita

3

45

EDITORIAL

6

2 HDSInForma

8

7

Nova sala deImagiologia

5º Aniversário da VMERdo HDS

I Reunião de DoençasAuto-Imunes do HDS

Saberes e SaboresNutritivos

Projecto “Comer emSegurança”

Residência Dr.Albergaria Martins:

- História eActualidade- Ampliação dasInstalações

Pediatria é objecto desolidariedade

Centro de FormaçãoPermanente noManuseamento da ViaAérea Difícil

VOLUNTARIADO

“Fazer o bem sem olhar a quem” é umlema do voluntariado e que se vemsentindo no nosso Hospital ao longo dosanos, tantos quantos constam naexistência da Liga dos Amigos doHospital de Santarém (LAHS).

Constituída há mais de vinte anos, aLAHS representou sempre o que demelhor têm as pessoas e asorganizações quando se dispõem, semfalsos moralismos ou intençõescaritativas, a dar aos outros aquilo que,no contexto da sua intervenção, elesmais necessitam, nomeadamente adisponibilidade para dar atenção e todaa boa vontade para ajudar em todas asmanifestações que os outros revelem,não se impondo de qualquer forma.

Actuando sob uma postura de umanonimato responsável e discreto aLAHS constitui hoje um património devalores que extravasam os muros doHospital e se consubstancia numarealização a todos os títulos meritóriapela excelente capacidade deultrapassar obstáculos e realizar obraque nos enche de orgulho.

Todos os momentos são bons paraenaltecer quem merece e particular-mente quando tudo faz para o merecere, ainda por maioria de razão quando ofaz com total desinteresse próprio einexcedível interesse filantrópico, semnada esperar em troca.

José Rianço Josué

Presidente do CA

Sempre consigo a cuidar de si 3

Pediatria é objecto de solidariedade

Dr.

Jo

aq

uim

Ara

újo

Vog

al E

xecu

tivo

do

CA

“Porque as crianças são omelhor do mundo” foi umainiciativa que surgiu na sequênciado protocolo existente entre oHospital de Santarém e a EscolaSecundária Dr. Augusto César daSilva Ferreira, em Rio Maior. Esta,teve a particularidade de terdecorrido ao longo do ano lectivo08/09 e ter sido desenvolvida porum grupo de alunas da Área deProjecto do 12ºA. Foram várias asactividades e eventos realizados,

Abertura do Centro de Formação Permanente no Manuseamentoda Via Aérea Difícil

No dia 13 de Maio, na véspera doscursos de manuseamento da ViaAérea, procedeu-se à inauguraçãodo Centro de Formação Permanenteno Manuseamento da Via AéreaDifícil, situado no interior do BlocoOperatório do Hospital de Santarém.Ao acto, assistiu o Conselho deAdministração do Hospital,demonstrando interesse peloaparecimento de mais valências.No dia seguinte, levou-se a cabo aprimeira acção de formação, queconsistiu em demonstrações deintubação traqueal com a ajuda defibroscópio flexível. Esta acção foidirigida pelo Dr. Pedro Charco,presidente da Fundação FIDIVA.Este Centro passa assim a integrara rede dos centros FIDIVA (Palma deMaiorca, S. Paulo, Buenos Aires) epassará a designar-se FIDIVA Por-tugal.

Fornecerá formação de vários níveis no manuseamento da via aérea, conformeos conhecimentos anteriores dos alunos e o tempo de duração dos estágios.Foram oferecidos estágios neste centro aos três melhores alunos (respostasaos testes de avaliação), quer do curso para médicos, quer do curso paraenfermeiros. A sua efectivação acontecerá depois das férias.

bem como os pa t roc ín iosconseguidos, no sentido de dotaro Serviço de Pediatria do HDScom novos equ ipamentos(televisores em todos os quartosde internamento), bem comobr inquedos para a sa la das“brincadeiras”.É de louvar a força, o dinamismoe a vontade de ajudar destasalunas que trabalharam, não embenefício próprio, mas em proldas crianças internadas no HDS.

No passado mês de Junho,teve lugar no Cine-teatrode Rio Maior, o evento“Música Ontem, Hoje eAmanhã”, que contou coma participação de váriospequenos cantores, dasedições do programa daTVI “Uma canção para ti”.O objectivo foi a angaria-ção de fundos a favor doServiço de Pediatria doHDS.

4 HDSInForma

Residência Dr. Albergaria MartinsHistória e Actualidade

A Direcção da Liga dos Amigos doHospital de Santarém (LAHS) hácerca de 10 anos que vemacalentando esta aspiração deconstruir uma residência de cuidadoscontinuados. Inicialmente seria umaresidência para prestar cuidados doforo oncológico e neurológico. Noentanto, posteriormente, surgiu aoportunidade de construir aResidência Dr. Albergaria Martins,uma realidade mais abrangente queenvolveria um investimento maior, emhomenagem ao primeiro Presidentee grande impulsionador da LAHS, Dr.António Albergaria Martins.O projecto de construção destaResidência iniciou-se em 2005. Massó em 2007 foi apresentadacandidatura ao Fundo Europeu deDesenvolvimento Regional (FEDER),através da Medida 3.7 – Apoio aoInvestimento no DesenvolvimentoLocal e Social, tendo o investimentosido de €1.400.000 (75% suportadopelo FEDER e 25% suportados pelaLAHS).A LAHS mantém um protocolo com oHospital de Santarém parafornecimento de medicamentos,material de consumo clínico erealização de análises, bem como éconsiderado um apoio de retaguardacaso surjam situações urgentes.

O Dr. António Albergaria Martins foi o fundador da Liga dosAmigos do Hospital de Santarém (LAHS).Natural do Norte, cedo se fixou em Almeirim para exercer a suaactividade de médico, tendo ajudado a nascer e a crescer muitasdas gerações da região.Foi sempre um homem fiel, compreensivo e dedicado às suascrenças e princípios, demonstrando continuamente disponibilidadepara ouvir e estar com todos, especialmente para com os quesofriam.Homem com sonhos mas com força para transformá-los emrealidade, fundou e foi Presidente da LAHS. Hoje a Liga desenvolvemuitos projectos, resultantes da sua visão e postura.

A LAHS integra a Rede Nacional deCuidados Continuados. O sistema degestão dos doentes em cuidadoscontinuados está amplamentedefinido com regras bem conhecidaspor todas as Instituições queintegram este sistema.As Equipas de Coordenação Local(ECL) que estão localizadas nosCentros de Saúde e as Equipas deGestão de Altas de CuidadosContinuados (EGAS CC) que estãolocalizadas nos Hospitais, propõemà Equipa de Coordenação Regional(ECR) a colocação dos doentes,através de uma aplicação informáticada Rede Nacional de CuidadosContinuados Integrados e com basenas diferentes tipologias:

• Convalescença (internamentoaté 1 mês);

• Média duração (até 90 dias);• Longa duração (+ 90 dias);• Cuidados paliativos.

A ECR faz posteriormente adistribuição dos doentes com basenestas diferentes tipologias para asInstituições que se afiguram maisadequadas. A Residência Dr.Albergaria Martins está classificadacomo Instituição de Média duração,ou seja, os doentes tratados nestasinstalações não podem permanecerinternados mais do que 90 dias.Entretanto, a LAHS já abriu osserviços de Medicina Física eReabilitação ao exterior, bem comodisponibil izará à comunidadeenvolvente aulas de ginástica, yogae outras actividades como sessões deformação, palestras, entre outras.

Sempre consigo a cuidar de si 5

Residência Dr. Albergaria MartinsAmpliação das Instalações

VOLUNTARIADO

• É uma aprendizagem constante que exige Dar e Receber;

• É ser Útil aos que de nós precisam;

• É ter Amor às pessoas;

• É um Processo de Entreajuda;

• É saber estar Disponível.

SER VOLUNTÁRIO

É estar disposto a oferecer:

• O seu tempo;• A sua habilidade;• A sua boa vontade para

ajudar ao bem-estarde quem precisa.

Direcção da LAHS

Presidente:Dr. João Roque Dias

Vice-Presidente:Dr.ª Virgínia Godinho

Vogal: Dr. Ferreira daCosta

Vogal: Dr. António Delgado

Vogal: Enf. FranciscoEustáquio

Vogal: Sr. José Portugal

Vogal: D. Fernanda Vidal

A ampliação das instalações daResidência Dr. Albergaria Martinsestava já prevista aquando daelaboração do projecto inicial daconstrução da Residência, na medidaem que as necessidades nesta áreacontinuam a ser muito evidentes.Este novo projecto é um investimentode €1.000.000, valor que permitirádisponibilizar mais 12 quartos duplos,ou seja, mais 24 camas de médiaduração. É um investimentofinanciado em 75% pelo “ProgramaModular da Rede de CuidadosContinuados”, continuando estaextensão da Residência ampliada aser considerada como uma instituiçãode “Média Duração e Reabilitação”.

O início deste projecto de ampliação,que foi concebido pelo ArquitectoCarlos Bajanca, está previsto paraSetembro 2009, prevendo-se que asobras estejam concluídas em Março2010.A ampliação será realizada em doispisos, cuja área total será de cercade 995m2:

• O r/c terá uma área útil totalde cerca de 550m2, ondeficarão localizados os 12quartos duplos e uma salade refeições;

• A semi-cave terá uma área de445m2, onde ficam osarmazéns, as salas dereuniões e a casa mortuária.

6 HDSInForma

I REUNIÃO de Doenças Auto-Imunes do Hospital de Santarém

Mais de uma centena de profissionaisdo Hospital e convidados do exterior,marcaram presença na I Reunião deDoenças Auto-Imunes (DAI) doHospital de Santarém, que decorreuna Sala Polivalente do Hospital, nopassado dia 28 de Maio.Este evento foi organizado pelaConsulta de DAI do Serviço deMedicina Interna III do HDS, com opatrocínio científico do Distrito Médicode Santarém da Ordem dos Médicos(OM) e do Núcleo de Estudos deDoenças Auto-Imunes (NEDAI) daSociedade Portuguesa de MedicinaInterna (SPMI).A sessão de abertura esteve a cargoda Dr.ª Margarida Cabrita, Directorado Serviço de Medicina Interna III ePresidente da Reunião que deu inícioaos trabalhos.Após a conferência inaugural pelo Dr.Jorge Custódio sobre a históriahospitalar de Santarém, o ProfessorDr. Carlos Ferreira, da Faculdade deMedicina de Lisboa, apresentou otema “Auto-Imunidade: Perspectivahistórica”. Na medicina das ideias, oconhecido médico internista einvestigador definiu a auto-imunidade como a história das ideias,desde os trabalhos pioneiros deEhrlich e Mechnikov, passando pelateoria da selecção clonal de Burnet eMedawar, os trabalhos de Bordetsobre o complemento, até àstécnicas de Eng Tan e Rosalyn Yallow.Niels Jerne e a teoria da rede dosistema imunológico abriram ocaminho aos trabalhos de Avrameas,Cohen, Schoenfeld e do portuguêsAntónio Coutinho que estabelecem aautorreactividade como parteintegrante da fisiologia. Toda acompreensão da auto-imunidadelevou ao desenvolvimento dosimunomoduladores biológicos, cujosêxitos terapêuticos têm por sua vezpermitido uma melhor compreensãodos mecanismos das doenças auto-imunes, permitindo concluir que asideias não subsistem sem a técnicaapropriada. A conferência foipresidida pelo Dr. Luís Siopa, Director

do Serviço de Medicina II do Hospitalde Santarém. A sucessão destasduas conferências foi largamenteapreciada por todos e contribuiudecisivamente para o sucesso dareunião.Seguiu-se uma mesa redondaintitulada “DAI, do diagnóstico àreferenciação”, especialmenteorientada para os médicos de famíliados centros de saúde do distrito deSantarém.A Dr.ª M.ª José Serra, internista ecoordenadora da consulta doHospital dos Capuchos (Lisboa) falousobre “Quando pensar numa DAI”,quais os sintomas e sinais que devemlevantar suspeita de uma doençaauto-imune na perspectiva doscuidados de saúde primários. Areconhecida especialista, actual-mente membro da comissão técnicada Direcção Geral da Saúde para aterapêutica biológica, abordou oprocesso etiopatogénico das DAImais comuns e os diversos factoresconcorrentes em presença, como apredisposição genética e asinfecções. Falou também sobre aclassificação das diversas doençassistémicas e de órgão, elencando deseguida as manifestações maiscomuns destas patologias,sublinhando sempre a importância daanamnese para o diagnóstico. A Dr.ªInês Aguiar Câmara, interna daformação específica de MedicinaInterna (MI) abordou o tema “Queexames pedir no ambulatório antesde referenciar”. Baseando-se na

clínica e na auto-imunidade, abordouos fundamentos dos diversos exameslaboratoriais e de imagem, sobretudoos auto-anticorpos, a sua correlaçãocom algumas doenças emanifestações, sobretudo nodiagnóstico. Propôs quais os examesde primeira linha como padrãoorientador, salientando que perantea forte suspeita clínica, o estudocomplementar nunca deve atrasar areferenciação. De seguida, a Dr.ª AnaRita Paulos, também interna de MIem “Quando a clínica e o laboratóriodiscordam” apresentou um casoclínico ilustrativo de múltiplasmanifestações de desregulação deauto-imunidade sem doençaclinicamente significativa. O Dr. JoãoMatos Costa, internista do Hospitalde Santarém e coordenador daconsulta, falou da experiência destecentro, que conta já com 516 doentesna sua casuística. A sua criação em2006 fundamentou-se na tradiçãodos internistas portugueses eeuropeus na abordagem destaspatologias em centros de referêncianacionais e internacionais.Abordando o papel científico,assistencial e formativo destaconsulta, referiu também a evoluçãodo enquadramento legal etecnológico e apresentou aspropostas de referenciação naspatologias mais prevalentes, dirigidasaos cuidados de saúde primários.Seguiu-se um dinâmico período dediscussão com perguntas da mesa eda assistência aos prelectores.

COMUNICADONa edição anterior, foram dadas a conhecer as obras de remodelação realizadas no Serviço deNeonatologia. Faltou salientar que as mesmas foram parcialmente realizadas com o patrocínio daempresa SUMOEIRAS, contributo que permitirá tratar os recém-nascidos e suas mães ainda commais conforto.

Sempre consigo a cuidar de si 7

Rastreio no Diado AVC

Saberes e Sabores Nutritivos

O Alimento deste mês é o…. ANANÁSO ananás é uma planta monocotiledônea da família das bromeliáceas.Originário das regiões tropicais e subtropicais, principalmente do sul doBrasil, este fruto é conhecido pelo seu odor intenso e sabor característico, épopularmente denominado como o rei dos frutos, devido à sua “coroa”. Oananás e o abacaxi são o mesmo fruto, mas cultivado em condiçõesdiferentes, que influenciam o seu aroma e sabor. O abacaxi, cultivado ao arlivre nos países tropicais, é mais doce, menos aromático e de menoresdimensões do que o ananás. Este produz-se em estufa, principalmente nailha de S. Miguel, nos Açores, em situações de menor calor, sendo por issoum fruto mais ácido do que o abacaxi.O ananás tem na sua constituição uma enzima proteolítica, a bromelina.Esta enzima auxilia na digestão das proteínas e é por esta razão que secostuma afirmar que, comer uma fatia de ananás no final de uma refeiçãoajuda a uma melhor digestão. Esta enzima tem sido amplamente estudada nos últimos anos e a ela são conferidasvárias propriedades benéficas tais como, elevado poder anti-inflamatório e capacidade cicatrizante de tecidoslesionados. Este fruto é ainda uma excelente fonte de vitaminas A, B1, B2 e C, que lhe conferem uma forte acçãoantioxidante, que ajuda a proteger as células e tecidos de danos, agressões externas e de radicais livres, assimcomo dos minerais – fósforo, potássio, ferro, cálcio, magnésio – e de fibras alimentares. Para além de todas asqualidades descritas, o ananás tem também uma acção refrescante e diurética, uma vez que possui uma elevadapercentagem de água, aliada a um baixo teor calórico (apenas 44 Kcal/100g). E agora, delicie-se…..

Ingredientes

§ 1 Ananás ou Abacaximaduro

§ 200 g de queijo fresco ourequeijão magro

§ 4 Folhas de alface frisada§ 1 Colher de sopa de iogurte

natural magro§ 1 Colher de sopa de

cebolinho fresco§ Pimentão-doce em pó (q.b.)§ Pimenta preta (q.b.)

Preparação

Utilizando uma faca afiada, cortar oananás ao meio, na vertical. De seguida,cortar cuidadosamente à volta do bordointerior das metades do ananás e retirara polpa com uma colher. Colocar as metades vazias voltadas para baixo,num prato fundo para permitir que o sumo escorra. Cobrir e arrefecer nofrigorífico. Posteriormente, cortar o restante ananás aos pedaços e colocarnum escorredor, deixando que o sumo escorra.À parte misturar o queijo com o iogurte e adicionar os pedaços de ananás,alface cortada em “juliana”, o cebolinho e o pimentão-doce até obter aconsistência pretendida. Temperar com pimenta e levar ao frigorífico. Antesde servir, colocar a pasta dentro das metades vazias do ananás. Acompanharcom tostas, torradinhas ou bolachas de água e sal.

Bom apetite!Saudações nutricionais,Maria Duarte

Pasta de Ananás 8 Pessoas

Preparação: 20 minutosGrau de dificuldade: fácil

Custo: económicoPor dose: 17 Kcal

O Projecto “Comer emSegurança” realizado no âmbitodos estágios das alunas Ana Lisboa,Eduarda Malheiro, Rute Vieira eSofia Oliveira, da Licenciatura emNutrição Humana e QualidadeAlimentar da Escola SuperiorAgrária de Santarém, decorreu noServiço de Alimentação e Dietética.Este Projecto tem como principalobjectivo a promoção decomportamentos alimentaressaudáveis, pois permite orientar

Projecto “Comer em Segurança”crianças e adolescentes da consultade Pediatria, grávidas e puérperasdo Serviço de Obstetrícia assim comooutros utentes, nas boas práticas nahigiene e segurança alimentar.Pretende-se transmitir conheci-mentos, desde as características dosalimentos, importantes parareconhecer a sua frescura nomomento da aquisição, sensibilizarpara a sua correcta armazenagem,higiene na preparação e confecção,passando por compreender a leitura

dos rótulos dos alimentos.O Projecto também envolveu opessoal da cozinha, pois aalimentação do doente hospitalardeve ser saborosa, completa,equilibrada, variada, adaptada àsnecessidades nutricionaisespecíficas, respeitadora doshábitos e crenças de cada um e,não menos importante, SEGURA. Oprazer de comer em segurança éum direito de todos e deve constituiruma prioridade!Maria Duarte

8 HDSInForma

NOVA SALA de Imagiologia

Progressivamente, o Hospital deSantarém tem vindo a melhorar assuas instalações e a renovar os seusequipamentos, de forma a darresposta ao aumento do cada vezmaior número de exames.Neste sentido, o Serviço deImagiologia passou a dispor desdeMarço, de um novo equipamento deRX convencional. Este equipamentofoi instalado no Serviço Central (sala

1) em substituição do existente,permitindo ganhos inequívocos dequalidade, funcionalidade, eficiênciae comodidade para o utente e osfuncionários.Nesta sala de radiologia geral,realizam-se mais de 50% dosexames radiográficos efectuados noServiço (só em 2008 realizaram-se26.560 exames), na sua maioriaexames do tórax, abdómen e

osteoarticulares, provenientes doInternamento e da Consulta Externa.A instalação deste novo equipamentoinsere-se no Projecto de Renovaçãodo Serviço de Imagiologia, presente-mente adiado, devido à necessidadede obras de adaptação do Serviçoque permitam a funcionalidadenecessária para satisfazer asnecessidades da urgência durante oseu período de obras.

No passado dia 1 de Junho, celebrou-seo 5º Aniversário desde o início daactividade da VMER do HDS. Durante estescinco anos, a equipa de que já fizeramou fazem parte 16 enfermeiros e 31médicos, participou de forma activa nocuidado pré-hospitalar (reanimação,estabilização e transporte) a cerca de8.000 vítimas de doença súbita ou deacidente.Durante este período, tem-se verificadouma tendência anual para o aumento donúmero de solicitações de prestação decuidados em emergência médica pré-hospitalar, na sua área geográfica deinfluência que envolve cerca de 200.000habitantes.

5º Aniversário da VMER do Hospital de Santarém

Para que o conteúdo deste Boletim Informativo seja do interesse e agrado de todos, torna-seimportante ouvir a opinião dos seus leitores. PARTICIPE e envie as suas sugestões de notícias,trabalhos apresentados em congressos ou artigos que considere importantes [email protected].

HDSInForum Destacável Científico | HDSInForma nº 28 | Bimestral | Julho 2009

I Reunião de Doenças Auto-imunes doHospital de Santarém

PROGRAMA:

9h00m – Sessão de Abertura

Presidente das Jornadas: Dr.ª Margarida Cabrita, H.D.S.

9h20m – Conferência Histórica: “O Hospital de Jesus

Cristo de Santarém no Antigo Regime: entre a

assistência à pobreza e a atitude médica”

Presidência: Dr. João Roque Dias, H.D.S.

Conferencista: Dr. Jorge Custódio, Historiador - IGESPAR

9h50m – Conferência: “Auto-imunidade, perspectiva

histórica”

Presidência: Dr. Luís Siopa, H.D.S.

Conferencista: Prof. Dr. Carlos Ferreira, Fac. de Medicina de

Lisboa e Hosp. de Sta Maria, Lisboa

10h50m – Mesa redonda: “Doenças Auto-Imunes,

do diagnóstico à referenciação”

Moderadores: Dr. Manuel João Gomes e Dr.ª Cristina Santos,

H.D.S., Dr.ª Emanuela Andrade, Centro de Saúde de

Alpiarça

10h50m – “Quando pensar numa doença auto-imune?”

- Dr.ª Maria José Serra, Hospital dos Capuchos, Lisboa

11h10m – “Que exames pedir no ambulatório antes de

referenciar?”

- Dr.ª Inês Aguiar Câmara, H.D.S.

11h30m – “Quando a clínica e o laboratório discordam”

- Dr.ª Ana Rita Paulos, H.D.S.

11h50m – “A experiência da consulta externa de Doenças

Auto-Imunes do H.D.S. Casuística e propostas de

referenciação.”

- Dr. João Matos Costa, H.D.S.

12h10m – Discussão

13h00m – 14h30m – Almoço de Trabalho

HOTEL ALFAGEME

14h30m – Mesa redonda: “Complicações na evolução

das doenças auto-imunes”

Moderadores: Dr. Nelson Rodrigues e Dr.ª Fernanda Carrilho,

H.D.S.

Dr.ª Joaquina do Rosário, USF de S. Domingos – Santarém

14h30m – “Envolvimento pulmonar”

- Dr.ª Ana Ferreira Alves e Dr.ª Sónia Gonçalves Silva, H.D.S.

14h50m – “Envolvimento dermatológico”

- Dr. Ermelindo Tavares e Dr.ª Joana Devesa Parente, H.D.S.

15h10m – “Doenças hemato-oncológicas”

- Dr. José Pedro Andrade e Dr.ª Lucita Perez Alvarez, H.D.S.

15h30m – “Infecções”

- Dr. Paulo Costa e Dr. José Pedro Andrade, H.D.S.

16h50m – Discussão

16h20m – Coffee-break

16h50m – Visita a posters e sala multimédia

17h20m – Sessão de Encerramento

IV JORNADAS DO SERVIÇO DE MEDICINA IIISALA POLIVALENTE DO HOSPITAL DE SANTARÉM

28 DE MAIO DE 2009

POSTERS

P-1: Artrite Reumatóide e Síndrome deGilbert – A propósito de 2 Casos Clínicos

A. Loureiro, L. Paulos, I. Aguiar Câmara, J. Matos Costa- Consulta de Doenças Auto-Imunes e Serviço de MedicinaIII do H.D.S.

INTRODUÇÃO: A Artrite Reumatóide (A.R.) é uma doençainflamatória crónica e sistémica de causa desconhecida queafecta primariamente as articulações periféricas de modosimétrico. Sintomas constitucionais, incluindo fadiga, mal-estar, rigidez matinal, são comuns. O envolvimento extra-articular pode ser significativo (pele, coração, pulmões eolhos). A A.R. causa destruição articular, originandomorbilidade e mortalidade consideráveis. Afecta todos osgrupos étnicos e é 2-3 vezes mais comum no sexo feminino.A sua frequência aumenta com a idade, com um pico entreos 35-50 anos. O Metrotexato (MTX), como fármaco únicoou em combinação com outros agentes, tornou-se omedicamento de 1ª linha. A sua toxicidade pode colocarproblemas de diagnóstico diferencial.MÉTODOS: Foram acompanhadas e estudadas duas doentesda Consulta de Doenças Auto-Imunes do Hospital Distritalde Santarém.RESULTADOS: 1). A doente M.M. de 51 anos de idade foià consulta pela primeira vez em Abril de 2004 com queixasde poliartralgias e edema desde 2001. Foi-lhe diagnosticadaA.R. tendo iniciado tratamento com Prednisolona à qual seadicionou em Junho de 2004 MTX. Em Novembro de 2004,apesar de se encontrar controlada sintomaticamenteapresenta valores elevados de bilirrubina elevados, mais àcusta da não conjugada. Reduziu-se a dose do MTX,pensando poder ser uma dose tóxica para a doente.Adicionou-se Sulfassalazina. A doente manteve-se estávelcom valores de bilirrubina oscilantes e em Abril de 2008realizou estudo genético para o Síndrome de Gilbert queresultou Positivo. 2) A doente C.L. de 63 anos foi enviadaà consulta em Fevereiro de 2007 por RA-test e WRrepetidamente positivos, iniciou terapêutica comPrednisolona. Em Junho de 2007 por ter doença erosivainicia tratamento com MTX. Apesar de manifestar boaresposta clínica, em Setembro de 2007 apresentahiperbilirrubinemia com ausência de hepatite e é-lhereduzida a dose do MTX e adicionada Sulfassalazina. EmFevereiro/Março de 2008 realizou estudo genético para oSíndrome de Gilbert que resultou Positivo.DISCUSSÃO: A avaliação e estudo clínico destas doentesfoi realizado com o intuito de identificar a causa dahiperbilirrubinémia transitória. Apesar da primeira hipótesecolocada ser a toxicidade induzida pelo MTX, é de extremaimportância considerar outras hipóteses. Se estas doentesnão tivessem AR medicada com MTX e surgisse a mesmahiperbilirrubinémia, ensaríamos de outro modo e nãopesquisaríamos o S. Gilbert? Embora o S. Gilbert seja umacondição benigna sem morbilidade ou mortalidade associada,é importante no diagnóstico diferencial porque é uma causaalternativa a considerar na avaliação de um doente comhiperbilirrubinémia. O diagnóstico de S. Gilbert como causada hiperbilirrubinémia na primeira doente deixou-nos

despertos para colocar essa hipótese de modo mais célereno segundo caso. KEYWORDS: Metotrexato, Síndroma de

Gilbert.

P-2: Lúpus Eritematoso Sistémico e AVC

L. Paulos, A. Loureiro, A. R. Paulos, F. Carrilho, M.V.Dias - Consulta de Doenças Auto-Imunes e Serviço deMedicina III do H.D.S.

INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é umadoença auto-imune, multissistémica, crónica, de causadesconhecida que pode afectar praticamente qualquersistema ou órgão. Manifesta-se como uma vasta gama deapresentações clínicas que variam de formas indolentes afulminantes com especial predilecção pelo sexo feminino(razão de 15:1) e pela faixa etária compreendida entre os16 e os 55 anos. Caracteriza-se essencialmente porexacerbações e remissões espontâneas afectandosobretudo articulações, pele, serosas, rim, cérebro, pulmãoe coração bem como por anormalidades imunológicasespecíficas. O acometimento do Sistema Nervoso Centrale Periférico é uma forma grave de apresentação de LES,passível de intervenção, representando no entanto umimportante desafio diagnóstico pelas inúmeras condiçõesneurológicas que mimetiza.MATERIAL E MÉTODOS: Foi consultado o processo clínicode uma doente seguida no H.D.S. com Lúpús EritematosoSistémico e AVC e efectuada posteriormente uma pesquisabibliográfica sobre o tema.DISCUSSÃO: M.L.S.P., sexo feminino, 47 anos de idadeque recorreu ao S.U. por parestesias no hemicorpoesquerdo em particular na mão e sensação de desequilíbrio;exame objectivo: hemipostesia álgica à esquerda com ROTmais fracos no MSE; TAC-CE: Pequena área lesionalhipodensa cortical parietal alta direita, provavelmenterelacionada com lesão isquémica aguda; ANA, antiDNA, anti-SSA/SSB positivos.CONCLUSÃO: As doenças cerebrovasculares sãofrequentemente diagnosticadas em doentes com LES. Afrequência de eventos cerebrovasculares encontra-seaumentada entre os portadores desta patologia auto-imune, afectando sobretudos indivíduos em idade jovem.É primordial um elevado grau de suspeição face a um doentejovem que manifeste clínica e radiologicamente sinais dedoença cerebrovascular aguda, com base numa históriaclínica meticulosa que fundamente a recorrência a exames

complementares relevantes, nomeadamente, a marcadoresimunológicos. KEYWORDS: Auto-imune, Lúpus Eritematoso

Sistémico, doença cérebro-vascular.

P-3: Púrpura Trombocitopénica Idiopática

F. Fernandes, P. Mathurdas, E. Bastida, F. Valente,L.Siopa- Serviço de Medicina II do H.D.S.

OBJECTIVO: Caracterizar o perfil clínico dos doentesinternados no Serviço Medicina 2, por discrasia hemorrágicae trombocitopénia, nos quais foi estabelecido o diagnósticode Púrpura Trombocitopénica Idiopática (PTI).RESULTADOS: Durante o período considerado, foramdiagnosticados 21 casos de PTI, sendo 80% do sexofeminino e 20% do sexo masculino, com idade média devida de 52 anos (minímo de 21 anos e máximo de 86anos). A contagem de plaquetas na admissão teve umvalor médio de 28000/µL (valor minímo de 1000/µL emáximo de 84000/µL). Existiam sinais de discrasiahemorrágica em 48% dos doentes (90% do sexo femininoe 10% do sexo masculino). Os anticorpos antiplaquetáriosforam positivos somente num caso e o mielograma revelouaspectos anormais em 66% dos doentes (92% do sexofeminino e 8% do sexo masculino). Foi instituídacorticoterapia em 19 doentes (91%), tendo sido necessáriaa uti l ização de imunoglobulina, num dos casos eesplenectomia noutro caso. Não se observaramreinternamentos por esse motivo.CONCLUSÕES: A PTI é uma situação rara na enfermaria deMedicina Interna. A nossa casuística mostra um predominínode doentes do sexo feminino na idade média de vida, queem geral são internados para investigação de um quadrode discrasia hemorrágica. Tal como referido na literatura osauto-anticorpos não revelaram utilidade para o diagnósticoe o mielograma também não revelou alterações numapreciável número de casos. A maioria dos doentesresponderam à terapêutica com corticóides e não se

observaram recidivas que justificassem reinternamento.

P-4: Trombofilias hereditárias, um estudoem 16 doentes

P. Patrício, C. Mota, C. Ferreira - Serviço de Medicina II,Clínica de Auto-Imunidade, Hospital de Santa Maria

INTRODUÇÃO: A trombose venosa e arterial pode ser aapresentação clínica de alterações da coagulação. Com osprogressos da ciência médica, podemos hoje identificardoentes com estes distúrbios sem manifestações clínicas.As trombofilias hereditárias mais frequentes são a deficiênciade antitrombina III, a deficiência de proteína C (PC), adeficiência de proteína S (PS), o factor V de Leiden (V) ea protrombina G20210. O espectro clínico de apresentaçãoé muito amplo, sendo muitas vezes assintomáticos.Tratando-se de doenças hereditárias, é de grandeimportância rastrear os familiares dos indivíduos afectados.OBJECTIVOS: Caracterizar os doentes na Consulta deDoenças Auto-Imunes com trombofilias hereditárias.MÉTODOS: Estudo retrospectivo, com doentes da Consultade Doenças Auto-Imunes do Hospital de Santa Maria, desde

Janeiro a Dezembro de 2008, com trombofilia hereditária.Estimativa da idade, sexo, apresentação clínica, doença efamiliares afectados.RESULTADOS: Registámos 16 doentes, 10 mulheres, 6homens, idade média de 43,87 anos (29-78). Deficiênciade proteína C em 4 com défice 25-50%, deficiência deproteína S em 6 com défice 30-47% e factor V de Leidenem 6, todos heterozigotos. O défice de proteína Capresentou-se clinicamente como embolia pulmonar numdoente e oclusão retiniana noutro, sendo 2 assintomáticos;o défice de proteína S como oclusão retiniana em 2doentes, ictus num doente e trombose venosa profundanoutro, sendo 2 assintomáticos; o factor V de Leiden comoabortos de repetição em 3 doentes, isquémia miocárdicanum doente, trombose venosa profunda noutro, com umdoente assintomático e outro com múltiplos eventostrombóticos (isquémia miocárdica, AVC e emboliapulmonar). Não houve relação entre a deficiência emquestão e a apresentação clínica. No rastreio familiarencontrámos 1 filha com deficiência de proteína C (o mesmodéfice), 1 mãe e um tio com deficiência de proteína S (omesmo défice) e 1 filha com factor V de Leiden, todosassintomáticos. Os doentes estão tratados com varfarinase sintomáticos e apenas com terapêutica antiagregantese assintomáticos. Num ano de follow-up não se registaramcomplicações.CONCLUSÕES: A análise deste conjunto de dados levantaquestões pertinentes, nomeadamente como poderemosprever os eventos trombóticos na presença dedeterminado défice ou mesmo como poderemos tratar

eficientemente estes doentes e as suas famílias.

P-5: Gamaglobulina como alternativaterapêutica na paniculite lúpica recidivantequando os antimaláricos estão contra-indicados

J. Espírito Santo, L. Peixoto, P. Aguiar, M. Ferreira Gomes,S. Carmo Pereira, M.J. Gomes, A. Acabado, G. Vinhasde Sousa - Serviço de Medicina I, Hospital de SantaMaria

A paniculite lúpica refere-se à presença de lesões nodularessubcutâneas que podem acompanhar tanto a formapuramente cutânea, como em 10 a 24% dos casos deLúpus Eritematoso Sistémico (LES). Clinicamentecaracteriza-se por lesões nodulares firmes e bem definidasem relação com inflamação do tecido adiposo subcutâneo.Estas lesões distribuem-se preferencialmente pelasextremidades proximais, tronco, mamas, nádegas e face eao regredirem deixam cicatrizes deprimidas, sendo oprocesso de lipodistrofia irreversível e muitas vezesdesfigurante. O tratamento inclui corticosteróides,antimaláricos e azatioprina. Nos casos refractários, as opçõesterapêuticas incluem associação de dois antimaláricos,micofenolato mofetil e outros imunomoduladores. Nasúltimas duas décadas a imunoglogulina (IVIG) tem sidouti l izada em diversas patologias auto-imunes. Osmecanismos de acção propostos incluem o bloqueio deformação de autoanticorpos patogénicos, inibição decitotoxicidade mediada por células T, inibição da lesão pelo

complemento e imunomodulação de células B e T. Osautores descrevem o caso de uma doente com 51 anos,raça caucasiana, antecedentes pessoais de LESdiagnosticado 15 anos antes em Consulta de Dermatologia.Ao diagnóstico apresentava envolvimento cutâneoimportante com paniculite lúpica e hematológico comtrombocitopénia. Medicada inicialmente com deflazacort,azatioprina e hidroxicloroquina com boa resposta clínica iniciale desaparecimento das lesões. Por recidiva das lesõesoutras opções terapêuticas como dapsona e talidomidaforam tentadas sem sucesso. Suspensão de terapêuticacom antimalárico em 2005 por diminuição marcada daacuidade visual, altura em que a doente inicia queixassistémicas marcadas, atralgias e ocorre uma rápidaprogressão dos nódulos subcutâneos, associados a títuloselevados de auto-anticorpos, VS e hipergamaglobulinémia.Iniciou nesta altura gamaglobulina mensalmente durante6 meses e posteriormente de 3 em 3 meses. Face àresposta mensalmente durante 6 meses e posteriormentede 3 em 3 meses. Face à resposta favorável edesaparecimento dos nódulos a doente interrompeu aterapêutica com recorrência dos nódulos subcutâneos esintomas sistémicos, com resposta favorável após dois novosciclos de gamaglobulina. Face ao processo desfigurantedesta entidade são necessárias terapêuticas mais agressivas,de forma a impedir o processo de lipodistrofia. Os autoresrealçam o benefício da gamaglobulina em doentes comenvolvimento cutâneo de lúpus eritematoso sistémicoquando as outras linhas terapêuticas falham e a necessidade

de estudos clínicos com este fármaco.

P-6: Sindrome de Löfgren: a propósito deum caso clínico

L. Peixoto, J. Espírito Santo, S. Carmo Pereira, G.Vinhas de Sousa- Serviço de Medicina I, Hospital de SantaMaria

INTRODUÇÃO: O eritema nodoso é uma forma de paniculite,mais comum no sexo feminino, entre os 15 e 40 anos,caracterizado por nódulos subcutâneos eritematosos,dolorosos, localizados preferencialmente na região pré-tibial,associando-se em 50% dos casos a artralgias/artrite. Podeocorrer em múltiplas patologias, sendo as mais frequentes:faringite estreptocócica, sarcoidose e doença inflamatóriaintestinal.CASO CLÍNICO: Mulher, 38 anos, com antecedentes pessoaisirrelevantes, G4P3A1, a realizar anti-concepção oral(Minulet®).Aparentemente saudável até Janeiro de 2009,altura em que surge odinofagia, nódulos eritematososlocalizados nos membros inferiores (pernas), dolorosos,pruriginosos e acompanhados de artrite simétrica dospunhos, MCF, IFP e tornozelos. Foi nessa altura medicada,pelo seu médico assistente, com claritromicina e deflazacort12mg, com melhoria parcial do quadro, pelo que realizoudesmame progressivo da corticoterapia. Suspendeu aterapêutica no dia 20 Março, com reaparecimento dasqueixas. De referir ainda fotossensibilidade e úlceras oraisocasionais. Ao exame objectivo, para além das lesõesreferidas, é de salientar a presença de eritema plamar erash eritematoso na região torácica anterior. Da investigação

complementar é de destacar: hemograma sem alterações;VS 22mm; ADA 20UI/L; estudo da auto-imunidade negativo;ECA 38U/L; serologias virais e bacterianas negativas; títuloanti-estreptolisina O 193UI/ml; B2 microglobulina 4,5mg/Le TC torácica que revelou múltiplas adenopatias mediastínicasanteriores, pré-traqueiais, hilares bilaterais e infra-carinais.Realizou também broncofibroscopia com lavado bronco-alveolar (aguarda resultado) e biopsias brônquicas compatíveiscom o diagnóstico de sarcoidose. A doente iniciouterapêutica com indometacina e deflazacort, com excelenteresposta clínica.DISCUSSÃO: A sarcoidose é uma doençacrónica multissistémica, de etiologia desconhecida, maisfrequente no sexo feminino (20-40 anos de idade), podendoafectar qualquer órgão, sendo o pulmão maisfrequentemente atingido. Uma das formas de apresentaçãodesta patologia é a síndrome de Löfgren, caracterizada pelatríade de eritema nodoso, poliartrite e adenopatias hilares,

tal como se verifica neste caso clínico.

P-7: Um caso de diagnóstico de exclusão

L. Peixoto, J. Espírito Santo, P. Aguiar, G. Vinhas deSousa- Serviço de Medicina I, Hospital de Santa Maria

INTRODUÇÃO: Um quadro clínico caracterizado por síndromefebril e rash implica uma investigação etiológica extensa, namedida em que o diagnóstico diferencial abrange gruposnosológicos muito diversos, nomeadamente doençasinfecciosas diversas, doenças autoimunes, doençasgranulomatosas e neoplasias.CASO CLÍNICO: Homem, 42 anos, com antecedentespessoais de rinite alérgica e estadia recente num ambienterural. Aparentemente saudável até oito dias antes dointernamento, altura em que inicia quadro de odinofagia,mialgias, febre (39ºC), anorexia e perda ponderal e ao qualse associa, dois dias após, lesões cutâneas maculo papulareseritematosas, evanescentes, não pruriginosas, egeneralizadas (incluindo as faces palmar e plantar). Ao exameobjectivo, para além do rash referido, é de destacarhepatomegalia (4cm).Da investigação complementar é dedestacar: leucocitose (14000x106/L); neutrofilia 80%; VS43mm; PCR 34mg/dl; AST 235U/L; ALT 334U/L; LDH 1179U/L; ferritina > 15000?g/l; ANA e factor reumatóide negativos;serologias virais e bacterianas com múltiplas reacçõescruzadas; TC corpo (hepatoesplenomegalia homogénea);biopsia óssea e mielograma sem alterações; biopsia cutânea(infiltrado perivascular superficial); biopsia hepática(esteatohepatite).Após exclusão de doenças infecciosas,linfoproliferativas e na ausência de autoanticorpos específicos,estabeleceu-se o diagnóstico de Doença de Still do adultoe o doente iniciou terapêutica com metilprednisolona, comexcelente resposta clínica.DISCUSSÃO: Este caso demonstra a importância de umainvestigação minuciosa e atenta, uma vez que a Doença deStill, uma disfunção autoimune sistémica de etiologiadesconhecida, é um diagnóstico de exclusão. Diversoscritérios de classificação têm sido propostos, sendo os maissensíveis (93,5%) os critérios de Yamaguchi. O tratamentoinclui anti-inflamatórios não esteróides, corticóides eimunomoduladores.