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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Edição 28 R$ 10,00 www.revistaamazonia.com.br Ano 6 Número 29 2011 R$ 10,00 4,00 Editora Círios ISSN 1809-466X AMAZÔNIA UMA DAS 7 MARAVILHAS DA NATUREZA

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Edição de Dezembro de 2011

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O programa Municípios Verdes, lançado pelo

Governo do Pará para combater o desmatamento,

obteve a adesão de quase 90 municípios. Porque vai

direto ao ponto. Estimula as boas práticas

ambientais e recompensa o município por isso.

Para se tornar verde, o município precisa

apresentar índices progressivos de redução do

desmatamento, estimular os produtores rurais a

legalizar suas terras, fazer o Cadastro Ambiental Rural e

obter o Licenciamento Ambiental Rural. E, se for o caso,

fazer o Plano de Recuperação de Área Degradada.

O Governo vai dar todo o apoio para que os

municípios alcancem suas metas. E o mais importante:

está criando o ICMS Ecológico, que muda os

critérios de distribuição do principal tributo

estadual para premiar os Municípios

Verdes com uma participação

maior.

MUNICÍPIOSVERDESDO PARÁ.

Um programa de combateao desmatamento que aumenta a arrecadação municipal e melhora a qualidade de vida.

Os resultados já apareceram. O desmatamento

está caindo no Pará e o programa Municípios

Verdes tem muito a ver com isso.

GR

IFFO

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Edição 28

R$

10

,00

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w.revistaam

azonia.com.br

Ano 6Número 29

2011

R$ 10,00

4,00

Editora Círios

ISSN

180

9-46

6X

AMAZÔNIAUMA DAS 7 MARAVILHAS DA NATUREZA

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 1

Novos comportamentos, novas tendências, novas possibilidades, novos caminhos e novas atitudes. A base de tudo isso são as novas ideias e a coragem de tirá-las do papel. Por isso, o 3º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Dom Cabral e o Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável, vai envolver participantes que criam e implantam práticas susten-táveis inovadoras.

Inscrições abertas. Para mais informações, acesse: www.fecomercio.com.br/sustentabilidade

SUA CABEÇA ESTÁ CHEIA DE NOVAS IDEIAS?

E AS SUASATITUDES?

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 1

Nov

embr

o/20

11

A saúde estámais perto

de você.

As Unidades Básicas de Saúde do SUS estão presentes em todos osmunicípios do país. São 38 mil unidades e mais de 430 mil

e na qualidade do atendimento. Escutando você e repassando mais recursos para quem atende melhor. É a saúde mais perto de você.

Procure uma Unidade Básica de Saúde.Ela está preparada para realizar a maiorparte dos atendimentos em saúde.

TIRE SUAS DÚVIDAS E OPINE: #saudemaisperto

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08 II Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação...Ampliar os debates sobre o desenvolvimento científi co-tecnológico das Ci-ências do Mar. Esse foi o principal propósito do II Simpósio de Ciência, Tec-nologia e Inovação da Marinha, que aconteceu de 21 a 23 de setembro, no auditório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (CENPES), no Rio de Janeiro...

16 Amazônia – uma das Sete Maravilhas da Natureza A fundação suíça New 7 Wonders anunciou: a Amazônia é uma das Sete Maravilhas da Natureza. Junto com as Cataratas do Iguaçu, que são com-partilhadas pelo Brasil e outros países da América do Sul, foram eleitas tam-bém, as seguintes atrações: Baía de Halong (Vietnã), a Ilha de Jeju (Coreia do Sul), o Parque Nacional de Komodo (Indonésia), o rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas) e a Table Mountain (África do Sul)...

48 Colacmar 2011A “Carta de Balneário Camboriú”, resultado do XIV Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (Colacmar2011), propõe ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação a criação do Instituto Brasileiro de Ciências do Mar (IBCM), uma entidade de direito civil, com ampla participação de todos os segmentos da sociedade, incluindo a contribuição da Marinha

22 VI FIAM – Feira Internacional da AmazôniaAutoridades, delegações de países estrangeiros, empresários, representantes de instituições públicas e privadas e representantes das classes trabalhado-ras lotaram o auditório do Studio 5 para a solenidade de abertura da FIAM 2011...

A degradação generalizada e o aprofundamento da escassez dos recursos do solo e da água colocaram em risco vários sistemas essenciais de produção alimentar no mundo, aponta um novo relatório da FAO...

64 Escassez e degradação dos solos e da água ameaçam segurança alimentar

[20] V Simpósio Amazônia [40] A sustentabilidade brasileira na energia elétrica é exemplo para o mundo [44] Eletrobras Eletronorte lança Programa para Superação da Pobreza [54] Desafi os e oportunidades para o desenvolvimento sustentável rumo à Rio+20 e além[58] 5º Encontro Intercontinental sobre a Natureza(O2)... [60] Resultados da XIII FIMAI demonstram sinergia no mercado ambiental[62] O mundo tem cinco anos para evitar alterações climáticas irreversíveis [70] Núcleo de Conservação e Sustentabilidade da Área de Proteção Ambiental do Rio Negro

PUBLICAÇÃOPeríodo (novembro/dezembro)Editora Círios SS LTDAISSN 1677-7158CNPJ 03.890.275/0001-36Rua Timbiras, 1572-AFone: (91) 3083-0973Fone/Fax: (91) 3223-0799Cel: (91) 9985-7000www.revistaamazonia.com.brE-mail: [email protected]: 66033-800Belém-Pará-Brasil

DIRETORRodrigo Barbosa Hühn

PRODUTOR E EDITORRonaldo Gilberto Hühn

COMERCIALAlberto Rocha, Rodrigo B. Hühn

ARTICULISTAS/COLABORADORESAlessandra Bacelar, Camillo Martins Vianna, Helena Geraldes, Johannes Beck, Marilena Vasconcelos, Michele Silveira, Nádia Pontes, Tabajara Moreno

FOTOGRAFIASAntonio Lima, Ascom FAZ, Asdrubal Cavalcante, David Cas-seb, Colacmar 2011, Fernando Rocha, Hudson Fonseca, Ins-tituto de Pesquisa da Marinha e do Centro de Análises Navais, Katia Arantes, Luciano Claudino, Maria Busaydei, Rondinelli Ribeiro, Rudolph Hühn, Tay Martins, Ubirajara Machado/AS-COM/MDS, Valter Campanato/ABr e Vinícius Parente

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAEditora Círios SS LTDA

DESKTOPMequias Pinheiro

NOSSA CAPAPardal-do-novo-mundo, escrevedeira, Atlapetes pallidiceps, da família Emberizida. Esse é um dos pássaros mais raros do mundo. Passou de “Criticamente em Perigo” para “Amea-çados”, na Lista Vermelha da IUCN , depois de mais de uma década de ações de conservação, envolvendo a Fundação Jo-cotoco, na Reserva Yunguilla ,do Equador, a norte-americana American Bird Conservancy (ABC), World Land Trust-EUA e outros. Foto de A. Sornoza

XPEDIENTE PUBLICAÇÃOPeríodo (novembro/dezembro)

DIRETOR

PRODUTOR E EDITOR

COMERCIAL

FOTOGRAFIAS

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

DESKTOP

NOSSA CAPA

E

PA-538

Editora Círios

Blog da Amazôniawww.revistamazonia.blogspot.com

32 AmazontechEsses números superam as expectativas do Sebrae Tocantins em relação a realização do Amazontech 2011 – um programa voltado para fomentar a inovação, tecnologia e sustentabilidade nos micro e pequenos negócios da região da Amazônia Legal – que foi realizado em Palmas, no Estado do Tocantins, entre os dias 18 e 22 de outubro, atraindo visitantes de diversos lugares do país e até palestrantes estrangeiros

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 1

Região NorteBanco Comunitário Muiraquitã Inclusão Digital da Amazônia - INDIA Santarém PA

Redes de Produção Agroecológica e Solidária Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes - APACC Cametá PA

Tarumã Vida: Do Carvão às Tecnologias Sociais Associação Agrícola do Ramal do Pau Rosa - ASSAGRIR Manaus AM

VENCEDORA

Região Centro-OesteConstrução de Habitação em Assentamentos Associação Estadual de Cooperação Agrícola - AESCA Campo Grande MS

Fique de Olho, Pode Ser Câncer Infanto-juvenil Associação dos Amigos das Crianças com Câncer - AACC/MS Campo Grande MS

“Tampando Buraco”: Recuperando Voçorocas Embrapa Arroz e Feijão Santo Antônio de Goiás GO

VENCEDORA

Região NordesteBancos de Sementes Comunitários Centro de Educação Popular e Formação Social - CEPFS Teixeira PB

Jovem Empreendedor: Ideias Renascendo em Negócios Acreditar Glória do Goitá PE

Rede Cearense de Turismo Comunitário - Tucum Instituto Terramar de Pesquisa e Assessoria à Pesca Artesanal Fortaleza CE

VENCEDORA

Gestão de Recursos HídricosÁgua Sustentável: Gestão Doméstica de Recursos Hídricos Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente - IPOEMA Brasília DF

Cisternas nas Escolas Cisternas nas Escolas Irecê BA

Sombra e Água Viva Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios Ltda - CARPIL Palmeira dos Índios AL

VENCEDORA

Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo JuvenilFazendo Minha História Associação Fazendo História São Paulo SP

Formação de Jovens Empreendedores Rurais Casa Familiar Rural de Igrapiúna Igrapiúna BA

ViraVida Serviço Social da Indústria - Conselho Nacional Brasília DF

VENCEDORA

Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais

Investimento Social em Mulheres e Meninas Fundo Ângela Borba de Recursos para Mulheres/ELAS - Fundo de Investimento Social Rio de Janeiro RJ

Mulheres da Amazônia Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia Juruena MT

Rede de Produtoras da Bahia Cooperativa Rede de Produtoras da Bahia Feira de Santana BA

VENCEDORA

Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para Erradicação da PobrezaFossas Sépticas Econômicas Prefeitura Municipal de Caratinga Caratinga MG

Horta Comunitária - Inclusão Social e Produtiva Prefeitura Municipal de Maringá Maringá PR

Orçamento Participativo Jovem de Rio das Ostras Prefeitura Municipal de Rio das Ostras Rio das Ostras RJ

VENCEDORA

Região SulFundação Parque Tecnológico Itaipu Foz do Iguaçu PR

Tribos nas Trilhas da Cidadania ONG Parceiros Voluntários Porto Alegre RS

Visão de Liberdade Conselho Comunitário de Segurança de Maringá Maringá PRVENCEDORA

Região SudesteAgroecologia Urbana e Segurança Alimentar Sociedade Ecológica Amigos de Embu - SEAE Embu da Artes SP

Ecos do Bem: Educação Ambiental no Território do Bem Associação Ateliê de Ideias Vitória ES

Modelos de Acesso ao Crédito para o Terceiro Setor SITAWI Rio de Janeiro RJ

VENCEDORA

Ministério daCiência, TecnologiCiência, TecnologiCiência, T a

e Inovação

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Instituto Tecnológico Vale

Ciência e Tecnologia transformam as opções de futuro

EnsinoCapacitação e motivação de pessoas, por meio de cursos de Pós-graduação, de forma a desenvolver, transmitir e aplicar o conhecimento cientí� co e tecnológico para soluções de negócios e para a sociedade.

PesquisaProdução de conhecimento cientí� co e desenvolvimento de tecnologias que transformem o futuro dos negócios da Vale, obtendo visibilidade sobre tendências tecnológicas e que superem desa� os da sociedade na utilização dos recursos naturais de forma sustentável.

EmpreendedorismoAmpliação do conhecimento na área dos recursos naturais e desenvolvimento de competências para que vários projetos sejam identi� cados como um negócio rentável, por meio de grandes potenciais sustentáveis.

Áreas de pesquisa do ITV3Expandir as fronteiras da Vale na busca contínua

por um futuro melhor para as próximas gerações. Com esse propósito, nasceu o Instituto Tecnológico Vale (ITV). Lançado o� cialmente em 2009, o ITV tem como objetivo coordenar as ações de Ciência e Tecnologia da empresa, com ênfase em pesquisas de longo prazo desenvolvidas em parceria com a comunidade cientí� ca regional, nacional e internacional.

O Instituto Tecnológico Vale terá espaço para pesquisa, cursos de Pós-graduação e recursos tecnológicos de nível internacional. As cidades que irão sediar o ITV são Ouro Preto (MG) e Belém (PA). Em respeito à história e às vocações especí� cas de cada território, foi selecionado o pilar de atuação que no Pará será concentrado na descoberta de novos caminhos para o Desenvolvimento Sustentável.

A primeira unidade do ITV que entrará em funcionamento no Brasil será em Belém. Localizado às margens do rio Guamá, o projeto

já é concebido na essência do desenvolvimento sustentável desde seu projeto arquitetônico, assinado por Paulo Mendes da Rocha, ganhador do Prêmio Pritzker de arquitetura – o mais importante do mundo.

O trabalho de de� nição das linhas de pesquisas a serem desenvolvidas foi resultado de vários encontros, atividades e consultas a grupos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Desse conjunto de atividades foram listadas como prioritárias as áreas de mudanças climáticas, gestão de águas, sustentabilidade na indústria de mineração, biodiversidade, energia e tecnologias para monitoramento ambiental.

Com o Instituto Tecnológico, a Vale pretende ampliar ainda mais o investimento em áreas estratégicas para o futuro não só da mineração como também das próximas gerações.

INFORME PUBLICITÁRIO

Perspectiva ilustrada do projeto arquitetônico da sede do ITV de Desenvolvimento Sustentável em Belém.

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Instituto Tecnológico Vale

Ciência e Tecnologia transformam as opções de futuro

EnsinoCapacitação e motivação de pessoas, por meio de cursos de Pós-graduação, de forma a desenvolver, transmitir e aplicar o conhecimento cientí� co e tecnológico para soluções de negócios e para a sociedade.

PesquisaProdução de conhecimento cientí� co e desenvolvimento de tecnologias que transformem o futuro dos negócios da Vale, obtendo visibilidade sobre tendências tecnológicas e que superem desa� os da sociedade na utilização dos recursos naturais de forma sustentável.

EmpreendedorismoAmpliação do conhecimento na área dos recursos naturais e desenvolvimento de competências para que vários projetos sejam identi� cados como um negócio rentável, por meio de grandes potenciais sustentáveis.

Áreas de pesquisa do ITV3Expandir as fronteiras da Vale na busca contínua

por um futuro melhor para as próximas gerações. Com esse propósito, nasceu o Instituto Tecnológico Vale (ITV). Lançado o� cialmente em 2009, o ITV tem como objetivo coordenar as ações de Ciência e Tecnologia da empresa, com ênfase em pesquisas de longo prazo desenvolvidas em parceria com a comunidade cientí� ca regional, nacional e internacional.

O Instituto Tecnológico Vale terá espaço para pesquisa, cursos de Pós-graduação e recursos tecnológicos de nível internacional. As cidades que irão sediar o ITV são Ouro Preto (MG) e Belém (PA). Em respeito à história e às vocações especí� cas de cada território, foi selecionado o pilar de atuação que no Pará será concentrado na descoberta de novos caminhos para o Desenvolvimento Sustentável.

A primeira unidade do ITV que entrará em funcionamento no Brasil será em Belém. Localizado às margens do rio Guamá, o projeto

já é concebido na essência do desenvolvimento sustentável desde seu projeto arquitetônico, assinado por Paulo Mendes da Rocha, ganhador do Prêmio Pritzker de arquitetura – o mais importante do mundo.

O trabalho de de� nição das linhas de pesquisas a serem desenvolvidas foi resultado de vários encontros, atividades e consultas a grupos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Desse conjunto de atividades foram listadas como prioritárias as áreas de mudanças climáticas, gestão de águas, sustentabilidade na indústria de mineração, biodiversidade, energia e tecnologias para monitoramento ambiental.

Com o Instituto Tecnológico, a Vale pretende ampliar ainda mais o investimento em áreas estratégicas para o futuro não só da mineração como também das próximas gerações.

INFORME PUBLICITÁRIO

Perspectiva ilustrada do projeto arquitetônico da sede do ITV de Desenvolvimento Sustentável em Belém.

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8 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

II Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha

O evento foi realizado pela Secretaria de Ciência, Tecno-logia e Inovação da Marinha (SecCTM), em parceria com os Ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia e da Petrobras. Com o tema “A Importância Presente e Futura do Mar”, o simpósio reuniu a comunidade científica mili-tar, governamental e acadêmica.O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Luiz Umberto de Mendonça, abriu o evento e ressaltou a importância estratégica do mar para o País. “A Marinha do Brasil se sente honrada em incentivar a geração de conhecimentos para a defesa do mar, que vem sendo usada como importante fonte de recursos.

mpliar os debates sobre o desenvolvi-mento científico-tecnológico das Ciên-cias do Mar. Esse foi o principal propósi-to do II Simpósio de Ciência, Tecnologia

e Inovação da Marinha, que aconteceu de 21 a 23 de setembro, no auditório do Centro de Pesquisa e Desen-volvimento da Petrobras (CENPES), no Rio de Janeiro.

A

Precisamos desenvolver as capacidades existentes para o fortalecimento de uma mentalidade marítima, e essa discussão deve ser intensificada entre a academia, socie-dade, instituições científicas e industriais”.O Diretor Geral do Centro Nacional de Pesquisa em Ener-gia e Materiais do Ministério da Ciência e Tecnologia, Car-los Alberto Aragão Filho, comentou sobre a importância de compensar o tempo perdido em relação às pesquisas marítimas. “O Ministério está investindo em dois Navios Oceanográficos para pesquisas, sendo um deles desen-volvido prioritariamente no Brasil”.Durante os três dias de evento, foram ministradas pa-

Cerimônia de abertura

Fotos: Instituto de Pesquisa da Marinha e do Centro de Análises Navais

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Ciência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, 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REVISTA AMAZÔNIA 09

progresso do País, em especial, da faixa de mar chamada hoje de Amazônia Azul.“É essencial que o Brasil fuja do estereótipo de um pro-dutor/exportador puro e simples de commodities e de produtos com baixo ou nenhum valor agregado. Somen-te conseguiremos galgar mais degraus nessa jornada se tivermos uma indústria e uma academia sólidas, que possibilitem o devido crescimento para a nossa eco-nomia e a assunção desta posição de destaque para o cenário internacional”, disse.Na palestra, Eduardo Braga lembrou que, segundo o que foi determinado na Convenção das Nações Unidos sobre o Direito do Mar, em 1994, os países têm o direito à exploração do leito e do subsolo marinho de suas fai-xas litorâneas. O Brasil, informou o senador, que hoje é soberano sobre uma faixa de 200 milhas de mar, poderá ter 900 mil quilômetros quadrados adicionais, segundo estudo do Plano de Levantamento da Plataforma Con-tinental Brasileira.

lestras e debates sobre diversos temas ligados ao mar, como formação de recursos humanos, recursos naturais, política, legislação, planejamento, gestão, estratégias, economia, ambiente, relações exteriores, parcerias e desenvolvimento.Essas discussões foram conduzidas por instituições como o Conselho Nacional Científi co e Tecnológico, o Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, o Serviço Geológico do Brasil, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia, a Financiadora de Estudos e Projetos e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.Para o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, Vice-Almirante Ilques Barbosa Junior, o evento traz resultados para a Marinha do Brasil em três pontos principais: na identifi cação de parcerias e aprimoramen-to das que já são existentes, na visibilidade e por meio da celebração de acordos para pesquisa operacional, sistemas de sensores e materiais especiais em apoio ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos.

Braga destacou a importância da ciência para exploração das faixas litorâneasO senador Eduardo Braga, presidente da Comissão de Ci-ência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, participou do 2º CT&I da Marinha do Brasil, onde des-tacou a importância do investimento em ciência para o

A Inserção do Espaço Oceânico na Política de Estado para CT&I

“É quase uma Amazônia territorial de faixa litorânea. Temos aqui, justamente, o que parece uma nova, imensa e rica fronteira de exploração, para a qual o Brasil precisa estabelecer ações e gestão necessárias ao conhecimen-to dos seus recursos e limites de exploração, além das estratégias adequadas para a sua ocupação e defesa”, ressaltou.Braga disse ainda que essa exploração econômica das faixas de mar, batizada pela Marinha de Amazônia Azul,

ZEE + PC = 4.451.766 km2 AMAZÔNIA LEGAL = 5.217.423 km2

Senador Eduardo Braga profe-re a Conferência de Abertura

Chefe do Estado-Maior da Armada profere a abertura do Simpósio

Amazônia Azul

Amazônia Verde

Secretário de CT&I da MB recebe o Presi-dente da Comissão de CT&I , Comunicação

e Informática do Senado Federal

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10 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

ALGUMAS DAS ÁREAS PRIORITÁRIAS NA EXPLORAÇÃO DA AMAZÔNIA AZUL

ELEMENTOS DE TERRAS RARAS

PETRÓLEO E GÁS BIODIVERSIDADE MARINHA

Corredor Ecológico da Amazônia Central

necessita de desenvolvimento de uma política de pes-quisa e inovação, além desenvolvimento de ambiente científi co propício.“Podemos citar, claramente, a necessidade de que haja um maior incentivo à formação de novos cientistas nas chamadas “ciências do mar”, como biologia marinha, engenharia aquicultura, engenharia de pesca, geofísica marinha e oceanografi a”, explicou.Ao � nal, o senador Eduardo Braga, apresen-tou as propostas:

Criação, no âmbito da Comissão de Meio Ambiente • do Senado Federal, de uma Subcomissão Perma-nente para os recursos do mar;Promover Audiências Públicas para debater o tema;• Acompanhamento permanente da execução da Política • Nacional para os Recursos do Mar e dos Planos Setoriais;

AÇÕES DE GOVERNO RELEVANTES (CT & I) V Alte Ilques discursa durante o simpósio

Exposição das atividades de CT&I da MB

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Ciência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, 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“O Valor Geopolítico do Espaço Oceânico Brasi-leiro - A Oceanopolítica.”Teve como palestrantes: Vice-Almirante Ilques Barbosa Junior - Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, e Prof. Dr. Rodrigo Fernando More da Unisantos.

No Painel nº 1: “O Signi� cado Político-Estratégico e Socioeconômico das Ciên-cias do Mar”.

“O Arcabouço Legal para a Pesquisa e a Explo-ração no Espaço Marinho e Oceânico”, tendo o palestrante: Dr. Kaiser Gonçalves de Souza - Chefe da Divisão de Geologia Marinha do CPRM, feito abordagem sobre: O Direito do Mar; A relação da exploração marinha com a legislação mineral e ambiental no Brasil e no ex-terior: questões que podem vir a criarmempecilhos para a exploração mineral no espaço marinho brasileiro; e, A adequação dos instrumentos existentes.

“A Importância Socioeconômica dos Recursos Marinhos”.Teve como palestrante o Conselheiro Ademar Seabra da Cruz Júnior - Chefe da Divisão de Ciência e Tecnolo-gia do MRE. Com a abordagem: Potencial dos recursos

marinhos brasileiros para a estratégia nacional de desen-volvimento; eA ação conjunta internacional na área de Ciências do Mar como instrumento para o fortalecimento da capacidade e da infraestrutura brasileira de pesquisa nessa área.

Outras Palestras

Visita da Diretoria da Petrobras à exposição

Auditório do CENPES com participantes do Simpósio

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No Painel nº 2: “Os Aspectos Cientí� cos como Fatores de In� uência no Contexto da Exploração e da Explotação dos Re-cursos Marinhos”

“Os Oceanos e as Mudanças Climáticas”.Como palestranteo Dr. Carlos Afonso Nobre - Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI. Nobre fez as abordagens: O papel dos oce-anos na mudança climática da Terra; e, Os efeitos das mudanças climáticas sobre os oceanos e ecossistemas marinhos.

Cobrem 75% da superfície terrestre;• Acumulam ~70% do depósito de Carbono global;• Transportam 50% do calor das regiões equatoriais para as polares•

Absorvem: 80% do calor extra acumulado na atmosfera devido ao acúmulo de • gases de efeito estufa…1/3 de todo CO2 atmosférico de origem antropogênica•

Oceanos:

Airborne fraction

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0a

Land fraction

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8b

1960 1970 1980 1990 2000 2010

Ocean fraction

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5c

45% para o ar crescendo

a 0,24 %/ano

30% para terra estável

25% ao oceanoDecrescendoa 0,8 %/ano

Mudança Climática a um desconto de 55% Para onde vão as emissões de CO2

Toda Água numa Esfera Todo Ar numa Esfera

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Ciência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, 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e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e 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Model Brasileiro do Sistema Climático Global

“Os Fatores de In� uência no Contexto Geológi-co da Construção dos Ambientes Marinhos e da Formação de Recursos Marinhos Não-Vivos”.O palestrante foi o Prof. Iran Carlos Stalliviere Corrêa - Professor Titular da UFRGS.Fez as abordagens: A tectônica; As mudanças eustáticas do nível do mar; As mudanças ambientais; e, Os recursos não-vivos de mar aberto.

No Painel nº 3: “O Desenvolvimento Tecnológico no Ambiente Marinho do Brasil”

“Desa� os e Oportunidades do Pré-Sal para o Desenvolvimento Cientí� co e Tecnológico Brasileiro”Teve como palestrante oDr. Carlos Tadeu da Costa Fraga - Gerente Executivo do CENPES.Acom a abordagem: O avanço e a consolidação da lide-

rança internacional do Brasil nas tecnologias relaciona-das à prospecção e à exploração de petróleo e gás; e, As oportunidades para as empresas brasileiras fornecedoras de produtos e serviços atingirem padrões de competiti-vidade global.

“A Demanda por Tecnologia em Águas Profundas”.O Prof. Segen Farid Estefen - Diretor de Tecnologia e Ino-vação da COPPE/UFRJ, foi o palestrante, com a aborda-gem: O papel do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS); e, A capacitação tecnológica e de pessoal para en-

frentar os desafi os relacionados à exploração de recursos em lâminas de água profundas.

“A Marinha nas Pesquisas e no Desenvolvi-mento Cientí� co-Tecnológico no Ambiente Marinho”A palestrantefoi a Dra. Eliane Gonzalez Rodriguez - Pes-quisadora do IEAPM, com a abordagem: O projeto para a formação de recursos humanos nas áreas das Ciências do Mar; e, As linhas de pesquisa prioritárias e as capacidades para atendê-las.localização de recursos minerais•

mapeamento para aplicação na pesca• mapeamento para instalação de rota de • dutos e obras de engenhariamodelo para a exploração de hidrocar-• bonetosaplicação na inteligência acústica• formação de pessoal para ocupar a • Amazonia Azul

Conclusões

Tecnologias para o Pré-Sal

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14 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

“O Papel da Avaliação Operacional como Ins-trumento para a E�ciência nas Pesquisas e no Desenvolvimento Cientí�co-Tecnológico do Ambiente Marinho”.O palestrante foi o Capitão-de-Corveta Marco Antonio da Costa Vieira - Encarregado da Divisão de Avaliação Ope-racional do CASNAV, com a abordagem: A metodologia da avaliação operacional para otimizar o desempenho de processos e programas; e, A capacidade do CASNAV para atender à comunidade científica das Ciências do Mar.

No painel nº 4: “A Ciência do Mar como Área Estratégica de CT&I”

“O Planejamento Estratégico de CT&I no Espa-ço Oceânico Brasileiro como Política de Esta-do”O palestrante foi o Dr. Luiz Antonio Rodrigues Elias - Se-cretário Executivo do MCTI. Teve as bordagens: A inserção de políticas e programas associados ao conhecimento do mar como componente do Plano de Ação de CT&I; A estruturação de um sistema articulado com os setores governamentais, os empresários e a comunidade acadê-mica para que as demandas de tecnologia e de inovação das Ciências do Mar tenham seus processos de indução, adaptação e implementação agilizados e contribuam para suas aplicações potenciais, sejam elas decorrentes

de demandas empresariais ou da necessidade para exe-cução de políticas públicas; e, A divulgação das Ciências do Mar.

“O Gerenciamento, Monitoramento e Controle do Espaço Oceânico Brasileiro”Teve como palestrante o Vice-Almirante Elis Treidler Öberg, com a abordagem: O Sistema de Gerencia-mento da Amazônia Azul (SisGAAz) como instrumento potencial para o monitoramento e controle das áreas marítimas de interesse do País e a sua importância como projeto nacional.

“ A Importância da Gestão Compartilhada no Planejamento Estratégico de CT&I no Espaço Oceânico Brasileiro”.Com os palestrantes: Sr. Antonio José Teixeira e Sr. Lelio Fellows Filho - Equipe Técnica do CGEE. Teve as aborda-gens: A articulação das agências de fomento federais, estaduais e privadas para o financiamento de projetos e programas de pesquisa e de desenvolvimento científico-tecnológico; A articulação dos instrumentos de fomento de CT&I com os da Política de Desenvolvimento Produ-tivo; e, A interação entre o plano de desenvolvimento educacional e o plano de desenvolvimento científico-tecnológico para a ampliação da base de recursos hu-manos qualificados para o desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas estratégicas de CT&I.

“A Estrutura Nacional para as Atividades de Pesquisa nas Áreas Marítimas Brasileiras”.O Dr. Glaucius Oliva - Presidente do CNPq, foi o palestran-te, com as abordagens: A infraestrutura e a capacidade dos centros de pesquisa e desenvolvimento e da indús-tria necessárias para atender às demandas do apoio tec-nológico às atividades de pesquisa no espaço oceânico

brasileiro; As redes de pesquisa necessárias à avaliação do potencial marinho e à caracterização tecnológica dos recursos marinhos de interesse socioeconômico. O desenvolvimento de tecnologias específicas para o apri-moramento e a expansão da habilidade para conhecer o mar; A gestão dos meios e equipamentos oceanográficos e de geologia e geofísica marinha para a otimização e viabilização de uma infraestrutura básica de pesquisa marinha; e, O fortalecimento das instituições de pesquisa do País para a formação e capacitação de recursos huma-nos na área de ciências e tecnologias marinhas.

No Painel nº 5: “O Fomento na Gestão Compartilhada do Planejamento Estra-tégico de CT&I no Espaço Oceânico”

“As Atividades de E$P e seu Relacionamento com os SetoresPúblico, Acadêmico e Empre-sarial”.A palestrante foi a Dra. Solange da Silva Guedes - Geren-te-Executiva de Exploração e Produção da Petrobras, com a abordagem: Fatos portadores de futuro; Prioridades recomendadas; e, Projetos estruturantes para o desen-volvimento das atividades de pesquisa e exploração no espaço marítimo brasileiro.

“A Importância da Inovação em Pesquisa e De-senvolvimento Cientí�co-Tecnológico”.Teve como palestrante o Dr. João De Negri - Diretor de Inovação da FINEP.Com as abordagens: Síntese dos indicadores de CT&I no País; Desafios para o fortalecimento dos sistemas nacio-nais e regionais de CT&I; As oportunidades geradas pelos conhecimentos científicos e tecnológicos para o desen-volvimento econômico; e, Insumos para a viabilização da

A Pesquisa Operacional concentra esforços, possibilita coleta de informações mais pre-cisas e aprimora o planejamento para lidar com a complexidade, dinâmica e incertezas que envolvem a exploração e proteção da Amazônia Azul.

Conclusão

Plataforma Continental: Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se entendem além do seu mar territorial até ao bordo exterior da margem continental

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Ciência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e 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InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e InovaçãoCiência, Tecnologia e 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estrutura do sistema de CT&I e suas condições gerais de funcionamento. As possíveis aplicações na área de Ciên-cias do Mar.

“A Articulação dos Agentes de Pesquisa e De-senvolvimento com os Órgãos, Entidades e Instituições de Ensino para a Ampliação da

Ouro de Viseu

Bioclásticos

Nódulo de Manganês

Diamante Jequitinhonha

Hidrato de gás

Fosforita

Carvão Crosta Ferromanganês

Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral www.dnpm.gov.br

O pré-sal abre uma janela de oportu-• nidade para que o Brasil dê um salto em seu domínio tecnológico e que fi rmas nacionais se transformem em empresas de classe mundial. Exige que tanto o setor público • quanto o privado mantenham-se obsessivamente orientados pela busca permanente da qualifi cação dos recursos humanos e da inovação tecnológica.Os noruegueses tomaram decisões • para desenvolver ativamente um aparato tecnológico com forte ênfase no conhecimento (na criação de centros de pesquisa e na formação intensiva de recursos humanos) e em empresas de capital norueguês. O domínio mesmo que parcial de ativi-• dades altamente intensivas em con-hecimento por um grupo de empresas nacionais encurta a distância que nos separa dos países que hoje produzem na fronteira tecnológica

Conclusões

Base de Recursos Humanos Quali� cados”.O Dr. Jorge Almeida Guimarães - Presidente da CAPES, foi o palestrante, com a abordagem: As bases legais para inserir em agenda nacional a arti-culação entre agentes de pesquisa e desenvolvimento e órgãos, entidades e instituições de ensino; e, A estra-tégia para alavancar a interação com órgãos, entidades e instituições de ensino em uma gestão compartilhada para ampliar a base de recursos humanos qualifi cados em Ciências do Mar.

“O Papel das Universidades no Processo de Ex-pansão e Consolidação de Competências Na-

cionais e no Avanço do Conhecimento Cientí-� co e Tecnológico nas Áreas de Conhecimento Prioritárias ao Atendimento das Necessidades das Áreas Estratégicas de CT&I”.Teve como palestrante o Prof. Sidney Luiz de Matos Mello - Vice-Reitor da Universidade Federal Fluminense, com a abordagem: A interação Academia/ICT/Empresas para uma gestão compartilhada em um planejamento estra-tégico de CT&I; e, As capacidades das universidades para contribuir para a expansão e consolidação de competên-cias nacionais e no avanço do conhecimento científi co e tecnológico em áreas estratégicas de CT&I para o desen-volvimento sustentável dos recursos marinhos.

REVISTA AMAZÔNIA 15

O desafi o de uma geração é inventar um novo para-digma de desenvolvimento para o Brasil, baseado em Ciência, Tecnologia & Inovação, reconhecendo que os usos racionais dos abundantes recursos na-turais renováveis e da biodiversidade podem ser a grande alavanca para o desenvolvimento.

O desafi o de uma geração é inventar um novo para-

Poderá o Brasil tornar-se o primeiro país tropical desenvolvido

no século XXI?

Minerais da Amazônia azul

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16 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

A votação terminou dia 11 de novembro de 2011 às 11 horas, 11 minutos e 11 se-gundos, horário GMT. A divulgação foi feita pelo site new7wonders.com.O processo da eleição das Sete Maravilhas da Natureza começou em 2007, com a ins-crição de 440 atrações de 200 países na disputa. Em 2009, um “júri de experts” (composto por sete pessoas, entre elas um ex-diretor da UNESCO e o próprio presi-dente da 7 New Wonders, Bernard Weber) escolheu as 28 fi nalistas.Das 28 fi nalistas, sete candidaturas proce-diam da América, cinco da Europa, duas da África, três da Oceania e 11 da Ásia.Recorreu-se, então, ao voto popular para decidir quais seriam as Sete Maravilhas da Natureza: milhões de pessoas participaram

Fundação suíça New 7 Won-ders anunciou: a Amazônia é uma das Sete Maravilhas da Natureza. Junto com as Ca-

taratas do Iguaçu, que são compartilhadas pelo Brasil e outros países da América do Sul, foram eleitas também, as seguintes atrações: Baía de Halong (Vietnã), a Ilha de Jeju (Coreia do Sul), o Parque Nacional de Komodo (Indonésia), o rio subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas) e a Table Mountain (África do Sul). Os locais foram anunciados em ordem alfabética e não por ordem de votação. O concurso recebeu cer-ca de 1 bilhão de votos.A votação foi feita pela internet, telefone e mensagens de texto da qual participaram milhares de pessoas.

Amazônia – uma das Sete Maravilhas da Natureza A do sufrágio, votando via internet, mensa-

gens de celular e ligações telefônicas. O to-tal de votos que cada concorrente recebeu, porém, ainda não foi revelado pela New 7 Wonders. Estar entre as sete maravilhas da natureza vai trazer grandes benefícios sociais e econômicos para os escolhidos. Consolida-os como marca de valor internacional e com certeza vai au-mentar o fl uxo de turistas nas regiões.A vitória na competição dará maior visibili-dade internacional às atrações vencedoras.

A grande quantidade de atrações asiáticas orientais eleitas provisoriamente na disputa (quatro ao todo) chamou a atenção do pre-sidente da Fundação New 7 Wonders, Ber-

Domínio asiático

Após a confi rmação da Ama-

zônia como uma das novas

maravilhas, os moradores da

cidade de Iquitos – capital do

departamento (estado) de Lo-

reto, a maior região amazôni-

ca do Peru –, fi zeram uma ver-

dadeira festa para comemorar

a nomeação, com direito a um

banho no rio Amazonas.Parque Nacional de Anavilhanas

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Amazônia – uma das Sete Maravilhas da Natureza nard Weber: “isso refl ete a maneira como o mundo está cada vez mais voltado para o Oriente”, disse ele. O chefe de comunica-ção da instituição, Eammon Fitzgerald, por sua vez, ressaltou o fato de a Ásia possuir uma enorme população (apenas na China e na Índia vive mais de um terço da huma-nidade) que está cada vez mais conectada à internet, “o que impulsionou a votação naquela parte do mundo”.Alguns políticos e celebridades, por sua vez, entraram com tudo na campanha de divulgação das atrações de seus países. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Ne-tanyahu, por exemplo, foi à televisão dizer que uma eventual eleição do Mar Morto traria mais turistas ao local e benefi ciaria “Israel, Jordânia e Autoridade Palestina”.

Alter do Chão

“Seria um incentivo para que nossa coope-ração econômica crescesse, em uma época de grande instabilidade na região”, disse o mandatário.A divulgação da Amazônia como uma das Sete Maravilhas da Natureza, no Brasil, foi centrada nas Revistas Amazônia e Pará +, e nas suas redes sociais, que exautivamente conclamavam dirigentes, seus leitores e a po-pulação brasileira, a votarem na Amazônia.Os futebolistas Lionel Messi e Kaká, por sua vez, pediram votos para as Cataratas do Iguaçu, enquanto o primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Moham-mad Bin Rashid Al Maktoum, se posicionou à frente das câmeras e usou um smartphone para votar na ilha de Bu Tinah. Criada na Suíça, a Fundação New 7 Won-

ders foi a responsável por realizar, em 2007, a eleição das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, que teve o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, como um dos vencedores.A instituição também já começou a orga-nizar uma nova disputa, que nos próximos anos irá eleger as Sete Cidades Maravilho-sas do Mundo. Os vencedores ainda são provisórios. Os votos precisam ser auditados. A lista ofi cial será di-vulgada no começo de 2012. O empresário suíço Bernard Weber, funda-dor da empresa New Open World Corpo-ration, agradeceu o apoio e afi rmou que quem participou do concurso demonstrou “uma preocupação com algo que é muito importante para todos nós: nossa casa, a Mãe Terra”.

Na Amazônia, do Ecuador,

o Parque Nacional Yasuni

A Amazônia representa mais da metade das selvas

tropicais que existem no mundo e se espalha por nove

países, sendo 60% da área no Brasil

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Quando forem validados ofi cialmente, es-tes locais farão parte da Memória Global da Humanidade para sempre”, disse Bernard Weber presidente da 7 New Wonders.

*A fl oresta tropical da Amazônia e a bacia hidrográfi ca do rio Amazonas esten-dem-se ao longo de 5,5 milhões de km², sendo o Amazonas é o mais longo do mun-do, sendo que sua bacia é considerada o pulmão verde do planeta por sua enorme biodiversidade, ocupando grande parte do Brasil (cerca de 60% da fl oresta), além da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana France-sa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. “A Amazónia representa mais de metade das fl orestas tropicais do planeta”.

*As cataratas do rio Iguaçu, na Argen-tina e Brasil, estão entre as maiores cata-ratas do mundo e estão rodeadas por dois parques nacionais e fl oresta tropical, com centenas de espécies de fauna e fl ora raras e ameaçadas.*A Baía de Halong, fi ca no Vietname e tem uma costa de 120 quilometros e 1969 pequenas ilhas. “Várias das ilhas têm enor-mes grutas e naquelas águas vivem mais de 200 espécies de peixes e 450 de moluscos”.*A ilha vulcânica de Jeju, com uma su-perfície de 1846 km², fi ca 130 quilómetros a Sul da Coreia. Jeju tem a montanha mais alta da Coreia do Sul, Hallasan, que se ergue 1950 metros acima do nível do mar. *Parque Nacional Komodo, na Indoné-sia. Criada em 1980 para proteger o dragão

de Komodo, esta área protegida estende-se por 1871 km².*O rio subterrâneo Puerto Princesa localiza-se nas Filipinas. O curso de água, navegável por mais de oito quilómetros, entra por uma gruta com várias câmaras e estalactites e estalagmites.*Table Mountain é um ícone da África do Sul. Sobrevivendo a seis milhões de anos de erosão, este local – 1086 metros acima do nível do mar - alberga mais de 1470 espécies de plantas, um dos mais ricos do mundo.

De acordo com a coordenadora-geral de re-gionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, essa conquista vem somar

O Turismo

Os escolhidos

Com suas 275 quedas encravadas na fronteira

entre Brasil e Argentina, as Cataratas do Iguaçu

Baía de Halong, no Vietnã. A baía ocupa

uma área de 1.550 km ² e é permeada

por milhares de formações rochosas de

diversos formatos

O rio subterrâneo de Porto Princesa, nas Filipinas,

passa por cavernas de calcário e é considerado um

dos maiores rios subterrâneos do mundo

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 19

ao momento positivo de exposição mundial que o País vive com a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso dá visibilida-de para o Brasil, e não é só o turismo que se benefi cia, mas todas as atividades econômi-

cas que envolvem as belezas naturais”.Ela também ressaltou que a premiação be-nefi ciará o turismo de todo o país, e não só dos locais escolhidos. “Quando a pessoa vem ao Brasil, ela tem um tempo de per-

manência maior e deseja aproveitar ao má-ximo para conhecer o que pode do País. Ela faz um roteiro misto onde tem algo prin-cipal que motivou a viagem dela e depois aproveita para conhecer outras coisas”.

Baía de Halong, no Vietnã. A baía ocupa

uma área de 1.550 km ² e é permeada

por milhares de formações rochosas de

diversos formatos

Ilha de Jeju, na Coreia do Sul, dona

de paisagens exuberantes, guardam

centenas de vulcões

A ilha de Komodo, no litoral da Indonésia,

tem como habitante ilustre o dragão-de-

Komodo, o maior lagarto vivo do mundo

Table Mountain, montanha com cume

plano é principal cartão-postal da Cidade

do Cabo, na África do Sul

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problemas que afl igem a Amazônia, buscando através da mídia, uma interação entre as diversas camadas sociais para o mapeamento de possíveis soluções para a região que detém a maior biodiversidade do mundo.A mesa de honra para abertura dos trabalhos foi forma-da por Celso Carvalho, diretor de Assuntos Fundiários Urbanos do Ministério das Cidades; senadora Vanessa Grazziottin, do Amazonas; Camilo Capiberibe, Governa-dor do Amapá; Senador Cícero Lucena, representando o Senado; Eduardo da Fonte, Segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados; Mário Negromonte, Ministro das Cidades; Gladson Cameli, Presidente da Comissão da Amazônia e Hugo Lopes da Confederação do Comércio do Tocantins.Pela manhã, a primeira mesa de trabalhos foi coordena-

ealizado pela Comissão da Amazônia, In-tegração Nacional e de Desenvolvimento Regional – CAINDR, em conjunto com a Subcomissão da Amazônia, do Senado

Federal, o V Simpósio da Amazônia teve como tema: “Uma Visão Jovem para o Futuro Sustentável da Região”.Com a participação efetiva de estudantes secundaristas de Brasília e do Pará, o V Simpósio da Amazônia, reali-zado no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Depu-tados, foi considerado como um dos mais concorrido e participativo dos últimos tempos. O evento ocorre desde 2007, e tem como objetivo revelar nacionalmente os

V Simpósio Amazônia

Rda pela Senadora Vanessa Grazziotin, e teve como tema “O Crescimento Sustentável das Cidades e Geração de Empregos”. Dentro desse tema, foram discutidos pelos palestrantes, as metrópoles, cidades amazônicas e in-fraestrutura urbana; política de desenvolvimento para a

“Uma Visão Jovem para o Futuro Sustentável da Região”

Gladson Cameli (PP-AC), presidente da Comissão da Amazônia, ressaltou que o principal objetivo do simpósio foi o de fomentar nos jovens a necessida-

de de pensar o desenvolvimento da Amazônia

Camilo Capiberibe, Governador do Amapá

Fotos: David Casseb

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 21

Amazônia; zonas de processamento de exportação (ZPE), polos industriais e áreas de livre comércio, e; estágio atu-al e ritmo de crescimento da Amazônia em comparação ao resto do Brasil.Os palestrantes da primeira rodada foram: Celso Carva-lho, do Ministério das Cidades; João Mendes, do Minis-tério da Integração Nacional; Camilo Capiberibe, Gover-nador do Amapá; Bertha Becker, da Associação Brasileira de Ciência.Bertha Becker, da Associação Brasileira de Ciência; Ol-demar Yanck, Superintendente da Suframa e Júlio Mira-

A mesa oficial naabertura dos trabalhos

Senadora Vanessa Grazziotin

gaya, da Confederação Nacional de Economia.Já pela tarde, a segunda mesa teve como tema principal a “Formação e Capacitação dos Jovens para o Futuro Sus-tentável”, sob a coordenação do deputado Gladson Ca-meli. Dentro desse tema foram abordados os subtemas: O papel das Universidades; o papel do Ifet / Cefet (Esco-las Técnicas Federais); as reivindicações dos universitários e dos alunos de ensino médio e o papel do Sebrae no contexto jovem.Os palestrantes da tarde foram: Carlos Maneschy, Reitor da UFPA; Luiz Edmundo Aguiar, Ministério da Educação; Fabiano Santos, União Nacional dos Estudantes; Helena Abramo, Secretaria Nacional da Juventude; Adriano Fossini, Organização das Cooperativas Brasileiras e Enio Pinto, do Sebrae.O presidente da Comissão da Amazônia, Gladson Cameli (PP-AC), ressaltou que o principal objetivo do simpósio foi o de fomentar nos jovens a necessidade de pensar o desenvolvimento da Amazônia, para que eles possam se capacitar nesse sentido.Essa capacitação, segundo Cameli, é que tem que ser re-

pensada pelas autoridades do Governo Federal, já que a re-alidade da Amazônia é completamente diferente do resto do País. Um exemplo dado por Cameli, aproveitado da fala do Reitor Carlos Maneschy, é sobre o índice de desistência dos alunos do 2º grau, que nas outras regiões do País é de aproximadamente 30 por cento, enquanto na região Norte o índice é de aproximadamente 60 por cento. Disse Gladson Cameli que não se pode pensar em futuro, sem a capacitação técnica e humana da juventude, e que em seu mandato, um dos fatores primordiais é a educa-ção com qualidade para o jovem amazônida.

Gladson Cameli e Oldemar Ianck, superinten-dente em exercício da SUFRAMA, com a nossa Amazônia, que foi distribuida aos particiantes

do V Simpósio da Amazônia

Oldemar Yanck, Superintendente em exercício da Suframa

Celso Carvalho, do Ministério das Cidades

Bertha Becker, da Associação Brasileira de Ciência

O auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, durante

o V Simpósio da Amazônia

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os ex-superintendentes que passaram pela administra-ção da autarquia, entre os quais Ozias Monteiro, que ide-alizou a Feira e a ex-superintendente Flávia Grosso, que deu continuidade à realização do evento. Oldemar Ianck agradeceu o apoio do Governo Federal e do MDIC na realização do evento e destacou os inves-timentos federais em infraestrutura energética como o Linhão de Tucuruí e o gasoduto de Coari, e em infraes-trutura portuária, como o novo porto a ser construído na área da extinta Siderama. Mas eu vejo mais com o Linhão do Tucuruí. Eu vejo um novo paradigma de integração da região, promovida pelo Governo Federal. Eu vejo oportu-nidades de desenvolvimento para o médio Amazonas e também a futura integração da cadeia produtiva do PIM ao complexo minero-metalúrgicoeral do Pará e do Mara-nhão. Vejo ainda, o desenvolvimento do polo petroquí-mico em Tefé e Coari. Estejam certos que a ZFM e o PIM entram em um novo ciclo de crescimento, celebrou.Os empreendimentos apoiados pela Sudam no Estado do Amazonas foram destacados pelo superintendente da Suframa, Oldemar Ianck. Segundo ele, projetos como o da Empresa Manaus Transmissora de Energia, que vai

utoridades, delegações de países es-trangeiros, empresários, representantes de instituições públicas e privadas e representantes das classes trabalhado-

ras lotaram o auditório do Studio 5 para a solenidade de abertura da FIAM 2011. O tom da cerimônia foi o re-conhecimento da importância da Feira como vitrine dos produtos e serviços da região e o comprometimento do governo federal para com a Amazônia e o modelo Zona Franca de Manaus. Representando o Governo Federal, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, elogiou o esforço de todos os envolvidos para a realização da FIAM 2011. A Feira possibilita conhecermos o espetáculo da susten-tabilidade e das potencialidades da Amazônia, afi rmou. O secretário-executivo enfatizou que o trabalho da Su-perintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) é importante não apenas para a região, como também para o País e fez questão de reforçar que o Governo Fede-ral está comprometido com o modelo ZFM. Como prova de que o Governo apóia o modelo ZFM, Teixeira lembrou a assinatura do Projeto de Lei assinado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 24, para a extensão dos incentivos fi scais à Região Metropolitana de Manaus (RMM) e a assinatura do Projeto de Emenda Constitucio-nal (PEC) prorrogando os incentivos em mais 50 anos.Dando as boas vindas, o superintendente em exercício da SUFRAMA, Oldemar Ianck, citou os três pilares que reúnem as principais atrações da FIAM 2011, a exposição da produção do PIM, as Rodadas de Negócios e de Turis-mo, além do Salão de Negócios Criativos e os seminários internacionais com as discussões de temas estratégicos para a região. Durante o discurso, Oldemar Ianck saudou

VI FIAM

A

levar energia de Oximiná/PA a Itacoatiara/AM e Itacoa-tiara/AM a Cariri/AM, com 586 km e duas substações e o da Oi-Telemar, que está levando banda larga a cinco estados da Amazônia representam a concretização da presença do Governo Federal na região. Juntos, os dois projetos somam um investimento de mais de R$596 mil, apoiados pelo Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), administrado pela Sudam. “São obras gigantes-

Fotos: Antonio Lima, Hudson Fonseca

VI FIAMVI FIAMFeira Internacional da Amazônia

Abertura da 6ª Feira Internacional da Amazônia; Governador do Amazonas, Omar Aziz, secretário-exe-cutivo do MDIC, Alessandro Teixeira e o superinten-dente em exercício da SUFRAMA, Oldemar Ianck

Oldemar Ianck, superintenden-te interino da SUFRAMA, na

abertuta da VI FIAM

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 23

cas no meio da selva. É uma mudança de paradigma do Governo Federal ao olhar a Amazônia como um polo de integração e não mais como uma mera fornecedora de matéria-prima”, disse Ianck. “Agradecemos a Sudam, o Banco da Amazônia e o Banco do Brasil por esses inves-timentos”, completou.O governador do Amazonas, Omar Aziz, saudou os em-presários que acreditam no modelo e investem na região, mas criticou aqueles a quem acusou, sem citar nomes, de quererem tirar daqui investimentos para levar a outros Estados. Omar defendeu o modelo ZFM e o PIM, mas de-monstrou preocupação com os novos paradigmas tecno-lógicos que precisam ser acompanhados pelo País, além da concorrência com os produtos chineses. Ele destacou, no entanto, o diálogo e o apoio do Governo Federal ao Estado, traduzidos, segundo o governador, na ampliação dos incentivos da Zona Franca por 50 anos e ampliação da infl uência desses incentivos para a RMM.Omar Aziz também fez questão de citar a ex-superin-tendente Flávia Grosso em seu pronunciamento a quem reconheceu o trabalho à frente da autarquia e ofereceu solidariedade pelas circunstâncias que a levaram a se desligar do cargo. Flávia Grosso solicitou a sua exonera-ção no último dia 7 de agosto. A cerimônia de abertura teve também a presença de outras autoridades do Brasil e do exterior, empresários e convidados especiais, em Manaus.

Mulheres de Fibras

Após participar da solenidade de abertura da FIAM 2011, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Tei-xeira, aproveitou para conhecer as instalações da feira e visitar diversos estandes de empresas do Polo Industrial de Manaus, além de espaços reservados a governos da região e países da América do Sul.Ao lado do coordenador-geral de Promoção Comercial da SUFRAMA e coordenador da FIAM 2011, Jorge Vasques, Teixeira visitou os estandes da Honda, Yamaha, Whirpool, Microservice, Videolar e Samsung, entre outras empre-sas, conhecendo os principais produtos e lançamentos dessas companhias em exibição. O secretário-executivo do MDIC também esteve no es-tande da Câmara de Comércio e Indústria Nipo-Brasileira do Amazonas, onde recebeu informações sobre a cadeia de empresas componentistas atuantes na Zona Franca de Manaus, com destaque para o Polo de Duas Rodas. Alessandro Teixeira visitou ainda estandes institucionais de governos da Amazônia Brasileira, incluindo o do Es-tado do Amazonas, onde conversou rapidamente com o governador Omar Aziz, e os espaços reservados a países convidados, dentre os quais os estandes do Peru, Equa-dor, Argentina e Chile. O secretário-executivo do MDIC presidiu a 253ª Reunião do Conselho de Administração da SUFRAMA, realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado do

O governador do Amazonas, Omar Aziz, saudou os empresários que acre-ditam no modelo e investem na região

Oldemar Ianck destacou os investimentos federais em infraestrutura energética e

em infraestrutura portuária

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24 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

Amazonas. A reunião do CAS também integra a progra-mação ofi cial da FIAM 2011.

* Pavilhão Amazônia, ambiente coberto e climatizado com exposição e comercialização de produtos de micro e pequenas empresas, associações e cooperativas de todos os Estados da região, bem como um amplo leque de ati-vidades nas áreas ambiental, social e cultural.* As Jornadas de Seminários Internacionais, contaram

com 14 seminários sobre temas estratégicos para o de-senvolvimento da região, incluindo produção orgânica, desenvolvimento da indústria da mineração e petrolífera no Amazonas, integração regional, comércio exterior, cobertura jornalística na Amazônia nas áreas de ciência, tecnologia e meio ambiente e soluções energéticas sus-tentáveis.* O Pavilhão Principal, instalado em uma área de 10 mil metros quadrados, teve mais de 400 expositores dis-postos em 208 estandes, onde estiveram em exibição lançamentos das empresas do Polo Industrial de Manaus e serviços e produtos diversos de Estados da Amazônia

O Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS) aprovou

todos os 35 projetos submeti-dos na pauta da 253ª reunião

No seminário Minapim 2011 “Tecnologias para um mundo melhor”

A FIAM 2011 contou com programação ampla e inteiramente gratuita:

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Brasileira, ministérios e órgãos do Governo Federal, em-presas das áreas de consultoria e logística e instituições de ensino e pesquisa.* A Rodada de Negócios, realizada pela SUFRAMA em parceria com o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Em-presas do Amazonas (Sebrae-AM), teve a participação de 13 empresas-âncoras do Brasil e de 13 empresas-âncoras internacionais; a Rodada de Negócios de Turis-mo, promovida em parceria com a Amazonas Convention & Visitors Bureau, com a presença de representantes de empresas da Austrália, Alemanha, Inglaterra, França e Estados Unidos; e o Salão de Negócios Criativos e Fórum de Investidores, cujos objetivos eram identifi car novos nichos de mercado e viabilizar negócios inovadores na Amazônia.

Livros de autores regionais que versam sobre a riqueza da Amazônia, biojoias confeccionadas com coco de tucumã, semente de jarina, madeira, ossos de boi, pedras semi-preciosas e granito vegetal ( castanha e uixi) foram algu-mas das atrações em exposição no Pavilhão Amazônia, uma das maiores atrações da FIAM 2011.O visitante podia encontrar, além de uma gama variada de produtos regionais confeccionados com requinte e bom gosto, estandes que primavam pelo atendimento personalizado, oferecendo aos clientes até uma agradá-vel massagem relaxante, inteiramente grátis, com o mais puro e genuíno óleo de avestruz.O Espaço Cultural trouxe, este ano, tinha mais de 350

Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em visita ao

Pavilhão Amazônia

Alessandro Teixeira, em visita ao estande da Yamaha

Alessandro Teixeira, aproveitou para conhecer as instalações da feira e visitar diversos estandes

Variedade de produtos no Pavilhão Amazônia

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26 REVISTA AMAZÔNIA revistaamazonia.com.br

títulos, sendo 250 apenas da livraria da Universidade Fe-deral do Amazonas, além dos livros do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade do Estado do Amazonas e da Livraria Valer.Peças de natureza orgânica (animal e vegetal), com de-sign sofi sticado e alto padrão de qualidade foram sensa-ção do estande de biojoias da Amazônia Ocidental, uma vitrine exclusiva para o talento de artesãos dos Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e as áreas de Li-vre Comércio de Macapá, e Santana, no Amapá.No Espaço da Cidadania, estandes de organizações não-governamentais como APAE (Associação dos Pais e Ami-gos dos Excepcionais), GAAC (Grupo de Apoio à Criança com Câncer) e Lar das Marias, comercializaram produtos variados confeccionados pelos voluntários ou familiares dos pacientes.No estande do Amazonas, o visitante encontrava os tradicionais artesanatos indígenas, como colares, pul-seiras, brincos e até camisetas com dizeres regionais, mas também tem novidades como o lançamento do gel Sangue de Dragão, um poderoso cicatrizante produzido a partir da árvore da eternidade. O gel, novidade na Feira, é conhecido no interior do Estado do Amazonas por sua utilização entre os indígenas após o parto.

No universo da gastronomia amazônica – o Projeto Manaus Sabores, da Abrasel e Sebrae, trouxe este ano uma variedade de expositores com deliciosos e atrativos pratos regionais como pirarucu de casaca, bolos de açaí com banana ou cupuaçu com castanha-do-Brasil e até o lançamento de um panetone amazônico, com degusta-ção no local.Tinha ainda as barracas com especialidades como bombons de frutas regionais, incluindo as novidades da pupunha e tucumã, guaraná turbinado e refeições tradicionais.

A Anipes realizou cursos, palestras e mesas redondas para a troca de informações e treinamento técnico so-bre os estudos a cerca da realidade sócio-econômica e ambiental dos Pais.O professor Carlos Pinho falou sobre as ferramentas de levantamentos estatísticos e um relato da experiência

do órgão responsável pelos indicadores do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).Segundo Paulo Januzzi, secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o aprimoramento dos organismos de estudos estatísticos no País é fundamental, no momento em que o País gasta 25% do Produto Interno Bruto (PIB) em projetos sociais.

Na mesa redonda sobre o tema: Censo Demográfi co de 2010 e o Sistema Integrado de Pesquisas: resultados e aplicações para Políticas Pública, estiveram presentes o superintendente adjunto de Planejamento da SUFRAMA, Elilde Mota de Menezes e o diretor científi co da Anipes, Maurílio Lima.No painel: Amazônia, economia, sociedade e meio-ambiente, a gerente de projetos da área de Recursos

Negocios de Turismo Rodada de Negócios

Reunião do Superintendente Interi-no da SUFRAMA Oldemar Ianck com

o prefeito da Manta

Sabores e Guloseimas

16º Encontro da Anipes

Paulo Januzzi, secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no 16º Encontro da Anipes

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 27

Naturais do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), Denise Maria Pessoa Kronemberger, apresentou dados sobre os indicadores de desenvolvimento susten-tável na Amazônia Legal, ante os dados de outros Esta-dos e do País. Foram também apresentados indicadores sobre educação, saúde e rendimentos, entre outros.A programação teve ainda uma mesa redonda sobre Contas Regionais e Indicadores Econômicos, outra sobre Rede Ipea-Anipes: resultados de pesquisas e nova agen-da de pesquisas.

Roberto Luís Olinto Ramos, titular da Coordenação de Contas Nacionais (Conac), do Instituto Brasileiro de Geo-grafi a e Estatística (IBGE), explicou a importância da in-formação e a precisão dos dados estatísticos no sistema de contas nacionais e regionais, e pontuou a necessidade de manter atualizadas as informações e o levantamento de dados referentes aos Estados a fi m de aperfeiçoar, permanentemente, o sistema, facilitando o processo de governança das contas como um todo. Os Estados preci-sam investir em estatísticas, enfatizou Ramos.

O seminário foi aberto pelo superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRA-MA, Elilde Menezes, que fez questão de destacar o tradi-cionalismo do seminário Minapim e a parceria mantida pela autarquia com o Instituto alemão Fraunhofer ENAS.

O seminário, extremamente importante porque permite a interação de cientistas renomados no exterior com os pesquisadores e estudantes locais. Isso é uma das ações mais efetivas visando à disseminação do conhecimento e de novas tecnologias na região, afi rmou Menezes. A abertura com o tema Tecnologias para Sustentabilida-de, foi dividido em duas sessões com nove palestras no total, proferidas por destacados cientistas e pesquisado-res atuantes no Brasil e na Alemanha. Houve também a entrega do Minapim Award, prêmio concedido às insti-tuições e pessoas que contribuem para a realização dos seminários Minapim na região – ao Instituto belga IMEC e ao pesquisador da Universidade Federal de Pernambu-co, Petrus Santa Cruz.As palestras ensejaram discussões relevantes sobre te-mas atuais da micro e nanobiotecnologia e da ciência de um modo geral, incluindo integração de sistemas inteli-gentes, logística reversa e estratégias de reciclagem, os desafi os e as perspectivas para o gerenciamento dos re-cursos naturais e políticas sustentáveis aliadas à melhoria da qualidade de vida da população urbana. Também foram apresentados projetos bem-sucedidos que vêm sendo desenvolvidos por instituições brasileiras e alemãs na área de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O aprimoramento e a maior aplicação da tecnologia tan-to nos mecanismos de facilitação de comércio quanto no monitoramento e controle das áreas de fronteira foi um

dos principais pontos no seminário. Outros pontos debatidos: foram a atuação do Exército Brasileiro como forma de garantir um ambiente de se-gurança na faixa de fronteira, os projetos atuais de facili-

Oldemar Ianck com diretores do instituto alemão Fraunhofer ENAS e da SEMI Europe (associação glo-

bal de fabricantes de equipamentos ligados à indústria de micro e nanoeletrônica)

Na Conferência WITS (Água, Inovação, Tec-nologia & Sustentabilidade), pesquisadores propõem criação de um centro de pesquisas hídricas na Amazônia

Durante o seminário “A Amazônia e suas Fronteiras no Contexto da Integração

Regional e do Comércio Exterior”

No Seminário sistema de contas nacionais e regionais, o palestran-

te Roberto Luis Olinto Ramos

Jornada de Seminários

Seminário Minapim A Amazônia e suas Fronteiras no Contexto da Integração Re-gional e do Comércio Exterior

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tação de comércio em discussão no cenário internacional e as propostas de cooperação entre os países visando à superação de desafi os nas áreas fronteiriças.De acordo com o comandante militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, o Governo Brasileiro está trabalhando atualmente na estruturação e implantação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), uma espécie de Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) nas regiões de divisa com outros países. O sistema de monitoramento seria, na visão do general, um passo fundamental para garantir uma maior atuação do Estado Brasileiro nessas áreas. As fronteiras brasileiras na Região Amazônica têm uma extensão de doze mil quilômetros. Apenas a título de comparação, a fronteira dos Estados Unidos com o México conta com três mil. Se até os norte-americanos, com todo o aparato militar, tecnológico e policial que dispõem, enfrentam diversos obstáculos, são ainda maiores as difi culdades que o Estado Brasileiro enfrenta para ocupar e garantir a segurança dessas áreas estratégicas, afi rmou Villas Boas. Apenas com a presença física isso é quase impossível. Só há um caminho, que é agregarmos tecnologia. Com isso poderemos proporcionar maior segurança e, em função dessa segurança, garantir outros intercâmbios, dentre os quais se insere o comércio exterior, complementou.Ele defendeu que a manutenção do modelo de desen-volvimento regional ZFM é extremamente importante e implicará principalmente em benefícios à preservação ambiental da Amazônia. As pessoas de outras regiões do país podem achar que o modelo tem apenas um viés econômico, mas na verdade, trata-se de uma proposta de desenvolvimento ampla que gera centenas de milha-res de empregos e, com isso, cria dinâmicas benéfi cas à conservação da fl oresta e da biodiversidade amazônica, disse Villas Boas.As outras duas palestras do evento foram apresentadas pela funcionária da Organização Mundial das Aduanas

(OMA), Maria Polner, e pelo diretor da Associação Latino Americana de Integração (Aladi), Roberto Rial França. Foi a primeira vez que representantes dos principais órgãos internacionais de facilitação de comércio participaram do seminário de comércio exterior inserido na programação da FIAM. Ambos apresentaram as principais diretrizes de trabalho e projetos de facilitação e integração em anda-mento em suas instituições.Entre os projetos apresentados, o maior destaque fi cou por conta do Programa de Certifi cação de Origem Digital (COD), que está sendo tratado com prioridade na agenda da Aladi e deverá ser implantado em caráter piloto no Brasil até o fi nal deste ano.O auditor fi scal da Receita Federal do Brasil, Juraci Garcia Ferreira, disse que atualmente existem diversas ações planejadas de facilitação e integração no Brasil, inclusi-ve com resguardo legislativo, mas a difi culdade maior é reunir as condições ideais para implementá-las de fato. Uma das grandes questões é a vontade política, que tem difi cultado a implementação das ações. É uma decisão governamental de querer apoiar fi rmemente e dar con-dições viáveis para execução das diversas ações planeja-das, incluindo recursos fi nanceiros, afi rmou Ferreira.

O Comandante do CINDACTA IV, Brigadeiro do Ar José Alves Candez Neto, explicou que já foi iniciado o treina-mento dos controladores de voo com o Sistema Avança-do de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional, o Sistema SAGITARIO. Até junho de 2012 o Sagitário vai estar funcionando por completo. A implantação é feita em duas fases: primeiro é montado um centro de controle de voo com os dois sistemas, o novo e o antigo, sendo feita uma operação paralela. Depois disso passa a operar apenas com o SA-GITARIO, afi rmou.

No seminário Produção Orgânica: Organização Produtiva versus Perspectiva de Negócios na Amazônia

Omar Aziz, governador do Amazonas, com nosso diretor Rodrigo Hühn, adorou essa edição da Amazônia

Ernani Siqueira, secretário de estado de Industria e Comércio do Tocantins, também aprovou a Amazônia

Gustavo Abreu Secretário adjunto de Comunicação de Roraima com Rodrigo e a Amazônia

Nelson Rocha, superintendente e Marcio Viei-ra, da comunicação do Sebrae Amazonas, com Rodrigo Hühn e a nossa Amazônia

Sistemas de controle de tráfego aéreo

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A criação de um centro de pesquisas hídricas na Ama-zônia para começar a olhar esses recursos como fator de competitividade foi sugerido na Conferência WITS (Água, Inovação, Tecnologia & Sustentabilidade) 2011: Rio + 20, Água & Sustentabilidade.A proposta foi apresentada na abertura da Conferência, pelo palestrante Raul Gouvêa, professor da Universidade do México e um dos coordenadores da mesa. O Brasil é o país mais rico do mundo em recursos hídricos, com 12% de água do planeta e 30% das reservas mundiais, mas é também campeão de poluição de recursos hídricos, apontou lembrando que aqui se discute muito a pre-servação da fl oresta, mas é hora de discutir também a viabilidade dos recursos hídricos.Gouvêa lembrou que o País já é um exportador de água virtual e está na mira de interesse de outros países que sofrem com problemas hídricos como México, China, Índia e África. Em algum momento o Brasil vai virar um grande polo que vai atrair países como esses e é tempo de começar a discutir a criação desse centro, afi rmou.Para Gouvêa, a combinação de esforços das áreas aca-dêmica, empresarial, governamental, e a contribuição de ONGs podem representar um passo decisivo para ver os recursos hídricos de maneira mais consistente. Já exis-tem esforços nesse sentido, mas não estão sendo coor-denados, assinalou.A implantação de biossensores nos rios da região para detectar os tipos de poluentes e o nível de poluição também foi sugerida pelo palestrante, que acrescentou à proposta a formação de um acordo transnacional para dar sustentabilidade aos projetos voltados para a área de maneira mais ordenada. A medida, segundo ele, é importante para dar uma visão dos recursos hídricos em tempo real e determinar uma posição quanto a diretrizes a serem traçadas sobre a criação do centro de pesquisas.Gouvêa também assinalou que essas medidas não po-dem tardar, porque países que têm problemas com re-cursos hídricos estão com os interesses voltados para a região em razão do grande potencial de água da Amazô-nia. Tecnologias são trazidas para cá para limpar a água e navios estão roubando nossa água, lembrou afi rmando, ainda, que em algum momento a região poderá desen-volver polos de exportação de recursos hídricos. Em 2050 vamos ter quase 2 bilhões de pessoas sem acesso à água potável e isso será um problema, porque vamos ter que

O público prestigiou como sempre e se encantou com as atrações da FIAM

Os tradicionais artesanatos indígenas fi zeram sucesso

Coleção de Tiaras de Fibra de Juta da Amazônia foi lançada na FIAM

O espaço orgânico e naturais

Estande do Sebrae Am

Estande da SUDAM Estande da SindNaval

Pesquisadores propõem cria-ção de um centro de pesqui-sas hídricas na Amazônia

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levar tecnologia de ponta para pessoas em comunidades sem água limpa, pessoas que adoecem pela ingestão de água contaminada, garantiu.

A cobertura jornalística internacional na Amazônia nas áreas de Ciência, Tecnologia, Informação e Meio Am-biente foi tema de debate na Jornada Internacional de Seminários, realizado pela SUFRAMA em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profi ssionais no Amazonas (SJPAM), Associação de Correspondentes Estrangeiros de São Paulo (ACE), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), e Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam).A programação contou com quatro palestrantes: o correspondente da TV Globonews em Londres, Silio Boccanera, o presidente da Associação de Correspon-dentes Estrangeiros de São Paulo (ACE), Roberto Cattani, professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Ricardo Alexino, e

o editor-chefe da Revista Novo Ambiente, com sede em Curitiba, Paraná, Edemar Gregório.Os debates foram mediados pelos jornalistas e professo-res dos cursos de Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Mirna Feitosa, e da Faculdade Boas Novas, Gerson Severo Dantas. A relatoria fi cará a cargo dos jornalistas Cristiane Barbosa e Ulysses Varela, vinculados à Fapeam.

Foi realizada em parceria com a Amazonas Convention & Visitors Bureau (ACVB) e a SUFRAMA, focando o turismo receptivo e o segmento da hotelaria corporativa. A Roda-da contou neste ano com a participação de 62 empresas no total, sendo 40 suppliers (companhias regionais ofer-tantes de produtos, roteiros e serviços turísticos amazô-nicos) e 22 buyers (empresas nacionais e internacionais interessadas em vender no mercado mundial os destinos da Amazônia Brasileira). Estiveram representados na Rodada cinco estados amazônicos: Amazonas, Acre, Ro-raima, Rondônia e Pará.

A Feira Internacional da Amazônia bateu mais um recorde na geração de negócios. Reunindo empresas e investido-res em interesses comuns, a Rodada de Negócios atingiu a marca de US$ 13.119 milhões em negócios acertados para curto e médio prazos, superando em 14,5% o resul-tado da edição daFIAM 2009, quando o valor atingido foi de US$ 11.435 milhões.

No interior do Studio 5

Estande do Peru

Estande do Equador

Estande da Venezuela

Estande do selo Amazônico

Seminário reuniu jornalis-tas do Brasil e do exterior

Rodada de Negócios de Turismo

FIAM 2011 gera valor recorde de US$ 13.1 milhões em negócios

Estande de Roraima Estande do Acre Estande do Tocantins

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Para o superintendente em exercício da Zona Franca de Manaus, Oldemar Ianck, o resultado comprova o poten-cial de promoção comercial alcançado pelo evento. Esse resultado comprova o êxito da FIAM 2011. A cada edição, superamos as expectativas com recordes em resultados, não apenas em negócios, mas também em número de expositores e de público, destacou. Na Rodada de Negócios participaram 26 empresas ân-coras (compradoras de produtos e serviços) e 136 em-presas ofertantes. Foram demandados principalmente os itens das áreas de artesanato regional, produtos fi tote-rápicos e fi tocosméticos, móveis e artefatos de madeira, frutas regionais, pescado, alimentos e bebidas, extratos e óleos vegetais, corantes naturais, ervas medicinais e aromáticas.A rodada envolveu empresas locais, do Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Pau-lo e também de países como Alemanha, Angola, Canadá, Equador, Espanha, Irã, Itália, Portugal, Uruguai e Estados Unidos.

Missões empresariais e representantes dos governos da Argentina, Áustria, Venezuela e Suriname visitaram, o estande da SUFRAMA na FIAM 2011, para audiências com o superintendente em exercício da autarquia, Olde-mar Ianck. As comitivas conheceram melhor o modelo Zona Franca de Manaus e as oportunidades de negócios na região, além de relatarem a experiência de participa-rem da Feira Internacional.

O Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS) aprovou todos os 35 projetos submetidos na pauta da 253ª reunião, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), no Centro. Os investimentos aprovados somam US$ 368 milhões com a previsão de 1.041 novos empregos nos próximos três anos.O superintendente em exercício da Zona Franca de Manaus, Oldemar Ianck, destacou durante a reunião alguns projetos como o da Kwasaki para produção de subconjunto de cabeçote, virabrequim, roda de liga e eixo de comando para motocicletas por vir adensar a forte cadeia produtiva do setor de Duas Rodas de Manaus. Outro destaque do supe-rintendente foram os projetos de tablets da Evadin e da Procomp.

CAS aprova projetos que vão gerar 1.041 empregos

Missões internacionais prestigiam a FIAM 2011

Pavilhão Principal, instalado em uma área de 10 mil metros quadrados, teve mais de 400

expositores dispostos em 208 estandes

Estande de Rondônia Estande da LG Estande da Honda

Estande da Samsung Estande da Nokia Estande do Banco da Amazônia

Rodrigo com os Caprichoso e Garanti-do no Espaço Cultural

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rios que inovação e tecnologia é algo que cabe no bolso de qualquer empresa e há mudança na gestão quando se aplica isso, o segundo é a absorção e a aceitação dos visitantes, e o terceiro é que mesmo o Tocantins não ten-do estrutura para um evento deste porte, conseguiu com esforço coletivo mostrar que o Estado tem capacidade para ir além”, avaliou Massuia.O Amazontech tem uma trajetória que começou há 10 anos, numa região que se destaca por ter o maior bio-ma de fl oresta tropical do planeta. Um desafi o que uniu diversas instituições em um único objetivo: desenvolver pequenos negócios sustentáveis da Amazônia, mediante a transferência de tecnologias, melhoria da gestão, ino-vação contínua e acesso ao mercado. Foi assim, como resultado de uma profunda refl exão sobre as necessida-des do setor produtivo da Amazônia Legal, que nasceu o programa. O Amazontech 2011 foi realizado pelo Sebrae Tocantins com a parceria do Governo do Estado do Tocantins, da Prefeitura de Palmas, da Embrapa – que trouxe ao even-

sses números superam as expectativas do Sebrae Tocantins em relação a realização do Amazontech 2011 – um programa volta-do para fomentar a inovação, tecnologia e

sustentabilidade nos micro e pequenos negócios da re-gião da Amazônia Legal – que foi realizado em Palmas, no Estado do Tocantins, entre os dias 18 e 22 de outubro, atraindo visitantes de diversos lugares do país e até pa-lestrantes estrangeiros. Com tudo isso o Sebrae Tocantins acredita ter desmistifi -cado a ideia que a Inovação, a Sustentabilidade e Tecno-logia só podem ser implantados nos médios e grandes negócios e ainda deixado vários legados para a popula-ção tocantinense, como bem afi rma o superintendente Paulo Massuia. “O primeiro deles é mostrar aos empresá-

maior evento de negócios sustentáveis da Amazônia

E

Alessandra Bacelar*por

Fotos: Rondinelli Ribeiro e Vinícius Parente

Em cinco dias de evento foi gerado um volume de negócios de mais de R$ 37 mi, uma participação de 64.611 visitantes, e a capacitação de 14 mil pessoas

Amazontech

O presidente do Sebrae Tocan-tins, discursando na abertura

do Amazontech 2011

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to resultados e experiências de 22 Unidades da empresa –, a Universidade Federal do Tocantins – UFT – e com ela as Universidades e Institutos Federais dos Estados que compões a Amazônia Legal e ainda cerca de 50 entidades apoiadoras do evento, entre federações, ministérios, autarquias, secretarias de estado e municípios, companhia de eletricidade, exército brasileiro entre outros.O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Roberto Pires, avalia que o Amazon-tech 2011 foi um divisor de águas. “Nós tivemos visitas de pessoas das mais diferentes idades. Estudantes a partir de 2 anos, empresários, comerciantes, professores, estu-dantes, pesquisadores entre outros, todos com vontade de conhecer novos caminhos, trocar ideias, encontrar subsídios para montar ou incrementar os negócios que pos-suem. Assim cumprimos a nossa missão de disseminar o conhecimento e propiciar o desenvolvimento do empreendedorismo no Tocantins”.

Na Rodada de Negócios, em 462 reuniões, bem mais do que o número previsto, foram prospectados R$ 5,7 mi. Estavam presentes 20 empresas âncoras e 100 ofertantes. O valor financeiro promete subir bem mais, já que muitos dos vendedores, as empresas que ofereceram os produtos, não tinham a pronta entrega materiais para atender a demanda. De Natividade, região sudeste do Tocantins, Lívia de Cerqueira Nunes da Silva e Zélia Nunes de Cerqueira apresentaram para os representantes das empresas compradores o “Amor Perfeito”’, um biscoito feito de polvilho, manteiga, açúcar e leite de coco, que derrete na boca. Os representes da empresa Mundo Verde gostaram tanto do biscoito que queriam comprar três toneladas do produto. “Ficamos empolgadas. Vamos investir em mão de obra”, disse Zélia empolgada. Ela sabe que para ganhar novos mercados vai ter especializar ainda mais a produção. “A prioridade é correr atrás do SIF (selo de inspeção federal). Com esse carimbo poderemos exportar o biscoito da tia Naninha”, continuou a microempresária fazendo referência a proposta de fornecer para outros países, como a China, por exemplo.

Economista Harry Hamming (coordenador do projeto de Pesquisa e desenvolvimento e Inovação da Empresa Eletro Rural) e Leopoldo Curado (empresário da Eletro Rural responsável pelo projeto da Casa sustentável que utiliza isopor na sua composição, reduzindo gastos e o tempo de construção)

Da esquerda para direita Jarbas Meurer (diretor administrativo e financeiro do Sebrae Tocantins); Kátia Rocha (secretária de Cultura do Tocantins); Paulo Massuia (superintendente do Sebrae Tocantins); João Oliveira (Vice Governador do Tocan-tins); Luiz Barreto (Presidente do Sebrae Nacional); Mila Jaber (Diretora Técnica do Sebrae Tocantins); Carlos Alberto dos Santos ( Diretor Técnico do Sebrae Nacional); Roberto Pires (presidente do Sebrae Tocantins)

Sucesso da Rodada de Negócios e de Projetos

A diretora técnica do Sebrae Mila Jaber disse que o acompanhamento e consultoria aos micro e pequenos empresários vai continuar.“O nosso trabalho não para agora. Vamos oferecer todo o suporte necessário para

Estande da Embrapa

Apresentação cultural dos índios Karajás na abertura do ciclo

de palestras magnas

Visão geral do salão das tecnologias, onde estava exposta a Cadeira híbrida

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vo financeiro, e foi justamente aproximar pesquisadores dos apoiadores que conseguimos na rodada de projetos”, acredita Meurer.

Sem sombra de dúvidas, o Amazontech 2011 provocou uma grande movimentação econômica, em torno de 50 atividades econômicas beneficiadas, dando oportunida-de para profissionais de diversos ramos.Foram gerados 800 empregos diretos, no que se refere a montadoras, eletricistas, produtoras de evento, esta-

garantir o sucesso dos negócios que estarão por vir, pois não adianta apenas facilitar o contato, é preciso acompa-nhar os empreendedores e orientar para as tomadas de decisões”, completou a diretora.A estimativa é de que o reflexo desta rodada seja colhido até os próximos anos, já que muitas das empresas que ofereceram seus produtos, não tinham produtos a pronta entrega suficientes para atender a demanda. Participa-ram ainda empresa do Amazonas, Roraima, Acre, Ron-dônia, Pará, Maranhão, Mato Grosso, São Paulo e Piauí. Na Rodada de Projetos, que prospectou um volume de negócios de 32 milhões de reais em 51 projetos finan-ciados, a intenção foi aproximar empresas, associações, instituições tecnológicas, pesquisadores e agentes finan-ciadores públicos e privados com o objetivo de facilitar a compreensão, por parte dos investidores, acerca do escopo de cada projeto e, desse modo captar parcerias, sejam elas técnicas e ou financeiras.De acordo com diretor administrativo financeiro do Sebrae Tocantins, Jarbas Luiz Meurer, as Rodadas de Negócios e projetos atingiram os objetivo. “Foi uma oportunidade ímpar de investimento para o pequeno empresário. Eles acreditaram e conseguiram novas portas. O pós evento vai ser melhor ainda, já que os negócios só começaram, sem falar no apoio que os projetos podem receber, os pesquisadores tinham ideias, projetos, falava o incenti-

Geração de emprego e renda

giários, segurança, limpeza, eletricista, entre outros. Três mil empregos indiretos também foram motivados pelo evento. Toda rede hoteleira, bares e restaurantes, agên-cias de turismo, taxis e fornecedores dos mais diversos segmentos.

A ampla programação contou com congressos, conferên-cias, palestras, seminários, cursos, workshops e oficinas em diversos segmentos de negócios. Uma oportunidade ímpar aos empresários dos mais diversos segmentos conjugarem negócios, acesso a novos mercados, capa-

Esquerda p/ direita - superintendente do Sebrae Tocantins Paulo Massuia, governador do Tocantins José Wilson Siqueira Campos, cosmonauta Marcos Pontes, secretário de Ciência e Tecnologia do Tocantins Borges da Silveira

Alunos da educação infantil visitan-do o amazontech 2011 e conhecen-

do o funcionamento de uma colméia

Rodada de Negócios - Micro e pequenos empresários oferecendo produtos a grandes

empresas compradoras.

Palestra no 1º Fórum de Turismo do Tocantins

Programação diversa

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citação gerencial, desenvolvimento técnico, acesso a crédito e mecanismos de inovação.Foram mais de 100 caravanas de instituições federais, municípios do interior do Estado e até de outros estados que vieram conhecer e participar do Amazontech, sem falar das visitas dos estudantes de todas as idades. Uma das turmas Paiol da educação infantil do Sesc, com 12 alunos de 2 anos de idade. Segundo a professora o even-to foi uma ótima oportunidade para os alunos conhece-rem o que está sendo abordado dentro da sala de aula no projeto Favo de Mel. “Elaboramos esse projeto porque uma de nossas alunas substitui o açúcar da comida pelo mel, em consequência disso o seu lanche é diferente do oferecido pela escola. Pensamos então em ensinar

diversos segmentos que pertencem aos núcleos distribu-ídos em todo o Estado.Aconteceram ainda grandes eventos como o 1º Congres-so de Apicultura e Meliponicultura da Amazônia, Sema-na Nacional de Ciência e Tecnologia, Seminário Energias Limpas, Conferência em Sustentabilidade, Desenvolvi-mento e Agroenergia, Fórum Imprensa, Conscientização e Poder de Transformação, 1º Fórum de Ecoturismo do Tocantins, Ciclo de Palestras Gestão e Empreendedoris-mo, Portal do Pescado, Painel Frutas da Amazônia, Painel da Bovinocultura.A Conferência Magna trouxe palestrantes de renome como

Dal Marcondes – explicando como é possível investir no verde e lucrar com isso -; o astronauta Marcos Pontes – re-velando o lado empreendedor durante a trajetória de vida, provando que é possível realizar sonhos-, e a Senadora Kátia Abreu apresentou o Arco Norte e a solução para o barateamento do frete através das hidrovias.Ainda teve a parte cultural, na abertura do Amazontech 2011 foi apresentando o espetáculo “Co yvy ore retama” idealizado pela coreógrafa e diretora cênica Meire Maria Monteiro e apresentando pela Companhia de Dança Con-tágius e a participação do grupo Tambores do Tocantins. No espetáculo uma mistura de elementos culturais como: a sússia, o babaçu, o buriti, os movimentos das águas, os quilombolas e etnias indígenas, a partir de várias lingua-gens artísticas e contemporâneas, reverenciando o belo, o simples, a cultura de um povo que nasceu sobre a forte influência, do sol, das areias, das serras, das secas, das águas dos rios Araguaia e Tocantin, da brejeirice e força do caboclo, das índias, das histórias que fazem do Tocan-tins um portal amazônico, estrategicamente sediado na entrada do norte deste país. Além disso, a cada dia antes das palestras magnas foi realizada uma apresentação cultural e no Espaço gastro-nômico cantoras tocantinense como Mara Rita, Juliana Maia e Queila Lipe se revezaram nas apresentações e encantamento dos visitantes.

às crianças todas as características das abelhas, desde a construção da colmeia, produção do mel e a retirada desse mel. O Amazontech foi uma excelente oportuni-dade delas terem a aula de campo”, ressalta a professora, Ediléia Coelho Reis.Na programação constava o Encontro Estadual do Pro-grama Empreender, que atende 30 núcleos em 10 mu-nicípios tocantinenses e, durante o Amazontech, reuniu 400 empresários, para a troca de experiências entre os

O governador do Tocantins José Wilson Siqueira Campos ao lado do superintendente do Sebrae conhe-cendo equipamento que produz biocombustível - projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Tocantins

Esquerda para direita - superintendente do Sebrae Tocantins Paulo Massuia, governador do Tocantins José Wilson Siqueira Campos, diretor administrativo e finan-

ceiro do sebrae tocantins Jarbas Meurer, diretora técnica do Sebrae Tocantins Mila Jaber. Visita do governador ao

Amazontech 2011

Curso sobre aproveitamento integral do pescado

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A empresa garante que a estrutura funciona com a mes-ma sustentabilidade e gera uma economia de 10% e um ganho de 50% em relação ao prazo de construção que pode chegar até 48 horas.

Os mais variados empreendimentos puderam ser vistos no Portal dos Estados. 70 expositore entre tocantinenses, empresários do Amapá, Amazonas, Acre, Roraima, Ron-dônia, Maranhão, Pará, Goiás, Mato Grosso e Santa Cata-rina vieram a Palmas especialmente para apresentar seus produtos no Amazontech 2011. Cosméticos, alimentos, roupas, calçados, iluminação, artesanatos, acessórios e

Quem visitou o Amazontech conheceu experimentos e invenções que garantem a sustentabilidade. De Rondô-nia veio o sanitário ecológico portátil. Não usa água para descarga e nem precisa de rede de esgoto. Também não polui solo ou subsolo. O material transformado pode ser usado como adubo.Do Maranhão veio a cadeira híbrida. É uma cadeira de três rodas, em vez de quatro. É a primeira cadeira desse modelo do Brasil. Ergometricamente correta, com des-locamento rápido. Já de Minas Gerais o fogão do futuro, criado pelo pesquisador Denilson José Bruzi. “É uma tecnologia de geração elétrica com uso de fogão a lenha voltado a atender comunidades isoladas. É uma miniu-sina doméstica. Faz uso de biomassa renovável para a geração de energia”, comentou o pesquisador.Do Tocantins, teve a casa sustentável de 44 metros qua-drados, construída em 15 dias, com base de concreto leve e tecnologia que utiliza isopor reciclável. O projeto é da empresa Eletro Rural que desenvolveu uma estrutura de Painel Modular de Fechamento Pré-Moldado em con-creto leve, uma tecnologia que utiliza isopor triturado no processo de industrialização dessas estruturas.“O isopor é matéria-prima na nossa indústria e por isso temos parceria com a Associação de Catadores para for-necimento de isopor. Esse é o grande diferencial do nosso projeto, pois substituímos em 100% a utilização da brita pelo isopor reciclável triturado”, informa o economista Harry Hamming, coordenador do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da empresa Eletro Rural, sediada em Porto Nacional.

alternativas inovadoras de negócios. Quem passou pelo portal descobriu que uma pequena lâmpada LED, por exemplo, economiza mais energia que todas as lâmpadas convencionais de uma casa familiar, sendo ainda a única que não emite raio UV, nem aquece com a temperatura alta. Teve também licor da castanha do pequi, fruta típica da região, e duas máquinas capazes de aproveitar o fruto, da casca à castanha, de maneira sustentável, uma inovadora criação de um aposentado tocantinense. A criatividade da Amazônia Legal esteve em todos os lugares e quem conheceu o Portal dos Estados sai enriquecido de infor-mações culturais.

No Fórum de Turismo do Tocantins

Inauguração da Ponte da sustentabilidade com as presenças dos representantes do Exército brasileiro, Sebrae e Prefeitura de Palmas

Armazém dos Artesanatos - exposi-ção de artesanatos dos estados da

Amazônia Legal

Apresentação do espetáculo “Co yvy ore retama” na abertura do

Amazontech 2011

Curiosidades

Portal dos Estados

Apresentação dos Tam-bores do Tocantins

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A Vitrine Tecnológica da Embrapa foi uma atração a parte. Na área de realização do evento foi construído um mapa de 80 metros de extensão representando o Estado do Tocantins, uma moldura feita com cerca de 90 espécies vegetais e formando figuras representativas do Estado, a exemplo do boi, abelha, babaçu, uma gota representando o potencial hídrico e o arroz aludindo à rizicultura do Tocantins. Abaixo do mapa, o desenho de duas mãos, que de acordo com o autor do projeto Edson Alves, da Embrapa transferência de Tecnologia, represen-

tava a sustentabilidade. Houve também a preocupação de apresentar tecnologias relacionadas à produção agrí-cola de baixo carbono, como os sistemas Barreirão, Santa Fé, Brangatino e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

O evento deixou marcas definitivas no local onde foi realizado. Na parte de segurança e atendendo às reco-mendações do Corpo de Bombeiros, foi contratado um projeto de Combate a Incêndio e Sistema de Pará-Raios Prediais (SPDA) para o Espaço Cultural. Foi feita também

a renovação do Sistema de Hidrantes – com inclusive troca de bombas hidráulicas e mangueiras -, adaptação e instalação de corrimãos e guarda-corpo, sinalização apropriada. Também foram trocadas todas as lâmpadas de emergência.O Sebrae custeou ainda uma ampla reforma do prédio da Diretoria de Meio Ambiente, construiu uma casa em modelo de construção sustentável, além da colocação do forro de buriti, e serviço de envernizar e descupinizar o madeiramento, e pintura de todo o prédio.A organização do evento ainda apoiou um pacote de medidas inovadoras para a paisagem local. A construção

Mostra de variedades agrícolas

Bens definitivos

Projeto Biomas da CNA

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de uma passarela definitiva entre os dois parques com cerca de 400 metros interligando o Espaço Cultural ao Orquidário no Parque das Flores Tropicais – onde se situa a Diretoria de Meio Ambiente. E foram construídas duas Pontes da Sustentabilidade numa parceria entre Sebrae, Celtins, Prefeitura de Palmas e Exército Brasileiro permi-tindo a travessia de pedestres no trecho de várzea e na calha do córrego Brejo Comprido. A construção foi feita a partir de postes de madeira retirados de uso nas redes públicas e doados pela Celtins. Já a concepção geral do projeto, o projeto executivo e ambiental, ações mecani-zadas e manuais ficou a cargo da Prefeitura Municipal, por meio da Diretoria de Parque e Jardins – DIPAJ. O Sebrae ficou responsável pelos recursos materiais e o Exército com uma equipe especializada em processos construtivos.Na concepção do projeto - além de fazer a interligação de 2 parques centrais da cidade, criou-se um espaço atrativo de visitação, contemplação e conhecimento da dinâmica da Mata Ciliar, sua estrutura de vegetação, solos, fauna e regime hidrológico, permitindo o entendimento e a valo-rização de áreas tão críticas e tão bonitas, chamadas de Fábricas de Água (as várzeas e suas nascentes, inclusive cm buritizais) e a Mata Ciliar (a guardiã das águas, pois dá vida e protege a calha dos corpos de água de uma série de fatores). Possibilitando que a população visite e entenda a Natureza e seus processos naturais de forma íntima, próxima, pois num gesto de saúde, de educação e de convívio social integrado.

Sebrae Tocantins, Sebrae Nacional, Unidades do Sebrae dos Estados da Amazônia Legal, Governo do Estado do Tocantins, Confederação Nacional da Agricultura – CNA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRA-PA, Universidade Federal do Tocantins – UFT, Instituto Federal do Tocantins – IFTO, Companhia de Energia Elétrica do estado do Tocantins – CELTINS e Prefeitura de Palmas.

Encontro dos Agentes Locais de Inovação

A praça da tecnologia

Indios Karajá se apresentando antes das palestras

Realizadores

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Estadual do Mato Grosso – UFMT, Universidade Federal do Ceará – UFCE, Hotel Pousada Ville La Plage.

Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins – ADAPEC-TO, Banco da Amazônia, Banco Nacional de Desenvolvi-mento – BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Fede-ral, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP, Federação da Agricultura do Tocantins – FAET, Federação das Associações Comerciais e Industriais do Tocantins – FACIET, Sistema Fecomércio Sesc/Senac – Tocantins, Sistema Fieto Sesi/Senai/IEL – Tocantins, Ins-tituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, Ministé-rio da Agricultura Pecuária e do Abastecimento – MAPA, Fundação de Ampara a Pesquisa do Tocantins – FAPT, Fundação Getúlio Vargas – FGV, Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – FUCAPI, Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA, Museu Paraense Emilio Goeldi , Ministério do Meio Ambiente – MMA, Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA, Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Instituto de Desenvolvi-mento Rural do Estado do Tocantins – RURALTINS, Mi-nistério da Ciência e Tecnologia – MCT, Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário – SAF, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins – SECT, Secretaria de Educação do Estado do Tocantins – SEDUC, Secretaria do Meio Am-biente e Desenvolvimento Sustentável – SEMADES, Ser-viço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI-TO, Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOP, Secretaria de Industria e Comércio – SIC, Subsecretaria de Aquicultura e Pesca do Estado do Tocantins – SUSAP, Subsecretaria de Energias Limpas do Estado do Tocan-tins, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Uni-versidade Federal do Amazonas – UFAM, Universidade Federal do Maranhão – UFMA, Universidade Federal do

Palestra do Cosmonauta Marcos Pontes

Alunos participando de experiências cientificas na Semana de Ciência e Tecnologia

Comercialização de artesanatos

Pará – UFPA, Universidade Federal de Roraima – UFRR, Universidade de Brasília – UNB, Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS, UNITINS – AGRO, Universidade

Apoio Institucional

[*] Assessoria de Comunicação do Sebrae Tocantins

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Sustentável do País”), coordenadora do Centro de Re-gulação da FGV, e da diretora de Planejamento, Novos Negócios e Comercialização da Eletrobras Furnas, Olga Simbalista (“A Sustentabilidade da Matriz Energética Brasileira”). O painel foi mediado pelo jornalista Sidney Rezende, apresentador da GloboNews.Reunidos no auditório do Centro de Convenções SulAmé-rica, na Cidade Nova, cerca de 400 pessoas participaram do evento e foram saudados, na abertura, pelo diretor da FGV, Mario Pinto. O painel foi transmitido ao vivo para a sede da FGV na Barra da Tijuca, onde aproximadamente 70 pessoas também participaram dos debates.Joisa Dutra afirmou que o Brasil vive um momento muito favorável com a estabilidade macroeconômica, mas terá

Brasil tem sido um exemplo para o mun-do quando o assunto é energia elétrica. Além de atender à quase totalidade da sua população (98%), o modelo brasi-

leiro de geração de energia é limpo, provêm de fontes renováveis e, portanto, é ambientalmente sustentável. O grande problema enfrentado pelo país neste setor é o alto preço das tarifas, puxado principalmente por tribu-tos, encargos e custos de geração e de transmissão.Esta foi a principal conclusão do painel promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na noite de segunda-feira, sob o tema “Energia e Sustentabilidade no Brasil do Século XXI”, que contou com palestras da economista Joisa Dutra (“O Papel da Energia Elétrica no Crescimento

A sustentabilidade brasileira na energia elétrica é exemplo para o mundo

Oque vencer os desafios impostos pelos grandes eventos esportivos que sediará nos próximos anos – o mais ur-gente, o resgate do papel do planejamento no setor. “A energia elétrica no país caracteriza-se pela carga disper-sa e pelo extenso sistema de transmissão”, afirmou. Em todo o território nacional há, atualmente, mais de 95,5 mil quilômetros de linhas de transmissão, que precisam

O FGV Management realizou recentemente a segunda edição do Painel FGV com o tema: “Energia e Sustenta-bilidade no Brasil do Século XXI”

Flávio Decat, Joisa Dutra, Mario Pinto e Olga Simbalista participam do debate mediado pelo jornalista Sidney Rezende

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energia”, concluiu, comparando o setor com o de tele-comunicações, que deu grandes saltos qualitativos nas duas últimas décadas.

Os desafios do setor elétrico para fazer frente ao cres-cimento da demanda, as questões regulatórias e os avanços tecnológicos na área da energia foram os temas apresentados pela coordenadora do Centro de Regulação da Fundação Getulio Vargas, Joisa Dutra.Pelas projeções da Empresa de Planejamento Energético,

ser expandidas em 38% até 2019 – para 132,4 mil qui-lômetros.Destacando o “momento mágico” vivido pelo país, Olga Simbalista disse que o futuro já chegou para o setor energético brasileiro, que tem quase 90% de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis. “Temos uma ener-gia limpa e singular”, avaliou, informando que apenas 5% da energia consumida no Brasil hoje são importados de outros países, contra os 45% observados no final dos anos 70. “Não existe país no mundo que tenha o mesmo desempenho, o que nos coloca num patamar competiti-vo fantástico”, resumiu. No debate seguinte às palestras, o presidente da Ele-trobras Furnas, Flávio Decat, afirmou que os problemas ambientais causados pelos reservatórios das hidrelétricas estão com os dias contados: as usinas do Rio Tapajós –

Vencimento das concessões: desafios para o setor

que nasce no Mato Grosso, atravessa o Pará e deságua no Rio Amazonas – serão construídas no modelo das plata-formas de petróleo. As áreas destruídas durante as obras serão reconstruídas e reflorestadas e o acesso se dará apenas aos funcionários, por helicópteros. “Os problemas ambientais são causados pelo homem que fica na área das usinas e tem que sobreviver”, informou.No encerramento do painel, o diretor da FGV, Mario Pin-to, disse que duas grandes lições o levariam a refletir: o otimismo quanto ao futuro energético do país e a certeza de que em dez anos o mundo será muito melhor do que o atual. “Estamos no limiar de uma nova era na área de

Flávio Decat: “Os problemas ambientais são causados pelo homem que fica na área

das usinas e tem que sobreviver”

Olga Simbalista, diretora de Planejamento, Novos Negócios e Comercialização da Eletrobras Furnas

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82%. No Brasil, as perspectivas para os próximos anos são ainda melhores, segundo Olga. Até 2019, o Brasil de-verá ter uma participação de 48% das fontes renováveis na matriz energética total, enquanto no mundo fica em torno de 13%.A diretora da Eletrobras Furnas destacou os avanços no país da geração de energia eólica. “Na semana passada, tivemos um leilão de energia eólica. Vamos construir tor-res de geração de até 140 metros de altura, com fator de aproveitamento de 54%. Isso é uma revolução”, afirmou ela, ressaltando que esse tipo de energia já compete com a hidráulica em termos de preço.A vantagem brasileira na segurança do abastecimento, com base na produção de 95% da energia que consome, também foi destacada pela executiva. “A dependência externa já chegou a 45% após o choque do petróleo. Hoje, o suprimento brasileiro depende de apenas 5% de importações, concentrados no gás da Bolívia, no carvão que alimenta a indústria siderúrgica e na energia gerada pela Itaipu Binacional. Não há outro país no mundo com um nível de dependência tão baixo”, declarou.

o Brasil deve aumentar sua capacidade de geração de energia em 61%, de 2009 a 2019, passando de 103 mil megawatts de capacidade instalada para 167 mil MW.A carga gerada anualmente deve aumentar 54% até 2019, passando da média de 55 mil MW para 85 mil MW. Para Joisa, o momento brasileiro é favorável ao se-tor, mas também traz grades desafios. “Há perspectivas de crescimento forte, mas isso demanda também gran-des investimentos”, afirmou.Na área regulatória, a especialista ressaltou a preocupa-ção com as concessões que vencerão a partir de 2015. Segundo ela, as concessões de 22,5% do parque hidre-létrico do País (43% da capacidade instalada) expiram nos próximos anos. Na área de distribuição, 43 das 64 concessões terminam entre 2015 e 2020. Na transmis-são, esse percentual chega a 82%. As renovações ou as novas licitações ainda não foram definidas pelo governo. “Existem múltiplas soluções, mas há indícios de que governo teria preferência pelas renovações”, afirmou ela, lembrando que as estatais serão, proporcionalmente, as mais afetadas pelo vencimento das concessões atuais.Joísa acredita que esta é uma oportunidade para se re-desenhar as áreas de concessão no setor de distribuição de energia, pois há empresas com áreas muito pequenas. “No segmento de distribuição, os ganhos de escala são muito importantes”, explicou.Apesar dessas preocupações, Joisa elogiou diversos as-pectos do modelo regulatório do setor, em vigor desde 2004. “É um modelo que tem alcançado resultados positivos na capacidade de entregar eletricidade, mas sempre é tempo de aprimorar”, avaliou.Nos aspectos sociais e de sustentabilidade do modelo re-gulatório, Joisa também ressaltou os resultados alcança-dos como a universalização do acesso à energia elétrica, que atinge 98% da população, e a diversificação da ma-triz energética. “O Brasil está numa posição privilegiada, com grande participação de energia renovável”.

A grande diversificação da matriz energética brasileira, com elevada participação de fontes renováveis, e a baixa

dependência externa no suprimento levam o país a um “momento mágico” na área energética. A avaliação é da diretora de Planejamento, Novos Negócios e Comerciali-zação da Eletrobras Furnas, Olga Simbalista.A executiva destacou os rápidos avanços do setor de energia no Brasil e a sustentabilidade da matriz energé-tica nacional. “O Brasil era o país do futuro, pois na área de energia o futuro já chegou”, afirmou Olga, lembrando que, até o período pós-guerra, 86% da energia brasileira ainda vinham da queima de lenha.Pelos dados de 2010, 87% da eletricidade do país vêm de fontes renováveis, sendo 80% de hidrelétricas. Na participação na matriz energética total, considerando todas as formas de energia utilizadas, as fontes renová-veis representam 45%, com destaque de 14% das fontes hídricas e de 17%, dos derivados da cana-de-açúcar.No mundo, a participação das fontes renováveis é bem inferior. Os combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, respondem pela geração de 68% de toda a ele-tricidade consumida globalmente. Na matriz energética global de 2010, os combustíveis fósseis representavam

Joisa Dutra: “Há perspectivas de crescimento forte no setor de

energia, mas isso demanda tam-bém grandes investimentos”

Brasil vive ‘momento mágico’ na área de energia

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O ENCONTRO DOS LÍDERES DO SETOR DE GERAÇÃO DE ENERGIA NA AMÉRICA LATINA

2º Edição

30 de janeiro

a 01 de fevereiro de 2012

CENTRO DE CONVENÇÕES SULAMÉRICARIO DE JANEIRO - BRASIL

ORGANIZAÇÃO E PROMOÇÃO:

PATROCINADORES PLATINUM:

PATROCINADORES OURO:

APOIOS DE MÍDIA:APOIOS:

w w w . e n e r g e n l a t a m . c o m . b r

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Brasil 2022 de erradicar a extrema pobreza. Busca tam-bém atender os princípios de empoderamento da Orga-nização das Nações Unidas Mulheres, contribuindo com a autonomia econômica e financeira das mulheres por meio da capacitação para a inclusão produtiva. O lançamento do Programa aconteceu durante o I Se-minário Superação da Pobreza, realizado na sede da Empresa, em Brasília. O evento reuniu empregados, parceiros e contou com a presença da ministra da Secre-taria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, além de representantes da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, da Eletrobras, e ministérios da educação e do Desenvolvimento Social. “A demonstração na abertura seminário e na assinatura dos convênios é a reafirmação dos compromissos da Empresa com a sociedade. Mais do que um discurso, é uma prática que se repete e que, atra-vés da projeção, a Eletronorte cumpre seu papel social e dá exemplo para outras empresas”, destacou a ministra Iriny Lopes.O diretor-presidente da Eletrobras Eletronorte, Josias Ma-tos de Araujo, disse que o momento é um marco, e ga-rante que a Empresa vai fazer história nesse processo. “O nosso envolvimento com as comunidades onde atuamos

os últimos anos, cerca de 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média. A estabilidade econômica do País e os pro-

gramas sociais do governo federal são alguns dos fatores responsáveis por uma melhor condição socioeconômica do povo brasileiro. Mesmo com os avanços, mais de 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza ex-trema. Com o objetivo de romper as barreiras sociais, po-líticas, econômicas e culturais que ainda segregam parte da população, o governo federal lançou o Plano Brasil Sem Miséria. E, apoiadora desse desafio, a Eletrobras Eletronorte lançou no dia 17 de novembro o Programa de Superação da Pobreza. A elaboração do plano de combate à pobreza está ligada ao objetivo estratégico da Empresa de alcançar resulta-dos sustentáveis e ao compromisso institucional com as Metas do Milênio, o Pacto Global e as metas do Plano

Eletrobras Eletronorte lança Programa para Superação da Pobreza

N

é o que nos dá a certeza de que podemos contribuir de forma significativa para mudar a história desses milhões de brasileiros e brasileiras que ainda estão em condições de pobreza extrema”.Josias disse ainda que muitos se perguntam o que uma empresa de geração de energia tem a oferecer em ter-mos de combate à miséria. “E eu digo que podemos fazer muito. Atuamos em uma região onde a principal dificul-dade não é apenas a baixa renda, mas o acesso a políti-cas públicas, então é nosso dever usar a estrutura que já temos para chegar até essas pessoas e tentar melhorar suas condições de vida”, afirmou.

Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Josias Matos de Araujo, presidente da Eletronorte, e a deputada Janete Pietá, participam do lançamento do Programa pela Superação da Pobreza

Fotos: Ubirajara Machado/ASCOM/MDS e Valter

Campanato/ABr

Em apoio ao Brasil sem Miséria, e com foco nas mulheres, Empresa vai estimular a implementação de alternativas econômicas que produzam riquezas e, ao mesmo tempo, garantam a preservação ambiental

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A contribuição da Eletrobras Eletronorte para o Plano Brasil Sem Miséria foi oficializada por meio da assinatura de protocolos de intenções com a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e com o Ministério da Educação (MEC). Um dos focos das ações será o programa Mulhe-res Mil, do MEC, que pretende capacitar 100 mil mulhe-res de baixa renda até 2014.O acordo assinado com o Ministério da Educação vai viabilizar a elaboração de propostas para ampliação da escolaridade, da qualidade de ensino e a inclusão pro-dutiva das mulheres nas áreas dos empreendimentos da Eletrobras Eletronorte. A ação está ligada ao objetivo es-tratégico da Empresa de alcançar resultados sustentáveis. A ação está alinhada com as Metas do Milênio e o Pacto Global 2022 de erradicar a pobreza. O foco da Empresa é o publico feminino, por esse ser o segmento mais vulne-rável em relação à pobreza.Para a ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Iriny Lopes, é importante criar alternativas que estimu-lem a independência econômica feminina. “É um plano estratégico. São cursos que vão capacitar mulheres para que não fiquem dependentes economicamente e tenham capacitação para disputar vaga no mercado de trabalho. Assim elas farão da atividade não só um complemento da renda, mas que construam uma renda própria para viver com dignidade”, destacou.Estruturado em três eixos – educação, cidadania e de-senvolvimento sustentável – o Programa visa a inclusão social, por meio da oferta de formação focada na autono-mia e na criação de alternativas para a inserção no mun-do do trabalho. Para a diretora de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Patrícia Barcelos, “a parceria com a Eletronorte demonstra que as empresas públicas se preocupam com o desenvolvimen-to social e também com a questão de gênero”.

Desde março deste ano, a Eletrobras Eletronorte apoia,

Respeito à Protocolos

Mulheres de Fibras

em Belém, o projeto Mulheres Artesãs do Barreiro, que já capacitou 145 mulheres de baixa renda do bairro do Barreiro, considerado um dos mais pobres e perigosos da capital paraense. Entre essas mulheres está Florentina Aquino da Fonseca, 67 anos, que, após conhecer o pro-jeto a convite de uma amiga, foi escolhida para passar por um treinamento avançado. Hoje, além de vender os produtos que confecciona, também é instrutora de ou-tras mulheres do projeto.Das mãos de Florentina saem bolsas feitas de banners e outros materiais que seriam destinados ao lixo, além de panos de prato e guardanapos pintados. O Programa foi uma virada na sua história. “Eu ajudei meus irmãos a estudar, mas nunca havia estudado. Queria aprender a costurar e nunca pude”, lembra. “As dificuldades eram tantas, que eu pensava que iria morrer sem deixar uma casa digna para os meus filhos e netos, mas estou conse-guindo”, comemora.Maria de Fátima Oliveira Gomes é programadora de computadores na Eletrobras Eletronorte. Durante o Se-minário, ela apresentou como o projeto mulheres artesãs de Barreiro no Pará virou realidade. Segundo ela, o pro-jeto, que nasceu da idéia de um estagiário da Central de Tecnologia da Eletronorte em Belém, ganhou o apoio da empresa, que cedeu espaço para as aulas e para a venda dos produtos confeccionados pelas alunas. “A partir daí, todo o esforço de reunião e divulgação dos cursos foi fru-to do trabalho voluntário de vários funcionários”, conta. Futuramente, o plano é formalizar o negócio das mulhe-res artesãs por meio da criação de uma associação.

O recorte de gênero do Programa se dá pelo fato de que as discussões sobre o tema consideram a pobreza como um conjunto homogêneo. Essa escolha está de acordo com a visão dos programas sociais brasileiros e da pró-pria ONU, segundo a qual “a miséria é feminina” e sua erradicação depende, em grande medida, de dar renda e oportunidade às mulheres.

A subsecretária de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a coordenado-ra Maria do Carmos Godinho, afirma que não se trata apenas de um debate, mas de dar continuidade a um trabalho que vêm sendo desenvolvido ao longo desses anos. “As empresas têm um papel estratégico funda-mental nesses processos. Vivemos em um momento privilegiado, mas ainda precisamos introduzir mudanças nas relações de trabalho entre homens e mulheres, para que elas possam, enfim, participar desse novo cenário de desenvolvimento econômico e social”, disse.Ainda segundo a coordenadora, na 3° Conferência Nacio-nal de Política para as Mulheres - que ocorrerá em Brasí-lia, de 12 a 15 de dezembro - serão discutidas questões como a desigualdade salarial, a avaliação, mecanismos de identificação e taxa de ampliação das mulheres no mercado de trabalho, entre outros. “A melhor forma de acabar com a pobreza no Brasil é permitir que as mulhe-res trabalhem”, destacou.

Lançamento do Programa pela Superação da Pobreza, durante a abertura do primeiro seminário Programa Eletrobras Eletronorte

pela Superação da Pobreza

Ana Fonseca e Florentina Aquino, durante o evento

Boa vizinhança

A miséria é feminina

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mudanças na cadeia de consumo precisam ser repensa-das. “A base do empreendedorismo social está em resol-ver problemas coletivos”, opina. Já Feldmann lembra que “uma empresa sustentável é aquela que gera lucro, mas protege o meio ambiente e a vida daqueles que ela inte-rage”, opina. Cabe ressaltar que os especialistas presentes no evento lembraram que sustentabilidade não é só uma questão ambiental e o principal objetivo é formar uma sociedade com o mínimo de igualdade que consuma de forma consciente.De acordo com a consultora do Sebrae-SP, Dorli Martins, nas grandes empresas, iniciativas sustentáveis estão em vigor devido ao maior aporte fi nanceiro e também pela economia gerada. “Temos que mostrar para as micro e pequenas empresas que ser sustentável é mais barato”, garante. “O uso racional dos recursos reduz os custos e, consequentemente, aumenta a lucratividade”, completa.A cobrança dos consumidores por produtos que foram gerados sem a exploração de mão de obra e respeitan-do a natureza certamente é uma oportunidade para os empreendedores adentrarem nesse mercado. “Hoje, os brasileiros estão propensos a pagar mais por produtos ecologicamente corretos”, afi rma Tortorella. A opinião é compartilhada por Feldmann. “Acredito que logo a socie-dade vai repudiar as empresas que não respeitam o meio ambiente”, fi naliza.

No evento foi lançado o 3º Prêmio Fecomercio de Sus-tentabilidade, novamente com abrangência nacional. Nesta edição o foco será ‘inovação’ aplicada pelos setores do varejo, indústria governos, entidades representativas, professores e estudantes universitários, com projetos que contemplem os “Princípios do Varejo Responsável”. Para Goldemberg, atualmente “há inúmeras inovações ocor-

ifundir o empreendedorismo social no Brasil é um dos caminhos mais adequados para o desenvolvimento sustentável do País. Iniciativas louváveis vêm sendo rea-

lizadas nos últimos anos, mas ainda é preciso sensibilizar mais empresários da importância dessa agenda, sobre-tudo os que dirigem micro e pequenas empresas. Com o objetivo de analisar o assunto a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fe-comercioSP) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP) se uniram para a realização do “1° Seminário de Empreendedoris-mo Social e Desenvolvimento Sustentável”, realizado, na sede da FecomercioSP.O evento foi aberto pelo presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, e pelo presidente do Conselho Delibe-rativo do Sebrae-SP, Alencar Burti, e contou com a parti-cipação de vários especialistas. Na opinião do presidente do Conselho da Pequena Empresa da FecomercioSP, Paulo Feldmann, para que o empreendedorismo social vigore no País, é necessário realizar uma série de altera-ções na cadeia de consumo atual. “As mudanças só vão ocorrer na medida em nós tivermos uma conscientização da sociedade em relação ao meio ambiente”, explica. Se-gundo ele, um dos principais motivos para que as micro e pequenas empresas no País não consigam realizar ações sustentáveis bem sucedidas é a alta carga tributária que impossibilita destinar mais recursos para o ‘verde’.Para o diretor técnico do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, as

Empresa sustentável é aquela que gera lucro, mas protege o meio ambiente

D

rendo em todas as áreas no setor comercial e o Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade tem como objetivo esti-mular essas inovações”, afi rma.Mais uma vez, o prêmio é desenvolvido a partir de uma parceria entre a FecomercioSP e o Centro de Desenvolvi-mento do Varejo Responsável da Fundação Dom Cabral. O evento de lançamento marca o início da fase de ins-crições da terceira edição, cujos vencedores serão conhe-cidos em março de 2013. Em sua edição mais recente, a premiação contou com 314 projetos inscritos de 19 Estados, chegando a 28 fi nalistas.As inscrições podem ser feitas no site: www.fecomercio.com.br/sustentabilidade

Lançamento do 3º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

Evento realizado pela FecomercioSP em parceria com o Sebrae-SP discutiu o conceito de empreendedorismo social no Brasil

ambiente”, fi naliza.

Durante o 1° Seminário de Empreendedorismo Social e Desenvolvimento Sustentável

Abram Szajman - Presidente da FecomercioSP

José Goldemberg presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP

Abram Szajman presidente da FecomercioSP e Alencar Burti presidente do Conselho

Deliberativo do Sebrae-SP

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dores que estiveram reunidos em Balneário Camboriú entendem que o conhecimento da biota habitante das áreas de potencial explotação do petróleo, suas relações ecológicas e o contexto geral do meio, no que se trata das características físico-químicas e geológicas e suas fragilidades frente à intervenção antrópica, são questões que necessitam de atenção para garantia da integridade do meio marinho. Realizado de dois em dois anos, o congresso serviu de plataforma para discutir questões voltadas ao meio am-biente, destacando temas como a Avaliação Integral do Estado de Conservação da Biodiversidade em Ecossiste-mas Marinhos e Costeiros do Litoral Iberoamericano para a Adaptação as Mudanças Climáticas. Os participantes do congresso também refl etiram sobre O Litoral, o Homem e a Sociedade: Lições do Passado Antigo e Recente, com o doutor João Manuel Alveirinho Dias, da Universidade de Algarves, Portugal. Em meio aos debates científi cos, foi realizada a VI edição da Feira Técnico-Científi ca Brasil Oceano. De grande im-portância entre profi ssionais e acadêmicos das Ciências do Mar, a feira se transformou em um verdadeiro ponto de encontro entre os congressistas e fórum ideal para a troca de informações e ideias sobre iniciativas públicas e privadas. O espaço, aberto ao público, foi utilizado basi-camente para apresentação de novos produtos, serviços e tecnologias para pesquisadores, empresários, acadê-

“Carta de Balneário Camboriú”, resulta-do do XIV Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (Colacmar2011), propõe ao Ministério de Ciência, Tecno-

logia e Inovação a criação do Instituto Brasileiro de Ciên-cias do Mar (IBCM), uma entidade de direito civil, com ampla participação de todos os segmentos da sociedade, incluindo a contribuição da Marinha. Organizado pelo Congresso Latino-Americano de Investigadores em Ci-ências do Mar (Alicmar) e pela Associação Brasileira de Oceanografi a (AOCEANO), o Colacmar 2011 reuniu em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, entre 31 de outubro e 4 novembro, pesquisadores, profi ssio-nais, estudantes e representantes do setor produtivo para discutir o conhecimento gerado na área de ciências do mar nos últimos 30 anos. O IBCM proposto pela carta estabelece a integração de saberes para a geração de novos produtos que integrem informações pertinentes a quem gera riquezas a partir da explotação do Oceano Atlântico Sul. O objetivo é oti-mizar o fl uxo de informações entre os diversos setores envolvidos com a pesquisa nos oceanos. Os pesquisa-

COLACMAR 2011

Amicos e comunidade, bem como estudos de casos que possibilitaram relatos de experiências em atividades de-senvolvidas na área das Ciências do Mar. Um dos desta-ques da feira foi o estande da Petrobras, construído com um cenário virtual em 3D, projetado em cave (caverna digital) usado para apresentações na sala de realidade virtual sobre o ambiente marinho da Bacia de Campos.

Adão Pinheiro*por

Fotos: Colacmar 2011

Carta de Balneário Camboriú propõe a criação do Instituto Brasileiro de Ciências do Mar

Fernando Diehl, oceanógrafo presidente da Alicmar, abriu

ofi cialmente o evento

Durante a abertura do Colacmar2011

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Congressistas do Colacmar participaram de ampla

programação

Colacmar reuniu 2,5 mil pesqui-sadores, estudantes e profissio-nais de vários países do mundo

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A ameaça de derramamento de óleo no mar é outra grande inquietação dos cientistas que participaram do congresso. O doutor Luís Henrique Melges de Figueire-do, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), lembrou durante o congresso que o Brasil não possui um plano de contingencia específico para o derramamento de petróleo. Apesar de não haver esse plano de contin-gência, conforme Melges, o risco de um acidente com uma embarcação da marinha mercante, por exemplo, é maior que com um petroleiro. A razão são os investi-mentos feitos pelas empresas do setor, que aprenderam com erros anteriores em todo o mundo, citando com um exemplo positivo os investimentos feitos pela Petrobras. O profissionalismo das empresas petroleiras, no entan-to, não impede o país de implantar esse plano de con-tingência, uma vez que o Brasil e a Venezuela tendem a se tornar grandes produtores de petróleo na América Latina. As pendências ambientais trazidas à discussão durante o Colacmar apontaram, por exemplo, que o go-verno brasileiro vai intensificar a implantação do sistema de gestão ambiental portuária em 2012. O sistema tem como desafio desenvolver uma cultura ambientalista, tomando a sociedade parceira no desenvolvimento de mecanismos de proteção do meio ambiente, com vistas não apenas recuperar áreas degradadas pela ação portu-ária, mas principalmente implantar planos contingentes e emergenciais. De acordo com o doutor, Odmir Andrade de Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), esse sistema vai servir de modelo para todos os portos maríti-mos do Brasil, podendo ser utilizado através de um pro-grama de computador, que terá como base informações fornecida pelas administrações portuárias. O modelo de

gestão foi apresentado no seminário “Gestão portuária: a reestruturação portuária e o controle ambiental” dentro da programação do XIV Congresso Latino Americano de Ciências do Mar (Colacmar 2011). Com a implantação do programa, o governo passa a atender os compromissos ambientais firmados internacionalmente e aos novos parâmetros que fazem parte da lei ambiental brasileira. Conforme Odmir, com o novo sistema, o sistema portu-ário nacional terá que fazer o monitoramento ambiental. A partir do monitoramento, o governo vai conseguir ter um histórico sobre o potencial de impactos da ativida-de portuária. Entre os potenciais de impacto a serem monitorados pelo programa de gestão portuária estão dragagens e a disposição dos materiais dragados, aci-dentes ambientais com derramamento de produtos; ge-ração de resíduos sólidos; contaminações por lavagens de embarcações e drenagens de instalações; introdução de organismos exóticos nocivos embarcados em outras partes do planeta, e lançamento de efluentes líquidos e gasosos.

Os cientistas também querem um melhor aproveitamen-to do potencial marinho, tendo como base a inovação tecnológica e produção de combustíveis alternativos. O professor-doutor Sérgio Lourenço, do Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF), explica que pesquisa realizada no Instituto de Bio-logia da universidade indica que microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético para produ-zir 90 mil quilos de óleo por hectare. Segundo o estudo, elas têm diversas outras vantagens. Do ponto de vista ambiental, o biodiesel de microalgas libera menos gás carbônico na atmosfera do que os combustíveis fósseis, além de combater o efeito estufa e o superaquecimento.A alternativa também não entra em conflito com a agri-cultura, pois, pode ser cultivada no solo pobre e com a água salobra do semi-árido brasileiro - para onde a água do mar também pode ser canalizada - e abre possibilida-des para que países tropicais (como a Polinésia e nações africanas) possam começar a produzir matriz energética.

Microalgas

O projeto Amazônia Azul

Gestão costeira

Painéis apresentaram um pouco do que as universi-dades estão pesquisando em Ciências do Mar

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Além disso, as algas crescem mais rápido do que qualquer outra planta. “O biodiesel de microalgas ainda não é viável, mas em cinco anos haverá empresas produzindo em larga escala”, estima Sergio Lourenço, responsável pelo estudo.

Um tesouro escondido no fundo do mar, repleto de riquezas minerais e biológicas espa-lhadas por mais de quatro milhões de quilômetros quadrados. Este patrimônio nacio-nal, ainda desconhecido por boa parte dos brasileiros, é a Amazônia Azul. O território apresenta enorme potencial de desenvolvimento para o País e, assim como a Amazônia verde, está ameaçado pelos interesses internacionais e pela biopirataria. Conforme o Contra Almirante Paulo Moreira, que também palestrou no Colacmar 2011, algumas iniciativas já foram tomadas no sentido de reunir esforços para definir estratégias de melhor aproveitamento e exploração da região.O Brasil possui interesses importantes e distintos na chamada Amazônia Azul. Cerca de 95% do comércio exterior brasileiro passam por essa massa líquida, movimentando mais de 40 portos nas atividades de importação e exportação. Por outro lado, é do sub-solo marinho, no limite da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), mas, futuramente, no limite da plataforma continental estendida, que o Brasil retira a maior parte do seu petróleo e gás, elementos de fundamental importância para o desenvolvimento do País. Na regiào, também é relevante a atividade pesqueira, que permite retirar do mar re-cursos biológicos ricos em proteína. Embora com futuro incerto, ainda que promissor, o Brasil, nos limites da sua Amazônia Azul, poderá explorar e aproveitar os recursos minerais do solo e subsolo marinhos, entre eles os nódulos e sulfetos polimetálicos, as crostas manganesíferas, os hidratos de gás e as crostas de cobalto.

Principal atração da VI edição da Feira Técnico-Científica Brasil Oceano, o estande da Petro-bras tornou-se uma grande área de convivência. Com um cenário virtual em 3D projetado em cave (caverna digital), o estande foi utilizado para apresentações sobre o ambiente marinho da Bacia de Campos. As informações foram desenvolvidas com base nos resulta-dos do projeto Habitat, que faz parte do diagnóstico ambiental oficial da Bacia de Campos, região situada entre o Estado do Rio de Janeiro e o sul do Espírito Santo.O Projeto de Caracterização Ambiental Regional da Bacia de Campos (PCR-BC) surgiu a partir de demanda do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e foi delineado

Amazônia Azul

Cave da Petrobras

Feira Brasil-Oceano

Feira Brasil-Oceano apresentou o projeto Amazônia Azul

Estande da Petrobras na Feira Brasil-Oceano

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Estande da FURG

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para gerar e consolidar conhecimento sobre os aspectos físico, químico, geológico, biológico e socioeconômico da região, englobando uma área de 100 mil km². O projeto possui duas vertentes principais: uma referente ao enten-dimento socioeconômico da atividade pesqueira e outra referente ao meio natural, denominado Projeto Habitat – Heterogeneidade Ambiental da Bacia de Campos. As informações foram transformadas em uma base de dados úteis para a melhoria da tomada de decisão e ges-tão ambiental na região, além de serem transformadas em uma coleção de publicações científicas. Os dados foram coletados entre a costa e 3 mil metros de profun-didade do mar, sendo possível obter uma caracterização bastante completa da região. O estande da Petrobras no congresso também contou com apresentações orais, computadores para integração com o Sistema de Infor-mação Geográfica da Bacia de Campos, computadores para interação com o Biomapas - um mergulho na di-versidade da fauna marinha brasileira através do Google Maps - e vídeos institucionais com projetos ambientais da estatal.

Em 2013, o Colacmar será realizado em Punta del Este, no Uruguai. A 15ª edição do congresso terá o apoio do Departamento de Oceanologia da Faculdade de Ciências da Universidade da República Oriental do Uruguay, no Conrad Puntal del Este Resort & Casino, apontado pelos organizadores como o mais equipado centro de eventos daquele país. O único congresso de investigação sobre ci-ências do mar realizado no Uruguai aconteceu em 1983. Com isso, pretende-se comemorar os 30 anos do último grande evento em Ciências do Mar ocorrido no PaDurante o congresso serão realizadas conferências, sim-pósios temáticos, minicursos, exposições permanentes, excursões e eventos paralelos. Em Santa Catarina o congresso foi considerado um sucesso. De acordo com o oceanógrafo e presidente da Alicmar, Fernando Diehl, o Colacmar 2011 realizado em Balneário Camboriú propor-cionou uma qualidade de debates sobre o setor que cer-tamente irá repercutir entre o setor cientifico e produtivo ao longo dos próximos dois anos.

Colacmar 2013

Estande do Závora Lab – Ecociência

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ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou semana passada o Portal Saúde com Mais Transparência http://portal-saude.saude.gov.br , que divulgará as

transferências de recursos do ministério a estados e mu-nicípios, tanto por repasses diretos quanto por convênios, as licitações em curso no órgão e os planos e relatórios de gestão da União, dos Estados e dos municípios.A nova ferramenta, desenvolvida em parceria com a Controladoria-geral da União (CGU), permite ao cidadão

Saúde com Mais Transparência O

O diretor do Fundo Nacional de Saúde, Antônio Oliveira Júnior, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o coordenador-geral do Departamento de Monitoramen-

to e Avaliação do SUS, Paulo Eduardo Sellera, durante lançamento do portal Saúde com Mais Transparência

A nova ferramenta permite a população acompa-nhar os repasses feitos pelo governo federal aos estados

e municípios. Na foto, modelo para avaliação pública

Controladoria-geral da União (CGU), permite ao cidadão

Transparência de recursos e ações da Saúde é ampliada

em novo portal

O Portal Saúde com Mais Transparência permi-te aos cidadãos obter informações sobre o uso dos recursos federais destinados ao setor da saúde transferidos aos estados, municípios e Distrito Federal, dis-criminados por programa orçamentário ou por bloco de fi nancia-mento. Também apresenta os valores pagos através de convênios com entidades públicas e privadas, bem como, acessa os planos e relatórios de gestão, permitindo ao cidadão acompanhar como é investido o dinheiro da saúde na sua cidade ou no seu Estado.

acompanhar como é gasto o dinheiro da saúde pública, reforçando o controle social sobre os recursos do Sistema Único de Saúde. “É fundamental a participação da socie-dade, gestores e conselheiros de saúde no aprimoramen-to do acesso às informações públicas e no combate ao desperdício de recursos. Mais do que um compromisso de gestão, está ferramenta é um novo canal entre o mi-nistério e os cidadãos”, avalia Padilha.No site, é possível visualizar as transferências por bloco de fi nanciamento – Atenção Básica, Assistência Far- macêutica, Gestão do SUS, Média e Alta Complexidade,

Vigilância em Saúde e Investimento – desde 2005, mês a mês. Além da consulta online, é possível fazer download das planilhas. Todos os cidadãos poderão também con-sultar a quantidade e os valores de convênios fi rmados com o Ministério da Saúde, que poderão ser confronta-dos com os Planos de Saúde dos estados e municípios, instrumentos de planejamento das ações de estados e municípios.Os gestores locais alimentarão o portal com a situação das metas físicas de seus planos e com o Relatório Anu-al de Gestão, documento que deve ser aprovado pelos respectivos conselhos de saúde e que comprova a apli-cação de recursos do SUS. Além do monitoramento das movimentações fi nanceiras, o portal traz informações atualizadas sobre programas do ministério e a infraestru-tura de saúde no país, como a quantidade de equipes do programa Saúde da Família por município e o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de estabelecimentos do Farmácia Popular.

Transparência

A nova ferramenta permite a população acompa-nhar os repasses feitos pelo governo federal aos estados

Transparência de recursos e Transparência de recursos e ações da Saúde é ampliada

O Portal Saúde com Mais Transparência permi-te aos cidadãos obter informações sobre o uso dos recursos federais destinados ao setor da saúde

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s mudanças ambientais que tomaram conta do planeta nos últimos 20 anos são destaque em uma nova compilação de dados estatísticos realizada pelo Pro-

grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente –PNU-MA), divulgada no relatório intitulado “Keeping track of our changing Environment : From Rio to Rio +20” (De olho no meio ambiente em mutação: Do Rio à Rio+20). O relatório é parte da série GEO-5 (Panorama Ambiental Global - 5) do PNUMA, o documento de maior autorida-de da ONU sobre o estado, as tendências e perspectivas do meio ambiente global. O relatório completo será lan-

Desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável rumo à Rio+20 e além

A

Para manter o controle do nosso ambiente em mudança

Ao passo que o mundo chega ao marco de 7 bilhões de pessoas, o novo relatório do PNUMA mostra as mudanças que o meio ambien-te vem sofrento nas últimas duas décadas

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çado em Maio de 2012, um mês antes da Conferência Rio+20 que acontecerá no Brasil no ano que vem.O Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, lembrou que “Hoje termina o prazo para os governos, empresas e a sociedade civil apresentarem as suas observações sobre como a Rio +20 pode alcançar um resultado de transformação quanto à aceleração e intensificação do desenvolvimento susten-tável para um mundo de sete bilhões de pessoas”.“O relatório nos leva de volta ao nível básico, destacando desde o rápido acúmulo de gases de efeito estufa até a erosão da biodiversidade e o aumento de 40 por cento no uso dos recursos naturais — mais rápido do que o crescimento da população global. Mas o relatório tam-bém mostra o modo como, quando há uma reação, é possível alterar drasticamente a trajetória de tendências perigosas que ameaçam o bem-estar humano — as iniciativas para acabar com produtos químicos que pre-judicam a camada de ozônio compõem um exemplo vivo e poderoso”, acrescentou.Através de dados, gráficos e imagens de satélite, o relató-rio do PNUMA oferece uma ampla gama de informações

Mulheres de Fibras

Latitudes mais ao norte estão tendo mais mudanças bruscas de temperatura

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Source: USGS; Visualization UNEP-GRID Sioux Falls

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sobre uma série de questões-chave: população, mudan-ças climáticas, energia, efi ciência no uso de recursos, fl orestas, segurança alimentar, uso do solo e água po-tável; com exemplos que vão desde o derretimento de geleiras no oceano Ártico até as novas tendências no uso de energia.Os autores do relatório apontam que a falta de dados sólidos e sistemas de monitoramento para medir o pro-gresso continuam a ser um dos obstáculos para alcançar os objetivos ambientais fi xados pela comunidade inter-nacional. O estudo mostra as peças que faltam no nosso conhecimento sobre o estado do ambiente e solicita que esforços globais promovam uma coleta de dados cientifi -camente credíveis para o monitoramento ambiental.A Cúpula Eye on Earth, que está sendo realizada em Abu Dhabi agora em dezembro, representa uma oportuni-dade onde cientistas, decisores políticos e governos vão trabalhar juntos para defi nir os principais desafi os e so-luções relacionados com o acesso e o compartilhamento de dados ambientais.

Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, popularmente conhecida como Cúpula da Terra – Rio 92, foi convocada no Rio de Janeiro para abordar o estado do am-biente e o desenvolvimento sustentável. O encontro rendeu vários acordos importantes, incluindo a Agenda 21, um plano de ação ado-tado por mais de 178 governos para enfrentar os impactos humanos sobre o meio ambiente a nível local, nacional e global, bem como tra-tados fundamentais sobre as mudanças climáticas, a desertifi cação e a biodiversidade. Em junho de 2012, será realizada a análise desses progressos na Rio +20.

Facilitada pela Iniciativa Global de Da-dos Ambientais de Abu Dhabi (AGEDI) e hospedada pela Agência Ambiental de Abu Dhabi (EAD) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A cúpula Eye on Earth vai intensifi car os esforços existentes para encontrar soluções glo-bais unifi cadas para os problemas que impedem o acesso a dados e informa-ções sobre o meio ambiente.

Grandes porções da fl oresta amazônica foram desma-

tadas para pastagens e fazendas

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como instrumento para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.Nesse sentido, os Ministros demonstraram a certeza de que a Conferência é uma oportunidade adequada para avaliar e determinar ações e medidas que permitam atingir as metas de desenvolvimento sustentável da região. No documento também reiteram que, depois de mais de trinta anos de vigência, o Tratado de Cooperação Amazô-nica demonstrou ser um marco válido para a promoção do desenvolvimento sustentável com caráter inclusivo de seus respectivos territórios amazônicos sob os critérios de sustentabilidade, conservação e aproveitamento dos recursos naturais.A XII Reunião de Ministros das Relações Exteriores dos

s Ministros de Relaciones Exteriores dos Países Membros da Organização do Tra-tado de Cooperação Amazônica (OTCA) adotaram o Compromisso de Manaus e

a Declaração dos Ministros de Relações Exteriores dos Países Membros da OTCA para a Conferência Rio + 20, em Manaus, no dia 22 de novembro de 2011.O Compromisso de Manaus constitui um novo respaldo político para a OTCA no seu processo de relançamento iniciado em 2009. Os chanceleres deram instruções à Secretaria Permanente para que coloque em prática o Observatório Amazônico e acolheram a iniciativa do Equador para a criação da Universidade Regional da Amazônia. Ao Conselho de Cooperação Amazônica fi cou encarregada a constituição de um grupo de trabalho

para que faça propostas e analise iniciativas de desenvol-vimento social na Amazônia.Além disso, se comprometeram a promover seminários para aprofundar o relançamento político da OTCA e o de-senvolvimento de espaços de dialogo com as populações amazônicas. Também devem ser iniciados diálogos com especialistas no campo da inclusão social, luta contra a pobreza e erradicação da pobreza extrema.Os ministros também destacaram a promoção dos co-nhecimentos tradicionais dos povos indígenas e de ou-tras comunidades tribais da Amazônia. Assim como o apoio à iniciativa Yasunní-ITT (Equador) e fi zeram um re-conhecimento ao Peru pelos esforços para a erradicação da mineração ilegal. Igualmente, ressaltaram a impor-tância de projetos para a recuperação, refl orestamento e conservação das zonas afetas. Na Declaração dos Ministros de Relações Exteriores dos Países Membros da OTCA para a Conferência Rio + 20, os chanceleres reconheceram que a Conferência das Na-ções Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Conferência Rio 92), signifi cou a consolidação do para-digma de desenvolvimento sustentável que integra, com o mesmo nível de importância, os pilares social, am-biental e econômico do desenvolvimento. Foi ressaltada a transcendência do Tratado de Cooperação Amazônica,

Chanceleres dos Países Amazônicos adotaram a Declaração para a Conferência Rio+20 e o Compromisso de Manaus

OPaíses Membros da OTCA será realizada no segundo se-mestre de 2012, no Equador.Participaram da XI Reunião, o Ministro das Relações Ex-teriores do Brasil, Antonio de Aguiar Patriota que presidiu o encontro; o Secretário-Geral da OTCA, Embaixador ® Alejandro A. Gordillo; o Ministro de Relações Exteriores, Comércio e Integração do Equador, Ricardo Patiño; o

Ministro do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro Moros; o Ministro de Negó-cios Estrangeiros de Suriname, Winston Lackin; a Vice-Ministra de Relações Exteriores da Colômbia, Monica Lanzetta Mutis; o Vice-Ministro de Relações Exteriores do Peru, José Antonio Meier; o Embaixador da Repúbli-ca Cooperativista da Guiana no Brasil. Kellawan Lall e o Diretor-Geral de Relações Multilaterais do Ministério de Relações Exteriores da Bolívia, José Crespo Fernández. Também contou com a participação de delegados dos Países Membros da OTCA.

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, An-tonio de Aguiar Patriota

presidiu o encontro

Na reunião dos Ministros das Relações Exteriores dos Países Membros da OTCA, em Manaus

Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota (à dir.) acompanhado de outros

chanceleres presentes no evento

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A programação reuniu cursos sobre mudanças climáticas e o mercado de carbono, turismo sustentável, gestão in-tegrada dos resíduos sólidos, agricultura orgânica, cons-trução sustentável e outros. Foram realizadas também mesas redondas sobre Produção Sustentável, Consumo Consciente e Qualidade de Vida e Biotecnologia à serviço da saúde e proteção da natureza. O Secretario do Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza, Deodato Ramalho, destacou que o Brasil vem dando muita contribuição para os debates mundiais sobre o meio ambiente. “Os empreendimentos conse-guem, sim, dialogar com a natureza. O desenvolvimento e o crescimento são compatíveis com o meio ambiente”, pontuou o secretário em sua palestra durante o evento. Um dos momentos mais esperados foi o Fórum de Lí-deres, que reuniu gestores da cidade de Seul e onde foi apresentado o projeto de recuperação, revitalização e ur-

e 21 a 27 de novembro, Fortaleza sediou a quinta edição do Encontro Interconti-nental sobre a natureza – 02. Promovido pelo Instituto Hidroambiental Águas do

Brasil (IHAB), o evento foi realizado no Centro de Con-venções do Ceará e reuniu chefes de estado, empresários, cientistas e lideranças políticas. Considerado um dos mais importantes eventos quando o assunto é ecologia, o “02” é um espaço amplo para se discutir aspectos do desenvolvimento sustentável no planeta, ressaltando experiências práticas, trabalhos científi cos e alternativas de manejo geoecológico. Na solenidade de abertura, o presidente do IHAB e co-ordenador do evento, Clodionor Carvalho de Araújo, destacou a importância da realização do O2 para a cons-trução de um mundo sustentável onde todos (sociedade, empresários e governos) façam sua parte para a preser-vação do meio ambiente e da vida. Segundo Clodionor Araújo, o objetivo geral do O2 é discutir sobre as questões do desenvolvimento sustentável em nível intercontinen-tal, ressaltando as atuais condições do planeta, além de mobilizar a população em geral para a conscientização do interesse pela proteção da água, do meio ambiente, do turismo ecológico e a convivência harmoniosa dos seres vivos.

5º Encontro Intercontinental sobre a Natureza(O2) destaca projetos de Seul como referência em sustentabilidade para o mundo

D banização do rio Ham Gang e de áreas degradas da cida-de, considerada referência quando o assunto é sustenta-bilidade e tecnologia de inovação. O Fórum de líderes foi coordenado pelo banco do Nordeste e teve a participação da Secretaria de Cidades do Estado do Ceará.“O projeto enfatizou a recuperação dos ambientes natu-rais. Em quatro anos dobramos o numero de arvores na cidade, criamos vários acesso ao rio, pontes e algumas atrações ao redor do rio como taxis aquáticos, hidrovia de pianos, palcos fl utuantes. Além da revitalização pre-tendíamos deixar as pessoas mais felizes e conseguimos.

Shows e homenagens marcaram a abertura do O2 no Parque do Cocó

Rodrigo Neto*por

Fotos: Fernando Rocha

Da esquerda para a direita: Jovem embaixador do Meio Ambiente, Iranildo de Sousa; Presidente do IHAB, Clodionor Araújo e o prefeito de Ibiapina, Marcos Antônio da Silva

Árvores Ecológicas

Crianças participam de ofi cinas sobre o meio ambiente

Estudantes movimentam o Encontro Intercontinental da Natureza

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Ambiente Ar: Vilmar Berna (Rebia)- Medalha de Honra ao Mérito O2Ambiente Terra: Deodato José Ramalho Jr. (PMF)Ambiente Água: Wellington Santos Damasceno (BNB)Ambiente Floresta: Iraguassu Teixeira Filho (Governo do Estado do Ceará)Ambiente Ar: Odailton Silva Arruda (Coelce)- Condecoração Embaixador O2Robson José de Oliveira (Presidente EUBRA) A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro foi homenageada com a Medalha Honra ao Mérito O2 pelos projetos de trabalhos relacionados ao meio ambiente.

Shows e homenagens marcaram a abertura do O2 no Parque do Cocó. Um espetáculo a favor da natureza. Som, música, dança e muita animação marcaram a abertura da quinta edição do Encontro Intercontinental sobre a Natureza – O2, em Fortaleza. O Parque Ecológico do Cocó, principal área verde da ca-pital cearense recebeu autoridades locais, especialistas e um grupo diversificado interessado em participar e acompanhar as atrações musicais. Os destaques da noi-te foram o grupo Vidança que trabalha com a temática

ecologia, o compositor cearense Carlito Matos e a dupla Ítalo e Renno.O Encontro Intercontinental sobre a Nature-za é realizado no Brasil desde 2003, sempre em anos impares. Durante o evento, serão apresentados modelos de política, gestão e conceitos de recuperação e urbanização de áreas degradas e implantação de infra-estrutura básica multissetorial integradas para evitar problemas estruturais futuros nos centros urbanos.

Isso nos deu reconhecimento em nosso país e no exte-rior”, disse Lee Doung Ryul, diretor do projeto Han Gang, de Seul.Outro ponto importante foi a Conferência sobre o Rio +20, evento que acontecerá no Rio de Janeiro, em 2012 e visa renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92).O “O2” realizou ainda apresentação de casos exitosos, oficinas de educação ambiental, livraria ecológica, feira-Proeco com exposição de tecnologias limpas e negócios sustentáveis e visitas técnicas. Na programação, houve ainda homenagens para personali-dades que se destacaram na atuação pelo desenvolvimento sustentável e na preservação do meio ambiente e que te-nham se destacado na proteção dos recursos naturais.

Comenda e Troféu Amigo das ÁguasAmbiente Floresta: Ronaldo Gilberto Hühn e Rodrigo Barbosa Hühn (Revista Amazônia)Ambiente Terra: Inês Santos Oliveira (Revista Eco 21)Ambiente Água: Fátima Cortez (Revista Imprensa)

Confira a lista de homenageados na abertura do O2:

Clodionor Araújo, com a representante da Fiocruz, Janete Teixeira, que recebeu a Medelha de Honra ao

Mérito O2

Festa da Natureza

[*] Jornalista da Inove Comunicação - Assessoria de Imprensa do Encontro

Intercontinental sobre a Natureza

Clodionor Araújo entre Lee Dong Ryul, representante da Coreia do Sul e Park Sang

Bo, representante da Coreia do Sul

Representantes da Secretaria de Cidades do Estado do Ceará, do Banco do Nordeste, do Instituto Hidroambien-

tal Águas no Brasil e da Comitiva de Seul, na Coréia do sul, no Fórum de Lideres

A solenidade de abertura aconteceu no Parque Ecológico do Cocó, com o Festival Eco Arte Cultura que reuniu shows musicas da dupla de sanfoneiros Ítalo e Renno, do compositor cearense Carlito Matos, além de dança e teatro com a temática ecologia

Stand do Departamento Nacional de Obras contra a Seca expõe projeto com peixes

Ronaldo e Rodrigo Hühn, com o presidente do CREA-CE, quando foram homenageados com a comenda e trofeu “Amigo das Águas”

Robson José de Oliveira, presi-dente EUBRA e Embaixador O2

Ronaldo Hühn, Clodionor Araujo, Rodrigo Hühn e Robson José de Oliveira, presidente EUBRA, o Embaixador O2

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secamente ligada à manutenção da sustentabilidade, da economia e também da saúde da população”, concluiu.Haroldo Mattos de Lemos, presidente do Instituto Bra-sil PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, também foi uma das autoridades presentes durante a abertura da feira. “Acompanho a FIMAI desde o início e, este ano, a feira reforça sua posição de pionei-rismo em meio ambiente industrial. Outra característica da feira é que com o passar dos anos o número de parti-cipantes aumenta consideravelmente”, colocou.De acordo com Lemos, um dos aspectos mais importan-tes incorporados à esta edição da FIMAI e seus eventos paralelos é que eles apresentam de que forma as em-presas podem contribuir para que o conceito de susten-tabilidade seja implantado na sociedade. “A abordagem do SIMAI este ano também foi fundamental pela impor-tância do tema discutido: a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos. A política veio para deixar explícito que as organizações devem pensar a longo prazo – coisa que as grandes empresas já fazem. Precisamos perceber que temos um problema de exaustão de recursos hídricos – e essa lei nos traz mecanismos que tornam possíveis gerir as ações entre indústria, governo e sociedade”, coloca.Para Carlos Santos, diretor de engenharia da Cetesb – Companhia Ambiental de São Paulo, o evento é funda-mental para o setor: “gostaria de oferecer minhas since-ras congratulações ao Julio Tocalino Neto, que garante, há 13 anos, a inserção do tema ambiental no dia a dia da sociedade”, salientou. “A própria legislação faz menção sobre a melhor tecnologia aplicável e economicamente viável à problemática ambiental e aqui, na FIMAI, temos a união de empresas que oferecem estes serviços. É, sem dúvida, uma feira de grande magnitude.”

oluções inovadoras, cases de sucesso e a expertise de empresas especialistas no mundo todo foram alguns tópicos que os visitantes conferiram durante a XIII FIMAI

- Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, que apresentou excelentes resultados. A feira teve um saldo de aproximadamente 30 mil visi-tantes, sendo a maioria, profissionais que atuam na área socioambiental e especialistas nos assuntos.Reunindo mais de 420 expositores, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, a XIII FIMAI superou as expectativas da edição anterior, de acordo com o diretor executivo, Julio Tocalino Neto. “Como sempre, a feira está crescendo em número de visitantes e congressistas e o que perce-bemos este ano foi que a qualificação técnica tanto dos expositores, bem como dos visitantes, aumentou muito. Isso é resultado de um mercado cada vez mais exigente”, declarou.Entre as autoridades que prestigiaram o evento estavam José Roberto Ramos Novaes, diretor regional titular da FIESP – Federação Nacional das Indústrias do Estado de São Paulo, e o Deputado Federal Arnaldo Jardim que foi, inclusive, um dos palestrantes do VII Seminário de Resí-duos Recicle Cempre.Ramos destacou que em 16 anos a RMAI – Revista Meio Ambiente Industrial, organizadora do evento, “investe com competência e seriedade na divulgação de ações desenvolvidas no segmento”.Novaes ressaltou, ainda, a importância da introdução das micro e pequenas empresas no universo da conscientiza-ção socioambiental. “Elas são as grandes impulsionado-ras na cadeia produtiva econômica nacional e é de suma importância alavancar esse pensamento, investindo e propondo soluções”, disse.Já para Jardim, participar da feira e do seminário torna explícito o crescimento do evento e sua representativi-dade para o setor. “O pioneirismo e desdobramento da FIMAI estimula o investimento das empresas em susten-tabilidade e gestão no processo – produto”, observou.De acordo com Jardim, “É essencial ressaltar sempre a consciência ambiental, principalmente com a Política Nacional de Resíduos Sólidos promulgada em agosto de 2010 (projeto pelo qual é relator), pois ela está intrin-

Resultados da XIII FIMAI

SMais de 420 expositores, no Pavilhão

Azul do Expo Center Norte

Fotos: Tay Martins, Katia Arantes

A 13ª edição da maior feira de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade da América Latina teve recorde de participação internacional

Chegada dos participantes

VII Recicle Cempre

Desde a primeira edição, o Seminário de Resíduos Re-cicle CEMPRE, promovido pelo Cempre - Compromisso Empresarial pela Reciclagem, apresenta as questões que envolvem o cenário dos resíduos sólidos no Brasil. Este ano o seminário teve enfoque especial um ano de existência da Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus desdobramentos.Victor Bicca Neto, presidente do Cempre, destacou que em face à aprovação da PNRS, o Cempre está ascenden-do cada vez mais, podendo, assim, cumprir o seu papel. “Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil torna-se modelo para o mundo de como podemos criar um mecanismo eficiente de reciclagem que advogue a inclusão social como um dos mais importantes prin-

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cípios. No entanto, é preciso destacar que apenas 8% dos municípios brasileiros realizam a coleta seletiva, de acordo com a pesquisa Ciclo Soft, realizada pelo Cempre. Neste contexto, os acordos setoriais serão peças-chave para a eficácia da PNRS”, informou.Com o tema “Reciclando nosso Compromisso com o Meio Ambiente”, a programação da 7ª edição do Recicle CEMPRE enfocou temas ligados às práticas nos setores de destinação de resíduos sólidos industriais e gerencia-mento de resíduos urbanos; cases de sucesso e sobre a iniciativa privada, prefeituras, cooperativas e associações, além de legislações e assuntos gerais.

Com as presenças de 16 países representados por empre-sas do Japão, Itália, Finlândia, França, Reino Unido, Alema-nha, Espanha, China, Suíça, República Tcheca, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Portugal, Suíça e Polônia - que mostraram todas as novidades entre produtos e serviços li-gados à área ambiental, mais uma vez o evento ressaltou o fortalecimento e expansão do mercado no cenário mundial em prol da conservação ambiental e colocou o Brasil em destaque na agenda ambiental desses países.Valeria Martinez, representante do Consulado Geral Bri-tânico – Reino Unido, afirmou que participar da FIMAI é importante não só pelo destaque que a feira possui, mas também por promover as iniciativas do empresa-riado brasileiro no setor. “Além de estarem interessadas no mercado ambiental brasileiro, as empresas britânicas aproveitam para estreitar o relacionamento com os clien-tes e fazer novos contatos”.Um grupo de 96 empresários oriundos de diversas regi-ões da Alemanha vieram para o Brasil especificamente para visitar a feira, pela importância que ela representa

para o setor. Já a Baviera, realizou 235 reuniões de roda-das de negócios durante os três dias de evento.A delegação da Suíça, representada por 10 empresas, trouxe a expertise do país em soluções ambientais. De acordo com André Leal, do departamento de desen-volvimento de negócios da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, a feira, antes mesmo de terminar já havia trazido bons resultados aos participantes. “Pela câmara as expectativas para a próxima FIMAI são muito boas. A feira já trouxe, inclusive, resultados positivos para algu-mas empresas”, salientou.Dan Epstein, diretor de Sustentabilidade dos jogos Olímpi-cos de Londres, em 2012, no painel realizado no dia 8 de novembro, no XIII SIMAI - Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, disse: “A vitória da campanha de Londres para sediar os Jogos Olímpicos de 2012 foi garantida pelo projeto totalmente voltado à ques-tão da sustentabilidade, onde não apenas a Vila Olímpica seria beneficiada, mas sim a cidade inteira”.De acordo com o diretor executivo da FIMAI, Tocalino Neto, a importância da sustentabilidade é notória no mundo todo. “Houve um aumento de interesse dos pa-íses europeus e asiáticos em relação ao tema”, informou. “Muitos já confirmaram presença, inclusive, para a próxi-ma edição da FIMAI”, relatou.

Uma das principais atrações foi a Estação de Reciclagem, operada na feira pelo terceiro ano consecutivo. O diretor executivo do Cempre, André Vilhena, ressaltou a impor-tância desta iniciativa no evento. “É muito importante termos ações como esta numa feira do porte da FIMAI. O resultado disso é um projeto que acaba sendo ambiental,

econômico e social”, declarou.A Estação foi comandada por uma Cooperativa de Cata-dores, associada ao Cempre, que fez o processo de tria-gem, operação de prensa e encaminhamento do mate-rial. Ela foi responsável por realizar a gestão dos resíduos gerados durante os três dias de seminários e feira. “Além de ser importante para divulgar o trabalho que está sen-do feito pela cooperativa, todos querem saber como fun-ciona uma Estação de Reciclagem, e isso acaba fazendo parte da vida de todo mundo”, explicou Vilhena. Todo o material arrecadado foi doado para a Cooperativa.

Durante a feira foram realizadas diversas iniciativas de organizações privadas, como as palestras realizadas pelo Senai Meio Ambiente.De acordo com Jefferson de Oliveira Gomes, gerente executivo do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, a premissa é assistir à indústria nacional por intermédio de educação, tecnologias e auxílio ao pro-cesso de inovação nas empresas. “O foco do Senai Meio Ambiente se direciona à prestação de serviços técnicos na tomada de decisões multicritérios voltadas ao meio ambiente, assim como assessorar as empresas no pro-cesso produtivo com viés sustentável”, observou.Para a empresa, segundo ele, inovação é um tripé que envolve os seguintes fatores: tecnologia disponível, re-cursos humanos e um ambiente repleto de indústrias. “Por isso, a FIMAI é um ambiente onde se vem para ve-rificar e compartilhar informações de alto nível no setor ambiental”, finalizou.Em 2012, a FIMAI acontecerá de 6 a 8 de novembro no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo.

Abertura oficial da XIII FIMAI

Expositores Internacionais e Rodadas de Negócios foram destaques importantes nesta edição

Estação de Reciclagem

Palestras Técnicas

Uma das principais atrações foi a Estação de Reciclagem

Durante a Rodada de Negócios

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Março. Fatih Birol, disse que “se os países se afastarem da energia nuclear, o resultado poderá ser um aumento nas emissões equivalente ao que é emitido atualmente pela Alemanha e pela França em conjunto”.O relatório da agência prevê que a procura de petróleo suba dos 87 milhões de barris por dia em 2010 para os 99 milhões de barris por dia em 2035. O aumento deve ser causado em especial pelo setor dos transportes nas economias emergentes. Ainda em 2035, os combustíveis fósseis representarão 75% dos consumos mundiais (hoje a percentagem é de 81%) e as renováveis 18% (hoje em 13%), suportadas por subsídios que podem não se manter por causa da crise económica mundial. Em 2010 os subsídios para os combustíveis fósseis fi xavam-se em 409 mil milhões de dólares (296 mil milhões de euros) e para as renováveis

estam apenas cinco anos para o mundo evitar alterações climáticas perigosas e irreversíveis, diz a Agência Internacional de Energia (AIE), que pede mudanças urgen-

tes na forma como se usa a energia.“Estou muito preocupado”, disse o principal economista da AIE, o turco Fatih Birol, em Londres, no “World Energy Outlook 2011”, com a evolução do sistema energético para os próximos 25 anos. “Se não alterarmos agora a forma como usamos a energia, acabaremos para lá da-quilo que os cientistas dizem ser o mínimo de segurança. A porta fechar-se-á para sempre”, acrescentou.O limiar que a comunidade internacional não quer pas-sar é um aumento de 2ºC nas temperaturas médias do planeta; para lá disso, os serviços dos ecossistemas – por exemplo, água e ar limpos, defesa contra inundações e solos de qualidade – não estão garantidos. O cenário atual não é favorável. A população mundial está a aumentar e este ano atingiu os sete mil milhões de habitantes. A AIE estima que o aumento do consumo energético aumentará um terço entre 2010 e 2035, com a China a consolidar a sua posição enquanto país que mais consome energia: em 2035 deverá consumir 70% mais do que os Estados Unidos. Além disso, a frota de veículos de passageiros deverá duplicar e chegar aos 1,7 mil milhões em 2035.

A AIE prevê também que se continuem a construir edi-fícios inefi cientes e mais centrais de produção de eletri-cidade a carvão e gás natural – depois do abandono da energia nuclear em vários países, especialmente por cau-sa da crise na central nuclear japonesa de Fukushima, em

O mundo tem cinco anos para evitar alterações climáticas irreversíveisR em 64 mil milhões (46 mil milhões de euros).

Num dos cenários previstos pela AIE, que inclui a apli-cação de novas políticas, a concentração de emissões de dióxido de carbono (CO2) nos próximos 25 anos vai levar a um aumento das temperaturas médias de 3,5ºC. No cenário que não prevê novas medidas, o aumento da temperatura pode chegar aos 6ºC.

Este quadro “demonstra a urgência e a escala do pro-blema”, disse a diretora-executiva da AIE, Maria van der Hoeven.“Os Governos precisam introduzir medidas mais fortes para orientar os investimentos para tecnologias de baixo carbono”, disse. “Não podemos continuar a depender de usos de energia inseguros e ambientalmente insusten-táveis.” “Sem uma alteração arrojada de políticas, o mundo vai fi car preso num sistema energético inseguro, inefi ciente e altamente dependente dos combustíveis fósseis”, pode ler-se no relatório da AIE, considerada uma organização que costuma avançar as estimativas mais conservadoras.Este relatório surge a semanas da conferência da ONU so-bre alterações climáticas, a realizar em Durban, na África do Sul, no fi nal de Novembro. “Se não tivermos um acor-do internacional, que entre em vigor até 2017, a porta vai fechar-se para sempre”, disse Birol. Ainda assim, os Governos preparam-se para adiar a con-clusão das negociações. O objetivo inicial seria encontrar um sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Mas depois de anos de impasse negocial, vários países – incluindo o Reino Unido, Japão e Rússia – propõem a chegada a acordo em 2018 ou 2020. Birol acha que será tarde demais. “Penso que é muito

Helena Geraldespor

À espera da conferência da ONU em Durban

Economia continuará dependente dos com-bustíveis fósseis

2011

WORLDENERGY

OUTLOOK

ARE WE ENTERING A GOLDEN AGE OF GAS?

SpecialReport

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revistaamazonia.com.br REVISTA AMAZÔNIA 63

importante ter um sentido de urgência. A nossa análise mostra [o que acontece] se não mudarmos os nossos padrões de investimento, algo que só pode acontecer com um acordo internacional”, acrescentou principal economista da AIE.

O estudo, aponta que se não houver mudança das fontes energéticas atuais, o aumento do consumo pode elevar em 20% as emissões do CO2, um dos principais gases causadores do efeito estufa. Em consequência disso, o aumento na temperatura da Terra pode ser de 3,5ºC.Para impedir que esse cenário se torne real, a AIE sugere investimentos pesados em fontes de energia alternativa. Para que a capacidade de produção renovável, que atual-mente é de 13%, suba para 18%, seria necessário subsí-dio de US$ 250 bilhões durante os próximos 25 anos.Outro ponto levantado pela pesquisa é a redução das usinas nucleares, influenciada principalmente pelo de-sastre de Fukushima. No entanto, essa projeção também preocupa, já que pode culminar no aumento do uso de carvão e petróleo como fornecedores de energia. So-mente na China, o uso dos combustíveis fósseis poderia crescer 65%.O relatório é concluído explicando os gastos que acabam sendo feitos em longo prazo, para minimizar os prejuízos da falta de investimento em energia renovável. De acordo com o documento, a cada US$ 1 dólar que não é direcio-nado às tecnologias limpas, ocorre um prejuízo posterior de US$ 4,30, para compensar os gases emitidos.Segundo a AIE, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, será essencial para estabelecer novas metas de investimentos em ener-gia limpa, que devem ser feitas em “fontes variadas e sob diferentes formas”.

O resumo

Primary coal demand increases from 3 315 Mtoe in 2008 (4 736 million tonnes of coal equivalent [Mtce]) to 3 670 Mtoe in 2035 (5 240 Mtce), a rise of 11% in the GAS Scenario. It peaks around 2018 and then declines by nearly 250 Mtoe (6%) over the remainder of the Outlook period. The decline between 2018 and 2035 is comparable with the annual coal demand of OECD Pacific in 2008. The projected decline in coal demand in the GAS Scenario contrasts with a levelling-off of demand from around 2020 in the New Policies Scenario.

Figure 1.2 World primary energy demand by fuel and scenario

The share of nuclear power in global primary energy supply increases from 6% in 2008 to 7% in 2035 – with 330 GW of new generating capacity added – but it is below the 8% projected in the New Policies Scenario. This is partly in response to the imposed assumption of a 10% fall in nuclear, but also because lower prices mean that gas competes more effectively with nuclear power for power generation. Hydro, biomass and other renewables all see their share of the energy mix increase in the GAS Scenario, the increase being about the same as in the New Policies Scenario. The absolute level of renewable energy supply is relatively unchanged from the New Policies Scenario. This is because we assume that government support for renewables is kept in place in order to meet targets, despite the lower gas prices.

The combination of more competitive gas prices, policy changes in China to 2015, a more restricted outlook for nuclear power and increased future uptake of NGVs results in a significant increase in natural gas demand over the Outlook period. The majority of the increase in primary natural gas demand relative to the New Policies Scenario comes at the expense of coal and oil (Table 1.2). A much smaller share comes from replacing nuclear. Renewables are relatively unchanged, in response to our assumptions.

Energy demand is expected to continue to grow much more quickly in non-OECD countries. Their primary energy demand increases by almost 65% from 2008 to 2035 in the GAS Scenario. Non-OECD countries account for over 90% of all energy demand growth globally and see their share of global energy use increase from 53% in 2008 to 64% in 2035. Faster rates of economic and population growth, urbanisation and industrial production all play a part in stimulating stronger energy demand growth than in the OECD. Despite OECD consumption increasing by around 3% over the Outlook period, its contribution to global

0

1 000

2 000

3 000

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5 000

Oil Gas Coal Renewables Nuclear

Mto

e

2035 GAS Scenario

2035 New Policies Scenario WEO-2010

2008

primary energy demand continues its decline from 55% in 1981 to 44% in 2008, and then to just 33% in 2035.5

Table 1.2 World primary energy demand by fuel and scenario

GAS Scenario New Policies Scenario WEO-2010

2008 2008 2035 2035 2035 2035

Demand (Mtoe)

Share in energy mix

Demand (Mtoe)

Share in energy mix

Demand (Mtoe)

Share in energy mix

Coal 3 315 27% 3 666 22% 3 934 23%

Oil 4 059 33% 4 543 27% 4 662 28%

Gas 2 596 21% 4 244 25% 3 748 22%

Nuclear 712 6% 1 196 7% 1 273 8%

Hydro 276 2% 477 3% 476 3%

Biomass 1 225 10% 1 944 12% 1 957 12%

Other renewables 89 1% 697 4% 699 4%

Total 12 271 16 765 16 748

Table 1.3 Primary natural gas demand by region in the GAS Scenario (bcm)

2008 2015 2020 2025 2030 2035 2008-2035*

Change vs. NPS 2035**

OECD 1 541 1 615 1 691 1 773 1 865 1 950 0.9% 192

North America 815 841 872 924 986 1 052 0.9% 138

United States 662 661 668 700 741 786 0.6% 122

Europe 555 574 608 636 653 667 0.7% 38

Pacific 170 200 210 213 226 231 1.1% 15

Japan 100 118 122 123 127 127 0.9% 10

Non-OECD 1 608 2 070 2 328 2 611 2 912 3 182 2.6% 405

E. Europe / Eurasia 701 755 786 824 857 876 0.8% 38

Russia 453 474 487 504 522 528 0.6% 25

Asia 341 576 715 864 1 049 1 244 4.9% 309

China 85 247 335 430 535 634 7.7% 239

India 42 81 104 134 176 234 6.5% 57

Middle East 335 428 470 536 592 632 2.4% 23

Africa 100 139 154 164 170 173 2.1% 9

Latin America 131 172 203 224 245 258 2.5% 26

Brazil 25 48 66 76 88 98 5.1% 21

World 3 149 3 685 4 019 4 384 4 778 5 132 1.8% 597

European Union 536 553 587 609 621 636 0.6% 38

*Compound average annual growth rate. **NPS is New Policies Scenario.

Sectoral demand trends

In the GAS Scenario, a broad increase in natural gas demand is observed across sectors, reflecting its flexibility as an energy source. The largest sector for gas demand continues to be power generation and, along with the industry sector, it experiences the biggest increase compared to the New Policies Scenario in 2035 (Figure 1.4).

In the GAS Scenario, global demand for energy as an input to power generation in 2035 is slightly lower than in the New Policies Scenario. This is despite the fact that electricity consumption in 2035 is around 1% higher than in the New Policies Scenario, in response to lower gas prices. The difference is explained by the much higher average efficiency of gas conversion in power generation.

The gas input to power generation exceeds 2 tcm by the end of the Outlook period. This growth reinforces the position of the power sector as by far the largest source of natural gas demand, the sector’s 39% share of global natural gas demand in 2008 rises to 40% by 2035 in the GAS Scenario (compared with 41% in the New Policies Scenario).

World average CO2 emissions per capita have been increasing sharply since 2000. Like the New Policies Scenario, the GAS Scenario sees the upward trend in CO2 per capita emissions peak at 4.5 tonnes around 2015 and then decline steadily to reach 4.2 tonnes by 2035 (Figure 1.19). There are significant variations across regions, with Africa, Latin America and much of Asia still being considerably below the global average. China’s per capita CO2 emissions grow substantially over the Outlook period, converging with those of the European Union around 2020 at 6.5 tonnes. After this point, per capita emissions in the European Union continue to fall, while those of China continue to climb, reaching 6.8 tonnes in 2035, still lower than the OECD average of 7.6 tonnes, but well above the European Union’s 5.5 tonnes.

Figure 1.19 Per-capita energy-related CO2 emissions by region in the GAS Scenario

Natural gas also produces lower emissions of other pollutants – sulphur dioxide (SO2), nitrogen oxides (NOx) and particulate matter (PM2.5) – than coal or oil. As a result, use of gas at the expense of other fossil fuels can be expected to improve air quality, particularly in urban areas. In the GAS Scenario, global SO2 emissions fall substantially over the Outlook period to 73.3 Mt in 2035 (Table 1.5). They are around 2% lower in 2020 than in the New Policies Scenario and 4% lower by 2035. In non-OECD countries, the switch from coal to natural gas has a large impact on SO2 emissions. Compared with oil and coal, natural gas emits lower amounts of NOx, which cause acidification and contribute to ground-level ozone formation. Global emissions of NOx in the GAS Scenario reach 80.2 Mt in 2035. This is a drop of 4.6 Mt compared with 2008 and around 1% lower in 2035 than in the New Policies Scenario. Similarly, with natural gas emitting almost no particulate matter (which, together with NOx is the main cause of smog formation and the subsequent deterioration of urban air quality), global emissions of PM2.5 in the GAS Scenario decrease in 2035 by 1.6 Mt, compared with 2008 and are 1% lower than in the New Policies Scenario.

0 2 4 6 8 10 12

E. Europe/Eurasia

Middle East

OECD

China

Latin America

India

Other Asia

Africa2008

2035

World average 2035

World average 2008

Tonnes per capita

Fatih Birol, principal economista da AIE

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Ainda segundo o estudo, 8% dos solos estão modera-damente degradados, 36% estão estáveis ou levemente degradados e 10% estão classifi cados como “em recu-peração”. O resto da superfície terrestre do planeta está descoberta (cerca de 18%) ou coberta por massas de água interiores (cerca de 2%). Os dados incluem todos os tipos de terras. A defi nição de degradação da FAO vai além do solo e degradação da água. Ela abrange outros aspectos dos ecossistemas afetados, como a perda de biodiversidade.Grandes extensões de terra em todos os continentes são alvos, com uma incidência particularmente alta ao longo da costa oeste das Américas, na região mediterrânea do sul da Europa e Norte da África, no Sahel, no chamado Chifre da África (no nordeste do continente africano) e em várias partes da Ásia. A maior ameaça é a perda de qualidade do solo, seguido da perda de biodiversidade e do esgotamento dos recursos hídricos.

degradação generalizada e o aprofunda-mento da escassez dos recursos do solo e da água colocaram em risco vários sis-temas essenciais de produção alimentar

no mundo, aponta um novo relatório da FAO, publicado hoje. O relatório fornece, pela primeira vez, uma avalia-ção global do estado dos recursos dos solos do planeta: 25% estão degradados. Segundo o documento, a degra-dação e a escassez dos solos e da água impõem um novo desafi o à tarefa de alimentar uma população mundial que deve chegar a 9 milhões de pessoas em 2050.O Estado dos Recursos Solo e Água no Mundo para a Ali-mentação e Agricultura (SOLAW) observa que, embora os últimos 50 anos tenham testemunhado um notável aumento na produção alimentar, “em muitos locais, as conquistas têm sido associadas a práticas de gestão que têm degradado os sistemas solo e água, sobre os quais a produção alimentar depende “.

Escassez e degradação dos solos e da água ameaçam segurança alimentar

AAtualmente, cerca de 1,6 milhão de hectares dos melho-res e mais produtivos solos do mundo são utilizados para o cultivo. Partes destas áreas estão sendo degradadas devido às práticas agrícolas que causam erosão hídrica e eólica, perda de matéria orgânica, compactação do solo superfi cial, salinização e poluição do solo e perda de nutrientes.

Alguns sistemas “enfrentam o risco de um colapso pro-gressivo da sua capacidade produtiva devido a uma combinação entre a excessiva pressão demográfi ca e a prática insustentável da agricultura”, diz o relatório.Nenhuma região está imune: podem ser encontrados

Distribuição da degrada-ção do solo no mundo

Segundo a FAO, 25% do solo do planeta estão degradados

segurança alimentar

Sistemas agrícolas em risco: a pressão humana sobre Terra e Água

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sistemas sob risco em todo o mundo, desde as terras altas dos Andes até às estepes da Ásia Central, passando pela bacia do rio Murray-Darling na Austrália e no inte-rior dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, o relatório sugere que, uma vez que as limitações dos recursos naturais são cada vez maio-res, a competição por terra e água será universal. Haverá

competição para uso urbano e industrial, bem como no setor agrícola, entre pecuária, culturas básicas, culturas não-alimentares e produção de biocombustíveis.Além disso, prevê-se que as mudanças climáticas irão alterar os padrões de temperatura, precipitação e das correntes dos rios, dos quais os sistemas mundiais de produção alimentares dependem.O texto observa que o desafi o de fornecer alimentos sufi cientes para um planeta com registros crescentes de

fome crônica nunca foi tão grande – especialmente nos países em desenvolvimento onde solos de qualidade, nutrientes e água são menos abundantes.“O relatório SOLAW destaca que o impacto coletivo das pressões e as consequentes transformações agrícolas co-locam alguns sistemas de produção em risco de colapso tanto do ponto de vista da sua integridade ambiental como da própria capacidade produtiva. Os sistemas podem simplesmente não ser capazes de responder à demanda da população mundial até 2050. As consequ-ências, em um contexto de fome e pobreza, são inacei-táveis. A decisão de corrigir isso deve ser tomada agora “, disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.

Entre 1961 e 2009, as terras cultiváveis no mundo cres-ceram 12%, enquanto a produção agrícola aumentou 150%, graças a um crescimento signifi cativo da produti-vidade das principais culturas.Mas um dos “sinais de alerta” apontado pelo relatório SO-LAW é que as taxas de crescimento na produção agrícola foram diminuindo em muitas áreas e hoje são apenas metade do que eram no auge da Revolução Verde.O documento retrata um mundo alvo de um crescente desequilíbrio entre a disponibilidade e a procura por ter-ras e água em nível local e nacional. E adverte que o nú-mero de áreas que atingiram o limite da sua capacidade de produção aumenta rapidamente.

Sistemas agrícolas em risco

Sinais de alerta

Composição da degradação das terras do mundo

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O SOLAW traz ainda detalhes sobre o aumento da es-cassez de água. A salinização e a poluição das águas subterrâneas aumentaram, assim como a degradação das massas de água e dos ecossistemas relacionados. Grandes massas de água interiores estão sob a pressão de uma combinação de fluxos reduzidos e uma maior sobrecarga de nutrientes – a acumulação excessiva de nitrogênio e fósforo, por exemplo. Muitos rios não desa-guam e os pantanais estão desaparecendo.Nas principais áreas de produção de cereais do mundo, a extração intensiva de águas subterrâneas está secando os reservatórios de água e prejudicando o acesso das co-munidades rurais às águas subterrâneas.O relatório da FAO adverte que “a dependência de mui-tos sistemas de produção alimentar em relação às águas subterrâneas, o declínio dos níveis freáticos e a extração contínua de água subterrânea não renovável represen-tam um risco crescente para a produção alimentar local e global”.

“Em todo o mundo, os mais pobres têm menos acesso ao solo e água e são apanhados na armadilha da pobreza das pequenas propriedades com solos de má qualidade e alta vulnerabilidade à sua degradação e à incerteza cli-mática”, observa o relatório.Cerca de 40% dos solos degradados no mundo en-contram-se em áreas com elevadas taxas de pobreza. Além disso, num sinal de que a degradação é um risco em todos os níveis de rendimento, 30% dos solos de-gradados do mundo encontram-se em áreas com níveis moderados de pobreza, enquanto 20% estão em áreas com baixos índices.

A FAO estima que em 2050 o crescimento da população e da renda vai exigir um aumento de 70% da produção global de alimentos. Isso equivale a mais 1 milhão de toneladas de cereais e 200 milhões de toneladas de pro-dutos de origem animal produzidos anualmente.O relatório afirma que “para melhorar a nutrição e dimi-nuir a insegurança alimentar e a desnutrição, a produção agrícola terá de aumentar mais rapidamente que o cres-

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou ontem a primeira avaliação do estado dos recursos do planeta. No relatório “Estado de Recursos Terrestres do Mundo e Água para Alimentação e Agricultura”, a ONU afirma que 25% de toda a terra está altamente degradada, com erosão do solo, degradação da água e perda de biodiversidade. Outros 8% estão moderadamente degradados, enquanto 36% encontram-se estáveis ou ligeira-

Escassez de água e polui-ção na nascente

Em todo o mundo, os mais pobres têm menos acesso ao solo e água

A ONU afirma que 25% de toda a terra está alta-mente degradada, com erosão do solo, degrada-

ção da água e perda de biodiversidade

A armadilha da pobreza

Perspectivas para o futuro

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cimento populacional. Os padrões de consumo também têm de ser ajustados”.4/5 dos ganhos de produção terão de ocorrer na maior parte das terras agrícolas existentes por meio da inten-sificação sustentável, que utiliza os recursos do solo e da água sem causar danos.

De acordo com o relatório, melhorar a eficiência do uso da água pela agricultura será fundamental. A maioria dos sistemas de irrigação funciona abaixo de sua capaci-dade. A combinação de uma melhor gestão da irrigação, o investimento no conhecimento local e na tecnologia moderna e o desenvolvimento da capacitação podem aumentar a eficiência do uso da água.Além disso, práticas agrícolas inovadoras, como a agri-cultura de conservação, sistemas agro-florestais, inte-gração da produção vegetal e da pecuária e sistemas integrados de irrigação e aquicultura prometem expandir a produção de forma eficiente para garantir a segurança alimentar e combater a pobreza, restringindo ao mesmo tempo os impactos sobre os ecossistemas.Recentemente, a FAO chamou a atenção para a impor-tância da intensificação sustentável da produção agrícola na publicação Poupar e Crescer: Um Novo Paradigma para a Agricultura, lançado no início do ano.Estima-se que entre 2007 e 2050 o investimento na gestão dos sistemas de irrigação dos países em desen-volvimento seja de quase U$ 1 trilhão. A proteção e re-cuperação dos solos, somado ao controle de inundações, exigirão cerca de U$ 160 milhões de investimentos no mesmo período.A FAO recomenda atenção para as técnicas que tornam a produção sustentável e eficiente, modernizam as ins-tituições e as políticas nacionais. Ações coordenadas de instituições bem preparadas poderão responder os desa-fios da gestão dos solos e da água.O SOLAW traz inúmeros exemplos de atividades bem-sucedidas em várias partes do mundo. Há muitas opções de experiências que podem ser reproduzidas em outros lugares. Dada a crescente competição por recursos na-turais, as partes interessadas precisam avaliar os com-promissos entre a variedade de bens e serviços do ecos-sistema. Este conhecimento pode servir para mobilizar a vontade política, a definição de prioridades e as ações adequadas dos governos.

mente degradados. Os 10% restantes estão “melhorando”.A FAO alerta que a tendência de degrada-ção deve ser revertida para alimentar a população mundial, estimando-se que teremos de produzir 70% mais alimentos até 2050. O documento pontua que a terra disponível já está sendo explorada de forma que às vezes diminui a produ-tividade. “As consequências em termos de fome e pobreza são inaceitáveis”, disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.

Armadilha da pobreza das pequenas propriedades com solos de má quali-dade e alta vulnerabilidade

A produção agrícola aumentou 150%, graças a um crescimento significativo da produtividade das principais culturas

Recomendações

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medidas não surtam resultado. “Era cerne do Protocolo de Kyoto que os países industrializados se comprome-teram com determinadas metas, as quais eram juridica-mente vinculativas e seu cumprimento era controlado, e que os países tinham que apresentar relatórios regula-res”, enumera.Os opositores a Kyoto condenam o fato de ele só limitar as emissões dos países industrializados. Os emergentes podem crescer desenfreadamente, embora sua parcela de gases-estufa aumente continuamente.As emissões dos EUA e da China, campeões de gases-estufa, não são limitadas pelo Protocolo de Kyoto, embo-

a 17ª Conferência do Clima das Nações Unidas em Durban, África do Sul (28/11 * 9/12) se decidirá o futuro do Protocolo de Kyoto. Assinado em 1997, na cidade

japonesa do mesmo nome, ele é, até hoje, o único acordo internacional em que os países signatários se compro-metem com metas concretas para reduzir a emissão de gases-estufa.Contudo, o Protocolo só prevê metas de redução para o período de 2008 a 2012, e elas só são vinculativas para os países industrializados. Para depois desse assim chama-do “primeiro período de comprometimento”, ainda não foram estabelecidas novas diretrizes.A Conferência do Clima de Durban é considerada a última possibilidade de impedir que o Protocolo de Kyoto perca a maior parte de sua efi cácia. Diversas nações insistem que ele seja substituído por um acordo mais abrangente sobre o clima, comprometendo também os países emer-gentes com as metas climáticas. Nem mesmo o Japão, país onde o documento foi assinado, deseja prorrogá-lo. O mesmo se aplica ao Canadá e aos Estados Unidos – país que chegou a assinar o documento, porém não o ratifi cou.

Há anos, Sven Harmeling observa as negociações, em nome da ONG alemã Germanwatch. Ele vê o perigo de um regime climático internacional em que cada um de-cide o que e quanto faz, mas nada tem a temer, caso as

Reunião em Durban quer atualizar metas do Protocolo de Kyoto

N

ra eles sejam responsáveis por mais de 40% do total de emissões no mundo.Da mesma forma que numerosas outras nações emer-gentes e em desenvolvimento – como o Brasil e a África do Sul – a China é a favor da prorrogação do Protocolo por mais um “período de comprometimento”. Esse ponto de vista é defendido também pela União Europeia.

É decisivo para a proteção do clima que, nos próximos anos, a quantidade de CO2 e gases análogos que chega à atmosfera se reduza – e não cresça ininterruptamente, como vem sendo o caso. Mais gases na atmosfera ace-leram o efeito-estufa, o planeta se aquece. Sem uma guinada na política climática, não se alcançará a meta de restringir a 2ºC o aumento médio da temperatura global.Desde o início da industrialização, foram sobretudo os países do Hemisfério Norte, como os EUA ou parte da Europa, que poluíram a atmosfera. Mas nesse ínterim os emergentes é que são os responsáveis pelo crescimento das emissões: a média per capita em alguns deles é, já hoje, comparável à dos países industriais.Em 2007 – último ano para o qual se dispõe de dados

Johannes Beck por

Industrializados e emergentes

Assinado 17 anos atrás, o Protocolo de Kyoto expira em 2012 e ainda não tem sucessor. Durban é uma esperança. E o tempo urge

Inversão de papéis

Durban, África do Sul, sede da da 17ª Conferência do Clima

No box das inscrições

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confi áveis – tanto a África do Sul quanto a Malásia ul-trapassaram o nível da França. E cada chinês produz, em média, mais dióxido de carbono do que os habitantes da Romênia, país da União Europeia. Por sua vez, Estados do Golfo Pérsico, como Catar, Emirados Árabes, Barein ou Kuweit, são os maiores poluidores per capita do mundo; mas não fazem parte do Protocolo de Kyoto.

Em reação às pressões por um acordo mais abrangente, as Nações Unidas decidiram, na Conferência do Clima de Bali, em 2007, manter negociações em dois níveis. Pa-ralelamente às conversas sobre o futuro do Protocolo de Kyoto, desde então todas as conferências do clima tam-bém se ocupam de um acordo novo e mais abrangente. Até o momento, os resultados são praticamente nulos. Mas os Estados conseguiram, neste ínterim, estabelecer uma nova meta: limitar o aquecimento global a 2ºC.Contudo, os planos de redução aprovados até o momen-to não bastam para tal, alerta Sven Harmeling. “O que se prometeu em termos de proteção do clima, até agora, tanto por parte das nações industrializadas como das em desenvolvimento, não basta, nem de longe, para nos manter abaixo dos 2ºC. Nosso curso atual nos leva, antes, para os 3,5ºC a 4ºC.”Como um certo acréscimo da temperatura global já é inevitável, cabe preparar a adaptação à mudança climá-tica. Países como Bangladesh necessitam de diques para conter o nível do mar ascendente; outros como Moçam-bique precisam desenvolver sistemas de irrigação e se-mentes adequadas a regiões cada vez mais áridas; países insulares, como as Maldivas ou Tuvalu, podem se tornar totalmente inabitáveis ainda neste século. Tudo isso acar-reta enormes custos, com que a maioria dos países em desenvolvimento não pode arcar sozinha.Pelo menos neste ponto houve avanços nas últimas con-ferências do clima. O consenso é que, a partir de 2020, serão disponibilizados anualmente para os países em desenvolvimento 100 bilhões de dólares para este fi m. Um dos temas em Durban é a forma concreta como esse fi nanciamento se dará.Afi nal de contas, as delegações na cidade portuária sul-africana Durban têm diante de si um programa ambicio-so. Mas não há dúvida é de que o tempo urge. Pois os cientistas alertam que a mudança climática não desace-lera só porque as negociações não vão adiante.

O custo da mudança global

Tempestade na costa de Bangladesh

Fome e seca em Dadaab, Quênia

Para salvar a Terra da mudança climática

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uma educação formal para mais de 300 alunos, além do conteúdo curricular diferenciado e cursos complemen-tares com apoio de parceiros, como a Samsung, que, além da construção do Núcleo, também será parceira na manutenção das atividades. A companhia doou mais de setenta produtos para o projeto, entre eles equipamentos de informática, televisores, refrigeradores, câmeras digi-tais e aparelhos celulares.“Com este núcleo, teremos um conteúdo curricular dife-renciado, voltado para a realidade das comunidades do Rio Negro. Assim, a educação oferecerá as bases para a formação teórica e prática orientada para o manejo e a conservação da floresta, dos rios, lagos e igarapés.” afir-ma Virgílio Viana, superintendente geral da FAS. Entre as atividades do Núcleo estarão cursos e oficinas

Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a Samsung inauguraram, o Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) da Área de Proteção Ambiental (APA) do

Rio Negro, que funcionará em parceria com a Secretaria de Educação Estadual (SEDUC). Localizado na comunida-de Três Unidos, o Núcleo fica a 60 km da capital Manaus e atenderá alunos de 15 comunidades à margem esquerda do Rio Negro.A iniciativa trará para a comunidade um centro de edu-cação diferenciado, com o objetivo de gerar conhecimen-to para a melhoria da qualidade de vida nas Unidades de Conservação (UCs) do Estado do Amazonas. Com essa inauguração, a FAS passa a ter cinco Núcleos, chegando a mais de 40 comunidades do Amazonas atendidas por

Núcleo de Conservação e Sustentabilidade (NCS) da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro

A

que promovem o conhecimento tradicional sobre a flo-resta, roças, pesca e agroecologia, além de educação nos ensinos fundamental e médio. Para isso, o complexo será composto por uma escola com seis salas de aula, uma casa para os professores, além de um alojamento para os alunos. Ainda fazem parte um refeitório, um posto de saúde e um laboratório digital, todos equipados com produtos Samsung.Segundo Benjamim Sicsú, Vice-Presidente de Novos Negócios para América Latina, “para a Samsung, este Núcleo representa uma renovação do compromisso da empresa com a Amazônia e com o país. Os investimentos em ações sociais voltadas à educação são um forte pilar da Samsung globalmente”.Com o atendimento a essas 15 comunidades da região da margem esquerda do Rio Negro, o Núcleo atenderá estudantes do ensino fundamental e médio, professores da rede pública, lideranças comunitárias, trabalhadores e profissionais da saúde, agentes ambientais, entre outros. A área de abrangência do atendimento será de quase 100 km ao longo do Rio Negro.

Empresa coreana investiu na construção de instalações e equipou com produtos de última geração o NCS do Rio Negro, o quinto complexo com educação adequada à realidade local

Em vermelho, a área apoiada pela Samsung

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Os outros quatro Núcleos da Fundação estão localizados nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, Uatumã, Rio Negro e Mamirauá. Estes Núcleos são fruto de uma parceria com o Bradesco e promovem a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais por meio dos potenciais naturais e sociocultu-rais de cada região. Os NCS´s são parte dos programas de apoio do Bolsa Floresta, maior programa de pagamento por serviços ambientais do mundo em extensão, atin-gindo 572 comunidades em uma área de 10 milhões de hectares de floresta. Até o segundo semestre de 2011, já beneficiou mais de sete mil famílias, totalizando mais de 34 mil pessoas. Dessa forma, os Núcleos de Conservação e Sustentabilidade surgiram como um componente es-

Proposta educacional dos Núcleos de Conservação e Sustentabilidade

tratégico para apoiar a implementação do Bolsa Floresta e servirem como polos aglutinadores das ações da FAS nas UCs.Entre os principais resultados obtidos até hoje estão os cursos oferecidos alinhados aos objetivos da FAS de gerar renda através de atividades que conservam a floresta em pé e promovem uma melhor qualidade de vida para os atendidos. Alguns exemplos são: manejo florestal co-munitário, coleta de sementes nativas, turismo de base comunitária, gastronomia, nutrição e aproveitamento de alimentos, empreendedorismo comunitário, práticas de

viveiro, criação de pequenos animais, combate à malária, entre muitos outros temas. Na reserva do Juma, apenas 8 pessoas, de um total de 400 famílias, tinham ensino fundamental completo an-tes do início do programa. Até o ano que vem, este nú-mero aumentará em 40 alunos. Por isso a FAS pretende expandir esse programa e em 2012 vai inaugurar mais dois Núcleos.

NCS Agnelo Bittencourt, na comunidade Tumbiras

Durante a inaguração do NCS da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro

Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Samuel Benchimol - RDS do Juma

No NCS da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro

Interior do NCS da Área de Pro-teção Ambiental do Rio Negro

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O ministério de tecnologia japonês patrocinou a insta-lação de unidades de teste no campus de Ito. Em mar-ço deste ano foram entregues os dois geradores de 70 quilowatts cada, instalados na parte noroeste da área, e outros dez, de cinco quilowatts, no ginásio poliesportivo

esquisadores japoneses começaram a testar turbinas eólicas até três vezes mais poten-tes do que as usadas atualmente. O siste-ma “lentes de vento”, da Universidade de

Kyushu, traz um “aro” ao redor das hastes, que seria capaz de aumentar o fluxo de vento e fazer as hastes girarem mais rápido, resultando em maior produção de energia.O acréscimo na velocidade do fluxo seria resultado de uma zona de pressão baixa, criada na parte posterior do difusor - indicação técnica do “aro” em volta das hastes. Em outras palavras, é como se a zona criada “puxasse” o vento, o que melhoraria a eficiência da geração de ener-gia da turbina. A pesquisa foi coordenada pelo professor Yuji Ohya, do Instituto de Pesquisa de Mecânica Aplicada da universidade.Além de gerar de duas a três vezes mais energia do que uma turbina convencional, o modelo da universidade japonesa também faz menos barulho e causa menos in-terferência em radares do tipo Doppler, além de ser mais segura, segundo os pesquisadores.

Japoneses criam turbina eólica três vezes mais eficiente

P e em outros locais. Além disso, foi construído um prédio de dois andares de 864 metros quadrados na parte oeste do campus, onde serão avaliados os dados dos testes. Anualmente, as unidades devem produzir cerca de 120 mil kWh.

De acordo com Yuji Ohya, a estrutura do Lens Vento favo de mel poderia tri-

plicar a quantidade de energia eólica que pode ser produzida por turbinas offshore

O sistema lentes de vento, da Universidade de Kyushu, traz um aro ao redor das hastes, que seria capaz

de aumentar o fluxo de vento

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“O Titan será usado em uma variedade de importantes projetos de pesquisa, incluindo o desenvolvimento de biocombustíveis comercialmente viáveis, motores mais limpos, energia nuclear mais segura e energia solar mais eficiente”, acrescentou o funcionário.

governo americano pediu à empresa Cray Inc. que crie o computador mais rápido do mundo, batizado de Titan, que será usado nas pesquisas sobre as

energias do futuro, informou a empresa. Em um comunicado divulgado recentemente, a Cray Inc. anunciou ter assinado um acordo com o governo para melhorar a performance do atual supercomputador do Departamento de Energia, o Jaguar, que passará a se chamar Titan. O supercomputador, que fica localizado no Laboratório Nacional de Oak Ridge, Tennessee, do DOE, será equipa-do com os chips mais recentes das fabricantes california-nas AMD e Nvidia. A performance do Titan será de 2,3 quatrilhões de cál-culos matemáticos por segundo, ou 2,3 petaflops. O petaflop é uma medida da velocidade de processamento de um computador que equivale a um quatrilhão de operações por segundo. A capacidade máxima do supercomputador será de 10 a 20 petaflops, e ele deve começar a funcionar em 2013. Com essa velocidade, será “mais de duas vezes mais rá-pido e três vezes mais eficiente em termos de energia do que o computador mais rápido atualmente, localizado no Japão”, afirmou a Nvidia. “Todas as disciplinas científicas poderão se beneficiar desse aumento significativo da potência de cálculo, abrindo caminho para novas descobertas”, assinalou o diretor de informática do laboratório, Jeff Nichols, citado no comunicado.

Computador mais rápido do mundo vai pesquisar energias do futuro O Segundo o laboratório, a potente máquina será destinada

aos biocombustíveis, à biomassa, à forma de consumir mais combustíveis poluindo menos, ao desenvolvimento de novos materiais para células fotovoltaicas e a prolon-gar a vida útil das centrais nucleares.

O Titan, construído pela Cray Computer, passará a fazer parte de uma coleção de alguns dos computadores mais rápidos do mundo na instala-ção ORNL, juntando-se Gaea NOAA, Kraken da NSF e workhorse atual do DOE. A arquitetura Titan contará com uso de XT3, 4 e 5 caixas de pro-cessador, mas usará um “Gemini” interconexão XE, e será configurado em uma topologia toro 3D, ao invés de como uma matriz.

A performance do Titan será de 2,3 quatrilhões de cálculos matemáticos por segundo, ou 2,3 petaflops

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fi rmadas de terras raras – a China ocupa o primeiro lugar disparado do ranking. Índia, Estados Unidos e Austrália também possuem depósitos, segundo dados do US Geo-logical Survey. E a pressão internacional para diversifi car as fontes de abastecimento desses minérios aumenta.Tendo em vista esse e outros setores em potencial, o Centro vai construir uma “ponte de inovação” entre jovens empresas inovadoras do Brasil e da Alemanha, segundo a defi nição dos seus fundadores.Cruz também nomeia outro setor que deve ser benefi -ciado: o desenvolvimento de biomaterial no Brasil. Esses materiais, sintéticos ou naturais, são usados em disposi-tivos médicos ou fi cam em contato com órgãos e tecidos do corpo humano, como próteses e implantes.Biomateriais são parte importante da área da saúde, usados em cerca de 300 mil produtos. “Temos um gran-de défi cit nessa área, e isso se refl ete na nossa balança

Centro Alemão de Inovação e Ciência de São Paulo – DWIH, quer se distanciar do mundo absolutamente teórico e se conectar mais ao universo econômico.

Presente já em outros países emergentes, como Rússia e Índia, o centro inaugurado recentemente 16/11, vai funcionar como uma vitrine das instituições de pesquisa alemãs no Brasil.“Essa parceria tem a missão de facilitar a participação alemã no fomento à inovação no país”, disse em entrevis-ta à DW Brasil Ademar Cruz, chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Itamaraty, lembrando a tradição do país europeu em desenvolver produtos de alta tecnologia.Segundo Cruz, a casa de pesquisa quer voltar suas ativi-dades para um campo fundamental em qualquer nação: a economia. Reforçar a integração entre ciência e indús-tria no Brasil é uma das principais metas do governo nos próximos anos, já que a comunicação entre os centros de pesquisas das universidades e a indústria ainda é pequena.

Pesquisa e desenvolvimento de técnicas na exploração de terras raras é um ponto-chave nessa fase inicial, men-cionou Cruz. O grupo especial formado por 17 metais não ferrosos e com nomes particulares, como európio e lutécio, é usado na fabricação de artigos como isqueiros, supercomputadores e painéis solares.O Brasil integra a seleta lista de nações com reservas con-

Centro alemão vai aproximar pesquisa e indústria no Brasil

O

comercial”, acrescenta Cruz, lembrando que a produção de próteses tem potencial de expansão.

O Centro Alemão de Inovação e Ciência também atua em Nova York e Tóquio. Além das tradicionais instituições de pesquisa e das universidades, a Alemanha também é co-nhecida por ter as empresas mais inovadoras da Europa, que também mantêm uma estreita cooperação com os Institutos Fraunhofer e a Federação Alemã de Pesquisa Industrial Otto von Guericke.No Brasil, o governo se esforça para disponibilizar mais recursos para pesquisa e trabalha em políticas de estí-mulo para a inovação. Ainda assim, apenas 1% do Pro-duto Interno Bruto do país é aplicado nesse setor.

O Centro Alemão de Inovação e Ciência, mantêm uma estreita cooperação com os Institutos Fraunhofer

e a Federação Alemã de Pesquisa Industrial Otto von Guericke

Nádia Pontespor

Centro Alemão de Inovação e Ciência de São Paulo vai reunir o que existe de mais avançado na área da pesquisa científi ca na Alemanha. Parceria entre os dois países quer estimular o desenvolvimento da ciência brasileira

Mercado à vista

Os clássicos

O Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras

Európio

Lutécio

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Hoje, cientistas usam tinta preta para impedir que a luz ricocheteie em superfícies, mas ela absorve apenas 90% da luz. Além disso, nas temperaturas geladas do espaço, a tinta preta não permanece preta, adquirindo uma es-pécie de brilho prateado.Com os nanotubos, seria possível calibrar instrumentos que tenham que captar sinais fracos de infravermelho emanando de objetos distantes. Eles também poderiam ser usados em dispositivos que removem calor de instru-mentos e o irradia para o espaço. A cobertura super negra foi criada com uma fi na camada

ngenheiros da Nasa produziram o material mais negro já criado - um material que absorve mais 99,5% da luz visível e do ul-travioleta e 98% de infravermelho e infra-

vermelho distante.O feito é inédito, uma vez que outros materiais com esse nível de perfeição só conseguem absorver os espectros visível e ultravioleta. Segundo John Hagopian do Centro da NASA Goddard Space Flight, um dos pesquisadores, que desenvolveram a tecnologia, o material poderia au-xiliar em diversos experimentos no espaço.A cobertura super negra foi criada com uma fi na camada de nanotubos de carbono, de paredes múltiplas, em ocos tubos feitos de carbono puro 10 mil vezes mais fi no do que um fi o de cabelo, muito parecido com um tapete felpudo. Eles foram colocados na vertical em diversos substratos usados em experimentos espaciais, como ti-tânio e aço inoxidável.

Nasa cria material que absorve 99,5% da luz

E

Segundo John Hagopian do Centro da NASA Goddard Space Flight, um dos pesquisadores, que

desenvolveram a tecnologia, o material poderia auxiliar em diversos experimentos no espaço

Fotos: Getty Stephanie, NASA Goddard

Esta visão close-up (ape-nas cerca de 0,03 centí-metros de largura) mostra a estrutura interna de um revestimento de nano-tubos de carbono que absorve cerca de 99 por cento da luz ultravioleta, visível, infravermelho e infravermelho distante que o atinge. Uma seção do revestimento, que era cultivado em silicone sua-ve, foi propositadamente removidos para mostrar o alinhamento dos tubos verticais.

Os nanotubos se embalam na vertical fi cando parecidos com um tapete felpudo,absorvendo até 99,5% da luz que os atinge. Em outras palavras pouquíssimos fotons são refl etidos para fora dos revestimentos dos nanotubos de carbono,oque signifi ca que a luz difusa não pode refl etir nas superfícies e assim não interferindo coma luz que os cientistas realmente querem medir.

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Com os nanotubos, seria possível calibrar instrumentos que tenham que captar sinais fracos de infravermelho emanando de objetos distantes. Eles também poderiam ser usados em dispositivos que removem calor de instru-mentos e o irradia para o espaço.

de nanotubos de carbono, ocos tubos feitos de carbono puro 10 mil vezes mais fino do que um fio de cabelo. Eles foram colocados na vertical em diversos substratos usados em experimentos espaciais, como titânio e aço inoxidável.

O novo material absorve 99,5 da luz nos espaços minúsculos entre os tubos, praticamente eliminando o problema. O material está perto de produção final, e NASA está olhando para usá-lo em ORCA “, a Radiometer Oceano de Carbono Avaliação, um instrumento de próxima geração que é projetado para medir a fotossíntese marinha.”

Esta imagem em alta ampliação, tiradas com um microscópio eletrônico, mostra uma visão ainda mais perto dos nanotubos de carbono oco. O revesti-mento feito deste material é visto como negro pelo olho humano e detectores sensíveis porque a espaços minúsculos entre os tubos de coleta e armadilha de luz, impedindo a reflexão

Hoje, cientistas usam tinta preta para impedir que a luz ricocheteie em superfícies, mas ela absorve apenas 90% da luz. Além disso, nas temperaturas geladas do espaço, a tinta preta não permanece preta, adquirindo uma es-pécie de brilho prateado.

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realizadas no LHC (Grande Colisor de Hádrons), mostra-ram os neutrinos se movendo 60 nanossegundos mais rápidos que a luz em uma distância equivalente ao que seria o trajeto entre as cidades de Genebra, na Suíça, e Gran Sasso, na Itália --cerca de 730 km. “Temos grande confiança em nossos resultados. Mas precisamos que outros colegas façam e confirmem seus próprios testes”, disse.

descoberta pode alterar uma das leis fundamentais da física – a teoria da relatividade, de 1905 feita por Albert Einstein. Pelos seus estudos, nada no

Universo poderia ser mover mais rápido que a luz. O pesquisador Antonio Ereditato, que trabalha no Cern (sigla em francês de Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), disse que as medições nos últimos três anos,

Cientistas anunciam partícula que se move mais rápido que a luz

A

Uma equipe internacional de cientistas afirma ter encon-trado partículas de neutrino que se movem mais rápido que a velocidade da luz. Se velocidade for confirmada, partícula pode provar que é possível viajar no tempo

Dentro do Grande Colisor de Hádrons

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O LHC (Large Hadron Collider, ou Grande Colisor de Hadrons) é o maior acelerador de partículas já construído pelo homem. Tem 27 quilômetros de extensão, e está situado a 100 metros abaixo do solo, num local onde há fronteira que separa a frança da suíça.Levou 14 anos a ser construído e é utilizado pelo CERN (Sigla em francês que signifi ca Organiza-ção Europeia de Investigação Nuclear). Foi necessário 8 bilhões de dólares para construir o tal acelerador de partículas.O objetivo deste experimento é desvendar alguns mistérios do Universo, da anti matéria, de pos-síveis dimensões ocultas do Universo, e principalmente encontrar o bóson de Higgs, proposta inicialmente nos anos 70. Ela seria responsável por dar massa a partículas subatômicas. E com isso, utilizar esses novos conhecimentos adquiridos com a experiência poderão ser um aditivo à tecnologia atual, fazendo que seja possível aumentar a velocidade da Internet (A CERN Criou a Internet atual) por exemploPara isso, os cientistas irão recriar as condições iniciais do Universo, no momento da sua grande explosão (“Big bang”). Para o experimento serão necessários dois prótons em direções opostas em velocidades que se aproximam muito da luz – Cerca de 300.000 qm/s. Essas partículas terão seu feixe alterado por dois ímãs para fi nalmente colidirem e criarem novas partículas de matéria e anti matéria.Quando à experiência, não há o que temer com ela, pois ela tem o objetivo de benefi ciar tanto a ciência, quando a humanidade, com novas descobertas que irão ser acrescentadas à tecnologia humana atual para melhorar nosso modo de interação com o mundo. Os riscos aparentes, que tem valor impactante mostruosos de forma superfi cial são completamente aniquilados se conhecendo os mesmos na sua essência. Uma coisa é que se fosse tão fácil criar buracos negros como muitos estimam nas primeiras vezes, simplesmente os cientistas da CERN não teriam gastos anos e bil-hões de dólares e euros para construir o maior acelerador de partículas do mundo.

Jeff Forshaw, professor de física de partículas na Uni-versidade de Manchester, na Grã-Bretanha, disse que os resultados, se confi rma-dos, poderiam signifi car que é possível teoricamente “enviar informações para o passado”.

O Grande Colisor de Hádrons onde foi reali-zado o estudo sobre neutrinos

Neutrinos, partículas elementares da matéria, voltaram a se mostrar mais velozes que a luz em novos testes realizados sobre 730 km entre Suíça e Itália, informou semana passada, o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científi ca (CNRS). Para tentar eliminar uma possível fonte de erro na medição precedente, a equipe internacional de experimentação Ópera utilizou um novo feixe de prótons para produzir os neutri-nos enviados em direção ao laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália.“Com o novo tipo de feixe produzido pelos aceleradores do Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), fomos capazes de medir com precisão o tempo de percurso dos neutrinos”, explicou Darío Autiero, cientista do Instituto de Física Nuclear de Lyon (França) e responsável de análises de medidas da

Comprovação

Neutrinos voltam a superar velocidade da luz

equipe Ópera.Na nova experiência, iniciada no fi nal de outubro, 20 neutrinos puderam ser de-tectados no laboratório de Gran Sasso, e estas novas medidas “não mudam em nada a conclusão inicial de que os neutrinos parecem viajar mais rápido do que deveriam”, destacou o CNRS. Em 22 de setembro passado, a equipe Ópera anunciou que alguns neutrinos haviam percorrido os 730 km superando ligei-ramente (por 6 km/s) a velocidade da luz no espaço (cerca de 300.000 km/s), considerada até o momento um “limite insuperável”.Se for confi rmada, esta velocidade superior a da luz obrigará a uma revisão da física atual, incluindo a teoria de Einstein.

Comprovado: neutrinos, pode viajar mais rápido que a velocidade da luz

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marajoara.Em rios da região, a piracema ou seja, a procura dos pei-xes por rios, furos e igarapés, em saltos, formando uma imagem linda dessa subida para desova.Mesmo com o crescimento dos currais modernizados, o estouro das boiadas também ainda é um bom espetácu-lo a ser visto nas fazendas de criação.Nos pequenos depósitos de águas e igarapés a desova da

equenas lembranças nos fazem recordar aspectos interessantes observados em nossas andanças pela Amazônia brasileira com especial referência a Grande Ilha Flúvio

Oceânica de M’baraió, senão vejamos:O enorme arco-íris duplo observado em Fordlândia, no Tapajós, um dos mais belos rios da Amazônia.O magnífi co vôo da passarada nos céus da Grande Ilha

Encantos do Reino das Amazonas

P saparia, vale a pena lembrar.Outra recordação da Grande Ilha dos Aruaques é o vôo do Baeta, pequeno pássaro de costas de cor preta e papo encarnado, procurando alimentação.Em épocas certas as andorinhas procurando pouso nos fi os da iluminação que vem se espalhando substituindo a fl oresta.Outra recordação, é o cada vez menos freqüente ronco

Pequenas lembranças nos fazem recordar aspectos interessantes observados em nossas andanças

pela Amazônia brasileira

Camillo Vianna* e Walter Chile**por

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O magnífi co vôo da passarada nos céus da Grande Ilha marajoara

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das guaribas nas pontas de matas ainda existentes.A noite, o belo rio Tapajós tem no céu o risco e estalo de raios e trovões.Os festejos da levantação de mastros em época junina ficam sempre guardados na memória.A despesca dos cacuris e outros currais de pesca assen-tados nas praias, rios e igarapés e mesmo na contracosta marajoara vale a pena lembrar.As histórias sobre a Cobra Grande da curva do Miritipi-tanga, no Acará, trás sempre boas lembranças.O tirador de ladainha em festa de devoção faz parte do que fica para sempre no coração. O papouco do foguete de rabo nos festejos de N. S. da Con-ceição é outra marca que fica para não mais esquecer.As batidas singelas e dobradas do sino da Casa Grande,

O encontro das duas águas que não se misturam, o Solimões que vem do Peru e o Amazonas da região

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arrebanhando a vaqueirada para a labuta do dia.De fácil recordação, dessas de não se esquecer, é o as-soalhamento da tartaruga nas praias de desova desse magnífico quelônio.A bandeira verde e amarela da popa embarcação.Olhando de cima, o pau d’arco de flores amarelas é en-contrado com muita frequência em toda região.O dia da Iluminação nos cemitérios em homenagem aos que se foramAs embarcações todas enfeitadas reforçando a oração, seguem em procissão o Santo da devoçãoO lixo da maré (sementes) de bubuia no rio pequeno se-gue no rumo de outro maior onde rebroterá outra vezCoisa muito linda difícil de esquecer é o perfume que vem da mata ao amanhecer.Embarcação pequena levando toda a família, no sol ou

na chuva, pois não tem outra solução.O encontro das duas águas que não se misturam, o Soli-mões que vem do Peru e o Amazonas da região.Overanico no Marajó só cai na Semana Santa e isso em pleno verão.Quem quiser enxergar coisa que encante, basta olhar de avião e ver a copa do visgueiro, a Parquia Pendula da região.

[*] SOBRAMES / SOPREN[**] UFPA

Em épocas certas as andorinhas procurando pouso nos fios da iluminação que vem se espalhando substituindo a floresta

O assoalhamento da tartaruga nas praias de desova desse magnífico quelônio

Nos pequenos depósitos de águas e igarapés a desova da saparia

Os festejos da levantação de mas-tros em época junina ficam sempre

guardados na memória

A bandeira verde e amarela da popa embarcação

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classe empresarial local aproveitando o bom momento por que passa a economia brasileira e, de forma particu-lar, a economia da região Norte”, afi rmou o ministro.Quanto ao Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), foi aprovada a proposição do MI que redefi ne as

suas prioridades, destinando os re-cursos de grandes projetos de ener-gia elétrica para o BNDES e liberando o FDA para investimento em outros projetos estruturantes, como as uni-dades portuárias, rodovias, ferrovias e telefonia. O ministro colocou em discussão, ainda, o projeto do MI,

que propõe a mudança da natureza fi scal para fi nanceira do FDA, tornando-o um fi nanciamento sem risco para o Tesouro, sendo a Sudam a gestora e responsável pelo patrimônio do fundo. Segundo Fernando Bezerra Coelho, o BNDES dispõe de mais recursos e é o órgão indicado

ma Superintendência Regional mais fortalecida, investindo em projetos es-truturantes diversos e com mais estímulo ao empreendedor regional. Essa foi a

tendência para 2012, observada pelo Ministro da Inte-gração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, durante a 10ª reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Superin-tendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém. O Condel aprovou a criação de um Programa de Financiamento às Micro e Pequenas Empresas, am-pliando a aplicação de recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO-MPE), adequando as bases operacionais e ampliando a classifi cação de portes de bene-fi ciários do fundo. O Ministério vai priorizar o investimento em empre-sas de pequeno e médio porte na Amazônia. Algo em torno de R$ 1,7 bilhão serão destinados à ampliação, modernização e criação de empreendimentos locais em diversos segmentos. Este valor representa 51% do Fundo Constitucional do Norte (FNO), administrado pelo minis-tério e operado pelo Banco da Amazônia. “A disposição da presidenta Dilma Rousseff é apoiar a criação de uma

Mais créditos para a Amazônia

U

para tratar a questão energética. Para ele, essa medida vai abrir mais espaço para que os recursos do FDA aten-

Marilena Vasconcelospor

Fotos: Fernando Nobre

dam à demanda reprimida de outros setores. O ministro garantiu que os projetos já em andamento não sofrerão nenhuma restrição e que serão absorvidos pelo BNDES com as mesmas condições em que foram aprovados.O Condel foi presidido pelo ministro Fernando Bezerra Coe-lho e reuniu 13 conselheiros, dentre governadores, vice-governadores, representantes do Banco da Amazônia, Confederações Nacionais do Comercio, dos Trabalhadores da Agricultura e dos trabalhadores na Indústria.O superintendente da Sudam, Djalma Mello, saudou os conselheiros e lembrou que o Condel é o grande fórum de debates dos problemas da Amazônia. Lembrou, ainda, que apesar do quadro reduzido de servidores a Sudam tem obtido realizações importantes, destacando o Programa de integração intrarregional, a aprovação contínua de convênios, de projetos de incentivos fi scais e do FDA e da elaboração do Plano Regional de Desenvol-vimento da Amazônia (PRDA).

Durante a 10ª reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém

Reunião teve como assunto principal alterções no regulamento do FDA

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O programa Municípios Verdes, lançado pelo

Governo do Pará para combater o desmatamento,

obteve a adesão de quase 90 municípios. Porque vai

direto ao ponto. Estimula as boas práticas

ambientais e recompensa o município por isso.

Para se tornar verde, o município precisa

apresentar índices progressivos de redução do

desmatamento, estimular os produtores rurais a

legalizar suas terras, fazer o Cadastro Ambiental Rural e

obter o Licenciamento Ambiental Rural. E, se for o caso,

fazer o Plano de Recuperação de Área Degradada.

O Governo vai dar todo o apoio para que os

municípios alcancem suas metas. E o mais importante:

está criando o ICMS Ecológico, que muda os

critérios de distribuição do principal tributo

estadual para premiar os Municípios

Verdes com uma participação

maior.

MUNICÍPIOSVERDESDO PARÁ.

Um programa de combateao desmatamento que aumenta a arrecadação municipal e melhora a qualidade de vida.

Os resultados já apareceram. O desmatamento

está caindo no Pará e o programa Municípios

Verdes tem muito a ver com isso.

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Edição 28

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azonia.com.br

Ano 6Número 29

2011

R$ 10,00

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Editora Círios

ISSN

180

9-46

6X

AMAZÔNIAUMA DAS 7 MARAVILHAS DA NATUREZA