aids. psico ii

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AIDS Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos Curso de Medicina Disciplina de Psicologia Médica II Antonio Marinho Camila Braga Fernanda Falcão Filipe Coutinho Loretta Tavares Rachel Lyne Maio 2012

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Page 1: Aids. Psico II

AIDS

Instituto Tocantinense Presidente Antonio CarlosCurso de Medicina

Disciplina de Psicologia Médica II

Antonio MarinhoCamila Braga

Fernanda Falcão

Filipe CoutinhoLoretta Tavares

Rachel Lyne

Maio 2012

Page 2: Aids. Psico II

Introdução

● Doença provocada por um retrovirus, que instala-se no interior dos linfócitos, alterando o sistema imune o que predispõe a ação de outros patógenos.

● Origem: "Teoria dos macacos" ● Transmissão: "grupos de risco" Evolução: avanço científico

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Estigma da AIDS

● O que estigma? Termo vindo da idade média para estabelecer condições de desvio de um protótipo ou norma estabelecida. ● Quais estigmas os portadores da Aids sofrem? De ser homossexual e viciado em drogas, mesmo tendo obtido a doença de forma congênita ou em transfusões. AIDS "mal vistos" pela sociedade.

Page 4: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Estreita relação● Não se pode esconder os resultados dos

exames do paciente. Doença transmissível● Sociedade atual : -Saúde -Beleza -Produtividade -Dinheiro● Faixa etária predominante é entre 20 e 49

anos

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AIDS e Morte

● Implicações psicológicas : -Culpa -Raiva -Medo -Autocompaixão

Page 6: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Suicídios em jovens é 36,3 vezes maior.● Estresse relacionado à doença é de vital

importância.

Page 7: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Angústia e depressão + Complicações● Positivismo e determinação Melhores respostas aos tratamentos

Page 8: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Família Dificuldades em aceitar e compreender a doença. ● Cônjuge ou parceiro sexual Bastante afetado

Page 9: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Pesquisas revelaram que os jovens possuem muitos conhecimentos sobre sua doença, etiologia, tratamento e prevenção.

Page 10: Aids. Psico II

AIDS e Morte

● Mas a maioria não se preocupava com os cuidados.

Negação e revolta ● Os conscientes e cuidadosos. Erotofobia, com forte ligação do sexo com culpa e morte.

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Abordagem Psicológica dos Diferentes Tipos de Pacientes

● Respeito da individualidade ● Antes do sofrimento físico, o paciente passa

por varias perdas -Identidade corporal e social -Trabalho -Autonomia -Privacidade -Relações afetivas

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Abordagem Psicológica dos Diferentes Tipos de Pacientes

● Por acometer pacientes em idades jovens e produtivas, interrompe de forma abrupta seus projetos de vida.

MEDO

RAIVA

DESESPEROREVOLTA

ANGÚSTIA

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Abordagem Psicológica dos Diferentes Tipos de Pacientes

● Visão Psicodinâmica Transmissão ocorre em pessoas de personalidade: -Frágil -Narcisística -Acontecimento marcante

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Abordagem Psicológica dos Diferentes Tipos de Pacientes

Equipe de saúde Nem sempre está preparada Recusam ou evitam atender Evidenciando medo de contaminação e de estigmação do serviço

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Drogas Ingetáveis e HIV

● O HIV é espalhado entre os usuários de drogas.

Compartilhamento de serigas e agulhas. Antes esse comportamento era considerado normal. Havia restrinções quanto a compra desses materiais.

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OMS: Motivos Dependências de drogas ● Curiosidade sobre os efeitos das drogas

● Conseguir uma sensação de fazer parte

● Expressar independência e hostilidade

● Ter experiências agradáveis

● Melhorar a criatividade

● Sensação de tranquilidade

● Escapar de algo

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Caracteísticas dos pacientes

● Imediatismo ● Incapacidade para tolerar frustrações ● Inconsequência ● Desestruturação psíquica ● Crise de identidade

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Importância da familía

● Duplas mensagens Auxiliar a recuperação Sentimento de reprovação ● Mãe Superprotetora e autoritária ● Pai Ausente ou omisso

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Kalina e Kovadloff

● Família simbiótica Interação muito intensa Sensação coletiva de fraqueza ● Família cismática Vivem de forma independente Contatos são fugazes e paraxísticos

Page 20: Aids. Psico II

Hemofílicos e HIV

● É um defeito da coagulação Diminuição do fator VIII ou IX 1 entre 10.000 (hemofilia A) 1 entre 40.000 ( hemofilia B)

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Hemofílicos e HIV

● Paciente Quadros hemorrágicos ● O primeiro tratamento Transfusões de sangue total Uso de plama fresco

Page 22: Aids. Psico II

Hemofílicos e HIV

● Controle sorológico Inicio dos anos 80 nos paises desenvolvidos Brasil a partir de 1985

Hemofílicos contaminados com o HIV ● 1984 94% dos hemofílicos - HIV● 1985 80% dos hemofílicos - HIV - BR

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Hemofílicos e HIV

● Relacionamento familiar Mãe Sentimento de culpa Superproteção Filho Compreendendo melhor Revolta da mãe Pai Excluido dessa relação

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Portadores de hemofilia e AIDS

● Problemas familiares ● Dificuldade em aceitar a doença ● Autocompaixão ● Revolta

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Homossexuais

● Homossexualismo é a inclinação sexual e afetiva por membros do mesmo sexo;

● Envolve fatores de extrema complexidade;● Segundo Kisney, grande parte da população

heterossexual pode ter inclinações homossexuais;

● No passado: grande repressão que gera posições mais agressivas por parte deles.

Page 26: Aids. Psico II

Homossexuais

● O papel da psicologia junto ao homossexualismo tem mudado:

Modificar seus hábitos e adequar a sociedade Compreender-se e aceitar-se: opção de vida

Page 27: Aids. Psico II

Homossexuais

● Surgimento da AIDS = "peste gay"Conceito de pervertidos e pecadores se fortificou;

● Geralmente, trata-se de pessoas sensíveis e afetuosas;

● Forma de enfrentar a doença: muitas queixas ou aceitação pelo sentimento de culpa;

● Bissexuais: atendimento torna-se difícil quando a família não conhece sua condição;

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Mulheres

● Números cada vez maiores gerando complicações como bebês aidéticos;

● Grupo de risco apresentam comportamento muito diferente: prostitutas, mulheres contaminadas por homens (homossexuais ou drogadictos) e transfusão de sangue;

Page 29: Aids. Psico II

Mulheres

● Elas tem dificuldades de se conscientizar da doença e temem o fim de seu casamento;

● Conflitos frequentes: - Meu marido é homossexual;- Ele tem AIDS;- E o pior: eu também tenho;

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O Contato com o Paciente

● Profissionais podem aprender sobre a vida

● Pct. - carga emocional problemática● Comportamento variável:

○ vergonha○ falar só aspectos negativos○ omitir dados○ não responder as questões○ negar a doença○ falar de suicídio○ ansiedade○ angústia

○ abandono○ sentimentos

persecutórios○ reações paranóides○ depressão○ baixa alto estima○ torporosidade○ Intensa tristeza

Page 31: Aids. Psico II

O Contato com o Paciente

● Profissionais:○ est. o pct. a falar○ est. o pct. a se movimentar○ externar as preocupações ○ discutir as angústias○ est. a colaboração com o tto.○ resgatar a auto-estima○ evitar a depressão profunda - irreversível

Page 32: Aids. Psico II

Demanda junto aos profissionais de saúde mental

● Estudo estatístico (87/89) com pct. da saúde mental

● Solicitações mais frequentes:

○ Ansiedade do pct.○ Ajuda do médico na comunicação do diagnóstico○ Diagnóstico diferencial de quadros clínicos:

■ reacionais ■ psicoorgânicos

Page 33: Aids. Psico II

Demanda junto aos profissionais de saúde mental

● Hoje: Ajuda para diagnóstico - quase não existe

■ Maior experiência ■ Amadurecimento nas situações:

● emocionalmente delicadas● angustiantes

● Consulta inicial ● Diálogo sincero e acolhedor

Page 34: Aids. Psico II

Demanda junto aos profissionais de saúde mental

● Omissão de diagnóstico○ Diminuição do sofrimento○ Prejuízos:

■ diminui o compromisso e dissemina a doença

● Diagnóstico de HIV +○ Incerteza quanto ao futuro○ Ansiedade○ Angústias

Perigo Real

Page 35: Aids. Psico II

Demanda junto aos profissionais de saúde mental

● Mecanismo de defesa protetor do ego○ Negação

● Opressão torácica● Inquietação motora

● Alt. físicas ○ transtornos de identidade ○ sentimento de despersonalização

Page 36: Aids. Psico II

Demanda junto aos profissionais de saúde mental

● Dificuldades com o mundo externo:○ Perda dos parceiros○ Perda dos amigos○ Perda de trabalho○ Abandono da família○ Ameaça de tranfiguração física ○ Temor a morte

● Tentativa de elaboração Culpa Dolorosa

Page 37: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Reação depressiva (breve ou prolongada) ● Distúrbios predominantes de conduta ● Distúrbios mistos das emoções e da conduta

Page 38: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Reações depressivas○ Mais frequentes○ Intensa tristeza○ Auto-estima baixa○ Pessimismo; Ausência de esperança○ Vivência de perda e abandono○ Sentimento de culpa, autorecriminação, desânimo e

insônia

Ideias suicidas Importância da relação clínico-paciente

Page 39: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Complexo demêncial da AIDS

● Acometimento direto do SNC pelo HIV

● Distúrbios de memórias de fixação

● Diminuição da concentração

● Diminuição da atenção e de outras funções cognitivas

Page 40: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Reações paranóides○ Sentimentos persecutórios alvo de maldições,

azares, castigos○ "Por que eu?"○ "Por que comigo?"○ Necessidade de acolhimento

● Reações maniformes○ Negação da realidade○ Atitude arrogante/ desprezo/ indiferença○ Trabalhar relação clínico-paciente

Page 41: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Reações histeriformes○ Sintomas mentais + síndromes neurológicas

quadros clínicos psicoorgânicos (30%) - encefalopatias - lesões focais ou infecções oportunistas - meningite - toxoplasmose

● Sintomas confuso-oníricos, com comprometimento do nível de consciência (intervenção psiquiátrica + resolução das lesões no SNC)

Page 42: Aids. Psico II

Nosografia Psicológica-Psiquiátrica

● Importância do diagnóstico diferencial○ manifestações emocionais○ psiquiátricas○ organocerebrais

Escolha da conduta adequada● Importância da história pregressa● Psicopatas (distúrbio de caráter)

atitudes delinquentes e anti-sociais

Page 43: Aids. Psico II

Paciente Terminal

● Normalmente não sentem necessidade de falar explicitamente da morte

● Confortados

○ reestabelecer estado de ânimo○ apoio

● Diálogo é importante

○ verbal e/ou extraverbal (gestos e olhares)○ percebem o medo de aproximação/importante

romper a barreira do medo

Page 44: Aids. Psico II

Paciente Terminal

● Diminuição das esperanças fé intensa, com busca de conforto em religiões e seitas

● Fase terminal grandes dificuldades

○ importância da equipe de saúde

● Desafio à sociedade● Prevenção● Aceitação

Page 45: Aids. Psico II

Conclusão

● Reprovação social Familiares e relacionamentos ● Combate à doença Resgate da auto-estima e vontade de viver Depressão e angústia Infecções ● Esclarecer o público Profissionais da

saúde ● Criar equipes Orientação conjunta

Page 46: Aids. Psico II

Conclusão

● Dedicação e compreenção Conscientizar e evitar a transmissão ● Não há condições tecnicas, nem

psicológicas para auxiliar o portador da AIDS

● Respeito e dignidade

Page 47: Aids. Psico II

Obrigado!