absolutismo europeu

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O que é absolutismo? Como se formou na França, na Inglaterra, na Espanha e em Portugal? Quais fatores determinaram o absolutismo? Como ele chega ao fim na Inglaterra? Isso, e outras coisas, estão presentes nessa sequencia de slides, além de vídeo aulas e indicações de filmes.

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Page 1: Absolutismo europeu
Page 2: Absolutismo europeu

Centralização política nas mãos do rei.

Consequência da formação das

Monarquias Nacionais iniciadas na Baixa

Idade Média.

Page 3: Absolutismo europeu

Durante a Idade Média, o poder estava dividido em três esferas:-poder local, exercido pelo nobreza medieval;

-poder nacional, exercido pela Monarquia;-poder universal, exercido pelo Papado.

No decorrer da Baixa Idade Média, quando se deu o processo de formação das Monarquias Nacionais, alguns fatores favoreceram o surgimento do absolutismo: Aliança rei - burguesia:

Para favorecimento do comércio, a burguesia necessitava de um poder centralizador capaz de unificar pesos, medidas, moedas e ainda garantir mecanismos capazes de expandir as rotas de comércio. Com isso, o poder da nobreza feudal(o poder local), foi reduzido.

Reformas Religiosas:O movimento reformista, iniciado por Lutero, minou o poder do papa, fortalecendo o poder real.

Elementos Culturais:Após o Renascimento Cultural e a valorização da cultura greco-romana, ocorre o desenvolvimento do estudo do Direito Romano, que procurará legitimar o poder dos reis – Teoria do Direito Divino do Rei.

Page 4: Absolutismo europeu

Criação de um Exército Nacional sob ocomando do rei;

Controle do Legislativo e do Judiciário;

Controle sobre as Finanças: intervenção naeconomia, mediante o monopólio dacunhagem de moedas, da padronizaçãomonetária, a cobrança de impostos, dacriação de Companhias de Comércio e aimposição dos monopólios.

Burocracia Estatal: existência de um corpoadministrativo, cuja função é estender odomínio real sobre todas as atividades doreino.

Page 5: Absolutismo europeu
Page 6: Absolutismo europeu

Nicolau Maquiavel ( 1469/1525 )/ “O príncipe” - Primeiro defensor do absolutismo – “os fins justificam os meios”, que coloca a política acima da ética cristã.

Thomas Hobbes ( 1588/1679 )/ Leviatã –defende a ideia de que o homem em seu estado de natureza é egoísta, por isso, é preciso que ele se submeta a um soberano. Assim, o estado surge de um contrato.

Jacques Bossuet ( 1627/1704 ) e Jean Bodin ( 1530/1596 ) – são defensores da ideia de que a autoridade real era concedia por Deus.

Page 7: Absolutismo europeu

PORTUGAL

Primeiro país a centralizar o poder nas

mãos do rei, especialmente devido à união

na Guerra de Reconquista dos ­cristãos

contra muçulmanos.

A centralização do Estado Português

ocorreu em 1385, com a Revolução de

Avis, onde o Mestre da Ordem de Avis ( D.

João ), com o apoio da burguesia

mercantil consolidou o centralismo político.

Page 8: Absolutismo europeu

Fruto da Guerra de Reconquista e da

aliança entre o Reino de Castela e o

Reino de Aragão, em 1469 e

consolidado em 1492 - com a expulsão

definitiva dos muçulmanos do território.

Page 10: Absolutismo europeu

Após a Guerra dos Cem Anos ocorrei o fortalecimento do poder

nas mãos do rei.

Destaca-se nesse contexto, a dinastia dos Bourbons:

- Henrique IV ( 1593/1610 ): deixou de ser protestante para se tornar rei de uma nação católica; publica o Édito de Nantes

(1598 ) que concedeu liberdade religiosa aos protestantes.

-Luís XIII ( 1610/1643 ): destaque para a atuação de seu

primeiro-ministro o cardeal Richelieu, cuja política visava a

consolidação do absolutismo e transformação do país em referência no mundo europeu.

-Luís XIV ( 1643/1715 ): o “rei-sol”, exemplo máximo do

absolutismo francês, Governava através de decretos e

submeteu a nobreza feudal e a burguesia mercantil. Levou ao

extremo a ideia do absolutismo de direito divino.

Page 12: Absolutismo europeu

Dinastia Tudor – apogeu do absolutismo:

Henrique VIII ( 1509/1547 ) – responsável pela Reforma Anglicana, após o Ato de Supremacia ( 1534 ). Com a reforma, o Estado controla as propriedades eclesiásticas impulsionando a expansão comercial inglesa.

Elizabeth I ( 1558/1603 ) -Implantou definitivamente o anglicanismo, mediante uma violenta perseguição aos católicos e aos protestantes.Iniciou uma política naval e colonial - caracterizada pela destruição da Invencível Armada espanhola e a fundação da primeira colônia inglesa na América do Norte - Virgínia ( 1584 ).Em seu reinado a Inglaterra realiza uma grande expansão comercial, com a formação de Companhias de Comércio e fortalecendo a burguesia.Com sua morte, inicia-se uma nova dinastia, ­Stuart - marcada pela crise do absolutismo inglês.

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Um príncipe desejoso de conservar-se no poder tem de aprender os meios de não ser bom.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. In: WEFFORT, Francisco. "Os clássicos da política". São

Paulo: Ática, 1993. p.37.

Com Nicolau Maquiavel (1469-1527), constitui-se um novo pensamento político, crítico em relação aos critérios que fundamentavam a legitimidade do príncipe medieval. Explique por que o pensamento político moderno excluiu a bondade como critério legitimador do poder do príncipe.

Page 15: Absolutismo europeu

Há uma crítica à noção de "bom governo", fundamental para o pensamento político medieval. Segundo essa noção, o rei deveria ser portador de virtudes cristãs, morais e principescas. O príncipe deveria ser amado por seus governados. Para Maquiavel, o rei bom, portador de virtudes morais e religiosas, corre o risco de perecer e perder o seu reino.

Sua crítica se dirige à ineficiência do rei bom em conservar o poder. Para manter os principados, sobretudo os recém-conquistados, até alcançar respeito e legitimidade entre seus súditos, ele "tem de aprender os meios de não ser bom". A partir do século XVI, com Maquiavel, o pensamento político se desliga da moral e da religião. Maquiavel substitui na política a categoria "bondade" pela "eficácia".

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A ilustração anterior está estampada na folha de rosto da obra "Leviatã", de Hobbes, publicada em 1651, na Inglaterra. A figura do Leviatã é proveniente de mitologias antigas, sendo empregada para personificar o Estado Absolutista europeu.

Descreva a conjuntura política da Inglaterra em meados do século XVII e aponte duas características da teoria de Estado formulada por Hobbes.

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A Inglaterra foi marcada, em meados do século XVII, por uma série de conflitos que opuseram o rei -que defendia um absolutismo de feições continentais - a setores do Parlamento - que visavam a limitar os poderes reais e afirmar a supremacia parlamentar em alguns âmbitos como o fiscal. Esses conflitos foram denominados de Revoluções Inglesas.

Duas dentre as características:

- idéia do pacto social

- o direito de legislar do soberano

- fundamentação racional da política

- a renúncia de direitos do indivíduo para o soberano

Page 18: Absolutismo europeu

O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de "classe média" na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar.

Norbert Elias. "Mozart: sociologia de um gênio". Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 3¡ Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a "classe média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de

a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam ao 3¡ Estado.

b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais.

c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do 3¡ Estado.

d) distinguir, dentro do 3¡ Estado, as condições em que viviam os "criados de libré" e os camponeses.

e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.

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Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei. Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada, escreveu ao grande comerciante português de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a sua importância e riqueza, freqüentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de "me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes".

Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI FŽ., Luís. "Negócios coloniais: uma correspondência comercial do século XVIII". Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973. (Resumo adaptado)

Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.

É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por

a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificavam os meios.

b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social.

c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente.

d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.

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