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REDAÇÃO AUTOR: Profª. Maria Tereza Faria http://acasadoconcurseiro.com.br

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REDAÇÃO

AUTOR: Profª. Maria Tereza Faria

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Sumário

1. INFORMAÇÕES GERAIS REDAÇÃO CEF 2012 .................................................. 01

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 02

3. EXPRESSÕES INTRODUTÓRIAS ........................................................................ 02

4. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 02

5. MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ................................................................. 03

6. TIPO DE ARGUMENTOS ................................................................................... 03

7. LIGAÇÃO ENTRE OS PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO ............................ 04

8. CONCLUSÃO .................................................................................................... 04

9. EXPRESSÕES CONCLUSIVAS ............................................................................ 04

10. QUALIDADES BÁSICAS DO TEXTO .................................................................. 05

11. COMO UTILIZAR ADEQUADAMENTE OS TEXTOS DE APOIO .......................... 06

12. CONTEÚDO ................................................................................................... 06

13. LINGUAGEM .................................................................................................. 06

14. PONTUAÇÃO ................................................................................................. 12

15. ESTRUTURA DO PERÍODO ............................................................................. 12

16. GRAFIA .......................................................................................................... 17

17. SINÔNIMOS ................................................................................................... 19

18. REDAÇÃO BANCA FCC ................................................................................... 20

19. PROPOSTAS DE REDAÇÃO CESGRANRIO ....................................................... 21

20. PROPOSTAS INÉDITAS DE REDAÇÃO ............................................................. 23

21. APRESENTAÇÃO POWER POINT .................................................................... 31

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1 REDAÇÃO – PROFª. MARIA TEREZA FARIA

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REDAÇÃO CEF INFORMAÇÕES GERAIS

1. Texto em prosa, dissertativo-argumentativo; 2. Valor: 10 pontos. 3. Aspectos avaliados:

uso dos mecanismos de coesão (referenciação, sequenciação e demarcação das partes do texto);

capacidade de selecionar, organizar e relacionar, de forma coerente, argumentos pertinentes ao tema proposto;

domínio da modalidade escrita da norma padrão (adequação vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação).

4. Caneta esferográfica de tinta preta (de material transparente). 5. Atribuição de nota zero:

fuga ao tema; fuga à tipologia; texto sob forma não articulada verbalmente;

menos de 25 linhas; sinal que possibilite a identificação do candidato; uso de lápis. 6. Eliminação de candidatos: nota inferior a seis.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1. TÍTULO: é uma expressão, geralmente curta, colocada antes da dissertação. Não se deve pular linha depois do título. É importante para o texto – agrega qualidade – e deve corresponder ao âmago da redação.

com verbo – apenas a primeira letra maiúscula e ponto final; com pontuação intermediária – apenas a primeira maiúscula e ponto final; sem verbo e sem pontuação intermediária – letras maiúsculas no início das palavras

(exceto nexos e artigos). 2. Você pode utilizar a nova ortografia ou a antiga – desde que escreva

corretamente. Afinal, a anterior vale até 31 de dezembro de 2012. 3. O texto deve estar sem rasuras, obedecendo a todas as questões relativas à boa

apresentação.

ESTRUTURA

1. INTRODUÇÃO: a principal finalidade da introdução é anunciar o assunto, definir o tema que vai ser tratado, de maneira clara e concisa. Procura-se dar uma visão geral, de forma sintética, do que se pretende fazer, quais as ideias principais que constarão do desenvolvimento. Explica-se qual é o tema do trabalho, de que ponto de vista ele será abordado, delimitando-se o assunto. Em resumo: na introdução, são requisitos básicos a definição do assunto e a indicação do caminho que será seguido para sua apresentação.

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2. MODELOS DE INTRODUÇÃO

Declaratória - consiste em expor o mesmo que sugere a proposta, usando outras palavras e outra organização, ao apresentar o tema e as delimitações sugeridas em, no mínimo, dois períodos. O principal risco desse tipo de introdução é o de ser parafrástica.

Levantamento de hipótese - esse tipo de introdução traz o ponto de vista a ser defendido, ou seja, a tese que se pretende provar durante o desenvolvimento. Evidentemente, a tese será retomada - e não copiada - na conclusão. O principal risco desse tipo de introdução é não ser capaz de realmente comprovar a tese apresentada.

Perguntas - pode-se iniciar a redação com uma série de perguntas. Porém, cuidado! Devem ser perguntas não retóricas, que levem a questionamentos e reflexões, e não vazias cujas respostas sejam genéricas. As perguntas devem ser respondidas, no desenvolvimento, por meio de argumentações coerentes. Portanto, use esse método apenas quando já tiver as respostas, ou seja, escolha primeiramente os argumentos que serão utilizados no desenvolvimento e elabore perguntas sobre eles, para funcionar como introdução da dissertação. Por ser uma forma bastante simples de começar um texto, às vezes não consegue atrair suficientemente a atenção do leitor.

Histórica - traçar uma trajetória histórica é apresentar uma analogia entre elementos do passado e do presente. Já que uma comparação será apontada, os elementos devem ser similares; há de existir semelhança entre os argumentos apresentados, ou seja, só será usada a trajetória histórica, quando houver um fato no passado que seja comparável, de alguma maneira, a outro no presente. Deve-se tomar o cuidado de escolher fatos históricos conhecidos e significativos para o desenvolvimento que se pretende dar ao texto.

Comparação social, geográfica ou de qualquer outra natureza - também é apresentar uma analogia entre elementos, porém sem buscar no passado a argumentação. Constitui-se na comparação de dois países, dois fatos, de duas personagens, enfim, de dois elementos, para comprovar a tese. Lembre-se de que se trata da introdução, portanto a comparação apenas será apresentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparação em um parágrafo.

Comparação por oposição - procura-se, nesse tipo de introdução, mostrar como o tema - ou aspectos dele - opõe-se a outros.

Citação / Argumento de Autoridade – abre-se esse tipo de introdução por meio de uma citação – ipsis litteris – pertencente a qualquer área do conhecimento ou mediante a afirmação de uma autoridade no tema em pauta. É preciso ressaltar que tais expedientes não são gratuitos – meros “enfeites” – e que, portanto, a ideia que veiculam deve ser retomada ao longo do texto ou na conclusão.

3. EXPRESSÕES INTRODUTÓRIAS – DICAS

O (A) ..... é de fundamental importância em .... É de fundamental importância o

(a) .... É indiscutível que ... / É inegável que ... Muito se discute a importância de ... Comenta-se, com frequência, a respeito de ...

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Não raro, toma-se conhecimento, por meio de ..., de ... Apesar de muitos acreditarem que ... (refutação) Ao contrário do que muitos acreditam ... (refutação) Pode-se afirmar que, em razão de ... (devido a, pelo ) ... “Os recentes acontecimentos ... evidenciaram...” “A questão ... está novamente em evidência...

4. DESENVOLVIMENTO: é a parte nuclear e a mais extensa da redação. Nessa parte,

são apresentados os argumentos, as ideias principais. É muito comum ouvir-se dizer que o desenvolvimento deve ser dividido em partes, mas muito raramente se explica que partes são essas. No D1 (tomando-se por base dois parágrafos de desenvolvimento) primeiramente, analisa-se o tema, desdobrando-o, decompondo o todo em partes. Dessa primeira análise surgirão os detalhes importantes que serão, por sua vez, analisados, entendidos, justificados, demonstrados, com base na compreensão das partes, para chegar-se ao entendimento do todo. A discussão dos detalhes dará ensejo para a apresentação, no D2, dos argumentos, a favor ou contra, confrontando-os, demonstrando a validade de uns e a fragilidade de outros, de maneira ordenada, com clareza e convicção. A discussão pode ser ilustrada com citações textuais ou conceituais de autoridades, escritores, filósofos, cineastas, pensadores, educadores, atores etc.

5. MODELOS DE DESENVOLVIMENTO

Hipótese - apresentar hipótese no desenvolvimento é a tentativa de buscar soluções, apontando prováveis resultados. Por meio da hipótese, demonstra-se interesse pelo assunto e disposição para encontrar soluções. A hipótese, praticamente, afasta o risco de apenas se expor o assunto.

Paralelismo – trata-se da apresentação de um mesmo assunto com diferentes enfoques, da correspondência entre ideias ou opiniões diferentes em relação ao mesmo argumento.

Causas e consequências – é a apresentação, em um parágrafo, dos aspectos que levaram ao problema discutido e, em outro parágrafo, das suas decorrências.

Exemplificação - seja qual for a introdução, a exemplificação é a maneira mais fácil de se desenvolver a dissertação, desde que não seja exclusiva: é preciso analisar os exemplos e relacioná-los ao tema. Devem-se apresentar exemplos concretos, que sejam importantes para a sociedade. Argumente sobre personagens históricas, artísticas, políticas, sobre fatos históricos, culturais, sociais importantes.

6. TIPOS DE ARGUMENTO

Argumento de autoridade - a citação de autores renomados (escritores

célebres) e de autoridades de certa área do saber (educadores, filósofos, cientistas etc.) é aconselhável quando se trata de fundamentar uma ideia, uma tese. Quanto maior a autoridade, maior será o respaldo a respeito do que se afirma, maior será o efeito de convencimento.

Argumento baseado no consenso - são proposições evidentes por si mesmas ou universalmente aceitas como verdade. Contudo, não se deve confundir argumento baseado no consenso com lugares comuns carentes de base científica. Afirmar que a educação é o alicerce do futuro é apresentar uma ideia aceita como verdade. Todavia, dizer que o brasileiro é preguiçoso constitui preconceito.

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Argumento baseado em provas concretas - a argumentação consiste numa declaração seguida de prova. Não se podem fazer generalizações sem apoio em dados consistentes. As provas concretas constituem-se, principalmente, de fatos, de dados estatísticos, de exemplos, de ilustrações.

Argumento de competência linguística - trata-se do uso da linguagem adequada à situação de interlocução, refere-se à escolha das palavras, das locuções e das formas verbais.

7. LIGAÇÃO ENTRE OS PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO – DICAS

D1

É preciso, em primeiro lugar, lembrar... É preciso, primeiramente, considerar... É necessário frisar também...

D2

Nota-se, por outro lado, que... É imprescindível insistir no fato de que... Não se pode esquecer É imprescindível insistir no fato de que... Além disso... Outro fator existente... Outra preocupação constante... Ainda convém lembrar...

8. CONCLUSÃO

Não confunda conclusão com apreciação do trabalho. É muito comum encontrar

dissertações que apresentam na conclusão uma apreciação do assunto, ou frases do tipo “Eu acho muito importante .........., por isso ou aquilo...” Ora, ninguém está perguntando o que o autor achou do tema trabalho, e dar uma opinião que nem sequer foi solicitada não é conclusão.

Conclusão é a parte final do trabalho, o arremate, o que constitui uma síntese interpretativa do desenvolvimento. É a decorrência lógica do processo de argumentação e, de certa forma, complementa a introdução. Na introdução, anuncia-se o que se vai fazer; na conclusão, confirma-se o que foi feito. Se a introdução pode ser considerada um “trailer” do trabalho, a conclusão é um “replay”.

A despeito de ser um “replay” (tema – tese – solução), admite-se fato novo: ideia ou argumento. Embora não seja apenas um resumo, não se pode ignorar seu caráter de síntese. Por isso, a conclusão deve ser breve, exata, concisa. Nas redações de até 30 linhas, muitas vezes dois períodos é suficiente.

9. EXPRESSÕES CONCLUSIVAS – DICAS

Conjunções conclusivas: Portanto,...

Por conseguinte,... Logo,...

Em suma,...

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Dessa forma,... Definitivamente,... Indubitavelmente,...

10. QUALIDADES BÁSICAS DO TEXTO

As três partes fundamentais da redação - introdução, desenvolvimento e

conclusão - são autônomas, mas devem apresentar-se de forma plenamente articulada. Embora a cada parte se atribua um conteúdo específico, as três devem compor um todo sequencial, lógico e harmonioso: na introdução, anuncia-se o que será feito; no desenvolvimento, faz-se o que foi anunciado na introdução e, na conclusão, confirma-se o que foi feito, demonstrando que, no desenvolvimento, cumpriu-se tudo o que foi proposto na introdução.

O texto que não conta com UNIDADE, COESÃO e COERÊNCIA, invariavelmente, vê comprometidas as melhores intenções de seu autor.

Falta de Unidade: geralmente, decorre do “entusiasmo” com um ou outro aspecto que se conhece ou se domina mais a fundo e ao qual se quer dar maior destaque. Assim, o que deveria ser apenas uma passagem ilustrativa acaba por tomar “conta” do texto, desequilibrando-o. O excesso de exemplos soa muito mais como uma estratégia de preenchimento.

Ausência de Coerência: tomar todas as questões do mundo como atuais é, no mínimo, contraditório em relação ao que se espera de um sujeito razoavelmente bem informado. Tal procedimento dá margem a textos marcados por expressões do tipo “atualmente”, “nos dias de hoje”, “hoje em dia” etc. Da mesma maneira atua a proposição de soluções para todos os questionamentos. Uma proposta de redação, via de regra, não pede que o candidato solucione os problemas do mundo, mas apenas que os discuta, agregando ideias às discussões. Sendo assim, são absolutamente vazias as fórmulas em que se exige “conscientização urgente do governo, das pessoas...”. Para evitar a incoerência, FUJA

do episódio isolado ou sem retomada, pois ele comprova falta de encadeamento textual;

da circularidade ou quebra de progressão discursiva (o texto não progride, você se vale do “vaivém”, isto é, aborda um enfoque, interrompe-o e volta a abordá-lo em outro parágrafo); NÃO seja repetitivo;

da conclusão não decorrente do que foi exposto; NÃO a inicie com nexos adversativos.

Ausência de Coesão: comumente, decorre do mau uso dos nexos coesivos, mas também da má compreensão da proposta. Para que tal não ocorra,

sublinhe as palavras com maior carga de significado que se encontram no enunciado;

substitua palavras complexas por equivalentes mais familiares; faça uma lista de questões que faz sentido abordar;

descarte as que remetem a outras questões não abordadas; formule (para si mesmo) as seis perguntas sobre o assunto e

responda-as: o quê? / quem? / quando? / onde? / como? / por quê?

lembre, por fim, de que a clareza encontra-se na simplicidade.

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11. COMO UTILIZAR ADEQUADAMENTE OS TEXTOS DE APOIO Compreender as ideias desses textos: apenas apreender o essencial, deixar de lado

o acessório, fazer inferências, perceber o que está implícito. Aproveitar os dados oferecidos como pontos de partida para reflexões: não faça

paráfrases, apenas parta do texto. Acrescentar aos dados oferecidos sua contribuição: repetir o óbvio ou fixar-se no

senso comum resulta em produção de textos entediantes. Parta para a informação nova, para a complementação de dados. Sendo original, o escritor dá a identidade ao seu texto.

12. CONTEÚDO – aspectos avaliados

Domínio da tipologia - trata-se de verificar se o texto apresenta adequação às características da tipologia textual solicitada na proposta de redação: dissertativa; é possível identificar a tese principal e os argumentos que a sustentam.

Organização do texto - trata-se de verificar se a organização do texto, do ponto de vista formal, refletida na estruturação dos parágrafos, e do ponto de vista das ideias/argumentos que sustentam o texto, é adequada. Avalia-se se os parágrafos apresentam organização adequada à sua função no texto, inclusive quanto ao número e extensão de períodos; se há organicidade, ou seja, estabelecimento de relações adequadas, tanto no desenvolvimento interno dos parágrafos quanto na transição entre eles.

Desenvolvimento do tema e do ponto de vista - trata-se de verificar se o candidato expressa seu posicionamento ao abordar o tema.

Qualidade do conteúdo - trata-se de avaliar o uso de elementos responsáveis pela progressão temática, como mobilização de dados e densidade informacional, entre outros aspectos.

Coesão textual - trata-se de verificar se o autor demonstra conhecimento dos recursos coesivos que a língua oferece, utilizando-os de forma apropriada e qualificada: emprego de nexos, de modalizadores, de correlação de tempos verbais, de referências anafóricas e de substituições lexicais.

Investimento autoral - trata-se de avaliar se o encaminhamento do texto evidencia esforço pela autoria, isto é, se o texto apresenta abordagens diferenciadas, fatos inusitados, tentativa de fugir do lugar comum, relacionando as ideias com criatividade e com propriedade. No plano formal, o investimento autoral pode revelar-se pelo uso de frases complexas, de vocabulário variado, além de recursos retóricos bem empregados.

13. LINGUAGEM

A clareza é uma das principais qualidades de uma redação. Consiste em expressar-

se da melhor forma possível, de modo a deixar-se compreender pelo leitor do texto. Ser claro é ser coerente, preciso, não se deixar contradizer, ser direto.

Seja natural. Não caia na tentação de utilizar palavras de efeito duvidoso que alguém bem-intencionado lhe sugeriu para “impressionar a banca”. Linguagem direta, clara, fluente é mais efetiva do que expressões rebuscadas, às vezes inadequadas para o contexto. Não seja prolixo.

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ERROS COMUNS

Internetês: é considerada erro ortográfico, na prova de Redação, a utilização de registros gráficos próprios do internetês, como

vc em vez de você; naum em vez de não; pq em vez de qualquer um dos porquês; (o)q em vez de (o) que; qq em vez de qualquer; td em vez de tudo; eh em vez de é; tb em vez de também.

Impropriedade de registro É importante observar que não seria correto penalizar o autor de um texto pelo uso

de qualquer palavra, gíria ou expressão informal retirada da fala cotidiana. A informalidade pode tornar-se equivocada quando é mal-encaixada na totalidade de uma frase, de um parágrafo ou de um texto de encaminhamento formal predominante, evocando um registro de comunicação diferente daquele estabelecido entre autor e leitor ao longo do texto.

Ex.: Os problemas tipo entre pais e filhos geram estresse. Do mesmo modo, pode a hipercorreção provocar problema semântico, se for

ocasionada por uma dificuldade que pode estar associada, por exemplo, a uma escolha vocabular diferente da predominante no texto.

Ex.: Entra ano, sai ano, cada vez mais as adolescentes que ficam grávidas olham o enlace matrimonial como uma coisa que vai garantir que o pai da criança vai estar perto delas quando chegar a hora do nenê nascer. Muitas gurias têm essa ilusão porque não sabem nada da vida mesmo.

Correr atrás do prejuízo. Fazer com que (Isso faz com que o povo fique desanimado. / Isso FAZ o povo FICAR desanimado). Ter no lugar de Haver consiste em coloquialidade a ser evitada; Ex.: Há uma liquidação ótima no “shopping”. (formal); Tem uma liquidação ótima no “shopping”. (coloquial). (tal pensamento) vem à cabeça. A gente; use “nós”. Só que, use mas, porém, etc. Diálogo com o examinador: não use VOCÊ / TU. Use “se” (apassivador, indeterminante do agente) ou 1ª pessoa do plural, nós. Não se desculpe, dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco. Mistura de tratamento – eu / nós / se / ele(s) – num mesmo período / parágrafo.

Afixos A utilização inadequada de prefixos e de sufixos ocorre quando determinado

emprego produz significados diferentes do que o autor tinha em mente. Ex.: Geralmente, a mãe é mais compreensível que o pai. (adequado: Geralmente,

a mãe é mais compreensiva que o pai.)

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Ex.: A teoria darwiniana é uma das mais aceitáveis pela comunidade científica. (adequado: A teoria darwiniana é uma das mais aceitas pela comunidade científica).

Ex.: A crítica, quando construtiva, não é desconveniente. (adequado: A crítica, quando construtiva, não é inconveniente.)

Semântica seleção inadequada de palavras e de expressões que estabelecem relações de

sentido entre os elementos textuais: Para ser feliz, é preciso ter talento. ASSIM, só isso não basta. (No entanto);

uso repetitivo de nexos; uso de gírias ou de expressões informais descontextualizadas: Para ser feliz, é

preciso ter uma vida MANERA. (interessante); hipercorreção: O dizer aos INFANTES ante tamanha tragédia? (crianças); erros de coordenação e de paralelismo: O problema da droga é mais grave no Rio e

em São Paulo do que em Belo Horizonte e Pernambuco. (Pernambuco é o nome de um estado entre nomes de cidades.);

imprecisão: A aluna informou à turma que ELA tinha-se saído bem na prova. (A aluna informou à turma que todos tinham-se saído bem na prova); (Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa oportunidade para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus maridos.);

expressão de amplo sentido: A corrupção nacional é uma COISA assustadora, um PROBLEMA quase sem solução. (A corrupção nacional é assustadora, um problema social quase sem solução); redundâncias e obviedades: Há cinco anos atrás, não se ouvia falar em aquecimento global. (Há cinco anos... / Cinco anos atrás...); Hoje em dia; A cada dia que passa; Eu acho / Eu penso...; Mundo em que vivemos; (no mundo); um certo (“Quando certo alguém / cruzou o seu caminho...”).

excesso de paráfrases: Num mundo em que nós, SERES HUMANOS, buscamos apenas a excelência profissional... (desnecessário o aposto);

excesso de repetição de palavras ou de expressões; expressões categóricas, sobretudo na conclusão: “Só assim poderemos garantir...” /

“Conclui-se que...” / “A partir de tudo que foi exposto...”.

Lugar-comum “Desde os primórdios da humanidade, o homem tem-se mostrado cruel com seus

semelhantes.” (situe o leitor em relação ao tempo); “As pessoas saem de casa sem saber se vão voltar.” (valha-se de exemplos que

ilustrem suas ideias); “O efeito estufa nada mais é do que a vingança da mãe-natureza.” (ocorrência de

um clichê e de um equívoco – atribuição da responsabilidade à natureza); “É preciso lembrar que dinheiro não traz felicidade.” (reprodução de pensamento

comum, demagógico); “A juventude é o futuro do país.” / “Se cada um fizer a sua parte, certamente

viveremos num mundo melhor.”/ “Já não se fazem mais pais como antigamente." (vago, possibilitando várias interpretações);

“É conveniente para o governo que a população permaneça sem instrução, porque assim é mais fácil manipulá-la.” (tendência simplista de atribuir ao governo a responsabilidade direta por todos os problemas do país);

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Ditados: agradar a gregos e troianos, chover no molhado, ficar literalmente arrasado, passar em brancas nuvens, segurar com unhas e dentes, ter um lugar ao sol... Experimentalismos Linguísticos (agudizar, xópin, ...).

Cacofonia. (Já que tinha interesse, ficou atento.).

Excesso de estrangeirismos A palavra estrangeira, na sua forma original, só deverá ser usada quando for

absolutamente indispensável. O excesso de termos de outro idioma torna o texto pretensioso e pedante. Não se esqueça de explicar sempre, entre parênteses, o significado dos estrangeirismos menos conhecidos. Se a palavra ou expressão não tiver correspondente em Português, porém, ou se o termo for pouco usado, recorra, então, ao termo estrangeiro.

Não empregue no idioma original palavra que já esteja aportuguesada. Use, pois, uísque e não whisky, caratê e não karat, tarô e não tarot, estresse e não

stress. Quando houver vocábulo equivalente em Português, prefira-o ao

estrangeirismo. Use, então, cardápio e não menu; pré-estreia e não avant-première; assalto e não round; padrão e não standart; fim de semana e não week-end; desempenho e não performance.

Excesso de vocabulário politicamente correto

Microempresário do setor informal da economia = Camelô

Pessoa criativa na narração de fatos = Mentiroso

Menor vítima da desigualdade social = Pivete

Veículo de tração animal = Carroça

Protetor de patrimônio automotor = Guardador de automóvel

Integrante frequente do índice cara mão de obra não ativa = Vagabundo ou desocupado

Condutor de veículo vertical = Ascensorista

Célula habitacional informal = Maloca

Relação íntima não consentida = Estupro Encarregado da assepsia urbana = Lixeiro

Sacerdote de rito afro-brasileiro = Pai-de-santo

Comerciante tabagista alternativo = Traficante de maconha

APRIMORANDO A LINGUAGEM

Uso do etc. Não use etc. sem nenhum critério. Trata-se da abreviatura da expressão latina et

cœetera, que significa “e as demais coisas”. Só devemos usá-la quando os termos que ela substitui são facilmente recuperáveis. Ex.: A notícia foi veiculada pelos principais jornais do país como O Globo, Jornal do Brasil, etc.

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O leitor bem informado sabe que os outros jornais ficam subentendidos: Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Zero Hora. MAS Ex.: Muitas vezes, os pais não sabem como falar aos filhos problemas relacionados ao sexo, à morte, etc. Quais seriam os outros problemas? Fica difícil saber.

Nunca escreva “e etc.”, pois a conjunção “e” já faz parte da abreviatura. Seria o mesmo que dizer “ e e as demais coisas”. Após a abreviatura, usa-se ponto final: ,etc.

Pluralização

Se uma “propriedade” refere-se a sujeitos diversos, deve manter-se no singular. Quando são vários os possuidores, o nome da “coisa” possuída fica no singular, inclusive partes do corpo, se unitárias, ou atributos da pessoa. Exemplos:

A insegurança das grandes cidades prejudica nossas vidas. (nossa vida / a vida) As aquisições feitas pelo grupo até agora estão na casa de US$ 5,4 bilhões,

incluindo as participações dos sócios. (a participação) A polícia tenta apurar as identidades dos marginais. (a identidade) Eles concordaram e balançaram as cabeças... (a cabeça) Deixou todos de bocas abertas (boca aberta) Elevemos os corações para o alto. (o coração) O delegado foi incumbido de investigar as mortes dos líderes. (a morte)

Expressões comuns A palavra através pertence à família de “atravessar”. Deve ser empregada no

sentido de passar de um lado para outro ou passar ao longo de: A luz do sol, através da vidraça, ilumina o se rosto. / O tipo de redação solicitada mudou através dos tempos. Não use através no lugar de mediante, por meio de, por intermédio de, graças a ou por: Comuniquei-me com ele por meio do computador.

Em princípio = antes de mais nada, teoricamente, em tese, de modo geral: Em princípio, três horas diárias de estudo é bastante.

A princípio = no começo, inicialmente: A princípio, o curso de Medicina era o mais concorrido. Atualmente, isso mudou.

A nível de NÃO existe. Existem em nível de (= no âmbito de; expressão desgastada!) e ao nível de. A decisão foi tomada em nível de turma. (Melhor: A decisão foi tomada pela turma.) / Não chegou ao nível catastrófico, mas seu desempenho deixou a desejar.

Entre ou Dentre? Quase sempre ENTRE, pois DENTRE tem uso muito limitado = do meio de: O candidato surgiu atrasado, correndo, dentre dois carros. / Entre tantas possibilidades, optei pelo curso de Letras.

Falar NÃO equivale a dizer, afirmar, declarar. Falar = dizer palavras: “Ele fala pelos cotovelos!” Na dúvida, substitua falar por dizer; se a lógica se mantiver, use o verbo dizer: “A Reitora falou (disse), na entrevista, que haverá mais vagas em todos os cursos, a partir de 2005.”

Acontecer = suceder de repente; ideia de inesperado, desconhecido: “Tudo pode acontecer, se não nos prepararmos bem!” É recomendável usá-lo com os indefinidos (tudo, nada...), os demonstrativos (isto, aquilo...) e o interrogativo “que”.

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NÃO use acontecer no sentido de ser, haver, realizar-se, ocorrer, suceder, existir, verificar-se, dar-se, estar marcado para: “O pré-exame acontecerá (está marcado para o) no dia 03 de janeiro.”

Só empregue possuir se quiser indicar posse, propriedade (de um bem material): “Ele possui imóveis fora do Brasil.” / Mas utilize em “Ele possui excelente situação financeira.” Substitua por “Ele desfruta de excelente situação financeira.” Use ter, desfrutar, apresentar, manifestar, produzir, demonstrar, gozar, ser dotado de.

Ao invés de = inverso, ao contrário de. Ex.: Enganou-se, ao invés de açúcar, pôs sal no cafezinho.

Em vez de = no lugar de. Ex.: Em vez de ir ao cinema, resolveu estudar. Ao encontro de = a favor de. Ex.: Concordo com você; minhas ideias vão ao

encontro das suas. De encontro a = em sentido oposto, contra. Ex.: Não concordo com você;

minhas ideias vão de encontro às suas. Na medida em que = porque. Ex.: Na medida em que nos conhecemos,

podemos agir com intimidade. À medida que = à proporção que. Ex.: À medida que estudava, sentia-se mais

seguro. A meu ver (não “ao meu ver”). Chamar a atenção (não “chamar atenção”). Dar-se ao direito; dar-se ao luxo. Defronte de (não “defronte ao”). Em frente de / diante de (não “frente a”).

Uso do Gerúndio (-ndo): forma nominal do verbo (≈advérbio), indica ação continuada. Logo,

Vou ficar esperando por você até às 17h. (correto) Vou estar enviando a proposta até às 17h. (incorreto) Isso acaba provocando ódio. (desnecessário) Isso provoca ódio. (preferível)

USO DOS NEXOS

ESSE(A)(S) + substantivo / ISSO = retomam assunto. A inflação retornou a Porto Alegre. Esse fato denota que a economia não é

tão estável como apregoa o governo. / Isso denota que... MESMO(A)(S) = não retomam palavras ou expressões; nessas situações,

utilize ELE(A)(S). Ainda tenho os mesmos ideais. Meus amigos, contudo, mudaram. Eles creem

que manter certas convicções é estagnar.

ONDE = refere-se apenas a lugar em que se está; caso contrário, utilize em que, no(a)(s) qual(is).

A cidade onde (= em que / na qual) é maravilhosa. / O dia em que (no qual) te conheci é o melhor de minha vida. / A sociedade na qual (em que) nos inserimos...

AONDE = refere-se apenas a lugar para o qual se vai. Essa é a praia aonde você vai nas férias?

OS NEXOS ALTERNATIVOS MANTÊM PARES “FIÉIS”.

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SEJA porque eu te amo, SEJA porque não consigo mais viver sem ti, aceito tuas exigências.

Evite MAS e PORÉM em início de período; prefira NO ENTANTO, ENTRETANTO, CONTUDO, TODAVIA, NÃO OBSTANTE.

14. PONTUAÇÃO

Aspas: são empregadas, por exemplo, para indicar transcrições textuais; palavras estrangeiras; uso diferenciado de uma palavra - por exemplo, para enfatizá-la; neologismos criados pelo autor; gírias, quando necessárias; títulos; ironia.

Dois-pontos: usados numa relação em que a segunda oração é uma consequência

ou uma explicação da primeira, mas não no início de qualquer série. No tabuleiro da baiana tem: vatapá, caruru, umbu... (incorreto)

15. ESTRUTURA DO PERÍODO

Chamamos de fragmento de frase (ou frase fragmentada) o isolamento indevido de

orações reduzidas – Era necessário preservar os vários sentidos do texto. Cabendo ao leitor interpretá-lo.

orações adjetivas – A televisão tem apenas programas infantis violentos. Onde os heróis se matam.

Aposto – A marginalização do negro na nossa sociedade vem dos tempos da colonização do Brasil. Uma estúpida herança deixada pelos nossos antepassados.

orações coordenadas – Há dois tipos de injustiça que estão ocorrendo dia a dia na nossa frente, sem que nada seja feito: uma delas é a injustiça econômica. E a outra é a injustiça social.

orações subordinadas – Não quero esquecê-la. Porque sempre se leva algum conhecimento para a vida.

Chamamos de frases siamesas quando não há sinal de pontuação ou quando ele foi mal empregado.

A pessoa se acostuma a competir, quando isso ocorre, ela é beneficiada.

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EXERCÍCIOS

1. Reescreva os períodos abaixo, estruturando-os adequadamente. a. A pobreza que assola o Terceiro Mundo agrava-se assustadoramente. Sem controle.

Tendo como causas primordiais os desmandos governamentais, o despreparo dos indivíduos e o desemprego. Sem considerar as deficiências de saúde pública, a falta de habitação e de escolas. Um quadro desolador, sem perspectivas de melhora.

b. Preparar-se para a vida implica vencer obstáculos. Crescer. Sofrer. Pois só dessa forma

o homem amadurece. c. Quando a sociedade desvaloriza a mulher, todos saem prejudicados. Sem contar que o

próprio mercado de trabalho ficaria paralisado sem a atividade feminina.

d. Procurando acertar. Tentando superar desafios, buscando o contínuo aperfeiçoamento. Assim vive o homem moderno.

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e. Consumir exerce extremo fascínio sobre a maioria dos indivíduos. Isso porque a propaganda atingiu um alto grau de sofisticação. Sendo a responsável pelo aumento da aquisição de bens supérfluos, especialmente nos países desenvolvidos.

f. O trabalho infantil envergonha o país. Crianças com menos de doze anos exercendo

atividades de adultos. Ficando privadas da escola, das brincadeiras, do crescimento sadio. Denegrindo a imagem de uma nação, negando a esses menores a chance de um futuro digno.

2. Ligue as orações abaixo, formando períodos compostos por subordinação.

a. Resolvemos voltar. Não conseguimos atingir o ponto mais alto. A chuva e o frio atrapalharam a escalada.

b. O choque entre os veículos foi muito forte. O passageiro foi projetado para fora do carro. Ele fraturou o crânio.

c. Aumenta a pobreza no campo. Cresce o êxodo rural . Nas cidades, surgem favelas. Elas abrigam adultos desempregados e crianças famintas e doentes.

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d. O grupo de teatro recebeu muitos aplausos. Ele venceu o concurso na escola. A apresentação do grupo foi impecável.

e. O frio era intenso. Ela não gostava de sair. Temia resfriar-se.

f. A festa foi um sucesso. Havíamos previsto isso. Alguns convidados não compareceram.

g. Estudávamos mais. Íamos ficando confiantes. Sentíamo-nos aptos para ser aprovados no concurso.

Paralelismo O erro de paralelismo consiste em coordenar elementos semelhantes de forma

diferente. Ex.: Nesse episódio, senti como há falta de educação e experiência em nosso povo. (incorreto)

Nesse episódio, senti que o nosso povo não tem nem educação nem experiência. (correto)

Nesse episódio, senti como há falta de educação e de experiência em nosso povo. (correto)

Erros mais comuns de paralelismo coordenação indevida entre orações de estrutura diferente – Coisa que sempre deixa ressentimentos (subordinada) ou mesmo acabam discutindo seriamente (coordenada). (Coisa que sempre seixa ressentimentos e leva-os a discutir seriamente.)

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omissão de uma oração – Matriculei-me na disciplina, fiz os trabalhos, provas e presença nas aulas. (Matriculei-me na disciplina, fiz os trabalhos e compareci às aulas.) coordenação de uma oração desenvolvida com uma coordenada – Sorte minha o engarrafamento do túnel não estar terrível e, no guichê da rodoviária, um casal, gentilmente, me cedeu a vez. (...um casal, gentilmente, ceder-me a vez.) coordenação indevida de uma reduzida – Conseguir ser respeitado na sua profissão e podendo, então, casar-se com sua amada. (...e poder, então, casar-se com sua amada.) ordem inadequada de elementos coordenados – Estranhou o silêncio quebrado apenas por passarinhos e pela falta de vizinhos. (...e a falta de vizinhos.) uso indevido do “e que” – Era uma mulher bem vestida e que trazia no braço uma série de números tatuados. (...e trazia... / que trazia...) má construção das correlações – Podem tanto nestas frases faltar sinais de pontuação quanto existir sinais mal empregados. (Podem nestas frases tanto faltar ... quanto existir...) falso paralelismo nas comparações – Escrever romances é diferente da pintura. [escrever = ação / pintura = resultado da ação] (Escrever romances é diferente de pintar quadros.) falso paralelismo semântico – Quando fui à Europa, visitei Paris, Roma e minha avó erros de regência – A cada dia, sonham e despertam para a necessidade de a sociedade ser sustentável. (A cada dia, sonham com a necessidade de a sociedade ser sustentável e despertam para isso.) EXERCÍCIO 3. Reescreva as frases que seguem, eliminando os erros de paralelismo.

a. Mandou-me sair da sala e que apagasse a luz.

b. O que mais aprecio em meus alunos é a determinação, a persistência e não faltarem à aula.

c. Um aluno aprende muito quando estuda nos livros ou como ouvinte em palestras.

d. O aluno ocupa seu tempo estudando ou na internet.

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e. Não só os alunos são interessados, mas também esforçados.

16. GRAFIA

Emprego de maiúsculas e de minúsculas Maiúsculas

substantivos próprios de qualquer natureza; nomes de vias e lugares públicos; nomes que designam altos conceitos políticos, religiosos ou nacionais (A Igreja teceu

duras críticas às pesquisas com células-tronco.); nomes que designam artes, ciências e disciplinas; nomes de estabelecimentos públicos ou particulares e nomes de escolas de qualquer

espécie ou grau de ensino;

títulos de livros, jornais, revistas, produções artísticas, literárias e científicas; pontos cardeais, quando nomeiam regiões (No Sul, desfruta-se de um inverno

europeu.); nomes de fatos históricos importantes, de atos solenes e de grandes

empreendimentos públicos;

expressões como fulano, beltrano e sicrano, quando usadas em lugar de nome de pessoas;

País com letra maiúscula em substituição ao nome próprio da nação (O Brasil ainda é vítima de problemas terceiro-mundistas. O País precisa, pois, curar-se da síndrome do “coitadismo”.);

Estado = o conjunto das instituições (governo, congresso, forças armadas, poder judiciário etc.) que administram uma nação. (A máquina administrativa do Estado.).

Minúsculas

nomes de povos, de suas línguas e gentílicos (O brasileiro é cordial.) em geral; nomes dos meses e dos dias da semana; nomes dos pontos cardeais, quando designam direções ou limites geográficos (Mais

ao sul, viam-se as nuvens carregadas.); nomes comuns que acompanham nomes geográficos (Transposição do rio São

Francisco); nomes de festas pagãs ou festas populares (Em fevereiro, há o carnaval.); nomes das estações do ano; depois de dois-pontos, quando se trata de uma enumeração ou uma

exemplificação; estado = cada uma das divisões político-geográficas de uma nação. (O Amazonas

é o maior estado brasileiro.).

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Grafia de números Por extenso

os números até noventa, que se constituírem de apenas uma palavra no início da frase (Dois alunos saíram mais cedo da aula.);

substantivados (Ela lia as Mil e Uma Noites.); dados por aproximação ou estimativa (“Nem por você / Nem por ninguém / Eu me

desfaço / Dos meus planos / Quero saber bem mais / Que os meus vinte / E poucos anos...”);

números com mais de uma palavra e números a partir de 100 (Nas próximas vinte e quatro horas saberei o que fazer de minha vida.);

quantias com as unidades monetárias grafadas por extenso (Com cinquenta reais, consigo comprar apenas um livro. (mas... Com R$ 50,00, consigo comprar apenas um livro.).

Em algarismos horas, minutos e tempo em geral (O voo sai às 17h e chega por volta das

19h30min.); medidas (Corro 5 km todos os dias.).

Em forma mista

os números de 1 milhão em diante (Esta estrela tem, seguramente, mais de 19 milhões de anos.)

Sublinhas Sublinhas são usadas para enfatizar determinada palavra ou trecho que o autor

julgue especialmente relevante para adequado entendimento do que quer dizer.

Siglas todas as letras maiúsculas se a sigla tiver até três letras (ONU); todas as letras maiúsculas se todas as letras forem pronunciadas (INSS); se houver mais de três letras, só a inicial maiúscula (Unesco).

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17. SINÔNIMOS

Eis alguns dos vocábulos cuja repetição é bastante usual. Então, para auxiliá-lo... Contudo, cuidado: não existe sinônimo perfeito.

PROBLEMA HOMEM BENEFÍCIOS DESENVOLVIMENTO

assunto carência condição questão situação controvérsia drama conjuntura preocupação mal deficiência dificuldade impasse pendência caso dano entrave distúrbio aborrecimento

pessoa criatura indivíduo ser humano ser vivo cidadão humanidade

vantagens proveitos melhorias avanços ganhos melhoramentos benesses

melhoria criação crescimento evolução propagação aumento incrementação incremento

SOLUÇÃO ATITUDE VIOLÊNCIA

medida superação saída resultado decisão resolução

procedimento postura ação comportamento reação caminho realização ato

agressão brutalidade insulto ofensa truculência tensão tumulto bestialidade

SUPERAR

vencer dominar ultrapassar sobrepujar transpor solucionar

DESTRUIR CONSCIENTIZAR

devastar aniquilar liquidar exterminar arrasar destroçar arruinar eliminar

responsabilizar convencer informar cientificar persuadir notificar

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18. REDAÇÃO CONCURSO: BANCA FCC

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19. PROPOSTAS DE REDAÇÃO Temas atuais ou específicos de determinados cargos.

Proposta 1 (Analista – 2011 – Banca Cesgranrio) Leia os textos abaixo:

ABAIXO A OBSOLESCÊNCIA Nossos avós são de uma época em que a compra de um eletrodoméstico era uma

aquisição para a vida inteira. Uma geladeira, pois, tinha de perdurar por gerações... Hoje a lógica do mercado é completamente oposta, e nós, consumidores, vivemos um ciclo constante de compra, reposição e repetição. No início dos anos 1960, o visionário designer alemão Dieter Rams previu o crescimento desenfreado dessa tendência e criou um produto que, nos 50 anos seguintes, iria nadar contra a maré: o Sistema Universal de Prateleiras 606. Trata-se de um produto simples, mas que foi concebido para durar ad eternum, pois a composição mantém os mesmos padrões desde a primeira peça comercializada e a montagem é altamente flexível. [...]

Vida Simples. São Paulo: Abril, n. 105, maio 2011. p.14.

O iPad estreou ontem com sucesso nas lojas – físicas e virtuais – do Brasil. As filas que se formaram ainda na quinta-feira já indicavam o interesse pelo tablet. [...] O economista Salmo Valentim já tem um iPad, mas não resistiu à novidade. Levou para casa um modelo mais caro e completo, com 64 GB, Wi-fi e 3G. [...]

O Globo, Rio de Janeiro, 28 maio 2011. p. 37. Adaptado.

Com base nos textos acima e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo/argumentativo, expondo sua opinião e suas ideias sobre a sociedade de consumo e como esse conceito afeta os consumidores, a indústria, o comércio e o setor de serviços (oficinas de conserto, por exemplo). Aponte vantagens e desvantagens relacionadas a um ou mais desses grupos.

Instruções: a) ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista a respeito do tema; b) a produção do texto deverá demonstrar domínio da língua escrita padrão; c) a Redação não deverá fugir ao tema; d) o texto deverá ter, no mínimo, 20 linhas, mantendo-se no limite de espaço a ele destinado; e) o texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa; f) o texto definitivo deverá ser passado para a folha para o desenvolvimento da Redação, pois não será considerado o que for escrito na Folha de Rascunho; g) a Redação definitiva deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta; h) a Redação deverá ser feita com letra legível, sem o que se torna impossível a sua correção; i) a Redação não deverá ser identificada por meio de assinatura ou qualquer outro sinal.

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Proposta 2 (2007 – Banca Cesgranrio)

Afinal, qual é o verdadeiro patrimônio do Brasil? Os economistas dizem ser nossas empresas, bancos, força de trabalho, produto interno bruto. Os ecologistas apontam para a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, praias, rios e mares. Os arquitetos, para nossas igrejas, cidades, patrimônio histórico, de Olinda a Brasília. Todos estão certos. Mas nosso patrimônio é mais. Não é apenas o que temos e possuímos. Como diz o samba: “A vida não é só isso que se vê. / É um pouco mais. / Que os olhos não conseguem perceber / Que as mãos não ousam tocar / Que os pés recusam pisar.”

FALCÃO, Joaquim. 2000.

Com base no texto acima, redija um texto dissertativo sobre o tema A verdadeira riqueza do homem no século XXI, segundo o seu ponto de vista. Construa o seu texto em prosa, com o mínimo de 20 e o máximo de 25 linhas. Dê um título à sua redação, que deve ser escrita a caneta esferográfica de tinta na cor preta (ou azul).

Proposta 3 (2006 – Banca Cesgranrio)

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, realizará estudos e pesquisas que subsidiarão a formulação, o planejamento e a implementação de ações do Ministério de Minas e Energia, no âmbito da política energética nacional.

http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=1039

De que modo efetivo você, como um futuro funcionário da EPE, pretende contribuir profissionalmente para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira?

Redija um texto dissertativo, em prosa, com o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação, respeite a norma culta da língua e utilize caneta de tinta azul ou preta.

Proposta 4 (2005 – Banca Cesgranrio)

A ANP e o Meio Ambiente A Agência Nacional do Petróleo tem por missão regular a indústria do petróleo e

gás natural, tendo como diretriz a preservação do interesse público e do meio ambiente. A atuação da ANP vem ocorrendo em parceria com outros órgãos governamentais, universidades e demais agentes da sociedade que tenham competência e interesse em colaborar no estímulo à atividade econômica e preservação do meio ambiente.

http://www.anp.gov.br/meio/anp_meio_ambiente.asp

POLUIÇÃO! Sombras medonhas sobre os verdes mares

Ainda existem lugares privilegiados – como certos pontos do litoral brasileiro – em que se conseguem ver os mil matizes que o sol faz refletir nas ondas do mar: azul-regata, verde-jade, azul-celeste... verde-esmeralda. Mas, na maioria das praias próximas às grandes cidades, as águas parecem doentes: estão ficando paradas, cinzentas. Estão ficando imóveis, estáticas, plúmbeas, podres.

Não poderia ser diferente: grande parte do lixo litorâneo acaba sendo lançada diretamente nos oceanos, acumulando-se nas zonas costeiras, onde sobrevivem a flora e

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a fauna dos mares. Quando a poluição dos oceanos é feita por matéria orgânica – geralmente, esgotos não tratados –, há uma violenta proliferação de bactérias e micro-organismos patogênicos que atacam a saúde através de diarreias, hepatites, micoses e outras doenças. A poluição orgânica dos mares faz ainda com que as águas fiquem turvas, baixando o teor de oxigênio e aumentando a acidez.(...) Muitas espécies desaparecem e outras proliferam rapidamente. Os primeiros a morrer são as esponjas, corais, polvos, estrelas, moluscos, camarões, lagostas. Já os siris e caranguejos – amantes da imundície – sobrevivem numa boa.

Mas a poluição mais grave do mar não é a orgânica – e sim a industrial – principalmente petróleo e seus derivados. Ela provoca efeitos imprevisíveis, porque as correntes marinhas, em sua dança louca, não a arrastam para o alto mar. Os escapamentos que podem ocorrer em milhares de novos poços de petróleo que estão sendo perfurados em todo o mundo certamente contribuirão para aumentar as “marés negras”, de forma inevitável, inexorável. (...)

Apesar de tudo, a consciência ecológica está crescendo. É possível que os nossos verdes mares não deixem (nunca!) de refletir os raios de sol em suas ondas de águas estilhaçadas – no azul de suas ondas onduladas. Águas que correm, que escorrem, que sobem, que descem...

DERENGOSKI, Paulo Ramos. Jornal do Comércio. 25 jun. a 1 jul. 2000 (adaptado).

Considerando o trecho acima e o texto, apresentado na prova de Língua Portuguesa II, redija um texto dissertativo analisando o problema da poluição industrial, principalmente a decorrente do petróleo e seus derivados. Comente a sua participação, na qualidade de eventual futuro funcionário da ANP, no sentido de contribuir para que “os nossos verdes mares não deixem (nunca!) de refletir os raios de sol em suas ondas”.

Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação e utilize a norma culta da língua.

20. PROPOSTAS INÉDITAS DE REDAÇÃO

Proposta 5

Indenizando os sobreviventes As indenizações por acidentes de trânsito no Brasil já passaram de R$ 1 bilhão

neste ano. Desde 2003, a quantidade aumentou 133%. O total de indenizações pagas pelo seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) para vítimas de acidentes de trânsito no Brasil aumentou 36,4% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. São Paulo foi o Estado com o maior número de pagamentos por morte - 4.841, ou 19% do total do País. Minas, com 10%, Rio e Paraná, ambos com 7%, aparecem na sequência. Os dados foram divulgados ontem no Rio pela Seguradora Líder, administradora do DPVAT. Entre janeiro e junho, foram feitos 165.111 pagamentos (R$ 1,127 bilhão). "Infelizmente, o seguro é um reflexo de uma situação que verificamos no País. Os índices de acidentes são alarmantes, seja em feriados seja no dia a dia", disse o diretor da seguradora, Ricardo Xavier.

O Estado de S. Paulo, 28 de julho de 2011

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Motorista bate Porsche e mata mulher

O motorista do carro Porsche envolvido em um acidente que matou uma pessoa na manhã deste sábado responderá por homicídio doloso - quando há intenção de matar -, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública). O acidente aconteceu no cruzamento das ruas Tabapuã e Bandeira Paulista, no Itaim Bibi (zona oeste de SP), por volta das 2h30, e provocou a morte de Carolina Menezes Cintra Santos, de 28 anos.

Folha.com, 9 de julho de 2011 Tiros em Botucatu

São Paulo - O motorista Jonas Braga de Albuquerque, de 44 anos, acusado de matar a tiros Adriano Antonio dos Santos, de 28, durante uma briga de trânsito em Botucatu (SP), se apresentou à polícia na manhã de hoje. O homem prestou depoimento e foi liberado. Por ter se apresentado espontaneamente, ele responderá ao processo em liberdade. Jonas deve ser indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar - e a pena pode chegar a 30 anos. De acordo com a Polícia Civil, o carro de Adriano perdeu o freio e bateu no veículo dirigido por Jonas, no último domingo, 14. Jonas saiu do carro e começou a discutir com o outro motorista. Um irmão de Adriano chegou e os dois passaram a bater em Jonas. Ferido pelo acidente e as agressões, Jonas foi até sua casa, nas proximidades, pegou um revólver e deu um tiro em Adriano.

UOL Notícias, 16 de agosto de 2011 Violência no Trânsito

Para Júlio César Fontana Rosa, psiquiatra especializado em comportamento de trânsito da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o risco de se envolver num ato de violência é potencializado quando o veículo se torna um meio para que a pessoa libere sua agressividade e, assim, facilite a provocação do outro.

A belicosidade pode começar com uma simples troca de olhares, seguindo para cara feia, gestos obscenos, palavrões, chegando à agressão. “O motorista, muitas vezes, não sabe o que vai causar ali, como um dano ao carro ou à pessoa, mas ele precisa se afirmar. Depois vem o arrependimento. Ou não.”

Pedir desculpas ao realizar uma manobra arriscada sem a intenção de agredir outro motorista pode evitar muitas discussões no trânsito. “Quem está estressado não vai se sentir desafiado se o outro demonstrar arrependimento. Normalmente, esse indivíduo que está agressivo é adorável, calmo. Totalmente irreconhecível em uma briga no trânsito”, afirma Júlio César.

Para Raquel Almqvist, diretora do Departamento de Psicologia de Trânsito da Abramet, a combinação de horas ao volante com problemas do dia a dia também causa um desgaste muito grande ao motorista. “Os sintomas físicos são tensão muscular, mãos suadas, taquicardia e respiração alterada, porque há uma descarga de adrenalina.”

Se quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado de espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva – e, por que não, defensiva – é a melhor maneira de não se envolver em situações de violência. O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato de olhos com o condutor agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de ninguém e não bloquear a mão esquerda, por exemplo. Medalhista olímpico em 1992, o judoca Rogério Sampaio não pensa muito diferente: “Respire fundo, tenha consciência de que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família”.

Não há estatísticas para agressões no trânsito no Brasil, nem punição específica no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “O crime que ocorre no trânsito é julgado pelo Código Penal. Já o crime de trânsito é analisado por meio do CTB. Essa realidade não é diferente

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nos outros países”, diz Ciro Vidal, presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre o Direito de Trânsito da OAB de São Paulo e ex-diretor do Detran-SP. Na opinião do advogado, os envolvidos em agressões de trânsito deveriam ser submetidos a avaliações psicológicas para, caso exista necessidade, realizar tratamento e ter a habilitação suspensa.

O trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. “O carro é um ambiente particular, mas é preciso seguir regras, treinar o autocontrole e planejar os deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e consciência”, diz a hoje doutora em trânsito Cláudia Monteiro.

Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor que se supõe. Exercitar a paciência e o autocontrole não faz parte do currículo das autoescolas, mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no trânsito.

Revista Quatro Rodas, julho de 2008, in Abptran.

Considerando os textos acima, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: A sociedade brasileira e os conflitos no trânsito.

Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação e utilize a norma culta da língua.

Proposta 6

Qualquer um, mesmo sem nunca ter passado pela escola, sabe que não pode falar sempre do mesmo jeito com todas as pessoas, pois, até mesmo entre os familiares, cada relação está marcada por um nível diferente de formalidade. A linguagem que usamos às vezes é mais informal, às vezes é mais séria, impessoal. Nessas situações menos pessoais, a norma culta é a mais adequada para garantir um contato respeitoso e mais claro entre os indivíduos. Por isso, quando o falante consegue variar a linguagem, adequando o nível de formalidade a suas intenções, à situação e à pessoa com quem fala, dizemos que ele conta com boa competência linguística. O conhecimento das variedades linguísticas amplia nossas possibilidades de comunicação, mas é a norma culta que garante a manutenção de uma unidade linguística ao país.

Com base nos textos da coletânea a seguir, elabore uma dissertação argumentativa sobre o seguinte tema: Considerando que a norma culta é variante mais valorizada socialmente, qual deve ser a posição da escola em relação às outras variantes linguísticas?

Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação e utilize a norma culta da língua.

Qualidades e valores Estão confundindo um problema de ordem pedagógica, que diz respeito às escolas,

com uma velha discussão teórica da sociolinguística, que reconhece e valoriza o linguajar popular. Esse é um terreno pantanoso. Ninguém de bom senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da Filosofia, da Literatura, das Artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário tampouco estatura gramatical que

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permitam desenvolver ideias de maior complexidade - tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la.

Evanildo Bechara, gramático e filólogo, em entrevista a revista Veja, 29 de maio de 2011

Samba do Arnesto O compositor Adoniran Barbosa usava a norma popular da língua portuguesa em

suas canções. O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás

Nós fumo não encontremo ninguém Nós vortemo c’uma baita de uma reiva

Da outra vez nós num vai mais Nós não semo tatu!

No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu desculpas mais nós não aceitemo Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa

Mas você devia ter ponhado um recado na porta Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,

Assinado em cruz porque não sei escrever" Arnesto

Menas: o certo do errado e o errado do certo

A ideia é provocadora e reflete um debate bem atual. Em cartaz desde 16 de março no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição "Menas: o certo do errado, o errado do certo" tem a proposta manifesta de homenagear a variante popular do idioma no Brasil.

A exposição, que fica no museu até 27 de junho, começa na estação de metrô Luz, onde cerca de trinta “banners” trazem frases com os chamados tropeços comuns no português falado no Brasil, de "A nível de língua, ninguém sabe tudo" a "Ele vai vim para a festa". O objetivo é fazer o visitante refletir sobre a normatização na língua, antes mesmo de chegar às dependências do museu.

Lá dentro, sete instalações convidam o visitante a lidar sem preconceito com as formas em uso no português brasileiro. O próprio título da mostra soa como provocação, brincando com a variante do advérbio "menos", por princípio invariável.

“A exposição, de maneira divertida, mostra por que saímos do padrão culto muitas vezes sem nos darmos conta”, explica Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do museu. Segundo Sartini, o objetivo é mostrar que os brasileiros "não falamos nem mais nem menos fora do padrão culto que italianos, americanos e franceses", e todo idioma tem variações que são usadas em certas situações e para diferentes públicos.

Revista Língua Pertinente, adequado e necessário

Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. (...) Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela

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aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.

Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas, por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles - se julgarem pertinente, adequado e necessário - possam vir a usá-la.

Marcos Bagno, escritor e linguista, na revista Carta Capital

Mestiçagens da língua Quando em 1727 o rei de Portugal proibiu que no Brasil se falasse a língua

brasileira, a chamada língua geral, o nheengatu, é que começou a disseminação forçada do português como língua do País, uma língua estrangeira. O português formal só lentamente foi se impondo ao falar e escrever dos brasileiros como língua de domínio colonial, tendo sido até então apenas língua de repartição pública. A discrepância entre a língua escrita e a língua falada é entre nós consequência histórica dessa imposição, veto aos perigos políticos de uma língua potencialmente nacional, imenso risco para a dominação portuguesa.

José de Souza Martins, cientista social, professor emérito da Universidade de São Paulo, em O Estado de S. Paulo

Proposta 7

Considerando os textos que seguem, redija um texto dissertativo analisando a atividade administrativa à qual você ora se candidata e relacionando-a ao binômio cliente – prestação de serviços. Comente a sua participação, na qualidade de eventual futuro funcionário da CEF, no sentido de contribuir profissionalmente para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira?

Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores azul ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação e utilize a norma culta da língua.

Código de Defesa do Cliente de Produtos Bancários O Banco Central publicou no dia 30 de julho deste ano a Resolução 2878. O

documento institui um código que descreve os deveres das instituições bancárias e os seus direitos como cliente, criando um padrão de atendimento para as instituições e agências bancárias brasileiras.

Um dos pontos chave do código dita a forma como deverão ser atendidos os portadores de necessidades especiais. Desde 1996, com a reforma das agências, a Caixa vem adaptando suas instalações no sentido de facilitar o acesso a esse público. E isso é apenas um exemplo. Com relação às demais exigências, a Caixa já está adotando grande parte delas, uma vez que sempre orientou e defendeu o atendimento aos clientes com atenção e respeito a seus direitos. ............................................................................................................................................................

Para Ron Willinghan, pesquisador na área de administração de empresas e autor do recomendado Cliente também é gente – cuide bem de seus clientes e veja sua empresa

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crescer, a prática de estratégias de sucesso realmente eficazes e o desenvolvimento de uma cultura especial orientada para clientes, além de percepção aguçada para lidar com reações emocionais e compreender e aplicar valores, crenças e princípios éticos mais profundos na relação com eles são ações que conduzem ao sucesso. Explica também que é preciso estar sempre atento a todos os aspectos da prestação de serviços no mundo dos negócios e esclarece conselhos práticos para os que desejam desenvolver essa cultura especial, tão importante no processo de fidelização em qualquer ramo de atividade. .........................................................................................................................................................

No ambiente dinâmico do mercado competitivo, entender o consumidor é um imperativo para o sucesso organizacional. Todos nós já nos deparamos com o dito popular “O cliente tem sempre razão”. No meio empresarial, consolidaram-se o jargão “O consumidor é rei” e a noção de que a função do negócio é servi-lo. As empresas que ignorarem esses ditames poderão não prosperar ou até mesmo não sobreviver no mercado. Hoje, mais do que nunca, os consumidores se tornaram mais poderosos. Mais conscientes, independentes e bem informados, eles são pessoas com poder, capazes de construir ou quebrar qualquer negócio, independentemente de seu porte ou tamanho, em qualquer tempo ou lugar.

O consumismo tem se expandido extraordinariamente no mundo. Da mesma forma, o nível de exigência e a maior consciência ética dos consumidores têm provocado movimentos em defesa e proteção dos consumidores em todo o mundo — o consumerismo.

SAMARA, Beatriz S., MORSCH, Marco A., 2006.

A burocracia estatal e os servidores públicos foram condenados a serem portadores de toda a culpa por um suposto mau funcionamento do aparelho do Estado.

Proposta 8

Considerando os textos que seguem, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema: A Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil.

Seu texto deve ser escrito em prosa, com caneta esferográfica de tinta nas cores

azul ou preta e ter o mínimo de 25 e o máximo de 30 linhas. Dê um título à sua redação e utilize a norma culta da língua.

1000 dias para a Copa do Mundo 2014: vai dar tempo? O maior evento esportivo do mundo está a 1000 dias de começar. O Brasil tem nas

mãos uma oportunidade rara de mostrar que não pode mais ser considerado, pelo menos em alguns casos, o “país do futuro”, como dizia Zweig. Contudo, o risco de obras importantes para a Copa do Mundo de 2014 não ficarem prontas do jeito que constam

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nos projetos nos faz pensar: e se a gente entregar para o mundo uma Copa “meia boca”, como vai ficar nossa cara?

Pessimista? Eu? Não, realista. Estamos no Brasil, e se você é tão brasileiro quanto eu sabe que agilidade e cumprimento rigoroso de prazos não é o forte das nossas autoridades. Só que uma coisa é o atraso de umas duas semanas para terminar o calçamento de uma rua, por exemplo. A gente dá um “jeitinho brasileiro” e espera. Acontece que na Copa do Mundo não pode haver atraso nem de duas horas, muito menos de dois dias ou duas semanas. Mas parece que os responsáveis por tudo não têm esse senso de urgência todo.

Copa do Mundo é vitrine para o planeta. O que acontece de errado em eventos internacionais mancha o nome de todo um país. Dependendo do erro, a mancha pode demorar pra sair. Para o Brasil, entregar a Copa “nas coxas”, na pressa e na pressão pode provocar grandes falhas administrativas e de organização. Seria vergonhoso demais, ainda mais para o dito país do futebol.

E quanto ao superfaturamento, ao desvio e outras mutretas? Já tem um monte de gente de olho no momento certo para superfaturar obras, desviar recursos. É que se as obras atrasarem e ficarem muito próximas do prazo para entrega (alguém duvida que isso possa acontecer?), a licitação de obras poderá ter suas regras afrouxadas, e é nesse momento que começa a zona. O que vai aparecer de gente que ficou rica da noite pro dia não será brincadeira.

Temos o dever de cobrar. Além da questão “evitar uma vergonha internacional”, também há o quesito “garantir um espetáculo de futebol”. O governo lançou o Portal da Copa do Mundo 2014, no qual, espero, todo o andamento da preparação para o evento será reportado para a população. Mesmo assim, creio que temos o dever de encher o saco das autoridades cobrando constante e insistentemente que tudo ande nos eixos.

Gabriel Galvão http://www.pontomarketing.com/gestao/1000-dias-para-a-copa-do-mundo-2014-vai-dar-

tempo/ 16/09/11 (adaptado)

Por que sediar um megaevento esportivo? Parece ser de notório conhecimento que megaeventos esportivos, tais como a Copa

do Mundo de Futebol FIFA e os Jogos Olímpicos, têm alcance global quando se pensa no reconhecimento por parte de turistas e de entusiastas do esporte que os países-sede recebem antes, durante e após o evento e na atenção despendida pela mídia a aspectos inerentes aos países como cultura, política e nível de desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, propaga-se que o fato de se sediar um evento de tal porte provoca um impacto positivo na economia local, com possíveis implicações regionais e globais. Outros afirmam que o fato de sediar eventos dessa magnitude faz nascer toda uma euforia local, com possíveis impactos socioculturais positivos como a criação de um senso de comunidade e de uma identidade nacional (regional).

O que se está chamando de ‘a década esportiva brasileira’ reforça a percepção de uma clara indicação de uma política de Estado voltada para a atração de eventos de grande magnitude. Pode-se argumentar que o Brasil esteja usando esses eventos para reforçar e consolidar a sua posição econômica e política hegemônica na América do Sul. Em um primeiro momento, houve o Pan-Americano do Rio de Janeiro de 2007.

Ao mesmo tempo, vemos o Brasil tomar posições em discussões de âmbito global, buscando ter voz ativa em fóruns e encontros internacionais. Há, como exemplo, o caso de intermediação da “crise do urânio iraniano”, a liderança das tropas brasileiras na missão de paz no Haiti, a coordenação de uma terceira de países em desenvolvimento em

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contrapartida ao G8, o pleito a uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU e o fato de sediar o Fórum Social Mundial em oposição ao encontro de Davos.

Essas pretensões políticas por parte do Brasil parecem ser reforçadas pela busca por sediar eventos de alcance global. O Brasil, por meio dos Jogos Olímpicos de 2016, da Copa do Mundo de 2014, do Mundial Militar em 2011 e, até mesmo, do Mundial Master de Atletismo em 2013, coloca-se em posição de destaque. Pode-se argumentar que o Brasil, após atingir uma posição hegemônica na América do Sul, esteja agora em uma segunda fase de âmbito global, buscando novas áreas de influência, e que os megaeventos esportivos sejam somente um meio para se colocar como um grande player nas discussões internacionais.

O que me parece ocorrer, por parte da FIFA e do COI, é uma antecipação às novas configurações geopolíticas globais, buscando dar a novos players a oportunidade de sediar os eventos. Enquanto o processo de pleito à cadeira permanente ao Conselho de Segurança da ONU se arrasta há décadas, a FIFA e o COI já reconhecem o Brasil como uma potência global e o presenteia com os eventos. Pode-se notar um padrão semelhante devido às escolhas da China como sede dos Jogos Olímpicos de 2008; Sochi (Rússia) como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno em 2014; Rússia, em 2018; Qatar, em 2022, como sedes das próximas Copas do Mundo.

Dessa forma, voltando ao título dessa resenha como forma de propor um debate, será que a pergunta que nós, como pesquisadores, deveríamos fazer é por que o Brasil quer sediar um megaevento? Ou deveríamos nos perguntar por que a FIFA ou o COI querem o Brasil como sede?

Renan Petersen-Wagner. http://www.copa2014.turismo.gov.br/

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APRESENTAÇÃO EM POWER POINT UTILIZADA

PELA PROFESSOR EM SALA DE AULA

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1

DÚVIDAS COMUNS

Linhas: respeite o número de linhas: 25 a 30.

Margens: obedeça às margens direita e esquerda, bem como a do parágrafo.

Letra: faça letras de tamanho regular. Diferencie maiúsculas de minúsculas. Não as misture.

Retificações: (atráz) atrás

Título:

Há solução para a violência.

A Violência

A violência: causas e consequências.

Translineação:

Hífen ao lado da palavra: excepciona-

lidade.

Não se usa hífen antes da palavra, na margem esquerda, a não ser que ocorra ambiguidade: ver-me.

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2

O QUE É DISSERTAÇÃO?

Trata-se da discussão de problemas por meio de

um texto argumentativo, o qual deve apresentar

Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, adotando-se o

padrão de quatro parágrafos. Em cada parágrafo, deve

haver um mínimo de dois períodos com,

aproximadamente, três linhas em cada um.

Tal texto deve ser objetivo, veiculando

informações consensuais. Sua finalidade não é literária.

Visa a convencer, a persuadir o leitor.

Evite definições e críticas virulentas às instituições

(Universidade, autoridades, ...), bem como manifestação

de preconceitos.

ESTRUTURA

Introdução

(+/- 5 linhas)

Desenvolvimento 1

(+/- 10 linhas)

Desenvolvimento 2

(+/- 10 linhas)

Conclusão

(+/- 5 linhas)

Importante

Todos os

parágrafos

deverão

conter, no

mínimo,

dois

períodos.

Cuidado:

o período

termina no

ponto final.

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3

Deve ser breve. Equivale a um trailer do trabalho.

Só deve ser feita após estar concluído o “banco de

ideias”.

INTRODUÇÃO

Partes:

ASSUNTO (geral);

TEMA (específico);

POSICIONAMENTO (delimitação por meio de

opinião);

ENCAMINHAMENTO DE SOLUÇÃO (caso o tema

proponha um problema).

TIPOS DE INTRODUÇÃO

Proposta: O planeta (ASSUNTO) vem sendo,

sistematicamente, vítima da destruição (TEMA)

provocada pelo homem. O ar, a água e a terra

apresentam alto grau de poluição oriunda das

mais diversas fontes (D1). Providências

imediatas de nível pessoal e social (D2)

precisam ser tomadas, a fim de reverter esse

processo.

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4

A natureza está sendo submetida a

um alto nível de degradação. Tanto

os indivíduos quanto as indústrias

destroem o ecossistema. Tal atitude

precisa ser repensada, para que

todos possam viver em harmonia

com o meio.

DECLARATÓRIA

LEVANTAMENTO DE HIPÓTESE

Proposta: A violência contra o menor (TEMA)

no Brasil (ASSUNTO).

O Brasil, a despeito de ter alcançado o

posto de sexta economia mundial, permanece

apresentando problemas que não se coadunam

com tal status. A violência cometida contra o

menor tem origem na miséria - a principal

responsável pela desagregação familiar. Assim

sendo, faz-se necessário o esforço conjunto de

sociedade e poder constituído, a fim de reverter

esse quadro.

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5

PERGUNTAS

Proposta: A violência contra o menor (TEMA)

no Brasil (ASSUNTO).

É possível imaginar o Brasil como um

país desenvolvido e justo socialmente

enquanto existir tanta violência contra o

menor? Onde serão encontradas soluções

factíveis para tal problema?

HISTÓRICA

No Brasil, às crianças nunca foi dada a

importância devida. Em Canudos e em

Palmares, não foram poupadas. Na

Candelária ou na praça da Sé, continuam não

sendo.

Proposta: A violência contra o menor (TEMA)

no Brasil (ASSUNTO).

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6

COMPARAÇÃO SOCIAL,

GEOGRÁFICA OU DE QUALQUER

OUTRA NATUREZA

Pixote ou Zé Pequeno, personagens,

respectivamente, dos filmes “Pixote” e

“Cidade de Deus”, exemplificam, de forma

magistral, a triste realidade a que são

submetidas muitas crianças brasileiras.

Vítimas da violência, fruto da miséria e do

abandono, constroem, diariamente, um

país envergonhado – ou que, pelo menos,

deveria sê-lo.

COMPARAÇÃO POR OPOSIÇÃO

Em um mesmo território – que mais

parecem dois mundos distintos -, o Brasil,

vemos as crianças que frequentam boas

escolas e as que habitam o asfalto das

grandes cidades. Enquanto aquelas

constroem um futuro, estas, vítimas da

violência, edificam a ausência de um

amanhã. Contudo, seja na Vieira Souto, seja

na Rocinha, a necessidade de todas elas é a

mesma: cuidados.

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7

CITAÇÃO OU ARGUMENTO DE

AUTORIDADE

Segundo Goethe, "Só é possível

ensinar uma criança a amar, amando-a.”

Não é essa a realidade de um enorme

contingente de crianças brasileiras: vítimas

da violência diária, aprendem, muito cedo, a

odiar e a descrer. Em verdade, no Brasil, um

grande número de menores nunca teve ou

terá a chance de vivenciar a infância.

DESENVOLVIMENTO

Parte mais importante e mais extensa.

D1 – análise e desdobramento do tema;

D2 – argumentos que deem suporte à(s) análise(s)

empreendida(s) no D2.

Proposta: É necessário sofrer para nos

tornarmos pessoas melhores?

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8

TIPOS DE DESENVOLVIMENTO

HIPÓTESE

A dor pode nos levar ao aprendizado moral e

servir como valorosa lição de vida. Contudo, essa

máxima proferida por alguns não é inquestionável. O

sofrimento desmedido, daquele que furtou comida em

um supermercado e acabou enjaulado em ambientes

superlotados, ao lado de outros presos não raro mais

perigosos, dificilmente edificará ou trará qualquer

benefício ao detento, senão o ódio e a frieza,

ingredientes que poderão torná-lo um perigoso bandido,

de fato.

PARALELISMO

A evolução humana ocorreu no sentido de

proporcionar o bem-estar e diminuir o sofrimento alheio.

Por meio da Medicina, das inovações tecnológicas ou

das novas formas de relacionamentos interpessoais, tudo

se desenvolve para amenizar a dor. Caso esse

sentimento fosse capaz de tornar alguém melhor, as

crianças pobres, desnutridas e aidéticas da África seriam

as mais excelentes do mundo e não estariam expostas

ao descaso e à hipocrisia das nações ricas as quais

relativizam o problema em função de interesses próprios.

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9

CAUSA / CONSEQUÊNCIA

Na Idade Média, os clérigos incutiam, na

mentalidade do povo simples, que a dor era agradável

ao olhos do Pai. Isso acontecia numa sociedade feudal

e estamental para que os servos não se revoltassem

contra a ordem vigente, exigindo mudanças.

[...]

Não precisamos voltar tanto no tempo: hoje,

fazemos promessas para conseguir realizar desejos e

prometemos sofrimento em troca, o que se tornou um

costume enraizado em nossa cultura. Não é fácil

modificar a concepção de que, para sermos felizes,

dignos, precisamos passar por experiências dolorosas.

EXEMPLIFICAÇÃO

A ideia de corrigir-se uma pessoa é relativa. Não

obstante, tratando-se de nossa sociedade, é importante

salientar que ninguém precisa utilizar-se de atitudes

masoquistas para melhorar no que quer que seja. Em

certos casos, a autoagressão cria feridas físicas e

psicológicas profundas, de difícil tratamento. Um exemplo

a ser citado é a instituição católica Opus Dei, que, em

seus ensinamentos, promove a tortura corporal e a

abstenção de qualquer atividade – e até mesmo

pensamento – que induza à sexualidade.

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10

TIPOS DE ARGUMENTOS

Argumento, do latim, argumentatio, ónis, que significa

'raciocínio lógico, demonstração'.

Identificada a TESE – sua opinião – faz-se a pergunta

‘por quê’? Resposta = argumento.

1. de autoridade: Aristóteles dizia que a melhor das

vidas era ‘aquela sem nenhuma sabedoria’, já pensando

no excesso de códigos e convenções que permeiam até

hoje nossa vida. Sartre provocou-nos: ‘o homem está

condenado a ser livre’.

2. baseado no consenso: Ora, transgredir

é inerente ao Homo Sapiens. Todo o

processo histórico deriva de pessoas ou de

grupos que ousaram contestar as normas

vigentes de seu tempo. É natural discordar.”

3. baseado em provas concretas - Chico Buarque, por

exemplo, é fundamental representante da indignação da

população brasileira durante o regime militar, visto que

mostrou sua inconformidade por meio de lindas canções.

4. de competência linguística - É essa sistemática

conservadora do pensamento, por fim, que ao mesmo

tempo nos impede de destruir e nos força a trespassar o

escudo dogmático.

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11

CONCLUSÃO

Parte menos extensa.

Replay = TEMA – TESE - SOLUÇÃO;

Fato novo = ideia ou argumento;

Uso de conjunções e expressões

conclusivas na abertura.

Não use FÓRMULAS PRONTAS PARA

INICIAR A CONCLUSÃO.

Ex.: Conclui-se, Concluímos, De acordo com os

argumentos citados anteriormente, Com base

na problemática acima enfocada, etc.

CONCLUSÃO

Quando chega à conclusão, já que o candidato não se

propõe um objetivo claro (mostrar que, provar que, alertar

para, sugerir, etc.) é

uma frase de efeito, um clichê, um slogan, um provérbio:

A esperança é a última que morre.

um apelo a uma entidade milagrosa:

É preciso que o governo se conscientize de que...

uma conclusão - solução:

No dia em que o homem perceber que... ele aprenderá

que...

uma solução utópica:

Mas temos certeza de que, dentro de poucos anos, o

problema do menor abandonado estará resolvido.

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12

QUALIDADES BÁSICAS DA

REDAÇÃO

Unidade: consiste em fixar-se em uma ideia central no

decorrer da texto; numa sequência lógica, os argumentos

enriquecem o tema, sem pormenores desnecessários ou

redundâncias.

Coerência: reside na associação e correlação de ideias

entre os períodos e entre um parágrafo a outro.

Ênfase: consiste no fato de a ideia-núcleo estar em

destaque e ser reforçada subsequentemente.

O TEXTO DE APOIO

Apreender o essencial.

Não fazer paráfrases.

Não repetir o óbvio.

Não utilizar os mesmos exemplos.

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13

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO

Domínio da tipologia.

Organização do texto.

Desenvolvimento do tema e do ponto de

vista (intencionalidade).

Qualidade do conteúdo (ausência de

achismos e de senso comum).

Coesão textual.

Investimento autoral (breves excertos

descritivos ou narrativos).

EXEMPLOS DE ANÁLISE DE

PROPOSTA

O uso de drogas ilícitas tem sido um dos

problemas sociais mais preocupantes. Vários são os

motivos apontados para tal consumo. Entretanto é

necessário, antes de mais nada, considerar, formas de

prevenção ao vício.

A – Análise da proposta: •Assunto – drogas •Tema – drogas ilícitas •Delimitação 1 – motivos no 2º parágrafo. •Delimitação 2 – formas de prevenção no 3º parágrafo.

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14

B - Banco de ideias:

D1 – Motivos para o consumo > curiosidade;

> influência do grupo;

> frustrações pessoais;

> dificuldades econômicas e familiares.

D2 - Formas de Prevenção > educação e controle familiar;

> campanhas de esclarecimento; > combate ao tráfico.

C - Elaboração da Introdução e dos parágrafos de

Desenvolvimento.

D - Conclusão:

•retomar tema (a droga);

•reforçar o posicionamento;

•apresentar uma idéia nova.

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15

Ao longo da história, por muitas razões, a água –

esse elemento aparentemente comum – tem levado

filósofos, poetas, cientistas, técnicos, políticos a reflexões

que frequentemente se cruzam.

Sabemos que ela tem sido vital para a sobrevivência

e o desenvolvimento da humanidade. As primeiras grandes

civilizações surgiram nos vales dos grandes rios – Nilo,

Tigre-Eufrates, Indo, Amarelo. Contudo, por estar

intrinsecamente ligada à cultura e à civilização, define-se

entre a água e o ser humano uma convivência

potencialmente conflituosa, e à possibilidade de utilizar sem

destruir se opõem outros usos, caracterizados pelo

desprezo, pelo desperdício, pela poluição.

Pois bem, tendo em vista esse cruzamento de

reflexões, escreva um texto sobre o tema Água, cultura e

civilização.

A - Análise da proposta:

• Assunto – a importância da água para a

sobrevivência e o desenvolvimento dos seres

humanos;

• Tema – cruzamento água – cultura – civilização;

• D1 – influência da água na cultura;

• D2 – influência da água no surgimento e no

desenvolvimento das civilizações.

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16

B - Banco de ideias:

D1 – * higiene;

* saúde;

* lazer;

* culto a divindades.

D2 – * estruturação da economia;

* progresso social.

C – Conclusão:

•retomar assunto e tema (importância e influência da

água);

•destacar relação conflituosa homem X água (a despeito

de sua importância, há descaso, desperdício e poluição);

•ideia nova (desejável): consequências do mau uso

OU

necessidade preservação.

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1

LINGUAGEM

Por linguagem entendem-se o uso de

vocabulário adequado; a ausência de

repetições, de chavões, de gírias e de

estrangeirismos desnecessários; a estruturação

correta dos períodos.

PECADOS!

Uso de internetês.

Impropriedade de registro.

Mau emprego de afixos.

Inadequação semântica.

Prolixidade.

Lugar-comum, clichê.

Experimentalismos linguísticos.

Cacofonia.

Excesso de estrangeirismos.

Excesso de vocabulário politicamente correto.

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2

APRIMORANDO A LINGUAGEM

Uso do etc.: substitui termos facilmente recuperáveis.

Pluralização: “propriedade” de sujeitos diversos =

singular.

TV EM CORES / TV EM PRETO E BRANCO.

“Despesas à custa do governo.”

“Está em via de explodir de raiva.”

“Correspondência em mão.”

Através = atravessar, passar de um lado para outro ou

passar ao longo de.

Em princípio = teoricamente. / A princípio = no início.

em nível de = no âmbito de.

Falar = dizer palavras ≠ dizer, afirmar, declarar.

“Acontecer = suceder de repente ≠ ser, haver,

realizar-se, ocorrer...

“Possuir = posse, propriedade de um bem material ≠

ter, desfrutar, apresentar, manifestar, produzir...

APRIMORANDO A LINGUAGEM

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3

Ao invés de = inverso. / Em vez de = no lugar de.

Ao encontro de = a favor de. / De encontro a = em

sentido oposto, contra.

Na medida em que = porque. / À medida que = à

proporção que.

Ter de = obrigação ≠ ter que = opção.

Gerúndio: ação continuada.

APRIMORANDO A LINGUAGEM

USO DOS NEXOS

ESSE(A)(S) + substantivo / ISSO = retomam assunto.

ESTE(A)(S) / ISTO = anunciam assunto.

Miséria, fome e ignorância - esses são problemas

históricos em nosso país.

Nosso povo sofre com muitos problemas, entre os

quais estes: miséria, fome e ignorância.

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4

USO DOS NEXOS

MESMO(A)(S) = não retomam palavras ou

expressões.

ONDE = refere-se apenas a lugar em que se está.

NEXOS ALTERNATIVOS: PARES “FIÉIS”.

Evite iniciar períodos com “Mas” e “Porém”.

Não inicie a conclusão com conjunções

adversativas.

AONDE = refere-se apenas a lugar para o qual se vai.

USO DOS NEXOS

INOVE.

já que, visto que e não “pois”

urge que, é necessário e não “tem que”

em suma, posto que e não “como foi dito”

contudo, todavia e não “mas”

não só... mas também e não “e”

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5

PONTUAÇÃO

Aspas: transcrições, títulos, estrangeirismos.

Dois-pontos: introduzem consequência ou

explicação.

Varie os sinais de pontuação: os entre-vírgulas

podem ser substituídos por travessões ou parênteses.

Ex.: As conjunções adversativas – responsáveis por

relacionar ideias contrastantes – ajudam-nos a

perceber que o sentido é uma construção cultural.

Evite concluir o texto com ponto de interrogação.

ESTRUTURA DO PERÍODO

CUIDADO COM A EXTENSÃO DO PERÍODO!

Escreva frases curtas que não ultrapassem duas ou três linhas, mas não caia no erro oposto, escrevendo frases curtas demais.

QUAL, ENTÃO, O TAMANHO IDEAL DO PERÍODO?

O número de linhas, ao escrever, é adequado quando a informação está completa. Se você chegar ao final da frase sem lembrar o que estava escrito no início, é sinal de que existem várias ideias misturadas e de que deve, portanto, separá-las.

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6

Um dos problemas mais frequentes, ao se tentar reduzir o tamanho da frase, é o período fragmentado. Nesse caso, as informações ficam truncadas. Nunca interrompa seu pensamento antes de pronomes relativos, gerúndios ou conjunções subordinativas.

Nunca inicie períodos por

Sendo que Isso porque

Pois O qual Onde

ESTRUTURA DO PERÍODO

ESTRUTURA DO PERÍODO

ERRADO: O carro ficou estacionado no “shopping”. Onde

tínhamos ido fazer compras. (pronome relativo)

CORRETO: O carro ficou estacionado no “shopping”, onde

fizemos muitas compras.

ERRADO: O DETRAN tem aumentado sua receita.

Multando muitos carros. (gerúndio)

CORRETO: O DETRAN tem aumentado sua receita,

multando muitos carros.

ERRADO: Ele tem lutado para manter o “status”. Uma vez

que perdeu quase toda a fortuna. (conjunção

subordinativa)

CORRETO: Ele tem lutado para manter o “status”, uma vez

que perdeu quase toda a fortuna.

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Paralelismo “Seja brigando pela paz, seja lutando pelo amor...” “Ou brigando pela paz ou lutando pelo amor...” “... suas ambições e seus sucessos..” “O bom humor, a alegria e a felicidade são essenciais na vida do ser humano.” “A vida é feita de fracassos e de sucessos.” “Precisamos de carinho e de compreensão.”

ESTRUTURA DO PERÍODO

SÓ PRA DISTRAIR...

“O Brasil é um País abastardo com um

futuro promissório";

"Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigerados que almenta (sic)"; "Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar à escola“; "O bem star (sic) dos abtantes endependente (sic) de roça, religião, sexo vegetarianos, está preocudan-do-nos“;

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"É preciso melhorar as indiferenças sociais e

promover o saneamento de muitas pessoas;

Também preoculpa (sic) o avanço regesssivo

da violência";

"E o presidente onde está? Certamente em

sua cadeira fumando baseado e conversando

com o presidente dos EUA”;

"Já dissera Carlos Drummond de Andrade:

'No meio do caminho tinha uma pedra' e para

muitos estudantes o começo da pedraria, a

mais difícil até então, é o vestibular.”

SÓ PRA DISTRAIR...

"Nas beiradas do século XXI...”

"... propagandas televisíveis...”

"... a autoanálise de si mesmo...“

“O gosto por estudos, pesquisas e

combinações entre reagentes vem* resume

este profissional que em outros tempos já foi

chamado de curandeiro e até de bruxo. Errata:

* Onde lê-se "vem", não lê-se nada." (A errata

é de autoria do candidato)”

"O homem também é comestível.”

"O maior matrimônio do País é a educação”

SÓ PRA DISTRAIR...

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"... cursos futurísticos..."

"...vagas vazias..."

"...globalização global..."

"...conserteza..."

"...tauvês...“

SÓ PRA DISTRAIR...

REDAÇÃO CONCURSO: BANCA

FCC

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REDAÇÃO CONCURSO: BANCA

FCC