4ª aula a medula, o sistema nervoso periférico

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NEUROFISIOLOGIA A MEDULA, O SISTEMA NERVOSO PERIFRICO (SNP) E O SISTEMA SMATO-SENSORIAL.

Prof Rogeria Pimentel de Araujo Monteiro

A MEDULA ESPINHALMedula significa miolo e indica o que est dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral.

1- MEDULA ESPINHAL: ASPECTOS ANATOMICOSA medula uma massa cilindride de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral, porm sem ocup-lo em toda sua extenso. Mede cerca de 45 cm nos adultos e possui os seguintes limites: Limite Cranial Bulbo (na altura do forame magno). Limite Caudal - Termina na altura da 2 vertebra lombar (L2), entretanto abaixo de L2 ela vai afilando-se para formar a cauda equina.

MEDULAOutras caractersticas anatmicas da medula: Forma cilindrica, porm mais achatada na face anterior, Possui calibre no uniforme com 2 intumescncias:-

cervical (plexo braquial). lombar (plexo lombo- sacral).

MEDULA

Um corte horizontal da medulaFissura mediana, colunas e funculos, substncia branca e substncia cinzenta.

2 - REAS DE SUBSTNCIA BRANCA E CINZENTA E OSNEURNIOS MEDULARES

2.1 - Substncia cinzenta e os neurnios medulares A substncia cinzenta localiza-se dentro da branca e tem a forma de uma borboleta ou de um H. No centro da medula encontramos o canal central ou canal do ependima. A substncia cinzenta formada principalmente por corpos de neurnios. As partes laterais da substncia cinzenta medular so divididas em trs regies, chamadas cornos.

Corno dorsal primariamente sensorial, contendo terminaes e colaterais dos neurnios sensoriais de primeira rdem, interneurnios, dendritos e somas das clulas dos tractos.

Corno lateral ( s existe nos segmentos medulares de T1 a L2), contm os corpos celulares dos neurnio preganglionares simpticos.

Existe uma regio anloga ao corno lateral nos segmentos medulares de S2a S4, contendo corpos celulares pr-ganglionares parassimpticos . Corno ventral Contm os corpos celulares dos motoneurnios inferiores, cujos axnios saem da medula espinhal pelas raizes ventrais.

Na substncia cinzenta distinguimos de cada lado, trs colunas que aparecem nos cortes como cornos e que so as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral s aparece na medula torcica e parte da medula lombar. No centro da substncia cinzenta localiza-se o canal central da medula. A substncia branca formada por fibras, a maioria delas mielnicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em trs funculos ou cordes:

Funculo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. Funculo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior. Funculo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funculo posterior dividido pelo sulco intermdio posterior em fascculo grcil e fascculo cuneiforme.

Seces da Medula Vertebral em Todas as Suas Regies

Lminas de Rexed

2.2 - A substncia branca e os feixes ascendentes e descendentes na medulaA substncia branca formada por axnios que conectam os diferentes nveis medulares e que ligam a medula ao encfalo. As clulas com longos axnios que conectam a medula e o encfalo, so as clulas do tracto. Estes tactos so grupadas em funculos ou cordes As colunas dorsais e laterais da substncia branca contm axnios de clulas dos tractos , que sobem transmitindo informaes sensoriais para o encfalo. .

As colunas lateral e anterior contm axnios dos motoneurnios superiores, condutores de informaes que descem do encfalo para os interneurnios e motoneurnios inferiores.

Envoltrios da Medula:A medula envolvida por membranas fibrosas denominadas mennges, que so: dura-mter, piamter e aracnide. A dura-mter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na duramter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nvel da vrtebra S2.

A aracnide espinhal se dispem entre a dura-mter e a pia-mter. Compreende um folheto justaposto dura-mter e um emaranhado de trabculas aracnideas, que unem este folheto pia-mter. A pia-mter a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-mter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiado denominado filamento terminal

Envoltrios da Medula Espinhal

Lquido Cefalorraquidiano (LCR)O lquor uma substncia secretada pelo epitlio ependimrio atravs dos plexos corides. Esses plexos esto localizados nos ventrculos laterais e no III e IV ventrculos. um lquido a base de gua que est presente no espao subaracnideo e ventricular, cuja funo a proteo mecnica do encfalo. Para isto, o lquor acolchoa o crebro, deixando-o flutuar nesse meio;

So produzidos cerca de 500 mL de lquor por dia, em contra partida, os ventrculos juntamente com o espao subaracnideo, conseguem armazenar apenas 150 mL. Para que no ocorra acmulo deste lquido no encfalo, as granulaes aracdnicas atuam absorvendo este lquor do espao subaracnideo. O lquor atua como um amortecedor contra choques que possivelmente causariam leses cerebrais, pois quando a cabea sofre um choque, o crebro desloca-se simultaneamente com o crnio, impedindo que pores do crebro sejam mais afetadas que outras;

O liquor normal lmpido, cristalino, inodoro e com aspecto de gua de rocha. De acordo com as diferentes patologias, essas caractersticas se alteram. Apresenta-se opalescente ou turvo pelo aumento de bactrias, fungos, hemcias e leuccitos. A cor resultante da presena de bilirrubina, hemcias, hemoglobina, leuccitos ou protenas.

2.3 Segmentos medularesA medula esquematicamente dividida em segmentos e d origem a 31 pares de nervos, chamados nervos espinhais, sendo 8 cervicais, 12 torcicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccgeo.

O nervos perifricos espinhais podem ter como funo a inervao de estruturas somticas ou viscerais. Nervos Perifricos somticos so em geral mistos, consistindo em axnios sensoriais, autonmicos ou motores. Os ramos cutneos inervam a pele e os tecidos subcutneos; os ramos musculares inervam os msculos, os tendes e as articulaes.

3 - PLEXOS NERVOSOS

Um plexo nervoso uma rede de nervos entrecruzados, supridos por fibras sensitivas e motoras.

As Raizes anteriores Eferentes (Motoras) levam informaes do SNC para a periferia. O corpo do neurnio localiza-se dentro da medula.

As razes posteriores - Aferentes (sensitivas) levam informaes da periferia para o SNC. Cada raiz dorsal tem um gnglio (gnglio da raiz dorsal) situado fora da medula espinhal, que contem os corpos celulares dos neurnios. Aps curto trajeto as raizes dorsais e ventrais se unem para formar um nervo espinhal. Cada nervo espinhal misto, por conter axnios sensoriais e motores

Quatro plexos podem se formados pelas raizes espinhais:Plexo cervical Formado pelas raizes de C1 a C4, fornece informao sensorial cutnea originada na regio que vai do escalpo posterior at a clavcula e inerva os msculos anteriores do pescoo e o diafragma. O nervo frnico, cujos corpos celulares ficam na medula espinhal cervical (C3 a C5) o ramo isolado de maior importncia, deste plexo , visto que o nico suprimento motor e o principal nervo sensorial para o diafragma.

Plexo BraquialInerva todo o MS , sendo formado pelos ramos (raizes) de C5 a T1. Este plexo emerge entre os msculos escalenos anterior e mdio, passa profundamente em relao a clavcula para entrar na axila. Na axila os axnios deste plexo formam os nervos radial, axilar, ulnar, mediano, e msculo-cutneo. As raizes de C5 e C6 se unem para formar o tronco superior; A raiz de C7 originar o tronco mdio; As raizes de C8 e T1 se unem e do origem ao tronco inferior

3 TRONCOS DO PLEXO BRAQUIAL

Os trs troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascculos, situados em torno da artria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e mdio formam o fascculo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascculo medial; e os ramos posteriores dos trs troncos formam o fascculo posterior. Na borda inferior e lateral do msculo peitoral menor, os fascculos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial.

PLEXO BRAQUIAL

A origem dos principais nervos para os MMSSPeitoral Lateral Nervo Musculocutneo Peitoral Medial Nervo Ulnar Nervo Toracodorsal Nervo Radial Nervo Axilar Nervo Mediano

Plexo Lombar e Plexo SacralO plexo lombar formado pelos ramos (raizes) de L1 a L4; Esse plexo se forma no msculo psoas maior. Seus ramos inervam a pele e os msculos das partes anterior e medial da coxa. Um ramo cutneo deste plexo, o nervo safeno, continua pela perna para inervar a parte medial da perna e o p. O plexo sacral formado pelos ramos de L5 a S3. Inerva a parte posterior da coxa e a maior parte da perna e do p.

Principais nervos para os MMIINervo femural Nervo obturador Tibial Nervo Citico Fibular

SISTEMA SMATO-SENSORIALTERMINAES NERVOSAS Ao final de cada nervo encontramos terminaes nervosas especializadas na captao ou na transmisso de impulsos nervosos. Essas terminaes, possuem diferentes nomenclaturas, formas e funes.

Terminaes sensoriaisOs receptores sensoriais ficam situadas nas extremidades distais dos nervos perifricos. Eles so classificados como: Mecanoceptores: S respondem a deformaes mecnicas do receptor pelo tato, presso, estiramento ou vibrao. Quimioceptores: S respondem a substncias qumicas liberadas pelas clulas normais ou danificadas por leses ou por infeco.

Termoceptores: S respondem ao aquecimento ou ao resfriamento.

Nociceptores: Respondem a estmulos que lesem ou danifiquem o tecido

As sensaes cutneasIncluem o tato fino e grosseiro, a dor e a temperatura. Tato fino depende de diversos receptores e de diversas subsensaes. Os receptores superficiais para o tato fino so: Corpsculo de Meissner (sensveis ao tato leve), Discos de Merkel (sensveis presso) e os receptores dos folculos pilosos (sensveis ao deslocamento dos pelos). Os receptores subcutneos para tato fino so: Corpsculos pacinianos, (sensveis ao tato a vibrao), corpsculos de Ruffini (sensveis ao estiramento da pele).

Tato Grosseiro mediado por terminaes nervosas livres, dispersas por toda a pele (fornecem informaes que so percebidas como tato ou presso, com localizao grosseira, alm das sensaes de coceira e prurido). Nociceptores So terminaes nervosas livres (respondem a estmulos que danifiquem ou que ameaem lesar o tecido). Eles produzem informaes que so percebidas como dor.

Receptores trmicos So tambm terminaes nervosas livres e respondem ao calor e ao frio, dentro da faixa de variao de temperatura que no lese o tecido.

DERMTOMOS a rea da pele inervada pelas raizes dorsais, direita e esquerda, de um nico segmento espinhal. Existe portanto uma correspondncia de umpara-um entre os dermtomos e os segmentos espinhais.

Inervao msculo-esquelticaO rgo sensorial do msculo o fuso muscular, consistindo de fibras musculares, terminaes sensoriais e terminaes motoras. As terminaes do fuso respondem a estiramento, isto , s variaes do comprimento muscular e da velocidade com que ocorrem essas variaes.

As Fibras Intrafusais e ExtrafusaisOs fusos musculares ficam no meio da massa muscular esqueltica, o receptor tem a forma de fuso, afilado em suas extremidades as fibras musculares especializadas do fuso so designadas como fibras intrafusais. As fibras musculares externas ao fuso so chamadas fibras extrafusais.

Fuso NeuromuscularCada fibra muscular intrafusal possui uma regio equatorial, no contrtil e duas regies polares dotadas de miofibrilas e por conseguinte, contrteis. As extremidades das fibras intrafusais se conectam s fibras extrafusais, de modo que o estiramento do msculo tambm estira o fuso muscular. O fuso neuromuscular recebe fibras nervosas sensitivas e motoras.

As fibras sensitivas enrolam-se em torno da regio equatorial das fibras intrafusais, constituindo as terminaes anuloespirais. Quando h trao do msculo ocorre tambm estiramento das fibras intrafusais o que excita as terminaes anuloespirais, originando um impulso nervoso que vai at a medula atravs de grossas fibras mielnicas.

Essas fibras fazem sinpse com neurnios (neurnios alfa), situados na coluna anterior da cujos axnios levam o impulso nervoso de volta ao onde termina excitando as fibras extrafusais, contraem.

motores medula, msculo, que se

Esta contrao que se ope trao do msculo, diminui o estiramento das fibras intrafusais , cessando a excitao da das terminaes anuloespirais. Este mecanismo constitui o reflexo miottico, ou de estiramento, e muito importante para a manuteno reflexa do tnus muscular.

As fibras motoras dos fusos neuromusculares originamse nos chamados neurnios gama da coluna anterior da medula. So chamadas fibras eferentes gama e terminam nas 2 regies polares das fibras intrafusais. Os impulsos nervosos que seguem pelas fibras Gama causam a contrao simultnea das 2 regies polares das fibras intrafusais e, consequentemente, estiramento da regio equatorial no contratil. Isto excita as terminaes anuloespirais resultando contrao das fibras extrafusais.

Como os neurnios gama esto sob controle dos centros enceflicos, este mecanismo permite que estes centros participem na regulao do tnus muscular, agindo atravs dos fusos neuromusculares. Por outro lado, os impulsos aferentes originados nos fusos so tambm levados ao cerebelo que, deste modo, informado do grau de contao ou de distenso dos msculos , o que importante para seu papel na regulao do tnus muscular.

Orgos Tendinosos (de Golgi)So receptores encontrados na juno dos msculos estriados com seu tendo. Consistem de fascculos tendinosos em torno dos quais enrolam-se as fibras nervosas aferentes, sendo o conjunto envolvido por uma cpsula conjuntiva. So ativados pelo estiramento do tendo e no possuem inervao eferente gama.

Receptores articularesOs receptores articulares respondem a deformao mecnica da cpsula e dos ligamentos. As terminaes de Ruffini na cpsula articular, sinalizam os extremos da faixa de movimentao da articulao, sendo mais sensveis movimentao passiva que ativa. Os corpsculos pacinianos respondem ao movimento dinmico, mas no quando o ngulo da articulao no se modifica.

Terminaes nervosas livres so estimuladas mais frequentemente por inflamao. Os aferentes associados articulares so os seguintes:-

aos

receptores

Receptores dos ligamentos I b Receptores de Ruffini e pacinianos- II Terminaes nervosas livres A e C

VIAS PARA O ENCFALOTrs tipos de vias levam a informao sensorial at o encfalo. Via de retransmisso consciente leva informao sobre a localizao e o tipo de informao at o crtex cerebral. A informao nesta via transmistida com alta fidelidade, com detalhes precisos sobre o estmulo e sua localizao.

As informaes transmitidas por estas vias permitem fazer distines finas sobre os estmulos e so chamadas de discriminativas. A informao sobre o tato e a propriocepo discriminativos conduzida ipsilateralmente pela medula espinhal posterior. A informao discriminativa sobre dor e temperatura cruza a linha mdia logo aps entrar na medula espinhal, ascendendo a seguir contralateralmente.

Vias divergentes - transmitem informao para muitas regies no tronco cerebral e no crebro, utilizando vias formadas com diferentes nmeros de neurnios. A informao sensorial utilizada tanto no nvel consciente como no inconsciente. A dor surda (lenta, em queimao) uma forma de sensao transmitida por vias divergentes no SNC.

Vias de retransmisso inconsciente Leva informao proprioceptiva inconsciente e outra informao relacionada ao movimento para o cerebelo. Essa informao tem participao essencial nos ajustes automticos de nossos movimentos e postura.

VIAS DE RETRANSMISSO CONSCIENTE PARA O CRTEX CEREBRALTipo de sensao Localizao na medula Especificao Trajeto das vias

Tato discriminativo

Coluna dorsal Parte mais medial Fascculo gracil (MMII). Parte mais lateral Fascculo cuneato (MMSS).

Localizao do tato e da vibrao, discriminao de 2 pontos

Propriocepo

Coluna dorsal

Conhecimento dos movimentos e da posio do corpo

Usam cadeia de 3 neurnios: o primrio leva informao do receptor at o bulbo, o secundrio vai do bulbo at o tlamo e o tercirio leva informao do tlamo para o crtex cerebral (rea sensorial primria).

Tipo de sensao

Localizao na medula

Especificao

Trajeto das vias

Dor rpida

Tractos nterolaterais (dor neoespinotalmica )

Localizada

Sistema de 3 neurnios: o 1fica no gnglio da raiz dorsal e traz a informao at o 2na medula, que aps cruzar se projeta em direo ao tlamo. O 3 vai do tlamo at o crtex (rea sensorial primria).

Tipo de sensao

Localizao na medula

Especificao

Trajeto das vias

Temperatura

Tractos nterolaterais. Tracto neo-espinotalmico

Deteco de calor e frio por terminaes nervosas livres

O 1 neuronio faz sinapse com o 2 no corno dorsal da medula que cruza a linha mdia logo aps entrar na medula e ascende at o tlamo. O 3 neurnio vai do tlamo at o cortex (rea sensorial primria).

VIAS DIVERGENTESTipo de sensao Localizao na medula Especificao Trajeto das vias

Dor lenta e surda

Tractos nteroLocalizao laterais imprecisa (dor paleoespino-talmica)

O 1 neurnio fica no gnglio da raiz dorsal, o axnio central entra na medula e ramifica-se fazendo sinpses com neurnios no nas laminas I II e ou V do corno dorsal (interneurnios), que fazem sinpses com neurnios ascendentes das lminas V a VIII, estes axnios atingem o mesencfalo, a formao reticular e o tlamo, por meio de 3 tractos paralelos (espinomesenceflico, espino-reticular e espino-talmico) .

VIAS DE RETRANSMISSO INCONSCIENTE PARA O CEREBELO (VIAS DE ALTA FIDELIDADE)Tipo de sensao Localizao na medula Especificao Trajeto das vias

Informao proprioceptiva

Coluna dorsal (tracto espino cerebelarposterior).

Informaes geradas nos receptores musculares, tendinosos e articulares da pernas e metade inferior do corpo

O 1 neurnio fica no gnglio e entra na medula pela coluna dorsal e cursa at regio lombar superior ou torcica fazendo sinpse na rea de substncia cinzenta chamada ncleo de Clarke. Os axonios dos 2 neuronios formam o tracto espinocerebelar posteior. Esse tracto permanece ipsilateral, projetando-se para o cerebelo, por meio do pedunculo cerebelar inferior.

Tipo de sensao

Localizao na medula Coluna dorsal (Via cneo-cerebelar).

Especificao

Trajeto das vias

Informao proprioceptiva

Informaes geragas nos receptores musculares, tendinosos e articulares dos MMSS e metade superior .do corpo

O 1 neurnio fica no gnglio e entra na medula pela coluna dorsal e cursa at o bulbo inferior. Os 2 neuronios esto no ncleo cuneato lateral (ncleo bulbar) dai forma-se o tracto cuneatocerebelar, que passa pelo pedunculo cerebelar inferior e vai para o crtex cerebelar.

VIAS DE RETRANSMISSO INCONSCIENTE PARA O CEREBELO (VIAS DE FEEDBACK INTERNO)Tipo de sensao Localizao na medula Ajuste inconsciente (tracto espinodos movimentos e cerebelar da postura. anterior) Especificao Trajeto das vias

Tractos de feedback interno, que monitoram a atividade dos interneurnios medulares e dos sinais motores descendentes, originados no crtex e no TE.

Comea nos corpos celulares dos cornos lateral e ventral da medula traco-lombar. Os axnios cruzam para o lado oposto, ascendendo como o tracto espino-cerebelar anterior contralateral at o mesencfalo, saindo do mesencfalo os axnios entram no cerebelo atravs do pedunculo cerebelar superior. Antes de entrar no cerebelo maior parte destas fibras volta a cruzar a linha media, de modo que cada dado do cerebelo recebe informaoes geradas nas duas partes do corpo.

Tipo de sensao

Localizao na medula

Especificao

Trajeto das vias

Ajuste inconsciente Vias de feedback dos movimentos e interno da postura. (tracto rostroespino-cerebelar)

Tractos de feedback interno, que monitoram a atividade dos interneurnios medulares e dos sinais motores descendentes, originados no crtex e no TE.

Transmite informao a partir da medula cervical para o cerebelo ipsilateral, entrando no cerebelo pelos pednculos cerebelares inferior e superior.

Resumo das Vias Smato-SensoriaisTIPO INFORMAO TRANSMITIDA Tato discriminativo e propriocepo consciente DESIGNAO ANATMICA Coluna dorsal/lemnisco medial TRMINO rea sensorial primria do crtex cerebral rea sensorial primria do crtex cerebral Mesencfalo Formao reticular Muitas reas do cortex cerebral

Retransmisso consciente

Neo-espino-talmico Dor e temperatura discriminativas Espino-mesenceflico Divergente Dor lenta e surda (em queimao) Espino-reticular Paleo-espino-talmico

Retransmisso inconsciente

Informao relacionada ao movimento

Espino-cerebelar

cerebelo

Crtex Sensorial

Crtex Sensorial

Lminas de REXEDA substncia cinzenta da medula foi objeto exaustivos estudos de citoarquitetura realizada REXED (1964), cujos trabalhos mudaram concepes existentes sobre a distribuio neurnios medulares. de por as dos

Estas lminas so numeradas de I a X no sentido dorso-ventral.

As lminas de I a IV constituem uma rea receptora onde terminam os neurnios das fibras exteroceptivas que penetram pela raiz dorsal. As Laminas I e II so chamadas de camada marginal e substncia gelatinosa e processam os estimulos nociceptivos. As III e IV so conhecidas como ncleo proprio e processam informaoes proprioceptivas e discriminao de 2 pontos. As celulas da lminas V processam informaes sobre esmulos nxios e informao originada nas vceras.

As clulas da lmina VI recebem informaes proprioceptivas e s esto presentes nos segmentos que inervam os membros. A lmina VII compreende o ncleo dorsal ou coluna dorsal de Clarke ( T1 a L3) e esto ligados as informaes proprioceptivas inconscientes para o cerebelo, alm do corno intermdio lateral que contm os somas dos eferentes autonmicos.

As clulas mda lmina VIII se conectam com a medula e o encfalo contalaterais. A lmina IX contem os corpos celulares dos motoneurnios inferiores, cujos axonios cursam pela raiz ventral por um nervo espinhal e por fim por um nervo perifrico. A lamina X consiste em neurnios cujos axnios cruzam para o lado oposto da medula.