24/08/2011 - bairros - jornal semanário

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Quarta-feira, 24 de agosto de 2011 Bairros página 2 Uma vida centenária A imigrante Henrica Pasianot Domingues relata sua história de 100 anos, idade que vai completar em novembro A VOZ DOS BAIRROS Problemas continuam na rua Sete de Setembro página 4 Cohab II Sexta-feira com jantar de posse da nova diretoria página 2 Sementinhas Pequenos com muita alegria de aprender página 2 FOTOS NOEMIR LEITÃO Canto Fura Esporte e carnaval como diversão nos anos 1950 página 3 ARQUIVO PESSOAL

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Jornal Semanário - Edição 2749 - 24/08/2011 - Bento Gonçalves

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Page 1: 24/08/2011 - Bairros - Jornal Semanário

Quarta-feira, 24 de agosto de 2011Bairros

página 2

Uma vida centenáriaA imigrante Henrica Pasianot Domingues relata sua história de100 anos, idade que vai completar em novembro

A VOZ DOS BAIRROS

Problemas continuam na rua Sete de Setembro

página 4

Cohab IISexta-feira com jantar de posse da nova diretoria

página 2

SementinhasPequenos com muita alegria de aprender

página 2

FOTOS NOEMIR LEITÃO

Canto FuraEsporte e carnaval como diversão nos anos 1950

página 3

ARQUIVO PESSOAL

Page 2: 24/08/2011 - Bairros - Jornal Semanário

2 Quarta-feira, 24 de agosto de 2011 Bairros

Noemir Leitão

CIDADE ALTA

COHAB II

Moradora do bairro Botafogo dá a receita de como viver com muita disposição

EspecialVitalidade e bom humor aos 100 anos de vida

A alegria e o encanto das sementinhas

Jantar de posseda nova associação

Os pequenos alunos da escola municipal infantil As Sementi-nhas, do bairro Cidade Alta, co-meçam cedo a vida no esporte. Eles jogam futsal todas às terças--feiras, no ginásio Todeschini.

A direção da entidade, formada pelas professoras Márcia Rosina e pela Emiliana Menegotto, tem na professora de educação física, Márcia de Campos, a orientadora das atividades esportivas. Márcia ressalta que este trabalho é visto com bons olhos por todos os pais e educadores, pois a dedica-ção e alegria das crianças são o papel principal na educação es-colar. “Estamos satisfeitas com nosso trabalho e com a disposi-ção das crianças, principalmente

Ocorre na sexta-feira, 26, o jantar de integração e de posse das novas diretorias da associação dos moradores do bairro Cohab II, e também da associação da capela Nos-sa Senhora de Fátima, bem como do Centro de Convi-vência de Idosos Mãos Da-das. O novo presidente en-tre os moradores é Nelson de Conto, que ressalta haver mais interesse da comunida-

Bento Gonçalves possui uma legião de imigran-

tes italianos que escolheram o Brasil, mais precisamente o Rio Grande do Sul, para viver e re-alizar seus sonhos. Foram pes-soas que fugiram da guerra e da opressão, ou simplesmente dei-xaram sua terra natal, no caso, a Itália, para conquistar novos rumos em outros países.

Uma dessas pessoas é Henrica

Pasianot Domingues, 99, mais conhecida no bairro Botafogo como vovó Rica. Ela reside na rua Augusto Pasquali, 463, com a filha Marli Domingues Soná-glio, 63, e o genro Dorvalino Sonáglio, 60. Vovó Rica veio ao Brasil quando tinha 15 anos, acompanhando os pais Sante Pasianot e Elisabethe Gaiotti Pasianot, em 1927. Ela lembra até o nome do navio que trou-xe a família. “Saímos da Itália na busca de uma vida melhor, o

navio se chamava Duque de Lia Brusce, e estávamos ansiosos para conhecer a nova pátria, le-vamos trinta dias para atravessar o Atlântico e levávamos na ba-gagem muita esperança”, disse.

Vovó Rica lembra com sau-dades dos pais. Ela conta que conheceu o homem que viria a ser seu marido logo depois que chegou à nova terra. “Ele morreu com 94 anos. Juntos tivemos muitas alegrias e fi-lhos”, completa.

[email protected]

Uma taça de vinho durante o almoço: um dos segredos da vovó Rica

dos meninos, no momento da educação física” conta.

Participam das aulas de futsal os alunos do maternal 1 B e 2 e do jardim A1. São crianças entre 3 e 5 anos de idade. Fazem par-te das equipes de treinamentos: Gabriel Tomasini, Denis Joel-ton Borges Figlerski, Gustavo Carneiro Batista, Josué Pinheiro Medeiros, Felipe Martins Vieira, Júlio César Pizzi, Vinícius Ema-nuel Poletti, Ricardo Rossi Vicin-guera, Lorenzo Longaretti, Kauã de Castro, Guilherme Markus, Matheus Lazzari, Miguel Luis de Moura, Matheus de Almeida Ro-drigues, Nicolas Woiciechowski, Igor Cavalheiro, Marcos Henri-que Ozelame.

Futuros craques já vem desde berço, aprendendo no futsal

FOTOS NOEMIR LEITÃO

de em desenvolver o bairro. O evento será também a

oportunidade dos moradores em conhecer os atletas da ca-tegoria máster, professores e demais pessoas que realizam atividades em prol da asso-ciação. O jantar inicia às 20h, no salão da própria associa-ção, e o cardápio será massa, galeto, saladas diversas e pão. O ingresso custa R$ 10 por pessoa.

Uma vida contada na tela da TV

Vovó Henrica nasceu em 11 de novembro de 1911. Pres-tes a completar 100 anos, ela ainda lembra com carinho da terra natal. A região Udi-ne é conhecida como um lo-cal próspero, mas que deixou marcas na população durante a 1ª guerra mundial. Vovó Rica nasceu em Azamo Décimo, re-gião de Friuli, na província de Pordenome.

Da terra natal, ela diz ter saudade, mas não enfrentaria uma viagem para conhecer seus conterrâneos. “Visitar minha terra seria um novo de-safio para mim, porque fize-mos uma longa viagem de na-vio naquela época e acho que não suportaria viajar, mesmo havendo todo o conforto do mundo atualmente”, salienta. Ela recebe visitas do consula-do italiano todos os anos, que é responsável por fornecer uma ajuda financeira.

Recentemente ela recebeu um convite de uma produtora que irá documentar sua his-tória, assim como a de outras famílias que saíram da Itália para fugir do regime opressor de Mussolini. Embora Henri-ca não goste da falar sobre a época, sua filha Marli Sonaglio confirma o fato de que a famí-lia Domingues saiu de seu país de origem por causa da situa-ção que a Itália vivia na época.

Receita saudável

Mesmo prestes a completar 100 anos de vida, vovó Rica tem bom humor e disposi-ção. Ela conta que, sempre que pode, no almoço, toma um bom copo de vinho, e diz que esse é o segredo de todo o italiano que quer ter uma boa saúde. Aliás, ela afirma nunca ter visitado um médico e muito

pouco sabe o que é tomar um remédio. “Temos que ter boa alimentação e deixar as preo-cupações de lado, pois esta é a principal receita para quem quer vencer a idade e chegar aos 100 anos”, concluiu. A família prepara uma festa com amigos para comemorar o centésimo aniversário da vovó Rica.

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3Quarta-feira, 24 de agosto de 2011Bairros

Noemir Leitão

Guarany do Canto Fura mostrava sua força nos gramados e nos salões de festa

Memória EsportivaBom de futebol e de carnaval

“Quem não gosta de samba e de futebol

bom sujeito não é. Ou é ruim da cabeça ou doente dos pés”. Este era o lema, nos anos 60 e 70, entoado nos antigos car-navais do Rio de Janeiro. Mas, bem que essa música poderia servir para uma equipe muito conhecida de Bento Gonçal-ves. O time do Guarany do Canto Fura, da rua General Gomes Carneiro, Centro, era onde muitos atletas mostravam dentro do campo e nos salões dos clubes sociais do municí-pio, que eram bons de futebol e de carnaval. O time, além de ter atuado em em muitos jogos amistosos na época, tinha um bloco carnavalesco formado, na maioria, pelos seus compo-

Registro fotográfico da equipe esportiva do Guarany do Canto Fura, na década de 1960

O animado bloco carnavalesco encantava nos salões da cidade Plínio Mejolaro exibe com orgulho o álbum de fotos do time e do bloco de carnaval dos quais fez parte

nentes do Canto Fura.O Guarany do Canto Fura

foi criado em 1950. Foram duas etapas importantes des-ta, que se dividiram durante as próximas duas décadas, com times diferentes.

Plínio Mejolaro lembra mui-to bem das duas épocas. Ele chegou a atuar numa partida preliminar em maio de 1965, em um jogo do Esportivo diante do Grêmio, no então estádio da Montanha. Plínio diz que aquela equipe que ele atuou assim, como a de 1950, viajava de ônibus e realizava amistosos por toda a região. “Tínhamos uma boa equipe e sempre fazíamos as nossas viagens com os dois quadros e, com muita motivação, atu-ávamos com garra e determi-nação” disse.

Aquele time conhecido da cidadeO Guarany do Canto Fura

atuava na cidade e no interior, sendo conhecido de todos os seus adversários. Plínio res-salta que a agremiação durou três décadas e depois acabou sendo extinta. “Quando jogá-vamos no interior todo mun-do conhecia nosso time, e tínhamos vitórias e derrotas, mas o que mais importava era a integração de uma equi-pe amadora bem conhecida”, salienta.

“Nosso time tinha como for-mação: Padeiro, Sidney Guin-marães, Rosina, Betoni, Clesio Rossi, Melão, Plínio Mejolaro, Alfeo Ferrari, Babau - que tam-bém exercia o trabalho de téc-nico -, Odair e Cabeto Poletto” conta Plínio. A equipe jogava muitas partidas difíceis e im-portantes, como os confrontos contra o Dalban e as realizadas

na localidade de Barro Preto. Mas, os jogos mais emocio-nantes eram também contra times do interior. “Para nós era importante buscar uma vitória nas partidas fora do municí-pio e mostrar nossa força. De pois do jogo tudo virava festa completa, tanto dos jogadores, quanto de quem acompanhava nossa delegação. Tudo era ma-ravilhoso”, afirma.

Bloco Carnavalesco

Uma das alegrias do Guarany do Canto Fura era a época do carnaval. A equipe dava espe-táculos nos gramados jogando um belo futebol com a garra amadora e depois, nas noites de carnavais, se divertia com as noitadas momescas. Saía de cena o time de futebol e en-trava o bloco do Canto Fura,

originado no time do Guarany, que se apresentava nos clubes mais famosos da cidade. Ele foi fundado em 1966 e tinha como componentes: Pau-lo Melo, Cleimar Pozza, Leo Enriconi, Elci Copini, Santin, Olivio Bellé, Volnei Torrezan, Plínio Mejolaro e Dario Fon-tanella, entre outros.

No campo, a força de uma equipe unida e qualificada e que tinha muito amor à cami-sa. Nos salões, um grupo de jovens animados e com mui-ta energia, mostrando com o bloco Canto Fura o melhor carnaval da época. A história, uniu o futebol dos anos 50 e 60 com bom ritmo carnava-lesco de quem tinha prazer de praticar as duas coisas com alegria e diversão.

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FOTOS ARQUIVO PESSOAL

NOEMIR LEITÃO

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4 Quarta-feira, 24 de agosto de 2011 Bairros

Erica da Silva de Oliveira, o charme do Eucaliptos

O casal jovem Marcelo dos Santos e Juliana Bendo

Norberto de Rossi e a noiva Jaimara Job

Sérgio e Ivete Bendo, no CTG Laços da Amizade

Neide e Anito Stumpf, no jantar da escola NoelyIsabela Cimadon, 4 aninhos, futura festeira

As obras da nova igreja de São Luis, no bairro Glória, já estão em pleno andamento. A construção iniciou há mais de 15 dias e muitos moradores acompanham o desenrolar das obras. O objetivo é criar um templo religioso completo para que os fiéis possam desfrutar dos encontros aos finais de semana. Se tudo correr bem, até o final do ano, a igreja será entregue para a comunidade local. Assim, eles finalmente te-rão espaço para realizar missas e celebrações oficiais.

Os moradores da rua Sete de Setembro, no bairro Fena-vinho, mais uma vez terão que conviver com obras nesta rua. Ela será aberta para corrigir irregularidades que ficaram na pri-meira reforma feita há mais de sessenta dias. Com isso, há uma indignação de moradores próximos, que reclamam da atual situação, pois há transtorno no local. Além disso, muitos veí-culos nos finais de semana, à noite, não respeitam o limite de velocidade, causando pânico para quem reside na rua.

Os moradores do bairro São Roque querem uma solução com relação à construção da calçada inexistente na avenida principal. São aproximadamente 80 metros que faltam para completar o espaço, pois muitos estudantes estão dividindo a rua com os veículos. Quem reside próximo, afirma que há risco de acidentes. O local fica próximo à caixa d’água, em uma descida, e os órgãos competentes já foram informados sobre esta situação, uma vez que muitas crianças usam o tra-jeto a pé para deslocar-se até a escola.

Tomando uma atitude para mudar a situação dos mora-dores, a secretaria de Obras patrolou a rua Celeste Magagnin, no bairro Vila Nova, e colocou brita. Porém, a promessa do próprio secretário Alvory Viccari será de tentar alargar a rua e pavimentá-la. Esse trecho é considerado perigoso e já ocorreu um acidente grave com um jovem que retornava para casa. Ele caiu num precipício e teve muitas lesões. O local tem um grande fluxo de veículos e caminhões.

Na General Gomes Carneiro, no Centro, uma reclama-ção dos pedestres é no sentido de que seja instalado um quebra-molas ou tenha mais uma faixa de segurança na subida da rua. Os veículos trafegam em alta velocidade e quem precisa atravessar tem que se sujeitar a descer depois da curva. Segundo os comerciantes, seria importante que a faixa fosse neste trecho onde as pessoas procuram cruzar de um lado a outro, já que o risco de acidentes é mais evidente.

Está em andamento a construção da escola municipal in-fantil no bairro Borgo. Ela ficará localizada na rua São Paulo e servirá para abrigar mais de 80 crianças. A comunidade es-tava necessitando desta escola, pois muitos pais e moradores reivindicavam a construção para atender uma demanda que já era antiga no bairro. O término da obra está prevista ainda para este ano e logo a entidade entrará em funcionamento para receber crianças entre zero e cinco anos.

Moradores dos bairros Santa Rita e Botafogo realizaram assembleia do Orçamento Participativo na semana passada. Como reivindicações principais foram solicitados: reforma da rua Senador Alberto Pasqualini, aquisição do terreno para a construção da praça de lazer e pavimentação da rua João Coser. Há uma expectativa grande dos moradores em atingir esses objetivos ainda este ano, o que melhoraria ainda mais os dois bairros.

E a praça do bairro Aparecida continua sem solução. Os moradores aguardam para que ela seja revitalizada e que os adolescentes do local possam usufruí-la. O projeto está pronto, mas a obra ainda continua sem data para iniciar. A comunidade sempre reivindicou este novo espaço de lazer, que fará com que todos possam usufruir de um lugar apro-priado para os finais de semana, além de servir para diversão para as crianças do salão, creche e escolas próximas.

A VOZ DOS BAIRROSNoemir Leitã[email protected]

FOTOS NOEMIR LEITÃO