2011 09 24 dr.paulo maconaria

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Maçonaria Dr. Paulo Romeiro

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  • Maonaria

    Dr. Paulo Romeiro

  • I - Introduo

    A Maonaria se apresenta como uma sociedade literria, cientfica e filantrpica.

    De acordo com os maons, o principal

    objetivo dessa sociedade secreta aperfeioar intelectual e moralmente os

    seus integrantes. Em seguida, esto as

    obras sociais.

  • No Brasil, a maonaria continua adquirindo novos adeptos. O nmero de maons

    paulistas passou de 44 mil, em 2007, para

    48 mil em 2008. No interior do Estado

    esto 70% dos adeptos. No Brasil, a

    maonaria conta com 180 mil membros,

    enquanto que nos Estados Unidos so

    cinco milhes de adeptos. [1]

    [1] Jornal Dirio de S. Paulo, 22 de junho de 2008, p.

    A10.

  • Nossas pesquisas tm revelado que no possvel conciliar os ensinos da Loja Manica com os da f crist. Mesmo assim, muitos cristos que fazem parte da maonaria se recusam a admitir tal incompatibilidade entre a maonaria e a f bblica. Por esta razo, importante considerar o nosso estudo sob dois pontos de vista:

    a) Da Bblia. b) Da prpria Maonaria.

  • Logo de incio surge uma dificuldade: Quem representa ou fala pela Maonaria?

    Scott Horrell informa: Admitindo que a maonaria no exalta um livro ou lder

    como autoridade absoluta e universal,

    ainda assim ningum negaria que as

    ordens e lojas reconhecem autoridades - o

    que comprovado pelo fato de que 90%

    da maonaria mundial pertence ao Rito

    Escocs Antigo e Aceito, com seus

    Supremos Conselhos do 33 Grau.

  • Na verdade, existem vrias autoridades: (1) os Landmarks (25 fundamentos absolutos); (2) a

    Constituio e os regulamentos gerais das

    ordens, determinados pelos Supremos

    Conselhos; (3) o Ritual em si - especialmente o

    da Loja Azul (os trs passos bsicos de todos

    os Mestres-Maons de qualquer rito ou ordem);

    (4) o Supremo Grande Comendador da Ordem

    e o Gro-Mestre da loja; e (5) um fato

    patentemente comprovado mediante extensas

    pesquisas: h livros reconhecidos e usados no

    mundo inteiro.

  • Por ordem de preferncia nos Estados Unidos, as trs obras mais empregadas so: Coil's Masonic Encyclopedia (Enciclopdia Manica de Coil); The Builders (Os Construtores), de Joseph Fort Newton; e Mackey's Revised Encyclopedia of Freemasonry (Enciclopdia Revisada de Maonaria de Mackey). [1]

    [1] Maonaria: Tenses e Perguntas. Artigo publicado na revista Vox Scripturae 3.1, em maro de 1993, p. 73-100. Muitas informaes aqui foram extradas deste artigo do Dr. Scott Horrell.

  • II - Histria da Maonaria.

    Maom ou franco maom: pedreiro. Incio em 24 de junho de 1717, em

    Londres, Inglaterra.

    Fundadores: dois pastores - James Anderson (anglicano) e Jean Theophile

    Desaguiliers (huguenote).

  • III Sociedade filantrpica (beneficente)

    ou sociedade religiosa? Os maons alegam abertamente que a maonaria

    no uma religio. Entretanto, a maonaria possui

    todos os elementos que constituem uma religio:

    templos, ritos, oraes, castigos/recompensas e

    smbolos sagrados.

    Influncia esotrica: cabala, numerologia, astrologia, mitologia (Dt 4:19; 18:9-12).

    Religio ecumnica: aceita pessoas e conceitos doutrinrios de crenas as mais variadas: catlicos,

    evanglicos, muulmanos, judeus, espritas e

    adeptos de qualquer outra crena. Veja Gn 4:3-7;

    Am 3:3.

  • IV - Ensinos religiosos 1. O uso da Bblia.

    As trs grandes luzes; a da Bblia, a do esquadro e a do compasso (Figueiredo, p. 110).

    A Bblia como smbolo da vontade de Deus e objeto de decorao da loja.

    A Bblia ao lado de livros pagos: Nas Lojas manicas crists, O V.C.S (Volume da Cincia Sagrada) formado pelos Antigo e Novo Testamentos, e nas Lojas judaicas, s pelo Antigo Testamento; nas maometanas, pelo Coro; na budistas (sic), pelo Tripitaca; nas indostnicas, pelos Vedas. Varia segundo a Escritura Sagrada de cada povo (Figueiredo, p. 122). Veja 2Tm 3:16 e ITs 2:13.

    O uso da Cabala na interpretao da Bblia. Cabala: interpretao oculta que os rabinos davam Bblia

    (2 Co 11:3; Pv 30:5-6).

  • 2. O Deus da maonaria.

    O Deus manico denominado o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U.) - o Ser

    Supremo, Criador ou Fora Csmica da

    existncia e preservao. O Landmark 19

    proclama: A negao da crena do G.A.D.U. impedimento absoluto e insupervel para a

    iniciao.[47] Propositadamente, a definio ambgua o bastante para englobar todos os

    conceitos de Deus sustentados pelas religies -

    no apenas as testas (judaica, crist e islmica),

    mas tambm as dualistas (taosta, zoroastriana) e

    as pantestas (gnstica, esprita, hindu e budista).

  • G.A.D.U. designa qualquer deus (Tg 2:19) O exemplo ecltico de Salomo (I Re 11:5-7) (Jahbulom). Talvez uma das acusaes mais

    fortes contra a loja seja a seguinte: no grau do

    Real Arco do Rito de York, quando o maom

    supostamente encontra a Arca da Aliana

    perdida nas runas do templo salomnico,

    descobre-se o verdadeiro nome de Deus como

    sendo JABULOM. Tal nome, segundo o prprio

    H. W. Coil, uma associao de lahweh (o

    Jeov do Antigo Testamento), Ba'al ou Bel (o

    deus cananita) e Om (Osiris, o deus-sol do Egito)

    Resposta bblica: Is 42:8; Sl 115:3, 4.

  • 3. Jesus Cristo

    Embora as reunies manicas incluam a orao, absolutamente proibido orar no nome de Jesus. Eles at mesmo modificaram o calendrio baseado no advento de Cristo, aceito no mundo inteiro, para um sistema irreligioso: Os maons, ao fixar datas em seus documentos oficiais, diz Mackey, nunca fazem uso da poca comum ou era vulgar, mas tm uma que lhes peculiar... Paradoxalmente, em alguns casos, os mesmos dicionrios que omitem Jesus Cristo contm artigos substanciais sobre dezenas de outros religiosos antigos e modernos - Jonas, Ezequiel, Orfeu, Pitgoras, Zoroastro, Emmanuel Swedenborg, Annie Besant, Helena Blavatsky etc. Isso sugere, no mnimo, a irrelevncia de Jesus Cristo na filosofia manica.

  • Ao falar sobre a religio e seus lderes, o Dicionrio da Maonaria declara: Seus imortais fundadores foram todos Mensageiros da Verdade

    nica, que deram humanidade seu evangelho

    de Unio e Fraternidade, para que atravs do

    Amor as almas se religuem entre si e ao supremo.

    Todos eles foram unnimes em proclamar a

    Paternidade de Deus e a Fraternidade dos

    homens. Tal foi, em essncia, a mensagem de

    Vysa, Hermes Trismegisto, Zarathrusta, Orfeu,

    Krishna, Moiss, Pitgoras, Plato, Cristo,

    Maomet e outros (Figueiredo, p. 388).

  • Assim, a maonaria coloca Jesus no mesmo nvel de outros lderes religiosos

    ou filosficos.

    Pregou a mensagem da verdade nica: todos somos filhos de Deus e Deus o

    Pai de todos

    Seu nome eliminado nas oraes e leituras das Escrituras na loja (Ex. I Pe

    2:5; II Ts 3:6; 3:12)

  • 3.1. Resposta bblica.

    Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Jo 1:1; 14; Is. 7:14; Mt 1:21-23)

    O prprio Jesus ensinou que devemos orar em seu nome (Jo 14:13, 14).

    A maonaria se envergonha do nome de Jesus. Este nos mandou pregar o Evangelho a todas as pessoas e disse que se algum se envergonhar dele, ele tambm se envergonhar de tal pessoa (Mt 28:19; Mc 16:15; Mt 10:32, 33).

  • 4. A Ceia Mstica

    Realizada na quinta-feira da semana santa Participantes: os irmos de 18 a 33 grau Forma da sua realizao: A mesa em forma de

    cruz, sobre a qual h rosas vermelhas, o lugar onde o mestre dirige a ceia manica, com vinho e po: Comei e dai de comer a quem tem fome... Bebei e dai de beber a quem tem sede. Depois de apagar todas as velas do candelabro, com exceo de uma, o mestre anuncia a morte do Sapientssimo e Perfeito Mestre - Ele est morto! Lamentai, pranteai e chorai, pois ele se foi e apaga a ltima vela, tudo terminando em escurido.

  • 4.1. Resposta bblica: Mt 26:26-28; I Co

    11:23-26.

  • 5. Salvao pelas obras

    Objetivo da maonaria: Cavar masmorras ao vcio e levantar templos virtude.

    O profano e a cerimnia de iniciao. O uso do avental e seus significados

    (pureza de vida e conduta, de corao e

    conscincia).

    5.1. Resposta bblica: Ef 2:8-9; Rm 3:23-

    24; 11:6; Gl 5:4; cf. Rm 10:1-3.

  • 6. Os juramentos. Cada maom jura ser

    leal fraternidade acima de qualquer

    outro grupo (incluindo a igreja), mediante

    votos extremamente fortes. Prometendo

    solenemente no divulgar os segredos da

    maonaria - nem os crimes de outros

    maons (exceto o homicdio e a traio) -

    o iniciado jura o seguinte, sobre o Livro

    Sagrado (a Bblia, Alcoro ou Vedas,

    etc.):

  • Eu ...juro e prometo, de minha livre vontade, pela

    minha honra e pela minha f, em presena do

    Supremo Arquiteto do Universo, que Deus, e

    perante esta assemblia de maons, solene e

    sinceramente, nunca revelar qualquer dos

    mistrios da maonaria que me vo ser

    confiados... Se violar este juramento seja-me

    arrancada a lngua, o pescoo cortado e meu

    corpo enterrado nas guas do mar, onde o nuxo

    e renuxo me mergulhem em perptuo

    esquecimento, sendo declarado sacrlego para

    com Deus e desonrado com os homens. Assim

    seja.

  • 6.1. Objees a tais juramentos

    O juramento proibido por Jesus (Mt 5:30; confira Tg 5:12)

    Nosso corpo do Senhor e no pode ser entregue a uma sociedade secreta (I Co 6:19-

    20).

    Esse juramento estabelece uma sociedade/fraternidade indissolvel (II Co 6:14-

    17).

    At mesmo no Antigo Testamento j se proibia a promessa de guardar segredos que ainda se

    ignora (Lv 5:4).

  • 7. Os Landmarks

    So considerados como as antigas leis que regem a Maonaria universal, trs

    deles so fundamentais:

    A paternidade universal de Deus. A fraternidade universal dos homens. A crena na imortalidade da alma.

  • 7.1. Resposta bblica: A Bblia ensina que

    Deus criou todas as criaturas (Gn 1:26;27),

    porm afirma que o privilgio de ser seu

    filho reservado apenas que aceitam a

    Jesus Cristo como Salvador (Jo 1:12; Gl

    4:4-6; Rm 8:14-16)

  • V. Consideraes Finais A Maonaria e a Igreja

    No princpio da obra evanglica no Brasil, a maonaria, com seu prestgio poltico e econmico, deu apoio e proteo aos primeiros pregadores protestantes. Esse apoio permitiu ao protestantismo daquela poca a conquistar espao numa cultura predominantemente catlica romana. Por outro lado, tal apoio da maonaria no justifica o envolvimento de um cristo com a Loja Manica em gratido pelo o que ela fez. A Bblia est repleta de exemplos de como Deus utilizou pessoas incrdulas para o cumprimento de seus propsitos em relao ao seu povo. (Is 45:1-4; Jr 25:9; 27:6-8).

  • No possvel ser cristo e maom ao mesmo tempo. Existem pelo menos trs

    razes pelas quais o cristo no deve

    tornar-se maons, ou, em sendo, renunciar

    maonaria:

    1. Mordomia do tempo. 2. Mau exemplo (causar escndalo aos

    irmos).

    3. Os ensinos antibblicos da maonaria.

  • Bibliografia ANDRADE, Athos Vieira de. O Evangelho e a

    Maonaria: uma parceria que deu certo no Brasil. Belo Horizonte. 2004. Contato com o autor: [email protected]

    ANKERBERG, John & WELDON, John. Os Ensinos Secretos da Maonaria. So Paulo. Edies Vida Nova. 1995.

    ______, Os fatos sobre a maonaria. Porto Alegre. Editora Chamada da Meia-Noite. 1989.

    BENIMELI, J.A.F. & alli. Maonaria e Igreja Catlica. So Paulo. Editora Paulus. 2003.

  • CAMINO, Rizzardo da. Catecismo Manico: Aprendiz, Companheiro e Mestre. So Paulo.

    Madras. 1999.

    FIGUEIREDO, Joaquim Gervsio de. Dicionrio de Maonaria. So Paulo. Editora Pensamento.

    1998.

    HORRELL, J. Scott. Maonaria e F Crist. So Paulo. Editora Mundo Cristo. 1995.

    MOREL, Marco & SOUZA, Franoise Jean de Oliveira. O poder da maonaria: a histria de

    uma sociedade secreta no Brasil. Rio de janeiro.

    Nova Fronteira. 2008.