2 janeiro/fevereiro/2010 nossa ilha - dancadesalao.com dance - dance – “ ”

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2 Janeiro/Fevereiro/2010

Milton Saldanha

Editorial

A gente nunca se acostuma. Ainda bem, pois seisso acontecer será grave sintoma da vida perdendo a graça. Tivemos de 13 a 22 de janeiro

o Tango & Milonga, no Costa Magica; de 7 a 13 defevereiro estaremos no Dançando a Bordo, no CostaConcordia; depois, a grande novidade, de 6 a 13 demarço, com o primeiro Movida Latina, no GrandCelebration, da Ibero Cruzeiros, empresa irmã daCosta.

O que quero dizer, e não se trata de retórica,marketing ou qualquer outra interpretação, é que par-ticipar desses cruzeiros dançantes é sempre um mo-mento excitante e de grande emoção. Vejam o casodo Dançando a Bordo: caramba, já estamos festejan-do sete anos desse evento. Como o Dance é o promo-tor e divulgador oficial, é claro que tive o privilégiode estar em todos, incluindo ainda o que chamo de“zero”, o Cruzeiro Dançante ao Prata, em 1995, nosaudoso navio Eugenio Costa, que foi a semente detudo. Então vocês poderiam imaginar que, já estan-do este repórter de tal forma habituado com tantasnavegações, suas emoções iriam com o tempo se dis-sipando, com tudo caindo na rotina. Só que não é as-sim. Continua sendo um grande problema dormir navéspera de cada embarque, tanta é a adrenalina ge-rada pela espera. Porque não há rotina, repetição.Cada cruzeiro é único. Não só pelo agito, a dança, oprazer que isso tudo proporciona à mente e ao corpo.A alegria deriva ainda do convívio social intenso, comfamiliares e amigos mais chegados, outros menos ín-timos mas agradáveis. E surgem os novos amigos, quevocê conhece a bordo, te surpreendem, encantam. Queo digam Theo e Monica, esses incansáveis marujosque há tantos anos dançam sobre as ondas dos maisdiferentes mares do mundo. Perguntem a eles quantagente interessante já conheceram, quantos e-mailsrecebem, de quantos diferentes lugares do Brasil e tam-bém do exterior. Claro que não cabe a mínima com-paração, eles são estrelas sempre brilhando, mas anós discretos mortais também se abrem oportunida-des de convívio humano e de descobertas valiosas. Éalgo que só as viagens em navios ensejam, mesmoaos temperamentos mais tímidos. Até hoje, 55 anos

Nossa ilhadepois, lembro-me de pessoas que conhecina infância em viagens pelos célebres Itas,da Cia Costeira de Navegação, percor-rendo o litoral brasileiro. Se for falar, então, do ines-quecível navio Eugenio Costa, já há tantos anossucateado, fica fácil demais. Agora me perguntem selembro de alguém do vôo da semana passada, ou mes-mo de uma viagem de ônibus mais demorada...

É muito simples entender isso quando se percebe queo navio, na prática, é uma pequena cidade sobre umailha que se move. Mesmo que sejam poucos dias, maisdo que viajar, a gente mora no navio. Sempre brinco,quando estou a bordo e me refiro à minha cabine, tro-cando essa palavra por “minha casa”. Naqueles diasé muito gostoso morar tão perto do restaurante, do te-atro, do salão de baile, da academia de dança ou gi-nástica, do “clube” (piscina). Sem depender de condu-ção, trânsito, espera... Dá até para sair para uma ca-minhada, percorrendo ao ar livre pelo deck os mais de300 metros de comprimento do navio, com vista totalpara o mar e eventual paisagem de alguma escala.Querem vida melhor?

Mas não é só isso. À noite, enquanto nossa bela ilhamóvel avança cortando as ondas e deixando um rastrode espumas brancas, toda iluminada por uns 10 milpontos de luz, mais a lua, lá dentro a gente vive umambiente alegre e fervente, misto de Broadway com ruasde footing, com gente bonita circulando pelos corredo-res, vai e vem, entrando e saindo das lojas e “casasnoturnas”, os bares sofisticados, onde se toma belosdrinks e também um café expresso divino, ao som dealgum pianista, duo ou trio musical esbanjando talen-to.

Com tudo isso, amigos, não há alma que diga “ah,é apenas mais um cruzeiro...” Ainda mais em se tra-tando de Dançando a Bordo, onde ninguém dorme cedo,com seus cinco bailes simultâneos chamando às pistasnossos acrobatas do ritmo.

Desculpe sempre repetir, mas é inevitável. Está fal-tando você! Se não puder neste, por qualquer razão,venha no próximo. Será mais um feliz habitante danossa ilha, dançando como nunca antes em sua exis-tência. Amando! Alguém, ou simplesmente a vida!

3Janeiro/Fevereiro/2010

Costa Concordia, o navio do 7º Dan-çando a Bordo 2010, é inovador emagnífico para as férias dos sonhos de

quem aprecia cruzeiros. Ideal para se divertir,praticar esportes e relaxar. O que o torna tãoespecial? A receita começa pelo Samsara Spa,área para prática esportiva e principalmentebem-estar de corpo e mente, articulada sobreduas pontes, compreendendo um total de maisde 2.000 metros quadrados – e com uma for-midável piscina ao centro. Acrescentem-se aslindíssimas suítes Samsara, com acesso diretoà área termal, e quatro piscinas – duas delascom tetos de vidro retráteis. O viajante temainda à escolha 13 bares e mais de 500 cabinescom varanda, e pode descontrair ao sol nassuas espaçosas áreas abertas e panorâmicas.

Esta é a receita do Concordia, hoje o maiore mais imponente navio de toda a frota Costa.Nesta temporada, ele navega pela primeira vezno Brasil e completa, com os navios Magica eVictoria, o trio de embarcações que melhoratende aos cruzeiristas brasileiros.

Vale dizer ainda que o Costa Concordiaexpressa o desejo de contínua harmonia, uni-dade e paz entre as nações da Europa. Emoutras palavras, a idéia de “concórdia”, ou boavontade entre os diversos povos do continen-te, um conceito que também inspirou o temacentral da decoração dos espaços públicos donavio.

O Costa Concordia entrou em operaçãoem julho de 2006. Com 114.500 mil toneladase capacidade para 3.780 hóspedes, pode sertraduzido como a nave do conforto e do relax.

Concordia, o maior navio da frota Costa Cruzeiros

Seu Samsara Spa constitui uma área de bem-estar das maiores a bordo de um navio de cru-zeiros. O nome está associado ao caminho paraa iluminação espiritual, felicidade, êxtase, bem-aventurança e equilíbrio das energias vitais. O

Samsara Spa foi concebido para funcionar comoum centro exclusivo de bem-estar, que oferecetratamentos inspirados nos princípios daAyurveda, ciência hindu ancestral de cura inte-gral que combina técnicas consagradas de mas-

sagem oriental com as maismodernas pesquisas científi-cas.

Outra singularidade doCosta Concordia são as 55cabines e 12 suítes com aces-so direto ao Spa, todas dota-das de televisores de últimageração. O Bar Sport, o cine-ma ao ar livre, a pistapoliesportiva, um circuito ex-terior de jogging de 170 metrossão atrações que se somam aoteatro de três andares, cassi-no, discoteca, acesso àInternet e biblioteca. E, paraquem deseja curtir uma emo-ção diferente, há um simula-dor de Fórmula 1.

Segundo Pier LuigiFoschi, Chairman e CEO doGrupo Costa, “o CostaConcordia é um símbolocompleto da qualidade e doestilo italiano (construção,decoração e gastronomia soba responsabilidade de empre-sas e experts locais), e con-tribui decisivamente para a li-derança da armadora no mer-

cado de cruzeiros marítimos na Europa e naAmérica do Sul”. Nesta temporada, oConcordia faz roteiros para a Bahia, enquan-to o Victoria e o Magica navegam para a Ar-gentina.

Foto: Studio RUDA

Promotor e divulgador oficialTango & Milonga, Dançando a Bordo 2010 eMovida Latina.Costa Magica, Costa Concordia e Grand Celebration.7ª Edição Especial (Nº 170)EditorMilton SaldanhaRepórter EspecialRubem Mauro MachadoFotosKriz Knack (Studio RUDA), Milton Saldanha,Divulgação Costa Cruzeiros e Arquivo/Dance.

Paginação EletrônicaAlexandre Barbosa da SilvaApoio EditorialAncona Lopez PublicidadeJornalista responsávelMilton Saldanha Machado (MTb. 3.419 –Matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4)ProduçãoSyntagma Comunicação Social Ltda.ImpressãoLTJ Editora Gráfica

Parceiros na InternetMarco Antonio Perna – Portal Agenda da Dançade Salão Brasileira e rede social Gente que Dança

EndereçoRua Pais da Silva, 60 – Ch. Sto. Antonio, SãoPaulo/Capital, Cep. 04718-020.Tels. (11) 5184-0346 / [email protected] desta edição: 10 mil exemplaresimpressos e integral na Internet. Repartepara o Costa Concordia: 3 mil exemplares.

O jornal Dance, com 15 anos e meio, foilançado em São Paulo e ABC em julho de 1994.Foi o primeiro jornal brasileiro especializadoem dança de salão. É mensal, com tiragem de10 mil exemplares, e integral na Internet. Sua

distribuição é gratuita, em escolas de danças,bailes, casas noturnas, festivais e outros even-tos de dança, e também em diversos locais nãodançantes. Com esta, totaliza 170 edições, dasquais onze foram especiais, sobre temas espe-cíficos, inclusive reportagens internacionais.Dance é promotor e divulgador oficial doDançando a Bordo, Tango & Milonga e Movi-da Latina, como parceiro exclusivo da CostaCruzeiros e Ibero Cruzeiros em dança de salão.Sua história está ligada aos navios EugenioCosta, Costa Tropicale, Costa Victoria, CostaFortuna, Costa Magica, Costa Mediterranea. Eagora também Costa Concordia e GrandCelebration. Em cada cruzeiro uma grande áreaa céu aberto é batizada como “Arena JornalDance” .

Quem somos

7º Dançando a Bordo – 2010Costa Concordia - 7 a 13 de fevereiro

Dia Escala Chegada Partida07/02 SANTOS 18h08/02 RIO DE JANEIRO 8h 17h09/02 NAVEGAÇÃO10/02 SALVADOR 8h 17h11/02 NAVEGAÇÃO12/02 ILHA BELA 16h 23:5913/02 SANTOS desembarque14/02 RIO DE JANEIRO desembarque

1º Movida Latina – 2010Grand Celebration - 6 a 13 de março

Dia Escala Chegada Partida06/03 SANTOS 18h07/03 RIO DE JANEIRO 8H 17h08/03 NAVEGAÇÃO09/03 SALVADOR 9h 0h10/03 NAVEGAÇÃO11/03 BUZIOS 17h12/03 BUZIOS 14:3013/03 SANTOS desembarque14/03 RIO DE JANEIRO desembarque

CRUZEIROS

Grand Bar Berlino e sua pista de dança

4 Janeiro/Fevereiro/2010

- “Ponte Cinque...Deck Five...”O comando de voz do elevador sinaliza o

deck número cinco e, afoitos, desembarcamparticipantes do 7º. Dançando a Bordo, embusca de uma das tantas pistas de baile distri-buídas neste que é o principal andar social domega navio italiano. Assim começa a festa paramilhares de dançarinos no Costa Concordia.

Recordar é viver e dançar é preciso. Quetal voltar no tempo e saudar tanta gente quefez a história deste cruzeiro ?

Era um sábado nublado em Santos, o Cos-ta Tropicale atracado no mesmo armazém 25em frente ao terminal de passageiros. E, paraquem acredita em coincidências, o calendáriomarcava o mesmo dia 7 de fevereiro que regis-tra a largada desta sétima edição - só que doano de 2004. Mil e quatrocentos participan-tes da promissora expedição dançante explo-ravam aquele navio charmoso, e descobriamrecantos como o Club Bahia, o bar Casablanca,o The Duke piano bar...até se apropriarem dagrande pista do Miami Ballroom e então dis-putarem uma vaga para participar do baile. Láfora, no deck superior, a primeira “Arena Jor-nal Dance” inaugurava uma era de aulas diver-tidas ao ar livre. Os versos românticos na vozdos italianos Tony Angeli e Dick Danello em-balaram passos e fantasias, e a valsa primoro-sa de Jaime Aroxa e Bianca Gonzales enfeitoua noite de gala - que também viu o tremendãoRicardo Liendo ser homenageado como pre-cursor das danças de salão nos navios, e ojornal Dance comemorar seus 10 anos. RenatoAssis lotava o salão com suas pernas de cego-nha, Vanessa Jardim era toda postura e elegân-cia, Giggio Mamesse causava com seus tangose Mauricio Butenas arrepiava na salsa comKarininha. Amanda Baldo e o imberbe ClovisEscarabelin mostravam que o futuro estavagarantido, e a pick up do eterno DJ La Luna jáentão assegurava aulas e bailes com a músicacerta. Velhos tempos, velhos dias.

Aquela semente plantada 10 anos antes,no cruzeiro dançante ao Prata do velho Euge-nio Costa, um mito dos mares, mostrava vigor

e arrancava sem esforço um sorriso de satisfa-ção do jornalista da dança de salão MiltonSaldanha. Padrinho da idéia e promotor da via-gem, dividia com o craque do texto RubemMauro a responsabilidade da edição especial acircular no cruzeiro – a primeira de muitas, estainclusive. O perfil do comandante do CostaTropicale, Mario Moretta, também abriu umciclo e foi sucedido nos anos seguintes pelosdos comandantes Giuliano Bossi, AnelitoMontesarchio, e do atual e singular Michele DeGregorio - o grande condutor de nossos cruzei-ros dançantes.

O evento cresceu, passou para o CostaVictoria, ganhou novos salões (e até uma pistaextra, alugada para dobrar o espaço dançante doGran Bar Orpheus), muitos craques se soma-ram à equipe. Embarcaram Fabiana Terra, OmarForte, as camisetas e uniformes da “Bailarina”,a DJ-menina Drika dobrando o fôlego e autono-mia dos bailes, mais e mais personal dancers(Everson, Edson, Hildo, Victor, João Carlos etantos outros que suam a camisa, o terno, a gra-vata, cuecas e meias a cada noite), o semprepresente Fernando Campani, embaixador dosdançarinos gaúchos, Cadica e suas filhas, umabeleza. As milongas de gala da Confraria doTango, tendo à frente - e nos bastidores - a griffeThelma & Wilson Pessi.

Já integrando então o calendário anual dosdançarinos brasileiros, o cruzeiro temático atraiupor fim o show man que faltava: Carlinhos deJesus, que lançou sua biografia a bordo, e mos-trou todo o samba que tem nos pés – não dei-xando nunca mais o evento desde então. E lá sevão 5 anos! Chegaram craques mais, comoCervilla Junior e seu vigoroso tango, o íconeuniversal deste ritmo Juan Carlos Copes comsua filha Johana, a serelepe Aurora Lubiz (hojemadrinha e estrela do temático Tango &Milonga). O zouk inconfundível de Philip Miha,conduzindo aulas e luaus com Anna Miha eFernanda Teixeira. Os campeões do country (eda alegria) Bel & Euler Consoli. A ginga de PatrickNascimento. O sorriso samba-rock de Magoo esua Carol. O virtuosismo de Cristóvão

Christianis e Katiusca Dickow. A genialidade deJomar Mesquita, a quem um dia convidamospara apresentar “Do lado esquerdo de quemsobe” com sua Cia Mimulus, um dos momen-tos mais belos destas 7 edições. Ele e sua partnerJuliana Macedo nos proporcionaram indeléveismomentos de beleza.

As apresentações de “Isto é Brasil” com aCia de Dança Carlinhos de Jesus, e “Com obrilho do seu olhar”, com a de Jaime Aroxa,foram ovacionadas de pé. Assim como as pales-tras e debates conduzidos por Raquel Mesqui-ta, outro personagem marcante deste projeto.O baile de lançamento do livro sobre a vida deJaime marcou pela pompa e a fila para autógra-fos do biografado e seu biógrafo. As aulas dedanças gaúchas a cargo do pilchado Campani esua prenda Daniela Diaz...bah ! Trilegal.

Parceiros e amigos de escolas e academiasde todo o Brasil estiveram - e muitos continuam- a bordo para esta semana dançante: SolangeGueiros; Emilio Ohnuma; Andrei Udiloff; Juniorde Cuiabá; Tião e Marcelo Cunha; AdrianaGalvão; Bob, Celi, Vânia e Célia Moreno; Eduar-do Martins; Sandro de Araçatuba; MarquinhosCopacabana...e tantos mais, todos com seus gru-pos de alunos lotando as aulas e bailes. Umafesta supra-academias, supra-ritmos, supra-ten-dências.

Alegria e boa disposição também quando amúsica é outra na pista de dança: as atividadeszen/saúde do Espaço Despertar do Corpo, co-mandadas por Renata Duarte e Gisele Jacob,são ideais para quem vai dançar muito e precisase alongar logo cedo. Os músculos, revigorados,e a alma, em paz, agradecem. Foi sempre assimtambém nas divertidas vivências de danças cir-culares de William do Valle, e mesmo nas sensu-ais aulas de dança do ventre com Carla Cristina.Todos eles agora ainda mais elegantes e confor-táveis com as roupas da Capézio, a grande mar-ca de moda para se dançar no Brasil.

Mas o bom mesmo é curtir as diversas esta-ções dançantes – já tivemos a Zais e a concorri-da Avenida Club (com Jovino Garcia e tudo)para as danças de salão; a Country (com a tur-

memória

Francisco Ancona

ma da Panteras); a Tango (homenageando aDançata). Baila-se por toda parte no CostaConcordia. E de tudo : o que dizer da coloridaEstação Latina Rey Castro, que já teve o DJBranca na cabine de som, e tem a locomotivaMilena Malzoni sempre à frente ?

Figuras lendárias da música e da dança es-tiveram presentes e serão sempre lembradas –como Roberto Luna, que protagonizou a Noi-te dos Boleros no Costa Magica, e hoje seguefirme nos palcos paulistanos; e a mestra ines-quecível Maria Antonietta, que nos brindoucom uma fulminante visita em 2008 - poucotempo antes de nos deixar, em 2009. A grandehomenageada deste 7º Dançando a Bordo é ela,com um livro de depoimentos que a CostaCruzeiros presenteia para preservá-la na me-mória da dança de salão brasileira.

Está partindo agora mais uma nave cheiade personagens da nossa dança de salão. Seráum saboroso desafio desvendá-los nesta séti-ma edição, que zarpa de novo num 7 de feve-reiro de Santos (dia 8 do Rio de Janeiro, exata-mente como há 7 anos). Até parece conta dementiroso, mas é uma história fabulosa, quetraz emoções verdadeiras. Para os superstici-osos, com uma pitada adicional de encanto,desta vez : encerrando seu cruzeiro anual, de-sembarca o Rei Roberto Carlos – sim, o donoda festa de arromba original - e sobem Theo &Monica, Milton Saldanha, Rubem Mauro etodos vocês, para mais um grande encontrodançante com o comandante Michele DeGregorio e o diretor de cruzeiro Naim, os pilo-tos deste sonho real. A festa continua, mora !

Vejam só que festa de arromba!Vejam só que festa de arromba!

Cobertura completa doDançando a Bordo e

Movida Latinana edição de março/abril.Retire seu exemplar gratuitamente ou

acesse www.jornaldance.com.br

(11) 5184-0346 ou (11) 8192-3012

Anuncie!

Costa ConcordiaFicha Técnica

Ano de construção ........................... 2006Capacidade hóspedes3.780 (total de camas)Tripulação ...................................... 1.100Cabinas1.500 (sendo 28 para deficientes físicos)Tonelagem................................. 114.500 tComprimento ................................ 290 mLargura .......................................... 35.5 mPontes ..... 17 (14 para uso dos hóspedes)Velocidade Máxima ........................ 23 nósVelocidade do Cruzeiro ............... 21.5 nós

Grand CelebrationFicha técnica

Tonelagem: ...................................... 47.626Comprimento: ................................. 224 mLargura: .............................................. 28 mVelocidade: ....................................... 21 nósCapacidade: ...................................... 1.896Tripulação: .......................................... 620Cabines: ............................................... 747Piscinas: ................... 2, mais uma 1 infantilJacuzzi: .................................................... 3

Mais de 15 anospromovendo edivulgando a

dança de salão

Jornal pioneiro

5Janeiro/Fevereiro/2010

Sempre muito discreto, o diretor-geral daCosta Cruzeiros na América do Sul, oexecutivo Renê Hermann, com mais de

15 anos no cargo, costuma circular pelos na-vios como se fosse um hóspede. Muitas pesso-as passam por ele a bordo sem ter a mínimaidéia de que estão ao lado do pioneiro arqui-teto destas grandes viagens temáticas, entreoutros projetos que implantou.

Renê Hermann teve sua origem profissi-onal na aviação comercial, foi da Varig eBritish Airways. Desde 2009 dirige tambéma Ibero Cruzeiros, do grupo Costa. Ocupa avice-presidência da Abremar – AssociaçãoBrasileira de Representantes das EmpresasMarítimas.

Reconhecido como o mais experienteprofissional de cruzeiros marítimos no Bra-sil, conhecendo esse mercado nos mínimosdetalhes, com suas nuances e tendências,Renê Hermann sempre tem seu foco no bem-estar dos passageiros, que a companhia pre-fere chamar carinhosamente como seus hós-pedes.

Nesta entrevista aos repórteres MiltonSaldanha e Rubem Mauro Machado, ele falasobre este fantástico mercado, sempre em cres-cimento, e dedica especial ênfase à dança abordo, de forte presença.

Dance - Qual a posição do Dançando a Bor-do, hoje, no ranking dos cruzeiros temáticos?Renê Hermann - O Dançando a Bordo atual-mente é o temático de maior sucesso entretodos os projetos especiais da Costa Cruzei-ros. Acredito inclusive que seja o primeiroentre todos, considerando os cerca de 30 pro-jetos do mercado brasileiro – e incluo aí nãoapenas os que a Costa Cruzeiros opera, mastambém os de outras empresas. É impressio-nante o índice de satisfação e a antecedêncianas reservas de cabines. Um projeto vence-dor, sem dúvida!

Dance – Como é o perfil desse hóspede e suafidelidade ao evento?R - O hóspede do nosso evento é o idealpara um cruzeiro marítimo: predisposto ase divertir, exigente na medida certa paracobrar da Costa um produto de alto nível,jovem de espírito, não importa a idade. Édifícil encontrar atividade mais identificadacom os navios que a dança de salão, com seuclima de romantismo e alegria insuperável.Há hóspedes que estão conosco desde a pri-meira edição deste temático, já se vão seteanos. A tendência é que os participantesvoltem e que tragam seus parentes e amigospara dividir sua experiência feliz.

Dance - O cruzeiro Tango & Milonga segue amesma trajetória? Tende a ser um segundo

Dançando a Bordo, com outra opção de roteiro?R - O Tango & Milonga, a cada ano, se supera ese aproxima do Dançando a Bordo em relação àatmosfera envolvente e participação nas ativi-dades temáticas. Sim, é uma espécie de Dançan-do com destino a Buenos Aires. Sucesso cres-cente, que nos anima a investir sempre mais emsua fórmula.

Dance -A Costa Cruzeiros mantém sua lideran-ça histórica no Brasil?R – Veja, a Costa está presente no Brasil há62 anos. É a marca-referência em nosso mer-cado. Atualmente, opera também uma outramarca do Grupo Costa, a Ibero, que por si-nal também tem seu cruzeiro dançante, o“Movida Latina”. Em número de navios, so-mos líderes na América do Sul. No próximoverão teremos setedo Grupo Costa emnossas águas. Emnúmero de hóspe-des, a tendência étermos um numeroimportante, aindaque talvez não omaior. Outras em-presas adotam a fór-mula dos mini cru-zeiros, enquantonós somos espe-cializados em fériasa bordo, com viagensde maior duração.Assim, pode aconte-

cer que enquanto outra empresa faz três minicruzeiros em nove dias, nós fazemos apenasum no mesmo período.

Dance - Qual é sua fatia de mercado, compa-rando também com anos anteriores?R - O Grupo Costa detém participação de cercade 30% do mercado brasileiro. Mas liderança semede também pelo índice de satisfação e quali-dade dos navios. Nestes quesitos, se me permi-te colocar a modéstia de lado, somos insuperá-veis.

Dance - O que muda nesta temporada?R - Para o verão 2010/2011, traremos pelaprimeira vez ao Brasil o Costa Serena, ummega navio maravilhoso, equivalente ao CostaConcordia em tamanho, mas com

ambientação comple-tamente diferente.Teremos também avolta do Costa Fortu-na, que deixou muitasaudade há três anos,quando fez sua estréiapor aqui, com muitoimpacto e repercus-são. O mais impor-tante: nossos cruzei-ros temáticos dan-çantes já estão con-firmados e com reser-vas abertas! A dica éque esta é a melhorhora de reservar sua

entrevista

Renê Hermann, diretor-geral da Costa Cruzeiros na América do Sul

Dança de salão está cada vez maispresente nos navios de cruzeiros

Dança de salão está cada vez maispresente nos navios de cruzeiros

cabine, pois as condições são ultra vanta-josas.

Dance - Como foi o crescimento global daoferta de cruzeiros nos últimos anos?R - O mundo apresenta um número global decerca de 13 milhões de cruzeiristas. O Brasiltem cerca de um milhão destes hóspedes. Ain-da somos um mercado sazonal, mas nossosnúmeros crescem rapidamente. A oferta inter-nacional cresce de 5 a 10% por ano, enquantoque no Brasil este número é pelo menos de10% ao ano. O Brasil é um dos mercados quemais cresce no setor. Para a Costa Cruzeiros,o Brasil é um mercado que ocupa três de seus15 navios em atividade, portanto tem bastan-te relevância. E sobretudo nosso país tem aimportância de ter sido o destino da primeiraviagem da empresa, em 1948. De lá para cá, ovínculo tem sido indissolúvel.

Dance - Qual a magnitude da oferta de empre-gos, no mundo, no Brasil e na Costa Cruzeirossul-americana?R – Seguramente, o número mundial deve sersuperior a 200 mil tripulantes. No Brasil, hoje,há pelo menos 12 mil pessoas trabalhando.Destas, cerca de 3 mil são brasileiras. Na Cos-ta, operando no Brasil, temos 2.700 tripulan-tes, dos quais quase mil brasileiros.

Dance - O que representa essa contribuiçãosó na área de dança?R - Hoje em dia temos profissionais de dan-ça de salão brasileiros trabalhando em todoo mundo. Exportamos nossos talentos lo-cais para o Caribe, Mediterrâneo, Norte daEuropa, China, Emirados Árabes. Temosmuito orgulho de abrir este mercado de tra-balho para a mão de obra brasileira, uma dasmais talentosas no mundo no setor. Em cadatemporada brasileira levamos ao menos 150dançarinos para os navios que vêm paranossas águas.

Dance – A Costa Cruzeiros tem bailarinos emtodos os seus navios, em tempo integral?R. – Exato, mais de uma centena, selecionadosem audições internacionais. Se juntar todos,equivale a uma companhia de dança de grandeporte. É um expressivo e valioso mercado detrabalho. E os jovens, além de trabalhar, têm achance de conhecer o mundo.

Dance – Para encerrar...R - Desejo agradecer a todos, afirmando quecada vez mais estamos convencidos da forçada dança de salão e que temos planos semprecrescentes nesta direção. Dançar é inerenteaos nossos cruzeiros e com muito orgulhoseguiremos oferecendo aquilo que nossos cli-entes tanto gostam – dançar em alto mar.

“A dica é que esta é a melhor hora de reservar sua cabine,pois as condições são ultra vantajosas”.

Temos profissionais dedança de salão brasileiros

trabalhando em todo omundo. Exportamos

talentos locais para oCaribe, Mediterrâneo,

Norte da Europa, China,Emirados Árabes

Foto: Divulgação

6 Janeiro/Fevereiro/2010

Professores do 1º Movida LatinaProfessores do 1º Movida Latina

Theo e MonicaDouglas Mohmari

Fabiana Terra e Patrick OliveiraTito Ortos e Tamara Livolsi

Jayson Molina

Magoo

Renato Veronezi e Carol AgattiRodrigo Delano e Adriana Silveira

Rodrigo Marques e Carol Vilanova

DJ Branca

Fotos: Arquivo Dance e Divulgação

7Janeiro/Fevereiro/2010

ENCARTE ESPECIAL - AN O XVI - Nº 170 - JANEIRO/FEVEREIRO – 2010EDITOR: MILTON SALDANHA

3º Tango& Milonga

Marcelo Chocolate e Sheyla Aquino

8 Janeiro/Fevereiro/2010

O3º Tango & Milonga começou a mudar nesta temporada, no navio CostaMagica, na rota Santos-Buenos Aires,

com escalas no Rio, Montevideo e Porto Belo(SC). Com mais dançarinos, mesmo tendo notango seu carro-chefe, sem perder o nome e aidentidade, a tendência do cruzeiro agora é seaproximar gradualmente do formato do Dançan-do a Bordo, tornando-se uma alternativa inte-ressante para quem deseja fazer um cruzeiro dan-çante com todos os ritmos, mas variando de ro-teiro turístico. O dia e noite em que o naviopermanece em Buenos Aires, por exemplo, ésempre uma atração imperdível, mesmo paraquem não dança tango, porque são muitas asalternativas para passeios e compras na capitalargentina. Para tangueiros, em especial, são maisde cem opções de bailes e espetáculos.

Isso explica a capa deste Encarte do Dan-ce, com os notáveis cariocas Chocolate e SheilaAquino, ícones do mais genuíno samba-showbrasileiro. Fazendo sua estréia em navio, ocasal conquistou o público com suas apresen-tações no magnífico Teatro Urbino e na amplapista do Grand Bar Salento, como tambémnas concorridas aulas de samba gafieira, sam-ba no pé e bolero.

Sob a coordenação artística de Theo eMonica, direção de Francisco Ancona e su-pervisão geral da diretora de cruzeiro BettyFreire, brilharam também intensamente noTango & Milonga a madrinha do cruzeiro,Aurora Lubiz (Arg.), com seu parceiro LucianoBastos; Fernando Galera e Vilma Veja (Arg.);Adrian Veredice e Alejandra Hobert (Arg.);Jomar Mesquita e Juliana Macedo; RachelMesquita; Mora Godoy (Arg.) e sua compa-nhia de dança, com aplaudido espetáculo depalco na travessia do Rio da Prata, de BuenosAires para Montevideo. Além das duas ban-das de bordo, a italiana Fuori Orario Band e abrasileira David Costa Band, e de diversosduos e trios musicais, a excelente qualidademusical dos bailes foi garantida pelos DJs.Mario Orlando (Arg.) e La Luna.

Vale ainda destacar o excelente espetáculo“Latino Variety Show”, no Teatro Urbino, coma participação especial dos protagonistas do3º Tango & Milonga, mais a acrobata Ada e oscantores Keity, Richard Green e Katie Benn.Todos foram intensamente aplaudidos, prin-cipalmente Chocolate e Sheila. Os bailarinosmineiros Jomar Mesquita e Juliana Macedo,da Mimulus, ofereceram os momentos demaior emoção, com uma interpretação suave eromântica de suprema beleza.

Tango & Milonga cresce e oferece mais ritmosTango & Milonga cresce e oferece mais ritmos

Cobertura: Milton Saldanha, RubemMauro Machado e Kriz Knack (fo-tos). Dance é promotor e divulgadoroficial do cruzeiro Tango & Milonga.

A estrela argentina Aurora Lubiz, madrinhado cruzeiro, e seu parceiro brasileiro LucianoBastos, como sempre encantaram o público.

Jomar Mesquita e Juliana Macedo deslum-braram o público em suas apresentações. Aqui,no palco do Teatro Urbino, que reuniu no es-petáculo “Latino Variety Show” todos os pro-fessores do Tango & Milonga.

Fernando Galera e Vilma Veja apresenta-ram tango humorístico, com grande graude dificuldade e muito talento.

Adrian Veredice e Alejandra Hobert, umdos expoentes do atual tango portenho.

Francisco Ancona

Comandante Anelito Montesarchio, já en-trevistado em outras edições do Dance, brin-dou com os repórteres Milton Saldanha eRubem Mauro.

No Atrium (hall central), um dos seis salões com pistas e bailes simultâneos,de diferentes ritmos, revezando música ao vivo e DJs.

Animação foi a tônica de todas as aulas.

9Janeiro/Fevereiro/2010

As equipes personal e de mestres, com o uniforme das atividades diurnas, fornecido pela Capezio.À noite eram identificados pelo terno especial ou black-tie.

A famosa mestra Neuza Abbes, do Rio, umadas maiores tangueiras do Brasil.

Staff de dança e da organização do Tango & Milonga confraterniza em coquetel privado com o comandante Anelito Montesarchio.

Chocolate e Sheila Aquino foram inten-samente aplaudidos no final do espetácu-lo no Teatro Urbino.

A mestra carioca Rachel Mesquita com os DJs Mario Orlando e La Luna.

Uma das animadíssimas aulas no Gran Bar Salento

Theo comAlice Vasques,destaque dotango carioca.

10 Janeiro/Fevereiro/2010

A bailarina argentina Mora Godoy dançou e dirigiu sua Tango Company no exuberante espetáculo “Milonguera”.Foram duas sessões no Teatro Urbino, na noite da travessia do Rio da Prata, de Buenos Aires para Montevideo.

Equipe Capezio, que teve muito visitada loja de dançaa bordo, com Oswaldo, Zulmira e Gisele.

Detalhe de um dos bailes, no Salão Capri.

Arena Jornal Dance: sempre na piscina central, é espaçocativo e de grande destaque em todos os cruzeiros dan-çantes da Costa e agora também da Ibero Cruzeiros.

Sheila Aquino, sempre esbanjando talento eespalhando simpatia. As mulheres, em maioria, assumiram o poder a bordo.

Pique total no aulão de encerramento,com todos os professores.

11Janeiro/Fevereiro/2010

Bianca e Rogerio

DJ Edu

Edson e Cintia

Kelly Reis e Patrick Carvalho

Marcelo e Damyla

Professores do 7º Dançando a BordoProfessores do 7º Dançando a Bordo

FernandoCampani

Cristovão eKatiusca

Theo e Monica (coordenadores) Carlinhos de Jesus

La Luna e Drika Bel Euler

Equipe Personal• Ricardo • Anderson• Cristopher • Thiago• Cesar • Gutto• Danilo • Diego• Valmir • Guilherme• Eduardo • Fabio Correa• Fabio Silva • Raphael• Hugo • Adriano • Vanessa

Fotos: Arquivo Dance e Divulgação

Philip e Fernanda

Fabiana e Patrick

Maxi e Belen

12 Janeiro/Fevereiro/2010

Tio Virgílio era a vergonha da família.“Um boêmio”: Tia Nonoca, a mais vigilante guardiã dos bons costumes, não

só de nossa família como de toda a cidade,enchia a boca ao classificá-lo. Menino, eu nãosabia ao certo o que esse decreto significava,mas via logo que boa coisa não devia ser.

Tio Virgílio gostava de cerveja, de contarpiadas sujas, de namorar, cantar, tocar violão e,o cúmulo, era ainda exímio dançarino, a pontode fazer aulas de dança de salão no Rio, paraonde se mudou tão logo completou a maiorida-de. Lá, comentava-se, não saía das gafieiras:vivia para coisas com as quais um “homem sé-rio”, que “se dá ao respeito”, não perdia tempo.Quem sabe por seu amor à noite, nunca casou enão tinha filhos, outro motivo de críticas. Osmoradores de Cruz das Almas tinham pouca,ou nenhuma, tolerância com quem não pensas-se, ou agisse, como a maioria.

– Onde já se viu um homem de respeito,um arquiteto, ficar se requebrando! – TiaNonoca espumava só de imaginar a cena.

Aposentado, já de cabeça branca, TioVirgílio voltou para a cidade natal, mas semabandonar as serenatas. Sua tentativa de pro-mover um baile no Clube Comercial, nos do-mingos à tarde, fracassou, por falta defrequentadores: o pessoal preferia ficar em casavendo televisão, até mesmo os jovens. Suasiniciativas só não causavam escândalo porquetodos o consideravam um excêntrico, poucomenos do que um louco manso, motivo derisos e piadas. Apesar disso, sua alegria,bonomia e vitalidade o faziam benquisto portodos. Agora, amigo de verdade só mesmoBernardo Pimpão, tido como homem de idéiasavançadas, fosse lá o que isso significasse,companheiro de cervejadas e serestas.

Tio Virgílio, logo percebi, gostava devitaminar a curiosidade dos conterrâneos, nãoconfirmando nem desmentindo as lendas quecorriam a respeito da vida que levara no míticoRio de Janeiro. Garantiam uns que acumularafortuna e levara uma vida de dissipação, vi-vendo como um lorde durante todos aquelesanos. Outros, ao contrário, afirmavam que asuposta riqueza não passava de conversa fia-da e ele não tinha onde cair morto. O fato é queparecia viver sem preocupações, o que para amaioria sinalizava que ele tinha grana guarda-da sim – e conjecturas brotavam sobre umpossível testamento.

No início de 2004 , Tio Virgílio anunciouque participaria do primeiro cruzeiro Dançan-do a Bordo, no navio Costa Tropicale, até aBahia, o que provocou comentários invejososde que nem velho “sossegava o pito”. Alegan-do falta de tempo, ninguém se animou aacompanhá-lo. Depois de uns dias, retornoucheio de fotos em que aparecia sempre muitoalegre, pulando carnaval com um quepe bran-co de marinheiro, abraçado a duas morenas noconvés, comendo acarajé ao lado de uma baianade turbante no Pelourinho ou fazendo aula desamba no pé numa das tardes de navegação. Eperguntava à roda de boquiabertos

ficção

Rubem Mauro Machado

Tio Virgílio quer dançacruzalmenses: “vocês vão começar a gozar a vidaquando? Lembrem-se, ela é curta”.

Parecia premonição. Pouco tempo depoiscomeçou a sentir dores estranhas, foi ao Riopara exames e voltou com a notícia que tinhapouco tempo de vida. Três meses depois estavamorto.

Só com sua perda o lugarejo, onde todos seconheciam e eram meio parentes, percebeu oquanto ele ia fazer falta. E com a abertura de seutestamento veio a bomba-relógio, a sua últimapiada, ou na opinião de outros, a sua revanchetardia: não tendo herdeiros di-retos, deixava todos os seusbens ao casal de dançarinos dacidade que vencesse um Con-curso Moreira de Dança deSalão, assim batizado em ho-menagem ao seu nome de fa-mília, a ser realizado no prazode um ano, nas modalidadesbolero, soltinho, forró e sam-ba. O amigo Bernardo ficavaencarregado da execução, con-forme instruções deixadas emenvelopes numerados, que de-veriam ser abertos em dataspré-estabelecidas.

Instalou-se o alvoroço.Que brincadeira era aquela?Ninguém dançava no lugar,ninguém tinha o hábito de fre-quentar bailes, por que exigên-cia tão absurda? As pessoasxingavam o “velho filho daputa”; mas a possibilidade dese apossarem de bens valio-sos, que incluiriam, segundorumores, um apartamento nafamosa praia de Copacabana,virou a cabeça de todo mundo.Por dinheiro as pessoas topamtudo, até serem encarceradas voluntariamente,durante meses, em realities-shows da TV. Quan-do Bernardo anunciou a abertura das inscrições,não houve quem não se candidatasse ao prêmio,de duplas de adolescentes a casais de cabeçabranca. Com dinheiro deixado por Tio Virgíliopara esse fim, Bernardo trouxe do Rio dois ca-sais de professores de dança, que se instalaramno único hotelzinho do lugar.

As aulas começaram, em diferentes horári-os e locais, no clube, nas escolas, em galpões,onde houvesse espaço disponível. Começavamno meio da tarde e se estendiam até meia-noite.As turmas eram numerosas e dedicadas, nin-guém faltava temendo ficar para trás. Logo al-guns se destacaram, mas os menos talentososcompensavam a desvantagem praticando em to-dos os momentos livres. Até a austera TiaNonoca era vista agora dando os primeiros pas-sos no samba ou sacudindo o esqueleto ao somde Corazón Espinado, ao lado do maridoClaudionor. A rotina do lugarejo ficou de pernaspro ar. Quase ninguém via mais televisão, asrodas de buraco e pif-paf acabaram, só se discu-tiam passos: ésse, cruzado, trocadilho, facão,

pião, e por aí vai. Em semanas, dançar viroufebre. Para melhorarem a prática, com o incen-tivo dos professores, passaram a ser realiza-dos bailes no Clube Comercial, nas noites desexta, sábado e domingo, ao som do conjuntoOs Bacanas, importado da vizinha cidade dePedra Alta. E o mais incrível, aquela gente, quenão entendia como alguém pode perder tempocom uma futilidade chamada dança, foi toman-do gosto pela coisa: o que no começo era moti-vo de raiva e xingamento agora virava prazer.As pessoas se tornaram mais abertas e amá-

veis, mais falantes, comen-tavam os progressos umasdas outras, faziam desafios,meio a sério meio de brinca-deira, adquiriram um humornovo e, por que não, umanova visão de vida. O exer-cício e a preocupação com apostura deixaram todosmais elegantes e vaidosos,com um aumento na auto-estima. Em breve começoua se espalhar na região queem Cruz das Almas não ha-via quem não dançasse bem,o jornal Dance fez uma edi-ção especial sobre o fenô-meno de uma cidade inteiraque dançava, vinha gente delocalidades vizinhas assistiràs aulas e bailes. Em feve-reiro, uma turma animada enumerosa participou pelaprimeira vez do cruzeiroDançando a Bordo. Oscruzalmenses estavam ago-ra orgulhosos de sua novacondição.

Ao fim de um ano, emclima de Copa do Mundo,

começaram as ansiadas eliminatórias, que seestenderam por uma semana, seguindo as ins-truções deixadas. Tinha muita gente boa e ocorpo de sete jurados, contratados pela Prefei-tura e vindos do Rio e de São Paulo para quehouvesse completa imparcialidade, teve muitador de cabeça para selecionar os melhores ca-sais, em baterias que se estendiam por toda atarde e até a meia-noite.

A final realizou-se num grande baile, em queOs Bacanas se apresentaram em traje de gala ecom repertório novo. De acordo com as deter-minações do último envelope, trinta casaisfinalistas disputaram o Troféu Virgílio Moreira,divididos em três grupos. Tia Nonoca não seclassificou para a finalíssima, mas, quem te viuquem te vê, fez o salão vir abaixo ao executaruma “cadeirinha” com Seu Claudionor duranteo samba rasgado “Vou deitar e rolar”. À meia-noite em ponto, em meio a grande nervosismo,depois de uma competição de samba entre ostrês casais sobreviventes, ao som de “Pelas ta-belas”, samba de Chico Buarque, foram procla-mados os vencedores: Francisco Machado, donodo posto de gasolina, e sua mulher Antônia, pro-

fessora. Como em todo concurso de dança, sur-giram alguns protestos e gritos de“marmelada”;mas a maioria acatou a decisão.Salva de palmas acalmou de vez os ânimos, quan-do o par vencedor dançou, sorridente e belamen-te, “Anos dourados”, após receber o troféu dasmãos do Prefeito. E então o esperado momento:Bernardo pegou no último envelope a pequenachave e abriu a caixa metálica que, depositadasobre uma mesinha, atraíra as atenções durantetodo o baile: ela continha a fortuna prometida.Uns diziam que guardava barras de ouro; outros,títulos do Tesouro; terceiros garantiam que aliestavam certidões de imóveis. Bernardo a abriucom cuidado e pareceu surpreso: durante ummomento olhou seu interior, perplexo, em meioa um silêncio de catedral. O que estava aconte-cendo? Ele franziu as sobrancelhas, cochichoucom o Prefeito, virou-se para falar com a mu-lher, enquanto o publico se perguntava: o queestá acontecendo? Por fim, disse ao microfone,com desalento:

– Aqui dentro só tem um bilhete com aletra do Virgílio e um par de sapatos.

As pessoas se entreolharam, sem entendernada. Bernardo Pimpão tirou da caixa um par desapatos de verniz e o bilhete. Leu em voz alta:“Como prometido, deixo meus bens ao casalvencedor: este par de sapatos de dança. O pou-co dinheiro da poupança que sobrou de meutratamento médico, gastei na organização desteconcurso. Fora isso, espero ter legado um exem-plo de vida, fruída com honestidade e alegria.Peço perdão se não posso lhes ofertar mais nada.”

Após um momento de perplexidade, co-meçou um zumzum, seguido de gritos de pro-testo contra Tio Virgílio: “velho safado”, “men-tiroso”, “enganador”, “vigarista”. Franciscogritou “ele fez de bobos a todos nós” e Antôniaatirou o troféu no chão. A zoada foi num cres-cendo, até que Tia Nonoca abaixou-se, pegou ataça, apoderou-se do microfone e aos gritosacabou por conseguir silêncio:

– Cruzalmenses, um momento – disse –Parem um momento e reflitam. Virgílio não nosenganou. Eu agora entendo o legado que elequis nos deixar. Antes o que éramos? Pessoasque se aborreciam nos fins de semana. Ele noslevou por meio de um ardil à alegria da dança –e isso vale mais que qualquer dinheiro. Nossacidade agora é uma festa permanente e todosnós mudamos, somos outras pessoas. Eu quetanto o criticava, hoje me sinto uma pessoamais livre e melhor. E graças a quem? A ele. Porisso, eu digo: viva Tio Virgílio!

Houve um breve silêncio e logo começarama se ouvir frases de apoio, “ela tem razão”, “éisso mesmo”. E logo o salão inteiro gritou: “vivaTio Virgílio!” E o grande baile prosseguiu a todovapor, com uma exaltação nova, até o amanhe-cer.

Ilustração: Pedro de Carvalho Machado

13Janeiro/Fevereiro/2010

Em lançamento especial e exclusivo, natarde de autógrafos (17:30 de 11/fev,quinta), neste 7º Dançando a Bordo,

os hóspedes do Costa Concordia receberãocomo brinde o livro “Maria Antonietta, a Damada Gafieira”, do jornalista e escritor MiltonSaldanha. Terá as participações especiais docomandante Michele De Gregorio e do diretorde cruzeiro Naim Ayub.

Com quase cem páginas, o livro, que levao selo do patrocinador Costa Cruzeiros nacapa, pela Phorte Editora, de São Paulo, é umacoletânea de depoimentos sobre a grande mes-tra dos salões cariocas, que morreu aos 82 anos,na manhã de 7 de abril de 2009.

O autor entrevistou grandes personalida-des do mundo da dança de salão e familiares deAntonietta. Depois fez o texto final como sefossem crônicas escritas por cada um deles. Par-ticipam Jaime Arôxa, Carlinhos de Jesus, RachelMesquita, João Piccoli, Marco AntonioRondon, Rita de Cássia Rondon, Luiz HenriqueRondon, Christina Paz, Milton Saldanha, Ru-bem Mauro Machado e Francisco Ancona, esteúltimo autor também do Prefácio.

Um dos destaques da obra é a explosiva en-trevista, na íntegra, que Maria Antonietta conce-deu ao jornal Dance em maio de 1997. A mesmafoto da capa daquela edição do jornal, feita nosArcos da Lapa, no Rio, onde a mestra viveu quasetoda sua vida, ilustra também a capa do livro.

lançamento exclusivo

“Maria Antonietta, a Dama da Gafieira”A obra é dedicada ao comandante Michele

de Gregorio e ao diretor de cruzeiro Naim JoséAyub, ambos grandes apoiadores e amigos dosdançarinos de salão. Há também uma mensa-gem do diretor-geral da Costa Cruzeiros noBrasil, Renê Hermann.

Este é o segundo livro de Milton Saldanhasobre grande personagem da dança de salão bra-sileira. O primeiro, também patrocinado pelaCosta Cruzeiros, pela Editora Senac Rio, foi “As3 Vidas de Jaime Arôxa”, lançado no 4º Dançan-do a Bordo, no navio Costa Fortuna, em 2007.

A mestraMaria Antonietta (1927-2009) foi uma das

pessoas mais populares e influentes na dançade salão carioca. Começou a trabalhar com dançaainda muito jovem, quando só existia uma es-cola do gênero no Rio, a do mestre Morais. Foia primeira mulher na cidade a exercer essa pro-fissão. Isso despertou a curiosidade da mídia,virou assunto, e logo Maria Antonietta se tor-nou muito conhecida. Mas isso é apenas umdetalhe feliz da sua história. Maior e mais im-portante que a fama foi sua maneira de dançare ensinar, introduzindo nos salões das gafieiraso conceito de elegância e postura, a dança comtécnica e refinamento.

O livro, que não é uma biografia, traça umperfil sob vários enfoques da Dama da Gafieira,que encantou várias gerações.

Theo e Monica respondemResponder perguntas, a bordo ou em ter

ra, já faz parte da rotina diária de Theo eMonica, o casal responsável pelo planejamen-to, seleção de pessoal e direção artística doscruzeiros Tango & Milonga, Dançando a Bor-do e Movida Latina. Eles fazem isso semprecom especial prazer.

“Onde fica o banheiro?”, a bordo, é aindagação mais freqüente. Esta resposta nãoincluímos aqui porque precisaria da ajuda domapa do navio, que não cabe na página. Maspara estreantes avisamos: não se espantem,todas as cabines têm banheiros. A perguntase refere aos dos corredores. Brincadeiras àparte, ouçamos algumas preciosas dicas donosso casal-líder:

Tenho vontade de fazer o cruzeiroTango & Milonga, mas não danço tango. Étango o dia inteiro? Alexandre Rodrigues -São Paulo.

Theo & Monica - Não. O cruzeiro Tango& Milonga, antes de tudo, é dançante. Foi ba-tizado com o nome destes dois ritmos devidoao seu roteiro turístico que é Buenos Aires. Abordo, a programação conta com aulas de to-dos os ritmos de danças de salão: samba,bolero, salsa, soltinho, forro e outros. Paracriar a atmosfera, já que estamos indo paraBuenos Aires, o tango recebe programaçãoextra de aulas de diferentes estilos, ministra-das por grandes professores argentinos. E hámilongas (bailes de tango) todas as noites, emsalão específico, e show especial no teatro.

Na edição deste ano, porexemplo, tivemos noites deforró, samba e baile de dan-ças de salão no salão princi-pal, todas as noites, com oDj La Luna. Foi um suces-so!

Fui no Dançando abordo e tem várias esta-ções de dança. Isso tam-bém acontece no Tango &Milonga? André Macha-do- Santo André.

Theo & Monica - Nestaúltima edição, o Tango &Milonga teve quatro bailessimultâneos: Uma estaçãodedicada ao tango, uma es-tação com um baile temático por noite, dividi-dos por ritmos (noite do rock, do forro, ritmoslatinos), e dois salões para as danças de salão.Fora outros ambientes com música ao vivo, comoos bares, onde há pistas e algumas pessoas sem-pre aproveitam para dançar, além da boate, paraa turma bem jovem, que faz parte da vida nor-mal do navio. A bordo, durante nossos cruzei-ros dançantes, há oportunidades para todos osgostos e idades.

Sou amante da dança, mas ainda nãosei dançar. As aulas do cruzeiro são avança-das ou tem para iniciantes também? Clau-dia Rosseto - São Paulo.

Theo & Monica - Tanto no Dançando aBordo, quanto no Tango & Milonga, não clas-

sificamos níveis deaprendizado nas aulas.Nosso maior objetivo é adiversão. É enxergar adança sob a ótica social eoportunidade de convi-ver com professores re-conhecidos internacional-mente, de grande respei-to no universo da dança.Promover a grande festada dança de salão brasi-leira, se desprendendodas características de umcongresso, que envolvepreocupações com técni-ca, peso, parceiro, filmarsequências... Nosso foco

são as férias dos hóspedes, procurando agre-gar os valores da dança em sua vida. A equipede professores executa de forma brilhante umaaula proveitosa para todos sem perder o sor-riso.

Eu já conheço Buenos Aires. Quando onavio está parado há aulas de dança? Patri-cia Menduni- São Paulo.

Theo & Monica - Sim. As atividades do na-vio não param. A programação conta com práti-cas e aulas de dança, tanto em navegação quantonos portos.

Estive presente em várias edições doDançando a bordo e o navio faz sempre omesmo roteiro. Não tem como mudar? YedaHenriques- São Paulo.

Theo & Monica - Este foi um dos motivospara o surgimento de outros projetos dançan-tes. Para quem deseja mudar o roteiro, tem aopção de embarcar no Tango & Milonga, rumoa Buenos Aires, e na volta escalas em Punta delEste (Uruguai) e Porto Belo (SC). Eventual-mente, como aconteceu neste ano, devido àscondições meteorológicas, a escala pode mu-dar para Montevideo. São oferecidos dois diase uma noite na cidade do tango. Para quem vaipela primeira vez dá para fazer um city tourcompleto e ainda sobre tempo para compras.Os tangueiros sempre descem e vão para asmilongas ou casas de shows. Alguns chegam avisitar três ou quatro bailes numa única noite.São interessantes, com peculiaridades da cul-tura local, como o famoso “cabeceio”, que naverdade é uma troca de olhares que significa odesejo de dançar com aquela pessoa, abrindochances para o convite. Há também nosso maisnovo projeto, o Movida Latina, da Ibero Cru-zeiros, pertencente ao grupo Costa. Neste ano,com destino a Salvador, haverá uma noite emBuzios, um local muito charmoso e internacio-nalmente famoso. Tanto no Tango & Milonga,como no Movida Latina, apesar de terem rit-mos específicos como carro chefe, não deixa-mos de oferecer aulas de todos os ritmos, bai-les de danças de salão e noites temáticas comoForró, Carnaval e outras. As festas são nossalões internos e também nas piscinas, que setransformam na Arena Jornal Dance.

As perguntas acima foram compiladas dosite www.theoemonica.com.br.

14 Janeiro/Fevereiro/2010

Programação GeralProgramação Geral

Santos - 07 fev. - saída 18h Navegação - 09 fev. (continuação)16:45 Venha conhecer os protagonistas

do 7 Dancando a bordo Teatro Atene

Rio - 08 fev. - 8h às 17h9h Despertar do Corpo Grand Bar Berlino Renata Duarte10h Gafieira Grand Bar Berlino Patrick e Kelly10h CountryCcasal Salão Londra Bel e Euler10h Yoga Sala Praga Gisele Jacob11h Salsa Grand Bar Berlino Bianca e Rogério11h Zouk Salão Londra Philip e Fernanda11h Pilates Sala Praga Renata Duarte11:30 Forró Piscina central Theo & Monica15h Yoga Sala Praga Gisele Jacob15h Milonga Salão Londra Maxi e Belen15h Samba-rock Grand Bar Berlino Edson e Cintia16h Bolero Grand Bar Berlino Cristovão e Katiusca16h Soltinho Salão Londra Marcelo e Damyla16h Alongamento Consciente Sala Praga Renata Duarte17:30 Festa de Abertura Piscina central Dj La Luna18h Aula de Abertura Piscina central Todos os professores18:30 às 20h Especial Sambas Atrium Europa22:30 às 1:30 Estação Brasil Salão Londra21:30 às 1:30 Estação Tango Salão Viena23h às 2h Estação Country & Sertanejo Bar Spot Stocolmo23h às 3h Estação Latina Disco Lisbona0h Noite do Forró Grand Bar Berlino0h às 2h Estação Anos Dourados Atrium Europa1h às 5h Estação Danças de Salão Grand Bar Berlino

Navegação - 09 fev.9h Despertar do Corpo Grand Bar Berlino Renata Duarte9h Tango - Adornos Salão Londra Max e Belen10h Lady’s e Man’s Style - salsa Grand Bar Berlino Fabiana e Patrick10h Gafieira Teatro Atene Patrick e Kelly10h Samba-rock Salão Londra Edson e Cintia10h Yoga Sala Praga Gisele Jacob10:15 Aerocowboy Piscina central Bel e Euler10:30 Zouk para Mulheres Disco Lisbona Philip e Fernanda11h West Coast Swing Grand Bar Berlino Bianca e Rogério11h Forró Teatro Atene Marcelo e Damyla11h Especial Danças Gaúchas Salão Londra Fernando Campani11h Pilates Sala Praga Renata Duarte11:15 Ritmos Latinos Piscina central Theo & Monica11:30 Salsa Disco Lisbona Fabiana e Patrick14h Bate papo: Dancas européias

A influencia do cinema Salão Londra Cristovão Christianis15h Tango Teatro Atene Maxi e Belen15h Zouk Grand Bar Berlino Philip e Fernanda15h Sertanejo Universitário Disco Lisbona Bel e Euler15h Yoga Sala Praga Gisele Jacob16h Samba-rock Grand Bar Berlino Edson e Cintia16h Valsa Teatro Atene Cristovão e Katiusca16h West Coast Swing Disco Lisbona Bianca e Rogério16h Alongamento Consciente Sala Praga Renata Duarte16h às 17:30 Prática de Tango Salao Viena

16h às 17:30 Tarde Dançante Salão Londra17h Gafieira Disco Lisbona Patrick e Kelly17:15 Forró Piscina central Marcelo e Damyla18:45 (1 turno) e21.15 (2 turno) Coquetel de Gala do Comandante Teatro Atene18:30 às 20h Especial Tangos & Boleros Atrium Europa22.30 (1 turno) e23:45 (2 turno) Carlinhos de Jesus apresenta: “Viagem” Teatro Atene21:30 às 1:30 Estação Brasil Salão Londra21:30 às 1:30 Estação Tango Salão Viena23h às 2h Estação Country & Sertanejo Bar Spot Stocolmo23h às 3h Estação Latina Disco Lisbona00:30 Revival Party Anos 60 70 80 Grand Bar Berlino0h às 2h Estação Anos Dourados Atrium Europa1h às 5h Estação Danças de Salão Grand Bar Berlino

Salvador - 10 fev. - 8h às 17h9h Despertar do Corpo Grand Bar Berlino Renata Duarte10h Salsa Grand Bar Berlino Fabiana e Patrick10h Country Casal Salão Londra Bel e Euler10h Milonga Disco Lisbona Max e Belen10h Yoga Sala Praga Gisele Jacob11h Zouk- Boneca e Caimbres Grand Bar Berlino Philip e Fernanda11h West Coast Swing Salão Londra Bianca e Rogério11h Samba no Pé Disco Lisbona Patrick e Kelly11h Pilates Sala Praga Renata Duarte15h Tango Grand Bar Berlino Max e Belen15h Samba-rock Salão Londra Edson e Cintia15h Zouk Disco Lisbona Philip e Fernanda15h Yoga Sala Praga Gisele Jacob16h Salsa em Roda Grand Bar Berlino Edson e Cintia16h Tango Salão Londra Cristovão e Katiusca16h Country Line Disco Lisbona Bel e Euler16h Salsa Teatro Atene Bianca e Rogério16h Alongamento Consciente Sala Praga Renata Duarte17h Valsa Grand Bar Berlino Cristovão e Katiusca17h Gafieira Salão Londra Patrick e Kelly17h Forró Disco Lisbona Marcelo e Damyla17:15 Merengue Piscina central Theo & Monica18:30 às 20h Forró do Lampião e Maria Bonita Atrium Europa21:30 às 1:30 Estação Brasil Salão Londra21:30 às 1:30 Estação Tango Salão Viena23h às 2h Estação Country & Sertanejo Bar Spot Stocolmo23h à 1h Estação Latina Disco Lisbona0h Festa Baiana Piscina central0h às 2h Estação Anos Dourados Atrium Europa1h às 5h Estação Danças de salão Grand Bar Berlino2h Luau Latino Piscina central

Navegação - 11 fev.9h Despertar do Corpo Grand Bar Berlino Renata Duarte9h Shines Salão Londra Bianca e Rogério10h Bolero Grand Bar Berlino Edson e Cintia10h Salsa Teatro Atene Fabiana e Patrick10h Soltinho Salão Londra Marcelo e Damyla

15Janeiro/Fevereiro/2010

Programação GeralProgramação GeralNavegação - 11 fev. (continuação) Navegação - 11 fev. (continuação)

10h Yoga Sala Praga Gisele Jacob10:15 Zouk Piscina central Philip e Fernanda10:30 Contato e Improviso Disco Lisbona La Luna e Drika11h Tango Grand Bar Berlino Max e Belen11h Gafieira Teatro Atene Patrick e Kelly11h Especial Danças Gaúchas Salão Londra Fernando Campani11h Pilates Sala Praga Renata Duarte11:15 Merengue Piscina central Theo & Monica11:30 Forró Disco Lisbona Marcelo e Damyla14h Bate papo: Curiosidades sobre

os ritmos de danças de salão Salão Londra Espaço Sampa Dança15h Country Line Grand Bar Berlino Bel e Euler15h Mulheres em Foco Teatro Atene Cristovão e Katiusca15h Samba no Pé Disco Lisbona Patrick e Kelly15h West Coast Swing SalãoLondra Bianca e Rogério15h Yoga Sala Praga Gisele Jacob16h Homenagem a Maria AntonietaTeatro Atene16h Salsa Disco Lisbona Fabiana e Patrick16h Alongamento Consciente Sala Praga Renata Duarte17h Bolero Atrium Europa Cristovão e Katiusca17h Sertanejo Universitário Disco Lisbona Bel e Euler17:15 Samba-rock Piscina central Edson e Cintia17:30 Tarde de Autógrafos:Livro “Maria Antonieta, a Dama da Gafieira” Salão Viena17:30 às 18:30 Tarde dançante Salão Londra18:30 às 20h Especial Rock/ Soltinho Atrium Europa20:30 (2 turno) e22:30 (1 turno) Variety Show Teatro Atene21:30 às 1:30 Estação Brasil Salão Londra21:30 às 1:30 Estação Tango Salão Viena23h às 2h Estação Country & Sertanejo Bar Spot Stocolmo23h às 3h Estação Latina Disco Lisbona

0h às 2h Estação Anos Dourados Atrium Europa1h às 5h Estação Danças de Salão Grand Bar Berlino

Ilha Bela - 12 fev. - 16h às 23:459h Despertar do Corpo Grand Bar Berlino Renata Duarte9h Tango - Adornos Salão Londra Max e Belen10h Forró Grand Bar Berlino Marcelo e Damyla10h Bolero Salão Londra Edson e Cintia10h Zouk Teatro Atene Philip e Fernanda10h Yoga Sala Praga Gisele Jacob10:30 Shines Disco Lisbona Fabiana e Patrick11h Pilates Sala Praga Renata Duarte11:30 Dançando, a Festa! Piscina central Todos os professores15h Salsa Grand Bar Berlino Bianca e Rogério15h Soltinho Salao Londra Marcelo e Damyla15h Tango Disco Lisbona Max e Belen15h Yoga Sala Praga Gisele Jacob16h Gafieira Grand Bar Berlino Patrick e Kelly16h Samba-rock Salão Londra Edson e Cintia16h Zouk para Mulheres Disco Lisbona Philip e Fernanda16h Alongamento Consciente Sala Praga Renata Duarte17h Bolero Grand Bar Berlino Cristovão e Katiusca17h Contato e Improviso Salão Londra La Luna e Drika17:15 Aerocowboy Piscina central Bel e Euler18:30 às 20h Ritmos Latinos Atrium Europa21:30 às 1:30 Estação Brasil Salão Londra21:30 às 1:30 Estação Tango Salão Viena23h às 2h Estação Country & Sertanejo Bar Spot Stocolmo23h às 3h Estação Latina Disco Lisbona0h Carnaval Gran Bar Berlino0h às 2h Estação Anos Dourados Atrium Europa1h às 5h Estação Dancas de Salão Grand Bar Berlino

Com montagem especial estreando no 7ºDançando a Bordo, a Cia de Dança

Carlinhos de Jesus apresentará, em duas ses-sões, o espetáculo “Viagem”, no Teatro Atene,do Costa Concordia (ver programação). Omestre leva para o palco danças característi-cas de alguns países que visitou durante suacarreira e onde se apresentou. O roteiro incluiEstados Unidos, Argentina e Cuba. Recursosaudiovisuais ajudam a conduzir o público em“Viagem”, para entrar no clima de cada país.Em certo momento ele convida pessoas daplatéia para bailar junto com ele. Há tambémparticipação da atriz Marília Pêra, em off, in-terpretando uma divertida aeromoça. O elen-co é formado por Carlinhos de Jesus, AlexSilva, Amanda Mendes, Carol Vila Nova, Na-tália Pinheiro, Rachel Rozemberg, RodrigoMarques, Sandro Emmanuel, ThiagoFortunato e Vanessa Nascimento. As coreo-grafias são de Carlinhos (direção geral),Marcello Moragas, Rodrigo Marques e MárcioCarrero. Diretor de ensaios: Rodrigo Marques.Camareira: Andreia Figueredo. Técnico de som:Daniel Ragi Eis. Iluminação: Welligton Costa.

O imponente Teatro Atene

Foto: Studio Ruda

Carlinhos de Jesus apresenta “Viagem” no Teatro Atene

16 Janeiro/Fevereiro/2010