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1º TRIMESTRE • 2015 • Nº 310 Reflexões sobre o significado do Reino de Deus REINO TEU É O COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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1º TRIMESTRE • 2015 • Nº 310

Reflexões sobre o significado do Reino de Deus

REINOTEU É O

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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2 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

1. Reino de Deus em números“Terminologia. ‘O reino de Deus’ ocorre quatro vezes em Mateus

(12.28; 19.24; 21.31; 21.43), quatorze vezes em Marcos, trinta e duas vezes em Lucas, duas vezes em João (3.3, 5), seis vezes em Atos, oito vezes em Paulo, uma vez em Apocalipse (12.10). ‘o reino dos céus’ ocorre trinta e três vezes em Mateus, uma vez numa variante de Jo 3.5, uma vez na obra apócrifa o Evangelho dos Hebreus. (ELWEll, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã.” Tradução: Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 2009, p.262).

2. Reino de Deus em números 2“‘Reino’ ocorre nove vezes (e.g., Mt 25.34; Lc 12.32; 22.29; 1 Co 15.24;

Ap 1.9); também ‘Teu reino’ (Mt 6.10; Lc 11.10); ‘Seu reino’ (Mt 6.33; Lc 12.31; 1 Ts 2.12); ‘o reino do Pai’ (Mt 13.43; 26.29); ‘o evangelho do reino’ (Mt Mt 4.23; 9.35; 24.14); ‘a palavra do reino’ (Mt 13.19); ‘os filhos do reino’ (Mt 8.12; 13.38); ‘o reino de nosso pai Davi’ (Mc 11.10). Duas vezes ‘reino’ é usado em relação aos redimidos (Ap 1.6; 5.9). (Ibden.).

3. O Reino de Deus em duas fases:“A Palavra do Senhor diz que o Reino de Deus é uma realidade espi-

ritual presente. ‘Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo’ (Rm 14.17). O Reino é, ao mesmo tempo, a herança que Deus concederá a seu povo quando Cristo vier em glória.” (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bíblicos sobre o reino de Deus. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2008, p.17).

13 DE JANEIRO DE 2015

O já e o ainda não

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4. Afirmando o Reino de Deus:“C remos que Deus é o Criador de tudo e de todos, e sobre tudo e

todos exerce a sua Soberania, o seu Senhorio, a sua Providência, o seu Reino. Há várias dimensões desse Reino:

Há uma Dimensão Cósmica: Deus sustenta e rege o universo por Ele criado, com suas inumeráveis galáxias, planetas e satélites, inclusive essa terra, que é o nosso lar. Esse cosmos não surgiu do acaso, nem se mantém pelo acaso, mas sobre ele o seu Criador reina;

Há uma Dimensão Histórica. Entre o reinado perfeito no Éden e o reinado perfeito na Nova Jerusalém, Deus dirige os destinos dos povos, mesmo tendo que lidar com as realidades provisórias de satanás e do pecado. A História parece não ter lógica, parece estar à deriva, mas ela vai se tornando um cemitério de impérios e um museu de tiranos, com Deus abatendo os exaltados exaltando os abatidos. No meio da História não está apenas a Graça Comum e a Providência, mas a presença das Alianças com Israel e com a Igreja, por meio das quais vai operando a restauração de todas as coisas;

Há uma Dimensão Eclesiástica: Após o Pentecostes, Deus reina, de modo particular, sobre a sua Igreja, Povo da Nova Aliança, presença, ensaio e vanguarda do seu Reino, sobre ela recaindo bênçãos e discipli-nas, em razão da sua obediência ou desobediência, mas o Espírito Santo derramado potencializa mais do Reino;

Há uma Dimensão Individual: os salvos saem do reino das trevas para o reino da luz, do príncipe desse mundo para o Rei dos reis, Jesus. O processo necessário, inevitável e contínuo de santificação nada mais é do que a Soberania do Rei sobre as vidas, que passam a se pautar pelas Leis do Reino, e a fazer uma diferença como sal e luz;

Há uma Dimensão Ética. O reino de Deus não somente é uma afirma-ção e prática de valores, no lugar de antivalores, ao nível do indivíduo e sua microrrelações (família, vizinhança, trabalho, lazer), mas nas macror-relações e macroinstituições. Os cidadãos da Cidade de Deus impactam a Cidade dos Homens, confrontando os antivalores, chamando a um arrependimento e mudança, e afirmando valores, mesmo que pague um preço por isso. O Reino de Deus é Justiça e Paz, nos ensina o profeta.

Quanto da falta de paz e da falta de justiça, nesse mundo e em nosso país, não devem ser debitados à falta de visão e obediência dos cristãos, na falta de exercício de uma cidadania responsável, como parte essen-

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4 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

cial da sua missão histórica? O Reino de Deus não equivale a nenhum regime político, país, ideologia ou modo de produção, mas se deve combater os sinais do antireino em todos eles, confrontando-os com os valores do Reino a serem promovidos.

Vivemos a consolação da realidade de que o Reino já veio e está no meio de nós. Vivemos a esperança escatológica da plenitude do Reino, e vivemos o presente da oração: ‘venha o Teu Reino’, sobre nossas vidas e por meio das nossas vidas, para que a vontade d’Ele seja feita, ‘assim na terra como no céu’.”.

(CAVALCANTI, Robinson. Afirmando o Reino de Deus. Disponível em: http://www.dar.org.br/episcopal/3854-afirmando-o-reino-de-deus-bis-po-robinson-cavalcanti.html > acessado: 02/12/2014.)

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210 DE JANEIRO DE 2015

Deus semprefoi Rei

1. Teocracia primitiva:“DEUS GOVERNA, DE MODO ABSOLUTO, O UNIVERSO. Antes da queda,

a terra era, de modo particular, uma teocracia: era Deus quem governava. A sua vontade se fazia ‘na terra como no céu’. Ao homem, representado por Adão, Ele havia delegado atribuições específicas para representa-lo, como mordomo, administrador. O governo do homem sobre a terra (Gn 1.28) não se contradizia com o governo de Deus, porque a mente do homem estava em sintonia com a do seu criador.” (CAVALCANTI, Robinson. Cristianismo e política: teoria bíblica e prática histórica. Viçosa: Ultimato, 2002, p. 21).

2. Golpe de Estado:“A queda do homem transtorna toda a terra, abandonando-se a ordem

da criação. Conhecemos o crime (Gn 6). A um povo não arrependido, Deus envia o dilúvio purificador (Gn7). À aliança com Adão, sucede-se uma alian-ça com Noé, reiterando-se a promessa de Deus não abandonar o gênero humano, nem destruí-lo (Gn 9). Começa tudo outra vez. Mas não sendo a natureza humana modificada, cedo a corrupção volta a manifestar-se.” (Ibden, pp.21-22).

3. Reino eterno:“(...) o Antigo Testamento não menciona o ‘reino dos céus’. Igualmen-

te, ‘reino de Deus’ nem de longe é uma expressão padrão no Antigo Tes-tamento, como é no Novo. Existem apenas poucas passagens que contêm o equivalente de basileia no sentido de realeza ou do domínio real de Deus. De fato, com frequência, Yahweh é indicado pessoalmente como rei, especialmente nos salmos e nos profetas, e o Senhor é chamado de rei. Essa aplicação do conceito de rei para Yahweh é encontrada também nas partes mais antigas do Antigo Testamento (...)”. (RIDDERBOS, Her-man. A vinda do reino. Tradução: Augustus Nicodemus Lopes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 26).

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6 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

4. Reino eterno:O reino de Deus no Antigo Testamento: O conceito do reinado ou

senhorio de Deus era familiar aos ouvintes de Jesus, estando presente no Antigo Testamento. Desde o início, Deus deixou claro que ele era o verdadeiro rei de Israel. Quando o povo pediu um rei humano, o Se-nhor manifestou o seu desagrado (1 Sm 8.5-7). A idéia de Deus como rei está presente em todas as Escrituras Hebraicas (Dt 33.5; Jz 8.23; Is 43.15; 52.7), em especial nos Salmos (10.16; 22.28; 24.7-10; 47.2,7-8; 93.1; 97.1; 99.1,4; 103.19; 145.11-13). Algumas passagens identificam o reino de Deus com o reino de Davi (1 Cr 17.14; 28.5; 29.11; Jr 23.5; 33.17). Esse reino será eterno e só alcançará a sua consumação em um tempo futuro, assumindo feições escatológicas (Dn 2.44). (...)

(Alderi Souza de, MATOS. A igreja como agente do reino de Deus. Disponível em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 03/12/14.)

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17 DE JANEIRO DE 2015

3 O reinojá chegou

1. O Reino de Jesus:“O reino pertence ao Rei Jesus e é governado por ele. É o reino do

Filho amado de Deus (Cl 1.13). Jesus se referiu a ele como ‘meu reino’ (Lc 22.30; Jo 18.36; cf. Mt 20.21; Lc 23.42). O reino de Deus é um reino me-diado, governado por aquele único ‘Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1 Tm 2.5).” (DEYOUNG, Kevin. Qual é a missão da Igreja?. Tradução: Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos: Fiel, 2012, p.160).

2. O Reino venceu satanás 1:“Jesus ensinava que o reino, que virá em glória no fim dos tempos, já

entrou na história por meio de Sua própria Pessoa e missão. O domínio redentor de Deus agora invadiu o império de Satanás para libertar os ho-mens do poder do mal. Pelo exorcismo dos demônios, Jesus assegurava a presença e o poder do reino (Mt 12.28).” (ELWEll, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Tradução: Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 2009, p.264).

3. O Reino venceu satanás 2:“Embora a destruição de Satanás ainda aguarde a vinda do Filho do

homem em glória (Mt 25.41; Ap 20.10), Jesus já derrotou Satanás. O homem valente (Satanás) é amarrado pelo homem mais forte (Cristo) e as pessoas agora poderão experimentar uma nova libertação do mal (Mt 12.29). A missão dos discípulos, expulsando demônios no nome e no po-der de Cristo, significava o fim do poder de Satanás. Dessa maneira, Jesus podia dizer que o reino de Deus estava presente no meio dos homens (Lc 17.21).” (Ibidem).

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8 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

4. Significado para hoje do Reino de DeusNo seu sentido amplo, o reino é um símbolo da vontade de Deus

que pode ser realizada em situações particulares através da obediên-cia humilde, mas que nunca é plenamente concretizada dentro das fronteiras da história por causa das limitações humanas. O reino fala de uma tensão: como Cristo já veio ao mundo, morreu e ressuscitou, há uma dimensão presente do reino. Como Cristo ainda não voltou para pôr fim à realidade presente e instaurar os novos céus e terra, o reino é também futuro.

Assim sendo, o reino está presente em parte, mas a sua manifestação final permanece uma esperança para o futuro. O cristão sabe que o reino veio num novo sentido em Cristo, que ele pode vir na sua própria vida, mas que ainda não veio plenamente. Desse modo, ele vive no mundo presente como um cidadão obediente desse reino, ao mesmo tempo em que ora com esperança confiante: “Venha o teu reino”.

Porque o reino é de Deus, ele não virá como resultado do esforço hu-mano. Não é sustentável a visão otimista de que o desenrolar da história está trazendo os estágios finais do reino. Este não pode ser entendido como um conceito evolutivo ou primariamente como um conceito mo-ral e ético. Por outro lado, os cristãos sabem que devem orar e trabalhar para que o reino se faça cada vez mais presente; eles sabem que, pelo menos em algumas áreas ou situações, a realidade do reino pode ser tornar mais palpável neste mundo caído.

(Alderi Souza de, MATOS. A igreja como agente do reino de Deus. Disponível em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 03/12/14.)

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24 DE JANEIRO DE 2015

41. O assunto da pregação cristã:“Você já notou que a Grande Comissão de nosso Senhor exige que pre-

guemos o arrependimento? De todos os evangelhos, apenas Lucas registra o conteúdo da mensagem que Jesus mandou que seus discípulos pregassem – ‘que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações’ (Lc 24.47).” (MACARTHUR JR., John. O evangelho segundo os apóstolos. Tradução de

Ana Paula Eusébio Pereira. São José dos Campos: Editora Fiel, 2011, pp.92-93).

2. O livro do arrependimento:“A Bíblia é clara: o arrependimento está no âmago do evangelho. A menos

que preguemos o arrependimento, não estamos pregando o evangelho que nosso Senhor nos incumbiu de pregar. Se falhamos em convidar as pessoas a se converterem de seus pecados, não estamos anunciando o mesmo evange-lho que os apóstolos proclamaram.” (Ibidem, p.93)

3. Arrependimento frutífero:“Arrependimento genuíno produz frutos. Eles [os judeus] não deveriam

pressupor que sua descendência de Abraão era suficiente; parentesco com piedosos não torna os homens piedosos. Deus não se limitava aos descen-dentes físicos de Abraão para realizar seus propósitos; ele poderia tomar as pedras do rio Jordão e suscitar filhos a Abraão. Provavelmente as pedras aqui são uma figura dos gentios que Deus transformaria por um milagre de divina graça em crentes com fé como a de Abraão.” (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.160).

Uma propostaradical

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10 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

4. Arrependimento: o melhor caminho: [“Arrependei-vos, e crede no evangelho”]Estas foram as palavras do Filho encarnado de Deus. Elas nunca fo-

ram canceladas; e não serão, enquanto este mundo durar. O arrepen-dimento é absoluto e necessário se é para o pecador fazer paz com Deus (Isaías 27:5), porque arrependimento é o lançar fora as armas da rebelião contra Ele. O arrependimento não salva, todavia nenhum pe-cador jamais foi ou será salvo sem ele. Nada senão Cristo salva, mas um coração impenitente não pode recebê-LO.

Um pecador não pode crê verdadeiramente até que ele se arrepen-da. Isto é claro a partir palavras de Cristo concernente o Seu precursor, “Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédi-to, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele” (Mateus 21:32). Isso é também evidente a partir de Sua chamada como trombeta em Marcos 1:15, “Arrependei-vos, e crede no evangelho“. Isto é o porque o apóstolo Paulo testificava “o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus” (Atos 20:21). Não faça confusão neste ponto querido leitor, Deus “ordena agora que todos os homens em todo lugar se arrependam” (Atos 17:30).

Em requerer arrependimento de nós, Deus está pressionando Suas justas reivindicações sobre nós. Ele é infinitamente digno de supremo amor e honra, e de universal obediência. Isto nós temos impiamente Lhe negado. Tanto um reconhecimento como uma correção disto é requeri-do de nós. Nossa desafeição por Ele e nossa rebelião contra Ele devem ser reconhecidas e exterminadas. Dessa forma, o arrependimento é uma compreensão profunda de quão terrivelmente tenho falhado, durante toda minha vida, em dar a Deus Seu justo lugar em meu coração e em meu andar diário.

A justiça da demanda de Deus por meu arrependimento é evidente se considerarmos a natureza hedionda do pecado. Pecado é uma renún-cia dAquele que me fez. É Lhe recusar Seu direito de me governar. É a determinação de agradar a mim mesmo; assim, é uma rebelião contra o Altíssimo. O pecado é uma ilegalidade espiritual, e uma indiferença absoluta à autoridade de Deus. Ele está dizendo em meu coração: Eu não me importo com o que Deus requeira, eu vou seguir o meu próprio caminho; eu não me importo com o que Deus reivindique de mim, eu

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serei o senhor de mim mesmo. Leitor, você não percebe que é assim que você tem vivido?

O arrependimento verdadeiro origina-se a partir de uma compreen-são no coração, operado neste pelo Espírito Santo, da excessiva malig-nidade do pecado, do terror de ignorar as reivindicações dAquele que me fez, de desafiar Sua autoridade. Ele é conseqüentemente um santo ódio e horror do pecado, uma profunda tristeza por ele, e o reconheci-mento dele diante de Deus, e um completo abandono dele de coração. Até que isto tinha sido feito, Deus não nos perdoará. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).

No verdadeiro arrependimento o coração se volta para Deus e re-conhece: Meu coração tem sido posto sobre um mundo vão, que não pode satisfazer as necessidades de minha alma; eu Te abandonei, a fonte de águas vivas, e me voltei para cisternas rotas que nada retêm: eu agora reconheço e lamento minha tolice. Ele ainda diz mais: eu te-nho sido uma criatura desleal e rebelde, mas eu não mais serei assim. Eu agora desejo e determino com todo meu poder servir e obedecer a Ti como meu único Senhor. Eu me entrego a Ti como minha presente e eterna Porção.

(PINK, A. W. Arrepender ou Perecer. Disponível em: http://voltemosao-evangelho.com/blog/2010/07/a-w-pink-e-tullian-tchividjian-verdadeiro--arrependimento/ > Acessado em: 04/12/2014.

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12 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

31 DE JANEIRO DE 2015

5 Parábolas do reino

1. O conteúdo das parábolas:“Os conteúdos das parábolas, mais do que sua forma, esclarecem o senti-

do e o caráter especial do reino que teve o seu início com a vinda de Cristo. Pois, como parábolas, é de sua natureza servir de explicação e como argu-mento para aqueles que têm ouvidos para ouvir.” (RIDDERBOS, Herman. A vinda do reino. Tradução: Augustus Nicodemus Lopes. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p.109).

2. O conteúdo das parábolas 2:“Especialmente nos capítulos bem conhecidos que as contêm (p. ex., Mt

13, Mc 4) e nas passagens correspondentes em Lucas, as parábolas foram contadas para elucidar o relacionamento da proclamação de Jesus a res-peito da presença do reino, por um lado, e com a demora do julgamento, por outro.” (Idem).

3. As Parábolas Alusivas ao Reino em Mateus 13: Em Mateus 13, entre os versos 24 e 50, estão reunidas 6 parábolas

alusivas ao Reino. Estas estão assim divididas: uma coleção de 3 intro-duzidas por “outra parábola” (cf. v.24; 31; 33) e outra coleção de 3, a partir do verso 44, introduzida por “O reino dos céus é semelhante” (Cf. v.44; 45; 47).

A primeira coleção de 3 trata-se das parábolas do joio, do grão de mostarda e do fermento. A segunda coleção, por sua vez, compreende as parábolas do tesouro escondido, da pérola e da rede. Todas as seis parábolas explicitamente são comparações do Reino de Deus (cf. a ex-pressão “O Reino dos céus é semelhante a” presente em todas).

As parábolas que compõem a primeira coleção em Mateus 13 pa-recem trazer a presença viva e ativa do Reino. O Reino está crescendo,

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como o grão de mostarda que se torna em grande e frondosa árvore, como o fermento que, misturado à farinha, leveda em crescimento, e até mesmo como o trigo que também cresce, embora tenha sofrido com a semeadura do joio ao seu lado. O Reino de Deus é semelhante a todo processo de crescimento. Como afirma Dodd, “é a energia divina imanente ao mundo pela qual se alcança gradualmente o desígnio de Deus”. O crescimento do reino parece ser um processo misterioso inde-pendente da vontade e da ação do homem.

As duas primeiras parábolas da segunda coleção parecem enaltecer o valor do Reino e a alegria de quem o encontra e valoriza. Em ambas se descreve a conduta de um homem que encontra um tesouro de valor inestimável e o adquire imediatamente a custa de tudo que possuía. Assim se entende que o achado vale mais que o seu preço, visto que quem o achou vende tudo o que possui para possuir somente o que se descobriu. O sacrifício com que se adquire está envolvido na parábola – se vende tudo o que tem – mostrando o grande valor da coisa acha-da. Aparentemente, não parecem ser bons negociantes os que vendem tudo para comprar uma coisa só. Será que não foi insensatez do ho-mem ‘empobrecer-se’ para comprar o campo? Não cometeu um erro imperdoável aquele que vendeu tudo o que tem para comprar apenas uma pérola? Como diz Dodd, a primeira vista sim. São situações do dia--a-dia que levaria por certo os ouvintes a pensar. Todavia, o importante é estar seguro do valor do que se compra, mais do que se verificar do quanto está se dispondo. Os ouvintes olhariam então para o Reino de Deus como objeto de profunda esperança. Grandes sacrifícios só valem a pena se o fim é valioso. E é exatamente a essa compreensão que essas parábolas apelam. Essas parábolas, em certo sentido, vêm reforçar o chamado que Jesus já havia feito para abandonarem aquilo que julga-vam ter valor e buscarem o que é eternamente valioso.

A última, porém, a parábola da rede, parece estar sabiamente co-locada para encerrar essas seis parábolas da forma como começou. A primeira das seis fala do joio e do trigo (o bem e o mal), que não deveria ser arrancado o joio, pois conforme o verso 41, na consumação do sé-culo o Filho do Homem mandará seus anjos e estes farão a separação entre o que é bom e o que é ruim. Explícita semelhança está no verso 49, explicando a parábola da rede: “Assim será na consumação do sé-culo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,...”

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14 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

Estas duas parábolas (do joio e da rede) lançam a visão do leitor para o fim dos tempos, pois ambas tratam do juízo, que introduz o Reino de Deus em sua plenitude. O reino é comparado com a separação: num caso, separação entre o trigo e o joio; no outro entre peixes bons, isto é, comestíveis, e ruins, ou seja, não comestíveis. Estavam antes mis-turados o bom e o mau. A separação prematura destes é rejeitada na parábola do joio. O que se espera dos ouvintes e posteriores leitores é a paciência, ninguém deve se antecipar e fazer aquilo que só os anjos de Deus podem fazer. À pergunta por que é preciso esta paciência, J. Jeremias responde: primeiro, porque os homens não estão absoluta-mente em condição de fazer esta separação (Mt 13.29). Assim como o joio e o trigo no começo são tão parecidos, a ponto de se ter um pelo outro, assim o povo de Deus do Messias oculto jaz escondido entre os que parecem crer. Os homens não conseguem olhar dentro dos corações. Se quisessem fazer a separação cairiam em crassos erros de julgamento e arrancariam junto com a erva má o bom trigo. Antes – é a segunda razão – Deus determinou a hora da separação. Então virá o fim e com ele a separação do joio e do trigo, a seleção dos peixes bons dentre os maus. Só então surgirá a comunidade santa de Deus, livre de todos os maus, dos crentes só de aparência e dos que só confessam com os lábios.

O Reino de Deus à luz das parábolas de Jesus: Um Estudo de Ma-teus 13.24-50. Disponível em: http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=193 > Acessado em: 10/12/2014.

4. Objetivo das parábolas:“O objetivo das parábolas era explicar o ponto de vista de um rabino,

ilustrando-o. Entretanto, se a questão não fosse bem formulada, a parábola

não passaria de uma simples história. Os rabinos dispunham de mais alguns

ensinamentos secretos que achavam que, no entender deles, somente os

discípulos mais próximos poderiam acessar, e eles os reservavam para fins de

instrução privada. O significado das parábolas de Jesus, então, só poderia ser

entendido por aqueles que optassem pela condição de membros do grupo.”

(KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. Tradução: José

Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.84).

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7 DE FEVEREIRO DE 2015

6 O impériodas trevas

1. O reino de Satanás:“Como é o reino de Satanás? Trata-se fundamentalmente de um estado

ilegítimo e inferior que mantém uma área espiritual restrita e à disposição de seu verdadeiro regente – Deus. Satanás e suas hostes demoníacas têm cons-ciência perfeita disso, mas sua capacidade de ludibriar é tamanha que seus reféns humanos se encontram alheios a ela. (BRAY, Gerald. Teu é o Reino: uma teologia sistemática da oração do Senhor. Tradução: Rogério Portella e Lilian Palhares. São Paulo: Shedd Publicações, 2009, p.62).

2. A derrota do reino de Satanás:“O reino de Satanás pode ser vencido apenas pelo lado de fora, mediante

a atuação do próprio Deus. Nos livros que designamos Antigo Testamento, Deus alcançou alguns cativos de Satanás e fez deles agentes atuando por trás das linhas inimigas. Esses indivíduos constituíam o povo de Israel, eleitos para serem uma luz para as nações e também uma testemunha do poder do Deus verdadeiro. [Porém, não conseguiram cumprir sua missão, precisavam de ajuda]. Essa ajuda, por fim, veio mediante Jesus Cristo, o Filho de Deus enviado ao mundo pelo Pai para lutar contra o reino de Satanás, vencê-lo e libertar os cativos.” (Ibidem, p.63).

3. A certeza da chegada do reino:“Em geral se acreditava que, com o desaparecimento dos profetas do

Antigo Testamento, o Espírito se extinguira, ou havia mudado de algum modo, mas que este afastamento do Espírito seria revertido no tempo do Reino, quando o Messias voltasse. No contexto de 12.18, Mateus deseja que seus leitores conheçam esse texto, como reivindicação de Jesus de que Ele é o Messias (12.23).” (KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p. 82).

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16 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

4. Libertação por meio de Jesus:“Muitos judeus procuravam explicar que todo pecado é resultado direto

de atividade demoníaca (...). Paulo não vê o pecado como sendo sempre diretamente inspirado por demônios, mas ele pensa que o mundo está impregnado com uma influência demoníaca mais sutil (...). Ninguém é li-berto dessa influência por um ancestral israelita, mas (...) através da fé em Jesus.” (Ibidem, p.563).

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14 DE FEVEREIRO DE 2015

7 A comunidadedo reino

1. O que é a igreja?:“A igreja é o conjunto de todos os verdadeiros cristãos de todos os tem-

pos, isto é, os que se arrependeram, foram perdoados e justificados, me-diante a fé em Jesus Cristo. A palavra “igreja” aparece, pela primeira vez, em Mateus 16:18, em que Jesus diz: ... edificarei a minha igreja. Aqui, a palavra igreja é uma tradução do termo ekklesia, que indica, em sua língua de origem, uma assembleia ou ajuntamento de pessoas para tratar de algum assunto de interesse comum. Essa palavra se repete mais de cem vezes, no Novo Testamento.” (O Doutrinal: nossa crença ponto a ponto. 10 ed. Gráfica e Editora A Voz do Cenáculo. São Paulo, 2012, p.253).

2. O Reino não é a igreja: “(...) a igreja não é o Reino de Deus; o reino de Deus cria a igreja e

opera no mundo por intermédio dela. Por conseguinte, os homens não po-dem edificar o Reino de Deus, mas podem pregá-lo e proclamá-lo; podem recebe-lo e rejeitá-lo. O Reino de Deus, que na dispensação do Antigo Tes-tamento se manifestou em Israel, agora, opera no mundo por intermédio da igreja. (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bíblicos sobre o reino de Deus. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2008, pp. 125-126).

3. Igreja e reino:O Novo Testamento não identifica a igreja com o reino de Deus. Ob-

viamente há uma relação entre ambos, mas não uma coincidência ple-na. A igreja tem limites claros, assume formas institucionais, tem líderes humanos. Nada disso se aplica ao reino de Deus, que é mais intangível, impalpável. Este é uma realidade que transcende os limites da igreja e que pode não estar presente em todos os aspectos da vida da igreja. É como dois círculos que se sobrepõem em parte e que se afastam em

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18 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

parte. Historicamente, a igreja por vezes tem se harmonizado com o reino, outras vezes tem estado em contradição com ele.

Todavia, dada a importância da igreja no propósito de Deus, ela é chamada para expressar a realidade do reino, para ser o principal agen-te do reino de Deus no mundo. Para que isso aconteça, a igreja e seus membros precisam manifestar os sinais do reino, ser instrumentos do reino na vida das pessoas, da sociedade, do mundo. Sempre que a igreja busca em primeiro lugar a glória de Deus, fazer a vontade de Deus, vi-ver uma vida se humildade, amor, abnegação, altruísmo, solidariedade, etc., ela se torna agente e instrumento do reino.

O reino pode se manifestar, e com freqüência se manifesta, fora dos li-mites institucionais da igreja. Quando isso ocorre, a igreja deve se regozijar com essas manifestações, apoiá-las e incentivá-las. Todavia, existem aspec-tos do reino que só a igreja pode evidenciar, principalmente a proclama-ção do evangelho, das boas novas do amor de Deus revelado em Cristo.

(MATOS, Alderi Souza de,. A igreja como agente do reino de Deus. Disponí-vel em: http://www.mackenzie.com.br/7135.html > Acessado em: 10/12/14.)

4. Igreja: instrumento do Reino de Deus:“Embora o Reino de Deus não se realize em seu estado de bem-aventu-

rança perfeita antes do retorno de Cristo, ele opera no mundo e está envol-vido em uma luta contra o mal. A igreja é o instrumento dessa luta. Por isso, enquanto durar esta era, o conflito é um elemento constante e essencial à vida da igreja. A igreja é a comunidade do Reino de Deus e deve estimular a luta contra o mal satânico no mundo.” (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bíblicos sobre o reino de Deus. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2008, p.130).

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21 DE FEVEREIRO DE 2015

8 Receita para a felicidade

1. Esboço das bem-aventuranças:“Cada bem aventurança consiste de três partes: a. uma atribuição de bem-

-aventurança (‘bem-aventurados’); b. uma descrição da pessoa a quem se aplica a atribuição, ou seja, de seu caráter ou condição (‘os pobres de espíri-to’, ‘os que choram’, etc.); c. uma razão dessa bem-aventurança (‘porque de-les é o reino do céu’, ‘porque serão consolados...’).” (HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Mateus: vol. 1. Tradução de Valter Gracia-no Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.369).

2. Esboço das bem-aventuranças 2:“Mateus 5 a 7 é o primeiro bloco, contendo material de ensino encontra-

do na narrativa desse autor. Trata da ética do Reino. Em 4.17, Jesus resume assim sua mensagem: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo’. Mateus 5-7 mostra, com maior riqueza de detalhes, o estilo de vida do ar-rependido que caracteriza o povo do Reino. Esse bloco é introduzido por uma forma literária comum do Antigo Testamento a que se dá o nome de Beatitudes: ‘Bem-aventurados os que (...) pois serão (...)’ (ver, p. ex., Sl 1.1).” (KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.55).

3. O que são as bem-aventuranças?:“(...) as bem-aventuranças são as promessas do Reino para os que vivem

vida de arrependimento. Os ouvintes de Jesus as teriam compreendido espe-cialmente como promessas para o futuro do Reino de Deus. Também devemos interpretá-las à luz da situação presente do Reino (...).” (Ibidem, pp.55-56).

4. Resumo das bem-aventuranças:“As bem-aventuranças são a introdução ao Sermão da Montanha, que

cristãos e pagãos reconhecem igualmente como uma das declarações mais importantes, em todos os tempos, de caráter moral. O alvo do sermão é a

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20 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

perfeição que refleti a santidade de Deus (Mt 5.48). As bem-aventuranças resumem e destilam as qualidades que Deus conclama seus filhos a porem em prática na vida na comunidade e no mundo.” (SHEDD, Russel P. A felici-dade segundo Jesus: reflexões sobre as bem-aventuranças. Tradução: Gor-don Chown. São Paulo: Vida Nova, 1998, p.9).

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28 DE FEVEREIRO DE 2015

9 Sinalizandoo reino

1. Afirmando os sinais do reino: O Senhor Jesus nos chama, nos perdoa, nos transforma e nos envia

para uma vida missionária.A verdadeira religião é amparar os órfãos, as viúvas, os estrangeiros,

os pobres, os excluídos, os discriminados, os oprimidos, os marginaliza-dos, os carentes do corpo, da mente e da alma. O profeta nos diz que Deus troca o nosso coração de pedra, insensível, por um coração de carne, sensível. O Espírito Santo gera em nós o dom da misericórdia. A santificação vai vencendo o egoísmo e o egocentrismo pelo altruísmo, pela doação, pelo espírito de sacrifício, pelo sentir a dor do próximo e expressar concretamente para ele a solidariedade.

As privações das pessoas têm quatro causas;1. Deficiências físicas ou psicológicas inatas: cegos, surdos-mudos,

deficientes físicos ou mentais de nascença;2. Deficiências resultantes de causas fortuitas posteriores: vítimas de

guerras, atentados, acidentes, famílias disfuncionais;3. Deficiências resultantes de opções morais pessoais: alcoolismo,

drogas, glutonaria, tentativa de automutilação ou suicídio;4. Deficiências resultantes do sistema sócio-econômico e das políti-

cas de Estado: subnutrição, analfabetismo, falta de assistência à saúde, desemprego, falta de segurança pública, concentração de poder, propriedade, renda e saber.

É preciso discernir essas causas e responder a cada uma delas adequadamente. A responsabilidade social dos cristãos pode ser expressar em três modalidades:

1. Obras de Misericórdia – são respostas às necessidades imediatas, urgentes, conjunturais, como um copo de água, um prato de co-mida, uma roupa, um abrigo, um remédio, uma palavra de cari-nho e de estímulo, que permita ao que sofre sobreviver;

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22 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

2. Projetos de Promoção – além do peixe, o ensinar a pescar: escolas e cursos profissionalizantes, organização de associações e coope-rativas, providenciar documentos, conseguir trabalho;

3. Ação Política – além de dar o peixe e ensinar a pescar, construir açudes e assegurar o acesso aos mesmos, ir às causas estruturais, não naturais, das desigualdades e privações, pela educação, pela organização, pela mobilização, em associações, sindicatos, parti-dos, pela mídia, pelas iniciativas populares, pelas sugestões, pres-sões e cobranças junto aos detentores de cargos públicos federais, estaduais e municipais, nas esferas do executivo, do legislativo e do judiciário. É o testemunho pelo exercício responsável da cida-dania, na promoção dos valores do Reino de Deus.

Não podemos ser seguidores de Caim (“sou eu, porventura, guarda-dor do meu irmão?”), ou de Pedro, no Monte da Transfiguração (“va-mos ficar acampados aqui em cima adorando”).

Há pouca Obra de Misericórdia, escassos Projetos de Promoção, e fuga e medo da Ação Política (pecado da desobediência), por temor ou por se estar buscando uma “boca”, ou por se já ter conseguido uma, cooptados.

... tomemos consciência de que a fé sem obras é morta, que possa-mos nos arrepender do pecado da insensibilidade e do pecado da aco-modação, renovando a qualidade do nosso testemunho e da presença de Cristo na História.

“Ó Deus, Senhor da retidão: conduz-nos pelos caminhos da justiça e da paz; anima-nos a combater toda a opressão e toda a injustiça e bem assim criar as condições que levem o trabalhador ao cumprimento do seu dever e à justa retribuição do seu esforço; de tal modo que cada um de nós viva para todos, e todos cuidem por cada um. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém”.

(CAVALCANTI, Robinson. Afirmando a Responsabilidade Social. Dispo-nível em: http://www.dar.org.br/episcopal/3871-afirmando-a-responsa-bilidade-social-bispo-robinson-cavalcanti.html > Acessado em: 09 de dezembro de 2014.

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2. Impactando com os sinais do reino:“Certamente não pode haver dúvidas de que nosso Senhor Jesus Cristo

deseja que seus valores e padrões prevaleçam, pois ele ama a justiça e odeia o mal (Sl 45.7), onde quer que sejam encontrados. Assim, ele envia seu povo para o mundo tanto para pregar o evangelho e fazer discípulos, como para abrandar toda a comunidade e torna-la mais agradável a Deus, mais justa, mais participativa, mais livre.” (STOTT, John R. W. A igreja autêntica. Tradução de Lucy Hiromi Kono Yamakami. Viçosa: Ultimato, e São Paulo: ABU, 2013, p.128).

3. Metáforas dos sinais do reino:“As duas imagens (sal e luz) colocam as duas comunidades em contraste

uma com a outra. De um lado, está o mundo que, com todo seu mal e tra-gédia, é como uma noite escura enquanto do outro lado estão vocês, que devem ser como a luz no mundo em trevas. De novo, de um lado está o mundo, que é como carne deteriorada e peixe estragado, enquanto do ou-tro lado estão vocês, que devem ser seu sal, impedindo a deterioração social. Poderíamos dizer em nossas palavras que eles são tão diferentes quanto o óleo e a água. Mas Jesus disse que devemos ser diferentes como a luz o é das trevas e o sal o é da deterioração.” (Ibidem, pp.129-131).

4. Lâmpada e boas obras:“Ora, à semelhança do papel que uma lâmpada exerce numa casa, o se-

guidor de Cristo deve igualmente exercer no mundo. Uma lâmpada acesa deve ter a oportunidade de iluminar com seus raios. Os seguidores de Jesus, igualmente, devem ‘deixar sua luz brilhar’ a fim de que os homens possam ver sua conduta e ‘boas obras’. É precisamente sobre essas obras, consideradas como produto da fé (...), que o Senhor põe ênfase, porquanto ‘as ações fa-lam mais alto que as palavras’.” (HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Mateus: vol. 1. Tradução de Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.400).

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24 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

7 DE MARÇO DE 2015

101. A validade da lei:“A maioria dos líderes revolucionários se desfaz de todas as ligações com

o passado e repudiam a ordem tradicional em questão. Mas o Senhor Jesus Cristo não. Ele sustentou a lei de Moisés e insistiu em que ela fosse cumpri-da. Jesus não veio para revogar a lei ou os Profetas, mas para cumprir. (MACDONALD, W. Comentário Bíblico Popular, Versículo por Versículo, Novo testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.23.)

2. A justiça da lei:“A justiça exigida pela lei é cumprida naqueles ‘que não andam segun-

do a carne, mas segundo o Espírito’ (Rm 8:4). De fato, os ensinamentos do Senhor no Sermão do Monte estabeleceram um padrão mais elevado que o estabelecido pela lei. Por exemplo: ‘Não matarás’. Jesus, porém, disse: Nem mesmo irai-vos. Portanto, o Sermão no Monte não apenas sustenta a Lei e os Profetas, mas os intensifica e os conduz a implicações mais in-tensas.” (Ibidem, p.24).

3. Sobre os deveres para com Deus:“Este versículo [Mt 6.1] é a tese introdutória dos três exemplos de

piedade sigilosa de que trata 6.2-16. Oração, jejum e oferta de dona-tivos aos pobres eram parte essencial da piedade judaica (...), e muitos rabinos listavam qualidades (p. ex., virtudes sobre as quais o mundo fora erguido) em conjunto de três.” (KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.62).

4. Olhar puro:“Outros mestres judeus também viam com desprezo a luxúria. Alguns,

assim como Jesus, chegavam mesmo a considera-la adultério. A ques-tão não é, pois, a doutrina dos ouvintes de Jesus, mas o coração deles.

A vontadedo Rei

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Aqui a palavra grega é a mesma da linha inicial do décimo mandamento da Septuaginta (a versão grega do Novo Testamento): ‘Não cobiçarás a mulher do teu próximo’ (Êx 20.17). O décimo mandamento, contra a cobiça, obriga a plateia de Jesus a interiorizar outros mandamentos do Mestre.” (Ibidem, p.59.)

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26 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

14 DE MARÇO DE 2015

111. Antes de Cristo retornar:“Esta era perversa deve durar até o retorno dele. Esta era sempre será

hostil ao evangelho e ao povo Deus. O mal prevalecerá. Influencias ardilosas e enganosas tentarão afastar os homens de Cristo. Falsas religiões, messias en-ganadores, desencaminharão a muitos. As guerras continuarão, haverá fome e terremotos. Perseguição e martírio flagelarão a igreja. Enquanto durar esta era, os cristãos sofrerão ódio. Surgirão falsos profetas, existirá iniquidade em abundância, o amor de muitos esfriará. O quadro é sombrio, porém, é o que deve se esperar de uma era sob o governo de líderes deste mundo em tre-vas (Ef 6.12).” (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bíblicos sobre o reino de Deus. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2008, pp.132-133).

2. Esperança em meio ao caos:“A Palavra de Deus, na verdade, ensina que haverá intensificação do mal

no fim desta era, pois Satanás permanece o deus desta era perversa. Contu-do, devemos enfatizar de forma firme que Deus não abandonou esta era a Satanás. O fato é que o Reino de Deus entrou nesta era perversa; Satanás foi derrotado. O Reino de Deus, em Cristo, criou a igreja, e ele opera no mundo, por intermédio da igreja, para realizar os propósitos divinos de estender seu reino no mundo.” (Idem).

3. Preparando as nações para Deus:“Precisamos carregar o final da história nos nossos corações. A realidade

é que um dia há de acontecer aquilo que é descrito em 1 Co 15.24: E, então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver des-truído todo principado, bem como toda potestade e poder. Jesus está pre-parando as nações para apresenta-las ao Deus Pai. Ele está redimindo todas as coisas e destruindo todo mal. Há de chegar o dia em que ele entregará o reino ao Pai, perfeito e preparado. Precisamos levar esta verdade em nosso

Sinais dostempos

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coração para não sermos abalados pela realidade em que vivemos. A expec-tativa deste dia glorioso nos trará ânimo e força para perseverar até o fim.” (CUNHA, Maurício J. S.; WOOD, Beth A. O reino entre nós: transformações de comunidades pelo evangelho integral. Viçosa: Ultimato, 2003.p.132).

4. O povo da esperança:“Um povo de esperança vê e ouve. Eles experimentam a bênção de Ma-

teus 13.16: ‘bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem’. Eles enxergam aquilo que Deus está fazen-do, trazendo o seu reino aos poucos. Eles escutam a voz do Senhor e tem entendimento sobre a sua ação. O povo de esperança vê além da situação. É o povo que consegue enxergar o que Deus há de fazer.” (Idem).

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28 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

1221 DE MARÇO DE 2015

Quando oRei voltar

1. Quando o rei voltar a morte morrerá:“Os cristãos estão confiantes quanto ao futuro, e nossa ‘esperança’ cris-

tã (uma expectativa indubitável) é tanto individual quanto cósmica. Indivi-dualmente, à parte de Cristo [ou seja, separado dele], o medo da morte e da dissolução pessoal é quase universal [...] Jesus Cristo, entretanto, resgata seus discípulos desse horror. Nós não apenas sobrevivemos à morte, mas ressuscitaremos, receberemos um novo corpo como o corpo ressurreto de Jesus, com poderes novos e jamais sonhados. Pois ele é chamado tanto de ‘as primícias’ da colheita quanto de ‘primogênito dentre os mortos’. Estas duas metáforas nos dão a mesma garantia. Ele foi o primeiro a ressuscitar; e todo o seu povo o seguirá [...] (DUDLEY, Timothy. Cristianismo autêntico: 968 tex-tos selecionados das obras de John Stott. Tradução: Lena Aranha. São Paulo: Vida, 2006, p.539-540)

2. Quando o Rei voltar, encontrará fé?:“Os cristãos de fato deseja ardentemente o retorno de Cristo? Quanto

mais os cristãos estiverem presos às coisas boas desta vida e negligenciarem a comunhão cristã genuína e o relacionamento pessoal com Jesus Cristo, menos desejarão seu retorno [...] Até certo ponto, então, a intensidade com que ansiamos pelo retorno de Cristo é uma medida da condição espiritual de nossa vida no momento. Ela também nos dá uma noção de até que ponto vemos o mundo como ele realmente é, ou seja, como Deus o vê, em escravi-dão ao pecado, em rebelião contra Deus e debaixo do poder do Maligno (1 Jo 5:19)” (GRUDEM, Wayne A. Manual de teologia sistemática: uma introdução aos ensinos fundamentais da fé cristã. Tradução Heber Carlos de Campos. São Paulo: Editora Vida, 2001, p.472).

3. Quando o Rei voltar redimirá o mundo:“Entretanto, nossa esperança para o futuro é também cósmica. Acredita-

mos que Jesus Cristo voltará em magnificência, a fim de trazer a História ao

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seu cumprimento na eternidade. Ele não apenas ressuscitará os mortos, mas regenerará o Universo; ele fará novas todas às coisas. Estamos certos de que toda a criação será libertada de sua escravidão presente, da deterioração e da morte; que os gemidos da natureza são dores de parto que prenunciam o nascimento de um novo mundo; e de que haverá um novo céu e uma nova terra, que será a casa dos justos”. (DUDLEY, Timothy. Cristianismo autêntico: 968 textos selecionados das obras de John Stott. Tradução: Lena Aranha. São Paulo: Vida, 2006, p.540).

4. Quando o Rei voltar haverá uma nova ordem cósmica:“O Reino de Deus de que falaram os profetas do Antigo Testamento,

anunciado por João, Jesus e os apóstolos, inclui o céu, é claro, mas no fim das contas também será, de maneira formal e permanente, estabelecido na terra. Os profetas do Antigo Testamento predisseram seu estabelecimento, descrevendo um mundo do qual os efeitos corruptores da Queda foram re-movidos, sendo substituídos por uma nova ordem cósmica [...]” (CULVER, Robert Duncan. Teologia sistemática: bíblica e histórica. Tradução Valdemar Kroker. São Paulo: Shedd Publicações, 2012, p.1509).

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30 Comentários Adicionais – 3º Trimestre de 2014

1328 DE MARÇO DE 2015

Semeando o reino

1. Ensino para todos:“A maioria dos habitantes do Império Romano era formada por campo-

neses, isto é, agricultores ou pastores. A elite alfabetizada em geral ignorava essa grande massa, mas as ilustrações de Jesus mostram que Ele pregava com frequência para essa classe. Embora a Galileia fosse bastante populosa, dis-pondo de inúmeras vilas e ostentando duas cidades maiores (Séforis e Tibería-des), muitos de seus moradores habitavam a zona rural – eram camponeses.” (KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2004, p.84).

2. O mistério do Reino:“(...) o Reino de Deus está aqui, mas não com poder irresistível. O Reino

de Deus chegou, mas não como uma pedra moendo uma imagem até virar pó. Agora, ele não está destruindo a maldade. Ao contrário, está como o homem que semeia. Alguns, como no caso da semente boa, recebem-no; mas muitos não o recebem. Alguns ouvem a palavra do Reino, mas ela nunca entra no seu coração. Ouvem o Evangelho do Reino, mas não enten-deram a verdade. Satanás chega e leva embora a semente. Não há raiz, não há nenhuma vida.” (LADD, George Eldon. O evangelho do reino: estudos bíblicos sobre o reino de Deus. Tradução de Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd Publicações, 2008, p.56).

3. Reino resistível:“Quando o Reino de Deus vier, ele virá com poder. Quem pode resistir a

ele? Quem pode se opor a Deus? Mas esse é exatamente o mistério do reino. O Reino está aqui, mas pode ser rejeitado. Deus, um dia, manifestará de fato seu imenso poder para purgar a terra da maldade, do pecado e da perver-sidade; mas agora não. O Reino de Deus está ativo entre os homens, mas Deus não os força a se curvar diante disso. Eles precisam recebe-lo; a resposta precisa vir de um coração disposto e uma vontade submissa.” (Ibidem, p.58).

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4. Mistério revelado:“Um ‘mistério’ é algo que permaneceu desconhecido até ser revelado. Um

desses mistérios que agora está sendo revelado é o fato de que, com a entrada de Jesus no cenário da História, o reinado do reino do céu na terra se manifes-tou. Aos discípulos fora concedido o privilégio de, até certo ponto, discernir esses mistérios. Note-se: ‘conhecido”. Foi uma questão de pura graça.” (HEN-DRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Mateus: vol. 2. Tradução de Valter Graciano Martins. São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p.71).

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ESTÂNCIA ÁRVORE DA VIDA 31.JUL / 2.AGO