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LEIA NO EDITORIAL Brasil celebra 69 anos de Extensão Rural e Social LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS Ascar divulga última estimativa da safra de inverno de 2017 do Estado N.º 1.479 7 de dezembro de 2017 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Brasil celebra 69 anos de Extensão Rural e Social A Assistência Técnica e a Extensão Rural e Social são serviços de importância fundamental no processo de desenvolvimento rural. Executados por extensionistas, o objetivo dessa política pública de Extensão Rural e Social é levar ou transmitir conhecimentos ao público rural, que compreende agricultores e pecuaristas familiares, quilombolas, indígenas, assentados e pescadores artesanais, público estes que assessoramos, aqui no Rio Grande do Sul, há mais de 62 anos, quando foi criada a Ascar, em 2 de junho de 1955. Mas essa transferência de conhecimento e tecnologias acontece em todo o país. No Brasil, o Serviço Brasileiro de Aters está presente em mais de 4.500 escritórios, dentre regionais e municipais, em 27 estados brasileiros, com uma força de trabalho em torno de 16.600 extensionistas. Somente no RS, os 2.200 extensionistas da Emater/RS-Ascar, que atuam em 494 dos 497 municípios gaúchos, atendem a mais de 211 mil famílias rurais. Como educadores não formais, os extensionistas utilizam técnicas e metodologias que auxiliam o produtor rural a ter uma produção sustentável sob os aspectos ambientais, econômicos e sociais. Agregando o conhecimento acadêmico ao técnico e às experiências de trabalho do agricultor, a Extensão Rural visa à qualidade da produção, à geração de emprego e renda e à melhoria da qualidade de vida no campo, atuação essa comemorada no dia 6 de dezembro, Dia do Extensionista Rural ou Dia Nacional da Extensão Rural. Esses 69 anos de dedicação e compromisso com o homem, a mulher e o jovem do campo são celebrados no dia a dia através do atendimento que prestamos às milhares de famílias que vivem no meio rural e às muitas parcerias que conquistamos ao longo desses anos. A data de 6 de dezembro marca a fundação, em 1948, da Emater de Minas Gerais, a primeira experiência brasileira direcionada para a introdução de novas técnicas de agricultura e economia doméstica, de incentivo à organização e de aproximação do conhecimento gerado nos centros de ensino e de pesquisa aos produtores rurais e agricultores, promovendo ações voltadas às diversas cadeias produtivas, ampliando as oportunidades e favorecendo a melhoria da renda familiar, sem perder de vista a necessidade cada vez mais premente de produção de alimentos saudáveis, segurança alimentar e superação da pobreza, incentivando e garantindo a sucessão familiar rural e a melhoria da qualidade de vida no campo Acreditamos que a Extensão Rural, tanto aqui no RS como no Brasil, desenvolve ações imprescindíveis para o desenvolvimento rural, garantindo a produção de mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Além de celebrar todos esses avanços e conquistas no reconhecimento e na produção de alimentos, esse Dia da Extensão Rural deve ser encarado como uma oportunidade para refletirmos a respeito do que nós, enquanto extensionistas, fizemos e produzimos, de forma útil e salutar, em benefício das famílias rurais e da sociedade consumidora desses alimentos. Parabéns, extensionistas, pelo trabalho e dedicação que fortalece o agricultor familiar e promove o desenvolvimento de nosso Estado e país. Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Brasi l celebra 69 anos de Extensão Rural e Social

LEIA NESTA EDIÇÃO

Emater/RS Ascar divulga última estimativa da safra de inverno de 2017 do Estado

PANORAM A GERAL

N.º 1.479

7 de dezembro de 2017

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Brasil celebra 69 anos de Extensão Rural e Social

A Assistência Técnica e a Extensão Rural e Social são serviços de

importância fundamental no processo de desenvolvimento rural. Executados

por extensionistas, o objetivo dessa política pública de Extensão Rural e

Social é levar ou transmitir conhecimentos ao público rural, que compreende

agricultores e pecuaristas familiares, quilombolas, indígenas, assentados e

pescadores artesanais, público estes que assessoramos, aqui no Rio Grande

do Sul, há mais de 62 anos, quando foi criada a Ascar, em 2 de junho de

1955.

Mas essa transferência de conhecimento e tecnologias acontece em todo o

país. No Brasil, o Serviço Brasileiro de Aters está presente em mais de 4.500

escritórios, dentre regionais e municipais, em 27 estados brasileiros, com

uma força de trabalho em torno de 16.600 extensionistas. Somente no RS,

os 2.200 extensionistas da Emater/RS-Ascar, que atuam em 494 dos 497

municípios gaúchos, atendem a mais de 211 mil famílias rurais.

Como educadores não formais, os extensionistas utilizam técnicas e

metodologias que auxiliam o produtor rural a ter uma produção sustentável

sob os aspectos ambientais, econômicos e sociais.

Agregando o conhecimento acadêmico ao técnico e às experiências de

trabalho do agricultor, a Extensão Rural visa à qualidade da produção, à

geração de emprego e renda e à melhoria da qualidade de vida no campo,

atuação essa comemorada no dia 6 de dezembro, Dia do Extensionista Rural

ou Dia Nacional da Extensão Rural.

Esses 69 anos de dedicação e compromisso com o homem, a mulher e o

jovem do campo são celebrados no dia a dia através do atendimento que

prestamos às milhares de famílias que vivem no meio rural e às muitas

parcerias que conquistamos ao longo desses anos.

A data de 6 de dezembro marca a fundação, em 1948, da Emater de Minas

Gerais, a primeira experiência brasileira direcionada para a introdução de

novas técnicas de agricultura e economia doméstica, de incentivo à

organização e de aproximação do conhecimento gerado nos centros de

ensino e de pesquisa aos produtores rurais e agricultores, promovendo

ações voltadas às diversas cadeias produtivas, ampliando as oportunidades

e favorecendo a melhoria da renda familiar, sem perder de vista a

necessidade cada vez mais premente de produção de alimentos saudáveis,

segurança alimentar e superação da pobreza, incentivando e garantindo a

sucessão familiar rural e a melhoria da qualidade de vida no campo

Acreditamos que a Extensão Rural, tanto aqui no RS como no Brasil,

desenvolve ações imprescindíveis para o desenvolvimento rural, garantindo

a produção de mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos

brasileiros.

Além de celebrar todos esses avanços e conquistas no reconhecimento e na

produção de alimentos, esse Dia da Extensão Rural deve ser encarado como

uma oportunidade para refletirmos a respeito do que nós, enquanto

extensionistas, fizemos e produzimos, de forma útil e salutar, em benefício

das famílias rurais e da sociedade consumidora desses alimentos.

Parabéns, extensionistas, pelo trabalho e dedicação que fortalece o

agricultor familiar e promove o desenvolvimento de nosso Estado e país.

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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PANORAM A GERAL POPULAÇÃO URBANA TEM VISÃO POSITIVA

DO CAMPO

Uma pesquisa relativa à opinião dos brasileiros que vivem em meios urbanos sobre as questões do campo foi realizada por Plant Project, JH/B2F e Bridge Research com 1.022 entrevistados. Segundo as conclusões do estudo, mais de 96% dos entrevistados sentem orgulho de o Brasil assumir internacionalmente a sua vocação de país do agronegócio, enquanto que apenas 4% disseram sentir vergonha. Mais de 60% dos pesquisados respondeu que as atividades agropecuárias são as principais do país e a maior fonte de emprego. Segundo os mesmos entrevistados, 86% deles já possuem algum conhecimento sobre o agronegócio. Sobre o entendimento sobre o setor, 63% descreveram atividades relacionadas a produção e produtividade, sendo que 14% também incluíram atividades de comércio, 5% mencionaram a obtenção de lucros e apenas 3% falaram em uso da tecnologia. Estimulados a responder sobre alguns produtos industrializados como calçados, etanol, roupas e pneus, apenas 64% concordaram com a afirmação de que esses bens têm origem agropecuária. Entre as regiões do país, a região Norte se mostrou como mais favorável, com 95% dos entrevistados respondendo que são favoráveis ao marketing do Brasil como país do agronegócio. Para 64% dos participantes da pesquisa, a atividade agropecuária no Brasil é moderna e inovadora, sendo que 26% acreditam que ser produtor rural atualmente é estar longe da modernidade. Entre as questões negativas, a pesquisa aponta que 42% dos brasileiros dos meios urbanos acreditam que o agronegócio causa impactos ambientais indesejados, cerca de 35% diz que é necessário o uso de agrotóxicos para a produção em larga escala e 63% afirmaram o contrário. Para as eleições do ano que vem, 73% dos pesquisados votariam em um candidato à presidência que tivesse como plataforma estabelecer o Brasil como país do agronegócio. A maior parte das respostas mostra uma percepção altamente positiva do agronegócio entre os habitantes das grandes cidades, o que abre espaço para que o setor crie estratégias mais diretas de comunicação com o consumidor, esclarecendo sobretudo pontos sensíveis como os relacionados com segurança alimentar e questões ambientais. Fonte: AGROLINK

MAU ACONDICIONAMENTO LEVA À PERDA

DE MUITA COMIDA NO BRASIL

No Brasil, enquanto não se aprova uma política nacional de combate ao desperdício de alimentos e de aproveitamento das sobras do processo de produção, alguns estados buscam regulamentar a questão. No Distrito Federal, por exemplo, foi sancionada no ano passado uma lei distrital que obriga os supermercados de Brasília a doar alimentos que estejam prestes a perder a validade. O descumprimento da medida pode resultar em multa de R$ 10 mil ao estabelecimento. Alguns projetos do Congresso Nacional também preveem a possibilidade de punição para o produtor ou distribuidor de alimentos que não adote medidas de combate ao desperdício. Para os especialistas, o problema do desperdício não será resolvido com aumento da produção de alimentos, nem com políticas punitivas. Defendem sim mais campanhas educativas e debate sobre mudanças culturais e de comportamento. Hoje, o desafio, maior do que aumentar a produção de alimentos, é criar mecanismos para evitar o desperdício, que é muito genérico e tem várias faces; por exemplo, a comida servida em excesso. Outro ponto, muito comum no país, é o desperdício de alimentos que estragam por serem mal-acondicionados, mal-armazenados, por se perderem no transporte ou na hora de serem processados. É a cultura do desperdício. É um conjunto de situações em relação às quais se exigem mudanças de hábitos alimentares, inclusive. A punição não é a melhor forma de combater o problema, e as propostas em tramitação no Congresso precisam ser revistas em pontos técnicos, como as que não incluem critérios para garantir a segurança química e biológica do produto doado. Há iniciativas que pretendem garantir benefícios fiscais para empresas que possam criar máquinas processadoras de alimentos e propostas que tratam da isenção de até 5% da alíquota do Imposto de Renda sobre o lucro das empresas como uma forma de incentivo à doação. Empresas e supermercados já se posicionaram, que isso não resolve. Se o supermercado doar o alimento, está tendo prejuízo, porque aquilo não entra no lucro líquido e não é descontado no imposto. Os projetos de lei ainda são falhos e não abordam aspectos importantes. Hoje em dia tem-se doação de alimentos e não se tem lei. Há necessidade de sugestões mais concretas para o reaproveitamento de alimentos que não são comercializados por estarem fora dos padrões estéticos, como vegetais defeituosos, mas que

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ainda têm condições nutricionais seguras para consumo. O papel de cada ator na construção da política nacional de combate ao desperdício tem de ser constante na educação, na capacitação e na conscientização das pessoas a respeito da importância do combate ao desperdício. É preciso acionar os últimos elos do processo, que são os que levam a doação de alimentos para populações mais carentes. Uma das estratégias é o fortalecimento da atuação dos bancos de alimentos como intermediadores entre os doadores e receptores dos produtos que sobram. Levantamento da Rede Brasileira de Bancos de Alimentos mostra que o país tinha 218 bancos de alimentos em funcionamento até o ano passado. As unidades arrecadaram no último ano quase 60 mil toneladas de alimentos, que foram distribuídas para mais de 17 mil entidades sociais. O processo beneficiou em torno de seis milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. A rede conta com a adesão dos bancos de alimentos para qualificar a gestão dessas unidades. O aperfeiçoamento destes bancos não deve ofuscar iniciativas que combatam o desperdício desde o início do processo. Construir a infraestrutura da cadeia desde a época do plantio, conscientizar o consumidor na sua casa a planejar a compra para não jogar fora e a arrumar a geladeira, além de campanhas de comunicação, é consertar na origem. A redução pela metade do índice de desperdício de alimentos per capita mundial e as perdas ao longo do processo produtivo até a chegada do alimento ao consumidor estão entre as metas da ONU para 2030. Segundo a FAO, órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo perde ou desperdiça entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos anualmente. O volume equivale a cerca de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos, o que inclui 30% dos cereais, entre 40% e 50% das raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas, 20% da carne e produtos lácteos e 35% dos peixes. A FAO estima que o total desperdiçado seria suficiente para alimentar dois milhões de pessoas. O Brasil não tem estimativa real sobre desperdício de alimentos, o que pode dificultar ainda o cumprimento da meta da ONU de redução das perdas ao longo do processo produtivo. Fonte: AGÊNCIA BRASIL

GRÃOS

RELATÓRIO DE ESTIMATIVA FINAL - SAFRA DE INVERNO 2017

Estimativa Final de Área, Produção e Produtividade das Principais Culturas de Grãos

de Inverno - Safra 2017. Período: 16 a 30/11/2017 Método de obtenção de informações: dados levantados junto a unidades operativas da Emater/RS-Ascar – 98 escritórios municipais para a cultura da aveia para grãos, 98 para canola, 86 para cevada e 281 para trigo, além dos 12 escritórios regionais e do Escritório Central.

A Emater/RS-Ascar, através da Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises (GPL/NIA), realizou levantamento sobre as áreas efetivamente plantadas, bem como as produtividades finais (preliminares*) obtidas nas lavouras já colhidas até agora (97%). Destaca-se que os dados relatados neste documento refletem informações consolidadas no período de obtenção dos dados. O levantamento contemplou uma amostra de 281 municípios gaúchos, que cobrem 93% da área a ser cultivada com trigo, 90% para cevada, 73% para cevada grão e 73% para canola.

Os dados apresentados a seguir estão organizados em três eixos:

Área plantada em hectares (ha)

Produtividade média estadual (kg/ha) obtida pelas produtividades médias municipais, ponderadas em relação às áreas plantadas em cada região administrativa da Emater/RS-Ascar.

Produção estadual total a ser obtida em

toneladas (t)

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TRIGO 2017

Safra Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

2016 779.045 3.265 2.541.889

2017 699.725 1.727 1.208.173

Diferença em % -10 -47 -52

Fonte: 2016 IBGE; 2017 GPL/NIA - Emater/RS-Ascar.

CEVADA 2017

Safra Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

2016 44.312 3.606 159.797

2017 55.294 1.827 101.006

Diferença em % 25 -49 -37

Fonte: 2016 IBGE; 2017 GPL/NIA - Emater/RS-Ascar.

AVEIA GRÃO 2017

Safra Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

2016 227.642 2.856 650.066

2017 233.418 1.550 361.702

Diferença em % 3 -46 -44

Fonte: 2016 IBGE; 2017 GPL/NIA - Emater/RS-Ascar.

CANOLA 2017

Safra Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

2016 49.378 1.472 72.706

2017 51.178 709 36.267

Diferença em % 4 -52 -50

Fonte: 2016 IBGE; 2017 GPL/NIA - Emater/RS-Ascar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Até junho de 2018, a Emater/RS-Ascar poderá fazer alterações nos números referentes às áreas efetivamente plantadas e nas produtividades obtidas. A partir de então, tais números serão homologados pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA), sob responsabilidade da unidade estadual do IBGE. Gerência de Planejamento Núcleo de Informações e Análises

Grãos de verão Arroz – O plantio da área destinada ao arroz se encontra finalizado em todas as regiões produtoras. De maneira geral os produtores conseguiram concluir os trabalhos dentro do período recomendado, em que pese a chuva registrada acima da média durante outubro, período no qual a semeadura se mostra, historicamente, mais intensa. No momento as lavouras têm se desenvolvido de maneira satisfatória, com o controle de invasoras sendo realizado com bons resultados. A aplicação de nitrogenados nas lavouras também tem cumprido sua finalidade, proporcionando bom perfilhamento às plantas. Há de se pontuar, entretanto, que lavouras semeadas nos últimos dias, principalmente na região central e áreas do Sul, vêm apresentando germinação desuniforme devido à pouca chuva registrada nos últimos quinze dias. Aliadas a este fato, as baixas temperaturas para esta época do ano durante as madrugadas e os ventos constantes resultaram em dificuldades para uma germinação mais intensa e vigorosa. Todavia, apesar do contratempo por ora causado, este é perfeitamente contornável com o correto manejo da irrigação, o que diminuiria os riscos de possíveis prejuízos. Algumas áreas plantadas ainda em fins de setembro e início de outubro, em especial na Fronteira Oeste, começam a apresentar plantas em início da fase reprodutiva (diferenciação floral). Entretanto, as lavouras nessa situação ainda não alcançam 1% do total plantado. Milho – O percentual de área plantada permaneceu inalterado em 98% nesta semana, tendo em vista a atenção voltada para a finalização do plantio da soja. Os restantes 2% deverão ser concluídos até meados de janeiro, quando se encerra o período preferencial nas regiões mais frias e nas áreas que serão repetidas com o cereal após a retirada das plantas para a produção de silagem. Apesar de a baixa umidade do ar por vezes alcançar níveis críticos, o clima tem sido extremamente favorável à cultura, com chuvas semanais e períodos de tempo ensolarados, fato que tem contribuído para o bom desenvolvimento das plantas e à formação dos grãos, o que provoca otimismo entre os produtores em relação à boa produtividade que poderá ser obtida.

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Soja – O plantio da safra 2017/2018 alcança 81% dos 5,7 milhões de hectares projetados. As lavouras implantadas apresentam boa germinação e bom desenvolvimento inicial, sem ocorrência de pragas e moléstias neste início de safra. A semeadura está evoluindo rapidamente, sendo prevista sua conclusão dentro da época recomendada, ou seja, até no máximo 15 de dezembro. Nesta época começam o controle das ervas daninhas e as adubações em cobertura com produtos potássicos, além do monitoramento das lavouras, principalmente por parte dos produtores que objetivam o manejo integrado de pragas e moléstias (MIP). A exemplo do registrado na cultura do milho, também as lavouras de soja semeadas recentemente, principalmente no Centro-Sul do Estado, têm encontrado dificuldades na germinação das sementes, resultando em lavouras com desenvolvimento vegetativo inicial desuniforme. Com relação aos preços praticados, a cotação está estabilizada, quando comparada com a semana anterior; quando em mãos do produtor, a saca de 60 quilos é negociada a um preço médio de 64,98. Feijão 1ª Safra – Segue na semana a colheita da primeira safra em quase todas as regiões de produção do RS. Os fatores climáticos da semana anterior, como radiação solar e temperaturas elevadas associadas à umidade do solo foram favoráveis à cultura. Algumas horas de baixas temperaturas para a época trouxeram pequenos problemas em zonas de baixada. Durante o ciclo inicial da cultura, houve baixa incidência de pragas e doenças e bom controle de ervas. Lavouras colhidas apresentam boa produtividade e qualidade dos grãos até o momento. No Baixo Vale do Rio Pardo, a cultura está em maturação fisiológica e início de colheita, com ótimo potencial produtivo. No Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, são realizados os tratamentos fitossanitários preventivos para controle de doenças. Na região da Serra, as lavouras semeadas mais o cedo, destinadas ao consumo próprio e à venda de excedentes produzidos pela agricultura familiar, apresentam bom desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. As grandes lavouras que são predominantemente de agricultores empresariais na região dos Campos de Cima da Serra deverão ser semeadas na segunda quinzena de dezembro, se estendendo até a primeira semana de janeiro.

A comercialização se encontra estável, com pequena queda na semana de 1,02%, passando a saca de feijão preto no RS para R$ 133,33.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Na Fronteira Noroeste e Missões, as hortas domésticas estão com declínio de produção, diminuindo a disponibilidade de hortaliças. Tem se verificado o surgimento de doenças, como é o caso da ferrugem branca na rúcula, queima da borda da alface, bem como o desenvolvimento das olerícolas de raízes que foi afetado pelos períodos de alta umidade do solo. Está na hora da colheita de alho e cebola e em início de produção o pepino, chuchu, tomate, abobrinha e vagem. Em função das precipitações, têm ocorrido doenças fúngicas e bacterianas, principalmente nas áreas cultivadas a céu aberto, limitando a produção de culturas rasteiras como as cucurbitáceas e das mais sensíveis, como o tomate. As condições climáticas de maneira geral estão favoráveis às culturas, pois têm ocorrido precipitações todas as semanas. Em relação à temperatura, tem aumentado significativamente, semana após semana, o que sugere a utilização de sombrite para sombreamento das áreas de cultivo e a utilização de irrigação para a manutenção das produtividades. Nos ambientes protegidos praticados pelos produtores feirantes, o desenvolvimento está excelente, inclusive ocasionando baixa nos produtos oferecidos, em função da grande oferta. Nos pomares, as videiras estão na fase de enchimento dos grãos e os produtores estão realizando o controle de doenças. Já se encontram na fase de colheita o moranguinho, as variedades de pêssegos precoces, ameixas e a laranja da variedade Valência. O morango que está em plena colheita tem o preço de comercialização em torno de R$ 15,00/kg. Também iniciou a colheita da uva varietal Vênus. Os citros estão com desenvolvimento inicial de frutos; o mesmo ocorre com relação a nectarina, ameixeiras, macieiras variedades Eva e Julieta. Caquizeiros estão em desenvolvimento de frutos. A frutificação da bergamota está excelente, com necessidade de raleio de frutos para permitir um melhor desenvolvimento, bem como para que não ocorra a alternância de produção. Observa-se a incidência de mosca das frutas e podridão parda nos pessegueiros, além de antracnose e escoriose na videira. Nas áreas com

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laranja Valência, há incidência de pulgão preto nas folhas. Nas áreas de melão e melancia, os produtores estão realizando o manejo e já fazendo a colheita, com frutos de boa qualidade. Está finalizado o plantio de novas mudas dos pomares, visando reposição de plantas que morreram ou foram retiradas por doenças, bem como o plantio de ampliação de pomares domésticos. Na região Sul, a produção de hortaliças comerciais se concentra nos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre e Turuçu. Nos demais, a produção é direcionada para as feiras livres municipais e também para pequenos mercados locais e programas como o PNAE e PAA. O fornecimento de hortaliças é normal na Ceasa de Pelotas. Os preços de comercialização permanecem estáveis. Em Rio Grande as hortaliças como couves, beterraba, cenoura e ervilha estão dentro da regularidade para a época do ano. Em Pelotas o tomate está em início de colheita; a caixa vem sendo comercializada a R$ 45,00. As folhosas permanecem com boa oferta, como a alface com leve queda na cotação, comercializada entre R$ 5,00 e R$ 7,00/cx.; brócolis a R$ 2,50/unid. e couve-flor a R$ 2,50/unid. Muita oferta de couve, comercializada a R$ 0,60/molho. As caraterísticas climáticas da semana no Vale do Rio Pardo e no Alto da Serra do Botucaraí, com alta intensidade de radiação solar e temperaturas normais para essa época do ano, foram fatores favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das espécies olerícolas. Embora na maioria dos municípios houvesse precipitação significativa no final de novembro, muitos olericultores utilizaram os sistemas de irrigação, principalmente a partir da metade da semana. As cucurbitáceas recuperaram o desenvolvimento nesta última semana, por conta da elevação da temperatura e da boa incidência de radiação solar. Por outro lado, a evapotranspiração elevada exigiu manejo adequado da irrigação. Nos plantios sem irrigação, ocorreu estresse hídrico nos períodos mais quentes do dia. Inicia a colheita da melancia e melão no município de Rio Pardo. A safra de melão não está sendo satisfatória por conta de problemas fitossanitários. A moranga Cabotiá está em plena colheita no Baixo Vale do Rio Pardo.

O pepino para conserva, produto especialmente cultivado nos municípios de Venâncio Aires, Mato Leitão, Rio Pardo, Vale do Sol e Encruzilhada do Sul está em plena produção. As brássicas como o repolho, couve folha, brócolis e couve-flor estão com crescimento e desenvolvimento satisfatórios. Observa-se presença de hérnia e pulgões. Culturas folhosas (alface, couve chinesa, temperos entre outras) estão com produção e qualidade satisfatórias. Cenoura, beterraba, batata-doce e aipim/mandioca estão com bom crescimento e desenvolvimento. Aipim, muito cultivado nos municípios de Venâncio Aires, Santa Cruz e Vera Cruz estão na fase de tratos culturais e capinas. Há bom stand de plantas. Em algumas lavouras, a exemplo do ano passado, se percebe a presença de bacteriose, possivelmente causada por Xanthomonas axonopodis pv. Manihotis popularmente chamado de “sapeco”. Batata-doce apresenta bom crescimento e desenvolvimento, embora haja produtores que estão finalizando os plantios. Culturas como cebola e alho encontram-se em fase final de formação de bulbos e colheita. Tomate e pimentão cultivados em estufa estão em fase de colheita, com produção e qualidade satisfatórias. A condição de boa radiação solar e de temperaturas elevadas favorece a produção e a qualidade dessas espécies. Nos cultivos a campo, verificam-se doenças foliares, destacando-se a pinta preta e em algumas propriedades há ocorrência de murchadeira. Boa oferta de produtos no mercado Olerícolas Alho - A colheita se encaminha para a conclusão na Serra Gaúcha, sendo favorecida pelas condições climáticas, com chuvas periódicas, dias ensolarados e constante presença de ventos. Tais características beneficiam grandemente a pré-cura a campo e a cura nos galpões. Bulbos de bom calibre e firmeza, com considerável número de capas, perfazem um produto de primeira qualidade. Os rendimentos físicos das lavouras vêm se mantendo dentro da expectativa e satisfazendo os alhicultores, devendo atingir uma produtividade média de 12 toneladas por hectare. Algumas lavouras apresentaram índice de superbrotamento – conversão do bulbilho em folhas acima do esperado, tornando-se inadequados à venda in natura. A comercialização começa de forma parcimoniosa das variedades

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precoces, apresentando redução na semana; a valoração média na propriedade para produto de categorias 6 e 7 (primeira) é de R$ 5,50/kg. Pimenta - Produtores ainda com pimenta seca armazenada em Turuçu, na região Sul do Estado. Estão acontecendo negócios a valores de R$ 20,00/kg. Finalizou o transplante das mudas. As cultivares mais utilizadas na região são a Bico Doce, Caiana, Cecoia e a principal, a Dedo de Moça. Cultura com o desenvolvimento um pouco lento devido aos dias com temperaturas mais baixas. Porém, a baixa umidade relativa do ar favorece um bom estado sanitário às lavouras. Na última safra a comercialização foi ao preço médio de R$ 3,00/kg pela pimenta fresca e R$ 20,00/kg para a pimenta seca. A expectativa para a próxima colheita é que os preços continuem, no mínimo, neste patamar. Frutícolas Figo - A colheita do figo verde, cuja principal variedade cultivada é a Roxo de Valinhos, iniciou na região do Vale do Caí e no município de Poço das Antas, no Vale do Taquari. No Vale do Caí, os municípios em que o figo é colhido verde na maior parte são Brochier, Maratá e São Pedro da Serra. A colheita está recém no início. Está sendo um ano regular para a cultura do figo, visto que exige bastante água para o seu desenvolvimento, e as chuvas têm sido regulares nesta fase de início de desenvolvimento. A falta de frio no inverno fez com que a brotação e o início da frutificação na primavera fossem antecipados em relação aos anos com inverno mais rigoroso. Em relação a 2016, que teve um inverno rigoroso, o início da colheita do figo verde neste ano está ocorrendo com um mês de antecedência. No município de Brochier a cultura está em fase de desenvolvimento do fruto, e a maior parte da produção é de um grupo composto por produtores de Brochier, Maratá, Poço das Antas, São Pedro da Serra e Feliz, e que fazem a comercialização em conjunto. O preço do figo verde que começa a ser vendido está em média a R$ 3,00/kg. Não há relatos de prejuízos com doenças ou pragas até o momento. Ocorreu uma antecipação nesse ano na safra de figo no município e os produtores estão à procura de compradores. Houve reuniões com intermediação da Emater/RS-Ascar e Secretaria de Agricultura Municipalpara que os agricultores tenham pontos de comercialização previamente, antes de iniciar a safra.

No município de Feliz, ocorreu em 24 de novembro uma reunião entre produtores dos municípios de Feliz, Maratá, São Pedro da Serra, Linha Nova, Brochier e Poço das Antas com o representante de uma indústria com sede em São Sebastião do Caí e que processa figo verde. Ficou acertado que os agricultores iriam formar para janeiro uma carga de 50 toneladas da fruta para ser vendido para esta empresa e que o preço seria fornecido em breve pelo representante da indústria. Em Maratá, a cultura tem sido favorecida pelo clima com chuvas regulares e em bom volume, apresentando bom desenvolvimento das ramificações, boa frutificação e, de forma geral, boa sanidade. Em alguns pomares há incidência da broca dos ponteiros (Azochis gripusalis), mas sem grandes danos. A variedade cultivada no município é a Roxo de Valinhos, sendo comercializado verde para uma agroindústria de Carlos Barbosa. A previsão de início de colheita é para o final da primeira quinzena de janeiro. Em São Sebastião do Caí, a cultura se desenvolve normalmente e não há relatos de problemas fitossanitários e de ocorrência de pragas. A sanidade das plantas é boa. Registra-se bom desenvolvimento das ramificações/galhadas, boa frutificação e boa quantidade de florescências. Em relação à comercialização do figo verde neste início de safra, ainda não está fluindo tão bem como no início de 2017; o preço médio recebido pelos produtores está cerca de R$ 0,40/kg menor em relação ao ano passado. Uva – As condições climáticas da atual safra da região Serrana têm possibilitado um adequado manejo das fitomoléstias fúngicas da parte aérea, não se observando maiores problemas no aspecto fitossanitário dos vinhedos. A safra se encontra adiantada, com variedades como a Isabel precoce, Bordô e BRS Magna já apresentando avançada mudança de cor das bagas nos parreirais localizados em áreas de clima mais ameno. Tal fato vem confirmando a antecipação da safra em uns 20 dias. A previsão da necessidade de colheita e abertura das cantinas antes do final do ano vem se mantendo, sendo esse um fato que ocorreu pela última vez na safra 2012/13, condicionado pelos efeitos severos de estiagem. Em vinhedos da variedade Niágara nos quais se utilizou quebra de dormência, localizados em vales de rios, já são colhidos os primeiros cachos, que apresentam bom aspecto e coloração. Há constante queixa dos viveiristas e viticultores quanto ao pegamento de mudas e à brotação das

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estacas nos viveiros. Boa parte dessas simplesmente não vingou, reduzindo consideravelmente o volume de mudas disponíveis e obrigando viveiristas a reverem os pedidos dos produtores. O preço médio da uva praticado na propriedade é de R$ 3,00/kg. Comercialização de Hortigranjeiros Regiões do Vale do Rio Pardo e no Alto da Serra do Botucaraí Preços praticados na semana

Aipim com casca – entre R$ 8,00 e R$

10,00/cx.

Aipim sem casca – R$ 3,50 /kg

Alface – R$ 1,00/unid. e de R$ 12,00/cx.

Alface hidropônica – R$ 1,00/unid.

Beterraba – R$ 3,00/molho

Brócolis – R$ 2,50/unid.

Batata-doce – R$ 35,00/cx.

Couve-flor – R$ 3,00/unid.

Beterraba – R$ 2,50/molho

Milho verde – entre R$ 0,15 e R$

0,20/espiga

Morango – R$ 14,00/kg

Minimilho – R$ 5,00/kg

Moranga cabotiá – entre R$ 16,00 e R$

18,00/sc.

Melancia – R$ 1,10/kg

Rabanete – R$ 2,00/molho

Repolho – R$ 2,50/unid.

Rúcula – R$ 1,50/molho

Tempero – R$ 1,00/molho

Tomate – entre R$ 25,00 e R$ 30,00/cx.

Pepino conserva – R$ 3,00/kg

OUTRAS CULTURAS

Silvicultura Reflorestamento Preços praticados na região do Vale do Taquari

o Mudas de eucalipto Grandis, Saligna e

Urophylla (o milheiro – em tubetes): R$

180,00

o Mudas de eucalipto Dunni (o milheiro – em

tubetes): R$ 190,00

o Mudas de eucalipto Grandis, Saligna e

Urophylla (o milheiro – em laminado): R$

180,00

o Mudas de eucalipto Dunni (o milheiro – em

laminado): R$ 190,00

o Mudas de Acácia-negra (o milheiro – em

laminado): R$ 170,00

o Lenha de acácia-negra: preço médio de

R$ 60,00 a R$ 65,00/metro estéreo,

dependendo da localização e

principalmente da qualidade da lenha.

o Lenha de eucalipto: de R$ 35,00 a R$

40,00/metro estéreo, dependendo da

qualidade, localização e comprador.

Geralmente, o pagamento de valor maior é

com prazo de 60 a 90 dias.

o Toretes de eucalipto para paletes e

lâminas: de R$ 45,00 a R$ 50,00/metro

estéreo (cheque para 60 dias) – peças

serradas com tamanho uniforme de 1,20

ou 1,25 metros, conforme solicita a

empresa laminadora.

o Casca de acácia-negra: de R$ 0,21 a R$

0,23/kg

o Carvão vegetal de acácia: de R$ 0,65 a R$

0,70/kg

o Carvão vegetal de eucalipto: R$ 0,55/kg

o Tora de eucalipto para serraria: de R$

65,00 (se precisa trator para retirar da

lavoura) a R$ 80,00/m³ (se está encostado

na estrada) – pagamento com cheques

para 60 a 90 dias

O mercado de derivados de acácia-negra está em lenta ascensão. Os produtores de lenha de eucalipto estão com dificuldades de achar mercado comprador. É cada vez mais escassa a sucessão rural na atividade de silvicultura da agricultura familiar, pois o jovem não quer mais trabalhar em atividades penosas. Na grande região da Serra, abrangendo a região das Hortênsias e os Campos de Cima da Serra, a acácia-negra tem grande importância econômica e social, especialmente nas muitas pequenas propriedades rurais na região das Hortênsias. Nos últimos anos, devido a problemas na sucessão familiar, a mão de obra vem se tornando um fator limitante na atividade. Para realizar a derrubada dos matos, muitos acacicultores são obrigados a contratar serviços

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terceirizados, que cobram até 60% do produto para fazer o corte e empilhamento da lenha na beira da estrada. Estes por sua vez se especializam na atividade do corte. Ano a ano, a terceirização dos serviços de colheita vem diminuindo a lucratividade da atividade para o produtor. As tendências indicam que o mercado está melhorando, em ritmo lento, e tanto os preços como a área de plantio tendem a subir devido à baixa oferta de madeira da espécie, tendo em vista a redução na área de plantio nos últimos anos. O consumo da acácia-negra abrange basicamente o mercado de energia: consumo doméstico, aquecimento de caldeiras (indústrias), lareiras, olarias, fornos de restaurantes, padarias e pizzarias, entre outras formas de consumo. Na última safra, se verificou um leve incremento nas ações de corte, beneficiamento e comercialização, mas abaixo do esperado pelos produtores. Os preços da lenha também não reagiram, mantêm-se nos mesmos níveis de anos anteriores. A comercialização da casca vem se mantendo satisfatória; alguns produtores pagam a mão de obra da exploração com os valores obtidos. A implantação de novos plantios foi bem modesta. Nas florestas jovens a atividade em andamento é o controle da formiga cortadeira com o uso da isca granulada. Preços praticados

Lenha empilhada: R$ 50,00 – R$

60,00/metro estéreo

Lenha entregue ao consumidor: entre R$

80,00 e R$ 100,00/metro estéreo

Lenha picada ao consumidor: entre

R$120,00 e R$ 130,00/metro estéreo

Toretes: R$ 130,00/metro estéreo

Casca: entre R$ 200,00 e R$ 260,00/t

Pinus e Eucalipto - Com relação ao mês anterior não houve alterações nos preços e no volume comercializado das toras grossas. As indústrias madeireiras que atuam no mercado regional têm priorizado a compra de toras com intervalo de diâmetro entre 18 e 25 cm e acima de 25 cm, devido ao direcionamento das vendas do produto beneficiado. Com relação à cultura do Pinus, em se tratando de madeira fina, os reflorestadores continuam tendo muita dificuldade de colocar o produto no mercado, o que tem gerado problemas de manejo das áreas de plantio, devido ao preço elevado das operações de desrama e desbaste. De maneira geral na região, tem sido deixado na floresta o

material resultante de primeiro desbaste em plantios situados a distâncias maiores que 170 km da indústria. Esse manejo é fundamental para controle da principal praga da cultura do pinus na região: a vespa-da-madeira. Hoje os compradores têm usado a madeira da região para produção de paletes, estaquetas para exportação, fábricas de laminados e MDF, na construção civil, forros e assoalhos. Por problemas técnicos, foi adiado o início das operações para a instalação das fábricas de pellets em São José dos Ausentes; em Jaquirana, são boas perspectivas para colocação da madeira fina oriunda da exploração das florestas. Na cultura do pinus, verifica-se a realização de alguns tratos culturais e silviculturais, em especial a desrama e o desbaste, particularmente nos plantios já bem formados; nos plantios mais novos, a roçada e o controle de formigas. Apesar de se verificar a incidência da vespa-da-madeira em plantios na região, se observam ações de controle da praga em pequeno número de áreas. Há indícios de planejamento para uso de armadilhas para o mês de dezembro. Na cultura do eucalipto, as práticas culturais se resumem ao controle de formigas e a roçadas nos plantios mais jovens. Atualmente, se verifica uma preferência de plantio de eucalipto, comparativamente à cultura do pinus, face ao seu múltiplo uso: lenha, varas, palanques, postes (para aviários, estufas, construções rurais, viticultura) toras, madeira serrada, madeira para construção de moradias, carvão, entre outros. No entanto, se observa pouca movimentação voltada para a implantação de novas áreas; a legislação restritiva é, dentre outros, um dos fatores para o pouco entusiasmo dos silvicultores para ampliação da atividade. Entre as práticas em andamento, está o corte de árvores destinadas à fabricação de moirões para uso nas propriedades, corte para lenha, manutenção de cercas e aceiros. Em algumas propriedades, o beneficiamento das toras em tábuas está sendo feito por serrarias móveis, e os produtores estão contratando terceiros para realização deste trabalho. Nas florestas jovens de ambos os gêneros, nesse período se realiza a prática de controle da formiga cortadeira, com o uso de isca tóxica. Preços praticados

Pinus em tora: 8-15 cm de diâmetro,

estimativa de R$ 25,00 a R$ 30,00/t

carregado

16 - 22 cm de diâmetro, R$ 42,00 a R$

50,00/t carregado

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23 - 33 cm de diâmetro, R$ 80,00 a R$

90,00/t carregado

33 - 40 cm de diâmetro, R$ 135,00/t

carregado

acima de 40 cm de diâmetro, de R$

170,00 a R$ 190,00/t carregado

Madeira serrada de pinus (varia muito em

função da espessura, comprimento,

largura e qualidade da tora): madeira larga

(acima de 20 cm) de R$ 450,00 a R$

480,00/m³.

Pinus tora em pé: 15 - 25 cm de diâmetro:

R$ 20,00/t

20-30 cm de diâmetro: de R$ 60,00 a R$

70,00/t

30-40 cm de diâmetro: R$ 100,00/t

Acima de 40 cm de diâmetro: R$ 150,00/t

Pinus/material 1º desbaste - entregue em

Glorinha: R$ 69,00/t

Eucalipto/lenha: de R$ 45,00 a R$

60,00/metro estéreo empilhado

Lenha picada: R$ 140,00/ metro estéreo

empilhado

Toretes/vara para construção: de R$ 0,80

a R$ 1,00/m linear

Tora acima de 25 cm: R$110,00/t

carregada

Tora acima de 40 cm: R$ 140,00/t

carregada

Eucalipto/madeira serrada/serraria móvel:

R$ 400,00/m³ serrado

Florestamento – regiões da Campanha e Fronteira Oeste A comercialização do eucalipto a R$ 34,50/m

3 em

pé aos 7,5 anos para produtores da poupança florestal (fonte Fibria). Na lenha o comércio local paga R$ 58,00/metro empilhado posto no local e remuneração líquida ao produtor de R$ 15,00/metro empilhado. Acácia-negra: preços da casca R$ 260,00/t (posto em Montenegro ou Estância Velha); madeira R$ 56,00/m empilhado posto em Rio Grande (fonte: Tanac e Seta).

A área florestada na região é de 124.904

hectares de eucalipto, 9.838 hectares de

acácia-negra e de 14.687 hectares de

outras espécies.

Reflorestamento – Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí. Nesse período é realizado o plantio de florestais. O eucalipto é a principal espécie cultivada. Grandis e Saligna são os preferidos dos agricultores, principalmente em municípios com menor incidência de geadas severas. Na região do Alto da Serra do Botucaraí, é plantado o Dunni, tolerante a geadas. A lenha de eucalipto está sendo vendida a R$ 45,00/m

3. Com a redução da oferta de lenha na

região, o preço teve um pequeno acréscimo e tende a se elevar mais. O preço pago pela madeira (toras) de eucalipto fica entre R$ 100,00 e R$ 120,00/ m

3.

CRIAÇÕES

Forrageiras – Os campos nativos apresentam boa produção de massa verde em virtude do rebrote das espécies forrageiras, favorecido pelas condições de temperatura e umidade deste final de primavera. Com as boas condições climáticas, na semana que passou a qualidade das pastagens já melhorou bastante, e a oferta tende a ser maior ainda nas próximas semanas. As pastagens cultivadas de inverno praticamente chegaram ao final do ciclo, e as anuais e perenes de verão estão em plena fase de desenvolvimento vegetativo, permitindo o pastoreio direto dos animais. Em algumas propriedades ainda são realizadas a semeadura de espécies anuais de verão e a de lavouras de milho para produção de silagem. Na maioria das regiões, as condições das pastagens devem se refletir na maior oferta de carne e leite, nas próximas semanas. Cabe pontuar, entretanto, que nas regiões mais ao Sul do Estado, a chuva acumulada durante o mês de novembro ficou abaixo da média climatológica, fato suficiente para que os criadores comecem a atentar para uma possível falta de umidade adequada para um bom desenvolvimento das pastagens. Bovinocultura de Leite - O rebanho de leite em geral vem tendo boas condições de pastoreio, em decorrência das pastagens disponíveis nos diversos recantos da produção leiteira. O tífton melhorou seu desenvolvimento, e o trevo branco também está apresentando bom desenvolvimento neste último período. A alimentação do gado de leite vem sendo complementada com forragem conservada, especialmente silagem de milho, pois ainda temos uma situação de oferta de forragem no período.

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Muitos produtores fornecem feno e pré-secado para suprir a necessidade de volumoso decorrente desta baixa oferta de pasto. Outros estão restringindo a quantidade de ração fornecida aos animais em virtude dos altos custos em relação ao preço pago pelo litro de leite. As condições nutricionais dos rebanhos são de satisfatória a boa. A atividade continua passando por momento difícil, devido aos baixos preços recebidos pelos produtores. Eles mantêm reclamação do baixo preço recebido pelo produto e por alguma demora no pagamento. O preço médio do litro de leite manteve-se estável na semana, no RS, ficando em R$ 0,93 ao produtor. Ovinocultura – As condições nutricionais dos rebanhos ovinos estão satisfatórias, pois os campos nativos estão em pleno desenvolvimento, apresentando brotação vigorosa e aumentando a quantidade e a qualidade das pastagens. As condições climáticas do período, com umidade e aumento das temperaturas, fazem com que os produtores estejam atentos para as condições sanitárias dos rebanhos, intensificando o uso de produtos químicos para controle e prevenção de verminoses e podridão dos cascos (manqueiras). Os ovinocultores permanecem realizando dosificações (vermifugações) estratégicas em todo o rebanho e controle da sarna e do piolho. O período da esquila se aproxima da fase final, e a comercialização da lã ocorre em diversos locais. A comercialização de animais para abate é pequena na maioria dos municípios do Estado, devido especialmente à pequena oferta de cordeiros terminados. Os criadores estão preparando cordeiros para ofertar no final do ano, quando aumenta a procura pela carne ovina. Piscicultura - Nas Missões e Fronteira Noroeste, os tanques e açudes estão com níveis altos, e a luminosidade diária tem sido favorável ao desenvolvimento dos fitoplânctons. Na maioria dos municípios os produtores concluíram o povoamento com alevinos. A oferta de pescado está normalizada. Os piscicultores estão abrindo os açudes e efetuando a despesca. A temperatura da água nos últimos dias possibilita o arraçoamento normal dos peixes, cujo desenvolvimento é bom. Pesca Artesanal - As atividades pesqueiras continuam suspensas nas regiões por conta da piracema.

Na região Sul, a Lagoa dos Patos está com baixa captura de pescados, e por esse motivo, muitos pescadores estão recolhendo suas redes, mas mantêm a esperança que este ano ocorra ótima safra de camarão, já que em novembro ocorreu menor precipitação e com isso entrou água salgada na Lagoa, condições que podem favorecer o desenvolvimento do crustáceo na lagoa. Na Bacia da Lagoa Mirim, o período de defeso iniciou em 01 de novembro e se estenderá por três meses. De acordo com os levantamentos realizados na comunidade de Santa Izabel pela Emater/RS-Ascar, os pescadores encerraram o ano com a média de 100 quilos por mês de peixe capturado. Em Pelotas as famílias beneficiárias do Programa Brasil Sem Miséria - PBSM III estão recebendo a primeira parcela dos recursos. São realizadas visitas para orientação relativa ao recebimento e aplicação do recurso. Em 30 de novembro ocorreu a reunião do Fórum da Lagoa na Colônia de Pescadores Z3. Em 12 de dezembro ocorre a abertura da pesca da Lagoa do Peixe.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

07/12/2017 30/11/2017 09/11/2017 08/12/2016 GERAL DEZEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 36,93 36,87 36,35 51,45 43,39 44,78

Feijão 60 kg 133,33 134,71 136,50 242,46 172,04 166,93

Milho 60 kg 26,98 26,82 25,91 39,13 32,66 32,07

Soja 60 kg 64,98 63,90 63,12 76,80 76,19 81,35

Sorgo 60kg 21,27 20,60 20,33 36,44 27,76 26,77

Trigo 60 kg 30,29 29,67 29,83 30,71 37,22 37,69

Boi para Abate kg vivo 4,74 4,72 4,61 5,25 5,00 5,01

Vaca para Abate kg vivo 4,05 4,04 3,97 4,71 4,49 4,53

Cordeiro para Abate kg vivo 6,20 6,22 6,23 6,14 5,34 5,22

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,20 3,28 3,34 3,66 3,72 4,12

Leite (valor liquido recebido) litro 0,93 0,93 0,95 1,18 1,02 1,02

04/12-08/12 27/11-01/12 06/11-10/11 05/12-09/12

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.