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TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
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Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340
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*Os gabaritos estão disponíveis no Apoio Pedagógico ao Aluno (APA) ou na copiadora
do ICG.
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SUMÁRIO 1 COMUNICAÇÃO, LEITURA E ESCRITA .................................................................... 5
1.1 COMUNICAÇÃO ......................................................................................................... 6
1.2 LER É UM EXERCÍCIO - UM CONVITE À LEITURA: ........................................................... 9
1.3 DOMÍNIO DA LÍNGUA PORTUGUESA E O MERCADO DE TRABALHO................................. 11
2 LÍNGUA, LINGUAGEM E SOCIEDADE .................................................................... 13
2.1 CONCEITOS DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA ............................................................. 14
2.2 DIFERENÇAS ENTRE LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA ............................................ 18
2.3 ETIQUETA EMPRESARIAL ......................................................................................... 20
2.4 O “CERTO” E O “ERRADO” NO IDIOMA ...................................................................... 21
3 LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL ................................................................ 23
3.1 ADEQUAÇÃO E INADEQUAÇÃO LÍNGUÍSTICA .............................................................. 24
4 ESTUDO DO PARÁGRAFO ...................................................................................... 27
4.1 ESTRUTURA DO PARÁGRAFO-PADRÃO ...................................................................... 30
4.2 FORMAS DE ELABORAÇÃO DA INTRODUÇÃO DO PARÁGRAFO ...................................... 33
4.3 FORMAS DE ELABORAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO ............................ 35
4.4 FORMAS DE ELABORAÇÃO DE CONCLUSÃO DO PARÁGRAFO ....................................... 38
5 ACENTUAÇAO GRAFICA ......................................................................................... 43
5.1 FORMAS VERBAIS ................................................................................................... 45
5.2 O HIATO ................................................................................................................. 48
5.3 O TREMA ............................................................................................................... 49
5.4 CRASE ................................................................................................................... 50
5.5 REGRAS PRÁTICAS ................................................................................................. 51
5.6 CASOS PROIBIDOS: ................................................................................................. 55
5.7 CASOS OBRIGATÓRIOS: .......................................................................................... 56
5.8 CASOS FACULTATIVOS: ........................................................................................... 56
6 CONCORDANCIA NOMINAL .................................................................................... 57
7 CONCORDÂNCIA VERBAL ...................................................................................... 61
8 ORTOGRAFIA ............................................................................................................ 68
8.1 E OU I?................................................................................................................. 71
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8.2 HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS ...................................................................................... 72
8.3 OUTRAS DIFICULDADES COMUNS ............................................................................. 75
8.4 MAL OU MAU? ........................................................................................................ 76
8.5 HÁ OU A? .............................................................................................................. 77
8.6 ONDE OU AONDE? .................................................................................................. 79
8.7 SENÃO OU SE NÃO? ................................................................................................ 79
8.8 AO INVÉS DE OU EM VEZ DE? ................................................................................... 80
8.9 IR AO ENCONTRO DE OU IR DE ENCONTRO A? ............................................................ 80
8.10 DIA A DIA OU DIA A DIA? ........................................................................................ 80
8.11 AGENTE, A GENTE OU HÁ GENTE? .......................................................................... 80
9 PONTUAÇÃO ............................................................................................................. 82
9.1 A VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES ............................................................................... 87
9.2 OBSERVE O USO DOS DOIS PONTOS EM ENUMERAÇÕES: ............................................ 90
9.3 O QUE É ETCETERA:................................................................................................ 90
10 PRONOMES ............................................................................................................. 92
11 REGÊNCIA VERBAL ............................................................................................. 99
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COMUNICAÇÃO, LEITURA E
ESCRITA
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1.1 Comunicação
1.
O homem, sendo um ser social por excelência, porque vive em grupos e é
dotado da capacidade de refletir, tem usado suas habilidades para manter relações
com seus semelhantes, o que lhe possibilita partilhar pensamentos e emoções. E esse
partilhar, antes da evolução do homem até o estágio homo sapiens, se estabelecia
através de algumas “modalidades de significantes”, listadas por Vicente de Paulo
Saraiva: pintura, escultura, música, dança. Mas a capacidade de pensar fez o homem
criar outra ferramenta de comunicação - a palavra.
A palavra, como um dos recursos mais fecundos da comunicação, é o
instrumento que o homem possui para difundir ideias, expressar emoções e defender
posições. Por isso, seu uso adequado tem sido amplamente defendido não só por
profissionais ligados à área da comunicação, mas também por aqueles que veem no
domínio da palavra um requisito essencial para obtenção de sucesso no mercado de
trabalho, independentemente do campo de atuação. Nessa linha de raciocínio, João
Bosco Medeiros enfatiza:
“O sucesso empresarial também depende de um sistema de comunicação
eficaz, tanto interna, quanto externamente. A comunicação imprecisa, ambígua e
insuficiente tem gerado a ruína de muitos empresários.” (MEDEIROS, 2005, p. 17).
Diante disso, que estratégias adotar para estabelecer uma comunicação
eficiente? Exercitar a leitura e a escrita e tornar-se um bom leitor.
Quais são as características do bom leitor?
►Um bom leitor cria possibilidades mais amplas de integração e ação social;
►Um bom leitor é aquele que capta o explícito e o implícito, as “entrelinhas”
subjacentes ao texto, as intenções do autor;
►É aquele que constrói uma leitura crítica do mundo;
►É ainda aquele que aprecia a potencialidade da língua concretizada no texto e
avalia o que se diz e como as coisas são ditas;
►Um bom leitor incorpora à leitura os seus conhecimentos prévios e as suas
experiências de vida para atingir o significado do texto.
KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto,
Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.11-35.
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Assim, em um mesmo texto diferentes possibilidades de leitura podem surgir.
Mas é preciso ressaltar que uma leitura só é válida quando autorizada pelo texto e
fundamentada por indicadores que permitem uma ou mais interpretações. Que leituras
podem ser feitas a partir do seguinte texto?
Enfim, o bom leitor é aquele que constrói significado/sentido no texto. E a
atividade de leitura é um exercício que prepara o indivíduo para a vida em sociedade,
devendo, por isso, ser cultivada e aperfeiçoada. Isso porque:
“Não basta, porém, ser alfabetizado para fazer da leitura um ato de ‘crítica’,
que envolve constatação, reflexão e transformação de significados. [...] A leitura
é uma atividade necessária no mundo de hoje e não deve restringir-se às
finalidades de estudo. É preciso ler para se informar, para participar, para ampliar
conhecimentos e alcançar uma compreensão melhor da realidade atual.”
(ANDRADE; HENRIQUES, 1999, p. 49)
O domínio da leitura conduz ao domínio da escrita, prática indispensável no
contexto atual, já que o homem escreve para dar ordens, avisar alguém, receitar,
registrar vivências, pedir, etc. Para esses autores, “a escrita já nasceu com mil
utilidades” (2003, p. 9-10) e a sua invenção foi um sucesso: “veio para ficar e se
espalhar pelo mundo, e foi uma arma poderosíssima nas mãos dos povos que a
dominavam, de tal forma que, hoje, os povos que não dispõem dela dependem da
escrita dos outros para sobreviverem. E, mesmo dentro de países civilizados, o cidadão
que não sabe escrever também depende dos que sabem para ficar vivo.” (2003, p. 10).
A dificuldade ou a ausência do culto à escrita pode tornar-se fator gerador de
“exílio”, “colonização” e “dominação” do homem na sociedade, pois, segundo Faraco e
Tezza, o domínio da escrita é tão importante que, durante séculos, só se permitia que
uma pequeníssima parcela da sociedade aprendesse a ler e a escrever.
Escrever era uma questão de segurança social, política ou religiosa: só pessoas
de determinadas classes ou castas tinham esse direito, exercido sempre sob estrito
controle.” (2003, p. 10) Com o passar do tempo, a vigilância foi sendo amenizada e a
escrita, popularizada de tal modo que é impensável “um mundo sem palavras
escritas(FARACO; TEZZA, 2003, p. 9-11).
Para Faraco e Tezza, a escrita é indispensável porque amplifica a
linguagem oral em dois aspectos: a escrita atravessa o tempo e atravessa o
espaço. Por romper a linha temporal, faz história – na dupla acepção do termo. Ao
ultrapassar barreiras geográficas, no envio de uma carta ou de um e-mail, por exemplo,
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a escrita possibilita a construção de uma memória de informações a serem
compartilhadas por pessoas de/em diversos lugares. Essas duas peculiaridades da
escrita, as quais são sintetizadas na noção de “permanência”, asseguram que “a
escrita dominou o mundo” (FARACO; TEZZA, 2003, p. 12).
Se a escrita domina o mundo, o homem precisa dominá-la para se revelar apto a
interagir socialmente. Diante dessa necessidade de aprimoramento da capacidade de
expressão escrita, algumas dicas são fundamentais:
►Ler atentamente bons textos, assumindo uma postura crítica;
►Ler autores da área que pretende seguir;
►Observar a forma de escrever dos autores;
►Corrigir deficiências do aprendizado da Língua Portuguesa;
►Dominar técnicas de redação e recursos linguísticos básicos;
►Produzir textos.
É importante destacar que produzir bons textos não significa produzir
apenas textos literários. Um texto bem elaborado é aquele que atende a
determinados fins, seja no âmbito artístico, seja no profissional. Por exemplo, se o
objetivo do redator é relatar pormenorizadamente tudo o que aconteceu numa reunião
administrativa de uma empresa, ele precisará escrever uma ata, tipo de texto que se
organiza segundo algumas normas específicas. Agora, se a intenção de um autor é
produzir uma história a partir de acontecimentos do cotidiano e envolver o leitor numa
narrativa literária, deverá escrever uma crônica. Portanto, quando se escreve um texto,
é necessário atender aos objetivos da produção textual, obedecendo a um sistema de
regras ligado não só a normas linguísticas, mas também à tipologia textual.
Outro elemento importante na construção de um texto é a atenção ao contexto
comunicativo. Quem será o leitor do texto? Que linguagem adotar para estabelecer
comunicação com determinado leitor e para obedecer à característica do texto? Ao
escrever um e-mail, por exemplo, o nível de linguagem usado quando se comunica
com um amigo não é o mesmo quando o interlocutor é o chefe de trabalho.
A atividade de escrita, então, pressupõe conhecimento do assunto a ser
abordado, clareza das intenções/objetivos da produção textual, adequação à
modalidade da língua e ao tipo de texto e ajuste de estrutura e expressão à
característica do leitor/receptor. Além disso, o processo de escrita é baseado em
noções de apresentação formal do texto, como a estrutura dissertativa - que exige a
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divisão do texto em, no mínimo, três parágrafos – e a estrutura da redação técnica –
que possui linguagem e diagramação próprias.
Em síntese:
Organizar adequadamente a produção de um texto significa considerar o
que se escreve, para que se escreve, como se escreve e para quem se escreve.
PRATICANDO
1. Imagine a seguinte situação: você precisa escrever uma Carta de Apresentação
para uma vaga de trabalho como CORRETOR(A) DE IMÓVEIS de uma imobiliária de
Goiânia. Esta carta é a primeira etapa do seu processo de seleção. Você precisa fazer
o seu “marketing”, vender a sua imagem e as suas ideias, falar do seu potencial e
como poderá fazer a diferença naquela instituição.
2. Diante da situação apresentada acima, considere que você ainda precisa avisar o
seu amigo que está na sala de espera. Que torpedo você enviaria a ele, noticiando os
fatos?
1.2 Ler é um exercício - um convite à leitura:
Nadando em letras
Estes dias, enquanto conversava com amigos, o assunto “literatura” veio à
tona. Decepcionei-me ao saber que muitos detestavam ler e espantei-me com
a razão: ler seria, na opinião deles, complicado, difícil. Sei lá, isso ficou lá num
canto empoeirado da minha mente, até que reapareceu, e na hora certa; na
hora em que nadava. Curioso, mas os atos de ler e de nadar têm muito mais
em comum do que aparentemente se pensa. Ler, assim como nadar, são
atividades para as quais devemos treinar, aprender.
Algo gradual; não se começa nadando em uma piscina de 50 metros, assim
como não se aprende a ler com um livro de Economia, mas com treino
chegamos lá. No princípio, mesmo uma piscina curta é um desafio. A borda
oposta parece tão distante; uma eternidade marcada por lentas braçadas nos
separa dela. De repente a gente vai e volta, as braçadas ficam rápidas e
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fortes; procuramos uma piscina grande. Um dia aprendemos que, ao chegar
perto da borda, basta dar uma meia cambalhota, impulsionar com os pés e daí
nadar ainda mais rápido. Depois da velocidade, vem o gosto pela distância,
este junto com as temidas cãibras – mais treino. Dois três quilômetros são
(quase) brincadeira. Próximo desafio: água aberta e fria, rio, correnteza;
desafio! O melhor de tudo é que a qualquer momento podemos nos lembrar
dos estágios anteriores, isto é, ter consciência de que melhoramos de fato.
Ler é similar. Quando começamos, qualquer textinho é um desafio. O ponto
final não chega nunca, nos perdemos ao mudar de linha; nossa própria leitura
mental não consegue encontrar a entonação certa. Enfim, é um calvário de
letrinhas. Quando os textos ficam curtos, pulamos para livretos e aos poucos
desenvolvemos consciência do conteúdo que expõem, assim como na piscina
quando aprendemos seus truques; em resumo, adquirimos experiência, a qual
é vital para irmos adiante. Então pulamos para livros complicados, grandes,
clássicos de autores famosos ou não. Eles dão um nó na gente e não é raro
que tenhamos que ler determinadas partes duas vezes, ou retornar alguns
capítulos para compreender o contexto. São as “cãibras gramaticais”, digamos
assim – mais treino.
O que vem depois: outras línguas, outros autores, mais desafios.... quem sabe
até mesmo escrever? E assim como a natação, o nostálgico “olhar para trás” é
gratificante e, neste caso, culturalmente impagável. Pessoalmente, leio muito.
Sou do time do Luís Fernando Veríssimo: se não tenho nada para ler, corro
para a torneira do banheiro para ler “quente/fria”. Talvez por isso repudie
aquela imagem estereotipada que fazem dos leitores, com seus pesados
óculos, pele pálida, característica apatia, chatice e aversão a convívio pessoal
e afins. Ela apenas intimida aqueles que leem, nutre um preconceito, que
assim como a maioria, é detestável e infundado. E chegou aquela hora de
passar a mensagem final e se tenho uma, ela é: leiam! Ler é mentalmente
saudável; nadar (ou praticar qualquer forma de esporte) é fisicamente
saudável e como o ditado latino prescreve, mens sana incorpore sano, isto é,
mente sã em corpo são.
Rafael Accorsi/Universidade de Freiburg, Alemanha
(Gazeta do Sul, 7 ago. 2002)
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PRATICANDO
Responda às questões abaixo:
1. A exemplo dos amigos do autor do texto, que detestavam ler, apresente outras
razões possíveis para tanta resistência à leitura.
2. Na visão do autor do texto, a leitura também é complicada e difícil? Explique.
3. Considere a seguinte afirmação: “Ler, assim como nadar, são atividades para as
quais devemos treinar, aprender”. Segundo o texto, como se desenvolve o processo de
leitura?
4. Que estratégia linguística o autor utiliza para explicar como se desencadeiam os
estágios de leitura?
5. A partir da leitura do texto, explique o que são “calvário de letrinhas” e “cãibras
gramaticais”.
6. O autor se opõe a uma visão tradicional de leitor, definida como ”aquela.
imagem estereotipada que fazem dos leitores, com seus pesados óculos, pele pálida,
característica apatia, chatice e aversão a convívio pessoal e afins”. Qual a razão dessa
oposição?
7. A referência a Luís Fernando Veríssimo não é casual. Por que Rafael Accorsi o
citou?
1.3 Domínio da língua portuguesa e o mercado de trabalho
A Língua Portuguesa e o Mercado de Trabalho
Vanessa Loureiro Correa*
O programa de televisão "O Aprendiz 3", transmitido pelo canal fechado
People and Arts e retransmitido pela TV Record, mostra a luta de doze
candidatos por uma vaga na empresa de Roberto Justus, âncora do programa.
Esse emprego é em Nova York e o salário é em torno de U$ 250.000 anuais,
além de todos os confortos, ou seja, carro, apartamento, alimentação e outras
vantagens. Para serem merecedores da vaga, os candidatos precisam mostrar
liderança, criatividade, conhecimento técnico e, também, domínio da língua
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materna e de uma língua estrangeira.
Vários estudiosos da Língua Portuguesa escreveram sobre a
importância de se saber mais de um nível de linguagem para a conquista da
vaga. Justus não perdoou os competidores que, em algum momento, usaram
termos ou aspectos gramaticais inadequados. Foi incisivo e falou, por alguns
minutos, sobre a importância das línguas nas empresas. Provou que um
excelente executivo não pode contar somente com o conhecimento da
secretária para que a comunicação ocorra. O próprio Roberto demonstrou, em
todos os programas, um alto nível de domínio das línguas Portuguesa e
Inglesa.
Muitos podem estar pensando que isso só ocorreu no programa porque
o emprego era bom. Porém, revistas especializadas como Você S/A informam
que, atualmente, o domínio linguístico está sendo usado como fator de
seleção, tendo em vista o bom currículo dos candidatos. Há empresas que
pedem a conjugação de um verbo, outras fazem "ditado" de palavras
portuguesas e inglesas, mas a grande maioria pede mesmo é a elaboração de
uma redação.
Sem sombra de dúvida que a escritura de um texto é, de fato, a melhor
maneira de se avaliar o candidato. Além dos aspectos gramaticais, pode-se
verificar se ele sabe coesão, coerência, partes textuais e outros elementos que
constituem uma produção textual. Sendo assim, torna-se evidente que a
inserção no mercado de trabalho não depende mais de um domínio somente
técnico. Aqueles que ainda têm problemas com a língua materna terão de
correr atrás do prejuízo se quiserem encontrar colocação. Ainda que se possa
usar o nível coloquial com os amigos e em situações informais, tem-se que
dominar o culto para apresentar um diferencial. Não tem escapatória, a
mensagem é clara: mãos à obra!
* Mestre em Linguística Aplicada pela PUCRS, professora do Curso de
Letras da ULBRA e tutora de Língua Portuguesa no ULBRA EAD.
Coordenadora das Licenciaturas do ISEE.
Texto disponível em: http://www.ulbra.br/ead/linportuguesa.htm. Acesso
em: 16 ago. 2008.
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2 LÍNGUA, LINGUAGEM E SOCIEDADE
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2.1 Conceitos de linguagem, língua e fala
A comunicação em nossa sociedade pode ser realizada de diversas formas:
através da palavra, do corpo, do gesto, da imagem, do som. Essas formas de
comunicação são linguagens que se valem de diversos recursos para produzir
significados. A linguagem é um processo comunicativo pelo qual as pessoas
interagem entre si. Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (falada
ou escrita), existem também as linguagens não verbais. Há ainda linguagens mistas,
que intercalam a verbal com a não verbal. Veja os exemplos:
Linguagem verbal Texto opinativo (editorial), poema, ata, ofício,
requerimento.
Linguagem não
verbal
Música (melodia), dança, pintura, fotografia,
escultura.
Linguagem mista
(verbal e não
verbal)
Notícia de jornal (texto escrito e imagem, fotografia),
sites da Internet, história em quadrinhos, cinema,
teatro, novela.
Segundo Dileta Martins e Lúbia Zilberknop (2003), no mundo moderno o homem
não vive sem a comunicação, que é uma “força de extraordinária vitalidade na
observação das relações humanas e no comportamento individual [...] Provado está
que a comunicação é um processo social e, sem ela, a sociedade não existiria” (2003,
p. 23). Como processo indispensável à sobrevivência do homem na sociedade, é
preciso ter domínio da comunicação e esta se estabelece através de diversos recursos,
como a palavra, os gestos, os movimentos, os símbolos, o silêncio, etc. Mas de todos
esses recursos, a palavra é o instrumento que tem sido preferido pelo ser humano para
expressar seu pensamento, interagir com o outro e se fazer compreender.
KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz
do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.18-22; 26,31 e 32.
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O uso da palavra como instrumento de comunicação é regido por um código
específico, que é dominado por um grupo de pessoas ou por toda uma comunidade e
que possibilita a troca e a construção de mensagens. Esse código é a língua. O que é
língua?
“Língua é um código que possibilita a comunicação. É um sistema de
signos, combinações e de sons, de caráter abstrato, utilizado na
fala.”(MEDEIROS, 2005, p. 28)
A Língua Portuguesa é o código que todos os falantes desta língua – brasileiros,
portugueses e africanos usam nas diversas situações de comunicação e interação
social. Por isso, quanto maior for o domínio da língua portuguesa, maiores serão as
possibilidades de obter uma comunicação eficiente. Dominar de forma competente uma
língua não significa somente conhecer o seu vocabulário; é necessário dominar a
Língua Portuguesa que, assim como outras línguas neolatinas, originou-se do latim
vulgar.
Durante a expansão marítima, no século XV, este idioma foi levado pelos
portugueses a outros continentes; hoje é falado por mais 240 milhões de pessoas.
Habitantes de Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau, São Tomé e
Príncipe, Guiné-Bissau falam a Língua Portuguesa, com suas leis combinatórias, isto é,
fazem a combinação de palavras que propicie sentido.
O falante de Língua Portuguesa pode conhecer o sentido das palavras, mas se
não respeitar as leis de combinação das palavras, não produzirá significado, sentido.
Como código que possibilita a comunicação na sociedade, a língua assume um caráter
social, pois o indivíduo sempre recorre ao mundo dos signos linguísticos para formular
suas mensagens. Dino Pretti (1984) sintetiza a relação entre língua e sociedade:
“Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social,
que compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade,
como também uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos
meios de comunicação de massa até a vida cultural, científica e literária.”
(PRETTI, 1984, p. 53)
É preciso destacar que a língua pertence a toda uma comunidade, evolui e
transforma-se historicamente. Quando se fala em língua, deve-se abandonar a
busca da homogeneidade e da estabilidade; a língua é mutável. Como exemplo
dessas mudanças, pode-se observar o vocabulário: algumas palavras perdem ou
ganham fonemas (sons); outras deixam de ser utilizadas; outras palavras são criadas
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de acordo com as necessidades das pessoas – é o caso dos neologismos e dos
empréstimos de outras línguas com as quais uma comunidade tem contato. Como
podemos observar a flexibilidade e as mudanças da língua? Vejamos os textos:
Texto 1: Em nossa última conversa, dizia-me, o grande amigo, que não
esperava viver muito tempo, por ser um “cardisplicente”.
_ O quê?
_ Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
_ “Cardisplicente” não existe, você inventou - triunfei.
_ Mas se eu inventei, como é que não existe? – espantou-se o meu amigo.
Semanas depois, deixou, em saudades fundas, companheiros, parentes e
bem amadas.
Homens de bom coração não deveriam ser cardisplicentes.
Questão: “Mas se eu inventei, como é que não existe?”
Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a língua, para ele,
era um código aberto,
(a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular.
(b) a ser enriquecido pela criação de gírias.
(c) pronto para incorporar estrangeirismos.
(d) que se amplia graças à tradução de termos científicos.
(e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
Texto 2:
Explicação moderna para uma pergunta antiga
_ Pai, como é que eu nasci?
_ Boa pergunta, filhão. Muito bem, tínhamos mesmo que ter essa conversa um
dia. O que aconteceu foi o seguinte: eu e sua mãe nos conhecemos após nos
encontrarmos num Chat desses da net, que existem para se conversar. O
papai marcou uma interface com a mamãe num cybercafé e acabamos
plugados. A seguir, a mamãe fez uns downloads no joy-stick do papai e
quando estava tudo pronto para a transferência de arquivo, descobrimos que
não havia qualquer tipo de firewall conosco. Como era tarde demais par dar o
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ESC, papai acabou fazendo o upload de qualquer jeito com a mamãe e, nove
meses depois, você apareceu. Entendeu?(Gazeta do Sul, Gazeta Mix, 02
mar. 2006, p.6)
Questão: De que forma o pai explicou o nascimento do filho?
A língua é um código aceito por convenção. Por isso, um indivíduo,
isoladamente, não consegue modificá-la. As transformações da língua são ocasionadas
por alterações linguísticas surgidas em comunidades ou grupos sociais.
Além disso, a língua é usada tanto na escrita quanto na fala. A fala, segundo
Medeiros, “é regida pelo uso consensual que os falantes fazem dos elementos do
sistema” (2005, p. 28). Além disso, a fala é um ato intencional e individual, de vontade
e de inteligência. Tanto a fala quanto a escrita são “usos individuais da língua”
(CEREJA; MAGALHÃES, 2005, p. 21), pois os indivíduos não falam e escrevem da
mesma forma.
Como enfatiza Medeiros (2005), a língua escrita e a língua falada apresentam
diferenças de forma, gramaticalidade e recursos expressivos:
Estabelece-se diferença fundamental entre língua falada e língua escrita. A
primeira é livre, desativada de componentes situacionais; a segunda é presa às regras
da gramática e ao padrão considerado culto. Uma é criativa, espontânea; outra
cuidada, elaborada. Ainda que a língua seja a mesma, a expressão escrita difere muito
da oral, podendo-se facilmente comprovar que ninguém fala como escreve, ou vice-
versa. (2005, p. 29).
O autor também ensina que na língua falada há mais contato entre os falantes,
enquanto na escrita há mais distanciamento, pois “o contato entre quem escreve e
quem lê é indireto” (2005, p. 29). Nesse sentido, o autor afirma que a língua falada é
concreta, não apresenta grande preocupação gramatical, tem vocabulário reduzido e
constantemente renovado e pode contar com outros recursos extralinguísticos, como
os gestos, as expressões faciais, a postura.
A língua escrita, ao contrário, é abstrata, conservadora, refletida e exige maior
esforço para elaboração e obediência às regras gramaticais. Seu vocabulário deve ser
preciso e apurado.
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2.2 Diferenças entre língua falada e língua escrita
LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA
Vocabulário restrito e
repetições de palavras
Vocabulário
amplo e variado
Emprego de gírias e neologismos Emprego de termos técnicos
Emprego restrito de certos tempos
verbais
Uso de vocabulários eruditos e
abstratos
Uso de onomatopeias Emprego do mais-que-perfeito,
subjuntivo, futuro do pretérito
Ausência de rigor na colocação
pronominal
Rigor na colocação pronominal
Supressão de pronomes relativos,
como cujo
Emprego de pronomes relativos
Subjetividade e uso de expressões
emotivas
Objetividade e ausência de
expressões emotivas
Frases feitas, clichês, chavões,
provérbios
Uso criativo de frases
Sintaxe simples Sintaxe elaborada
Frases inacabadas Frases construídas com rigor
gramatical
Formas contraídas e omissão de
palavras no interior das frases
Clareza na redação, sem omissões e
ambiguidades
Predomínio de orações coordenativas Uso de orações coordenadas e
subordinadas
Quadro adaptado de Medeiros (2005)
Medeiros ainda observa que tanto a língua falada/oral quanto a língua escrita
apresentam níveis ou registros:
Em situações formais, a expressão se dá com a utilização de uma língua mais
gramatical, com pronúncia cuidada. Em situações menos tensas, como a do meio
familiar, a língua adquire características de informalidade, e as preocupações com a
clareza e a correção tornam-se menos rigorosas. (MEDEIROS, 2005, p. 29-30).
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PRATICANDO
1) Coloque V (verdadeiro) e F (falso) nas alternativas a seguir:
( ) A língua, como elemento de comunicação, sofre mudanças, que
variam no tempo e no espaço. Por isso, o modo como falamos e escrevemos
hoje não é o mesmo de épocas anteriores.
( ) Enquanto a língua falada necessita de nexos entre frases, a escrita
dispensa esses elementos, pois sua comunicação dispõe de outros recursos
(como a riqueza vocabular) que auxiliam a comunicação.
( ) A gíria é um elemento de criatividade e expressividade usada na
língua e é admitida na fala.
( ) Na língua falada, é comum o uso de períodos subordinados, que são
mais longos e demonstram mais cuidado na elaboração linguística.
( ) A língua falada é mais espontânea, usa clichês, frases feitas, que, na
língua escrita, são evitados.
2) Leia o diálogo estabelecido entre dois jovens, Viviane e Juliana, no
telefone a respeito de um trabalho em grupo para a faculdade.
_ Oi, Ju, cê acabou o trabalho?
_ Já detonei, Vi! Só que não deu para passar na facu! O Giba ficou pegando
no meu pé pra arrumar uns lances nuns gráficos.
_ Ah! Falei que ia dar zica. Mas cê tá ligada que tem que escrever uma carta
pra secretária para entrega fora do prazo, né?
_ Desencana. O Giba disse que ia resolver essa parada...
_ Ah, então beleza! Dá um toque pro Marquinho, falô? Bejão!
a) Quais expressões, ou palavras demonstram a oralidade da língua?
b) Em quais contextos comunicativos a língua falada deve se manter mais
formal ou se apresentar de forma espontânea, como acontece no diálogo entre
os universitários do texto acima?
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No uso da língua, o locutor deve ajustar sua fala e/ou escrita ao contexto
comunicativo e especialmente ao interlocutor, já que a língua oferece uma
multiplicidade de possibilidades de uso. Medeiros explica como o locutor/redator deve
proceder ao elaborar seu texto, considerando o interlocutor:
“Assim, o redator empresarial utiliza uma variante mais elaborada da
Língua Portuguesa se o texto que escreve se destina a pessoas de grau elevado
de instrução; se se dirige a um público de grau de escolarização reduzido, deve
fazer uso de uma variante mais adequada a esse nível.” (MEDEIROS, 2005, p.30)
Outro ponto a destacar é que a língua falada e a língua escrita são formas
diferentes de comunicação. Nenhuma é melhor ou pior do que a outra. Cada uma delas
é apropriada a uma determinada forma de comunicação. Apesar de reconhecer as
diferenças de níveis da língua oral e da língua escrita, Medeiros é categórico ao afirmar
que é imprescindível o domínio da língua escrita na sociedade atual:
“Note-se que, no entanto, a falta de domínio da língua escrita é
estigmatizante e que no atual momento é crescente a importância da língua
escrita como meio de informação científica e tecnológica.” (MEDEIROS, 2005, p.
30)
2.3 Etiqueta empresarial
Saiba como fazer do marketing pessoal uma estratégia dentro e fora do
mundo dos negócios
Todo mundo quer aparecer na mídia. Andy Warhol já dizia que todos têm os
seus 15 minutos de fama; alguns querem mais...” Um bom marketing pessoal faz
milagres”. Mas deve ser sutil, discreto, inteligente. Não pense que um armário cheio de
marcas de grife fará de você o "bam-bam-bam" do qual todos querem informações.
Roupa não é tudo. Você precisa ter o que falar. A exposição excessiva aos holofotes
da imprensa pode ser desastrosa.
Abaixo, damos algumas dicas para quem quer levar sua imagem até a imprensa:
Marketing de sucesso
- Fale na mídia, de preferência sobre a sua área de atuação profissional;
- Não use chavões;
- Participe de entidades de classe;
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- Se for capaz, publique livros e artigos;
- Frequente cursos de pós-graduação;
- Mantenha a mídia informada sobre os seus projetos empresariais e pessoais
relevantes;
- Procure um caminho original quando seus conhecimentos forem requisitados;
- Conserve amizades dos tempos de colégio e universidade;
- Não se deixe picar pela mosca da vaidade;
- Mantenha a vida pessoal fora das pautas dos jornalistas.
Caso você queira um trabalho mais profissional, contrate uma assessoria de
imprensa. O trabalho do marketing eficiente envolve um conjunto de ações de
comunicação que procura ordenar a aparição do cliente na imprensa em ocasiões
pontuais. E, para isso, nada melhor que um jornalista para mostrar o caminho das
pedras.
2.4 O “certo” e o “errado” no idioma
Observe novamente as frases:
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.”
“Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões.”
Qual dessas frases é gramaticalmente correta?
Mas, se tanto a frase 2 como a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer
pessoa que seja falante de nosso idioma pode compreendê-las perfeitamente, por que
considerar uma frase correta e outra errada? Como determinar o que é certo e o que é
errado em um mesmo idioma?
Ferreira enfatiza que: “de modo geral, os falantes de um idioma são levados a
aceitar como ‘correto’ o modo de falar do segmento social que, em consequência de
sua situação econômica e cultural privilegiada, tem maior prestígio na sociedade;
assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as
demais variedades linguísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam
a ser consideradas ‘erradas’.” (2003, p. 81).
É importante estar ciente de que, em princípio, não existe uma forma
melhor ("mais certa") ou pior ("mais errada") de falar. Trata-se apenas de uma
diferenciação que se estabelece com base em critérios sociais e em situações de
uso efetivo da língua. (FERREIRA, 2003, p. 81)
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Nessa mesma linha de raciocínio, Faraco e Tezza defendem a ideia de que há
atribuição de valor diferente entre uma e outra variedade linguística e que essa
valoração está ligada a condicionamentos históricos e sociais: as variedades mantêm
uma relação de valor umas com as outras. Em bom português, a verdade é que todas
as sociedades humanas estabelecem uma hierarquia entre suas variedades, atribuindo
valores a este ou àquele traço da fala. Por motivos sociais e históricos, algumas
variedades são consideradas boas (a essas damos o nome técnico de variedades
padrões ou língua padrão) e outras más. (FARACO; TEZZA, 1992, p. 13).
Assim, proferir a frase "Eles não teve peito de encará os ladrão" está
linguisticamente correto, já que é possível compreender as ideias que expressa, mas
está gramaticalmente incorreto, pois o enunciado não obedece aos padrões definidos
pela gramática normativa.
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LÍNGUA CULTA E LÍNGUA
COLOQUIAL
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LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL
As proposições de Ferreira (2003) sinalizam que, convencionalmente, é
considerada "certa" ou "modelar" a variedade lingüística utilizada pelos falantes que
integram o grupo de maior prestígio social. Essa é a chamada língua culta, falada e
escrita em situações mais formais, pelas pessoas de maior instrução e é difundida
principalmente pela ação da escola e dos meios de comunicação.
Já a língua coloquial “é uma variante mais espontânea, utilizada nas relações
informais entre os falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as
normas. O falante, ao utilizá-la, comete deslizes gramaticais com frequência
considerável. Outra característica da língua coloquial é o uso constante de expressões
populares, frases feitas, gírias, etc”. (FERREIRA, 2003, p. 81)
Numa comparação entre a língua culta e a língua coloquial, é possível
constatar que, em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bem evidentes,
mas, em outros, os limites não são tão claros, ficando difícil, nesses casos, definir uma
"fronteira" entre o que é culto e o que é coloquial. As diferenças percebidas com mais
facilidade entre a língua coloquial e a língua culta são as mesmas observáveis entre a
língua falada e a língua escrita.
IMPORTANTE!
Empregar a língua culta não significa, necessariamente, “falar difícil”, usando
palavras e expressões raras. Usar a língua culta significa falar (ou escrever)
obedecendo às regras da gramática normativa.
3.1 Adequação e inadequação línguística
Quando uma pessoa se comunica com outra(s), para que esse ato se realize de
forma eficiente, é necessário que ela faça a adequação da linguagem.
Há situações em que a relação entre os interlocutores é mais descontraída, mais
informal ou pessoal, casos em que fica mais adequado o emprego de uma linguagem
KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz
do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.32,35.
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informal, mais "solta". Outras vezes, essa relação é mais impessoal, mais distanciada,
o que requer uma linguagem mais formal, “mais cuidada”.
São vários os fatores que, isoladamente ou combinados, levam o falante a
adequar sua linguagem às circunstâncias do ato de comunicação. Entre esses fatores,
destacam-se:
# o interlocutor (não se fala do mesmo modo com um adulto e com uma
criança);
# o assunto (não se fala sobre a morte de uma pessoa amiga da mesma
maneira que' se fala sobre a derrota do time de futebol);
# o ambiente (não se fala do mesmo jeito em um templo religioso e em um
churrasco com amigos);
# a relação falante-ouvinte (não se fala da mesma maneira com um amigo e
com um estranho; ou em uma relação informal e em uma relação formal).
Em um ato de comunicação, a influência desses e de outros fatores resulta num
maior ou menor grau de formalidade ou informalidade na linguagem. O grau de
formalidade do redator empresarial, por exemplo, deve ser alcançado considerando-se
o “público-alvo” do texto. Se o interlocutor for um sujeito com pouca escolarização, a
variedade linguística utilizada dever ser menos formal. Agora se o falante for um
indivíduo culto, a língua culta deve ser adotada para a comunicação.
Observando as variantes linguísticas adotadas no meio empresarial, João Bosco
Medeiros (2005) constata que os profissionais desse ramo têm usado geralmente um
“nível comum tenso”, ou seja, não têm redigido textos em linguagem só compreensível
para doutores, nem escrito textos com uma variedade que agrida o padrão culto da
língua; e, essa é uma saída correta para adequar a língua ao contexto de
comunicação.
PRATICANDO
1. Em cada situação a seguir, indique se a linguagem utilizada pelo falante está
adequada ou inadequada.
a) Um advogado, num tribunal de júri, diz: “Tá na cara que a testemunha ta
enrolando”.
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b) Um advogado, num tribunal de júri, diz: “É evidente que a testemunha está
faltando com a verdade”.
c) Um advogado, batendo um papo com um amigo, diz-lhe, a respeito de um
julgamento: “Tava na cara que a testemunha tava enrolando”.
2. (ENADE – 2007) Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e
seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos:
“Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação
para Concurso, para fins de consulta escolar.”
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que
(A) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.
(B) vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando sapatos
de verniz.
(C) vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas.
(D) frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de
algodão.
(E) veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferência
internacional.
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ESTUDO DO PARÁGRAFO
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ESTUDO DO PARÁGRAFO
Nas diversas situações do nosso cotidiano, convivemos com textos.
Tipos textuais podem se caracterizar por uma conversa entre amigos, uma
propaganda, uma história em quadrinhos, uma ata, um resumo, um ofício, uma
resenha. Cada um desses textos tem um modo específico de elaboração com
estrutura, linguagem e objetivos distintos. Um texto pode ser mais narrativo, enquanto
outro serve-se especialmente da descrição ou da argumentação. E é por isso que, no
ensino fundamental e médio, são estudados os modos de organização de um texto:
narração, descrição e dissertação/argumentação.
A escolha por um desses modos de organizar um texto depende da intenção e
das necessidades comunicativas do redator. Nesse sentido, se o objetivo do locutor é,
por exemplo, instruir seu interlocutor, ele produz um texto que se organiza em torno de
argumentos, uma vez que seu objetivo é convencer – dissertativo argumentativo. Ex.:
O superintendente de Produção de Águas da Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp), Marco Antonio Lopez Barros, admitiu que estuda reduzir
a vazão do Sistema Cantareira.
O nível total dos reservatórios do Cantareira continua preocupante e chegou nesta
quarta-feira (8) a 5,5% da capacidade. Há um ano, o nível era 39,8%.
Os ministérios públicos Estadual e Federal já ajuizaram ação civil pública pedindo que o
uso da água do Cantareira seja restringido.
De acordo com a Sabesp, a redução da vazão pode integrar o plano de contingência
exigido pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e pela Agência Nacional
de Águas (ANA) para que comece a captação da segunda cota do volume morto.
A companhia informou que o volume de redução da vazão ainda não foi estipulado.
Segundo medição da ANA, a vazão do Cantareira liberada para a Sabesp é hoje de 16,6
metros cúbicos por segundo.
Na terça-feira (7), estava em 17,27 metros cúbicos por segundo.
Os volumes registram queda conforme a escassez de água aumenta.
Esta é a maior crise hídrica da história de São Paulo.
KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do
Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.39-.47.
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Se o objetivo é contar fatos reais ou fictícios, ele pode optar por produzir um
texto que apresente em sua estrutura os fatos, as pessoas ou personagens envolvidas,
o momento e o lugar em que os fatos ocorreram - narrativo. Ex.:
Um soldado do Exército ficou ferido no fim de madrugada desta quarta-feira (8), na Praça
dos 18, comunidade da Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré, em confronto com
criminosos. O militar foi levado para o Hospital Central do Exército, em Benfica, onde
passa por exames clínicos.
Se for transmitir conhecimentos, o locutor deve construir um texto que exponha
os saberes de forma eficiente - descritivo. Ex.:
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
Dependendo da situação de produção de texto, este pode ser extenso ou curto.
O importante é organizar adequadamente as ideias do texto e, para isso, existe o
parágrafo, que é uma unidade de composição, uma microestrutura de uma totalidade, o
texto.
Estruturalmente, os parágrafos são blocos ou parcelas de texto que estabelecem
sequência de informações, mantendo a unidade de sentido. Os parágrafos, à
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semelhança das orações que os compõem, mantêm relações de sentido entre si. Por
isso, os parágrafos têm funções importantes em relação à coerência do texto: eles
contribuem para assegurar a unidade e para possibilitar a progressão das ideias.
Qual a importância do parágrafo no texto?
A divisão do texto em parágrafos é uma estratégia para facilitar a compreensão
do leitor, fazendo com que o receptor acompanhe a linha de raciocínio do autor. Além
disso, segundo Faraco e Tezza (2003), “O parágrafo tem, antes de tudo, uma
importância visual. O texto dividido em parágrafos ‘descansa’ a vista do leitor,
impedindo que o olhar se perca num emaranhado sem fim de linhas” (2003, p.208)
Um texto dissertativo-argumentativo é formado, geralmente, por um parágrafo
que introduz o tema da redação, outros que o desenvolvem e um último que conclui o
texto. A paragrafação serve para o autor indicar o movimento de um texto.
4.1 Estrutura do parágrafo-padrão
A estrutura do parágrafo-padrão em um texto dissertativo compreende três
partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
a) introdução: consiste em um período que expressa, de maneira geral e
sucinta, a ideia-núcleo do parágrafo, ou seja, contém a frase-chave do resto do
parágrafo.
b) desenvolvimento: é formado por períodos secundários, que constituem
explicações, detalhes e desenvolvimento da ideia-chave.
c) conclusão: é um período que anuncia o clímax do parágrafo ou sintetiza seu
conteúdo.
Observe um exemplo de parágrafo-padrão e as partes que o compõem.
O futebol da várzea está em extinção. A prática quase centenária do
jogo de bola nos terrenos vazios e nos saudosos “campinhos” é escassa nos
dias de hoje. Nos anos 30 eram comuns as peladas que reuniam jovens de
todas as idades, dos 10 aos 50 anos e times que disputavam o poder da
pelota. Primeiro veio a especulação imobiliária e muitos dos terrenos
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destinados à prática do esporte se foram na construção de edifícios. Depois
vieram os anos de denúncias vazias e a falta de moradias populares.
Consequentemente, aumentaram as ocupações de áreas urbanas não
construídas, o que acarretou a diminuição radical dos jogos de bola nos
campinhos.
O parágrafo-padrão apresenta Introdução Exposição da ideia central do
parágrafo. Objetivos: apresentar a ideia-núcleo e estimular a continuação da leitura.
Desenvolvimento
Desdobramento da ideia núcleo. Objetivo: expor ideias secundárias que
explicam ou esclarecem a ideia central, através de exemplos, comparações, etc.
Conclusão
Conclusão ou fechamento do parágrafo.
Objetivo: finalizar o parágrafo, propondo uma retomada das ideias, um
questionamento, uma opinião, etc.
PRATICANDO
1. Identifique as partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) dos
parágrafos a seguir:
a) ( ) A realidade brasileira deixa claro que o país é palco de
grandes contradições sociais, culturais e econômicas. \ ( ) A origem disso
pode ser procurada e provavelmente será encontrada na exploração do Brasil pelas
grandes potências, que contavam com o apoio de nossa elite e com a falta de voz ativa
dos menos favorecidos. Além disso, é preciso considerar que o país tem sido
governado de maneira irresponsável por alguns políticos. A atuação de Fernando
Collor de Mello é exemplar nesse sentido, pois permitiu que os “anões do orçamento”
desviassem verbas públicas que poderiam minimizar os problemas sociais da grande
maioria da população em vez de aumentar os cofres de uns poucos privilegiados. \
( ) Diante dessas contradições e dessas injustiças, os brasileiros
precisam encontrar uma forma de tornar o país menos contraditório e socialmente e
economicamente mais justo.
b) ( ) Hoje não se diz mais “cercou um frango”, diz-se “engoliu
um frango”. \ ( ) Há quem confunda uma coisa com outra e,
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confundindo-as, chegue a achar que noutros tempos o torcedor tinha mais graça. A
expressão “cercou um frango” era realmente perfeita. Quando alguém, na
arquibancada, pela primeira vez, gritou ”cercou um frango”, todo mundo viu o frango, o
gesto familiar de cercar um frango, o quíper de braços abertos, acocorado, cerca a bola
daqui, cerca a bola dali, a bola aos saltos, fugindo, como um frango. Não se sente o
mesmo no ”engoliu um frango”, embora o torcedor vá ao ponto de, às vezes, medir ou
pesar o frango. Este não foi frango, foi uma galinha, e das gordas. Ou este foi um peru,
e argentino. \ ( ) A verdade é que antes, muito antes de se dizer
“cercou um frango”, o torcedor, em relação ao gol, já pensava no verbo engolir ou
comer, mais em comer do que engolir. A prova está no apelido de “Guloso” que se deu
a um quíper da Mangueira. (Mário Filho, 1994, p.150)
2. Analise o parágrafo abaixo. As frases de que se compõem constituem o
desenvolvimento de uma ideia anterior. Escolha, entre as alternativas abaixo, a frase
que contém a orientação básica do parágrafo, isto é, a introdução.
Temos criado, nesse país, uma geração tartaruga, uma geração medrosa,
recolhida para dentro de si. E estamos todos impregnados por esse espírito de
tartaruga. Não temos coragem para contestar nossos dirigentes, para nos opor às suas
ideias e criar soluções alternativas. Agimos apenas de maneira reativa, negativa,
covarde.
a) Precisamos assumir o desafio de educar nossas crianças para desenvolver o
instinto da águia.
b) Com o atual sistema de ensino, estimulamos o espírito do medo e da covardia
e dele nos contaminamos.
c) Procuramos em nossas escolas fazer com que nossas crianças se recolham
para dentro de si e percam a agressividade – o instinto próprio do homem corajoso,
capaz de vencer o perigo que se lhe apresenta.
3. Os dois parágrafos a seguir encontram-se fora da ordem dada pelos autores.
Restitua a ordenação original, numerando, em ordem crescente, os períodos.
a) ( ) O quebra-quebra dominou o centro da cidade, e o governo perdeu o
controle da situação. ( ) No saldo final do protesto, 700 pessoas presas, 65 feridas e
20 mortas. ( ) Era a rebelião popular contra a vacinação antivariólica obrigatória. ( )
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Arandelas de gás partidas, postes de iluminação vergados, fragmentos de vidro por
toda parte, paralelepípedos arrancados, bondes virados e incendiados.( ) Entre 11 e
14 de novembro de 1904, o Rio de Janeiro transformou-se em praça de guerra. ( ) A
população montou barricadas para enfrentar os vacinadores e os soldados, que foram
agredidos com latas e pedras.
b) ( ) No decorrer desse período, suas faturas conosco chegaram ao montante
de centenas de milhares de cruzados. ( ) A nossa fábrica de cinzeiros Prudentina &
Irmãos, de Presidente Prudente, negocia com a empresa Comercial São José há 15
anos. ( ) Declaramos que as contas foram todas pagas até agora e tão prontamente
quanto as condições comerciais permitem. ( ) A Comercial São José nunca fez
negócios conosco que não pudesse saldar e dela podemos afirmar que é honesta e
merecedora de crédito.
4.2 Formas de elaboração da introdução do parágrafo
Há várias formas de começar a redação de um parágrafo, de introduzir a ideia
central a ser desenvolvida. Os modos mais comuns de iniciar um parágrafo são:
interrogação, declaração inicial e divisão.
a) interrogação: o parágrafo começa com uma pergunta, seguindo-se o
desenvolvimento sob forma de resposta ou de esclarecimento.
Ex.: O que fez do Betinho o Betinho? Sua capacidade de reduzir a vida
pública a um serviço em benefício dos excluídos. Nada mais. Isso pode soar banal, ou
mesmo laudação de necrológico. Desde que foi descoberta a banalidade do mal,
deixou-se de prestar atenção na fome, casa para quem não tinha morada e trabalho
para o desempregado. São coisas que, pela ordem moral das coisas, todo mundo
deveria ter.... (ZH, 11 ago. 1997)
b) declaração inicial: o autor afirma ou nega alguma coisa para, a seguir,
justificar ou fundamentar a asserção. É a forma mais tradicional de formular a
introdução.
Ex.: Em junho deste ano, a luz de Betinho começou a enfraquecer. Sem poder se
alimentar, o sociólogo acabou internado com pneumonia bacteriana, infecção oral e
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insuficiência hepática, mas o tratamento não adiantou. Tanto insistiu que retornou para
casa, onde foi montada uma UTI portátil. (...) (ZH, 11 ago. 1997)
c) divisão: consiste em apresentar a ideia-núcleo do parágrafo sob a forma de
discriminação das ideias a serem desenvolvidas.
Ex.: Duas realizações se destacam do rico legado deixado por Betinho: a criação do
Ibase e a campanha de Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida. O Ibase,
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, é uma das mais atuantes
organizações não governamentais do país (...). A campanha contra a fome, lançada em
1992, foi um obstinado trabalho em favor dos 32 milhões de brasileiros totalmente
desamparados (...).
PRATICANDO
Identifique o tipo de introdução dos parágrafos a seguir:
a) O caos se instalou no transporte coletivo. Acompanhando um estudante que
embarca no ônibus no centro e se desloca até o Campus, poderemos perceber a
situação. Os ônibus estão sucateados e os estudantes não têm onde sentar porque
todos os bancos já estão ocupados por pessoas que moram em regiões distantes do
centro, nas quais a lotação passa antes. Os estudantes precisam fazer acrobacias para
passar na roleta e manter consigo os materiais diante de batidas e prisões dos outros
passageiros. Ao final do trajeto, o estudante chega ao seu destino, mas está cansado e
atrasado.
b) O que é violência cotidiana? Os exemplos são muitos. É a crescente
concentração de renda em privilégio dos 20% mais ricos, que aumentou não só entre
1960 e 1970, mas também entre esta data e 1976. É a exploração do trabalho. Talvez
o exemplo mais flagrante daquilo que pode ser chamado de violência cotidiana pode
ser encontrado no tempo de locomoção diária entre a residência e o trabalho, que em
média para quem mora nas zonas periféricas de São Paulo é de 4 horas. A observação
a um desses exemplos mostrará claramente a violência por que passam aqueles que
levam adiante as engrenagens produtivas.
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c) Para obter sucesso profissional, duas práticas devem ser seguidas à risca: o
estudo contínuo e seriedade. Um profissional que não mantém uma educação
continuada pode perder espaço no mercado de trabalho por ignorar teorias e ações
recentes sobre determinada função de seu ramo de atuação. Aquele sujeito que não
mantém uma postura correta e brinca durante os exercícios de suas atividades
demonstra aos seus superiores e colegas que não tem a seriedade necessária para o
trabalho. Assim, estudar e manter seriedade são requisitos básicos para quem quer
alcançar êxito profissional.
4.3 Formas de elaboração do desenvolvimento do parágrafo
O desenvolvimento do parágrafo pode ser feito de várias formas. As principais
maneiras de desenvolver a ideia-chave da introdução são:
comparação: consiste em desenvolver a ideia-núcleo através de uma comparação que
pode apontar semelhanças ou diferenças entre as ideias apresentadas na introdução.
Ex.: Nos 1.143,017 Km do território sul-africano, é possível encontrar atrações
turísticas tão variadas como as existentes no Brasil, que é oito vezes maior. A região
vinícola da Província do Cabo lembra muito a zona do vinho do Rio Grande do Sul; as
matas e savanas do interior do país correspondem aos cerrados e florestas da
Amazônia e do mato Grosso. Diante de tantas semelhanças, só um olhar ingênuo
ignora que África e América são terras parecidas.
exemplificação: consiste na apresentação de casos, fatos, ocorrências que ilustram o
que se está tratando.
Ex.: Muitos poluidores químicos contribuem para degradar os rios. Os resíduos
industriais são o exemplo mais dramático do prejuízo causado às fontes naturais de
água, pois contêm uma série de elementos químicos altamente prejudiciais à vida
aquática, como o benzeno, o aldeído e várias espécies de ácidos. Os agrotóxicos são
também poluidores que alcançam os rios, envenenando e matando vários organismos,
principalmente os peixes. Além desses, os esgotos residenciais transportam para os
rios diversos tipo de poluidores químicos, dentre os quais o mercúrio. Assim, com
vários agentes nocivos, o rio tende a desaparecer, pois não há vida que suporte tanto
mal.
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apresentação de causas e/ou efeito: consiste na apresentação de razões, motivação ou
consequências relacionadas à ideia central anunciada na introdução.
Ex.: As florestas tropicais vêm desaparecendo rapidamente. As motivações e as
consequências da destruição dessas matas estão sendo denunciadas constantemente
pelos ecologistas, preocupados com o futuro do planeta.
Destrói-se a floresta porque ela é um banco potencial para a fabricação de
medicamentos e uma fonte de matéria-prima para a satisfação de inúmeras
necessidades: alimentação, utensílios, móveis, energia. A destruição das matas
também resulta da agricultura intensiva, que destrói a vegetação nativa das áreas
cultivadas. A destruição da floresta provoca o desaparecimento de plantas, animais e
da cultura de muitos povos. Diante desse quadro lamentável, cabe a nós buscarmos
uma estratégia para impedir que as florestas desapareçam por completo e que parte de
nossa “memória ambiental” mantenha-se viva para o conhecimento de gerações
posteriores.
d) apelo ao testemunho de autoridade: consiste na recorrência a frases, citações,
relatos proferidos por um especialista ou uma autoridade para conferir ao texto maior
credibilidade.
Ex.: Quantos diabos há? O número é infinito. Segundo o célebre doutor em
demonologia, Dr. Blook, o cálculo é simples, porque cada homem tem um diabo que o
acompanha sempre como sua própria sombra, devendo, portanto, o número de diabos
ser igual ao número de criaturas de que se compõe a humanidade e isso sem contar os
demônios vadios, que andam pelo ar, pelo solo, pelas águas, sem ocupação,
passando..... Assim, fica fácil perceber que o número de diabos é igual ao número de
homens, vadios ou não, existentes no mundo.
PRATICANDO
1. Leia os excertos a seguir e identifique como são desenvolvidos os parágrafos.
a) A prática de redação é muito importante para a formação profissional. Não é
apenas pela necessidade de redigir cartas, relatórios, ofícios que um administrador, por
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exemplo, precisa saber escrever. A prática da redação é fundamental porque é um
excelente treinamento para a organização do raciocínio e para o desenvolvimento da
capacidade de expressão. Nesse sentido, todos devem aperfeiçoar a competência
comunicativa.
b) A violência é um dos problemas mais graves no Brasil e pode estar associada
ao desnível social, econômico e cultural da população. Constantemente jovens,
crianças e adultos são expostos a agressões, roubos e morte, por exemplo. Segundo a
professora de Sociologia da Universidade de São Paulo, a violência deve ser entendida
como um fenômeno atrelado à desigualdade social: quanto mais dificuldades maiores
são as chances de se cometer violência. Nesse sentido, pode-se concluir que ações
violentas são motivadas por questões sociais, motivadas pelos altos índices de miséria
e injustiça social.
c) As estratégias que a sociedade adota para combater a violência são diversas.
Um exemplo dessas medidas são as baseadas na emoção, na ação impulsionada pelo
sentimento. Outra forma encontrada busca resolver a violência com base no
conhecimento popular, já que o conhecimento científico sobre o tema raramente é
levado em consideração. Como reflexo, o tratamento das pessoas violentas evoluiu
muito pouco no decorrer do século XX. Como se percebe, ainda não existem soluções
definitivas para acabar com a violência.
2. Elabore um desenvolvimento para o parágrafo a seguir: (pessoal)
A realidade brasileira é marcada por contradições sociais, culturais e
econômicas.
Diante dessas contradições, os brasileiros precisam se perguntar qual é de fato
o significado do dia 7 de setembro para o nosso país.
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4.4 Formas de elaboração de conclusão do parágrafo
A redação da conclusão de um parágrafo pode reorganizar enfaticamente as
principais ideias do desenvolvimento. Isso pode ser feito por meio da elaboração de
uma frase expressiva, de uma frase que reafirma a tese do parágrafo, de uma frase
interrogativa que deixa questões ao leitor, etc. Por isso, a conclusão pode ser do tipo
síntese, proposta ou pergunta.
Nos parágrafos a seguir, observe as conclusões:
a) Os problemas encontrados no GOL (Grande Ônibus Lotado) não são poucos.
Depois de muitos minutos em uma parada de ônibus, chega o GOL. Logo na entrada, é
aquele empurra-empurra e, como música ao fundo, ouve-se “um passinho pra frente
pessoal”. Todos respiram o mesmo gás carbônico, porque num contexto como esse o
oxigênio já nem existe mais. Chegando ao destino, um alívio: finalmente a viagem
acabou. Após o término das aulas, o sufoco recomeça. E pode contar, no outro
dia, novamente tudo irá se repetir.
b) A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do
coração. Somente na última década, segundo informações da Secretaria da Saúde do
Estado de São Paulo, o paulista infartou vinte vezes mais do que no decênio anterior.
O stress causado pela vida intensa acelera os batimentos cardíacos, por intermédio da
injeção exagerada de adrenalina, e apressa o surgimento de doenças do coração.
Assim, nesse contexto, há como não sofrer problemas cardíacos?
Na redação de um parágrafo, devem-se observar algumas características
para que o texto tenha qualidade. E quais são essas qualidades?
• O parágrafo deve ter unidade: as ideias e frases devem ser coerentes. Isto é,
as frases devem estar intimamente inter-relacionadas de tal modo que todas se
relacionem ao tema.
• As frases podem ser ligadas por elementos de coesão conforme o sentido que
expressam:
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ELEMENTOS DE COESÃO IDEIA QUE EXPRESSAM
mas, porém, todavia, contudo, no
entanto
Adversidade
entretanto, enquanto, ao passo que, à
proporção que, à medida que
Proporção
tanto quanto, como, assim como, do
que
Comparação
embora, ainda que, se bem que,
mesmo que
Concessão
porque, visto que, uma vez que, já
que
Causa
consequentemente, por conseguinte,
de modo que
Consequência
logo, portanto, desse modo, assim,
então
Conclusão
Evitar a redação de frases muitos longas, como também somente o uso de
frases curtas. A variação no comprimento das frases do parágrafo é um
procedimento para realçar as ideias.
• A simplicidade deve prevalecer sobre a linguagem rebuscada. Não usar
palavras cujo significado não seja familiar. Exemplo: O Senhor Mauro da Costa é um
quiropedista. (Pedicuro)
• Evitar repetições de palavras e ideias. Exemplos:
Isto acontece com os velhos já idosos há 20 anos atrás.
O poder aquisitivo de adquirir bens.
O trabalho apresenta um estudo pertinente sobre o perfil do contabilista.
Nesse trabalho, são apresentadas dez competências necessárias ao
contabilista no século XXI.
• Evitar ambiguidades. Exemplos:
A especialidade da loja é vender cama para crianças de ferro.
Despediram-se os empregados.
È proibido dirigir um carro ébrio.
O funcionário obteve licença por doença de dez dias.
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• Evitar chavões, lugares-comuns:
O presente trabalho apresenta....
Desde os tempos mais remotos,....
A cada dia que passa....
Eu não tenho palavras para dizer....
Hoje em dia este é um assunto muito debatido.
• Observar a norma culta da Língua Portuguesa: cuidar da ortografia, da
concordância, da regência, etc.
• Empregar corretamente a pontuação. A pontuação inadequada pode alterar o
sentido da frase. Exemplo:
Meu amigo saiu, não está aqui.
Meu amigo? Saiu não, está aqui.
Meu amigo saiu? Não está aqui?
• Evitar o uso de abreviaturas.
• Evitar fragmentos de frases: escrever frases sempre com sentido completo.
Exemplo: “Embora não tenhamos vendido muito.” Observe-se que a frase ficou
inacabada; é um fragmento apenas. Estaria completa com a oração principal:
“Embora não tenhamos vendido muito, recebemos elogios do diretor.”
PRATICANDO
PROPOSTA DE REDAÇÃO ENADE 2006
QUESTÃO 10 – DISCURSIVA
Leia com atenção os textos abaixo.
Duas das feridas do Brasil de hoje, sobretudo nos grandes centros
urbanos, são a banalidade do crime e a violência praticada no trânsito. Ao se
clamar por solução, surge a pergunta: de quem é a responsabilidade?
São cerca de 50 mil brasileiros assassinados a cada ano, número muito
superior ao de civis mortos em países atravessados por guerras. Por que se
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mata tanto? Por que os governantes não se sensibilizam e só no discurso
tratam a segurança como prioridade? Por que recorrer a chavões como
endurecer as leis, quando já existe legislação contra a impunidade? Por que
deixar tantos jovens morrerem, tantas mães chorarem a falta dos filhos? (O
Globo. Caderno Especial. 2 se! 2006.)
Diante de uma tragédia urbana, qualquer reação das pessoas
diretamente envolvidas é permitida. Podem sofrer, revoltar-se, chorar, não
fazer nada. Cabe a quem está de fora a atitude. Cabe à sociedade perceber
que o drama que naquela hora é de três ou cinco famílias é, na verdade, de
todos nós. E a nós não é reservado o direito da omissão. Não podemos seguir
vendo a vida dos nossos jovens escorrer pelas mãos. Não podemos achar que
evoluir é aceitar crianças de 11 anos consumindo bebidas alcoólicas e, mais
tarde, juntando esse hábito ao de dirigir, sem a menor noção de
responsabilidade. ( ...) Queremos diálogo com nossos meninos. Queremos
campanhas que os alertem. Queremos leis que os protejam. Queremos
mantê-los no mundo para o qual os trouxemos. Queremos – e precisamos -
ficar vivos para que eles fiquem vivos. (O Dia, Caderno Especial. Rio de
Janeiro, 10 se!. 2006.)
Com base nas ideias contidas nos textos acima, responda à seguinte pergunta,
fundamentando o seu ponto de vista com argumentos. (pessoal)
Como o Brasil pode enfrentar a violência social e a violência no
trânsito?
Observações:
• Seu texto deve ser dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito
em forma de poema ou de narração).
• O seu ponto de vista deve estar apoiado em argumentos.
• Seu texto deve ser redigido na modalidade escrita padrão da Língua
Portuguesa.
• O texto deve ter entre 8 e 12 linhas.
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RESPOSTA:
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5 ACENTUAÇAO GRAFICA
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ACENTUAÇÃO GRÁGICA
Em português, toda palavra possui uma sílaba tônica, à exceção de alguns
monossílabos e de raros dissílabos átonos. Quando a palavra termina em A, E, O
(acrescida ou não de S), EM, ENS ou AM, a tonicidade recai naturalmente sobre a
penúltima sílaba da palavra. Todas as demais terminações tendem a fixar a tonicidade
na última sílaba. Dessa forma, a acentuação gráfica só será necessária quando for
preciso desviar a tonicidade natural da palavra. Veja:
TERMINAÇÕES TONICIDADE NATURAL DESVIO DA TONICIDADE
A Esta está Fabrica fábrica
E Breve brevê
Analise análise
O Camelo camelô
Negocio negócio
EM Contem contém
OUTRAS Caqui cáqui
TERMINAÇÕES Caracter caráter
Xerox xérox
PRATICANDO I
Acentue quando necessário:
O comandante de aeronave que receber de órgão controlador de voo ordem para
pousar, devera dirigir-se, imediatamente, para o aerodromo que lhe for indicado e nele
efetuar o pouso.
Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro e por este
diretamente utilizada poderá voar sem autorização no espaço aereo brasileiro ou
aterrissar no territorio subjacente.
A prática de esportes aereos tais como balonismo, volovelismo, asas voadoras e
similares, assim como os voos de treinamento, far-se-ão em areas delimitadas pela
autoridade aeronautica.
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Reconquistar o valor da vida atraves do trabalho: o desafio de buscar energia
com o minimo de interferencia na natureza.
As informações do formulario foram inseridas na ficha-sumario de treinamento
individual. O controle deve incluir procedimentos, equipamentos e manutenção, alem dos
parametros do proprio processo.
Atualmente no Brasil a definição oficial de aeronave e a constante do art. 106 do
Código Brasileiro de Aeronautica, lei 7.565, de 19.12.86, e que dispõe o seguinte: “Considera-se
aeronave todo aparelho manobravel em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aereo, mediante reações aerodinamicas, apto a transportar pessoas ou
coisas.” de Castro Farias
Nenhuma aeronave podera ser autorizada para o voo sem a previa expedição do
correspondente certificado de aeronavegabilidade, que só sera valido durante o prazo
estipulado e enquanto observadas as condições obrigatorias nele mencionadas.
5.1 Formas verbais
Acentuam-se ainda:
PÔR ( mas não é acentuada a preposição por)
(ELE) PÔDE - passado (mas não é acentuada a forma presente pode)
(ELES) VÊM ( porém: ELE VEM)
(ELES) TÊM ( porém: ELE TEM)
(ELE) MANTÉM (ELES) MANTÊM ( e outros derivados de ter : deter, conter,
etc.)
(ELE) VÊ (ELES) VEEM ( o mesmo ocorre com LER/DAR/CRER e derivados)
PRATICANDO II
Acentue as formas verbais destacadas nas frases abaixo, se necessário:
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1. Esta Norma contem apenas os requisitos que podem ser objetivamente
auditados para fins de certificação/registro e/ou autodeclaração. (ISO 14001).
2. A norma contem disposições que constituem prescrições desta Norma.
3. Estas Normas contem algumas definições e conceitos básicos sobre Sistema da
Qualidade.
4. As Normas Internacionais de gestão ambiental tem por objetivo prover às
organizações os elementos de um sistema de gestão ambiental eficaz, passível
de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar
seus objetivos econômicos e ambientais.
5. Muitas organizações têm efetuado “análises” ou “auditorias” ambientais a fim de
avaliar seu desempenho ambiental. (Idem)
6. É necessário por em ordem o arquivo.
7. As habilidades em relações humanas consistem em por em pratica a capacidade
de compreender as outras pessoas e integrar com elas harmonicamente.
8. O bom caráter advem de seguirmos nosso supremo senso de retidão, de
confiarmos nos ideais sem sequer estarmos certos de que darão certo. Um dos
desafios de nossa aventura na Terra consiste em nos elevarmos acima de
sistemas mortos... guerras, religiões, nações, destruições... nos recusarmos a
fazer parte deles, e em vez disso exprimirmos o que temos de melhor dentro de
nos. (Richard Bach)
9. O comprometimento com a qualidade tem de ser espontaneo e vir do intimo das
pessoas.
10. Planos são necessarios, mas não bastam. As pessoas tem de estar
definitivamente decididas a melhorar a qualidade para que esses planos deem
certo.
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PRATICANDO III
Qual a forma correta?
1. É necessário .................. em ordem estes documentos. (por ou pôr)
2. Convém .................... os nomes dos presentes na lista. (por ou pôr)
3. ................... alguns minutos ficaram no mais absoluto silêncio. (por ou pôr)
4. ............. mais que nos esforçássemos, era difícil completar o percurso no tempo
determinado. (por ou pôr)
5. Todas as pessoas ....................... a natural necessidade de serem reconhecidas
pelo que fazem e pelos resultados que conseguem atingir. (tem ou têm)
6. Todo o mundo ................... assistido, nestes últimos anos, a profundas
transformações sociais, políticas e econômicas. (tem ou têm)
7. As medidas internas da qualidade são importantes, mas, acima de tudo, é
necessário escutar o que os consumidores ................... a dizer. (tem ou têm)
8. Nem todo trabalho em equipe resulta em melhoria de qualidade, mas toda
melhoria ........................... do trabalho em equipe. (provem, provém ou provêm)
9. A qualidade é um alvo móvel. O que é tido como bom hoje, ............. não sê-lo
amanhã. (pode ou pôde)
10. Ontem ele não ................. viajar conosco, mas agora ............. . (pode ou pôde)
11. Eles não .................. mais trabalhar de ônibus. (vem ou vêm)
12. Eles não ........................... nenhum problema no atendimento que dão ao cliente.
(vem, vêm ou veem)
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5.2 O hiato
Acentuam-se as vogais I e U, quando formam sílabas sozinhas (ou acompanhada
de ‘s’) no interior das palavras e são tônicas. Assim, acentua- se:
dis - tri - bu – í pronunciado separadamente, tônico, sozinho na sílaba.
Mas não se
acentuam:
dis - tri – bui não é pronunciado separadamente
dis - tri - bu – ir
pronunciado separadamente, mas não está sozinho na
sílaba
ba - i – nha atende a
todas as exigências mas vem antes de sílaba
iniciada por NH. Essa é uma exceção.
(Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas, assim o
correto é apoio, boia, heroico, assembleia, ideia.)
Acentuam-se ainda: Os monossílabos terminados em a, e, o, seguidos ou não de ‘s’, como PÁ, PÉ, PÓ.
PÔDE (pretérito) de PODE (presente)
PRATICANDO IV
Acentue o que for necessário:
1. É nossa responsabilidade remover os documentos em revisão e substitui-los
pelos atualizados.
2. Sem prejuizo de suas atividades rotineiras, o pessoal envolveu-se na elaboração
das normas internas.
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3. O Conselho sera constituido pelas gerencias de primeiro nivel envolvidas com a
normalização, enquanto os Grupos de Trabalho serão formados por
especialistas indicados pelos representantes do Comite.
4. Tomar como padrão o absolutamente melhor e tentar supera-lo e o caminho
para a excelencia.
5. O pior obstaculo que uma empresa tem de superar e o sucesso. (Malcom
Forbes)
6. Isso e muito importante: faça o que voce diz e diga o que voce faz.
7. A NB 9001 faz parte de um conjunto de tres normas que tratam de sistemas da
qualidade.
8. O Vale do Paraiba é um importante polo industrial brasileiro.
9. Aguas, aves, mares, matas, rios, ar, densas florestas. A natureza e o maior
patrimonio da humanidade. Preservá-la e, sem dúvida, preservar a vida!
10. Quem perdeu dinheiro, não perdeu nada; quem perdeu a saude, perdeu alguma
coisa; quem perdeu o entusiasmo, perdeu tudo!
5.3 O trema
Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes
próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano.
PRATICANDO V
Acentue graficamente as palavras que exigirem acento:
O Centro de Lançamento de Alcântara no Maranhão é dotado de toda
infraestrutura: instalações para inspeção, montagem e testes de componentes de
foguetes e satélites, plataformas de lançamentos, centros de controle, rastreamento,
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tratamento de dados, segurança de voo e meteorologia. Alta qualificação operacional
Aeroporto proprio (pista de pouso com 2.600 m de comprimento por 45 m de largura)
Excelente posição geografica (próximo à linha do Equador - 02º18´s). Preços em
media 25% a 30% mais baixos, carga util 13% a 31% superior a de um engenho
lançado de qualquer dos demais centros espaciais hoje existentes no planeta.
O sistema aeroportuario e constituido pelo conjunto de aerodromos brasileiros,
com todas as pistas de pouso, pistas de taxi, patio de estacionamento de aeronaves,
terminal de carga aerea, terminal de passageiros e as respectivas facilidades.
O sistema de sustentação do 737 usa flaps do tipo Fowler de tres partes no bordo
de fuga, slats no bordo de ataque e um tipo simples de flap ao longo do bordo de
ataque, entre as nacelles dos motores e a fuselagem. Com esses artificios, o 737
pode operar em pistas de apenas 1.200 metros.
Sobreaviso e o periodo de tempo não excedente a 12 (doze) horas, em que o
aeronauta permanece em local de sua escolha, à disposição do empregador, devendo
apresentar-se no aeroporto ou outro local determinado, ate 90 (noventa) minutos apos
receber comunicação para o inicio de nova tarefa. (Art. 25 , Lei 7183)
A finalidade basica da fraseologia padrão e minimizar o tempo de transmissão de
mensagens, para que não haja atraso de outras aeronaves, garantindo assim, a
segurança de voo.
5.4 Crase
A crase é o encontro de dois fonemas idênticos (‘a’ preposição + ‘a’ artigo)
representado na escrita pelo acento grave (`). Veja:
Quem obedece, obedece a alguém.
Se esse alguém for a autoridade.
Teremos: Obedeça a a autoridade.
Ou seja: Obedeça à autoridade.
Observe que o verbo obedecer exige a preposição a e o substantivo autoridade
aceita o artigo a. Temos aí, portanto, um encontro de dois as. Para ter certeza da
ocorrência da crase, podemos nos valer de alguns artifícios. Veja:
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5.5 Regras práticas
Ocorre crase:
1. Se for possível substituir “À” por “PARA A”:
Veja:
Comunicaremos os resultados da auditoria à empresa.
Comunicaremos os resultados da auditoria para a empresa.
Entretanto:
Concedeu-se a todos os funcionários adiantamento salarial.
Concedeu-se para todos os funcionários adiantamento salarial.
PRATICANDO I
Acentue quando necessário. Faça como no exemplo abaixo, se for possível
substituir mentalmente A por PARA A é porque é preciso acentuar:
Forneceremos à ( = PARA A) empresa o resultado da avaliação.
1. Helipontos são os aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros e
heliportos são os helipontos públicos, dotados de instalações e facilidades para
apoio de operações de helicópteros e de embarques e desembarques de
pessoas e cargas.
2. Promover mudanças é fundamental a liderança.
3. O comandante pode delegar a outro membro da tripulação as atribuições que
lhe competem, menos as que se relacionem com a segurança de voo.
4. O homem dá um grande passo a frente em seu desenvolvimento quando se
convence de que os outros homens podem ser convocados para ajudá-lo a
realizar um trabalho melhor do que ele poderia fazer sozinho.
5. Precisamos enviar a carta a sucursal.
6. Atribuíram-se responsabilidades as pessoas da equipe. programa será extensivo
a todas as atividades empresariais.
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7. Enfatizou-se a importância da prevenção de acidentes durante toda a palestra. É
preciso levar o problema diretamente a seu superior imediato.
8. Leve o documento a sala de reuniões.
2. Se, ao trocar a palavra posterior por uma masculina, resultar AO.
Veja:
Recorreremos à enfermeira de plantão.
Recorreremos ao enfermeiro de plantão.
Entretanto:
Chamaremos a enfermeira.
Chamaremos o enfermeiro.
PRATICANDO II
Acentue quando necessário. Faça como no exemplo abaixo:
Ex.: O sindicalista fez a proposta à empresária. (AO empresário)
Os pousos e decolagens devem ser executados, de acordo com procedimentos
estabelecidos, visando a segurança do tráfego, das instalações aeroportuárias e
vizinhas, bem como a segurança e bem-estar da população que, de alguma forma,
possa ser atingida pelas operações.
Paulatinamente as empresas brasileiras vão se acomodando a nova realidade de
mercado e investindo em sua preparação para a competitividade. (Cleide Costa)
A função remunerada a bordo de aeronaves nacionais é privativa de titulares de
licenças específicas e reservada a brasileiros natos ou naturalizados, podendo,
mediante acordo de reciprocidade, haver intercâmbio de tripulantes de outras
nacionalidades.
Uma das melhores formas de persuadirmos as outras pessoas é com os
ouvidos... ouvindo-as simplesmente. ( Dean Rusch)
As pessoas têm força suficiente para moldar o futuro na medida em que se soltem
dos referenciais antigos e se projetem em direção a visão do que desejam construir.
Você pode fazer qualquer coisa se tiver entusiasmo. O entusiasmo é o fermento
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que faz suas esperanças atingirem a altura das estrelas. O entusiasmo é a centelha em
seus olhos, é a ginga do seu andar, é o aperto de sua mão, é a onda irresistível de sua
vontade e de sua energia para levar a cabo as suas ideias. Os entusiastas são
lutadores. Esses possuem qualidades estáveis. O entusiasmo é o fundamento do
progresso. Sem ele existem apenas álibis. (Henry Ford)
O consumidor precisa ser corretamente atendido, independentemente de seu
status econômico ou social por telefonistas, balconistas, recrutadores, atendentes,
profissionais ligados a saúde, ao ensino, aos poderes públicos e a rede bancária.
A palestra foi apresentada a uma plateia atenta.
Qualidade não significa apenas um final feliz, mas todo um processo! São as
pessoas, não as organizações, que criam qualidade! Quem define a qualidade é o
cliente!
3. Se, ao trocarmos “aquele, aquilo ou aquela” por “este, isto ou
esta”, resultar A ESTE, A ISTO ou A ESTA.
Veja: Referiu-se àquele procedimento.
Referiu-se a este procedimento.
Entretanto: Você seguiu aquele procedimento? Você seguiu este
procedimento?
PRATICANDO III
Acentue se necessário. Faça como no exemplo abaixo:
Ex.: O sindicalista fez a proposta àquela empresária. ( A ESTA
empresária)
1. Recomenda-se aqueles que terminaram o curso que preencham a avaliação.
2. Referiram-se aqueles aspectos ambientais da atividade da empresa que possam
ter impacto significativo sobre o ambiente.
3. Deve-se assegurar que os aspectos relacionados aquelas rotinas sejam
reavaliados após seis meses de sua implantação.
4. O acesso aquela conta bancária será feito através do micro.
5. A visita aqueles fornecedores objetivou a inspeção de equipamentos.
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6. O grupo de redatores elaborou os Procedimentos e Instruções de Trabalho
referentes aquelas atividades.
7. Verificaremos pessoalmente aquelas não conformidades.
8. Foi um acidente com danos materiais: um dos colaboradores foi de encontro
aquela empilhadeira.
9. Ele fez referência aqueles fornecedores que não se adequaram aqueles critérios
e foram substituídos.
10. O povo brasileiro precisa ser respeitado, tendo a sua disposição produtos e
serviços idênticos aqueles que são exportados. ( R.P.Bolina)
4. Se, ao trocarmos a palavra feminina que antecede os relativos
“que, qual ou quais” por uma masculina, resultar “ao que, ao qual,
aos quais”.
Veja:
A médica à qual nos referimos está na empresa há alguns anos.
O médico ao qual nos referimos está na empresa há alguns anos.
Entretanto:
A médica a qual nos atendeu está na empresa há alguns anos.
O médico o qual nos atendeu está na empresa há alguns anos
PRATICANDO IV
Acentue se necessário. Faça como no exemplo abaixo:
Ex.: O sindicalista fez a proposta à qual referiu-se o empresário. (o pedido ao
qual...)
1. As etapas as quais o documento se refere foram minuciosamente descritas.
2. A avaliação, a qual é confidencial, será feita a critério do Responsável pelo
Departamento auditado.
3. Essa é a nova norma a qual todos devem seguir.
4. As pessoas as quais executam atividades que influem na qualidade recebem
treinamento de acordo com suas necessidades.
5. O auditor pode, antes, percorrer a área a qual estará auditando.
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6. Havia procedimentos para a execução da assistência técnica, a qual foi
especificada em contrato.
7. Não era essa a recompensa a qual ele aspirava.
8. Essa será a tarefa a qual me entregarei de corpo e alma.
OUTRAS REGRAS
Além dessas regras práticas — que podem ajudar muito — vamos rever outras:
5.6 Casos proibidos:
REGRAS EXEMPLOS
• Antes de palavra masculina; Ele está no Rio a serviço.
• Antes de verbo; Começaram a discutir o novo plano de metas.
• Antes de pronomes
Pessoais: Dirigi-me a ela apenas uma vez na reunião.
Demonstrativo: esta e essa;
O empregado aspira a essa posição há muito
tempo.
De tratamento. Informaremos isto a Sua Excelência.
• Nas expressões formadas por
Os dois candidatos ficaram frente a frente
durante a discussão.
palavras repetidas;
• Diante de palavra no plural, se o Chegamos a conclusões importantes neste
encontro. “A” estiver no singular.
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5.7 Casos obrigatórios:
Ocorre crase: Exemplo:
• Na indicação de horas; A visita à fabrica deverá iniciar à uma hora. A visita à fabrica deverá iniciar às duas horas.
• Quando se subentende
O restaurante da empresa servirá bife à milanesa (à
moda milanesa) hoje.
à moda, à maneira;
• Em expressões
Às vezes, o relatório informal não passa de uma página,
mas não deve nunca passar de três.
adverbiais femininas.
5.8 Casos facultativos:
Pode ocorrer crase: Exemplo:
•
Diante de pronomes
possessivos:
Entregaram a encomenda a (ou à) sua
secretária.
• Diante de nomes de pessoas. Fizeram a mesma pergunta a (ou à) Patrícia.
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6
CONCORDÂNCIA NOMINAL
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REGRA GERAL: O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam
com o substantivo a que se referem em gênero, número e grau.
Ex.: Estamos satisfeitos com os bons resultados obtidos por nossa
equipe. OS BONS RESULTADOS OBTIDOS
Vejamos, agora, algumas regras especiais que costumam trazer dúvidas:
Se houver: Regra: Exemplo:
MENOS Não varia Houve menos candidatas
neste concurso.
“É BOM”, “É NECESSÁRIO, Não variam, se não
É proibido entrada de estranhos
“É PROIBIDO” há artigo
“É BOM”, “É NECESSÁRIO, Variam, se há É proibida a entrada de
estranhos. “É PROIBIDO” artigo
ANEXO Varia Enviaremos anexos os
documentos.
PRÓPRIO Varia Ela própria entregou o cargo.
INCLUSO Varia A hospedagem também está
inclusa.
OBRIGADO Varia Ela disse obrigada e saiu.
QUITE Varia Ela está quite com o FGTS.
MEIO Varia quando se Usei meia lata de tinta em uma demão.
Terminei meu trabalho ao
meio- dia e meia (hora)
refere a numeral,
substantivo, ou
adjetivo
MEIO Não varia quando
se refere a
advérbio
A promotora do evento estava
meio aborrecida.
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PRATICANDO
Complete com a palavra entre parênteses, observando a concordância nominal:
1. Houve ................................ pessoas no grupo responsável pela elaboração das
normas. (menos)
2. Os paneis encontram-se ....................... à sala do Controle de Qualidade.
(próximo)
3. Nossa equipe está ................. preocupada. É necessário disseminar os novos
critérios de Gestão Ambiental. (meio)
4. Enviaremos os recibos ..................... ao documento. (anexar)
5. Os equipamentos chegarão ao meio-dia e ............... (meio)
6. Que as fotografias cheguem ................ à carta. (anexar)
7. É ............................ visita às instalações da fábrica. (proibido)
8. Bebida alcoólica é ................................... para menores. (proibido)
9. É ..................................... venda de medicamentos sem carteirinha. (proibido)
10. É ..................................... a venda de medicamentos sem carteirinha. (proibido)
11. O auditor escolheu lugar e hora ........................... (adequado)
12. O auditor escolheu lugar e hora ........................... (adequado)
13. A diretoria executiva estava ......................... apreensiva com a futura certificação
internacional. (meio)
14. Deve-se deixar ............................ espaços em branco, pois uma página
totalmente cheia de letras pode intimidar até os melhores leitores. (bastante)
15. Foi .............................. a equipe de Ação de Qualidade. (nomeado)
16. Será ........................................ a raiz do problema. (determinado)
17. Foi ......................................... a ação corretiva. (solicitado)
18. No nosso departamento, foi .......................................... a causa-raiz do
problema. (eliminado)
19. É ................... a causa-raiz do problema. (óbvio)
20. Foi ........................................ a situação no computador, até que o problema seja
resolvido. (atualizado)
21. É essencial que seja ..................................... a qualidade. (assegurado)
22. É .............. ênfase à prevenção de problemas. (dado)
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23. Será ................. uma descrição sucinta das atividades dos órgãos diretamente
influentes na Qualidade. (feito)
24. É, por exemplo, ...................................... como padronização a norma que
objetiva restringir a variedade de formulários utilizados na empresa.
(considerado)
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CONCORDÂNCIA VERBAL
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REGRA GERAL: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Veja:
Sujeito verbo verbo sujeito
Os procedimentos e instruções retratam a forma como são desenvolvidos os
produtos e a atividade da empresa.
Observe que os verbos retratar e ser estão no plural; concordando com os
sujeitos.
Quando a frase está na ordem indireta, é comum cometer-se o erro de não
concordar o sujeito com o verbo. Isso ocorre porque, em tal circunstância, o sujeito é
confundido com complemento verbal. Veja:
Errado: Chegou os documentos que esperávamos.
Correto: Chegaram os documentos que esperávamos. (= Os documentos
chegaram...)
PRATICANDO I
Preencha as lacunas com a forma verbal adequada, grife antes o sujeito:
1) .......................... os títulos conter, no máximo, oito palavras. (deve/devem)
2) ............................ a vinte o número de faltas no mês passado. (Chegou/Chegaram)
3) ............................ à reunião de ontem muitas pessoas. (Faltou/Faltaram)
4) ............................ no chão todos os parafusos. (Caiu/Caíram)
5) As precárias condições do prédio ............................. -nos. (preocupa/preocupam)
6) Aqui não ............ .............. os materiais que nos requisitaram. (existe/existem)
7) ............................. acidentes com afastamento há mais de um ano. (acontece/
acontecem)
8) ............................ -lhe informações agora. (Sobra/Sobram)
9) ................................, no arquivo, alguns documentos. (Falta/Faltam)
10) ................................ os problemas (Será resolvido/ Serão resolvidos)
11) ................................ os recursos. (Foi obtido/ Foram obtidos)
12) Às 7h20min, ................................ a chegar os ônibus. (começa/começam)
13) ................................ faltando apenas algumas lâmpadas. (Está/Estão)
14) ................................ faltando apenas instalar algumas lâmpadas. (Está/Estão)
15) ................................ duas folhas de papel no chão. (Caiu/caíram)
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ALGUNS CASOS ESPECIAIS:
EXEMPLOS REGRA
Cem Reais é pouco. Duzentos quilos é suficiente.
O verbo SER fica no singular se vier antecedido de expressões que indicam quantidade, preço ou medida.
Assistiu-se a apresentações inovadoras.
Chega-se cedo ao trabalho.
Verbo transitivo indireto ou intransitivo acompanhado de “SE” mantém-se no singular.
Entregam-se encomendas em domicílio. (=Encomendas são entregues em domicílio)
Verbo transitivo direto antecedido de pronome apassivador “se” concorda normalmente com o sujeito.
Havia produtos que estavam fora das
especificações.
PORÉM:
Existiam produtos que estavam fora das
especificações.
Verbo haver significando existir é impessoal.
Já, o verbo existir é pessoal.
FAZ quatro anos que ele foi admitido O verbo fazer indicando tempo decorrido fica
sempre no singular. Costuma haver alguns empecilhos.
Vai fazer quatro anos de sua admissão.
Locuções verbais com verbos haver e fazer, impessoais, mantêm-se no singular.
VOSSA EXCELÊNCIA comparecerá à entrevista? Ou VOSSAS EXCELÊNCIAS comparecerão à entrevista?
O verbo concorda com a terceira pessoa se o sujeito for pronome de tratamento.
Alguns de nós terminarão o estágio. Qual de vocês chegou primeiro?
O verbo concorda com o pronome indefinido
ou interrogativo. A multidão reivindicava seus direitos. O verbo fica no singular se o sujeito for
coletivo não especificado.
As férias fazem muito bem sempre.
Férias faz muito bem sempre..
Nomes que só se usam no plural precedidos de artigo o verbo vai para o plural; caso contrário, fica no singular.
Mais de sessenta candidatos concorreram
àquela vaga.
O verbo concorda com o numeral nos sujeitos compostos pelas expressões MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE, CERCA DE + numerais acima de um.
Fui eu que resolvi a questão. Se houver pronome relativo que, o verbo concorda com o seu antecedente.
Fui eu quem resolvi a questão.
Fui eu quem resolveu a questão.
Se houver pronome relativo quem, o verbo concorda com o seu antecedente ou com a 3ª pessoa do singular (ele).
São duas horas.
São dez quilômetros.
Com o verbo ser indicando hora ou distância, a concordância é feita com o numeral.
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PRATICANDO II
Escolha a forma correta de acordo com as regras de concordância verbal:
1. Uma série de sinais convencionais, entre um sinaleiro e a aeronave,
............................. de conhecimento de todos que manobram os aviões, com o
fim de evitar colisão em áreas de manobras. ( deve ser ou devem ser?)
2. O piloto deve ser advertido sempre que ......................... aeronaves estacionadas
ou obstáculos ao longo ou próximos da pista de rolagem. (houver ou ouverem?)
3. ................................, paralelamente, todas as disposições dos acordos de
serviços aéreos concluídos entre os países-membros que não sejam contrárias
a este acordo. (Será aplicada ou Serão aplicadas?)
4. Exigidos sempre em condições extremas em pousos e decolagens e em
manobras de taxiamento, os pneus utilizados na aviação comercial .......... vida
muito curta. (tem ou têm?)
5. Outro ponto de conflito é a eventual adoção do sistema de cabotagem, o qual
permitiria que se ................................. novos passageiros no ponto de escala de
um voo. (embarque ou embarquem?)
6. Ainda não se ............................ as malhas aéreas. (definiu ou definiram?)
Segundo o presidente da empresa aérea, ainda ...................... problemas no
setor com o regime de competição controlada que o DAC impõe no Brasil. (havia
ou haviam)
7. A capital do Paraguai é, desde 1º de setembro de 1996, o mais novo hub dessa
empresa brasileira. Hub é a palavra usada no setor de aviação para designar os
centros estratégicos de distribuição de tráfego, que .......................... a melhor
combinação de economia e geografia. ( exprime ou exprimem?)
8. ........................... outros ganhos, além da racionalização de rotas. (Houve ou
houveram?)
9. Os intensos programas de qualidade e o fato de possuir uma das frotas mais
modernas do mundo .............................. segurança e confiabilidade aos seus
serviços. (confere ou conferem?)
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10. Um fator de entrave é o fato de que as novas rotas sub-regionais só poderão ser
criadas onde ............................. aeroportos internacionais, necessitando
aguardar a reformulação de novos aeroportos (um aeroporto doméstico leva
aproximadamente três anos para ser elevado a internacional). ( existe ou
existem)
11. Um grupo de empresas ....................... construir um aeroporto internacional
sobre uma ilha artificial (sistema similar ao projeto japonês) em Buenos Aires.
(Pretende ou pretendem?)
12. Naquele aeroporto, não ........................ “fingers” — tubos de acesso direto ao
avião. (havia ou haviam?)
13. .......................... anos que o programa para upgrade do Aeroporto Internacional
estava na maquete, porque a área desapropriada não era paga. (Fazia ou
faziam?)
14. A maioria dos serviços ................... ser feita pelas pessoas em terra. (Pode ou
podem?)
15. Cinquenta por cento do número de comissários ................................................ à
tripulação. ( Foi acrescido ou foram acrescidos?)
16. ........................ quinze anos que entrou em vigor a Lei de Regulamentação
Profissional do Aeronauta. ( Faz ou Fazem?)
17. Sete assentos........................... ( é muito ou são muitos)
PRATICANDO III
Assinale a forma correta:
1.
a. ( ) Forneceram-se os recursos apropriados para a implementação do projeto.
b. ( ) Forneceu-se os recursos apropriados para a implementação do projeto.
2.
a. ( ) Faz dois meses que o pessoal começou o curso.
b. ( ) Fazem dois meses que o pessoal começou o curso.
c. ( ) Fazem dois meses que o pessoal começaram o curso.
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3.
a. ( ) Comentou-se o caso na reunião faz alguns minutos.
b. ( ) Comentou-se o caso na reunião fazem alguns minutos.
4.
a. ( ) Implementou-se planos de carreira e desenvolvimento de pessoal.
b. ( )Implementaram-se planos de carreira e desenvolvimento de pessoal.
5.
a. ( ) Grande parte das propagandas da empresa é boa.
b. ( ) Grande parte das propagandas da empresa são boas.
6.
a. ( ) Alguns de nós irão ao Centro de Treinamento amanhã.
b. ( ) Alguns de nós iremos ao Centro de Treinamento amanhã.
7.
a. ( ) A maioria dos requisitos já foram definidos.
b. ( ) A maioria dos requisitos já foi definida.
8.
a. ( ) O homem havia deixado o cargo fazia vários dias.
b. ( ) O homem havia deixado o cargo faziam vários dias.
9.
a. ( ) Somente 30% do efetivo tomou a vacina antigripal.
b. ( ) Somente 30% do efetivo tomaram a vacina antigripal.
10.
a. ( ) Considerou-se os custos de aquisição, operação, manutenção, paralisação,
reparo e possível disposição.
b. ( ) Consideraram-se os custos de aquisição, operação, manutenção,
paralisação, reparo e possível disposição.
11.
a. ( ) Os Estados Unidos não se pronunciaram acerca daquele assunto.
b. ( ) Os Estados Unidos não se pronunciou acerca daquele assunto.
12.
a. ( ) Sessenta litros de gasolina é suficiente para encher o tanque do carro.
b. ( ) Sessenta litros de gasolina são suficientes para encher o tanque do carro.
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13.
a. ( ) Haviam diferenças sensíveis entre os dois produtos.
b. ( ) Havia diferenças sensíveis entre os dois produtos.
14.
a. ( ) Precisa-se de autorizações escritas para a realização do trabalho.
b. ( ) Precisam-se de autorizações escritas para a realização do trabalho.
15.
a. ( ) Deve ser executado medições periódicas.
b. ( ) Devem ser executadas medições periódicas.
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ORTOGRAFIA
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Ortografia é o nome dado à parte da gramática que trata da escrita correta das
palavras. Embora a melhor maneira de aprender ortografia seja o exercício e a leitura
constantes, algumas regras podem ser úteis. Consideraremos neste trabalho algumas
questões — dentre as muitas — que costumam trazer dúvidas.
Algumas regras práticas:
EMPREGA-SE “Z”:
REGRA EXEMPLO
1) No sufixo “IZAR ” formador de verbo. HUMANO ® HUMANIZAR
porém: pesquisa + ar = pesquisar
2)
Nos sufixos -ez e -eza acrescentados a
adjetivos. FRANCO ® FRANQUEZA
3) Nas terminações “ZINHO” dos diminutivos: TONEL ® TONELZINHO Porém, acrescenta-se inho quando este já ocorre anteriormente. Veja: (parafuso ® parafusinho)
4) Nos verbos em -zer e -zir. TRAZER - PRODUZIR
5)
Nos derivados, mantém-se o z da palavra-
base BALIZA ABALIZADO
EMPREGA-SE “S”:
REGRA EXEMPLO
1) Nas formas verbais de “PÔR” e PUS ® PUSEMOS “QUERER” e seus derivados1: QUIS ® QUISEMOS
2) Nos adjetivos com sufixo “OSO” - BRILHO ® BRILHOSO “OSA”.
3) Nas palavras derivadas de verbos que SUSPENDER ® SUSPENSÃO possuem D ou ND no final.
4) Nas palavras derivadas de verbos que DEMITIR ® DEMISSÃO Possuem terminação TIR ou RT. INVERTER ® INVERSÃO
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IMPORTANTE: Emprego de R ou S com som forte:
REGRA EXEMPLO
S ou R são usados entre vogal e consoante subseção
ensaio
SS ou RR são usados somente entre duas assegurar - associada
vogais ocorrência - honra
PRATICANDO I
Complete as lacunas com “S” ou “Z” :
1. O aprendizado sempre tra.... o risco do fracasso.
2. O atra.....o é a pior forma de negativa.
3. O ano tra...... 365 dias de oportunidades.
4. O primeiro escalão da empresa qui........ falar sobre as novas tendências de
evolução da Gestão da Qualidade Total.
5. É necessário uniformi.......ar a linguagem.
6. Produto defeituo......o é tratado como produto não-conforme.
7. Fi.....emos questão de enfati.....ar que a qualidade deve levar em conta as
características do produto que adicionam valor para o cliente, inten......ificando
sua satisfação e determinando sua preferência.
8. A empresa oferece produtos personali.....ados e estimula a utili....ação dos
canais de comunicação abertos ao cliente.
9. Qualidade centrada no cliente é um conceito estratégico que exige rapide.... e
flexibilidade nas respostas aos requi....itos dos clientes e do mercado.
10. “Atingir os mais altos níveis de desempenho requer métodos e processos bem
executados, voltados para o aprendi.....ado. ( in Critérios de Excelência do PNQ)
11. Ações pró-ativas enfati.....am a prevenção de problemas e de desperdício.
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8.1 E ou i?
REGRA EXEMPLO
Verbos terminados em -oar ou -uar
recebem
e no final das formas verbais.
Continuar: É necessário que a empresa
continue o processo seletivo.
Verbos terminados em -uir recebem i no
final das formas verbais.
Contribuir: Todos sabemos que você
contribui muito com a equipe.
PRATICANDO II
Complete as frases, empregando os verbos indicados. Vamos lá?
1. O Congresso espera que o presidente ..................... em suas últimas decisões.
(recuar)
2. Talvez esta medida ...................... as relações entre os dois países. ( atenuar)
3. É necessário retirar a barreira que ...................... a rodovia. ( obstruir)
4. A ascensão das mulheres dentro das empresas .......................... uma vitória sobre o
preconceito. (constituir)
5. É importante que você ......................... junto à direção da empresa. (atuar)
6. Há muito não se ......................... ouro naquela região. (extrair)
7. Hoje, o computador ........................... uma antiga geração de máquinas. (substituir)
8. É essencial que se ............................ a memória do nosso povo. (cultuar)
9. Aquele profissional, não raramente, ......................... o erro ao colega. (atribuir)
10. É inevitável que a empresa ............................ o pagamento em juízo. (efetuar)
11.Todos sabem que esse funcionário .......................... as qualidade exigidas pelo
cargo.(Possuir)
12. Não queremos que ninguém se ............................. com a decisão. (magoar)
13. Todos querem que o engenheiro ..................... fazendo parte do quadro de
funcionários da empresa. ( continuar)
14. O aprendizado .....................a melhoria do desempenho da organização no
cumprimento de suas responsabilidade públicas e no exercício da cidadania. ( incluir)
15. Sempre ........................... graficamente as palavras proparoxítonas. ( acentuar)
16. A empresa que ............ as melhores práticas ou os melhores desempenhos será
premiada. ( possuir)
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8.2 Homônimos e parônimos
HOMÔNIMOS são palavras que possuem a mesma pronúncia ou a mesma
grafia, mas sentido diferente. Veja: sessão (reunião)
seção (divisão) → Pronúncia igual
cessão (ato de
ceder)
sede (é)
sede (ê) → grafia igual
PARÔNIMOS são palavras parecidas na pronúncia ou na grafia, mas com
significados diferentes. Veja:
despercebido (não notado)
desapercebido (desprovido)
Frequentemente, essas palavras oferecem dificuldade àquele que escreve. Por
isso, separamos uma lista de homônimos e parônimos. Vejamos:
acerca de = sobre, a respeito de
acerca de = aproximadamente
há cerca de = faz
acender = pôr fogo
ascender = subir, elevar-se
acento = a maior intensidade com que se
emite uma sílaba
assento = lugar em que se senta
caçar = ir atrás da caça
cassar = anular
cerrar = fechar
serrar = cortar
comprimento = extensão
cumprimento = saudação
conserto = reparo
concerto = sessão musical
deferimento = concessão, permissão
diferimento = adiamento
demais = equivale a “muito”
de mais = substituível por “a mais”
delatar = denunciar
dilatar = ampliar
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descrição = ato de descrever
discrição = qualidade de quem é
discreto
espiar = olhar
expiar = sofrer castigo
emergir = vir à tona
imergir = mergulhar
emigrar = deixar um país
imigrar = entrar num país
migrar = mudar de região
eminente = célebre
iminente = prestes a acontecer
espectador = o que assiste
expectador = o que tem esperança
estada = permanência de pessoas
estadia = permanência de veículos
infligir = aplicar pena
infringir = desrespeitar
inserto = incluído
incerto = que não é certo
mandado = ordem judicial
mandato = período de missão,
procuração
mais = é antônimo de
menos más = é sinônimo de maldosas
mas = equivalente a porém
pleito = eleição
preito = homenagem
precedente = antecedente
procedente = proveniente, oriundo
preeminente = nobre, distinto
proeminente = saliente
previdência = qualidade daquele que
prevê
providência = suprema sabedoria,
medida prévia para alcançar um fim
ratificar = confirmar
retificar = corrigir
soar = emitir som
suar = transpirar
sobrescrever = endereçar
subscrever = assinar
tacha = preguinho
taxa = imposto, percentagem
tampouco = também não
tão pouco = muito pouco
tráfego = movimento, trânsito
tráfico = comércio ilegal
vultoso = de grande vulto, volumoso
vultuoso = inchado
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OBS.: Existem palavras que possuem diferentes significados, são chamadas de
polissêmicas. Veja o caso da palavra sanção, que pode significar aprovação ou
punição:O projeto obteve a sanção do presidente. (aprovação)
A sanção contra o grevista foi muito pesada. (pena)
PRATICANDO I
Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar corretos ou incorretos. Se
estiverem corretos, limite-se a copiá-los no espaço apropriado; se estiverem incorretos,
reescreva-os na forma correta.
1) O verbo pressurisar (_______________) é derivado da palavra pressão e
analisar, (________________) de análise?
2) Ele não quiz (____________) parecer pretencioso (_____________).
3) A comissão julgadora sempre atribue (_____________) mais pontos ao
candidato que possue (____________) experiência mais recente.
4) Foi expressamente proibida a entrada de pessoas estranhas àquela cessão
(_______) secreta em que se discutiram as causas do acidente.
5) A aeronave não aterrissou no horário, por que? (_______________)
6) A autoridade quis saber por que (_______________) não haviam resolvido o
problema antes da aterrizagem (_______________).
7) Ocorrendo mal súbito (_____________) ou óbito de pessoas, o comandante
providenciará, na primeira escala o comparecimento de médicos ou da
autoridade policial local, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
8) Você não viajou porque (______________) estava doente?
9) No debate, discutiu-se muito a cerca (____________) da acenção
(_____________) vertiginosa de alguns candidatos.
10) A multa foi infringida (___________) pela prática de infrações (_________)
referentes ao mau (______) uso das aeronaves.
11) Pista é a área retangular definida de um aeródromo terrestre preparada para o
pouso ou decolagem ao longo do seu cumprimento (______________).
12) Os deficientes físicos tem assentos (________________) preferenciais nos
aviões.
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13) É necessário proteger-se do sol: ele pode provocar câncer de pele. O mau
(_______) ameaça também os jovens.
8.3 Outras dificuldades comuns
1) PORQUE, POR QUE , PORQUÊ OU POR QUÊ?
REGRA EXEMPLO
PORQUE
Não compareceu à reunião quadrimestral porque
é usado quando for possível
substituí-lo por pois estava viajando a serviço. ( = pois)
POR QUE
Precisamos saber por que não foi enviada uma
cópia do
é usado se não der para trocar
por formulário ao cliente.
pois
POR QUÊ
Não foram enviadas as cópias ao cliente. Por
quê?
é usado antes de pontuação
PORQUÊ Descobriram o porquê da não-conformidade?
é usado sempre que vier
precedido de determinante (o,
um)
PRATICANDO II
Preencha as lacunas com o “PORQUE” adequado:
1. As pessoas trabalham em equipe.............................. podem realizar mais em
conjunto do que isoladamente.
2. .............................. você agiu daquela forma?
3. Entendemos as razões .............................. você agiu daquela forma.
4. A briga aconteceu .............................. o juiz da partida parecia estar alcoolizado.
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5. Qualidade Total reduz custos .............................. racionaliza processos, diminui
o desperdício, elimina o retrabalho e acaba com a burocracia.
6. Você não compareceu .............................. ?
7. Ninguém sabe ainda o .............................. do terrível acidente.
8. Nada saiu como planejamos, não sabemos ...............................
9. Eu não lhe telefonei .............................. não pude e você não me telefonou
..............................?
10. Não sabemos.............................. houve atraso na chegada da comitiva
presidencial.
8.4 Mal ou mau?
MAU = ADJETIVO
REGRA EXEMPLO
1. seu antônimo é “BOM”.
2. É variável: possui a forma feminina
“MÁ” e o plural “MAUS”.
Ele é mau redator.
(Ele é bom redator. )
(Ela é má redatora. )
(Eles são maus redatores.)
MAL = SUBSTANTIVO
REGRA EXEMPLO
1. seu antônimo é “BEM ”.
2. É variável. Possui o plural “MALES”.
Esse é um mal pelo qual não esperávamos.
(Esse é um bem pelo qual não
esperávamos.)
(Esses são males pelos quais não
esperávamos.)
MAL = ADVÉRBIO
REGRA EXEMPLO
1. Seu antônimo é BEM.
2. É invariável. Não possui plural nem
feminino.
O objetivo está mal redigido.
(O objetivo está bem redigido.)
(Os objetivos estão mal redigidos.)
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MAL = CONJUNÇÃO
REGRA EXEMPLO
1. É sinônimo de “LOGO QUE”.
2. É invariável, não possui PLURAL nem
FEMININO;
Mal começou a falar, foi interrompido. (Logo
que começou a falar, foi interrompido.)
Mal começaram a falar...
PRATICANDO III COMPLETE COM “MAU” OU “MAL”:
1. Ele foi ................. informado sobre o resultado dos exames.
2. Uma redação .......... escrita pode ser apenas o resultado de um ...............
planejamento.
3. Há pessoas que têm o .............................. costume de fazer ..............................
juízo de pessoas que .............................. conhecem.
4. O .................... tempo impediu a decolagem.
5. .................. chegou ao aeroporto e o passageiro sentiu-se ...................
6. Sua apresentação estava .............................. estruturada.
7. O time jogou .............................. mas venceu o campeonato.
8. Passei .............................. durante o dia por ter dormido............................... à
noite.
9. ............................... podíamos crer naquilo que víamos.
10. “Todo o .............................. do Brasil é que a política é uma profissão, mas os
políticos não são profissionais.” (Pe. Júlio Maria)
8.5 Há ou a?
HÁ = VERBO
REGRA PRÁTICA EXEMPLO
1. Pode ser substituído por “FAZ”. É
Usado sempre para tempo passado;
Há (faz) seis meses, o setor de Treinamento
recebeu uma nova estagiária.
2. Pode ser substituído por “EXISTE
OU EXISTEM”.
Na organização, há (=existem) procedimentos
para identificar o potencial e atender a acidentes e
situações de emergência
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“A” = ARTIGO FEMININO/ PREPOSIÇÃO/PRONOME OBLÍQUO
REGRA EXEMPLO
1. Acompanha nomes femininos
A alta administração deve analisar o sistema
de gestão ambiental. (Artigo)
2. Estabelece relação entre dois termos
na frase.
O acidente ocorreu a dois quilômetros da
base.
(Preposição = relação de distância)
O avião deixará o aeroporto daqui a dez
minutos.
(Preposição = tempo futuro)
3. Equivale ao pronome ela.
O pessoal responsável pela implementação
da política ambiental a orientou
adequadamente
PRATICANDO IV
Agora preencha as lacunas com “A” ou “HÁ”:
1. O interesse pela Melhoria da Qualidade (MQ) tem crescido
regularmente.................alguns anos.
2. Respeite quem vem trabalhando .............. meses para elaborar a rotina.
3. Nosso programa iniciou ............ pouco.
4. O programa iniciará daqui ............ pouco.
5. Agora ............ pouco, ocorreu um acidente na Dutra.
6. ............ poucas chances de fecharmos o negócio.
7. Daqui ............ poucos dias fecharemos o negócio.
8. O sinal soou ............ alguns minutos.
9. Estou esperando ............ dias a entrega da encomenda!
10. ............ dois homens suspeitos, ............ dez minutos , conversando no
estacionamento.
11. O acidente ocorreu ............ alguns metros daqui, ............ uns vinte minutos.
12. .......... seis anos, o programa 5S foi implantado na empresa.
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8.6 Onde ou aonde?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. AONDE equivale a para onde e é
usado com verbos de movimento.
2. ONDE é usado com verbos que não
indicam movimento.
Aonde levaram o equipamento? ( Para onde
levaram o equipamento?)
Onde está o grupo de trabalho?
OBS.: Somente use o pronome relativo onde (sinônimo de no qual, em que)
depois de palavras que indicam lugar. Veja:
Certo: Esta é a sala onde realizamos nossas reuniões de departamento. ( =
na qual, em que)
Certo: Esse é o momento em que todos se dirigem para o
restaurante.
Errado: Esse é o momento onde todos se dirigem para o
restaurante.
8.7 Senão ou se não?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. SENÃO = caso contrário
2. SENÃO = defeito
3. SE NÃO = Caso não
Venha logo senão iniciaremos os trabalhos
sem você.
Não havia um senão no Manual?
Se não chegar em cinco minutos,
cancelaremos a reunião.
( Caso não chegue...
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8.8 Ao invés de ou em vez de?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. Em vez de = no lugar de
2. Ao invés de = ao contrário de
(é necessário que haja idéia
de contrariedade)
Em vez de terminar o trabalho, ficou
conversando na internet.
Ao invés de subir, como todos esperavam, o
dólar caiu.
8.9 Ir ao encontro de ou ir de encontro a?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. IR AO ENCONTRO DE = estar
a favor
2. IR DE ENCONTRO A = ir contra
Felizmente, esses são valores que vão ao
encontro da filosofia da empresa.
Suas atitudes iam de encontro à filosofia da
empresa:
foi demitido.
8.10 Dia a dia ou dia a dia?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. DIA-A-DIA = cotidiano
2. DIA A DIA = dia após dia
O dia-a-dia em nosso departamento sempre
foi muito calmo
Dia a dia, aumentavam nossas
responsabilidades.
8.11 Agente, a gente ou há gente?
SIGNIFICADO EXEMPLO
1. AGENTE = aquele que age
2. A GENTE = nós ( no coloquial)
3. HÁ GENTE = existem pessoas
O agente secreto foi preso.
Dia a dia, a gente recebia nossas
responsabilidades.
Há gente com vida sob os escombros.
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PRATICANDO V
Escolha a forma correta:
1. A aeronave decolou .............. alguns minutos. ( há, a ou à?)
2. Cabe ao Comandante informar aos comissários quando da ........................... de
turbulências e após a fase, para que interrompam o serviço de bordo.
(eminência ou iminência?)
3. O avião deveria decolar às 16h45min, .................. as ................... condições do
tempo não permitiram. ( mas, mais ou más?)
4. O pacote turístico inclui translado e ............................ em hotel de classe
turística.(estadia ou estada?)
5. ............................ as recomendações quanto aos cuidados com o uniforme.
Esperamos que não aconteçam casos de desatenção. ( ratificamos ou
retificamos?)
6. O passageiro foi acometido por um ....... súbito. (mau ou mal?)
7. Nosso colega foi acometido por um ....... súbito. (mau ou mal?)
8. O ônibus partiu .............. alguns minutos. ( há, a ou à?)
9. A .............................. de um acidente deixou a todos preocupados. ( eminência
ou iminência?)
10. ............................ as recomendações quanto aos cuidados com o uniforme. Era
necessária essa confirmação. (ratificamos ou retificamos?)
11. Deveríamos partir às 16h45min, .................. as ................... condições do tempo
não permitiram. ( mas, mais ou más?)
12. A ......................... da aeronave ficou avariada. (cauda ou calda?)
13. Na cabine de comando ............. dois ..................... para os tripulantes técnicos e
dois para os tripulantes extras. ( há, a ou à?) ( acentos ou assentos?)
14. O Centro possui um aeroporto com pista de 2.600 metros de
............................(cumprimento ou comprimento?)
15. Foram feitos investimentos .......................... na construção do aeroporto
internacional.( vultosos ou vultuosos?)
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9
PONTUAÇÃO
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A VÍRGULA ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO
O uso da vírgula é geralmente desnecessário se a oração está na ORDEM
DIRETA. Veja:
Todas as Normas
sujeito
terão
verbo
a designação do ano com quatro
algarismos
complemento verbal
a partir do ano
2000.
adjunto adverbial
PORÉM:
Quando essa ordem é quebrada por inversões ou intercalações, a vírgula marcará essa quebra.
Veja:
Observe-se que a vírgula foi usada para marcar a inversão ou a intercalação
do adjunto adverbial.
PORTANTO, NUNCA USE VÍRGULA QUE SEPARE O SUJEITO DO VERBO
OU O VERBO DO SEU COMPLEMENTO.
Veja:
sujeito verbo
Os verbos empregados ao longo do texto de uma norma devem estar no
presente do indicativo ou no infinitivo, no caso da descrição de etapas de um ensaio.
A partir do ano 2000, todas as Normas terão a designação do ano com quatro algarismos.
adjunto adverbial sujeito verbo complemento verbal
Todas as Normas terão, a partir do ano 2000, a designação do ano com quatro algarismos
sujeito verbo adjunto adverbial complemento verbal
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Veja: Todas as normas , desde a fase de projeto, devem ser identificadas pela letra N.
sujeito verbo
PRATICANDO I
Use vírgula quando for necessário. Antes, encontre o sujeito e grife-o:
Em sua essência o ser humano quer desafios e aprimoramentos pessoais e
profissionais.
O comandante poderá se necessário adiar ou suspender a partida da aeronave.
O novo cenário econômico mundial e a crescente conscientização do povo
brasileiro têm motivado nossas organizações a reverem seu papel diante dos seus
clientes e da sociedade em geral. (Costa, R.M.C.)
Organizações de sucesso são em geral as que apresentam uma firme disposição
para agir.
A comissão procedeu ao levantamento de dados em uma segunda
etapa.
Em uma segunda etapa a comissão procedeu ao levantamento de
dados
No dia 20 de julho de 1969 o homem deu os primeiros passos na
Lua.
O homem no dia 20 de julho de 1969 deu os primeiros passos na
Lua.
O Comitê 5S nas suas reuniões analisa e compara os dados contidos nos
relatórios setoriais.
Ao longo do texto a palavra “norma” quando se referir à própria deve ser grafada
com a inicial maiúscula.
Na mudança de estrutura da organização o sistema de comunicação interna deve
merecer uma atenção especial.
Nas organizações bem administradas o surgimento das lideranças é estimulado
USE VÍRGULA PARA SEPARAR ELEMENTOS “INTRUSOS” COLOCADOS
ENTRE O SUJEITO E O VERBO OU O VERBO E SEU COMPLEMENTO
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sempre.
Em um ambiente de trabalho saudável cada um procura ajudar o outro no
aprimoramento pessoal e profissional.
A direção deve demonstrar a todo tempo o seu interesse no andamento do
processo de qualidade que instalou na organização.
As pessoas têm no seu íntimo um desejo fervoroso de melhorar a qualidade do
trabalho que realizam. Ajude-as a concretizar esse desejo.
Muitas vezes os conflitos são gerados por problemas de má comunicação seja
por linguagem inadequada seja por informações ambíguas e incompletas.
Contrariamente à crendice popular as normas ISO 9000 foram desenvolvidas e
publicadas em 1987 pela ISO e não pela Comunidade Europeia.
No Brasil as normas ISO recebem o título normativo NB - 9000 a 9004.
Sem um envolvimento em todos os níveis um programa de qualidade estará
sujeito a não ser aprovado conforme a ISO 9000.
OUTRAS REGRAS...
Empregue vírgula para:
isolar o vocativo (chamamento);
Ex. Senhor, não há realmente quaisquer empecilhos para a realização da
reunião. separar o aposto — termo que explica o anterior;
Ex.: A ISO, International Standard Organization, é uma organização
internacional de padronização com sede em Genebra na Suíça.
Destacar expressões explicativas, retificativas ou continuativas, tais como: ou
melhor,por exemplo, isto é, aliás, então, quer dizer, etc.
Ex.: Dentro da alínea só podem ser usadas vírgulas, isto é, a alínea só pode ter uma
frase.
Separar elementos dispostos em enumeração;
Ex.: Relatório é a exposição objetiva de atividades, fatos, pesquisas científicas,
inquéritos e sindicâncias.
Após as conjunções entretanto, todavia, no entanto, porém, portanto, além disso
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iniciando frase.
Ex.: No entanto, para que todo esse potencial possa ser bem aproveitado,
empresas e pessoas precisam ser treinadas e desenvolvidas. (Cleide Costa)
PRATICANDO II
Coloque vírgulas nas frases abaixo, depois assinale-as com:
- para uso obrigatório - para uso opcional
A utilização da fraseologia padronizada visa dar maior precisão às mensagens no
menor tempo, contribuindo assim para a segurança dos voos e descongestionamento
das frequências. (Porto, Maureen Leone)
A indústria aeronáutica constituída de empresas de fabricação revisão reparo e
manutenção de produto aeronáutico ou relativo à proteção ao voo depende de registro
e de homologação.
Na área nacional os idiomas utilizados serão o português e o inglês que é o
idioma internacional para o tráfego aéreo.
Deve-se por exemplo manter a bagagem corretamente identificada e de
preferência trancada conservando-a sob seus cuidados sempre.
Enviaremos podem ter certeza o documento em anexo.
A partir de 16/06/98 o Aeroporto Internacional de Salvador mudou de nome. Passou a
ser denominado Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luiz Eduardo Magalhães.
Visando ao conforto do passageiro a temperatura a bordo é mantida em 240C
com variação de mais ou menos dois graus dependendo da necessidade.
Senhores tripulantes dirijam-se aos seus postos.
Hipóxia que é a baixa de oxigênio no organismo existe em diversos níveis com
diferentes classificações. Pode ter relação com problemas físicos anemia obstrução de
vias aéreas intoxicação e baixa de pressão atmosférica.
Os sintomas da hipóxia hipobárica são falta de ar confusão mental ofuscamento
da visão perda da percepção e do julgamento dores de cabeça cianótica.
Para combater a hipóxia utiliza-se oxigenação complementar através de
máscaras e a descida da aeronave a um nível de altitude em que o O2 é menos
rarefeito.
Em paralelo às medidas recomendadas às empresas e seus representantes legais a
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fim de coibir o tráfico de drogas nas aeronaves seja na cabine seja nos compartimentos de
carga há importantes procedimentos que devem ser observados para a própria segurança.
Faça uma chamada inicial quando iniciar as comunicações com um órgão ATS e
quando tiver dúvidas de que o controlador está pronto para receber sua mensagem.
Quando iniciar as comunicações com um órgão ATS e quando tiver dúvidas de
que o controlador está pronto para receber sua mensagem faça uma chamada inicial.
Quando houver necessidade de soletrar nomes próprios abreviaturas e palavras
de pronúncia duvidosa assim como para se referir ao indicativo de chamada de sua
aeronave o piloto deverá utilizar o alfabeto fonético internacional. . (Porto, M. L.)
O ICAO Organização da Aviação Civil Internacional é um organismo técnico filiado
à ONU sediado em Montreal que se incumbe da regulamentação intergovernamental
das atividades da aviação comercial e assuntos técnicos referentes à aviação.
O transponder é um transmissor receptor de radar secundário de bordo que
recebe sinais de rádio com interrogadores de solo e responde seletivamente com um
pulso ou um grupo de pulso somente àquelas interrogações realizadas no MODO e
CÓDIGO para os quais estiver ajustado. Assim por exemplo uma aeronave voando
num espaço aéreo com cobertura radar secundário com o código transponder acionado
nos modo A e C terá o seu alvo na tela radar do órgão ATS, correlacionado ao
indicativo de chamada com informações de altitude e velocidade. (Porto, M. L.)
“Take-off data” é uma mensagem que contém as informações necessárias para a
decolagem.
Gerência de Tráfego Aéreo é a administração de toda a movimentação dos aviões
de saída e chegada nos aeroportos, e de voo em todas as rotas mantendo sempre as
melhores condições possíveis para o fluxo seguro e ordenado do tráfego com máxima
eficiência.
O artigo 169 afirma que quando julgar a segurança do voo o comandante sob sua
responsabilidade poderá adiar ou suspender a partida da aeronave.
A fim de facilitar o embarque é importante não permitir a troca de assentos dos
passageiros em trânsito.
9.1 A vírgula entre as orações
Usa-se vírgula para:
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Separar as orações subordinadas adverbiais, sobretudo quando vêm antes da
principal.
Ex.: A NBR ISO 14001 estabelece procedimentos para planejar e executar uma
auditoria em SGA, a fim de determinar sua conformidade com os critérios de auditoria
do SGA. O. Subord. Adverbial
O. Subord. Adverbial A fim de determinar sua conformidade com os critérios de auditoria do
SGA, a NBR ISO 14001 estabelece procedimentos para planejar e executar uma
auditoria em SGA.
separar orações reduzidas.
Or. reduzida
Ex.: Dado o sinal, todos deixaram seus locais de trabalho. ( = Quando deu o
sinal) A auditoria verifica e registra se os processos estão de acordo com os
procedimentos pré-estabelecidos, apontando os erros, quando necessário. Or. reduzida
separar as orações intercaladas:
Ex.: Outra medida importante para obter-se homogeneidade na descrição de
processos, afirmou o especialista, é estabelecer um consenso na equipe.
Isolar as orações adjetivas explicativas:
Ex.: As reivindicações, que são justas, serão atendidas. (todas são justas)
Observe porém que, se a oração for restritiva as vírgulas não serão usadas.
As reivindicações que são justas serão atendidas.
(Só as que são justas)
PRATICANDO III
Assinale as frases mal pontuadas:
1. ( ) Toda nova atividade humana que cria interesses e gera controvérsias deve
ter sua regulamentação jurídica equitativa e racional, sob pena de confusão e
anarquia.
2. ( ) O Direito Espacial Internacional (DEI), que o ramo do Direito Internacional
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Público que regula as atividades dos Estados, de suas empresas públicas e
privadas, bem como das organizações internacionais intergovernamentais, na
exploração e uso do espaço exterior, estabelece o regime jurídico do espaço
exterior e dos corpos celestes.
3. ( ) O principal documento do DEI, que é mais conhecido como o “Tratado do
Espaço”, intitula-se “Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos
Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, inclusive a Lua e demais
Corpos Celestes” foi assinado e entrou em vigor em 1967.
4. ( ) As nações do terceiro mundo, cujas economias estão constantemente
enfrentando problemas, deveriam solidarizar-se.
5. ( ) Os homens que conhecem a si mesmos entendem melhor os outros
homens.
6. ( ) Os homens, que buscam sempre conhecer a si mesmos, pouco sabem sobre
ser humano.
7. ( ) O homem que é um ser social tem sido isolado pela ambição.
8. ( ) Os livros que são pouco valorizados pelos homens contêm, muitas vezes, Importantes soluções para os problemas humanos.
PRATICANDO IV Qual a diferença de sentido entre os períodos abaixo?
1. As reivindicações dos trabalhadores que são justas serão atendidas.
As reivindicações dos trabalhadores, que são justas, serão atendidas.
2. O maquinário que é novo está com problema.
O maquinário, que é novo, está com problema.
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9.2 Observe o uso dos dois pontos em enumerações:
Para o êxito de um programa de qualidade, são essenciais três elementos: um
sistema de instruções escritas que definam como cada atividade na organização
deve ser realizada; a integridade pessoal dos elementos responsáveis pela
tarefa de fazer o sistema funcionar; uma equipe de gerência que acredite que o
zero defeitos constitui o único padrão viável de desempenho. (Turnball, D.M. adaptado)
A tecnologia é dominada por dois tipos e
pessoas: as que entendem o que não fazem; as
que fazem o que não entendem .
SOBRE O PONTO ...
USE: EXEMPLO
1. Como sinal divisório em números. temperatura de 18.6 graus...
2. Em indicativos na numeração de
partes de 4.1
um documentos e em codificações em geral. 5.2.1
NÃO USE: EXEMPLO
1. na escrita indicativa de ano. Ex.: 1998 e não 1.998
2. em datas abreviadas. Prefira o hífen. Ex.: São José dos Campos, 13-9-1998.
Atenção: Se o ponto final coincidir com o ponto abreviativo, apenas um deles é
usado. Após etc., não se usam reticências (etc...)
9.3 O que é etcetera?
Etcetera significa e assim por diante, e os demais, e o restante. É usada também
abreviada "etc.", e pronunciada da mesma forma da palavra por extenso, etcetera. É
empregada no final de uma frase, quando enumeramos alguns itens e queremos dizer
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que outros itens também podem fazer parte da relação. Ex: Comprei caderno, caneta,
lápis, borracha etc.
Etcetera quando usada na forma abreviada "etc.", vem sempre acompanhada de um
ponto, e quando está no final de uma frase, este ponto terá a função de ponto final. Ex:
Comprei uva, pera, ameixa, laranja etc.
O uso da vírgula, após a enumeração dos itens e antes do etc., é questionada, pois
"etc." significa "e os outros", "e os demais", portanto torna-se desnecessário o uso da
vírgula. Alguns autores defendem o uso da vírgula antes do etc., por se tratar de uma
enumeração.
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10 PRONOMES
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PRATICANDO I
Assinale as formas corretas:
Eu ou mim
( ) Ninguém irá sem eu.
( ) Ninguém irá sem mim .
( ) O livro é para mim ler.
( ) O livro é para eu ler.
B) Pronomes demonstrativos:
Isto, Esta, Este - emissor = perto de quem se fala. (me, mim, comigo - expressões que revelam proximidade ou tempo presente)
Isso, Essa, Esse - receptor = perto de quem se ouve. (te, ti, contigo, você, vocês - revelam tempo passado ou proximidade com o receptor). Aquilo/a, Aquele/a - longe do emissor e do receptor. (devem ser
usados com expressões ou palavras que indiquem lugar).
Isto aqui é a última novidade em propaganda. (emissor)
Esse é o resultado do seu teste. (para o receptor) Aquela sala lá é a de reuniões? (longe do emissor e receptor)
D) Pronomes de tratamento
precedidos de vossa quando nos dirigimos diretamente à pessoa
representada pelo pronome. E)
precedidos de sua quando falamos dessa pessoa.
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Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: F)
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Sua Excelência, o governador, disse se já aprovou os projetos?
Veja a seguir alguns desses pronomes:
PRONOME ABREVIATURA EMPREGO
Vossa Eminência V.Ema. Cardeais
Vossa Excelência V.Exa. altas autoridades em geral
Vossa Magnificência V.Maga. reitores de universidades
vossa Reverendíssima V.Revma. sacerdotes em geral
Vossa Santidade V.S. Papa
Vossa Senhoria V.Sa. funcionários graduados
são também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vocês.
CONOSCO, CONVOSCO - Essas formas oblíquas podem ser substituídas,
respectivamente, por “com nós” e “com vós”, quando seguidas de palavras que
reforcem como: próprios, mesmos, todos, outros, ambos, ou qualquer numeral.
Ex.: O diretor falará conosco. O diretor falará com nós dois.
(OBS. NUNCA CONOSCO MESMO)
Observe o quadro:
FORMAS VERBAIS VARIANTES DOS
TERMINADAS EM: PRONOMES O/A/OS/AS EXEMPLOS
R lo, la fazê(r)-la
S los, las qui(s)-lo
Z fi(z)-lo
M no, na Fazem-nas
ÃO nos, nas Dão-nas
ÕE põe-nas
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PRATICANDO I
Qual a forma correta?
1. ................... relatório que você tem nas mãos está perfeito. (este, esse ou
aquele)
2. .................. erro, aqui no cardápio, precisa ser corrigido. (este, esse ou aquele)
3. As certidões,............. inclusão foi decidida em reunião, estão sobre a sua mesa.
(cuja ou em cuja)
4. A sala..................... mesa encontram-se os papéis, está trancada. (cuja ou em
cuja)
5. Deixaram tudo para.................... fazer. Sem............... este projeto não sairia do
papel. (eu ou mim)
6. Vossa Excelência e................... esposa compareceram ao coquetel. (sua ou
vossa)
7. Eu............. vi mas não.............. paguei o que devia. ( lhe ou o)
8. Quero agradecer-......... por sua colaboração. (lhe ou te)
PRATICANDO II
Preencha com o que falta:
1. Aquela senhora,..................... marido é advogado, conhece o mundo todo.
2. Confessou-se culpado ao amigo, perante.......................... chorou.
3. Esse é um momento......................... todos deverão se pronunciar.
4. A linguagem especial,.................... emprego se opõe ao uso da comunidade,
constitui um meio................ os indivíduos de determinado grupo dispõem para
satisfazer o desejo de autoafirmação.
5. O controle biológico de pragas,.................. o texto faz referência, é certamente o
mais eficiente e adequado recurso....... os lavradores dispõem para proteger a
lavoura sem prejudicar o solo.
6. Devemos ler os livros.............................. páginas há lições de vida.
7. Observemos as ações......................... podemos nos orgulhar.
8. Essa é uma afirmação.............................. ninguém pode duvidar.
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9. O relatório...................... lhe falei está sobre a mesa.
PRATICANDO III
Complete as frases abaixo: (pessoal)
O QAV (Querosene de Aviação) com que
No interior dos hangares em que
OAeroporto Internacional Guararapes, em Recife, que
O instrutor cujo parecer
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Coloque o pronome depois do verbo se: 1. o verbo iniciar a frase; Ex.: Dão-se aulas particulares aqui.
2. a frase for imperativa afirmativa; Ex.: Desejem-me boas férias.
3. o verbo estiver no gerúndio; Ex.: Saiu, deixando-nos por instantes.
4. o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Era necessário ajudar-te.
Coloque o pronome no meio do verbo se esse verbo estiver:
1. no futuro do presente;
Ex.: Expedir-se-ão os mandados de
segurança.
2. no futuro do pretérito.
Ex.: Expedir-se-iam os mandados de
segurança.
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Coloque o pronome antes do verbo se houver palavras atrativas, tais como:
1. palavra negativa; Ex.: Não nos habitaremos a isso.
2. advérbios;
Ex.: Sempre o prevenimos dos privilégios de
lá.
3. pronomes demonstrativos; Ex.: Isto me pertence.
4. pronomes indefinidos;
Ex.: Alguém me informou os verdadeiros
motivos.
5. pronomes relativos; Ex.: O lugar onde nos encontraremos é este.
6. conjunções subordinativas; Ex.: Ele interveio quando lhe pedimos ajuda.
7. gerúndio precedido de
preposição.
Ex.: Em se tratando desse prefeito, tudo é
possível.
PRATICANDO IV
Reescreva as frases abaixo, corrigindo-as se o pronome estiver mal colocado:
1. Me traga um novo formulário, por gentileza.
———————————————————————————————————
2. Não diga-lhe nada, por enquanto.
———————————————————————————————————
3. O chamem agora para que possamos conversar.
———————————————————————————————————
4. Nunca lhe disse para vir até minha sala.
———————————————————————————————————
5. Este é o supervisor que pediu-lhe um relatório detalhado sobre o acidente.
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6. Em tratando-se deste trabalho, prefiro eu mesmo fazê-lo.
———————————————————————————————————
7. Me informaram as causas de sua demissão.
———————————————————————————————————
8. Custa-me entender isso!
——————————————————————————————————
9. Jamais enganar-te-ia.
———————————————————————————————————
10. Aquilo convenceu-me definitivamente.
———————————————————————————————————
11. Devolveriam-te rapidamente os teus documentos.
———————————————————————————————————
12. Senhores funcionários, se dirijam ao auditório.
———————————————————————————————————
13. Era importantíssimo te ajudar.
———————————————————————————————————
14. Devolver-te-ão os documentos.
———————————————————————————————————
15. Não compreendi os motivos que alegou-nos.
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REGÊNCIA VERBAL
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Veja:
Aregência verbal estuda a relação que se estabelece entre o verbo e seu complemento.
A Norma contém conceitos básicos sobre Sistema de Gestão ( sem preposição) verbo complemento
O desempenho agradou ao cliente interno. (com preposição)
verbo complemento
Algumas vezes, usar uma preposição em lugar de outra ou não usá-la pode resultar em
mudança no sentido do verbo. Veja a diferença entre:
o agradar o cliente ( sem preposição) = fazer agrado
o agradar ao cliente (com preposição a) = satisfazer, aprazer (Agradar o chefe é diferente de agradar ao chefe, não?)
o lavar a máquina ( sem preposição) = o que foi lavado o lavar à máquina ( com preposição a) = como foi lavado
o Tomar parte na reunião (com preposição em) = participar dela
o tomar parte da reunião (com preposição de) = usar um tempo dela
o sentar à mesa ( com preposição a) = próximo a ela
o sentar na mesa ( com preposição em) = sobre ela
o bater a máquina ( sem preposição) = dar pancada
o bater na máquina (com preposição em) = ir de encontro a o bater à maquina ( com preposição a) = datilografar
A) Outros verbos que apresentam mais de uma regência com mudança de sentido:
VERBO / SENTIDO REGÊNCIA EXEMPLO ASPIRAR 1. inspirar 2. almejar
1. sem preposição 2. com A
1. Todos aspiram o ar poluído. 1. Ele aspira a um cargo mais elevado.
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ASSISTIR 1. prestar
assistência 2. presenciar, ver 3. caber, pertencer 4. morar
1. sem preposição 2. com A 3. com A 4. com EM
1. O Setor Médico assiste os funcionários. 2. Assistiram a um bom filme no Centro de Treinamento. 3. É um direito que assiste a todos. 1. Assistiam em Campos do Jordão.
PROCEDER 1. ter fundamento 1. vir de 2. executar 4. agir
1. sem complemento 1. com DE 2. com A 3. sem preposição
1. Essa regra não procede. 1. Estes resultados procedem de seu departamento. 2. Procederão às investigações. 3. Procederam bem durante a
auditoria.
VISAR 1. dar visto 2. ter em vista
1. sem preposição 2. com A
1. O funcionário visou o cheque. 1. Visamos a um só bem: a felicidade do nosso povo.
PRECISAR 1. indicar om recisão 2. ter necessidade
1. sem preposição 2. com DE
1. Não souberam precisar a hora do acidente. 1. Precisaremos de sua colaboração.
DISPOR 1. colocar em ordem 1. ter à disposição
1. sem preposição 2. com DE
1. Dispuseram os livros na estante. 1. Dispunham de vultosa quantia para a realização do evento.
CUSTAR 1. ser difícil 1. acarretar
1. com A 2. um sem, outro
com preposição A
1. Custou ao operário entender o problema. 1. A falta de emprego custa sacrifício ao povo.
Outras vezes, a mudança de regência diferencia a forma culta de se expressar da coloquial.
Veja estes casos:
Coloquial: Encomendaram o equipamento que tanto precisavam. (sem preposição)
Culto: Encomendaram o equipamento de que tanto precisavam. (com preposição)
B. Outros verbos que apresentam desacordo de regência entre o registro culto e o
coloquial:
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VERBO PREPOSIÇÃO EXEMPLO
CHEGAR 1. Culto
1. Coloquial
1. A ambulância chegou ao local.
2. A ambulância chegou no local
RESIDIR
(E MORAR)
C. Culto
2. Coloquial
C. O assessor reside na Rua das Flores.
2. O assessor reside à Rua das Flores
IMPLICAR C. Culto
2. Coloquial
1. Criatividade implica mudança.
2. Criatividade implica em mudança
OBEDECER C. Culto
2. Coloquial
1. Obedeça aos sinais de trânsito.
2. Obedeça os sinais de trânsito
PREFERIR C. Culto
2. Coloquial
1. Preferiu trabalhar a estudar.
2. Preferiu trabalhar do que estudar
IR C. Culto
2. Coloquial
1. O presidente irá ao sindicato hoje.
2. O presidente irá no sindicato hoje.
SER 1. Culto
2. Coloquial
1. Somos trinta nesta equipe.
2. Somos em trinta nesta equipe
ARRASAR C. Culto
2. Coloquial
1. A bomba arrasou o edifício.
2. A bomba arrasou com o edifício
HABITUAR-SE C. Culto
2. Coloquial
1. Ele se habituou à nova rotina.
2. Ele se habituou com a nova rotina.
AGRADECER 1. Culto
1. Coloquial
C. Agradeceu ao colega pela
colaboração.
2. Agradeceu ao colega a colaboração.
Há ainda um terceiro grupo de verbos que admitem mais de uma regência, sem que,
entretanto, haja mudança de sentido. Veja:
• responder o questionário ( algo ) • responder ao telegrama (a algo) • responder-lhe que não tinha certeza (algo a alguém)
(= a ele)
C) Outros verbos que admitem mais de uma regência sem mudança de sentido:
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PRATICANDO I
Corrija os erros de regência que encontrar:
Os benefícios potenciais associados a um SGA (Sistema de Gestão Ambiental)
incluem (...) reduzir acidentes que impliquem responsabilidade civil. (NBR ISO 14004)
Os programas de normalização e padronização chegam na empresa para consolidar
seu “know-how”.
VERBOS COMPLEMENTOS EXEMPLOS AVISAR (CERTIFICAR E CIENTIFICAR)
1. algo a alguém 2. alguém de algo
1. Avise-lhe que chegamos 2. Avise-o de que chegamos.
INFORMAR 1. algo a alguém 2. alguém de algo
1. O jornal informava as fraudes ao povo O jornal informava-lhe as fraudes. 3. Informava o povo das fraudes. Informava-o das fraudes.
ESQUECER 1. se de algo 2. algo
1. Esqueci-me dos documentos 2. Esqueci os documentos.
LEMBRAR 1. se de algo 2. algo
1. Ele lembrou-se de tudo. 2. Ele lembrou tudo.
ATENDER 1. a algo 2. alguém 3. a alguém
1. Atendi ao telefone 2. Atendi o cliente. 3. Atendi ao cliente.
DIGNAR-SE 1. de algo 2. algo
1. Dignou-se de expedir as ordens. 2. Dignou-se expedir as ordens.
PAGAR 1. algo 2. a alguém 3.Algo a alguém.
1. Pagou a conta da luz. 1. Pagou ao cobrador. 3. Pagou a conta ao cobrador.
PERDOAR 1. algo 1. alguém 2. algo a alguém
1. A prefeitura perdoou a dívida dos inadimplentes. 1. A prefeitura perdoou os inadimplentes. 2. A prefeitura perdoou a dívida
aos inadimplentes.
CUMPRIR 1. Algo 2. Com algo
1. Cumpriremos nossa palavra. 2. Cumpriremos com nossa palavra.
PRESIDIR 1. algo 1. a algo
1. O analista presidirá o Congresso. 2. O analista presidirá ao Congresso.
PROCURAR 1. Algo 2. Por algo
1. Procuraram uma Instrução de Trabalho. 1. Procuraram por uma Instrução de trabalho.
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As inspeções são realizadas visando a correção e/ou aceitação do produto.
A empresa que melhor compreender e primeiro atender as necessidades de seus
clientes, obterá vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.
Ao atender os requisitos estabelecidos pela norma, a empresa está organizando seus
processos e atividades, transmitindo aos clientes a confiança que suas necessidades serão
atendidas.
Um manual da qualidade consiste em procedimentos documentados do sistema da
qualidade.
O sistema de normas deve obedecer a um esquema padronizado e sistemático,
constituindo uma conjunto compacto, que facilite a consulta, a leitura e a guarda.
O sistema de gestão pela Qualidade Total, como proposto pelos japoneses, visa a
transformar as organizações em um “formigueiro” competente e dedicado onde cada
pessoa, sentindo-se feliz em seu local de trabalho, usa de to o seu potencial mental para o
benefício da sociedade, garantindo assim a sobrevivência da empresa. ( Falconi, V.)
Os registros atendem os mínimos do padrão ISO?
Um profissional valioso para a organização é aquele que tem desejo de servir às
pessoas, ouvindo-as e ajudando-as no seu desenvolvimento.
Se você não quer tomar parte nas decisões de mudança na organização, prepare-se
para ajustar-se a elas.
Nem toda mudança implica gastos.
Nem todo trabalho em equipe resulta em melhoria de qualidade, mas toda melhoria
provém do trabalho em equipe.
O livro ajudará identificarospontosespecíficosqueimpedemoseufuncionamento.
Prefiro ficar hoje até mais tarde do que vir trabalhar no sábado, pois moro à Rua
Almirante Barroso, que fica muito longe daqui.
As mudanças levaram à utilização de um novo indicador de produtividade.
Isso se refere aos objetivos que uma organização deve ter em relação à Qualidade.
A cultura influi diretamente na produtividade e na competitividade da organização,
sendo fator determinante na sua sobrevivência.
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Observação
É conveniente usar o pronome lhe como complemento de verbos que exigem complemento
com preposição. Assim teremos:
Enviou para o chefe do departamento o relatório
= Enviou-lhe o relatório.
Porém:
Encontrou o chefe do departamento no restaurante.
= Encontrou-o no restaurante.
PRATICANDO II
Assinale as frases em que o pronome foi usado adequadamente:
a. ( ) O livro lhe ajudará a identificar os pontos específicos que impedem o funcionamento.
b. ( ) O livro o ajudará a identificar os pontos específicos que impedem o funcionamento.
a. ( ) Demonstrou-lhes a importância da conformidade com os requisitos da Norma.
b. ( ) Demonstrou-os a importância da conformidade com os requisitos da Norma.
a. ( ) Assegurou-lhe que a certificação por uma organização externa era importante.
b. ( ) Assegurou-lhe de que a certificação por uma organização externa era importante.
a. ( ) Mostrou-lhe o campo de aplicação claramente identificado.
b. ( ) Mostrou-o o campo de aplicação claramente identificado.
a. ( ) Informou-lhes os resultados da auditoria.
b. ( ) Informou-lhes dos resultados da auditoria.
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2. Deve-se evitar unir dois verbos de regências diferentes com um mesmo complemento.
Assim, temos:
Correto: A auditoria verificou e informou a não conformidade.
Verificou a não conformidade.
e informou a não conformidade.
Incorreto: Verifica e se certifica de que o padrão de Qualidade foi alcançado.
Verifica de que o padrão de Qualidade foi alcançado (?)
e certifica-se de que o padrão de Qualidade foi alcançado.
PRATICANDO III
Assinale as frases em que há, inadequadamente, a união de verbos com regências
diferentes:
1. ( ) A empresa que melhor compreender e primeiro atender às necessidades de
seus clientes obterá vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.
2. ( ) É necessário estabelecer, documentar, implementar e comunicar a todos os
empregados a política ambiental.
3. ( ) A empresa precisa e realiza a inspeção de recebimento dos materiais, matérias-
primas e equipamentos, controlando a sua documentação de compra.
4. ( ) Desenvolve e implementa o Sistema da Qualidade para alcançar os objetivos
determinados pela política da Empresa e suas Normas.
5. ( ) A implantação do Sistema de Qualidade reduz ou acaba com as perdas
operacionais.
6. ( ) Para estimular a participação, demonstre que você precisa e conta com a
participação de seus colaboradores. Além disso, elogie um trabalho bem feito, estimule
as atividades em equipe e esteja sempre aberto ao diálogo.
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REFERÊNCIAS
KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010. CAVALCANTE, Talita. Disponível em: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/n%C3%ADvel-do-cantareira-cai-para-55percent-e-sabesp-estuda-reduzir-vaz%C3%A3o/ar-BB8bqDZ. Acessado em 8/10/2014 . Disponível em: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/soldado-do-ex%C3%A9rcito-%C3%A9-ferido-em-confronto-com-criminosos-no-complexo-da-mar%C3%A9/ar-BB8bfEa). Acessado em 08/10/2014. Disponível em: (http://pensador.uol.com.br/textos_descritivos_de_cecilia_meireles/) Acessado em 08/10/2014. Disponível em: http://www.significados.com.br/etcetera/. Acessado em 08/10/2014.