03 narracao ficcional ii

15
A NARRAÇÃO A NARRAÇÃO Professor: Marcelo Deusdedit Professor: Marcelo Deusdedit

Upload: marcelocaxias

Post on 06-Jun-2015

4.424 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 03   narracao ficcional ii

A NARRAÇÃOA NARRAÇÃOProfessor: Marcelo DeusdeditProfessor: Marcelo Deusdedit

Page 2: 03   narracao ficcional ii

NARRATIVA DE FICÇÃO

A narração de ficção é construída, e elaborada de modo a emocionar, impressionar as pessoas como se fossem reais.

Page 3: 03   narracao ficcional ii

RomanceRomance

É uma narrativa sobre um acontecimento É uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual são representados aspectos ficcional no qual são representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou da vida pessoal, familiar ou social de uma ou várias personagens. Gira em torno de vários várias personagens. Gira em torno de vários conflitos, sendo um principal e os demais conflitos, sendo um principal e os demais secundários, formando assim o enredo. secundários, formando assim o enredo.

Page 4: 03   narracao ficcional ii

NovelaNovela

Assim como o romance, a novela comporta Assim como o romance, a novela comporta vários personagens, sendo que o desenrolar vários personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequência temporal do enredo acontece numa sequência temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados à vida cotidiana. relacionados à vida cotidiana.

Page 5: 03   narracao ficcional ii

ELEMENTOS DA ELEMENTOS DA NARRATIVANARRATIVA

•EnredoEnredo

• PersonagensPersonagens

• EspaçoEspaço

• TempoTempo

• NarradorNarrador

Page 6: 03   narracao ficcional ii

O ENREDOO ENREDO É o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam a É o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam a

ação de um texto narrativo.ação de um texto narrativo. O enredo pode ser organizado de diversas formas. Observe O enredo pode ser organizado de diversas formas. Observe

a seguir, a organização mais comum:a seguir, a organização mais comum:

• situação inicialsituação inicial – personagens e espaço são apresentados.personagens e espaço são apresentados.

• estabelecimento de um conflitoestabelecimento de um conflito – surge uma situação a ser – surge uma situação a ser resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.acontecimentos.

• desenvolvimentodesenvolvimento – busca de solução do conflito.– busca de solução do conflito.

• clímaxclímax – ponto de maior tensão na narrativa.– ponto de maior tensão na narrativa.

• desfechodesfecho – solução do conflito – solução do conflito..

Page 7: 03   narracao ficcional ii

O ESPAÇOO ESPAÇO

A construção do A construção do espaço contribui espaço contribui para elaborar as para elaborar as personagens..personagens..

Espaço é o lugar em que a narrativa ocorre.

Page 8: 03   narracao ficcional ii

O TEMPOO TEMPO

No tempo No tempo cronológicocronológico os fatos são os fatos são apresentados de acordo com a ordem apresentados de acordo com a ordem dos acontecimentos.dos acontecimentos.

Já o tempo Já o tempo psicológicopsicológico é a maneira é a maneira pela qual a passagem do tempo é pela qual a passagem do tempo é vivenciada. O tempo nesse caso não vivenciada. O tempo nesse caso não é uma seqüência temporal linear, é uma seqüência temporal linear, pois é medido pelas emoções e não pois é medido pelas emoções e não pelo relógio.pelo relógio.

Tempo em uma narrativa pode ser definido como a Tempo em uma narrativa pode ser definido como a duração da ação. Pode ser duração da ação. Pode ser cronológicocronológico ou ou psicológicopsicológico..

Page 9: 03   narracao ficcional ii

NARRADORNARRADOR

Basicamente, existem três tipos de ponto Basicamente, existem três tipos de ponto de vista, ou foco narrativo, determinado de vista, ou foco narrativo, determinado pelo tipo de narrador.pelo tipo de narrador.

Page 10: 03   narracao ficcional ii

Tipos de narradoresTipos de narradores

1 - Narrador-personagem1 - Narrador-personagem: : é o que conta a história da qual é é o que conta a história da qual é participante. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, e participante. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, e conta a história em 1ª pessoaconta a história em 1ª pessoa

•Quando avistei-a sozinha na arquibancada da quadra, percebi que Quando avistei-a sozinha na arquibancada da quadra, percebi que era a melhor oportunidade para definitivamente conhecê-la. Então era a melhor oportunidade para definitivamente conhecê-la. Então pedi a meu melhor amigo Fabrício que me ajudasse com o planopedi a meu melhor amigo Fabrício que me ajudasse com o plano que eu tinha bolado. Mas enquanto eu passava algumas que eu tinha bolado. Mas enquanto eu passava algumas coordenadas para Fabríciocoordenadas para Fabrício vi Marcos da 8ª série se aproximar e vi Marcos da 8ª série se aproximar e sentar ao lado dela. Será que eles estavam ficando? Mas logo o sentar ao lado dela. Será que eles estavam ficando? Mas logo o Marcos...Marcos...

Page 11: 03   narracao ficcional ii

2 - Narrador-observador (neutro):2 - Narrador-observador (neutro): é o que conta é o que conta uma história como alguém que observa o que acontece. uma história como alguém que observa o que acontece. Transmite para o leitor apenas os fatos que consegue Transmite para o leitor apenas os fatos que consegue observar e conta a história em 3ª pessoa, como nesse observar e conta a história em 3ª pessoa, como nesse trecho: trecho:

Aos quatorze anos, Miguel Strogoff, que desde os onze Aos quatorze anos, Miguel Strogoff, que desde os onze acompanhava o pai nas frequentes incursões pela estepe, matara acompanhava o pai nas frequentes incursões pela estepe, matara seu primeiro urso. A vida na estepe dera-lhe uma força e seu primeiro urso. A vida na estepe dera-lhe uma força e resistência incomuns e o rapaz podia passar vinte e quatro horas resistência incomuns e o rapaz podia passar vinte e quatro horas sem comer e dez noites sem dormir, sem aparentar excessivo sem comer e dez noites sem dormir, sem aparentar excessivo desgaste físico, conseguindo sobreviver onde outros em pouco desgaste físico, conseguindo sobreviver onde outros em pouco tempo morreriam. Era capaz de guiar-se em plena noite polar, pois tempo morreriam. Era capaz de guiar-se em plena noite polar, pois o pai lhe ensinara os segredos da orientação – valendo-se de sinais o pai lhe ensinara os segredos da orientação – valendo-se de sinais quase imperceptíveis na neve e nas árvores, no vento e no vôo dos quase imperceptíveis na neve e nas árvores, no vento e no vôo dos pássaros. (pássaros. (Júlio VerneJúlio Verne, Miguel Strogoff, , Miguel Strogoff, p. 16p. 16

Page 12: 03   narracao ficcional ii

3 – Narrador intruso (onisciente):3 – Narrador intruso (onisciente): Não Não participa da história, mas faz várias intervenções participa da história, mas faz várias intervenções com comentários e opiniões acerca das ações das com comentários e opiniões acerca das ações das

personagens. O foco narrativo é em 3ª pessoa.personagens. O foco narrativo é em 3ª pessoa.“Flávia logo percebeu que as outras moradoras do prédio, mães dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na com um ar de superioridade. Não era para menos. Afinal o garoto até aquela idade — imaginem — se limitava a brincar e ir à escola.”

“Se tinha medo, então era para a natação mesmo que ele iriaentrar. Os medos devem ser eliminados na infância. Paulinhoainda quis argumentar. Sugeriu alpinismo. Foi a vez de os paistremerem. Mas o medo dos pais é outra história. Paulinhoentrou para a natação.”

(Carlos Eduardo Novaes. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994. p. 15-7.

Page 13: 03   narracao ficcional ii

PROTAGONISTA: (personagem principal).

ANTAGONISTA: (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos).

Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.

A PERSONAGEMA PERSONAGEM

Page 14: 03   narracao ficcional ii
Page 15: 03   narracao ficcional ii

Bezerro sem mãeRachel de Queiroz

Foi numa fazenda de gado, no tempo do ano me que as vacas dão cria. Cada vaca toda satisfeita com o seu bezerro. Mas dois deles andavam tristes de dar pena: uma vaca que tinha perdido o seu bezerro e um bezerro que ficou sem mãe. A vaquinha até parecia estar chorando, com os peitos cheios de leite, sem filho para mamar. E o bezerro sem mãe gemia, morrendo de fome e abandonado. Não adiantava juntar os dois, porque a vaca não aceitava. Ela sentia pelo cheiro que o bezerrinho órfão não era filho dela, e o empurrava para longe. Aí o vaqueiro se lembrou do couro do bezerro morto, que estava secado ao sol. Enrolou naquele couro o bezerrinho sem mãe e levou o bichinho disfarçado para junto da vaca sem filho. Ora, foi uma beleza! a vaca deu uma lambida no couro, sentiu o cheiro do filho e deixou que o outro mamasse à vontade. E por três dias foi aquela mascarada. Mas no quarto dia, a vaca, de repente, meteu o focinho no couro e puxou fora o disfarce. Lambeu o bezerrinho direto, como se dissesse: “Agora você já está adotado.” E ficaram os dois no maior amor, como filho e mãe de verdade.

enredo

apresentação

desenvolvimento

desfecho

clímax

complicação: quebra da situação inicial e estabelecimento de um conflito